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<p>Código de Ética</p><p>e Principais</p><p>Legislações para</p><p>o Exercício da</p><p>Enfermagem</p><p>COM AGENDA DE</p><p>PLANEJAMENTO</p><p>PROFISSIONAL</p><p>O livro Código de Ética e Principais Legislações para</p><p>o Exercício da Enfermagem é um instrumento</p><p>norteador das práticas pro�ssionais. Esta edição</p><p>apresenta as leis do piso salarial e a do descanso</p><p>digno da enfermagem, que são importantes</p><p>conquistas recentes e com impactos diretos na</p><p>saúde e na assistência prestada pela categoria.</p><p>A presente publicação também reúne as leis</p><p>nº 5.905/1973 (que institui o Sistema</p><p>Cofen-Conselhos Regionais de Enfermagem),</p><p>nº 7.498/1986 e nº 8.967/1994 (que dispõem sobre</p><p>a regulamentação do exercício da Enfermagem).</p><p>Assim, consolida-se como uma importante leitura</p><p>para a prática pro�ssional segura e uma</p><p>assistência quali�cada ao cidadão.</p><p>Código de Ética e Principais Legislações para o Exercício da Enferm</p><p>agem</p><p>Conselho Regional de</p><p>Enfermagem de São Paulo</p><p>Acesse nossas redes sociais</p><p>CONSELHO REGIONAL DE</p><p>ENFERMAGEM DE SÃO PAULO</p><p>São Paulo</p><p>COREN-SP</p><p>2024</p><p>Código de Ética e Principais Legislações</p><p>para o Exercício da Enfermagem</p><p>Projeto gráfico, capa e editoração</p><p>Gerência de Comunicação</p><p>Revisão técnica</p><p>Gerência de Fiscalização</p><p>Crédito das imagens de capa:</p><p>Freepik.com</p><p>Autorizada a reprodução do conteúdo deste</p><p>material, desde que citada a fonte.</p><p>Distribuição gratuita</p><p>4ª edição</p><p>Junho/2024</p><p>Gestão Coren-SP 2024-2026</p><p>Diretoria</p><p>Presidente: Sergio Aparecido Cleto</p><p>Vice-presidente: Ana Paula Guarnieri</p><p>Primeiro-secretário: Wagner Albino Batista</p><p>Segundo-secretário: Mauro Antônio Pires Dias da Silva</p><p>Primeiro-tesoureiro: Luciano Robson Santos</p><p>Segundo-tesoureiro: Jordevan José de Queiroz Ferreira</p><p>Conselheiros (as)</p><p>Quadro I - Titulares</p><p>Andrea Cotait Ayoub</p><p>Cláudia Satiko Takemura Matsuba</p><p>Heloisa Helena Ciqueto Peres</p><p>Márcio Bispo dos Santos</p><p>Marcus Vinícius de Lima Oliveira</p><p>Patrícia Maria da Silva Crivelaro</p><p>Vanessa de Fátima Scarcella Ramalho Marciano de Lima</p><p>Vanessa Morrone Maldonado</p><p>Quadros II e III - Titulares</p><p>Anderson Roberto Rodrigues</p><p>Fernando Henrique Vieira Santos</p><p>Jane Bezerra dos Santos</p><p>Marcia Rodrigues</p><p>Maria Edith de Almeida Santan</p><p>Valdenir Mariano</p><p>Vanderlan Eugênio Dantas</p><p>Quadro I - Suplentes</p><p>Ariane Campos Gervazoni</p><p>Bruna Cristina Busnardo Trindade de Souza</p><p>Daniel Rodrigues</p><p>Ivan Lima de Santana</p><p>Kenny Paolo Ramponi</p><p>Luana Bueno Garcia</p><p>Marcelo Carvalho da Conceição</p><p>Marcia Regina Costa de Brito</p><p>Maria Madalena Januário Leite</p><p>Natali Sant Ana Vilas Boas Petri</p><p>Sonia Angelica Gonçalves</p><p>Vinícius Batista Santos</p><p>Quadros II e III - Suplentes</p><p>Adriana Pereira da Silva</p><p>Djalma Vinícius Maiolino de Souza Rodrigues</p><p>Edna Matias Andrade Souza</p><p>Edson José da Luz</p><p>Gledson Santos da Silva</p><p>João Dario Marcelli</p><p>Luis Donizete Bronzi</p><p>Márcio Joaquim Nunes</p><p>Sueli Aparecida de Oliveira Coelho</p><p>Apresentação</p><p>A prática profissional pautada por condutas</p><p>éticas e em consonância com as leis que regem a</p><p>enfermagem é fundamental para a garantia de uma</p><p>assistência segura e de excelência aos cidadãos.</p><p>Neste sentido, é necessário que os profissionais se</p><p>apropriem dos instrumentos que regulamentam</p><p>a profissão. Em sua missão de apoiar a categoria</p><p>nessa jornada, o Coren-SP lança a 4ª edição do</p><p>manual “Código de Ética e Principais Legislações</p><p>do Exercício da Enfermagem”, favorecendo a</p><p>autonomia da enfermagem paulista.</p><p>Os anos da pandemia da Covid-19 causaram</p><p>grande impacto no trabalho da enfermagem,</p><p>mas também permitiram que pautas importantes</p><p>da categoria ganhassem notórias discussões</p><p>na sociedade, devido à imensa sobrecarga de</p><p>trabalho à que a categoria foi submetida nesse</p><p>período. Prova disso foram as publicações das Leis</p><p>14.434/2022 e 14.602/2023, que alteram a lei</p><p>que regulamenta o exercício da enfermagem para</p><p>preverem, respectivamente, o piso salarial dos</p><p>profissionais da profissão e condições adequadas</p><p>de repouso, durante todo o horário de trabalho.</p><p>Esta nova edição é uma continuidade do trabalho</p><p>de reformulação que fora conduzida por um Grupo</p><p>do Trabalho estabelecido pelo Cofen, de forma</p><p>participativa, recebendo propostas de alterações</p><p>encaminhadas pelos Conselhos Regionais de</p><p>Enfermagem e, também, pelos profissionais,</p><p>por meio de consulta pública online, garantindo</p><p>transparência e representatividade nas diretrizes</p><p>do novo código.</p><p>A enfermagem é uma profissão autônoma e regida</p><p>por legislação que garante seu pleno exercício, e</p><p>por isso é essencial que os profissionais estejam</p><p>dotados de toda legislação que norteia sua prática,</p><p>de forma a prezar pela segurança na assistência.</p><p>Boa leitura!</p><p>Sergio Aparecido Cleto</p><p>Presidente do Coren-SP</p><p>Gestão 2024-2026</p><p>Sumário</p><p>LEI Nº 5.905, DE 12 DE JULHO DE 1973 .............. 13</p><p>LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986 .............. 24</p><p>LEI Nº 14.434, DE 4 DE AGOSTO DE 2022 ............ 39</p><p>LEI Nº 14.602, DE 20 DE JUNHO DE 2023 ............ 44</p><p>DECRETO Nº 94.406, DE 08 DE JUNHO DE 1987 .. 47</p><p>LEI Nº 8.967, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1994 ....... 62</p><p>RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017 ..................... 64</p><p>Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem ...... 70</p><p>Preâmbulo ....................................................... 70</p><p>Princípios fundamentais .................................. 71</p><p>Capítulo I – Dos direitos .................................. 72</p><p>Capítulo II – Dos deveres ................................. 76</p><p>Capítulo III – Das proibições ............................ 85</p><p>Capítulo IV – Das infrações e penalidades ............ 92</p><p>Capítulo V – Da aplicação das penalidades ..............99</p><p>RESOLUÇÃO COFEN Nº 706/2022 ..................... 101</p><p>Código de Processo ético do sistema Cofen/Conselhos</p><p>Regionais de Enfermagem ............................ 105</p><p>Capítulo I – Disposições gerais ........................... 105</p><p>Capítulo II – Do sistema de apuração e decisão das</p><p>infrações éticas .......................................... 106</p><p>Capítulo III – Da câmara de ética e da comissão</p><p>de instrução do processo ético (CIPE) ............. 108</p><p>Seção I – Da câmara de ética ......................... 108</p><p>Seção II – Da comissão de instrução do</p><p>processo ético (CIPE) ............................109</p><p>Capítulo IV – Do processo .............................. 110</p><p>Seção I – Do início do processo .................... 110</p><p>Seção II – Da admissibilidade ....................... 111</p><p>Da Seção III – Da suspensão cautelar do</p><p>exercício da profissão ............................. 114</p><p>Capítulo V – Dos atos processuais ..................... 116</p><p>Capítulo VI – Da conciliação ........................... 117</p><p>Capítulo VII – Dos prazos ............................... 119</p><p>Capítulo VIII – Da instrução ...........................120</p><p>Seção I – Da citação do denunciado ................120</p><p>Seção II – Da defesa ...................................123</p><p>Seção III – Da intimação .............................124</p><p>Seção IV – Das provas ................................125</p><p>Seção V – Das testemunhas .........................127</p><p>Capítulo IX – Do impedimento e da suspeição ......130</p><p>Seção I – Do impedimento ..........................130</p><p>Seção II – Da suspeição ..............................131</p><p>Seção III – Processamento da suspeição e do</p><p>impedimento .......................................131</p><p>Capítulo X – Das nulidades .............................132</p><p>Seção I – Das nulidades absolutas ..................133</p><p>Seção II – Das nulidades relativas ..................134</p><p>Capítulo XI – Da prescrição e da decadência ........136</p><p>Seção I – Da prescrição ..............................136</p><p>Seção II – Da decadência .............................137</p><p>Capítulo XII – Do julgamento ..........................137</p><p>Seção I – Do julgamento do processo ético ......137</p><p>Seção II – Da decisão .................................142</p><p>Capítulo XIII – Dos recursos ...........................144</p><p>Seção I – Recurso ao plenário do Cofen ..........144</p><p>Capítulo XIV – Da execução e da revisão da</p><p>penalidade ..........................................146</p><p>Seção I – Da execução da pena ......................146</p><p>envolvam recusa ou demissão</p><p>motivada pela necessidade do profissional em cumprir o</p><p>presente código e a legislação do exercício profissional;</p><p>bem como pleitear cargo, função ou emprego ocupado por</p><p>colega, utilizando-se de concorrência desleal.</p><p>86</p><p>Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro</p><p>de pessoal de qualquer instituição ou estabelecimento</p><p>congênere, quando, nestas, não exercer funções de</p><p>Enfermagem estabelecidas na legislação.</p><p>Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa,</p><p>pessoa, família e coletividade, além do que lhe é devido,</p><p>como forma de garantir assistência de Enfermagem</p><p>diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou</p><p>para outrem.</p><p>Art. 68 Valer-se, quando no exercício da profissão,</p><p>de mecanismos de coação, omissão ou suborno, com</p><p>pessoas físicas ou jurídicas, para conseguir qualquer tipo</p><p>de vantagem.</p><p>Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou</p><p>cargo, para impor ou induzir ordens, opiniões, ideologias</p><p>políticas ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que</p><p>atentem contra a dignidade da pessoa humana, bem como</p><p>dificultar o exercício profissional.</p><p>Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de Enfermagem</p><p>para praticar atos tipificados como crime ou contravenção</p><p>penal, tanto em ambientes onde exerça a profissão, quanto</p><p>naqueles em que não a exerça, ou qualquer ato que infrinja</p><p>os postulados éticos e legais.</p><p>87</p><p>Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia</p><p>e difamação de pessoa e família, membros das equipes de</p><p>Enfermagem e de saúde, organizações da Enfermagem,</p><p>trabalhadores de outras áreas e instituições em que exerce</p><p>sua atividade profissional.</p><p>Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime,</p><p>contravenção penal ou qualquer outro ato que infrinja</p><p>postulados éticos e legais, no exercício profissional.</p><p>Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática</p><p>destinada a interromper a gestação, exceto nos casos</p><p>permitidos pela legislação vigente.</p><p>Parágrafo único. Nos casos permitidos pela</p><p>legislação, o profissional deverá</p><p>decidir de acordo com a sua</p><p>consciência sobre sua participação,</p><p>desde que seja garantida a</p><p>continuidade da assistência.</p><p>Art. 74 Promover ou participar de prática destinada a</p><p>antecipar a morte da pessoa.</p><p>Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações</p><p>de emergência ou naquelas expressamente autorizadas</p><p>na legislação, desde que possua competência técnica-</p><p>científica necessária.</p><p>88</p><p>Art. 76 Negar assistência de Enfermagem em situações</p><p>de urgência, emergência, epidemia, desastre e catástrofe,</p><p>desde que não ofereça risco a integridade física do</p><p>profissional.</p><p>Art. 77 Executar procedimentos ou participar da</p><p>assistência à saúde sem o consentimento formal da pessoa</p><p>ou de seu representante ou responsável legal, exceto em</p><p>iminente risco de morte.</p><p>Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer</p><p>indicação, ação da droga, via de administração e potenciais</p><p>riscos, respeitados os graus de formação do profissional.</p><p>Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam</p><p>estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em</p><p>rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em</p><p>situações de emergência.</p><p>Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de</p><p>qualquer natureza que comprometam a segurança da</p><p>pessoa.</p><p>Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza,</p><p>competem a outro profissional, exceto em caso de</p><p>emergência, ou que estiverem expressamente autorizados</p><p>na legislação vigente.</p><p>89</p><p>Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com</p><p>outros profissionais de saúde ou áreas vinculadas, no</p><p>descumprimento da legislação referente aos transplantes</p><p>de órgãos, tecidos, esterilização humana, reprodução</p><p>assistida ou manipulação genética.</p><p>Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando</p><p>no exercício profissional, assédio moral, sexual ou de</p><p>qualquer natureza, contra pessoa, família, coletividade</p><p>ou qualquer membro da equipe de saúde, seja por meio</p><p>de atos ou expressões que tenham por consequência</p><p>atingir a dignidade ou criar condições humilhantes e</p><p>constrangedoras.</p><p>Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e</p><p>título que não possa comprovar.</p><p>Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo</p><p>ao patrimônio das organizações da categoria.</p><p>Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação</p><p>inverídica ou de conteúdo duvidoso sobre assunto de sua</p><p>área profissional.</p><p>Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações</p><p>ou fatos, e inserir imagens que</p><p>possam identificar pessoas ou</p><p>instituições sem prévia autorização,</p><p>em qualquer meio de comunicação.</p><p>90</p><p>Art. 87 Registrar informações incompletas, imprecisas</p><p>ou inverídicas sobre a assistência de Enfermagem prestada</p><p>à pessoa, família ou coletividade.</p><p>Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem</p><p>que não executou, bem como permitir que suas ações</p><p>sejam assinadas por outro profissional.</p><p>Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e</p><p>documentos a terceiros que não estão diretamente</p><p>envolvidos na prestação da assistência de saúde ao paciente,</p><p>exceto quando autorizado pelo paciente, representante</p><p>legal ou responsável legal, por determinação judicial.</p><p>Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas</p><p>declarações sobre o exercício profissional quando solicitado</p><p>pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão de</p><p>Ética de Enfermagem.</p><p>Art. 91 Delegar atividades privativas do(a)</p><p>Enfermeiro(a) a outro membro da equipe de Enfermagem,</p><p>exceto nos casos de emergência.</p><p>Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades</p><p>privativas a outros membros da</p><p>equipe de saúde.</p><p>Art. 92 Delegar atribuições dos(as) profissionais de</p><p>Enfermagem, previstas na legislação, para acompanhantes</p><p>e/ou responsáveis pelo paciente.</p><p>91</p><p>Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica</p><p>nos casos da atenção domiciliar</p><p>para o autocuidado apoiado.</p><p>Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da</p><p>assistência prestada aos pacientes sob seus cuidados</p><p>realizados por alunos e/ou estagiários sob sua supervisão</p><p>e/ou orientação.</p><p>Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel</p><p>ou imóvel, público ou particular, que esteja sob sua</p><p>responsabilidade em razão do cargo ou do exercício</p><p>profissional, bem como desviá-lo em proveito próprio ou</p><p>de outrem.</p><p>Art. 95 Realizar ou participar de atividades de ensino,</p><p>pesquisa e extensão, em que os direitos inalienáveis da</p><p>pessoa, família e coletividade sejam desrespeitados ou</p><p>ofereçam quaisquer tipos de riscos ou danos previsíveis aos</p><p>envolvidos.</p><p>Art. 96 Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e</p><p>segurança da pessoa, família e coletividade.</p><p>Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa,</p><p>bem como usá-los para fins diferentes dos objetivos</p><p>previamente estabelecidos.</p><p>92</p><p>Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que</p><p>identifiquem o participante do estudo e/ou instituição</p><p>envolvida, sem a autorização prévia.</p><p>Art. 99 Divulgar ou publicar, em seu nome, produção</p><p>técnico-científica ou instrumento de organização formal</p><p>do qual não tenha participado ou omitir nomes de</p><p>coautores e colaboradores.</p><p>Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões</p><p>ainda não publicadas, sem referência do autor ou sem a sua</p><p>autorização.</p><p>Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções</p><p>técnico-científicas, das quais tenha ou não participado</p><p>como autor, sem concordância ou concessão dos demais</p><p>partícipes.</p><p>Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para</p><p>fazer constar seu nome como autor ou coautor em obra</p><p>técnico-científica.</p><p>CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES</p><p>Art. 103 A caracterização das infrações éticas</p><p>e disciplinares, bem como a aplicação das respectivas</p><p>penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das</p><p>sanções previstas em outros dispositivos legais.</p><p>93</p><p>Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a</p><p>ação, omissão ou conivência que implique em desobediência</p><p>e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos</p><p>Profissionais de Enfermagem, bem como a inobservância</p><p>das normas do Sistema Cofen/Conselhos</p><p>Regionais de</p><p>Enfermagem.</p><p>Art. 105 O(a) Profissional de Enfermagem responde</p><p>pela infração ética e/ou disciplinar, que cometer ou</p><p>contribuir para sua prática, e, quando cometida(s) por</p><p>outrem, dela(s) obtiver benefício.</p><p>Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por</p><p>meio da análise do(s) fato(s), do(s) ato(s) praticado(s) ou</p><p>ato(s) omissivo(s), e do(s) resultado(s).</p><p>Art. 107 A infração é apurada em processo</p><p>instaurado e conduzido nos termos do Código de Processo</p><p>Ético-Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal</p><p>de Enfermagem.</p><p>Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo</p><p>Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,</p><p>conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de</p><p>12 de julho de 1973, são as seguintes:</p><p>I Advertência verbal;</p><p>II Multa;</p><p>94</p><p>III Censura;</p><p>IV Suspensão do Exercício Profissional;</p><p>V Cassação do direito ao Exercício Profissional.</p><p>§ 1º A advertência verbal consiste na admoestação</p><p>ao infrator, de forma reservada, que será registrada</p><p>no prontuário do mesmo, na presença de</p><p>duas testemunhas.</p><p>§ 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento</p><p>de 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da</p><p>categoria profissional à qual pertence o infrator,</p><p>em vigor no ato do pagamento.</p><p>§ 3º A censura consiste em repreensão que será</p><p>divulgada nas publicações oficiais do Sistema</p><p>Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem e</p><p>em jornais de grande circulação.</p><p>§ 4º A suspensão consiste na proibição do exercício</p><p>profissional da Enfermagem por um período de até</p><p>90 (noventa) dias e será divulgada nas publicações</p><p>oficiais do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de</p><p>Enfermagem, jornais de grande circulação e</p><p>comunicada aos órgãos empregadores.</p><p>95</p><p>§ 5º A cassação consiste na perda do direito ao exercício</p><p>da Enfermagem por um período de até 30 anos e</p><p>será divulgada nas publicações do Sistema Cofen/</p><p>Conselhos Regionais de Enfermagem e em jornais</p><p>de grande circulação.</p><p>§ 6º As penalidades aplicadas deverão ser registradas no</p><p>prontuário do infrator.</p><p>§ 7º Nas penalidades de suspensão e cassação, o</p><p>profissional terá sua carteira retida no ato da</p><p>notificação, em todas as categorias em que for</p><p>inscrito, sendo devolvida após o cumprimento da</p><p>pena e, no caso da cassação, após o processo</p><p>de reabilitação.</p><p>Art. 109 As penalidades, referentes à advertência</p><p>verbal, multa, censura e suspensão do exercício</p><p>profissional, são da responsabilidade do Conselho Regional</p><p>de Enfermagem, serão registradas no prontuário do</p><p>profissional de Enfermagem; a pena de cassação do direito</p><p>ao exercício profissional é de competência do Conselho</p><p>Federal de Enfermagem, conforme o disposto no art. 18,</p><p>parágrafo primeiro, da Lei n° 5.905/73.</p><p>96</p><p>Parágrafo único. Na situação em que o processo</p><p>tiver origem no Conselho Federal</p><p>de Enfermagem e nos casos de</p><p>cassação do exercício profissional,</p><p>terá como instância superior a</p><p>Assembleia de Presidentes dos</p><p>Conselhos de Enfermagem.</p><p>Art. 110 Para a graduação da penalidade e respectiva</p><p>imposição consideram-se:</p><p>I A gravidade da infração;</p><p>II As circunstâncias agravantes e atenuantes</p><p>da infração;</p><p>III O dano causado e o resultado;</p><p>IV Os antecedentes do infrator.</p><p>Art. 111 As infrações serão consideradas leves,</p><p>moderadas, graves ou gravíssimas, segundo a natureza do</p><p>ato e a circunstância de cada caso.</p><p>§ 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a</p><p>integridade física, mental ou moral de qualquer</p><p>pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que</p><p>venham a difamar organizações da categoria ou</p><p>instituições ou ainda que causem danos</p><p>patrimoniais ou financeiros.</p><p>97</p><p>§ 2º São consideradas infrações moderadas as que</p><p>provoquem debilidade temporária de membro,</p><p>sentido ou função na pessoa ou ainda as que</p><p>causem danos mentais, morais, patrimoniais</p><p>ou financeiros.</p><p>§ 3º São consideradas infrações graves as que</p><p>provoquem perigo de morte, debilidade</p><p>permanente de membro, sentido ou função, dano</p><p>moral irremediável na pessoa ou ainda as que</p><p>causem danos mentais, morais, patrimoniais</p><p>ou financeiros.</p><p>§ 4º São consideradas infrações gravíssimas as que</p><p>provoquem a morte, debilidade permanente de</p><p>membro, sentido ou função, dano moral</p><p>irremediável na pessoa.</p><p>Art. 112 São consideradas circunstâncias atenuantes:</p><p>I Ter o infrator procurado, logo após a infração,</p><p>por sua espontânea vontade e com eficiência,</p><p>evitar ou minorar as consequências do seu ato;</p><p>II Ter bons antecedentes profissionais;</p><p>III Realizar atos sob coação e/ou intimidação ou</p><p>grave ameaça;</p><p>98</p><p>IV Realizar atos sob emprego real de força física;</p><p>V Ter confessado espontaneamente a autoria</p><p>da infração;</p><p>VI Ter colaborado espontaneamente com a</p><p>elucidação dos fatos.</p><p>Art. 113 São consideradas circunstâncias agravantes:</p><p>I Ser reincidente;</p><p>II Causar danos irreparáveis;</p><p>III Cometer infração dolosamente;</p><p>IV Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;</p><p>V Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação,</p><p>a impunidade ou a vantagem de outra infração;</p><p>VI Aproveitar-se da fragilidade da vítima;</p><p>VII Cometer a infração com abuso de autoridade</p><p>ou violação do dever inerente ao cargo ou</p><p>função ou exercício profissional;</p><p>VIII Ter maus antecedentes profissionais;</p><p>99</p><p>IX Alterar ou falsificar prova, ou concorrer para a</p><p>desconstrução de fato que se relacione com o</p><p>apurado na denúncia durante a condução do</p><p>processo ético.</p><p>CAPÍTULO V – DA APLICAÇÃO DAS</p><p>PENALIDADES</p><p>Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente</p><p>poderão ser aplicadas, cumulativamente, quando houver</p><p>infração a mais de um artigo.</p><p>Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos</p><p>casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:, 26,</p><p>28, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43,</p><p>46, 48, 47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,58, 59, 60,</p><p>61, 62, 65, 66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85,</p><p>86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e</p><p>102.</p><p>Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de</p><p>infrações ao que está estabelecido nos artigos: 28, 29, 30,</p><p>31, 32, 35, 36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57,</p><p>58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73,</p><p>74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88,</p><p>89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101 e 102.</p><p>100</p><p>Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de</p><p>infrações ao que está estabelecido nos artigos: 31, 41, 42,</p><p>43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66,</p><p>67,68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82,</p><p>83, 84, 85, 86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100,</p><p>101 e 102.</p><p>Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional</p><p>é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido</p><p>nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62,</p><p>63, 64, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78,79, 80,</p><p>81, 82, 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.</p><p>Art.119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício</p><p>Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está</p><p>estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82,</p><p>83, 94, 96 e 97.</p><p>101</p><p>Aprova o Código de Processo Ético do</p><p>Sistema Cofen/Conselhos Regionais de</p><p>Enfermagem.</p><p>102</p><p>RESOLUÇÃO COFEN Nº 706/2022</p><p>Aprova o Código de Processo Ético do Sistema Cofen/Conselhos</p><p>Regionais de Enfermagem.</p><p>O CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM –</p><p>COFEN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela</p><p>Lei nº. 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento</p><p>Interno da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº</p><p>421, de 15 de fevereiro de 2012;</p><p>CONSIDERANDO os estudos realizados pela Comissão</p><p>de Reformulação do Código de Processo Ético do Sistema</p><p>Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, instituída</p><p>por meio da Portaria Cofen nº 1229, de 21 de agosto de</p><p>2018, e as sugestões enviadas pelos Conselhos Regionais</p><p>de Enfermagem;</p><p>CONSIDERANDO a Lei nº 13.726/2018, que dispõe</p><p>sobre a autenticidade dos documentos;</p><p>CONSIDERANDO a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de</p><p>2018 – Lei Geral de Proteção de Dados;</p><p>CONSIDERANDO a Lei nº 13.105, de 16 de março de</p><p>2015, que dispõe sobre o Código de Processo Civil;</p><p>CONSIDERANDO a Lei nº 6.838, de 29 de outubro</p><p>de 1980, que dispõe sobre o prazo prescricional para a</p><p>103</p><p>punibilidade de profissional liberal, por falta sujeita a</p><p>processo disciplinar, a ser aplicada por órgão competente;</p><p>CONSIDERANDO a Lei nº 7.210/1984, que instituiu a</p><p>Lei de Execução Penal, art. 66, V, alínea “g”;</p><p>CONSIDERANDO o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de</p><p>outubro de 1941, que dispõe sobre o Código de Processo</p><p>Penal;</p><p>CONSIDERANDO o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de</p><p>dezembro de 1940 – Código Penal Brasileiro;</p><p>CONSIDERANDO o Código de Ética dos Profissionais</p><p>de Enfermagem, aprovado por Resolução do Conselho</p><p>Federal de Enfermagem;</p><p>CONSIDERANDO tudo o mais que consta no Processo</p><p>Administrativo Cofen nº 0560/2021 e a deliberação do</p><p>Plenário em sua 9ª Reunião Extraordinária, ocorrida nos</p><p>dias 21 e 22 de julho de 2022;</p><p>RESOLVE:</p><p>Art. 1º Aprovar o “Código de Processo Ético do Sistema</p><p>Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem”, que</p><p>estabelece as normas procedimentais para serem aplicadas</p><p>nos processos éticos no âmbito do Sistema Cofen/</p><p>Conselhos Regionais de Enfermagem.</p><p>104</p><p>Art. 2º O presente Código de Processo Ético entrará</p><p>em vigor 120 (cento e vinte) dias contados da data de</p><p>sua publicação, revogam-se as Resoluções Cofen nºs</p><p>370/2010, a 483/2015 e a 644/2020. (Prazo prorrogado</p><p>pela Resolução Cofen nº 714/2022)</p><p>Brasília, 25 de julho de 2022.</p><p>BETÂNIA Mª P. DOS SANTOS</p><p>COREN-PB Nº 42725</p><p>Presidente</p><p>SILVIA MARIA NERI PIEDADE</p><p>COREN-RO Nº 92597</p><p>Primeira-Secretária</p><p>Publicada no DOU em 10.08.2022</p><p>Nº 151 - Seção I - fls. 300 a 304</p><p>Nota: Essa Resolução Cofen n° 706/2022 teve sua vigência</p><p>prorrogada pela Resolução Cofen nº 714/2022, publicada</p><p>no DOU n° 217 em 18.11.2022 Seção I fls. 137, assim,</p><p>o Código de Processo Ético do Sistema Cofen/</p><p>Conselhos Regionais de Enfermagem passou a</p><p>vigorar a partir de 10 de abril de 2023.</p><p>105</p><p>CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO</p><p>DO SISTEMA COFEN/CONSELHOS</p><p>REGIONAIS DE ENFERMAGEM</p><p>APROVADO PELA RESOLUÇÃO</p><p>COFEN Nº 706/2022</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 1º O Código de Processo Ético estabelece</p><p>procedimentos para instauração, instrução e julgamento</p><p>do processo ético e aplicação das penalidades relacionadas</p><p>à apuração de infração ao Código de Ética dos Profissionais</p><p>de Enfermagem.</p><p>Art. 2º A apuração e julgamento de infração ao Código</p><p>de Ética dos Profissionais de Enfermagem obedecerá,</p><p>dentre outros, aos princípios da legalidade, moralidade,</p><p>publicidade, eficiência, finalidade, motivação,</p><p>razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa,</p><p>contraditório, segurança jurídica e interesse público.</p><p>Art. 3º O sistema de apuração e decisão das infrações</p><p>éticas dos Conselhos de Enfermagem se divide em duas</p><p>instâncias conforme o art. 6º deste código.</p><p>106</p><p>Art. 4º Inscrito o profissional em mais de um Conselho,</p><p>a competência de julgamento e aplicação da penalidade</p><p>disciplinar será do Conselho Regional do lugar em que</p><p>ocorreu a infração.</p><p>Art. 5º O processo e julgamento das infrações previstas</p><p>no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem</p><p>são independentes, não estando, em regra, vinculados a</p><p>processos judiciais sobre os mesmos fatos.</p><p>Parágrafo único. A sentença penal absolutória influirá</p><p>na apuração da infração ética quando tiver por fundamento</p><p>o art. 386, inciso I (estar provado a inexistência do fato) e</p><p>IV (estar provado que o réu não concorreu para a infração</p><p>penal) do Decreto-Lei nº 3.689/1941.</p><p>CAPÍTULO II</p><p>DO SISTEMA DE APURAÇÃO E</p><p>DECISÃO DAS INFRAÇÕES ÉTICAS</p><p>Art. 6º Constituem o sistema de apuração e decisão das</p><p>infrações éticas:</p><p>I – Como órgão de admissibilidade em primeira</p><p>instância:</p><p>a) a Câmara de Ética do Conselho Regional de</p><p>Enfermagem;</p><p>107</p><p>b) o Plenário do Conselho Regional, no impedimento e/</p><p>ou suspeição da maioria absoluta da Câmara de Ética;</p><p>c) o Plenário do Conselho Federal, quando se tratar de</p><p>Conselheiro Efetivo ou Suplente, Federal ou Regional,</p><p>ou membro de junta interventora ou governativa,</p><p>enquanto durar o mandato.</p><p>Parágrafo único. No caso da alínea “c” deste inciso,</p><p>cessado o exercício do mandato,</p><p>deixa o profissional de gozar da</p><p>prerrogativa de função, devendo o</p><p>processo ser remetido ao Conselho</p><p>Regional competente, que dará</p><p>prosseguimento ao feito.</p><p>II – Como órgão julgador de primeira instância:</p><p>a) o Plenário do Conselho Regional de Enfermagem;</p><p>b) o Plenário do Conselho Federal, quando se tratar de</p><p>Conselheiro Efetivo e Suplente, Federal ou Regional,</p><p>ou membro de junta interventora ou governativa,</p><p>enquanto durar o mandato;</p><p>c) o Plenário do Conselho Federal, no impedimento e/</p><p>ou suspeição da maioria absoluta do Plenário do</p><p>Conselho Regional;</p><p>108</p><p>d) o Plenário do Conselho Federal nos casos de indicação</p><p>de cassação pelo Conselho Regional (art. 18, v, § 1º, da</p><p>Lei nº 5.905/1973).</p><p>III – como órgão julgador de segunda instância:</p><p>a) o Plenário do Conselho Regional, referente aos</p><p>recursos das decisões de não admissibilidade proferidas</p><p>pela Câmara de Ética do Coren;</p><p>b) o Plenário do Conselho Federal nas decisões proferidas</p><p>pelo Plenário do Coren;</p><p>CAPÍTULO III</p><p>DA CÂMARA DE ÉTICA E DA</p><p>COMISSÃO DE INSTRUÇÃO</p><p>DO PROCESSO ÉTICO (CIPE)</p><p>SEÇÃO I</p><p>DA CÂMARA DE ÉTICA</p><p>Art. 7º A Câmara de Ética do Coren será constituída por 03</p><p>(três) conselheiros efetivos e até 03 (três) suplentes, sendo</p><p>dois enfermeiros e um técnico/auxiliar de enfermagem,</p><p>sob a coordenação de um enfermeiro designado pelo</p><p>presidente do Conselho.</p><p>§ 1º A critério de cada Conselho poderá ser criada mais</p><p>de uma Câmara de Ética.</p><p>109</p><p>§ 2º Compete à Câmara de Ética:</p><p>a) decidir sobre a admissibilidade de denúncia ética;</p><p>b) atuar como órgão conciliador;</p><p>c) promover a suspensão cautelar do exercício da</p><p>profissão.</p><p>SEÇÃO II</p><p>DA COMISSÃO DE INSTRUÇÃO</p><p>DO PROCESSO ÉTICO (CIPE)</p><p>Art. 8º A CIPE será constituída por 03 (três) membros,</p><p>designados pelo Presidente do respectivo Conselho,</p><p>dentre os empregados públicos e/ou colaboradores, todos</p><p>profissionais de enfermagem, cujos integrantes deverão</p><p>ser de categoria igual ou superior ao do denunciado, sob a</p><p>coordenação de um dos membros nomeado pelo Presidente</p><p>do Conselho.</p><p>Art. 9º Compete à CIPE adotar os procedimentos relativos</p><p>a instrução do processo e a elaboração do relatório final,</p><p>descrevendo, na hipótese de infração ética, a conduta</p><p>do denunciado com a indicação dos artigos do Código</p><p>de Ética dos Profissionais de Enfermagem infringidos,</p><p>encaminhando ao Presidente do Conselho para designação</p><p>de conselheiro relator para emissão de parecer conclusivo.</p><p>110</p><p>Parágrafo único. O relatório final da CIPE não</p><p>poderá conter a indicação de</p><p>penalidade ou absolvição.</p><p>Art. 10 A CIPE terá o prazo de 120 (cento e vinte) dias</p><p>para concluir seus trabalhos, podendo ser prorrogado</p><p>por igual período desde que justificado e autorizado pelo</p><p>Presidente do Conselho.</p><p>Parágrafo único. Após a conclusão dos trabalhos da</p><p>CIPE, em até 05 (cinco) dias, as</p><p>partes poderão apresentar</p><p>alegações finais.</p><p>CAPÍTULO IV</p><p>DO PROCESSO</p><p>SEÇÃO I</p><p>DO INÍCIO DO PROCESSO</p><p>Art. 11 A denúncia poderá ser apresentada de ofício,</p><p>ou mediante denúncia escrita ou verbal, fundamentada,</p><p>protocolada por pessoa física ou jurídica.</p><p>§ 1º Inicia-se de ofício quando o Presidente do Conselho</p><p>vier a saber, através de auto de infração, ou por</p><p>qualquer meio idôneo, de fato que tenha</p><p>característica de infração ética.</p><p>111</p><p>§ 2º A denúncia verbal deverá ser tomada a termo por</p><p>empregado público ou Conselheiro e dirigida ao</p><p>Conselho Regional (Coren) ou Conselho Federal</p><p>(Cofen), conforme o caso.</p><p>§ 3º O denunciante poderá optar por receber e praticar</p><p>todos os atos processuais, virtualmente e, para</p><p>tanto, necessário se faz a indicação do seu correio</p><p>eletrônico</p><p>ou número do WhatsApp, devendo ficar</p><p>registrado nos autos a opção.</p><p>SEÇÃO II</p><p>DA ADMISSIBILIDADE</p><p>Art. 12 A denúncia deverá ser encaminhada à Câmara</p><p>de Ética do Coren, a qual examinará o atendimento aos</p><p>requisitos de admissibilidade.</p><p>§ 1º Recebida a denúncia o Coordenador da Câmara de</p><p>Ética designará Conselheiro Relator, entre seus</p><p>membros, que emitirá parecer de admissibilidade</p><p>no prazo de 20 (vinte) dias.</p><p>§ 2º Na hipótese de denúncia anônima, havendo</p><p>plausibilidade e motivação, poderá o Conselheiro</p><p>Relator instaurar procedimento preliminar de</p><p>averiguação, no prazo improrrogável de 30 (trinta)</p><p>dias, cuja conclusão deverá indicar a admissibilidade</p><p>ou não da denúncia, que será de ofício caso admitida.</p><p>112</p><p>§ 3º O Conselheiro Relator poderá promover</p><p>diligências para melhor juízo de admissibilidade,</p><p>no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, ou</p><p>realizar audiência de conciliação.</p><p>§ 4º Não havendo a conciliação entre as partes, o</p><p>relator terá o prazo de 20 (vinte) dias para emitir</p><p>parecer de admissibilidade.</p><p>§ 5º Finalizado o parecer, a Câmara de Ética deliberará</p><p>e votará sobre a admissibilidade ou não da denúncia,</p><p>com decisão da maioria dos membros efetivos.</p><p>§ 6º O resultado ficará registrado em ata, com votação</p><p>nominal, e constará dos autos processuais com o</p><p>parecer e a decisão.</p><p>Art. 13 São requisitos de admissibilidade:</p><p>I – nome, qualificação e endereço do denunciante;</p><p>II – assinatura do denunciante ou seu representante;</p><p>III – identificação do profissional denunciado;</p><p>IV – a formulação do pedido com exposição dos fatos,</p><p>juntada das provas quando existirem;</p><p>V – do fato narrado constituir indícios de infração ao</p><p>Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem;</p><p>113</p><p>VI – ser profissional inscrito ou autorizado pelo</p><p>Conselho Regional, ao tempo da prática da conduta</p><p>que deu origem ao processo;</p><p>VII – não ter ocorrido a decadência.</p><p>§ 1º A denúncia não será admitida quando não</p><p>preencher os requisitos mínimos previstos neste</p><p>artigo.</p><p>§ 2º Caso a denúncia esteja deficiente a ponto de</p><p>comprometer sua exata compreensão, em relação</p><p>aos fatos e provas, a Câmara de Ética poderá</p><p>conceder ao denunciante prazo de 10 (dez) dias</p><p>para aditamento.</p><p>§ 3º Se o denunciante não cumprir o disposto no</p><p>parágrafo anterior, a denúncia não será admitida.</p><p>Art. 14 Preenchendo a denúncia os requisitos essenciais</p><p>de admissibilidade, bem como se contiver os elementos</p><p>necessários à formação de convicção sobre a existência de</p><p>infração, a Câmara de Ética decidirá pela instauração do</p><p>Processo Ético.</p><p>§ 1º Não admitida a denúncia por falta de requisitos</p><p>mínimos ou por não conter os elementos</p><p>necessários à formação de convicção sobre a</p><p>existência de infração, caberá recurso ao Plenário</p><p>do Coren no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da</p><p>ciência da decisão.</p><p>114</p><p>DA SEÇÃO III</p><p>DA SUSPENSÃO CAUTELAR</p><p>DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO</p><p>Art. 15 A suspensão cautelar do exercício da profissão</p><p>poderá ser aplicada em qualquer fase do processo ético,</p><p>pela Câmara de Ética do Coren ou pelo Plenário do</p><p>Conselho, desde que existam elementos de comprovação</p><p>que indiquem a autoria e a materialidade de procedimentos</p><p>danosos a indicar a veracidade da acusação, e haja fundado</p><p>receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao</p><p>paciente, à população e a dignidade da profissão, caso ele</p><p>continue a exercer a enfermagem.</p><p>§ 1º A decisão que determinar a suspensão cautelar,</p><p>indicará, de modo fundamentado e preciso, as</p><p>razões da suspensão.</p><p>§ 2º Os processos com suspensão cautelar devem ter</p><p>prioridade de tramitação sobre os outros processos</p><p>que tramitam no Conselho.</p><p>§ 3º Os casos de suspensão cautelar serão imediatamente</p><p>comunicados ao Cofen, que poderá rever a decisão.</p><p>§ 4º A suspensão cautelar terá efeito imediato e</p><p>implicará o impedimento, total ou parcial, do</p><p>exercício da enfermagem até o julgamento final do</p><p>processo, que deverá ser obrigatoriamente instaurado.</p><p>115</p><p>§ 5º A suspensão cautelar poderá ser modificada ou</p><p>revogada a qualquer tempo pela Câmara de Ética</p><p>do Coren ou, em grau de recurso, pelo Plenário do</p><p>Conselho competente, em decisão fundamentada.</p><p>§ 6º O Presidente do Coren, ad referendum do</p><p>Plenário, poderá rever a decisão da Câmara de</p><p>Ética que promoveu a suspensão cautelar.</p><p>Art. 16 O profissional de enfermagem suspenso</p><p>cautelarmente do exercício da enfermagem será notificado</p><p>da decisão, sendo contado o prazo recursal de 15 (quinze)</p><p>dias, conforme artigo 26, sem efeito suspensivo.</p><p>Art. 17 Recebido o recurso, o Presidente do Conselho</p><p>competente designará imediatamente um relator que terá</p><p>20 (vinte) dias para elaborar seu parecer que deverá ser</p><p>pautado para julgamento na sessão plenária subsequente.</p><p>Art. 18 A decisão de suspensão cautelar total terá efeito</p><p>no Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem</p><p>e será publicada no Diário Oficial e nos veículos de</p><p>comunicação do Conselho de Enfermagem.</p><p>Art. 19 A decisão de suspensão cautelar deverá ser</p><p>comunicada aos estabelecimentos aonde o profissional de</p><p>enfermagem exerce suas atividades.</p><p>116</p><p>CAPÍTULO V</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS</p><p>Art. 20 O Presidente do Conselho determinará a</p><p>autuação do processo ético por empregado público,</p><p>contendo o número do processo, os nomes das partes e a</p><p>data do seu início.</p><p>Art. 21 O processo, em regra, poderá ser digital e terá</p><p>a forma de autos judiciais, devendo os termos de juntada,</p><p>pedido de vistas, conclusão e outros atos processuais</p><p>semelhantes constarem de notas datadas e rubricadas.</p><p>§ 1º Os documentos devem ser juntados ao processo</p><p>em ordem cronológica e as folhas numeradas</p><p>sequencialmente e rubricadas, sendo facultado</p><p>às partes, aos procuradores, aos fiscais e às</p><p>testemunhas rubricarem as folhas correspondentes</p><p>aos atos nos quais intervierem.</p><p>§ 2º A autenticação de documentos poderá ser feita</p><p>com apresentação dos documentos originais.</p><p>§ 3º Não se admitem, nos autos e termos, espaços em</p><p>branco, bem com entrelinhas, emendas ou rasuras,</p><p>salvo se forem inutilizadas e expressamente</p><p>ressalvadas.</p><p>117</p><p>Art. 22 Os atos processuais devem realizar-se em</p><p>dias úteis, no horário normal de funcionamento</p><p>e, ordinariamente, na sede do Conselho,</p><p>podendo ser realizados em outro lugar, de</p><p>forma justificada.</p><p>Parágrafo único. Serão praticados ou concluídos</p><p>depois do horário normal os</p><p>atos cujo adiamento prejudiquem</p><p>o curso regular do procedimento</p><p>ou causem dano ao interessado ou,</p><p>ainda, aos Conselhos Federal ou</p><p>Regionais de Enfermagem.</p><p>Art. 23 Os atos do processo serão realizados em caráter</p><p>reservado e sigiloso.</p><p>Art. 24 O direito de consultar os autos e de pedir</p><p>certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus</p><p>procuradores, sendo facultado a terceiros, que demonstrem</p><p>e justifiquem o interesse jurídico no feito.</p><p>CAPÍTULO VI</p><p>DA CONCILIAÇÃO</p><p>Art. 25 Se a denúncia preencher os requisitos de</p><p>admissibilidade, o Conselheiro Relator poderá designar</p><p>dia e hora para audiência de conciliação, com antecedência</p><p>mínima de 15 (quinze) dias, contados a partir da intimação</p><p>das partes, com cópia da denúncia.</p><p>118</p><p>§ 1º Em se tratando de infrações consideradas leves</p><p>ou moderadas, assim consideradas pelo Código de</p><p>Ética, o Conselheiro Relator se obriga a designar</p><p>audiência de conciliação.</p><p>§ 2º A conciliação apenas poderá ser realizada em</p><p>se tratando de denúncia em que o fato se</p><p>circunscreva às pessoas do denunciante e do</p><p>denunciado, ensejando o arquivamento da denúncia</p><p>mediante retratação ou ajustamento de conduta,</p><p>inclusive quando se tratar de denúncia de ofício.</p><p>§ 3º A conciliação não poderá ser realizada quando o</p><p>fato envolver infrações caracterizadas como</p><p>gravíssimas, nos termos do Código de Ética dos</p><p>Profissionais de Enfermagem.</p><p>§ 4º Havendo a conciliação pelas partes, o Conselheiro</p><p>Relator lavrará o termo conciliatório que deverá</p><p>ser homologado pela Câmara de</p><p>Ética, ato contra o</p><p>qual não caberá recurso.</p><p>§ 5º Não havendo o comparecimento de qualquer uma</p><p>das partes, ou de seus representantes legais, a</p><p>conciliação restará prejudicada.</p><p>§ 6º A conciliação poderá ocorrer em qualquer fase do</p><p>processo por manifestação expressa das partes,</p><p>devendo ser conduzida pelo Conselheiro Relator.</p><p>119</p><p>§ 7º Estando o processo em fase de instrução, a</p><p>conciliação será realizada pelo Conselheiro Relator</p><p>da Câmara de Ética, a quem cabe homologar o</p><p>termo de conciliação.</p><p>CAPÍTULO VII</p><p>DOS PRAZOS</p><p>Art. 26 Salvo disposição em sentido diverso, considera-se</p><p>dia do começo do prazo:</p><p>I – da data da remessa, quando a intimação for</p><p>eletrônica;</p><p>II – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento-</p><p>AR, quando a notificação ou a intimação for por</p><p>via postal;</p><p>III – da data de juntada aos autos da notificação ou</p><p>intimação cumprida, quando realizada por</p><p>empregado público do Conselho;</p><p>IV – da data da publicação do edital; e</p><p>V – da data de ocorrência da ciência, na hipótese de</p><p>comparecimento espontâneo.</p><p>§ 1º Os prazos serão contados, de forma contínua,</p><p>excluindo o dia do começo e incluindo o dia do</p><p>vencimento.</p><p>120</p><p>§ 2º Os prazos serão contados a partir do primeiro dia</p><p>útil subsequente às datas a que se referem os incisos</p><p>I a V do caput.</p><p>§ 3º Considera-se prorrogado o prazo até o 1º</p><p>(primeiro) dia útil seguinte se o vencimento cair</p><p>em dia em que não houver expediente ou este for</p><p>encerrado antes da hora normal.</p><p>CAPÍTULO VIII</p><p>DA INSTRUÇÃO</p><p>SEÇÃO I</p><p>DA CITAÇÃO DO DENUNCIADO</p><p>Art. 27 Citação é o ato pelo qual o denunciado é</p><p>convocado para integrar a relação processual, garantindo</p><p>a oportunidade para se defender, indispensável para a</p><p>validade do processo ético.</p><p>Art. 28 O denunciado será citado para apresentar defesa</p><p>no prazo de 15 (quinze) dias, contados na forma do art. 26.</p><p>Parágrafo único. A citação de que trata o caput deste</p><p>artigo será realizada:</p><p>a) preferencialmente por meio digital para o endereço</p><p>eletrônico constante no cadastro do Conselho, com</p><p>confirmação do recebimento;</p><p>121</p><p>b) pela via postal, com aviso de recebimento, sendo ela</p><p>válida uma vez recebida no local de destino</p><p>constante do cadastro do Conselho;</p><p>c) pessoalmente, mediante a expedição do competente</p><p>mandado, a ser cumprido realizada por empregado</p><p>público do Conselho;</p><p>d) por carta precatória; ou</p><p>e) por edital publicado na Imprensa Oficial e no sítio</p><p>eletrônico do respectivo Conselho e/ou, ainda, em</p><p>jornal de grande circulação, quando frustradas as</p><p>hipóteses anteriores.</p><p>Art. 29 O denunciado, após a citação, poderá optar por</p><p>receber e praticar todos os atos processuais, virtualmente</p><p>e, para tanto, necessário se faz a indicação do seu correio</p><p>eletrônico ou número do WhatsApp, devendo ficar</p><p>registrado nos autos a opção.</p><p>Art. 30 A citação para apresentação de defesa prévia será</p><p>remetida com cópia integral do processo físico ou digital e</p><p>conterá obrigatoriamente as seguintes informações:</p><p>I – identificação do denunciante e do denunciado, nos</p><p>processos éticos iniciados por denúncia;</p><p>122</p><p>II – identificação do denunciado e do Conselho, nos</p><p>processos éticos iniciados de ofício;</p><p>III – endereço residencial do denunciado, quando</p><p>conhecido;</p><p>IV – endereço do local de trabalho do denunciado,</p><p>quando não conhecido o residencial;</p><p>V – finalidade da citação, bem como a menção do</p><p>prazo e local para apresentação da defesa prévia,</p><p>sob pena de revelia;</p><p>VI – assinatura do coordenador da CIPE.</p><p>Art. 31 O desatendimento da citação, ou a renúncia pela</p><p>parte ao direito de defesa e à prática dos atos processuais</p><p>não importam em reconhecimento da verdade dos fatos.</p><p>§ 1º O processo ético seguirá sem a presença do</p><p>denunciado quando, regularmente citado ou</p><p>intimado para qualquer ato, deixar de comparecer</p><p>sem motivo justificado.</p><p>§ 2º No prosseguimento do processo, será garantido às</p><p>partes o direito à ampla defesa e o contraditório.</p><p>§ 3º O comparecimento espontâneo do denunciado ao</p><p>processo supre a falta ou nulidade da citação.</p><p>123</p><p>SEÇÃO II</p><p>DA DEFESA</p><p>Art. 32 Na defesa, o denunciado poderá arguir</p><p>preliminares e alegar tudo o que interessa a sua defesa,</p><p>oferecer documentos e justificativas, especificar as provas</p><p>pretendidas e arrolar até 3 (três) testemunhas, que deverão</p><p>ser qualificadas com nome, profissão e endereço completo.</p><p>Art. 33 A defesa será apresentada por escrito, no prazo</p><p>de 15 (quinze) dias, e conterá o telefone fixo e/ou móvel,</p><p>endereço postal e endereço eletrônico (e-mail e/ou</p><p>WhatsApp) para conhecimento de intimações, devendo,</p><p>ainda, ser acompanhado de procuração, quando subscrita</p><p>por advogado.</p><p>Art. 34 Decorrido o prazo para apresentação da defesa,</p><p>sem que haja manifestação, será designado pelo Presidente</p><p>do Conselho a pedido do Coordenador da CIPE, um</p><p>Defensor Dativo para que, no prazo de 15 (quinze) dias a</p><p>contar da sua nomeação, apresente defesa escrita.</p><p>§1º O Defensor Dativo deverá ser profissional de</p><p>enfermagem regularmente inscrito, no mínimo da</p><p>mesma categoria do denunciado ou advogado.</p><p>§2º Os Conselheiros Efetivos e Suplentes e empregados</p><p>públicos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de</p><p>Enfermagem não poderão ser designados como</p><p>Defensores Dativos.</p><p>124</p><p>§3º Não poderá ser nomeado Defensor Dativo, profissional</p><p>que tenha interesse no resultado do processo ético ou</p><p>que tenha impedimentos legais.</p><p>SEÇÃO III</p><p>DA INTIMAÇÃO</p><p>Art. 35 Na intimação das partes, testemunhas e demais</p><p>pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato,</p><p>será observado, no que for aplicável, o disposto para as</p><p>citações, devendo conter, além dos requisitos previstos nos</p><p>incisos I, II, III e IV do art. 30, o seguinte:</p><p>I – finalidade da intimação;</p><p>II – data, hora e local em que deve comparecer;</p><p>III – se o intimado deve comparecer ou fazer-se</p><p>representar;</p><p>IV – informação da continuidade do processo</p><p>independentemente do seu comparecimento.</p><p>§ 1º A intimação observará a antecedência mínima de</p><p>3 (três) dias úteis para o ato processual.</p><p>§ 2º As intimações serão nulas quando feitas sem</p><p>observância das prescrições deste código, mas</p><p>o comparecimento do administrado supre sua falta</p><p>ou irregularidade.</p><p>125</p><p>Art. 36 Devem ser objeto de intimação os atos do</p><p>processo que resultem para o interessado em imposição</p><p>de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de</p><p>direitos.</p><p>SEÇÃO IV</p><p>DAS PROVAS</p><p>Art. 37 Incumbe às partes a prova dos fatos que tenham</p><p>alegado, sem prejuízo dos deveres do órgão competente</p><p>relativamente à instrução processual.</p><p>Art. 38 É facultada às partes arrolar testemunhas,</p><p>limitadas a 3 (três), que deverão ser qualificadas com nome</p><p>e endereço completo.</p><p>Art. 39 O Coordenador da CIPE, mediante decisão</p><p>fundamentada, poderá determinar a produção de provas</p><p>que julgar necessárias, bem como indeferir o pedido</p><p>de produção de provas que considerar protelatórias ou</p><p>desnecessárias à instrução processual.</p><p>Parágrafo único. O ônus decorrente da produção de</p><p>provas será suportado pela parte</p><p>que a requerer, inclusive a prova</p><p>pericial.</p><p>Art. 40 As partes poderão apresentar documentos em</p><p>qualquer fase do processo.</p><p>126</p><p>§ 1º Quando os autos estiverem conclusos para</p><p>deliberação de admissibilidade ou julgamento,</p><p>documentos só serão juntados se aceitos pelo</p><p>Conselheiro Relator.</p><p>§ 2º Às partes será concedido prazo de 05 (cinco) dias,</p><p>após intimação, para impugnação de documentos</p><p>novos.</p><p>Art. 41 Poderá, quando necessário, ocorrer a</p><p>construção de prova pericial que consiste em</p><p>exame, vistoria ou avaliação, que deverá ser</p><p>realizada nos termos da lei.</p><p>Parágrafo único. Uma vez solicitada prova pericial,</p><p>o perito será designado pelo</p><p>Coordenador da Comissão de</p><p>Instrução de Processo Ético.</p><p>Art. 42 O Coordenador da CIPE fixará o dia, hora e</p><p>local em que será realizada a perícia, o prazo para a</p><p>entrega do laudo, determinando a intimação das partes</p><p>para, querendo, indicar assistentes</p><p>técnicos e apresentar</p><p>quesitos.</p><p>§ 1º A perícia poderá ser realizada fora da cidade Sede</p><p>do Conselho, a critério da Comissão de Instrução</p><p>de Processo Ético.</p><p>127</p><p>§ 2º O pagamento da perícia deve ser efetuado mediante</p><p>recibo, pela parte que requerer a perícia.</p><p>Art. 43 São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas dos</p><p>autos do processo ético as provas ilícitas, assim entendidas,</p><p>como as obtidas com violação das normas constitucionais</p><p>ou legais.</p><p>Art. 44 É lícita a utilização de prova emprestada para</p><p>instrução do processo ético, desde que submetida ao</p><p>contraditório.</p><p>SEÇÃO V</p><p>DAS TESTEMUNHAS</p><p>Art. 45 Toda pessoa natural e com capacidade legal poderá</p><p>ser testemunha.</p><p>Art. 46 A testemunha, devidamente qualificada, fará</p><p>compromisso de dizer a verdade do que souber e lhe for</p><p>perguntado.</p><p>Art. 47 O depoimento será prestado oralmente, não</p><p>sendo, entretanto, vedada à testemunha breve consulta a</p><p>apontamentos.</p><p>Art. 48 O Coordenador da Comissão de Instrução, quando</p><p>julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas além</p><p>das indicadas pelas partes.</p><p>128</p><p>Art. 49 As testemunhas serão inquiridas de modo que uma</p><p>não saiba nem ouça os depoimentos das outras.</p><p>Art. 50 Se o Coordenador da CIPE reconhecer que</p><p>alguma testemunha, quando profissional de enfermagem,</p><p>fez afirmação falsa ou negou a verdade, remeterá cópia do</p><p>depoimento à Presidência do Conselho para as providências</p><p>cabíveis.</p><p>Art. 51 As perguntas poderão ser formuladas pelas partes</p><p>diretamente às testemunhas, podendo o Coordenador da</p><p>CIPE indeferir aquelas que possam induzir a resposta, não</p><p>tenham relação com a causa ou importem na repetição de</p><p>outra já respondida e, complementar a inquirição sobre os</p><p>pontos não esclarecidos.</p><p>§ 1º Deverão constar na ata da audiência as perguntas</p><p>que a testemunha deixar de responder, com as</p><p>razões de sua abstenção.</p><p>§ 2º O procurador das partes poderá assistir ao</p><p>interrogatório, bem como à inquirição das</p><p>testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas</p><p>perguntas e respostas, mas facultado reinquiri-las,</p><p>diretamente ou por intermédio do Coordenador da</p><p>Comissão.</p><p>Art. 52 O Coordenador da CIPE não permitirá que a</p><p>testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo</p><p>quando inseparáveis da narrativa do fato.</p><p>129</p><p>Art. 53 Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão</p><p>arguir circunstâncias ou defeitos que tornem a testemunha</p><p>suspeita de parcialidade ou indigna de fé.</p><p>Parágrafo único. O coordenador da CIPE fará</p><p>consignar a arguição e a resposta da</p><p>testemunha.</p><p>Art. 54 O depoimento da testemunha será reduzido a</p><p>termo e será assinado por ela, pelo coordenador da CIPE,</p><p>demais membros presentes na audiência, pelas partes e</p><p>seus procuradores.</p><p>Art. 55 Das pessoas impossibilitadas, por enfermidade</p><p>ou por velhice, o coordenador da CIPE poderá, de</p><p>ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar</p><p>antecipadamente o depoimento.</p><p>Art. 56 Os Conselheiros Federais e Regionais, efetivos</p><p>ou suplentes, tanto quanto as autoridades públicas,</p><p>quando arrolados como testemunhas, serão inquiridos</p><p>em local, dia e hora, previamente ajustados entre eles e o</p><p>coordenador da Comissão de Instrução, e poderão optar</p><p>pela prestação de depoimento, por escrito, caso em que as</p><p>perguntas formuladas pelas partes lhes serão transmitidas</p><p>por ofício.</p><p>Art. 57 A testemunha poderá ser ouvida em seu domicílio,</p><p>ou outro local previamente indicado, preferencialmente</p><p>por videoconferência.</p><p>130</p><p>CAPÍTULO IX</p><p>DO IMPEDIMENTO E DA SUSPEIÇÃO</p><p>SEÇÃO I</p><p>DO IMPEDIMENTO</p><p>Art. 58 É impedido de atuar em processo ético o membro</p><p>do Plenário, membros da Câmara de Ética, membros da</p><p>Comissão de Instrução de Processo Ético, que:</p><p>I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;</p><p>II – esteja litigando judicial ou administrativamente</p><p>com o interessado ou respectivo cônjuge ou</p><p>companheiro;</p><p>III – tenha participado ou venha a participar como</p><p>perito, testemunha ou representante ou se tais</p><p>situações ocorrem quanto ao cônjuge,</p><p>companheiro, ou parente e afins até o terceiro grau</p><p>IV – tenha atuado na primeira instância, pronunciando-se</p><p>de fato ou de direito sobre a matéria discutida no</p><p>processo.</p><p>Art. 59 Aquele que incorrer em impedimento deve</p><p>comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de</p><p>atuar.</p><p>131</p><p>Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar</p><p>o impedimento constitui falta</p><p>grave, para efeitos disciplinares.</p><p>Art. 60 O impedimento poderá ser arguido e reconhecido</p><p>em qualquer fase do processo, antes do trânsito em julgado</p><p>da decisão, em petição específica, na qual indicará, com</p><p>clareza, o fundamento da recusa, podendo instruí-la com</p><p>documentos em que se fundar a alegação e com o rol de</p><p>testemunha, se for o caso.</p><p>SEÇÃO II</p><p>DA SUSPEIÇÃO</p><p>Art. 61 Pode ser arguida a suspeição de membro do Plenário,</p><p>membros da Câmara de Ética, membros da Comissão de</p><p>Instrução de Processo Ético que tenha amizade íntima ou</p><p>inimizade notória com algum dos interessados ou com os</p><p>respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o</p><p>terceiro grau.</p><p>SEÇÃO III</p><p>PROCESSAMENTO DA</p><p>SUSPEIÇÃO E DO IMPEDIMENTO</p><p>Art. 62 Arguido o impedimento ou a suspeição pela parte,</p><p>o membro da Câmara de Ética ou da CIPE, de forma</p><p>justificada, deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias</p><p>sobre o reconhecimento ou não da arguição.</p><p>132</p><p>Parágrafo único. Do não reconhecimento, pelo</p><p>membro arguido, da suspeição/</p><p>impedimento, ou indeferida</p><p>tal alegação, a arguição será</p><p>remetida ao Plenário do respetivo</p><p>Conselho para conhecimento e</p><p>providências cabíveis, no prazo de</p><p>05 (cinco) dias, contado da ciência</p><p>da manifestação.</p><p>Art. 63 As partes poderão, em petição fundamentada,</p><p>arguir a suspeição ou o impedimento de qualquer julgador.</p><p>Parágrafo único. Se a suspeição e/ou impedimento</p><p>forem arguidos na sessão de</p><p>julgamento, serão apreciados como</p><p>matéria preliminar.</p><p>Art. 64 O impedimento ou a suspeição decorrente de</p><p>parentesco por casamento ou união estável cessa com a</p><p>dissolução do respectivo vínculo entre os cônjuges ou</p><p>companheiros, salvo sobrevindo descendente.</p><p>CAPÍTULO X</p><p>DAS NULIDADES</p><p>Art. 65 Os atos praticados poderão ser considerados de</p><p>nulidade absoluta ou de nulidade relativa.</p><p>133</p><p>SEÇÃO I</p><p>DAS NULIDADES ABSOLUTAS</p><p>Art. 66 Caracterizam-se pela falta de algum elemento</p><p>substancial do ato do Processo Ético, não sendo admitida a</p><p>convalidação ou retificação.</p><p>Art. 67 São nulidades absolutas:</p><p>I – incompetência do órgão julgador;</p><p>II – ilegitimidade de parte ativa ou passiva;</p><p>III – ausência de denúncia;</p><p>IV – quando inexistir admissibilidade;</p><p>V – por falta de citação do denunciado;</p><p>VI – por falta de designação de defensor dativo.</p><p>§ 1º A nulidade absoluta pode ser alegada, a qualquer</p><p>tempo ou fase do processo, inclusive após a</p><p>ocorrência do trânsito em julgado.</p><p>§ 2º A nulidade absoluta pode ser apontada pelas partes</p><p>ou ex ofício, com as consequências decorrentes.</p><p>134</p><p>SEÇÃO II</p><p>DAS NULIDADES RELATIVAS</p><p>Art. 68 A nulidade relativa admite convalidação com</p><p>possibilidade de correção do vício, sendo de interesse das</p><p>partes a sua alegação.</p><p>§ 1º A nulidade relativa ocorrerá nos seguintes casos:</p><p>I – por falta da intimação das testemunhas arroladas</p><p>pelas partes;</p><p>II – por suspeição declarada de qualquer dos membros</p><p>do Plenário, da Câmara de Ética ou da Comissão de</p><p>Instrução do Processo Ético;</p><p>III – por falta de cumprimento das formalidades legais</p><p>prescritas no presente código;</p><p>IV – atos praticados por empregados públicos do</p><p>Conselho Federal ou Regional de Enfermagem que</p><p>não tenha competência para fazê-lo.</p><p>Parágrafo único. As nulidades relativas deverão ser</p><p>arguidas no prazo de 5 (cinco) dias</p><p>em que à parte couber pronunciar-se</p><p>nos autos, sob pena de preclusão.</p><p>135</p><p>Art. 69 As nulidades relativas serão consideradas sanadas:</p><p>I – se não forem arguidas em tempo oportuno.</p><p>II – se praticado por outra forma, o ato tiver atingindo</p><p>seu fim;</p><p>III</p><p>– se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os</p><p>seus efeitos;</p><p>IV – se não causar prejuízo para as partes ou não houver</p><p>influído na apuração da verdade ou na decisão da</p><p>causa.</p><p>§ 1º O Coordenador da Câmara de Ética, o</p><p>Coordenador da Comissão de Instrução de</p><p>Processo Ético, o Conselheiro Relator ou o</p><p>Plenário, quando pronunciar a nulidade, declarará</p><p>os atos a que ela se estende.</p><p>§ 2º A nulidade uma vez declarada, ela só deve alcançar</p><p>o ato inválido e os que decorrem ou dependem</p><p>como efeito, permanecendo os restantes íntegros.</p><p>Art. 70 Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a</p><p>que tenha dado causa ou para que tenha concorrido, ou</p><p>ainda referente a formalidade cuja observância só à parte</p><p>contrária interessa.</p><p>136</p><p>CAPÍTULO XI</p><p>DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA</p><p>SEÇÃO I</p><p>DA PRESCRIÇÃO</p><p>Art. 71 A pretensão à punibilidade por infração ao Código</p><p>de Ética dos Profissionais de Enfermagem prescreve em 5</p><p>(cinco) anos, contados da data do efetivo conhecimento do</p><p>fato pelo Conselho.</p><p>Art. 72 O conhecimento expresso ou a notificação do</p><p>denunciado interrompe o prazo prescricional de que trata</p><p>o artigo anterior.</p><p>Parágrafo único. O conhecimento expresso ou</p><p>notificação de que trata este artigo</p><p>ensejará defesa escrita ou a termo,</p><p>a partir de quando fluirá novo</p><p>prazo prescricional.</p><p>Art. 73 Todo processo ético paralisado há mais de 3 (três)</p><p>anos pendente de despacho ou julgamento, será arquivado</p><p>ex offício, ou a requerimento da parte interessada, sem</p><p>prejuízo da apuração da responsabilidade funcional da</p><p>paralisação, se for o caso.</p><p>137</p><p>SEÇÃO II</p><p>DA DECADÊNCIA</p><p>Art. 74 É de 5 (cinco) anos, contado a partir da ocorrência</p><p>do fato, o prazo de decadência para apresentação de</p><p>denúncia ética no respectivo conselho.</p><p>Parágrafo único. Passado esse prazo, havendo</p><p>denúncia esta será arquivada</p><p>liminarmente pelo órgão</p><p>competente.</p><p>CAPÍTULO XII</p><p>DO JULGAMENTO</p><p>SEÇÃO I</p><p>DO JULGAMENTO DO PROCESSO ÉTICO</p><p>Art. 75 Recebido o processo da Comissão de Instrução de</p><p>Processo Ético – CIPE com o relatório final, o Presidente</p><p>do Conselho de Enfermagem designará, em 5 (cinco) dias,</p><p>Conselheiro Relator para emissão de parecer conclusivo,</p><p>por distribuição.</p><p>Parágrafo único. Todos os Conselheiros, efetivos</p><p>ou suplentes, estão aptos a relatar</p><p>processos, independentemente da</p><p>categoria profissional da parte</p><p>denunciada.</p><p>138</p><p>Art. 76 O Relator emitirá o parecer conclusivo no prazo de</p><p>30 (trinta) dias, entregando-o, com os autos do processo,</p><p>ao Presidente do Conselho de Enfermagem.</p><p>§ 1º O Parecer deverá conter o nome das partes,</p><p>exposição sucinta dos fatos, e a indicação das</p><p>provas colhidas, declarando a conduta investigada</p><p>e se há ou não transgressão ao Código de Ética</p><p>dos Profissionais de Enfermagem e em quais artigos</p><p>está configurada, com indicação da penalidade</p><p>cabível.</p><p>§ 2º O Relator poderá, caso entenda necessário, no</p><p>prazo de 5 (cinco) dias, mediante despacho</p><p>fundamentado, a contar da data de recebimento do</p><p>processo, devolvê-lo à Comissão de Instrução de</p><p>Processo Ético, para novas diligências,</p><p>especificando as que julgar necessárias e</p><p>estabelecendo prazo improrrogável de 30 (dias)</p><p>para o seu cumprimento.</p><p>§ 3º Ocorrendo o previsto no § 2º deste artigo, o prazo</p><p>para a emissão de parecer conclusivo pelo</p><p>Conselheiro Relator será interrompido, iniciando-se</p><p>nova contagem a partir da data do recebimento do</p><p>processo da Comissão de Instrução de Processo</p><p>Ético.</p><p>139</p><p>§ 4º Cumpridas as diligências especificadas a Comissão</p><p>de Instrução de Processo Ético concederá vistas às</p><p>partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias, para se</p><p>manifestarem.</p><p>§ 5º Transcorrido o prazo para manifestação das partes,</p><p>o coordenador da Comissão de Instrução de</p><p>Processo Ético devolverá o processo diretamente</p><p>ao Conselheiro Relator, que dará continuidade à</p><p>sua tramitação.</p><p>Art. 77 Recebido o parecer conclusivo do Conselheiro</p><p>Relator, o Presidente do Conselho de Enfermagem</p><p>determinará a inclusão do processo na pauta da primeira</p><p>sessão plenária subsequente, com antecedência que</p><p>garanta que as partes e seus procuradores sejam intimados</p><p>previamente para o julgamento, com o mínimo de 15</p><p>(quinze) dias de antecedência da reunião.</p><p>Parágrafo único. Os processos devem ser pautados</p><p>para julgamento, preferencialmente,</p><p>em ordem cronológica de idade,</p><p>considerando a data inicial</p><p>da autuação processual, os prazos</p><p>prescricionais, as prioridades legais</p><p>e a prioridade definida pela</p><p>suspensão cautelar.</p><p>140</p><p>Art. 78 O julgamento, excepcionalmente, poderá ser</p><p>secreto quando houver deliberação nesse sentido, garantida</p><p>a participação das partes e de seus procuradores.</p><p>Parágrafo único. Assessorias jurídicas do Conselho</p><p>poderão participar, no que lhe</p><p>couber, da sessão de julgamento.</p><p>Art. 79 Declarada aberta a sessão de julgamento, o</p><p>Presidente do Conselho de Enfermagem apregoará o</p><p>número do processo e os nomes das partes e/ou procurador</p><p>do denunciante e do denunciado.</p><p>Art. 80 Será, imediatamente, dada a palavra ao Conselheiro</p><p>Relator que apresentará o seu parecer.</p><p>§ 1º O parecer conterá relatório, pronunciamento de</p><p>mérito e conclusão em que constará o voto final.</p><p>§ 2º Após a leitura do relatório, o Presidente do</p><p>Conselho de Enfermagem dará a palavra, para</p><p>sustentação oral, por 10 minutos, em primeiro</p><p>lugar ao denunciante ou seu procurador e, em</p><p>seguida ao denunciado ou seu procurador.</p><p>§ 3º Havendo mais de um denunciante ou denunciado,</p><p>o prazo será contado individualmente.</p><p>141</p><p>§ 4º Após as sustentações orais das partes, o Presidente</p><p>do Conselho de Enfermagem retornará a palavra</p><p>ao Relator que apresentará a análise das</p><p>preliminares, seu pronunciamento de mérito e a</p><p>conclusão com o voto.</p><p>Art. 81 Cumpridas as disposições do artigo anterior, aberta</p><p>para discussão, o Presidente do Conselho de Enfermagem</p><p>dará a palavra, pela ordem, ao conselheiro que a solicitar,</p><p>que poderá pedir a palavra para:</p><p>I – esclarecer dúvidas acerca dos fatos constantes do</p><p>processo, debater o mérito, podendo ter acesso aos</p><p>autos para verificação;</p><p>II – pedir vista aos autos até a próxima reunião Plenária;</p><p>III – requerer a conversão do julgamento em diligência,</p><p>com aprovação do Plenário, caso em que</p><p>determinará as providências a serem adotadas.</p><p>Art. 82 Na hipótese de pedido da conversão do julgamento</p><p>em diligência, o processo será retirado de pauta, no prazo</p><p>improrrogável de 30 (trinta) dias para seu cumprimento.</p><p>§ 1º As partes serão intimadas para, no prazo de 5 (cinco)</p><p>dias, manifestarem-se sobre o cumprimento das</p><p>diligências deferidas pelo órgão julgador.</p><p>142</p><p>§ 2º Cumprida a diligência, os autos serão devolvidos</p><p>ao Conselheiro autor do pedido de diligência para</p><p>manifestação, devendo o processo ser incluído na</p><p>pauta da primeira reunião Plenária subsequente.</p><p>§ 3º O Conselheiro Relator poderá requerer adiamento</p><p>de julgamento, mediante pedido fundamentado</p><p>contendo justificativas plausíveis.</p><p>SEÇÃO II</p><p>DA DECISÃO</p><p>Art. 83 A deliberação do Plenário terá início após o</p><p>Conselheiro Relator emitir seu voto.</p><p>Art. 84 Em seguida o Presidente tomará os votos dos</p><p>demais conselheiros, nominalmente, procedimento esse a</p><p>ser adotado em todos os julgamentos, consignando-se em</p><p>ata o resultado.</p><p>Parágrafo único. O Presidente da sessão votará e,</p><p>sequencialmente, os demais conselheiros. Havendo</p><p>empate, proferirá o voto de qualidade.</p><p>Art. 85 A deliberação do Plenário deverá ser redigida,</p><p>no prazo de até 5 (dias), pelo Conselheiro Relator ou</p><p>pelo Conselheiro condutor do voto vencedor, sob forma</p><p>de decisão, que assinará com Presidente do Conselho de</p><p>Enfermagem.</p><p>143</p><p>Parágrafo único. No caso de decisão absolutória, no</p><p>processo instaurado de ofício, o presidente declarará, ao</p><p>final do julgamento, o trânsito em julgado da decisão.</p><p>Art. 86 As partes ou seus procuradores, bem como o</p><p>defensor</p><p>dativo, se houver, serão intimados da decisão nos</p><p>termos do art. 35.</p><p>Parágrafo único. A decisão conterá:</p><p>I – o número do processo;</p><p>II – o número do parecer aprovado pelo órgão julgador;</p><p>III – o nome das partes e, em havendo, o número da</p><p>inscrição profissional;</p><p>IV – a absolvição ou a penalidade imposta, a conduta</p><p>cometida com os artigos do Código de Ética</p><p>infringidos; e</p><p>V – a data e as assinaturas do presidente do órgão</p><p>julgador e do Conselheiro relator ou condutor do</p><p>voto vencedor.</p><p>Art. 87 As penalidades aplicáveis são as previstas no</p><p>Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,</p><p>conforme determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de</p><p>julho de 1973.</p><p>144</p><p>Art. 88 Indicada a pena de cassação pelo Conselho</p><p>Regional, o julgamento será imediatamente suspenso e os</p><p>autos remetidos ao Conselho Federal para julgamento.</p><p>§1º Recebidos os autos, o Presidente do Conselho Federal</p><p>designará Conselheiro Relator.</p><p>§2º O Conselheiro Relator disporá de 30 (trinta) dias para</p><p>elaborar o parecer, contados do prazo de recebimento</p><p>do processo.</p><p>Art. 89 Na hipótese de o Conselho Federal discordar da</p><p>pena máxima proposta pelo Conselho Regional, poderá</p><p>absolver ou aplicar outra penalidade ao denunciado.</p><p>CAPÍTULO XIII</p><p>DOS RECURSOS</p><p>SEÇÃO I</p><p>RECURSO AO PLENÁRIO DO COFEN</p><p>Art. 90 Caberá recurso administrativo ao Plenário do</p><p>Cofen, contra as decisões em primeira instância proferidas</p><p>pelo Plenário do Coren, com efeito suspensivo, contendo</p><p>os fundamentos do pedido, no prazo de 15 (quinze) dias, a</p><p>contar da ciência da decisão.</p><p>§ 1º O recurso será interposto perante o órgão prolator</p><p>da decisão em primeira instância.</p><p>145</p><p>§ 2º Recebido o recurso, o empregado público e/ou</p><p>Conselheiro especialmente designado para tal</p><p>finalidade, examinará os pressupostos de</p><p>admissibilidade do recurso, relativos à</p><p>tempestividade e à prescrição, emitindo Nota</p><p>Técnica.</p><p>§ 3º Reconhecida a intempestividade ou a prescrição,</p><p>o Presidente do Conselho determinará a lavratura</p><p>do trânsito em julgado do processo, sem</p><p>encaminhamento à instância superior, dando</p><p>ciência às partes.</p><p>§ 4º Recebido o recurso tempestivamente, intima-se a</p><p>outra parte para, querendo, apresentar contrarrazões,</p><p>no prazo de 15 dias, a contar da ciência.</p><p>Art. 91 O julgamento no âmbito do Cofen, seguirá, no</p><p>que couber, as previsões do Capítulo XII deste Código, e a</p><p>decisão será lavrado na forma de acórdão.</p><p>Art. 92 Havendo recurso interposto unicamente pelo</p><p>denunciado, deve ser observado o princípio do “non</p><p>reformatio in pejus”, que consiste na impossibilidade de</p><p>tratamento mais severo do que o registrado na decisão</p><p>recorrida.</p><p>146</p><p>CAPÍTULO XIV</p><p>DA EXECUÇÃO E DA REVISÃO DA PENALIDADE</p><p>SEÇÃO I</p><p>DA EXECUÇÃO DA PENA</p><p>Art. 93 Não cabendo mais recurso administrativo, serão</p><p>os autos devolvidos à instância de origem do processo para</p><p>a execução do decidido.</p><p>Parágrafo único. Quando da aplicação da pena,</p><p>tendo o profissional transferido sua</p><p>inscrição, caberá ao novo Conselho</p><p>Regional a execução da pena.</p><p>Art. 94 As decisões que contemplem as penas previstas</p><p>nos incisos III, IV e V do art. 18 da Lei nº 5.905/73, serão</p><p>publicadas:</p><p>I – no Diário Oficial do Estado ou da União; e</p><p>II – no sítio eletrônico do Coren.</p><p>Art. 95 A execução das penas impostas pelos Conselhos</p><p>Regionais ou pelo Conselho Federal de Enfermagem se</p><p>processará na forma estabelecida nas decisões ou acórdãos,</p><p>respectivamente, sendo registradas no prontuário do</p><p>profissional infrator.</p><p>147</p><p>§1º As penas aplicadas se estendem a todas as inscrições do</p><p>profissional junto ao Conselho Regional de</p><p>Enfermagem, independentemente da categoria em que</p><p>o profissional tenha cometido a infração.</p><p>§2º A decisão proferida, após o trânsito em julgado,</p><p>produzirá seus efeitos onde o profissional tenha</p><p>inscrições, devendo o Conselho Regional de</p><p>Enfermagem comunicar ao Conselho Federal.</p><p>§3º O Conselho Regional de Enfermagem dará</p><p>conhecimento da decisão que aplicou penalidade</p><p>de suspensão ou de cassação do exercício profissional à</p><p>instituição empregadora do infrator.</p><p>§4º No caso de cassação do exercício profissional, além</p><p>da publicação dos editais e das comunicações</p><p>endereçadas às autoridades interessadas no assunto,</p><p>será apreendida a carteira profissional do infrator,</p><p>procedendo-se ao cancelamento do respectivo registro</p><p>no Conselho.</p><p>Art. 96 Impossibilitada a execução da pena, esta ficará</p><p>suspensa até seu efetivo cumprimento, sem prejuízo</p><p>das anotações nos prontuários e publicações dos editais,</p><p>quando for o caso.</p><p>Parágrafo único. O não pagamento da pena de multa</p><p>importará na sua inscrição em</p><p>dívida ativa para posterior</p><p>execução.</p><p>148</p><p>Art. 97 Cumpridas todas as decisões de primeira ou</p><p>segunda instância, o Presidente do Conselho determinará</p><p>o arquivamento do processo.</p><p>SEÇÃO II</p><p>DA REVISÃO DA PENA</p><p>Art. 98 A qualquer tempo, a contar do trânsito em</p><p>julgado da decisão, poderá ser requerido revisão da pena</p><p>ao Conselho Federal ou Regional de Enfermagem, com</p><p>base em fato novo ou na hipótese de a decisão condenatória</p><p>ter sido fundada em prova testemunhal, exame pericial ou</p><p>documento cuja falsidade vier a ser comprovada.</p><p>§ 1º Poderá requerer a revisão da pena o próprio</p><p>profissional, por si ou por procurador legalmente</p><p>habilitado, ou, em caso de sua morte, seu cônjuge,</p><p>o companheiro, ascendente, descendente ou</p><p>irmão, independentemente de ordem de nomeação.</p><p>§ 2º Considera-se fato novo aquele que o punido</p><p>conheceu somente após o trânsito em julgado da</p><p>decisão e que dê condição, por si só, ou em</p><p>conjunto com as demais provas já produzidas,</p><p>de criar nos julgadores uma convicção diversa</p><p>daquela já firmada.</p><p>Art. 99 A revisão terá início por petição dirigida à</p><p>Presidência do Conselho Regional, instruída com as provas</p><p>documentais comprobatórias dos fatos arguidos.</p><p>149</p><p>§ 1º Recebido o pedido de revisão de pena, o Presidente</p><p>do Conselho Regional determinará a autuação</p><p>do processo de revisão em autos apensados aos</p><p>originais e designará um Conselheiro para emissão</p><p>de parecer, o qual será submetido a julgamento</p><p>em sessão plenária no prazo máximo de</p><p>60 (sessenta) dias.</p><p>§ 2º Não será admitida a renovação do pedido de</p><p>revisão, salvo se fundamentado em novas provas.</p><p>§ 3º O processo revisional seguirá, no que couber, as</p><p>normas previstas neste Código.</p><p>Art. 100 A decisão no processo revisional poderá reduzir</p><p>ou extinguir a pena, sendo vedado o seu agravamento.</p><p>§1º A absolvição implicará no restabelecimento de todos</p><p>os direitos perdidos em virtude de punição</p><p>anteriormente aplicada.</p><p>§2º A revisão da pena somente surtirá efeito após o seu</p><p>trânsito em julgado.</p><p>Art. 101 Da decisão no processo revisional caberá recurso</p><p>ao Plenário do Cofen com efeito devolutivo.</p><p>150</p><p>CAPÍTULO XV</p><p>DA REABILITAÇÃO</p><p>Art. 102 Após 2 (dois) anos do cumprimento da pena</p><p>aplicada pelo Conselho de Enfermagem, sem que tenha</p><p>sofrido qualquer outra pena ético-disciplinar ou criminal</p><p>relacionado ao exercício da enfermagem, mediante</p><p>provas efetivas de bom comportamento, é permitido ao</p><p>profissional requerer a reabilitação profissional.</p><p>§ 1º Os prazos deste artigo contam-se do trânsito em</p><p>julgado da decisão administrativa que puniu o</p><p>profissional ou da data em que terminar a execução</p><p>da pena, no caso da penalidade de suspensão ou</p><p>cassação.</p><p>§ 2º A reabilitação não exclui a reincidência, que poderá</p><p>se dar no prazo de cinco anos entre a data do</p><p>cumprimento ou extinção da pena e a infração</p><p>posterior.</p><p>Art. 103 O requerimento de reabilitação será encaminhado</p><p>ao Regional que aplicou a pena, e deverá ser instruído com:</p><p>I – certidões comprobatórias de não ter o requerente</p><p>sido punido em processo ético-disciplinar, em</p><p>quaisquer das jurisdições dos Conselhos Regionais</p><p>em que houver sido inscrito desde a condenação</p><p>motivo do pedido de reabilitação;</p><p>151</p><p>II – comprovação de que teve o requerente, durante</p><p>o tempo previsto no inciso</p><p>anterior bom</p><p>comportamento público e privado.</p><p>§1º Recebido o pedido de reabilitação, o Presidente do</p><p>Conselho Regional determinará a autuação do</p><p>processo de reabilitação em autos apartados dos</p><p>originais e designará um Conselheiro para emissão</p><p>de parecer, o qual será submetido a julgamento em</p><p>sessão plenária no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.</p><p>§ 2º O processo de reabilitação seguirá, no que couber,</p><p>as normas previstas neste Código.</p><p>Art. 104 O Conselho poderá ordenar as diligências</p><p>necessárias para a apreciação do pedido, cercando-as de</p><p>sigilo.</p><p>Art. 105 Da decisão denegatória do Conselho Regional</p><p>que apreciar o pedido de reabilitação caberá recurso ao</p><p>Conselho Federal.</p><p>Art. 106 Concedida a reabilitação, a pena não mais</p><p>será mencionada em certidões ou outros documentos</p><p>expedidos pelo Conselho, permanecendo, no entanto, as</p><p>anotações constantes do prontuário para análise da prática</p><p>da reincidência.</p><p>152</p><p>Art. 107 Indeferida a reabilitação, o profissional</p><p>interessado, poderá reapresentar o pedido, a qualquer</p><p>tempo, desde que seja instruído com novos elementos</p><p>comprobatórios dos requisitos necessários.</p><p>Art. 108 Quando a infração ético-disciplinar constituir</p><p>crime e havendo condenação judicial, a reabilitação</p><p>profissional dependerá da correspondente reabilitação</p><p>criminal.</p><p>CAPÍTULO XVI</p><p>DAS DISPOSIÇÕES FINAIS</p><p>Art. 109 É vedada vista dos autos do processo físico fora</p><p>das instalações do Conselho, porém as partes poderão, a</p><p>qualquer tempo, acessá-los, inclusive obter cópia de peças,</p><p>por meio de requerimento formulado ao Presidente do</p><p>Conselho ou de Comissão de Instrução.</p><p>Art. 110 Em qualquer fase do processo, poderá ser</p><p>solicitada a manifestação da assessoria jurídica do</p><p>Conselho.</p><p>Art. 111 Os julgamentos dos processos éticos, as oitivas</p><p>das partes e testemunhas poderão ser realizadas por</p><p>Sistema de Deliberação Remota.</p><p>153</p><p>Art. 112 O Conselho Federal de Enfermagem criará</p><p>Cadastro Único de penalidades aplicadas pelo sistema</p><p>Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.</p><p>Art. 113 As questões omissas neste Código deverão ser</p><p>supridas pelo Plenário do Cofen.</p><p>Parágrafo único. Nos casos omissos poderá ser</p><p>utilizado, subsidiariamente, os</p><p>dispositivos previstos no Código de</p><p>Processo Penal, no que lhes for</p><p>aplicável.</p><p>154</p><p>Endereços</p><p>• Internet</p><p>www.coren-sp.gov.br/fale-conosco/enderecos</p><p>• Telefone</p><p>(11) 3225-6300</p><p>• São Paulo – Sede: Alameda Ribeirão Preto, 82,</p><p>Bela Vista – CEP 01331-000</p><p>• Alto Tietê: NAPE (Núcleo de Atendimento ao</p><p>Profissional de Enfermagem): atendimento ao</p><p>profissional, exceto fiscalização, responsabilidade</p><p>técnica e registro de empresa.</p><p>Poupatempo: Avenida Vereador Narciso Yague</p><p>Guimarães, 1000, Centro Cívico, Mogi das Cruzes –</p><p>CEP 08780-000</p><p>• Araçatuba: Rua José Bonifácio, 245, Centro</p><p>CEP 16010-380</p><p>• Botucatu: Rua Braz de Assis, 235, Vila dos</p><p>Lavradores – CEP 18609-096</p><p>• Campinas: Rua Saldanha Marinho, 1046,</p><p>Botafogo – CEP 13013-081</p><p>• Guarulhos: Rua Morvam Figueiredo, 65,</p><p>conjuntos 62 e 64 – Edifício Saint Peter, Centro</p><p>CEP 07090-010</p><p>155</p><p>• Itapetininga: Rua Cesário Mota, 418, Centro</p><p>CEP 18200-080</p><p>• Marília: Av. Rio Branco, 262, Centro</p><p>CEP 17500-090</p><p>• Osasco: Rua Cipriano Tavares, 130, sala 1 – térreo,</p><p>Centro – CEP 06010-100</p><p>• Presidente Prudente: Av. Washington Luiz, 300,</p><p>Centro – CEP 19010-090</p><p>• Registro: NAPE (Núcleo de Atendimento ao</p><p>Profissional de Enfermagem): atendimento ao</p><p>profissional, exceto fiscalização, responsabilidade</p><p>técnica e registro de empresa.</p><p>Poupatempo: Rua Antonio Policarpo de Souza, 50 –</p><p>Jardim Paulista – CEP 11900-000</p><p>• Ribeirão Preto: Av. Presidente Vargas, 2001,</p><p>conjunto 194, Jardim Santa Ângela – CEP 14020-260</p><p>• Santa Cecília: NAPE (Núcleo de Atendimento</p><p>ao Profissional de Enfermagem): atendimento ao</p><p>profissional, exceto fiscalização, responsabilidade</p><p>técnica e registro de empresa.</p><p>Rua Dona Veridiana, 298, Santa Cecília, São Paulo –</p><p>CEP 01238-010</p><p>156</p><p>• Santo Amaro: NAPE (Núcleo de Atendimento</p><p>ao Profissional de Enfermagem): atendimento ao</p><p>profissional, exceto fiscalização, responsabilidade</p><p>técnica e registro de empresa.</p><p>Rua Amador Bueno, 328 – sala 1 – térreo, Santo</p><p>Amaro, São Paulo – CEP 04752-005</p><p>• Santo André: Rua Dona Elisa Fláquer, 70 –</p><p>conjuntos 31, 36 e 38 – 3º andar, Centro</p><p>CEP 09020-160</p><p>• Santos: Av. Dr. Epitácio Pessoa, 214, Embaré –</p><p>CEP 11045-300</p><p>• São José do Rio Preto: : Av. Dr. Alberto Andaló,</p><p>3764, Vila Redentora – CEP 15015-000</p><p>• São José dos Campos: Av. Dr. Nelson D’Ávila, 389</p><p>Sala 141A, Centro – CEP 12245-030</p><p>• São Paulo: Coren-SP Educação (atividades de</p><p>aprimoramento): Alameda Ribeirão Preto, 82 – 3º</p><p>andar – Bela Vista – CEP 01331-000</p><p>• Sorocaba: NAPE (Núcleo de Atendimento ao</p><p>Profissional de Enfermagem): atendimento ao</p><p>profissional, exceto fiscalização, responsabilidade</p><p>técnica e registro de empresa.</p><p>Av. Washington Luiz, 310 – sala 36 – 3º andar,</p><p>Jardim Emília – CEP 18031-000</p><p>157</p><p>Canais de diálogo e comunicação</p><p>Acesse nosso portal:</p><p>coren-sp.gov.br</p><p>Fale Conosco</p><p>coren-sp.gov.br/fale-conosco</p><p>Ouvidoria</p><p>coren-sp.gov.br/relacionamento</p><p>11 3225-6300</p><p>Acesse nossas redes sociais:</p><p>linktr.ee/corensaopaulo</p><p>Tenha acesso a este e outros livros e manuais</p><p>produzidos pelo Coren-SP e faça download gratuito</p><p>em: coren-sp.gov.br/publicacoes/livros</p><p>158</p><p>Espaço para anotações</p><p>159</p><p>160</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>161</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>162</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>163</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>164</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>165</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>166</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>167</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>168</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>169</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>170</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>171</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>172</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>173</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>174</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>175</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>176</p><p>D</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>G</p><p>O</p><p>SE</p><p>G</p><p>U</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>TE</p><p>RÇ</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>A</p><p>RT</p><p>A</p><p>Q</p><p>U</p><p>IN</p><p>TA</p><p>SE</p><p>XT</p><p>A</p><p>SÁ</p><p>BA</p><p>D</p><p>O</p><p>177</p><p>JA</p><p>N</p><p>E</p><p>IR</p><p>O</p><p>F</p><p>E</p><p>V</p><p>E</p><p>R</p><p>E</p><p>IR</p><p>O</p><p>M</p><p>A</p><p>R</p><p>Ç</p><p>O</p><p>D</p><p>S</p><p>T</p><p>Q</p><p>Q</p><p>S</p><p>S</p><p>D</p><p>S</p><p>T</p><p>Q</p><p>Q</p><p>S</p><p>S</p><p>D</p><p>S</p><p>T</p><p>Q</p><p>Q</p><p>S</p><p>S</p><p>D</p><p>S</p><p>T</p><p>Q</p><p>Q</p><p>S</p><p>S</p><p>A</p><p>B</p><p>R</p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Esta edição</p><p>apresenta as leis do piso salarial e a do descanso</p><p>digno da enfermagem, que são importantes</p><p>conquistas recentes e com impactos diretos na</p><p>saúde e na assistência prestada pela categoria.</p><p>A presente publicação também reúne as leis</p><p>nº 5.905/1973 (que institui o Sistema</p><p>Cofen-Conselhos Regionais de Enfermagem),</p><p>nº 7.498/1986 e nº 8.967/1994 (que dispõem sobre</p><p>a regulamentação do exercício da Enfermagem).</p><p>Assim, consolida-se como uma importante leitura</p><p>para a prática pro�ssional segura e uma</p><p>assistência quali�cada ao cidadão.</p><p>Código de Ética e Principais Legislações para o Exercício da Enferm</p><p>agem</p><p>Conselho Regional de</p><p>Enfermagem de São Paulo</p><p>Acesse nossas redes sociais</p><p>Seção II – Da revisão da pena .......................148</p><p>Capítulo XV – Da reabilitação ..........................150</p><p>Capítulo XVI – Das disposições finais ................152</p><p>Endereços .......................................................154</p><p>Canais de diálogo e comunicação ..........................157</p><p>Espaço para anotações ........................................158</p><p>Agenda de planejamento profissional ......................160</p><p>Calendário 2024 ...............................................177</p><p>Calendário 2025 ...............................................178</p><p>Dispõe sobre a criação dos Conselhos</p><p>Federal e Regionais de Enfermagem e</p><p>dá outras providências.</p><p>14</p><p>LEI Nº 5.905, DE 12 DE JULHO DE 1973</p><p>Dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de</p><p>Enfermagem e dá outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o</p><p>Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:</p><p>Art. 1º São criados o Conselho Federal de Enfermagem</p><p>(COFEN) e os Conselhos Regionais de Enfermagem</p><p>(COREN), constituindo em seu conjunto uma autarquia,</p><p>vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social.</p><p>Art. 2º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais</p><p>são órgãos disciplinadores do exercício da profissão de</p><p>Enfermeiro e das demais profissões compreendidas nos</p><p>serviços de Enfermagem.</p><p>Art. 3º O Conselho Federal, ao qual ficam</p><p>subordinados os Conselhos Regionais, terá jurisdição em</p><p>todo o território nacional e sede na Capital da República.</p><p>Art. 4º Haverá um Conselho Regional em cada Estado</p><p>e Território, com sede na respectiva capital e no Distrito</p><p>Federal.</p><p>Parágrafo único. O Conselho Federal poderá,</p><p>quando o número de profissionais</p><p>habilitados na unidade da federação</p><p>for inferior a cinquenta, determinar</p><p>a formação de regiões, compreendendo</p><p>mais de uma unidade.</p><p>15</p><p>Art. 5º O Conselho Federal terá nove membros efetivos</p><p>e igual número de suplentes, de nacionalidade brasileira, e</p><p>portadores de diploma de curso de Enfermagem de nível</p><p>superior.</p><p>Art. 6º Os membros do Conselho Federal e respectivos</p><p>suplentes serão eleitos por maioria de votos, em escrutínio</p><p>secreto, na Assembleia dos Delegados Regionais.</p><p>Art. 7º O Conselho Federal elegerá, dentre seus</p><p>membros, em sua primeira reunião, o Presidente, o</p><p>Vice-Presidente, o Primeiro e o Segundo-Secretários e o</p><p>Primeiro e Segundo-Tesoureiros.</p><p>Art. 8º Compete ao Conselho Federal:</p><p>I aprovar seu regimento interno e o dos</p><p>Conselhos Regionais;</p><p>II instalar os Conselhos Regionais;</p><p>III elaborar o Código de Deontologia de</p><p>Enfermagem e alterá-lo, quando necessário,</p><p>ouvidos os Conselhos Regionais;</p><p>IV baixar provimentos e expedir instruções, para</p><p>uniformidade de procedimento e bom</p><p>funcionamento dos Conselhos Regionais;</p><p>16</p><p>V dirimir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos</p><p>Regionais;</p><p>VI apreciar, em grau de recursos, as decisões dos</p><p>Conselhos Regionais;</p><p>VII instituir o modelo das carteiras profissionais</p><p>de identidade e as insígnias da profissão;</p><p>VIII homologar, suprir ou anular atos dos Conselhos</p><p>Regionais;</p><p>IX aprovar anualmente as contas e a proposta</p><p>orçamentária da autarquia, remetendo-as aos</p><p>órgãos competentes;</p><p>X promover estudos e campanhas para</p><p>aperfeiçoamento profissional;</p><p>XI publicar relatórios anuais de seus trabalhos;</p><p>XII convocar e realizar as eleições para sua</p><p>diretoria;</p><p>XIII exercer as demais atribuições que lhe forem</p><p>conferidas por lei.</p><p>Art. 9º O mandato dos membros do Conselho Federal</p><p>será honorífico e terá a duração de três anos, admitida uma</p><p>reeleição.</p><p>17</p><p>Art. 10 A receita do Conselho Federal de Enfermagem</p><p>será constituída de:</p><p>I um quarto da taxa de expedição das carteiras</p><p>profissionais;</p><p>II um quarto das multas aplicadas pelos Conselhos</p><p>Regionais;</p><p>III um quarto das anuidades recebidas pelos</p><p>Conselhos Regionais;</p><p>IV doações e legados;</p><p>V subvenções oficiais;</p><p>VI rendas eventuais.</p><p>Parágrafo único. Na organização dos quadros</p><p>distintos para inscrição de</p><p>profissionais, o Conselho Federal</p><p>de Enfermagem adotará como</p><p>critério, no que couber, o disposto</p><p>na Lei nº 2.604, de 17 de setembro</p><p>de 1955.</p><p>Art. 11 Os Conselhos Regionais serão instalados em</p><p>suas respectivas sedes, com cinco a vinte e um membros e</p><p>outros tantos suplentes, todos de nacionalidade brasileira,</p><p>na proporção de três quintos de Enfermeiros e dois</p><p>quintos de profissionais das demais categorias de pessoal</p><p>de Enfermagem reguladas em lei.</p><p>18</p><p>Parágrafo único. O número de membros dos</p><p>Conselhos Regionais será sempre</p><p>ímpar, e a sua fixação será feita</p><p>pelo Conselho Federal em</p><p>proporção ao número de</p><p>profissionais inscritos.</p><p>Art. 12 Os membros dos Conselhos Regionais e</p><p>respectivos suplentes serão eleitos por voto pessoal, secreto</p><p>e obrigatório, em época determinada pelo Conselho</p><p>Federal, em Assembleia Geral especialmente convocada</p><p>para esse fim.</p><p>§1º Para a eleição referida neste artigo serão organizadas</p><p>chapas separadas, uma para Enfermeiros e outra para</p><p>os demais profissionais de Enfermagem, podendo votar</p><p>em cada chapa, respectivamente, os profissionais</p><p>referidos no artigo 11.</p><p>§2º Ao eleitor que, sem causa justa, deixar de votar</p><p>nas eleições referidas neste artigo, será aplicada</p><p>pelo Conselho Regional multa em importância</p><p>correspondente ao valor da anuidade.</p><p>Art. 13 Cada Conselho Regional elegerá seu</p><p>Presidente, Secretário e Tesoureiro, admitida a criação de</p><p>cargos de Vice-Presidente, Segundo-Secretário e Segundo-</p><p>Tesoureiro para os Conselhos com mais de doze membros.</p><p>19</p><p>Art. 14 O mandato dos membros dos Conselhos</p><p>Regionais será honorífico e terá a duração de três anos,</p><p>admitida uma reeleição.</p><p>Art. 15 Compete aos Conselhos Regionais:</p><p>I deliberar sobre inscrição no Conselho e seu</p><p>cancelamento;</p><p>II disciplinar e fiscalizar o exercício profissional,</p><p>observadas as diretrizes gerais do Conselho</p><p>Federal;</p><p>III fazer executar as instruções e provimentos do</p><p>Conselho Federal;</p><p>IV manter o registro dos profissionais com</p><p>exercício na respectiva jurisdição;</p><p>V conhecer e decidir os assuntos atinentes à</p><p>ética profissional impondo as penalidades</p><p>cabíveis;</p><p>VI elaborar a sua proposta orçamentária anual e o</p><p>projeto de seu regimento interno e submetê-los</p><p>à aprovação do Conselho Federal;</p><p>VII expedir a carteira profissional indispensável ao</p><p>exercício da profissão, a qual terá fé pública</p><p>em todo o território nacional e servirá de</p><p>documento de identidade;</p><p>20</p><p>VIII zelar pelo bom conceito da profissão e dos</p><p>que a exerçam;</p><p>IX publicar relatórios anuais de seus trabalhos e a</p><p>relação dos profissionais registrados;</p><p>X propor ao Conselho Federal medidas visando à</p><p>melhoria do exercício profissional;</p><p>XI fixar o valor da anuidade;</p><p>XII apresentar sua prestação de contas ao Conselho</p><p>Federal, até o dia 28 de fevereiro de cada ano;</p><p>XIII eleger sua diretoria e seus delegados eleitores</p><p>ao Conselho Federal;</p><p>XIV exercer as demais atribuições que lhes forem</p><p>conferidas por esta Lei ou pelo Conselho</p><p>Federal.</p><p>Art. 16 A renda dos Conselhos Regionais será</p><p>constituída de:</p><p>I três quartos da taxa de expedição das carteiras</p><p>profissionais;</p><p>II três quartos das multas aplicadas;</p><p>21</p><p>III três quartos das anuidades;</p><p>IV doações e legados;</p><p>V subvenções oficiais, de empresas ou entidades</p><p>particulares;</p><p>VI rendas eventuais.</p><p>Art. 17 O Conselho Federal e os Conselhos Regionais</p><p>deverão reunir-se, pelo menos, uma vez mensalmente.</p><p>Parágrafo único. O Conselheiro que faltar, durante</p><p>o ano, sem licença prévia do</p><p>respectivo Conselho, a cinco</p><p>reuniões perderá o mandato.</p><p>Art. 18 Aos infratores do Código de Deontologia de</p><p>Enfermagem poderão ser aplicadas as seguintes penas:</p><p>I advertência verbal;</p><p>II multa;</p><p>III censura;</p><p>IV suspensão do exercício profissional;</p><p>V cassação do direito ao exercício profissional.</p><p>22</p><p>§1º As penas referidas nos incisos I, II, III e IV</p><p>deste artigo são da alçada dos Conselhos</p><p>Regionais e a referida no inciso V, do Conselho</p><p>Federal, ouvido o Conselho Regional</p><p>interessado.</p><p>§2º O valor das multas, bem como as infrações que</p><p>implicam nas diferentes penalidades, serão</p><p>disciplinadas no Regimento do Conselho</p><p>Federal e dos Conselhos Regionais.</p><p>Art. 19 O Conselho Federal e os Conselhos Regionais</p><p>terão tabela própria de pessoal, cujo regime será o da</p><p>Consolidação das Leis do Trabalho.</p><p>Art. 20 A responsabilidade pela gestão Administrativa</p><p>e financeira dos Conselhos caberá aos respectivos diretores.</p><p>Art. 21 A composição do primeiro Conselho Federal</p><p>de Enfermagem, com mandato de um ano, será feita por</p><p>ato do Ministro do Trabalho e Previdência Social, mediante</p><p>indicação, em lista tríplice, da Associação Brasileira de</p><p>Enfermagem.</p><p>Parágrafo único. Ao Conselho Federal assim</p><p>constituído caberá, além das</p><p>atribuições previstas nesta Lei:</p><p>23</p><p>a) promover as primeiras eleições para</p><p>composição dos Conselhos Regionais e instalá-los;</p><p>b) promover as primeiras eleições para</p><p>composição do Conselho Federal, até noventa</p><p>dias antes do término do seu mandato.</p><p>Art. 22 Durante o período de organização do Conselho</p><p>Federal de Enfermagem, o Ministério do Trabalho e</p><p>Previdência Social lhe facilitará a utilização de seu próprio</p><p>pessoal, material e local de trabalho.</p><p>Art. 23 Esta Lei entrará em vigor na data de sua</p><p>publicação, revogadas as disposições em contrário.</p><p>Brasília, 12 de julho de 1973;</p><p>152º da Independência e 85º da República.</p><p>EMÍLIO G. MÉDICI</p><p>Júlio Barata</p><p>Lei nº 5.905, de 12.07.73</p><p>Publicada no DOU de 13.07.73</p><p>Seção I - fls. 6.825</p><p>Dispõe sobre a regulamentação do</p><p>exercício da Enfermagem e dá outras</p><p>providências.</p><p>25</p><p>LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986</p><p>Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá</p><p>outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o</p><p>Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:</p><p>Art. 1º É livre o exercício da Enfermagem em todo o</p><p>território nacional, observadas as disposições desta lei.</p><p>Art. 2º A Enfermagem e suas atividades auxiliares</p><p>somente podem ser exercidas por pessoas legalmente</p><p>habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem</p><p>com jurisdição na área onde ocorre o exercício.</p><p>Parágrafo único. A Enfermagem é exercida</p><p>privativamente pelo Enfermeiro,</p><p>pelo Técnico de Enfermagem, pelo</p><p>Auxiliar de Enfermagem e pela</p><p>Parteira, respeitados os respectivos</p><p>graus de habilitação.</p><p>Art. 3º O planejamento e a programação das</p><p>instituições e serviços de saúde incluem planejamento e</p><p>programação de Enfermagem.</p><p>Art. 4º A programação de Enfermagem inclui a</p><p>prescrição da assistência de Enfermagem.</p><p>26</p><p>Art. 5º (VETADO).</p><p>§1º (VETADO).</p><p>§2º (VETADO).</p><p>Art. 6º São Enfermeiros:</p><p>I o titular do diploma de Enfermeiro conferido por</p><p>instituição de ensino, nos termos da lei;</p><p>II o titular do diploma ou certificado de Obstetriz</p><p>ou de Enfermeira Obstétrica, conferido nos</p><p>termos da lei;</p><p>III o titular do diploma ou certificado de</p><p>Enfermeira e a titular do diploma ou</p><p>certificado de Enfermeira Obstétrica ou de</p><p>Obstetriz, ou equivalente, conferido por</p><p>escola estrangeira, segundo as leis do</p><p>país, registrado em virtude de acordo de</p><p>intercâmbio cultural ou revalidado</p><p>no Brasil como diploma de Enfermeiro, de</p><p>Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;</p><p>IV aqueles que, não abrangidos pelos incisos</p><p>anteriores, obtiverem título de Enfermeiro</p><p>conforme o disposto na alínea d do art. 3º do</p><p>Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.</p><p>27</p><p>Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:</p><p>I o titular do diploma ou do certificado de</p><p>Técnico de Enfermagem, expedido de acordo</p><p>com a legislação e registrado pelo órgão</p><p>competente;</p><p>II o titular do diploma ou do certificado</p><p>legalmente conferido por escola ou curso</p><p>estrangeiro, registrado em virtude de acordo</p><p>de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil</p><p>como diploma de Técnico de Enfermagem.</p><p>Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:</p><p>I o titular de certificado de Auxiliar de</p><p>Enfermagem conferido por instituição de</p><p>ensino, nos termos da lei e registrado no órgão</p><p>competente;</p><p>II o titular de diploma a que se refere a Lei nº</p><p>2.822, de 14 de junho de 1956;</p><p>III o titular do diploma ou certificado a que se</p><p>refere o inciso III do art. 2º da Lei nº 2.604, de</p><p>17 de setembro de 1955, expedido até a</p><p>publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro</p><p>de 1961;</p><p>28</p><p>IV o titular de certificado de Enfermeiro Prático</p><p>ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964</p><p>pelo Serviço Nacional de Fiscalização da</p><p>Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde,</p><p>ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde</p><p>nas Unidades da Federação, nos termos do</p><p>Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de</p><p>1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro</p><p>de 1946, e da Lei nº3.640, de 10 de outubro de</p><p>1959;</p><p>V o pessoal enquadrado como Auxiliar de</p><p>Enfermagem, nos termos do Decreto-lei</p><p>nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;</p><p>VI o titular do diploma ou certificado conferido</p><p>por escola ou curso estrangeiro, segundo as</p><p>leis do país, registrado em virtude de acordo</p><p>de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil</p><p>como certificado de Auxiliar de Enfermagem.</p><p>Art. 9º São Parteiras:</p><p>I a titular do certificado previsto no art. 1º do</p><p>Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de</p><p>1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de</p><p>10 de outubro de 1959;</p><p>29</p><p>II a titular do diploma ou certificado de Parteira,</p><p>ou equivalente, conferido por escola ou curso</p><p>estrangeiro, segundo as leis do país, registrado</p><p>em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado</p><p>no Brasil, até 2 (dois) anos após a publicação desta</p><p>lei, como certificado de Parteira.</p><p>Art. 10 (VETADO).</p><p>Art. 11 O Enfermeiro exerce todas as atividades de</p><p>Enfermagem, cabendo-lhe:</p><p>I privativamente:</p><p>a) direção do órgão de Enfermagem integrante da</p><p>estrutura básica da instituição de saúde,</p><p>pública e privada, e chefia de serviço e de</p><p>unidade de Enfermagem;</p><p>b) organização e direção dos serviços de</p><p>Enfermagem e de suas atividades técnicas e</p><p>auxiliares nas empresas prestadoras desses</p><p>serviços;</p><p>c) planejamento, organização, coordenação,</p><p>execução e avaliação dos serviços da assistência</p><p>de Enfermagem;</p><p>d) (VETADO);</p><p>30</p><p>e) (VETADO);</p><p>f) (VETADO);</p><p>g) (VETADO);</p><p>h) consultoria, auditoria e emissão de parecer</p><p>sobre matéria de Enfermagem;</p><p>i) consulta de Enfermagem;</p><p>j) prescrição da assistência de Enfermagem;</p><p>l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes</p><p>graves com risco de vida;</p><p>m) cuidados de Enfermagem de maior</p><p>complexidade técnica e que exijam</p><p>conhecimentos de base científica e capacidade</p><p>de tomar decisões imediatas;</p><p>II como integrante da equipe de saúde:</p><p>a) participação no planejamento, execução e</p><p>avaliação da programação de saúde;</p><p>b) participação na elaboração, execução e</p><p>avaliação dos planos assistenciais de saúde;</p><p>31</p><p>c) prescrição de medicamentos estabelecidos em</p><p>programas de saúde pública e em rotina</p><p>aprovada pela instituição de saúde;</p><p>d) participação em projetos de construção ou</p><p>reforma de unidades de internação;</p><p>e) prevenção e controle sistemático da infecção</p><p>hospitalar e de doenças transmissíveis em</p><p>geral;</p><p>f) prevenção e controle sistemático de danos que</p><p>possam ser causados à clientela durante a</p><p>assistência de Enfermagem;</p><p>g) assistência de Enfermagem à gestante,</p><p>parturiente e puérpera;</p><p>h) acompanhamento da evolução e do trabalho de</p><p>parto;</p><p>i) execução</p><p>do parto sem distocia;</p><p>j) educação visando à melhoria de saúde da</p><p>população.</p><p>Parágrafo único. Às profissionais referidas no inciso</p><p>II do art. 6º desta lei incumbe,</p><p>ainda:</p><p>32</p><p>a) assistência à parturiente e ao parto normal;</p><p>b) identificação das distocias obstétricas e tomada</p><p>de providências até a chegada do médico;</p><p>c) realização de episiotomia e episiorrafia e</p><p>aplicação de anestesia local, quando necessária.</p><p>Art. 12 O Técnico de Enfermagem exerce atividade de</p><p>nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do</p><p>trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e participação</p><p>no planejamento da assistência de Enfermagem, cabendo-</p><p>lhe especialmente:</p><p>a) participar da programação da assistência de</p><p>Enfermagem;</p><p>b) executar ações assistenciais de Enfermagem,</p><p>exceto as privativas do Enfermeiro, observado</p><p>o disposto no parágrafo único do art. 11 desta</p><p>lei;</p><p>c) participar da orientação e supervisão do</p><p>trabalho de Enfermagem em grau auxiliar;</p><p>d) participar da equipe de saúde.</p><p>33</p><p>Art. 13 O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades</p><p>de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços</p><p>auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como a</p><p>participação em nível de execução simples, em processos</p><p>de tratamento, cabendo-lhe especialmente:</p><p>a) observar, reconhecer e descrever sinais e</p><p>sintomas;</p><p>b) executar ações de tratamento simples;</p><p>c) prestar cuidados de higiene e conforto ao</p><p>paciente;</p><p>d) participar da equipe de saúde.</p><p>Art. 14 (VETADO).</p><p>Art. 15 As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta</p><p>lei, quando exercidas em instituições de saúde, públicas e</p><p>privadas, e em programas de saúde, somente podem ser</p><p>desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro.</p><p>Art. 15-A O piso salarial nacional dos Enfermeiros</p><p>contratados sob o regime da Consolidação das Leis do</p><p>Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,</p><p>de 1º de maio de 1943, será de R$ 4.750,00 (quatro mil</p><p>setecentos e cinquenta reais) mensais. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.434, de 2022) (Vide ADI 7222)</p><p>34</p><p>Parágrafo único. O piso salarial dos profissionais</p><p>celetistas de que tratam os arts. 7º,</p><p>8º e 9º desta Lei é fixado com</p><p>base no piso estabelecido no caput</p><p>deste artigo, para o Enfermeiro, na</p><p>razão de: (Incluído pela Lei nº</p><p>14.434, de 2022)</p><p>I 70% (setenta por cento) para o Técnico de</p><p>Enfermagem; (Incluído pela Lei nº 14.434, de</p><p>2022)</p><p>II 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar</p><p>de Enfermagem e para a Parteira. (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.434, de 2022)</p><p>Art. 15-B O piso salarial nacional dos Enfermeiros</p><p>contratados sob o regime dos servidores públicos civis da</p><p>União, das autarquias e das fundações públicas federais,</p><p>nos termos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,</p><p>será de R$ 4.750,00 (quatro mil setecentos e cinquenta</p><p>reais) mensais. (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)</p><p>(Vide ADI 7222)</p><p>Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que</p><p>tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei</p><p>é fixado com base no piso estabelecido</p><p>no caput deste artigo, para o</p><p>Enfermeiro, na razão de: (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.434, de 2022)</p><p>I 70% (setenta por cento) para o Técnico de</p><p>Enfermagem; (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)</p><p>35</p><p>II 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de</p><p>Enfermagem e para a Parteira. (Incluído pela Lei</p><p>nº 14.434, de 2022)</p><p>Art. 15-C O piso salarial nacional dos Enfermeiros</p><p>servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios e de suas autarquias e fundações será de R$</p><p>4.750,00 (quatro mil setecentos e cinquenta reais) mensais.</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022) (Vide ADI 7222)</p><p>Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de</p><p>que tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta</p><p>Lei é fixado com base no piso</p><p>estabelecido no caput deste artigo,</p><p>para o Enfermeiro, na razão de:</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.434, de</p><p>2022)</p><p>I 70% (setenta por cento) para o Técnico de</p><p>Enfermagem; (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)</p><p>II 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de</p><p>Enfermagem e para a Parteira. (Incluído pela Lei</p><p>nº 14.434, de 2022)</p><p>Art. 15-D (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.434, de</p><p>2022)</p><p>Art. 15-E As instituições de saúde, públicas e privadas,</p><p>ofertarão aos profissionais de enfermagem referidos no</p><p>parágrafo único do art. 2º condições adequadas de repouso,</p><p>durante todo o horário de trabalho. (incluído pela Lei nº</p><p>14.602, de 2023)</p><p>36</p><p>Parágrafo único. Os locais de repouso dos</p><p>profissionais de enfermagem devem,</p><p>na forma do regulamento: (incluído</p><p>pela Lei nº 14.602, de 2023)</p><p>I ser destinados especificamente para o descanso dos</p><p>profissionais de enfermagem; (incluído pela Lei</p><p>nº 14.602, de 2023)</p><p>II ser arejados; (incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)</p><p>III ser providos de mobiliário adequado; (incluído</p><p>pela Lei nº 14.602, de 2023)</p><p>IV ser dotados de conforto térmico e acústico;</p><p>(incluído pela Lei nº 14.602, de 2023)</p><p>V ser equipados com instalações sanitárias; (incluído</p><p>pela Lei nº 14.602, de 2023)</p><p>VI ter área útil compatível com a quantidade de</p><p>profissionais diariamente em serviço. (incluído</p><p>pela Lei nº 14.602, de 2023)</p><p>Art. 16 (VETADO).</p><p>Art. 17 (VETADO).</p><p>Art. 18 (VETADO).</p><p>Parágrafo único. (VETADO).</p><p>37</p><p>Art. 19 (VETADO).</p><p>Art. 20 Os órgãos de pessoal da administração</p><p>pública, direta e indireta, federal, estadual, municipal,</p><p>do Distrito Federal e dos Territórios, observarão no</p><p>provimento e cargos e funções e na contratação de pessoal</p><p>de Enfermagem, de todos os graus, os preceitos desta lei.</p><p>Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este</p><p>artigo promoverão as medidas</p><p>necessárias à harmonização das</p><p>situações já existentes com as</p><p>disposições desta lei, respeitados</p><p>os direitos adquiridos quanto a</p><p>vencimentos e salários.</p><p>Art. 21 (VETADO)</p><p>Art. 22 (VETADO)</p><p>Art. 23 O pessoal que se encontra executando tarefas</p><p>de Enfermagem, em virtude de carência de recursos</p><p>humanos de nível médio nessa área, sem possuir formação</p><p>específica regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho</p><p>Federal de Enfermagem, a exercer atividades elementares</p><p>de Enfermagem, observado o disposto no art. 15 desta lei.</p><p>38</p><p>Parágrafo único. A autorização referida neste artigo,</p><p>que obedecerá aos critérios</p><p>baixados pelo Conselho Federal de</p><p>Enfermagem, somente poderá ser</p><p>concedida durante o prazo de 10</p><p>(dez) anos, a contar da promulgação</p><p>desta lei.</p><p>Art. 24 (VETADO).</p><p>Parágrafo único. (VETADO).</p><p>Art. 25 O Poder Executivo regulamentará esta lei no</p><p>prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua</p><p>publicação.</p><p>Art. 26 Esta lei entra em vigor na data de sua</p><p>publicação.</p><p>Art. 27 Revogam-se (VETADO) as demais disposições</p><p>em contrário.</p><p>Brasília, 25 de junho de 1986;</p><p>165º da Independência e 98º da República.</p><p>JOSÉ SARNEY</p><p>Almir Pazzianotto Pinto</p><p>Lei nº 7.498, de 25.06.86</p><p>Publicada no DOU de 26.06.86</p><p>Seção I - fls. 9.273 a 9.275</p><p>Altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho</p><p>de 1986, para instituir o piso salarial</p><p>nacional do Enfermeiro, do Técnico de</p><p>Enfermagem, do Auxiliar de Enfermagem</p><p>e da Parteira.</p><p>40</p><p>LEI FEDERAL Nº 14.434, DE 4 DE AGOSTO DE 2022</p><p>Altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, para instituir o</p><p>piso salarial nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem,</p><p>do Auxiliar de Enfermagem e da Parteira.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o</p><p>Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:</p><p>Art. 1º A Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, passa a</p><p>vigorar acrescida dos seguintes arts. 15-A, 15-B,</p><p>15-C e 15-D:</p><p>“Art. 15-A O piso salarial nacional dos Enfermeiros</p><p>contratados sob o regime da Consolidação das</p><p>Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo</p><p>Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,</p><p>será de R$ 4.750,00 (quatro mil setecentos e</p><p>cinquenta reais) mensais.</p><p>Parágrafo único. O piso</p><p>salarial dos profissionais</p><p>celetistas de que tratam os arts. 7º,</p><p>8º e 9º desta Lei é fixado com</p><p>base no piso estabelecido no caput</p><p>deste artigo, para o Enfermeiro, na</p><p>razão de:</p><p>I 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem;</p><p>II 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de</p><p>Enfermagem e para a Parteira.”</p><p>41</p><p>“Art. 15-B O piso salarial nacional dos Enfermeiros</p><p>contratados sob o regime dos servidores</p><p>públicos civis da União, das autarquias</p><p>e das fundações públicas federais, nos</p><p>termos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro</p><p>de 1990, será de R$ 4.750,00 (quatro mil</p><p>setecentos e cinquenta reais) mensais.</p><p>Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que</p><p>tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é</p><p>fixado com base no piso estabelecido</p><p>no caput deste artigo, para o</p><p>Enfermeiro, na razão de:</p><p>I 70% (setenta por cento) para o Técnico de</p><p>Enfermagem;</p><p>II 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de</p><p>Enfermagem e para a Parteira.”</p><p>“Art. 15-C O piso salarial nacional dos Enfermeiros</p><p>servidores dos Estados, do Distrito Federal</p><p>e dos Municípios e de suas autarquias e</p><p>fundações será de R$ 4.750,00 (quatro mil</p><p>setecentos e cinquenta reais) mensais.</p><p>42</p><p>Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de</p><p>que tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta</p><p>Lei é fixado com base no piso</p><p>estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro, na</p><p>razão de:</p><p>I 70% (setenta por cento) para o Técnico de</p><p>Enfermagem;</p><p>II 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de</p><p>Enfermagem e para a Parteira.”</p><p>“Art. 15-D (VETADO).”</p><p>Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua</p><p>publicação.</p><p>§ 1º O piso salarial previsto na Lei nº 7.498, de 25</p><p>de junho de 1986, entrará em vigor</p><p>imediatamente, assegurada a manutenção das</p><p>remunerações e dos salários vigentes</p><p>superiores a ele na data de entrada em vigor</p><p>desta Lei, independentemente da jornada de</p><p>trabalho para a qual o profissional ou</p><p>trabalhador foi admitido ou contratado.</p><p>43</p><p>§ 2º Os acordos individuais e os acordos, contratos</p><p>e convenções coletivas respeitarão o piso</p><p>salarial previsto na Lei nº 7.498, de 25 de junho</p><p>de 1986, considerada ilegal e ilícita a sua</p><p>desconsideração ou supressão. (Vide ADI 7222)</p><p>Brasília, 4 de agosto de 2022;</p><p>201o da Independência e 134o da República.</p><p>JAIR MESSIAS BOLSONARO</p><p>Paulo Guedes</p><p>Victor Godoy Veiga</p><p>Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes</p><p>José Carlos Oliveira</p><p>Bruno Bianco Leal</p><p>Lei 14.434 de 4 de agosto de 2022</p><p>Publicado no DOU de 5.8.2022</p><p>Seção I - fls.3</p><p>Altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho de</p><p>1986, para dispor sobre as condições de</p><p>repouso dos profissionais de enfermagem</p><p>durante o horário de trabalho.</p><p>45</p><p>LEI FEDERAL Nº 14.602, DE 20 DE JUNHO DE 2023</p><p>Altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, para dispor sobre</p><p>as condições de repouso dos profissionais de enfermagem durante o</p><p>horário de trabalho.</p><p>O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício</p><p>do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber</p><p>que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte</p><p>Lei:</p><p>Art. 1º A Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, passa a</p><p>vigorar acrescida do seguinte art. 15-E:</p><p>“Art. 15-E As instituições de saúde, públicas e privadas,</p><p>ofertarão aos profissionais de enfermagem</p><p>referidos no parágrafo único do art. 2º</p><p>condições adequadas de repouso, durante todo</p><p>o horário de trabalho.</p><p>Parágrafo único. Os locais de repouso dos</p><p>profissionais de enfermagem</p><p>devem, na forma do regulamento:</p><p>I ser destinados especificamente para o descanso dos</p><p>profissionais de enfermagem;</p><p>II ser arejados;</p><p>46</p><p>III ser providos de mobiliário adequado;</p><p>IV ser dotados de conforto térmico e acústico;</p><p>V ser equipados com instalações sanitárias;</p><p>VI ter área útil compatível com a quantidade de</p><p>profissionais diariamente em serviço.”</p><p>Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua</p><p>publicação.</p><p>Brasília, 20 de junho de 2023;</p><p>202o da Independência e 135o da República.</p><p>GERALDO JOSÉ RODRIGUES ALCKMIN FILHO</p><p>Nísia Verônica Trindade Lima</p><p>Publicação DOU em 21.06.2023</p><p>Nº 116 - Seção I - fls. 9</p><p>Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de</p><p>junho de 1986, que dispõe sobre o</p><p>exercício da Enfermagem, e dá outras</p><p>providências.</p><p>48</p><p>Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987</p><p>Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe</p><p>sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições</p><p>que lhe confere o Art. 81, item III, da Constituição, e</p><p>tendo em vista o disposto no Art. 25 da Lei nº 7.498, de 25</p><p>de junho de 1986, decreta:</p><p>Art. 1º O exercício da atividade de Enfermagem,</p><p>observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho</p><p>de 1986, e respeitados os graus de habilitação, é privativo</p><p>de Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de</p><p>Enfermagem e Parteiro e só será permitido ao profissional</p><p>inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da</p><p>respectiva região.</p><p>Art. 2º As instituições e serviços de saúde incluirão</p><p>a atividade de Enfermagem no seu planejamento e</p><p>programação.</p><p>Art. 3º A prescrição da assistência de Enfermagem é</p><p>parte integrante do programa de Enfermagem.</p><p>49</p><p>Art. 4º São Enfermeiros:</p><p>I o titular do diploma de Enfermeiro conferido</p><p>por instituição de ensino, nos termos da lei;</p><p>II o titular do diploma ou certificado de Obstetriz</p><p>ou de Enfermeira Obstétrica, conferidos nos</p><p>termos da lei;</p><p>III o titular do diploma ou certificado de</p><p>Enfermeira e a titular do diploma ou certificado</p><p>de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou</p><p>equivalente, conferido por escola estrangeira</p><p>segundo as respectivas leis, registrado em</p><p>virtude de acordo de intercâmbio cultural ou</p><p>revalidado no Brasil como diploma de</p><p>Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de</p><p>Obstetriz;</p><p>IV aqueles que, não abrangidos pelos incisos</p><p>anteriores, obtiveram título de Enfermeira</p><p>conforme o disposto na letra “d” do Art. 3º. do</p><p>Decreto-lei Decreto nº 50.387, de 28 de</p><p>março de 1961.</p><p>50</p><p>Art. 5º São Técnicos de Enfermagem:</p><p>I o titular do diploma ou do certificado de</p><p>Técnico de Enfermagem, expedido de acordo</p><p>com a legislação e Registrado no órgão</p><p>competente;</p><p>II o titular do diploma ou do certificado</p><p>legalmente conferido por escola ou curso</p><p>estrangeiro, registrado em virtude de acordo</p><p>de intercâmbio cultural ou revalidado</p><p>no Brasil como diploma de Técnico de</p><p>Enfermagem.</p><p>Art. 6º São Auxiliares de Enfermagem:</p><p>I o titular do certificado de Auxiliar de</p><p>Enfermagem, conferido por instituição</p><p>de ensino, nos termos da Lei e registrado no</p><p>órgão competente;</p><p>II o titular do diploma a que se refere a Lei</p><p>nº 2.822, de 14 de junho de 1956;</p><p>III o titular do diploma ou certificado a que se</p><p>refere o item III do Art. 2º da Lei nº 2.604, de</p><p>17 de setembro de 1955, expedido até a</p><p>publicação da Lei nº4.024, de 20 de dezembro</p><p>de 1961;</p><p>51</p><p>IV o titular de certificado de Enfermeiro Prático</p><p>ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964</p><p>pelo Serviço Nacional de Fiscalização da</p><p>Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde,</p><p>ou por órgão congênere da Secretaria de</p><p>Saúde nas Unidades da Federação, nos termos</p><p>do Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de</p><p>1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro</p><p>de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro</p><p>de 1959;</p><p>V o pessoal enquadrado como Auxiliar de</p><p>Enfermagem, nos termos do Decreto-lei</p><p>nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;</p><p>VI o titular do diploma ou certificado conferido</p><p>por escola ou curso estrangeiro, segundo as</p><p>leis do país, registrado em virtude de acordo</p><p>de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil</p><p>como certificado de Auxiliar de Enfermagem.</p><p>Art. 7º São Parteiros:</p><p>I o titular de certificado previsto no Art. 1º do</p><p>Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946,</p><p>observado</p><p>o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de</p><p>outubro de 1959;</p><p>52</p><p>II o titular do diploma ou certificado de Parteiro,</p><p>ou equivalente, conferido por escola ou curso</p><p>estrangeiro, segundo as respectivas leis,</p><p>registrado em virtude de intercâmbio cultural</p><p>ou revalidado no Brasil, até 26 de junho de</p><p>1988, como certificado de Parteiro.</p><p>Art. 8º Ao Enfermeiro incumbe:</p><p>I privativamente:</p><p>a) direção do órgão de Enfermagem integrante da</p><p>estrutura básica da instituição de saúde,</p><p>pública ou privada, e chefia de serviço e de</p><p>unidade de Enfermagem;</p><p>b) organização e direção dos serviços de</p><p>Enfermagem e de suas atividades técnicas e</p><p>auxiliares nas empresas prestadoras desses</p><p>serviços;</p><p>c) planejamento, organização, coordenação,</p><p>execução e avaliação dos serviços da assistência</p><p>de Enfermagem;</p><p>d) consultoria, auditoria e emissão de parecer</p><p>sobre matéria de Enfermagem;</p><p>e) consulta de Enfermagem;</p><p>53</p><p>f) prescrição da assistência de Enfermagem;</p><p>g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes</p><p>graves com risco de vida;</p><p>h) cuidados de Enfermagem de maior</p><p>complexidade técnica e que exijam</p><p>conhecimentos científicos adequados e</p><p>capacidade de tomar decisões imediatas;</p><p>II como integrante da equipe de saúde:</p><p>a) participação no planejamento, execução e</p><p>avaliação da programação de saúde;</p><p>b) participação na elaboração, execução e</p><p>avaliação dos planos assistenciais de saúde;</p><p>c) prescrição de medicamentos previamente</p><p>estabelecidos em programas de saúde pública e</p><p>em rotina aprovada pela instituição de saúde;</p><p>d) participação em projetos de construção ou</p><p>reforma de unidades de internação;</p><p>e) prevenção e controle sistemático da infecção</p><p>hospitalar, inclusive como membro das</p><p>respectivas comissões;</p><p>54</p><p>f) participação na elaboração de medidas de</p><p>prevenção e controle sistemático de danos que</p><p>possam ser causados aos pacientes durante a</p><p>assistência de Enfermagem;</p><p>g) participação na prevenção e controle das</p><p>doenças transmissíveis, em geral, e nos</p><p>programas de vigilância epidemiológica;</p><p>h) prestação de assistência de Enfermagem à</p><p>gestante, parturiente, puérpera e ao</p><p>recém-nascido;</p><p>i) participação nos programas e nas atividades de</p><p>assistência integral à saúde individual e de</p><p>grupos específicos, particularmente daqueles</p><p>prioritários e de alto risco;</p><p>j) acompanhamento da evolução e do trabalho de</p><p>parto;</p><p>l) execução e assistência obstétrica em situação</p><p>de emergência e execução do parto sem</p><p>distocia;</p><p>m) participação em programas e atividades de</p><p>educação sanitária, visando à melhoria de saúde</p><p>do indivíduo, da família e da população em geral;</p><p>55</p><p>n) participação nos programas de treinamento e</p><p>aprimoramento de pessoal de saúde,</p><p>particularmente nos programas de educação</p><p>continuada;</p><p>o) participação nos programas de higiene e</p><p>segurança do trabalho e de prevenção de</p><p>acidentes e de doenças profissionais e do</p><p>trabalho;</p><p>p) participação na elaboração e na</p><p>operacionalização do sistema de referência e</p><p>contrarreferência do paciente nos diferentes</p><p>níveis de atenção à saúde;</p><p>q) participação no desenvolvimento de tecnologia</p><p>apropriada à assistência de saúde;</p><p>r) participação em bancas examinadoras, em</p><p>matérias específicas de Enfermagem, nos</p><p>concursos para provimento de cargo ou</p><p>contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico</p><p>e Auxiliar de Enfermagem.</p><p>Art. 9º Às profissionais titulares de diploma ou</p><p>certificados de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica,</p><p>além das atividades de que trata o artigo precedente,</p><p>incumbe:</p><p>56</p><p>I prestação de assistência à parturiente e ao</p><p>parto normal;</p><p>II identificação das distocias obstétricas e tomada</p><p>de providências até a chegada do médico;</p><p>III realização de episiotomia e episiorrafia com</p><p>aplicação de anestesia local, quando necessária.</p><p>Art. 10 O Técnico de Enfermagem exerce as atividades</p><p>auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de</p><p>Enfermagem, cabendo-lhe:</p><p>I assistir o Enfermeiro:</p><p>a) no planejamento, programação, orientação e</p><p>supervisão das atividades de assistência de</p><p>Enfermagem;</p><p>b) na prestação de cuidados diretos de</p><p>Enfermagem a pacientes em estado grave;</p><p>c) na prevenção e controle das doenças</p><p>transmissíveis, em geral, em programas de</p><p>vigilância epidemiológica;</p><p>d) na prevenção e controle sistemático da infecção</p><p>hospitalar;</p><p>57</p><p>e) na prevenção e controle sistemático de danos</p><p>físicos que possam ser causados a pacientes</p><p>durante a assistência de saúde;</p><p>f) na execução dos programas referidos nas letras</p><p>“i” e “o” do item II do Art. 8º.</p><p>II executar atividades de assistência de</p><p>Enfermagem, excetuadas as privativas do</p><p>Enfermeiro e as referidas no Art. 9º deste</p><p>Decreto.</p><p>III integrar a equipe de saúde.</p><p>Art. 11 O Auxiliar de Enfermagem executa as</p><p>atividades auxiliares, de nível médio atribuídas à equipe de</p><p>Enfermagem, cabendo-lhe:</p><p>I preparar o paciente para consultas, exames e</p><p>tratamentos;</p><p>II observar, reconhecer e descrever sinais e</p><p>sintomas, ao nível de sua qualificação;</p><p>III executar tratamentos especificamente</p><p>prescritos, ou de rotina, além de outras</p><p>atividades de Enfermagem, tais como:</p><p>58</p><p>a) ministrar medicamentos por via oral e</p><p>parenteral;</p><p>b) realizar controle hídrico;</p><p>c) fazer curativos;</p><p>d) aplicar oxigenoterapia, nebulização,</p><p>enteroclisma, enema e calor ou frio;</p><p>e) executar tarefas referentes à conservação e</p><p>aplicação de vacinas;</p><p>f) efetuar o controle de pacientes e de</p><p>comunicantes em doenças transmissíveis;</p><p>g) realizar testes e proceder à sua leitura, para</p><p>subsídio de diagnóstico;</p><p>h) colher material para exames laboratoriais;</p><p>i) prestar cuidados de Enfermagem pré e</p><p>pós-operatórios;</p><p>j) circular em sala de cirurgia e, se necessário,</p><p>instrumentar;</p><p>l) executar atividades de desinfecção e</p><p>esterilização.</p><p>59</p><p>IV prestar cuidados de higiene e conforto ao</p><p>paciente e zelar por sua segurança, inclusive:</p><p>a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;</p><p>b) zelar pela limpeza e ordem do material, de</p><p>equipamentos e de dependência de unidades</p><p>de saúde;</p><p>V integrar a equipe de saúde;</p><p>VI participar de atividades de educação em saúde,</p><p>inclusive:</p><p>a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto</p><p>ao cumprimento das prescrições de</p><p>Enfermagem e médicas;</p><p>b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de</p><p>Enfermagem na execução dos programas de</p><p>educação para a saúde;</p><p>VII executar os trabalhos de rotina vinculados à</p><p>alta de pacientes;</p><p>VIII participar dos procedimentos pós-morte.</p><p>60</p><p>Art. 12 Ao Parteiro incumbe:</p><p>I prestar cuidados à gestante e à parturiente;</p><p>II assistir o parto normal, inclusive em domicílio; e</p><p>III cuidar da puérpera e do recém-nascido.</p><p>Parágrafo único. As atividades de que trata este</p><p>artigo são exercidas sob supervisão</p><p>de Enfermeiro Obstetra, quando</p><p>realizadas em instituições de saúde,</p><p>e, sempre que possível, sob</p><p>controle e supervisão de unidade</p><p>de saúde, quando realizadas em</p><p>domicílio ou onde se fizerem</p><p>necessárias.</p><p>Art. 13 As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11</p><p>somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação</p><p>e direção de Enfermeiro.</p><p>Art. 14 Incumbe a todo o pessoal de Enfermagem:</p><p>I cumprir e fazer cumprir o Código de</p><p>Deontologia da Enfermagem;</p><p>II quando for o caso, anotar no prontuário do</p><p>paciente as atividades da assistência de</p><p>Enfermagem, para fins estatísticos.</p><p>61</p><p>Art. 15 Na administração pública, direta e indireta,</p><p>federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e dos</p><p>Territórios, será exigida como condição essencial para</p><p>provimento de cargos e funções e contratação de pessoal</p><p>de Enfermagem, de todos os graus,</p><p>a prova de inscrição no</p><p>Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.</p><p>Parágrafo único. Os órgãos e entidades</p><p>compreendidos neste artigo</p><p>promoverão, em articulação com o</p><p>Conselho Federal de Enfermagem,</p><p>as medidas necessárias à adaptação</p><p>das situações já existentes com as</p><p>disposições deste Decreto,</p><p>respeitados os direitos adquiridos</p><p>quanto a vencimentos e salários.</p><p>Art. 16 Este Decreto entra em vigor na data de sua</p><p>publicação.</p><p>Art. 17 Revogam-se as disposições em contrário.</p><p>Brasília, 08 de junho de 1987;</p><p>166º da Independência e 99º da República.</p><p>JOSÉ SARNEY</p><p>Eros Antonio de Almeida</p><p>Dec. nº 94.406, de 08.06.87</p><p>Publicado no DOU de 09.06.87</p><p>Seção I - fls. 8.853 a 8.855</p><p>62</p><p>Altera a redação do parágrafo único</p><p>do art. 23 da Lei nº 7.498, de 25 de</p><p>junho de 1986, que dispõe sobre</p><p>a regulamentação do exercício da</p><p>Enfermagem e dá outras providências.</p><p>63</p><p>LEI Nº 8.967, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1994</p><p>Altera a redação do parágrafo único do art. 23 da Lei nº 7.498,</p><p>de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do</p><p>exercício da Enfermagem e dá outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o</p><p>Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:</p><p>Art. 1º O parágrafo único do art. 23 da Lei nº 7.498, de 25</p><p>de junho de 1986, passa a vigorar com a seguinte redação:</p><p>Art. 23............................................</p><p>Parágrafo único. É assegurado aos Atendentes de</p><p>Enfermagem, admitidos antes da</p><p>vigência desta lei, o exercício</p><p>das atividades elementares da</p><p>Enfermagem, observado o disposto</p><p>em seu artigo 15.”</p><p>Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua</p><p>publicação.</p><p>Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.</p><p>Brasília, 28 de dezembro de 1994;</p><p>173º da Independência e 106º da República.</p><p>ITAMAR FRANCO</p><p>Marcelo Pimentel</p><p>Publicado em DOU em 29/12/1994.</p><p>Seção I - fls. 20829</p><p>64</p><p>Aprova o novo Código de Ética</p><p>dos Profissionais de Enfermagem.</p><p>65</p><p>RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017</p><p>Aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.</p><p>O Conselho Federal de Enfermagem – Cofen, no uso</p><p>das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905,</p><p>de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia,</p><p>aprovado pela Resolução Cofen nº 421, de 15 de fevereiro</p><p>de 2012, e</p><p>CONSIDERANDO que nos termos do inciso III do artigo</p><p>8º da Lei 5.905, de 12 de julho de 1973, compete ao Cofen</p><p>elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-</p><p>-lo, quando necessário, ouvidos os Conselhos Regionais;</p><p>CONSIDERANDO que o Código de Deontologia</p><p>de Enfermagem deve submeter-se aos dispositivos</p><p>constitucionais vigentes;</p><p>CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos</p><p>Humanos, promulgada pela Assembleia Geral das Nações</p><p>Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra</p><p>(1949), cujos postulados estão contidos no Código de Ética</p><p>do Conselho Internacional de Enfermeiras (1953, revisado</p><p>em 2012);</p><p>CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre</p><p>Bioética e Direitos Humanos (2005);</p><p>66</p><p>CONSIDERANDO o Código de Deontologia de</p><p>Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (1976),</p><p>o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993,</p><p>reformulado em 2000 e 2007), as normas nacionais de</p><p>pesquisa (Resolução do Conselho Nacional de Saúde –</p><p>CNS nº 196/1996), revisadas pela Resolução nº 466/2012,</p><p>e as normas internacionais sobre pesquisa envolvendo seres</p><p>humanos;</p><p>CONSIDERANDO a proposta de Reformulação do</p><p>Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,</p><p>consolidada na 1ª Conferência Nacional de Ética na</p><p>Enfermagem – 1ª CONEENF, ocorrida no período de 07</p><p>a 09 de junho de 2017, em Brasília – DF, realizada pelo</p><p>Conselho Federal de Enfermagem e Coordenada pela</p><p>Comissão Nacional de Reformulação do Código de Ética</p><p>dos Profissionais de Enfermagem, instituída pela Portaria</p><p>Cofen nº 1.351/2016;</p><p>CONSIDERANDO a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de</p><p>2006 (Lei Maria da Penha) que cria mecanismos para</p><p>coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos</p><p>termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal e a Lei</p><p>nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece a</p><p>notificação compulsória, no território nacional, nos casos de</p><p>violência contra a mulher que for atendida em serviços de</p><p>saúde públicos e privados;</p><p>67</p><p>CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990,</p><p>que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente;</p><p>CONSIDERANDO a Lei nº. 10.741, de 01 de outubro de</p><p>2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso;</p><p>CONSIDERANDO a Lei nº. 10.216, de 06 de abril de</p><p>2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas</p><p>portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo</p><p>assistencial em saúde mental;</p><p>CONSIDERANDO a Lei 8.080, de 19 de setembro de</p><p>1990, que dispõe sobre as condições para a promoção,</p><p>proteção e recuperação da saúde, a organização e o</p><p>funcionamento dos serviços correspondentes;</p><p>CONSIDERANDO as sugestões apresentadas na</p><p>Assembleia Extraordinária de Presidentes dos Conselhos</p><p>Regionais de Enfermagem, ocorrida na sede do Cofen, em</p><p>Brasília, Distrito Federal, no dia 18 de julho de 2017, e</p><p>CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do</p><p>Conselho Federal de Enfermagem em sua 491ª Reunião</p><p>Ordinária,</p><p>RESOLVE:</p><p>68</p><p>Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos</p><p>Profissionais de Enfermagem, conforme o anexo desta</p><p>Resolução, para observância e respeito dos profissionais de</p><p>Enfermagem, que poderá ser consultado através do sítio de</p><p>internet do Cofen (www.cofen.gov.br).</p><p>Art. 2º Este Código aplica-se aos Enfermeiros,</p><p>Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem,</p><p>Obstetrizes e Parteiras, bem como aos Atendentes de</p><p>Enfermagem.</p><p>Art. 3º Os casos omissos serão resolvidos pelo</p><p>Conselho Federal de Enfermagem.</p><p>Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho</p><p>Federal de Enfermagem, por proposta de 2/3 dos</p><p>Conselheiros Efetivos do Conselho Federal ou mediante</p><p>proposta de 2/3 dos Conselhos Regionais.</p><p>Parágrafo Único. A alteração referida deve ser</p><p>precedida de ampla discussão com</p><p>a categoria, coordenada pelos</p><p>Conselhos Regionais, sob a</p><p>coordenação geral do Conselho</p><p>Federal de Enfermagem, em</p><p>formato de Conferência Nacional,</p><p>precedida de Conferências</p><p>Regionais.</p><p>69</p><p>Art. 5º A presente Resolução entrará em vigor 120</p><p>(cento e vinte) dias a partir da data de sua publicação no</p><p>Diário Oficial da União, revogando-se as disposições em</p><p>contrário, em especial a Resolução Cofen nº 311/2007, de</p><p>08 de fevereiro de 2007.</p><p>Brasília, 6 de novembro de 2017.</p><p>MANOEL CARLOS N. DA SILVA</p><p>COREN-RO Nº 63592</p><p>Presidente</p><p>MARIA R. F. B. SAMPAIO</p><p>COREN-PI Nº 19084</p><p>Primeira-Secretária</p><p>Publicado em DOU em 6.12.2017</p><p>N° 233 - Seção I - fls. 157</p><p>70</p><p>ANEXO DA RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017</p><p>PREÂMBULO</p><p>O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o</p><p>Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem –</p><p>CEPE, norteou-se por princípios fundamentais, que</p><p>representam imperativos para a conduta profissional</p><p>e consideram que a Enfermagem é uma ciência, arte</p><p>e uma prática social, indispensável à organização</p><p>e ao funcionamento dos serviços de saúde; tem</p><p>como responsabilidades a promoção e a restauração</p><p>da saúde, a prevenção de agravos e doenças e o alívio do</p><p>sofrimento; proporciona cuidados à pessoa, à família</p><p>e à coletividade; organiza suas ações e intervenções</p><p>de modo autônomo, ou em colaboração com outros</p><p>profissionais da área; tem direito a remuneração justa</p><p>e a condições adequadas de trabalho, que possibilitem</p><p>um cuidado profissional seguro e livre de danos.</p><p>Sobretudo, esses princípios fundamentais reafirmam</p><p>que o respeito aos direitos humanos é inerente ao</p><p>exercício da profissão, o que inclui os direitos da pessoa</p><p>à vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança</p><p>pessoal, à livre escolha, à dignidade e a ser tratada sem</p><p>distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença</p><p>religiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença,</p><p>identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade,</p><p>convicção</p><p>política, raça ou condição social.</p><p>71</p><p>Inspirado nesse conjunto de princípios é que o Conselho</p><p>Federal de Enfermagem, no uso das atribuições que lhe</p><p>são conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de</p><p>12 de julho de 1973, aprova e edita esta nova revisão do</p><p>CEPE, exortando os profissionais de Enfermagem à sua fiel</p><p>observância e cumprimento.</p><p>PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS</p><p>A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão do</p><p>cuidado prestado nos diferentes contextos socioambientais</p><p>e culturais em resposta às necessidades da pessoa, família</p><p>e coletividade.</p><p>O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em</p><p>consonância com os preceitos éticos e legais, técnico-</p><p>científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades</p><p>com competência para promoção do ser humano na sua</p><p>integralidade, de acordo com os Princípios da Ética e</p><p>da Bioética, e participa como integrante da equipe de</p><p>Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas Públicas, com</p><p>ênfase nas políticas de saúde que garantam a universalidade</p><p>de acesso, integralidade da assistência, resolutividade,</p><p>preservação da autonomia das pessoas, participação da</p><p>comunidade, hierarquização e descentralização político-</p><p>administrativa dos serviços de saúde.</p><p>72</p><p>O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento</p><p>próprio da profissão e nas ciências humanas, sociais e</p><p>aplicadas e é executado pelos profissionais na prática</p><p>social e cotidiana de assistir, gerenciar, ensinar, educar e</p><p>pesquisar.</p><p>CAPÍTULO I – DOS DIREITOS</p><p>Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade,</p><p>segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser</p><p>tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo</p><p>os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos</p><p>humanos.</p><p>Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre</p><p>de riscos e danos e violências física e psicológica à saúde do</p><p>trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção</p><p>dos direitos dos profissionais de Enfermagem.</p><p>Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de</p><p>defesa da dignidade profissional, do exercício da cidadania</p><p>e das reivindicações por melhores condições de assistência,</p><p>trabalho e remuneração, observados os parâmetros e</p><p>limites da legislação vigente.</p><p>Art. 4º Participar da prática multiprofissional,</p><p>interdisciplinar e transdisciplinar com responsabilidade,</p><p>autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e</p><p>legais da profissão.</p><p>73</p><p>Art. 5º Associar-se, exercer cargos e participar de</p><p>Organizações da Categoria e Órgãos de Fiscalização do</p><p>Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais.</p><p>Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico-</p><p>científicos, ético-políticos, socioeducativos, históricos e</p><p>culturais que dão sustentação à prática profissional.</p><p>Art. 7º Ter acesso às informações relacionadas à</p><p>pessoa, família e coletividade, necessárias ao exercício</p><p>profissional.</p><p>Art. 8º Requerer ao Conselho Regional de</p><p>Enfermagem, de forma fundamentada, medidas cabíveis</p><p>para obtenção de desagravo público em decorrência de</p><p>ofensa sofrida no exercício profissional ou que atinja a</p><p>profissão.</p><p>Art. 9º Recorrer ao Conselho Regional de</p><p>Enfermagem, de forma fundamentada, quando impedido</p><p>de cumprir o presente Código, a Legislação do Exercício</p><p>Profissional e as Resoluções, Decisões e Pareceres</p><p>Normativos emanados pelo Sistema Cofen/Conselhos</p><p>Regionais de Enfermagem.</p><p>Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação</p><p>disponíveis, às diretrizes políticas, normativas e protocolos</p><p>institucionais, bem como participar de sua elaboração.</p><p>74</p><p>Art. 11 Formar e participar da Comissão de Ética de</p><p>Enfermagem, bem como de comissões interdisciplinares</p><p>da instituição em que trabalha.</p><p>Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais</p><p>de que tenha conhecimento em razão de seu exercício</p><p>profissional.</p><p>Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou</p><p>coletivas, quando o local de trabalho não oferecer condições</p><p>seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar</p><p>a legislação vigente, ressalvadas as situações de urgência</p><p>e emergência, devendo formalizar imediatamente sua</p><p>decisão por escrito e/ou por meio de correio eletrônico à</p><p>instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem.</p><p>Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como</p><p>instrumento metodológico para planejar, implementar,</p><p>avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e</p><p>coletividade.</p><p>Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e</p><p>coordenação, no âmbito da saúde ou de qualquer área direta</p><p>ou indiretamente relacionada ao exercício profissional da</p><p>Enfermagem.</p><p>75</p><p>Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e</p><p>extensão que envolvam pessoas e/ou local de trabalho sob</p><p>sua responsabilidade profissional.</p><p>Art. 17 Realizar e participar de atividades de ensino,</p><p>pesquisa e extensão, respeitando a legislação vigente.</p><p>Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em</p><p>pesquisa, extensão e produção técnico-científica.</p><p>Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias</p><p>sociais e meios eletrônicos para conceder entrevistas,</p><p>ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos</p><p>de sua competência e/ou divulgar eventos com finalidade</p><p>educativa e de interesse social.</p><p>Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais</p><p>detenha habilidades e competências técnico-científicas e</p><p>legais.</p><p>Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto</p><p>em mídias sociais durante o desempenho de suas atividades</p><p>profissionais.</p><p>Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam</p><p>de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que</p><p>não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família</p><p>e à coletividade.</p><p>76</p><p>Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo</p><p>da relação profissional/usuários quando houver risco à</p><p>sua integridade física e moral, comunicando ao Coren e</p><p>assegurando a continuidade da assistência de Enfermagem.</p><p>CAPÍTULO II – DOS DEVERES</p><p>Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso,</p><p>equidade, resolutividade, dignidade, competência,</p><p>responsabilidade, honestidade e lealdade.</p><p>Art. 25 Fundamentar suas relações no direito, na</p><p>prudência, no respeito, na solidariedade e na diversidade</p><p>de opinião e posição ideológica.</p><p>Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código</p><p>de Ética dos Profissionais de Enfermagem e demais</p><p>normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de</p><p>Enfermagem.</p><p>Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos</p><p>profissionais de Enfermagem no desempenho de atividades</p><p>em organizações da categoria.</p><p>Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho</p><p>Regional de Enfermagem e aos órgãos competentes fatos</p><p>que infrinjam dispositivos éticos-legais e que possam</p><p>prejudicar o exercício profissional e a segurança à saúde da</p><p>pessoa, família e coletividade.</p><p>77</p><p>Art. 29 Comunicar formalmente ao Conselho</p><p>Regional de Enfermagem fatos que envolvam recusa e/</p><p>ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela</p><p>necessidade do profissional em cumprir o presente Código</p><p>e a legislação do exercício profissional.</p><p>Art. 30 Cumprir, no prazo estabelecido,</p><p>determinações, notificações, citações, convocações e</p><p>intimações do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de</p><p>Enfermagem.</p><p>Art. 31 Colaborar com o processo de fiscalização do</p><p>exercício profissional e prestar informações fidedignas,</p><p>permitindo o acesso a documentos e a área física</p><p>institucional.</p><p>Art. 32 Manter inscrição no Conselho Regional de</p><p>Enfermagem, com jurisdição na área onde ocorrer o</p><p>exercício profissional.</p><p>Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao</p><p>Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição.</p><p>Art. 34 Manter regularizadas as obrigações financeiras</p><p>junto ao Conselho Regional de Enfermagem de sua</p><p>jurisdição.</p><p>78</p><p>Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos</p><p>legíveis, número e categoria de inscrição no Conselho</p><p>Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos</p><p>documentos, quando no exercício profissional.</p><p>§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo,</p><p>número e categoria de inscrição no Coren, devendo</p><p>constar a assinatura ou rubrica do profissional.</p><p>§ 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a</p><p>assinatura deverá ser certificada, conforme</p><p>legislação vigente.</p><p>Art. 36 Registrar no prontuário e em outros</p><p>documentos as informações inerentes e indispensáveis ao</p><p>processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica,</p><p>legível, completa e sem rasuras.</p><p>Art. 37 Documentar formalmente as etapas do</p><p>processo de Enfermagem, em consonância com sua</p><p>competência legal.</p><p>Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais,</p><p>completas e fidedignas, necessárias à continuidade da</p><p>assistência e segurança do paciente.</p><p>Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a</p><p>respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências</p><p>acerca da assistência de Enfermagem.</p><p>79</p><p>Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo,</p><p>benefícios, riscos e consequências decorrentes de exames</p><p>e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa</p><p>da pessoa ou de seu representante legal.</p><p>Art. 41 Prestar assistência de Enfermagem sem</p><p>discriminação de qualquer natureza.</p><p>Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia</p><p>da pessoa ou de seu representante legal na tomada de</p><p>decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança,</p><p>tratamento, conforto, bem-estar, realizando ações</p><p>necessárias, de acordo com os princípios éticos e legais.</p><p>Parágrafo único. Respeitar as diretivas antecipadas</p><p>da pessoa no que concerne às</p><p>decisões sobre cuidados e</p><p>tratamentos que deseja ou não receber</p><p>no momento em que estiver</p><p>incapacitado de expressar, livre e</p><p>autonomamente, suas vontades.</p><p>Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade</p><p>da pessoa, em todo seu ciclo vital e nas situações de morte</p><p>e pós-morte.</p><p>Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em</p><p>condições que ofereçam segurança, mesmo em caso de</p><p>suspensão das atividades profissionais decorrentes de</p><p>movimentos reivindicatórios da categoria.</p><p>80</p><p>Parágrafo único. Será respeitado o direito de</p><p>greve e, nos casos de movimentos</p><p>reivindicatórios da categoria,</p><p>deverão ser prestados os cuidados</p><p>mínimos que garantam uma</p><p>assistência segura, conforme a</p><p>complexidade do paciente.</p><p>Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre</p><p>de danos decorrentes de imperícia, negligência ou</p><p>imprudência.</p><p>Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de</p><p>Enfermagem e Médica na qual não constem assinatura e</p><p>número de registro do profissional prescritor, exceto em</p><p>situação de urgência e emergência.</p><p>§ 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a</p><p>executar prescrição de Enfermagem e Médica em</p><p>caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da</p><p>mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou</p><p>outro profissional, registrando no prontuário.</p><p>§ 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o</p><p>cumprimento de prescrição à distância, exceto em</p><p>casos de urgência e emergência e regulação,</p><p>conforme Resolução vigente.</p><p>81</p><p>Art. 47 Posicionar-se contra e denunciar aos órgãos</p><p>competentes ações e procedimentos de membros da equipe</p><p>de saúde, quando houver risco de danos decorrentes de</p><p>imperícia, negligência e imprudência ao paciente, visando</p><p>a proteção da pessoa, família e coletividade.</p><p>Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem</p><p>promovendo a qualidade de vida à pessoa e família no</p><p>processo do nascer, viver, morrer e luto.</p><p>Parágrafo único. Nos casos de doenças graves</p><p>incuráveis e terminais com risco</p><p>iminente de morte, em consonância</p><p>com a equipe multiprofissional,</p><p>oferecer todos os cuidados</p><p>paliativos disponíveis para</p><p>assegurar o conforto físico,</p><p>psíquico, social e espiritual,</p><p>respeitada a vontade da pessoa ou</p><p>de seu representante legal.</p><p>Art. 49 Disponibilizar assistência de Enfermagem à</p><p>coletividade em casos de emergência, epidemia, catástrofe</p><p>e desastre, sem pleitear vantagens pessoais, quando</p><p>convocado.</p><p>Art. 50 Assegurar a prática profissional mediante</p><p>consentimento prévio do paciente, representante ou</p><p>responsável legal, ou decisão judicial.</p><p>82</p><p>Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em</p><p>que não haja capacidade de decisão</p><p>por parte da pessoa, ou na ausência</p><p>do representante ou responsável</p><p>legal.</p><p>Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em</p><p>suas atividades profissionais, independentemente de ter</p><p>sido praticada individual ou em equipe, por imperícia,</p><p>imprudência ou negligência, desde que tenha participação</p><p>e/ou conhecimento prévio do fato.</p><p>Parágrafo único. Quando a falta for praticada em</p><p>equipe, a responsabilidade será</p><p>atribuída na medida do(s) ato(s)</p><p>praticado(s) individualmente.</p><p>Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha</p><p>conhecimento em razão da atividade profissional, exceto</p><p>nos casos previstos na legislação ou por determinação</p><p>judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa</p><p>envolvida ou de seu representante ou responsável legal.</p><p>§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de</p><p>conhecimento público e em caso de falecimento da</p><p>pessoa envolvida.</p><p>83</p><p>§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de</p><p>ameaça à vida e à dignidade, na defesa própria ou</p><p>em atividade multiprofissional, quando necessário</p><p>à prestação da assistência.</p><p>§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como</p><p>testemunha deverá comparecer perante a</p><p>autoridade e, se for o caso, declarar suas</p><p>razões éticas para manutenção do sigilo</p><p>profissional.</p><p>§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os</p><p>órgãos de responsabilização criminal,</p><p>independentemente de autorização, de casos de</p><p>violência contra: crianças e adolescentes; idosos; e</p><p>pessoas incapacitadas ou sem condições de firmar</p><p>consentimento.</p><p>§ 5º A comunicação externa para os órgãos de</p><p>responsabilização criminal em casos de violência</p><p>doméstica e familiar contra mulher adulta e</p><p>capaz será devida, independentemente de</p><p>autorização, em caso de risco à comunidade ou à</p><p>vítima, a juízo do profissional e com conhecimento</p><p>prévio da vítima ou do seu responsável.</p><p>Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da</p><p>profissão quanto ao conteúdo e imagem veiculados nos</p><p>diferentes meios de comunicação e publicidade.</p><p>84</p><p>Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o</p><p>aperfeiçoamento técnico-científico, ético-político,</p><p>socioeducativo e cultural dos profissionais de Enfermagem</p><p>sob sua supervisão e coordenação.</p><p>Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-</p><p>científicos, ético-políticos, socioeducativos e culturais,</p><p>em benefício da pessoa, família e coletividade e do</p><p>desenvolvimento da profissão.</p><p>Art. 56 Estimular, apoiar, colaborar e promover</p><p>o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa</p><p>e extensão, devidamente aprovados nas instâncias</p><p>deliberativas.</p><p>Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa</p><p>envolvendo seres humanos.</p><p>Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos</p><p>autorais no processo de pesquisa, em todas as etapas.</p><p>Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições</p><p>quando se julgar técnica, científica e legalmente apto para</p><p>o desempenho seguro para si e para outrem.</p><p>Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a</p><p>legislação vigente relativa à preservação do meio ambiente</p><p>no gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.</p><p>85</p><p>CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES</p><p>Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao</p><p>Código de Ética e à legislação que disciplina o exercício da</p><p>Enfermagem.</p><p>Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua</p><p>competência técnica, científica, ética e legal ou que não</p><p>ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à</p><p>coletividade.</p><p>Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas</p><p>físicas ou jurídicas que desrespeitem a legislação e</p><p>princípios que disciplinam o exercício profissional de</p><p>Enfermagem.</p><p>Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso</p><p>diante de qualquer forma ou tipo de violência contra a</p><p>pessoa, família e coletividade, quando no exercício da</p><p>profissão.</p><p>Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em</p><p>decorrência de fatos que</p>