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<p>Material confeccionado para live realizada no dia 30/09/2021.</p><p>Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito</p><p>Prof.maurosturmer. Todos os direitos reservados.</p><p>ALMOÇO COM PENAL</p><p>COM PROF. MAURO STURMER</p><p>LEI 11.343/06</p><p>Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para</p><p>prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas;</p><p>estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes</p><p>e dá outras providências.</p><p>Acesse a lei através do QRCODE ou clique aqui</p><p>NORMA PENAL EM BRANCO</p><p>A Lei 11.343/06 – é uma Norma Penal em Branco (Portaria 344 da Anvisa)</p><p>COMBINAÇÃO DE LEIS</p><p>Súmula 501 STJ - É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado</p><p>da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da</p><p>aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm</p><p>USUÁRIO (ART. 28)</p><p>• Relatório do Delegado (art. 52)</p><p>• Crime sui generis</p><p>MUITA ATENÇÃO:</p><p>Não gera reincidência - Cabe ressaltar que as condenações anteriores por contravenções</p><p>penais não são aptas a gerar reincidência, tendo em vista o que dispõe o artigo 63 do Código</p><p>Penal, que apenas se refere a crimes anteriores. E, se as contravenções penais, puníveis com</p><p>pena de prisão simples, não geram reincidência, mostra-se desproporcional o delito do artigo</p><p>28 da Lei 11.343/2006 configurar reincidência, tendo em vista que nem é punível com pena</p><p>privativa de liberdade. (REsp 1.672.654/SP, j. 21/08/2018)</p><p>TRAFICANTE (ART. 33) – HEDIONDO</p><p>CUIDADO</p><p>Não configura crime a importação de pequena quantidade de sementes de maconha. STF. 2ª</p><p>Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info 915).</p><p>TRÁFICO PRIVILEGIADO</p><p>Art. 33 § 4º - Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser</p><p>reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente</p><p>seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre</p><p>organização criminosa.</p><p>CAUSAS DE AUMENTO DE PENAL</p><p>SÚMULAS SELECIONADAS</p><p>CUIDADO</p><p>Súmula 587: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é</p><p>desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação, sendo suficiente</p><p>a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual.</p><p>Súmula 607: A majorante do tráfico transnacional de drogas (artigo 40, inciso I, da Lei</p><p>11.343/06) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não</p><p>consumada a transposição de fronteiras.</p><p>Atenção: Não incide a causa de aumento de pena do art. 40, III, no caso de o agente apenas</p><p>transportar a droga no transporte público.</p><p>PARTE PROCESSUAL</p><p>Art. 28 – Lei 9.099/95</p><p>Outros Crimes:</p><p>• Denúncia</p><p>• Notificação para Defesa Prévia</p><p>PEDIDO PRINCIPAL – REJEIÇÃO DA DENÚNCIA (ART. 395 DO CPP)</p><p>Caso entenda pelo Recebimento:</p><p>a) Desclassificação para porte para consumo (28)... com o encaminhamento do processo</p><p>ao JECrim;</p><p>b) Absolvição Sumária na forma do art. 397 do CPP;</p><p>RECEBIMENTO DA DENÚNCIA</p><p>• Instrução ... 1.Interrogatório (um dos únicos procedimentos onde o interrogatório</p><p>não é o último ato processual);</p><p>CONFORME A LEI</p><p>• 2. Testemunhas de acusação; 5</p><p>• 3. Testemunhas de defesa; 5</p><p>• 4. Debates; (20 min + 10 min)</p><p>• 5. Julgamento – Sentença imediata ou em 10 dias (58)</p><p>DEFESA PRÉVIA/PRELIMINAR</p><p>Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa</p><p>prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.</p><p>§ 1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá arguir</p><p>preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações,</p><p>especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.</p><p>MEIOS DE PROVA:</p><p>Sempre mediante autorização judicial:</p><p>a) Infiltração de agentes de Polícia</p><p>b) Não atuação policial (ação controlada)</p><p>Cuidado: A Ação controlada na Lei 12.850/13 (art. 8) será apenas e tão somente necessário</p><p>comunicar ao Juiz.</p><p>LAVAGEM DE CAPITAIS</p><p>• A atual Lei Brasileira é uma Lei de 3 geração, pois aceita qualquer infração como</p><p>antecedente para a Lavagem;</p><p>• Fases da Lavagem: Introdução, Dissimulação e Reintegração;</p><p>• Crime antecedente – deve ser crime produtor de bens ou dinheiro;</p><p>• Justa Causa Duplicada (na Inicial o MP deve traze a justa causa do crime de lavagem e e da</p><p>infração antecedente)</p><p>• Competência – definido pela competência para o crime antecedente.</p><p>• Não se aplica o Art. 366 do CPP</p><p>• O STF admite a autolavagem.</p><p>LEI DE TORTURA</p><p>Art. 1º Constitui crime de tortura:</p><p>I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe</p><p>sofrimento físico ou mental:</p><p>a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;</p><p>(prova)</p><p>b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (crime)</p><p>c) em razão de discriminação racial ou religiosa; (racismo)</p><p>II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou</p><p>grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou</p><p>medida de caráter preventivo. (Castigo)</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos.</p><p>§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de</p><p>segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei</p><p>ou não resultante de medida legal.</p><p>§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou</p><p>apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. (essa tortura não é etiquetado</p><p>como crime hediondo)</p><p>TORTURA QUALIFICADA</p><p>§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de</p><p>quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.</p><p>• Obs1.: Trata-se de crime preterdoloso (dolo na tortura e culpa na lesão ou no resultado</p><p>morte)</p><p>• Obs2.: Não confundir com Homicídio Qualificado pela Tortura</p><p>CAUSAS DE AUMENTO DE PENA</p><p>§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:</p><p>I - se o crime é cometido por agente público (art. 327 do CP)</p><p>II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente</p><p>ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)</p><p>III - se o crime é cometido mediante seqüestro.</p><p>CONSEQUÊNCIAS DA CONDENAÇÃO PELO DELITO DE TORTURA</p><p>§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para</p><p>seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. (Automático – não necessita constar</p><p>expressamente da sentença)</p><p>§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.</p><p>§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento</p><p>da pena em regime fechado.</p><p>Para o STJ (HC 123316/SE) a fixação do regime inicial fechado fere o princípio da</p><p>Individualização da pena.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm#art112</p><p>EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI DE TORTURA</p><p>Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em</p><p>território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição</p><p>brasileira.</p><p>Cuidado – Tortura por Policial é ato de improbidade administrativa.</p><p>A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de improbidade</p><p>administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. (STJ)</p><p>LEI DE TERRORISMO - LEI 13.260/2016</p><p>Art. 2o da Lei 13.260/16 - O terrorismo consiste na prática por um</p><p>ou mais indivíduos dos atos</p><p>previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia</p><p>e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado,</p><p>expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.</p><p>A doutrina apresenta quatro elementos caracterizadores:</p><p>1. Atos de Violência</p><p>2. Elemento Teleológico</p><p>3. Elemento Teatral</p><p>4. Ausência de Arrependimento ou culpa</p><p>CAUSA DE ATIPICIDADE FORMAL</p><p>§ 2o do art. 2 - O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas</p><p>em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria</p><p>profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a contestar,</p><p>criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades</p><p>constitucionais, sem prejuízo da tipificação penal contida em lei.</p><p>PUNIÇÃO DE ATOS DE TERRORISMO</p><p>Art. 5o Realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal</p><p>delito:</p><p>Pena - a correspondente ao delito consumado, diminuída de um quarto até a metade</p><p>COMPETÊNCIA DA JF E ATRIBUIÇÃO DA PF</p><p>Art. 11. Para todos os efeitos legais, considera-se que os crimes previstos nesta Lei são</p><p>praticados contra o interesse da União, cabendo à Polícia Federal a investigação criminal, em</p><p>sede de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu processamento e julgamento, nos termos</p><p>do inciso IV do art. 109 da Constituição Federal.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm</p><p>Aplicação de outras importantes legislações aos Crimes de Terrorismo</p><p>Art. 16. Aplicam-se as disposições da Lei nº 12.850, de 2 agosto de 2013, para a investigação,</p><p>processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei. (alteração introduzidas pelo art. 19 desta</p><p>lei)</p><p>Art. 17. Aplicam-se as disposições da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, aos crimes previstos</p><p>nesta Lei.</p><p>CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA</p><p>LEI 8.137/90</p><p>Princípio da Insignificância</p><p>• O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça destoavam quanto ao valor</p><p>empregado.</p><p>• STJ R$10.000,00 (dez mil reais). - Lei 10.522/023</p><p>• STF R$ 20.000,00 (vinte mil reais) - Portaria do Ministério da Fazenda de nº 75, de 22 de</p><p>março de 2012</p><p>• Hoje – STF e STF - R$ 20.000,00 (vinte mil reais)</p><p>APLICA-SE APENAS PARA IMPOSTOS FEDERAIS. Para ser aplicado a delitos praticados contra</p><p>tributos estaduais ou municipais depende de lei.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12850.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm</p><p>COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO</p><p>Vai depender do ente que instituiu o tributo.</p><p>Assim, se o tributo sonegado for da competência da União, o crime será julgado na Justiça</p><p>Federal, se estadual ou municipal a competência será da Justiça Estadual.</p><p>Qual será a Justiça competente em caso de conexão entre crimes da Justiça Federal e Estadual</p><p>(Ex.: supressão de IR e ICMS)?</p><p>Competirá a Justiça Federal processar e julgar o fato, nos exatos termos da súmula 122 do STJ:</p><p>Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de</p><p>competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código Penal.</p><p>JULGADO IMPORTANTE</p><p>O pagamento do débito tributário, a qualquer tempo, até mesmo após o advento do trânsito</p><p>em julgado da sentença penal condenatória, é causa de extinção da punibilidade do acusado.</p><p>STJ. 5ª Turma. HC 362.478-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/9/2017 (Info 611).</p><p>CRIMES TRIBUTÁRIOS MATERIAIS</p><p>Súmula Vinculante 24: Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art.</p><p>1º, incisos I a IV, da Lei 8137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.</p><p>CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO</p><p>Lei 7492, de 16 de julho de 1986 (lei do colarinho branco)</p><p>COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO</p><p>Conforme o art. 109 da CF e art. 26 da Lei 7.492/86, a competência é da Justiça Federal. Não</p><p>importando a instituição financeira lesada.</p><p>Art. 109 da Constituição Federal: Aos juízes federais compete processar e julgar:</p><p>VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o</p><p>sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;</p><p>Art. 26 da Lei 7492/86: A ação penal, nos crimes previstos nesta lei, será promovida pelo</p><p>Ministério Público Federal, perante a Justiça Federal.</p><p>O QUE FAZER SE NA PROVA VIER CRIME SENDO JULGADO NA JUSTIÇA ESTADUAL:</p><p>a) Exceção de Incompetência – do art. 95, II e 108 do CPP</p><p>• Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de:</p><p>• II - Incompetência de juízo;</p><p>• Art. 108. A exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta, verbalmente ou</p><p>por escrito, no prazo de defesa.</p><p>b) RA – art. 396 e 396-A do CPP – em preliminar alegar a incompetência</p><p>ASSISTENTES ESPECIAIS</p><p>Art. 26, Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no art. 268 do Código de Processo Penal,</p><p>aprovado pelo Decreto-lei nº 3689, de 2 de outubro de 1941, será admitida a assistência da</p><p>Comissão de Valores Mobiliários – CVM, quando o crime tiver sido praticado no âmbito da</p><p>atividade sujeita à disciplina e à fiscalização dessa Autarquia, e do Banco Central quando, fora</p><p>daquela hipótese, houver sido cometido na órbita de atividade sujeita à sua disciplina e</p><p>fiscalização.</p><p>COLABORAÇÃO PREMIADA</p><p>art. 25, § 2º Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou coautoria, o co-autor</p><p>ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda</p><p>a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº 9.080, de</p><p>19.7.1995)</p><p>PRISÃO PREVENTIVA</p><p>Art. 30. Sem prejuízo do disposto no art. 312 do Código de Processo Penal, aprovado pelo</p><p>Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, a prisão preventiva do acusado da prática de</p><p>crime previsto nesta lei poderá ser decretada em razão da magnitude da lesão causada.</p><p>ANOTAÇÕES:</p><p>ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – LEI 12.850/13</p><p>CONCEITO:</p><p>Art. 1º, § 1º. Considera-se organização criminosa a associação de:</p><p>• 4 ou mais pessoas</p><p>• Estruturalmente ordenada e</p><p>• Caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com</p><p>• Objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a</p><p>• Prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam</p><p>de caráter transnacional.</p><p>CRIME:</p><p>Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa,</p><p>ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA:</p><p>Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às</p><p>demais infrações penais praticadas.</p><p>MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA:</p><p>- Ação controlada (deve apenas ser comunicada ao Juiz).</p><p>No caso de transposição de fronteira devemos ter a colaboração do agente policial do outro</p><p>Estado.</p><p>- Infiltração de Agentes:</p><p>- Autorização Judicial</p><p>- Não podemos ter outra forma de obter a prova</p><p>- Pode ser requerida pelo MP ou por representação da Autoridade Policial</p><p>- Prazo de 6 meses – renováveis</p><p>- O agente deve guardar proporcionalidade na sua atuação (responderá pelos excessos)</p><p>- O Delegado e o MP terão acesso a dados cadastrais sem a necessidade de ordem judicial</p><p>(bancos, provedores de internet, administradoras de cartão de crédito etc)</p><p>- Escutas ambientais</p><p>- Interceptações telefônicas (Lei 9.296/96 – crime punido com reclusão, ordem judicial e não</p><p>haver outra forma de realizar a prova, prazo de 15 dias (renováveis)).</p><p>COLABORAÇÃO PREMIDA/DELAÇÃO PREMIADA</p><p>REQUISITOS:</p><p>• A delação deve ser submetida ao contraditório.</p><p>• Deve conter a confissão do acusado, pois senão constituirá</p><p>simples meio de defesa.</p><p>• Deve encontrar amparo em outros meios de prova.</p><p>• Se for extrajudicial deve ser confirmada em juízo.</p><p>PROCEDIMENTOS:</p><p>TRIFÁSICO.</p><p>• Fase de negociação e acordo;</p><p>• Fase de homologação judicial;</p><p>• Fase de sentença.</p><p>Obs1.: segundo o STF é constitucional a possibilidade de o Delegado de Polícia celebrar o acorde</p><p>de delação premiada (ADI 5508/DF)</p><p>Obs2.: No caso de o Delator envolver Autoridade com foro por prerrogativa da função, o</p><p>Tribunal competente para julgar a Autoridade deverá homologar o acordo.</p><p>CUIDADO:</p><p>O artigo 4°, parágrafo 16 dispõe que nenhuma sentença condenatória será proferida com</p><p>fundamento apenas das declarações do agente colaborador</p><p>BENEFÍCIOS PARA O DELATOR/COLABORADOR</p><p>ANTES DA CONDENAÇÃO:</p><p>• Perdão Judicial, (art. 4, § 2º)</p><p>• Reduzir a pena em 2/3 ((art. 4, § 2º)</p><p>• Substituir a PPL por PRD ((art. 4, § 2º)</p><p>• Suspensão do prazo para oferecimento da denúncia por 6 meses (prorrogáveis) – art. 4,</p><p>parágrafo § 3º)</p><p>• Deixar de oferecer a denúncia (quando: não for o líder e for o primeiro a colaborar) – art. 4,</p><p>§ 4º</p><p>APÓS A CONDENAÇÃO:</p><p>Art. 4, § 5º Se a colaboração for posterior à sentença:</p><p>• A pena poderá ser reduzida até a metade</p><p>• Será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.</p><p>ATENÇÃO:</p><p>• Nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações</p><p>de agente colaborador</p><p>• Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao</p><p>direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.</p>