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<p>[Digite aqui]</p><p>1</p><p>AP 11 – “OSSO FRACO”</p><p>IMPORTANTE COMPARAÇÃO: Além disso, a cavidade glenoidal da</p><p>escápula é rasa, enquanto as cavidades correspondentes na cintura</p><p>pélvica são profundas e apresentam um formato de cálice, o que</p><p>possibilita que a cabeça do fêmur mantenha-se firmemente acoplada</p><p>ao quadril. Portanto, mesmo que as articulações do ombro e do quadril</p><p>tenham o mesmo formato de suas superfícies articulares (esferóideas),</p><p>poucas pessoas são capazes de rodar ou balançar os membros</p><p>inferiores com o mesmo grau de liberdade dos membros superiores.</p><p>A cintura pélvica não tem a mobilidade da cintura escapular, mas é</p><p>muito mais estável. (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>Objetivos</p><p>1- Estudar a anatomofisiologia da pelve;</p><p>2- Citar as medidas preventivas para evitar</p><p>acidentes domésticos em idosos;</p><p>Cíngulo do Membro Inferior</p><p>↠ O cíngulo do membro inferior (cintura pélvica) liga os</p><p>membros inferiores à coluna vertebral e dá suporte aos</p><p>órgãos viscerais da pelve. Além disso, transmite o peso</p><p>da parte superior do corpo para os membros inferiores</p><p>(MARIEB, 7ª ed.).</p><p>↠ A cintura pélvica é presa ao esqueleto axial por alguns</p><p>dos ligamentos mais fortes do corpo (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>↠ O cíngulo do membro inferior (quadril) é formado</p><p>pelos dois ossos do quadril, também chamados de ossos</p><p>coxais (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Os ossos do quadril se unem anteriormente na</p><p>articulação chamada de sínfise púbica; unem-se</p><p>posteriormente com o sacro nas articulações sacroilíacas</p><p>(TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ O anel completo composto pelos ossos do quadril,</p><p>sínfise púbica, sacro e cóccix forma uma estrutura</p><p>profunda, em forma de bacia, chamada de pelve óssea</p><p>(TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Os ossos do quadril são largos, apresentam um</p><p>formato irregular e na infância consistem de três ossos</p><p>separados: o ílio (superior), o ísquio (posteroinferior) e o</p><p>púbis (anteroinferior) (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>Por volta dos 23 anos de idade, os três ossos separados</p><p>se fundem. Embora cada osso do quadril atue como um</p><p>osso isolado, os anatomistas comumente estudam cada</p><p>osso do quadril dividido em três partes (TORTORA, 14ª</p><p>ed.).</p><p>↠ No ponto da fusão do ílio, ísquio e púbis encontra-se</p><p>uma profunda cavidade hemisférica chamada de</p><p>acetábulo ("taça de vinho") sobre a superfície lateral da</p><p>pelve. O acetábulo recebe a cabeça do fêmur, o osso da</p><p>coxa, formando a articulação do quadril (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>ÍLIO</p><p>↠ O ílio ("flanco") é a região alargada que forma a parte</p><p>superior do osso do quadril (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>↠ O ílio, o maior dos três componentes do osso do</p><p>quadril, é composto por uma asa superior e um corpo</p><p>inferior. O corpo é um dos integrantes do acetábulo, o</p><p>encaixe para a cabeça do fêmur (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>2</p><p>Quando você coloca as mãos sobre os quadris, você as apoia sobre a</p><p>margem superior espessada das asas, as cristas ilíacas (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>Sua espinha isquiática projeta-se medialmente para a cavidade pélvica</p><p>e serve corno um ponto de fixação para o ligamento sacroespinal,</p><p>que se origina no sacro. Logo abaixo da espinha isquiática, situa-se a</p><p>incisura isquiática menor. Vários nervos e vasos sanguíneos passam</p><p>por essa incisura para suprir a área urogenital (MARIBE, 3ª ed.).</p><p>Quando sentamos, nosso peso é completamente sustentado pelos</p><p>túberes isquiáticos, que são as partes mais fortes dos ossos do quadril</p><p>(MARIEB, 3ª ed.). Uma vez que essa tuberosidade proeminente se</p><p>encontra logo abaixo da pele, é comum que comece a doer após um</p><p>tempo relativamente curto na posição sentada sobre uma superfície</p><p>dura (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>Essas linhas, conforme será mostrado brevemente, são importantes</p><p>referenciais para a distinção das porções superior (maior ou falsa) e</p><p>inferior (menor ou verdadeira) da pelve óssea (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A margem superior do ílio, a crista ilíaca, termina</p><p>anteriormente em uma espinha ilíaca anterossuperior</p><p>romba (TORTORA, 14ª ed.). Essa crista é mais espessa em</p><p>uma região chamada de tubérculo ilíaco (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>↠ Abaixo da espinha ilíaca anterossuperior encontramos</p><p>a espinha ilíaca anteroinferior. Posteriormente, a crista</p><p>ilíaca termina em uma crista ilíaca posterossuperior aguda</p><p>(TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A espinha ilíaca ântero-superior é um ponto de</p><p>referência anatômico especialmente importante. Ela é</p><p>facilmente palpável e é visível em pessoas magras. A</p><p>espinha ilíaca póstero-superior é mais difícil de palpar, mas</p><p>sua posição é evidenciada pelas covinhas na pele na</p><p>região sacral (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>IMPORTANTE: As espinhas servem de pontos de inserção</p><p>dos tendões dos músculos do tronco, quadril e coxas</p><p>(TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Abaixo da espinha ilíaca posteroinferior está a incisura</p><p>isquiática maior, pela qual passa o nervo isquiático, o nervo</p><p>mais longo do corpo, juntamente com outros nervos e</p><p>músculos (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A face medial do ílio contém a fossa ilíaca, uma</p><p>concavidade onde está fixado o tendão do músculo ilíaco.</p><p>Posteriormente a essa fossa se encontra a tuberosidade</p><p>ilíaca, um ponto de fixação para o ligamento sacroilíaco,</p><p>e a face auricular (“forma de orelha”), que se articula com</p><p>o sacro para formar a articulação sacroilíaca. Projetando-</p><p>se anterior e inferiormente a partir da face auricular, há</p><p>uma crista chamada de linha arqueada (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Os outros acidentes notáveis do ílio são três linhas em</p><p>sua face lateral chamadas de linha glútea posterior, linha</p><p>glútea anterior e linha glútea inferior. Os músculos glúteos</p><p>se fixam ao ílio entre essas linhas (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>ÍSQUIO</p><p>↠ O ísquio, a parte posteroinferior do osso do quadril</p><p>(com um formato semelhante a um L, ou a um arco),</p><p>compreende um corpo superior e um ramo inferior</p><p>(TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ O ramo é a parte do ísquio que se funde com o púbis.</p><p>Os acidentes anatômicos do ísquio englobam a</p><p>proeminente espinha isquiática, a incisura isquiática menor</p><p>abaixo da espinha e um túber isquiático rugoso e espesso</p><p>(TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Juntos, o ramo e o púbis circundam o forame</p><p>obturado, o maior forame do esqueleto. O forame é assim</p><p>chamado porque, mesmo que vasos sanguíneos e nervos</p><p>passem por ele, ele é quase que completamente fechado</p><p>pela fibrosa membrana obturadora (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>PÚBIS</p><p>↠ O púbis, que significa osso púbico, é a parte</p><p>anteroinferior do osso do quadril. Um ramo superior, um</p><p>ramo inferior e um corpo entre os ramos compõem o</p><p>púbis (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A margem anterossuperior do corpo é a crista púbica</p><p>e em sua extremidade lateral há uma projeção chamada</p><p>de tubérculo púbico (um dos locais de fização para o</p><p>ligamento inguinal). Esse tubérculo é o começo de uma</p><p>linha elevada, a linha pectínea, a qual se estende superior</p><p>e lateralmente ao longo do ramo superior para se fundir</p><p>com a linha arqueada do ílio (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A sínfise púbica é a articulação entre os dois púbis dos</p><p>ossos do quadril e consiste em um disco de</p><p>fibrocartilagem (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>3</p><p>Nos estágios finais da gravidez, o hormônio relaxina (produzido pelos</p><p>ovários e pela placenta) aumenta a flexibilidade da sínfise púbica a fim</p><p>de facilitar o parto do bebê. O enfraquecimento da articulação, junto</p><p>com o centro de gravidade já alterado decorrente do útero</p><p>aumentado, também altera a marcha da mãe durante a gravidez</p><p>(TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Inferiormente a essa articulação, os ramos inferiores</p><p>dos dois ossos púbicos convergem para formar o arco</p><p>púbico (TORTORA, 14ª ed.). O grau de abertura desse</p><p>arco ajuda a diferenciar a pelve masculina da pelve</p><p>feminina (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>↠ O acetábulo é uma fossa profunda formada</p><p>pelo ílio,</p><p>ísquio e púbis. Atua como um soquete que acolhe a</p><p>cabeça redonda do fêmur. Juntos, o acetábulo e a cabeça</p><p>do fêmur formam a articulação do quadril. Na parte</p><p>inferior do acetábulo há um entalhe profundo, a incisura</p><p>do acetábulo, que forma um forame pelo qual passam</p><p>vasos sanguíneos e nervos e que serve de ponto de</p><p>inserção de ligamentos femorais (p. ex., o ligamento da</p><p>cabeça do fêmur) (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>Pelve maior X Pelve menor</p><p>↠ A pelve óssea consiste da pelve falsa (ou maior) e da</p><p>pelve verdadeira (ou menor) separadas pela linha terminal,</p><p>uma linha oval contínua que se estende desde a crista</p><p>púbica até a linha arqueada e o promontório do sacro</p><p>(MARIEB, 3ª ed.).</p><p>↠ A pelve falsa, localizada superiormente à linha terminal,</p><p>é limitada pelas asas do ílio lateralmente e pelas vértebras</p><p>lombares posteriormente (MARIEB, 3ª ed.). Ademais, a</p><p>parede abdominal anteriormente (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A pelve falsa faz parte do abdome e ajuda na</p><p>sustentação das vísceras abdominais. Porém, isso não</p><p>determina nenhuma limitação para o parto (MARIEB, 3ª</p><p>ed.).</p><p>↠ O espaço encerrado pela pelve maior é parte do</p><p>abdome inferior; contém a parte superior da bexiga</p><p>urinária (quando cheia) e o intestino grosso nos dois</p><p>gêneros, e o útero, os ovários e as tubas uterinas na</p><p>mulher (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A pelve verdadeira, a região inferior à linha terminal, é</p><p>praticamente cercada apenas por estruturas ósseas. Ela</p><p>forma urna bacia profunda que contém os órgãos</p><p>pélvicos (MARIEB, 3ª ed.). Apresenta uma abertura</p><p>superior, uma abertura inferior e uma cavidade e é</p><p>limitada pelo sacro e cóccix posteriormente, pelas</p><p>porções inferiores do ílio e ísquio lateralmente e pelos</p><p>ossos púbicos anteriormente (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A pelve menor contém o reto e a bexiga urinária nos</p><p>dois gêneros, a vagina e o colo do útero nas mulheres e</p><p>a próstata nos homens (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A abertura superior da pelve, circundada pela linha</p><p>terminal, é a entrada da pelve menor; a abertura inferior</p><p>da pelve é a saída da pelve menor, coberta pelos</p><p>músculos do assoalho pélvico (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ O eixo pélvico é uma linha imaginária que segue a</p><p>curvatura da pelve menor a partir do ponto central do</p><p>plano da abertura superior da pelve até o ponto central</p><p>do plano da abertura inferior da pelve. Durante o</p><p>nascimento da criança, o eixo pélvico é a rota seguida</p><p>pela cabeça do bebê conforme ele vai descendo pela</p><p>pelve (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>É possível delinear a linha terminal seguindo os referenciais de partes</p><p>dos ossos do quadril para formar o traçado de um plano oblíquo.</p><p>Começando por trás no promontório da base do sacro, faça um traço</p><p>lateral e inferiormente ao longo das linhas arqueadas do ílio. Continue</p><p>no sentido inferior ao longo das linhas pectíneas do púbis. Por fim,</p><p>traceje anteriormente ao longo da crista púbica até a parte superior</p><p>da sínfise púbica. Juntos, esses pontos formam um plano oblíquo, mais</p><p>alto atrás do que na frente. A circunferência desse plano é a linha</p><p>terminal (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>4</p><p>Comparação entre as pelves feminina e masculina</p><p>↠ Em geral, os ossos masculinos são maiores e mais</p><p>pesados e possuem acidentes superficiais maiores que os</p><p>ossos femininos de idade e estrutura física comparáveis.</p><p>As diferenças relacionadas com o sexo nas características</p><p>ósseas são prontamente aparentes quando se comparam</p><p>as pelves masculinas e femininas adultas (TORTORA, 14ª</p><p>ed.).</p><p>↠ A maioria das diferenças estruturais pélvicas são</p><p>adaptações às necessidades da gravidez e do parto. A</p><p>pelve feminina é mais larga e mais rasa do que a</p><p>masculina. Consequentemente, há mais espaço na pelve</p><p>menor da mulher, sobretudo nas aberturas superior e</p><p>inferior da pelve, para acomodar a passagem da cabeça</p><p>do bebê durante o parto (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A pelve feminina é modificada para o parto: é mais</p><p>larga, mais rasa, mais fina e mais oval que a masculina</p><p>(MARIEB, 3ª ed.).</p><p>COMPARAÇÕES DAS PELVES MASCULINA E FEMININA</p><p>CARACTERÍSTICAS FEMININA MASCULINA</p><p>ESTRUTURA GERAL Leve de delgada Pesada e espessa</p><p>PELVE MAIOR</p><p>(FALSA)</p><p>Rasa Profunda</p><p>LINHA TERMINAL</p><p>(ABERTURA DA PELVE</p><p>SUPERIOR</p><p>Ampla e mais oval Estreita e em</p><p>forma de coração</p><p>ACETÁBULO Pequeno e</p><p>orientado</p><p>anteriormente</p><p>Grande e orientado</p><p>lateralmente</p><p>FORAME OBTURADO Oval Redondo</p><p>ARCO PÚBICO Mais de 90º Menos de 90º</p><p>CRISTA ILÍACA Menos encurvada Mais encurvada</p><p>ÍLIO Menos vertical Mais vertical</p><p>INCISURA</p><p>ISQUIÁTICA MAIOR</p><p>Larga Estreita</p><p>CÓCCIX Mais móvel e mais</p><p>curvado</p><p>anteriormente</p><p>Menos móvel e</p><p>menos curvado</p><p>anteriormente</p><p>SACRO Mais curto, mais</p><p>largo e menos</p><p>encurvado</p><p>anteriormente</p><p>Mais longo, mais</p><p>estreito e mais</p><p>encurvado</p><p>anteriormente</p><p>Articulação do quadril</p><p>↠ A articulação do quadril é uma articulação esferóidea</p><p>formada pela cabeça do fêmur e pelo acetábulo do osso</p><p>do quadril (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A profundidade do acetábulo é aumentada por uma</p><p>borda circular de fibrocartilagem chamada de lábio do</p><p>acetábulo. As superfícies articulares do lábio e da cabeça</p><p>do fêmur apresentam um bom encaixe, por isso</p><p>deslocamentos da articulação do quadril são raros</p><p>(MARIEB, 3ª ed.).</p><p>Suas dimensões, particularmente das aberturas superior e inferior da</p><p>pelve, são críticas para a passagem do bebê sendo cuidadosamente</p><p>medidas pelo obstetra (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>Pelvimetria é a medida do tamanho das aberturas superior e inferior</p><p>do canal do parto, que pode ser feita por ultrassonografia ou exame</p><p>físico. A medida da cavidade pélvica em mulheres grávidas é</p><p>importante porque o feto precisa passar pela abertura mais estreita</p><p>da pelve na hora de nascer. Uma cesariana é normalmente planejada</p><p>quando é determinado que a cavidade pélvica é muito pequena para</p><p>permitir a passagem do bebê (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>5</p><p>Tendões musculares que cruzam a articulação e o quadril e os</p><p>músculos da coxa que circundam a articulação contribuem para sua</p><p>estabilidade e força. Entretanto, a cavidade profunda que mantém a</p><p>cabeça do fêmur firmemente encaixada e os fortes ligamentos são</p><p>os principais estabilizadores da articulação do quadril (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>COMPONENTES ANATÔMICOS</p><p>➢ Cápsula articular: Cápsula muito densa e forte</p><p>que se estende da margem do acetábulo até o</p><p>colo do fêmur e envolve completamente a</p><p>articulação. Com seus ligamentos acessórios,</p><p>essa é uma das estruturas mais fortes do corpo.</p><p>A cápsula articular consiste em fibras</p><p>longitudinais e circulares. As fibras circulares,</p><p>chamadas de zona orbicular, formam um colar</p><p>ao redor do colo do fêmur. Ligamentos</p><p>acessórios conhecidos como ligamento</p><p>iliofemoral, ligamento pubofemoral e ligamento</p><p>isquiofemoral reforçam as fibras longitudinais da</p><p>cápsula articular (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>➢ Ligamento iliofemoral (em forma de V): Porção</p><p>espessada da cápsula articular que se estende</p><p>da espinha ilíaca anteroinferior do osso do quadril</p><p>até a linha intertrocantérica do fêmur. É</p><p>considerado o ligamento mais forte do corpo e</p><p>evita a hiperextensão do fêmur na articulação</p><p>do quadril em posição ortostática (TORTORA,</p><p>14ª ed.).</p><p>➢ Ligamento pubofemoral (triangular): Porção</p><p>espessada da cápsula articular que se estende</p><p>da parte púbica da margem do acetábulo até o</p><p>colo do fêmur. Esse ligamento evita a abdução</p><p>excessiva do fêmur na articulação do quadril e</p><p>reforça a cápsula articular (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>➢ Ligamento isquiofemora (espiralado)l: Porção</p><p>espessada da cápsula articular que se estende</p><p>da parede isquiática do acetábulo até o colo do</p><p>fêmur. Esse ligamento encontra-se frouxo</p><p>durante</p><p>a adução, tenso durante a abdução e</p><p>reforça a cápsula articular (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>➢ Ligamento da cabeça do fêmur (ligamento</p><p>redondo): Faixa plana e triangular (originalmente</p><p>uma dobra sinovial) que se estende da fossa do</p><p>acetábulo até a fóvea da cabeça do fêmur</p><p>(TORTORA, 14ª ed.). Este ligamento permanece</p><p>frouxo durante a maioria dos movimentos do</p><p>quadril; portanto, não é tão importante para a</p><p>estabilização da articulação. De fato, sua função</p><p>mecânica (se existe) é incerta, mas ele contém</p><p>uma artéria que ajuda a manter o suprimento da</p><p>cabeça do fêmur. Dano a essa artéria pode</p><p>causar uma artrite grave na articulação do</p><p>quadril (MARIEB, 3ª ed.).</p><p>➢ Lábio do acetábulo: Uma borda de</p><p>fibrocartilagem fixada à margem do acetábulo</p><p>que aumenta a sua profundidade. Por isso, a</p><p>luxação do fêmur é rara (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>➢ Ligamento transverso do acetábulo: Forte</p><p>ligamento que cruza a incisura do acetábulo.</p><p>Sustenta parte do lábio do acetábulo e está</p><p>conectado ao ligamento da cabeça do fêmur e</p><p>à cápsula articular (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>Movimentos do quadril</p><p>↠ A articulação do quadril possibilita: (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>6</p><p>➢ Flexão e extensão</p><p>➢ Abdução e adução</p><p>➢ rotação lateral e rotação medial</p><p>➢ circundução da coxa</p><p>↠ A extrema estabilidade da articulação do quadril está</p><p>relacionada com a forte cápsula articular e seus</p><p>ligamentos acessórios, com a maneira pela qual o fêmur</p><p>se encaixa no acetábulo e com os músculos ao redor da</p><p>articulação (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Embora as articulações do ombro e do quadril sejam</p><p>esferóideas, as articulações dos quadris não apresentam</p><p>arco de movimento amplo (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A flexão é limitada pela face anterior da coxa que entra</p><p>em contato com a parede abdominal anterior quando o</p><p>joelho é flexionado e pela tensão dos músculos</p><p>isquiotibiais quando o joelho está estendido (TORTORA,</p><p>14ª ed.).</p><p>↠ A extensão é restrita pela tensão dos ligamentos</p><p>iliofemoral, pubofemoral e isquiofemoral (TORTORA, 14ª</p><p>ed.).</p><p>↠ A abdução é contida pela tensão do ligamento</p><p>pubofemoral e a adução pelo contato com o membro</p><p>oposto e pela tensão do ligamento da cabeça do fêmur</p><p>(TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ A rotação medial é limitada pela tensão no ligamento</p><p>isquiofemoral e a rotação lateral pela tensão dos</p><p>ligamentos iliofemoral e pubofemoral (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>7</p><p>Densidade óssea</p><p>↠ A densidade mineral óssea (DMO) é o resultado de um</p><p>processo dinâmico de formação e reabsorção do tecido</p><p>ósseo chamado de remodelação. A reabsorção causa a</p><p>deterioração desse tecido enquanto a formação do</p><p>mesmo é responsável pela reconstrução e</p><p>fortalecimento do tecido deteriorado. Esse processo</p><p>ocorre ao longo da vida em ciclos de quatro a seis meses</p><p>de duração (CADORE et. al., 2005).</p><p>↠ Durante a infância e a adolescência, tanto a deposição</p><p>quanto a formação da massa óssea excedem a</p><p>reabsorção, implicando aumento do conteúdo mineral</p><p>ósseo (CMO) e da densidade mineral óssea (DMO) em</p><p>fases que coincidem com o crescimento</p><p>ponderoestatural acelerado. É durante as fases finais da</p><p>puberdade (11 a 14 anos para meninas e 13 a 17 para os</p><p>meninos) e início da fase adulta que se observa maior</p><p>formação da massa óssea, caracterizando o chamado</p><p>“pico de formação óssea” (ANDRADE et. al., 2010).</p><p>Metabolismo ósseo</p><p>↠ Assim como a pele, os ossos se formam antes do</p><p>nascimento, porém se renovam de maneira contínua</p><p>depois disso (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Remodelação óssea é a substituição contínua do</p><p>tecido ósseo antigo por tecido ósseo novo. Esse processo</p><p>envolve reabsorção óssea, que consiste na remoção de</p><p>minerais e fibras de colágeno do osso pelos osteoclastos,</p><p>e deposição óssea, que é a adição de minerais e fibras</p><p>de colágeno ao osso pelos osteoblastos (TORTORA, 14ª</p><p>ed.).</p><p>↠ A maior parte do cálcio do corpo – 99%, ou</p><p>aproximadamente 1,1 kg – é encontrada nos ossos.</p><p>Entretanto, esse pool é relativamente estável, por isso é</p><p>a menor fração corporal de cálcio não ósseo que é mais</p><p>crítica para o funcionamento fisiológico (SILVERTHORN,</p><p>7ª ed.).</p><p>↠ Devido ao cálcio ser tão importante para diversas</p><p>funções fisiológicas, a concentração plasmática de Ca+2 é</p><p>estreitamente regulada.</p><p>↠ Três hormônios regulam o movimento de Ca+2 entre</p><p>osso, rim e intestino: (SILVERTHORN, 7ª ed.).</p><p>➢ hormônio da paratireoide;</p><p>➢ calcitriol (vitamina D3);</p><p>➢ calcitonina.</p><p>Efeitos do envelhecimento sobre o sistema esquelético</p><p>↠ Desde o nascimento até a adolescência, mais tecido</p><p>ósseo é produzido do que perdido durante a</p><p>remodelação óssea. Em adultos jovens, as taxas de</p><p>deposição e reabsorção óssea são mais ou menos as</p><p>mesmas. Com o declínio do nível dos hormônios sexuais</p><p>na meia-idade, especialmente depois da menopausa,</p><p>ocorre diminuição da massa óssea porque a reabsorção</p><p>óssea realizada pelos osteoclastos ultrapassa a deposição</p><p>óssea feita pelos osteoblastos (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Na velhice, a perda óssea por reabsorção ocorre mais</p><p>rápido do que o ganho. Uma vez que os ossos das</p><p>mulheres geralmente são menores e menos compactos</p><p>do que os dos homens, a perda de massa óssea nos</p><p>idosos tipicamente exerce um efeito adverso maior sobre</p><p>as mulheres. Esses fatores contribuem para a incidência</p><p>mais elevada de osteoporose em mulheres (TORTORA,</p><p>14ª ed.).</p><p>↠ As modificações mais significativas ligadas à idade no</p><p>sistema esquelético afetam a qualidade e a quantidade de</p><p>matriz óssea. Lembre-se que um mineral (hidroxiapatita)</p><p>na matriz óssea oferece força de compreensão ao osso</p><p>(suporte de peso), mas as fibras de colágeno tornam esse</p><p>tecido flexível (SEELY, 10ª ed.).</p><p>↠ A matriz em um osso mais velho é mais frágil do que</p><p>a de um osso novo porque a redução da produção de</p><p>colágeno resulta em relativamente mais fibras minerais e</p><p>poucas fibras de colágeno (SEELY, 10ª ed.).</p><p>↠ A perda de massa óssea resulta da desmineralização,</p><p>que consiste na perda de cálcio e outros minerais da</p><p>matriz óssea extracelular. (TORTORA, 14ª ed.).</p><p>↠ Com o envelhecimento, a quantidade de matriz</p><p>também diminui porque sua taxa de formação pelos</p><p>osteoblastos se torna mais lenta do que a taxa de quebra</p><p>de matriz pelos osteoclastos (SEELY, 10ª ed.).</p><p>O crescimento ósseo, assim como o desenvolvimento dos tecidos</p><p>moles, requer os hormônios apropriados e quantidades adequadas de</p><p>proteínas e de cálcio. O osso contém uma matriz extracelular</p><p>calcificada formada quando os cristais de fosfato de cálcio precipitam</p><p>e se fixam a uma rede de suporte constituída de colágeno. A forma</p><p>mais comum de fosfato de cálcio é a hidroxiapatita. Embora a grande</p><p>quantidade de matriz inorgânica no osso faça algumas pessoas</p><p>pensarem nele como algo não vivo, o osso é um tecido dinâmico,</p><p>sendo constantemente formado e degradado, ou reabsorvido. Espaços</p><p>na matriz cálcio-colágeno são ocupados por células vivas que são bem</p><p>supridas de oxigênio e nutrientes pelos vasos sanguíneos que correm</p><p>ao longo de canais adjacentes (SILVERTHORN, 7ª ed.).</p><p>8</p><p>entanto, homens mais velhos também desenvolvem</p><p>osteoporose (SILVERTHORN, 7ª ed.).</p><p>A osteoporose é uma doença complexa com componentes</p><p>genéticos e ambientais. Os fatores de risco incluem tipo</p><p>corporal pequeno e magro, idade pós-menopausa, fumo e baixa</p><p>ingestão de Ca+2 na dieta (SILVERTHORN, 7ª ed.).</p><p>Os fármacos mais efetivos para a prevenção e o tratamento da</p><p>osteoporose atuam mais diretamente sobre o metabolismo ósseo. Eles</p><p>incluem bifosfonatos, que induzem a apoptose dos osteoblastos e</p><p>suprimem a reabsorção óssea, e teriparatida, um derivado do PTH</p><p>que estimula</p><p>a formação de novo osso. A teriparatida consiste nos</p><p>primeiros 34 aminoácidos dos 84 aminoácidos que formam a molécula</p><p>de PTH e precisa ser injetada, em vez de ser ingerida por via oral.</p><p>Atualmente, os estudos clínicos estão focados na investigação de se</p><p>alguma combinação de bifosfonatos e teriparatida é mais eficaz no</p><p>combate à osteoporose do que a ação individual desses fármacos</p><p>(SILVERTHORN, 7ª ed.).</p><p>Para evitar a osteoporose na idade avançada, as mulheres jovens</p><p>precisam manter uma dieta adequada em cálcio e realizar exercícios</p><p>com sustentação do peso do corpo, como corrida ou exercícios</p><p>aeróbios que aumentem a densidade óssea. A perda de massa óssea</p><p>inicia aos 30 anos, muito antes de as pessoas pensarem estar em risco,</p><p>e muitas mulheres sofrem de baixa massa óssea (osteopenia) muito</p><p>antes de estarem cientes do problema. O exame da massa óssea</p><p>(densitometria óssea) pode ajudar no diagnóstico precoce da</p><p>osteopenia (SILVERTHORN, 7ª ed.).</p><p>↠ A massa óssea está no seu máximo por volta dos 30</p><p>anos de idade, e homens geralmente possuem ossos mais</p><p>densos do que mulheres pelos efeitos da testosterona e</p><p>maior peso corpóreo. Após 35 anos de idade, tanto o</p><p>homem quanto a mulher sofrem perda óssea a uma taxa</p><p>de 0,3 a 0,5% ao ano. Essa perda pode aumentar em 10</p><p>vezes nas mulheres após a menopausa, quando elas</p><p>podem perder a massa óssea a uma taxa de 3 a 5% ao</p><p>ano por aproximadamente 5 a 7 anos (SEELY, 10ª ed.).</p><p>↠ A princípio, osso esponjoso é perdido quando as</p><p>trabéculas se tornam mais finas e fracas. A habilidade das</p><p>trabéculas de fornecer suporte também diminui assim</p><p>que elas se desconectam umas das outras. Por fim,</p><p>algumas das trabéculas desaparecem por completo. A</p><p>perda de osso trabecular é maior nas trabéculas que</p><p>estão sob menor estresse. Em outras palavras, indivíduos</p><p>mais sedentários experimentam maior perda óssea</p><p>(SEELY, 10ª ed.).</p><p>↠ Uma perda lenta de osso compacto começa por volta</p><p>de 40 anos e aumenta após os 45 anos. Entretanto, a</p><p>taxa de perda de osso compacto é aproximadamente</p><p>metade daquela vista no trabecular (SEELY, 10ª ed.).</p><p>↠ Ossos se tornam mais finos, mas suas dimensões</p><p>externas são pouco alteradas, porque a maior parte do</p><p>osso compacto é perdida abaixo do endósteo nas</p><p>superfícies internas. Além disso, o osso compacto</p><p>remanescente enfraquece devido ao remodelamento</p><p>ósseo incompleto. Em um osso jovem, quando os ósteons</p><p>são removidos, os espaços resultantes são preenchidos</p><p>com ósteons novos. Com o envelhecimento, os ósteons</p><p>novos não conseguem completar os espaços produzidos</p><p>quando os ósteons velhos são removidos (SEELY, 10ª ed.).</p><p>↠ O processo de transição demográfica iniciou-se nos</p><p>países desenvolvidos e já alcança os países em</p><p>desenvolvimento. Este processo é causado pelo declínio</p><p>da taxa de mortalidade e fecundidade, resultando no</p><p>envelhecimento da população (RODRIGUES et. al, 2016).</p><p>↠ A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o idoso</p><p>regularmente por meio da idade cronológica a partir de</p><p>60 anos em países em desenvolvimento e em países</p><p>desenvolvidos a partir de 65 anos (GARCIA et. al., 2020).</p><p>↠ Quedas em idosos são consideradas um problema de</p><p>saúde pública, devido ao seu alto índice que vem</p><p>aumentando a cada ano (PAIVA et. al., 2019).</p><p>↠ Definimos queda como um acontecimento não</p><p>ocasional, onde o indivíduo muda sua posição inicial</p><p>bruscamente para o mesmo nível ou para um nível mais</p><p>baixo (PAIVA et. al., 2019).</p><p>↠ A incidência de quedas é alta em idosos. Este evento</p><p>pode ocasionar graves consequências, como: a</p><p>diminuição da autonomia e capacidade funcional, o</p><p>isolamento social e até mesmo provocar a morte. As</p><p>quedas podem ser ocasionadas por vários fatores, como:</p><p>Medidas preventivas para evitar acidentes domésticos em</p><p>idosos</p><p>OSTEOPOROSE</p><p>A manutenção da DMO é muito importante para a prevenção</p><p>da osteoporose, caracterizada por uma diminuição acentuada</p><p>da DMO, no qual a matriz e os minerais ósseos são perdidos</p><p>devido ao excesso de reabsorção óssea em relação à</p><p>formação. Esse processo é normalmente associado ao avanço</p><p>da idade e à ocorrência da menopausa e leva a uma maior</p><p>incidência de fraturas. Embora a perda óssea seja mais intensa</p><p>nas mulheres, os homens também apresentam uma diminuição</p><p>devido a idade avançada (CADORE et. al., 2005).</p><p>A maior parte da reabsorção óssea ocorre no osso trabecular</p><p>esponjoso, particularmente nas vértebras, nos quadris e nos</p><p>punhos (SILVERTHORN, 7ª ed.).</p><p>A osteoporose é mais comum em mulheres após a</p><p>menopausa, quando a concentração de estrogênio cai. No</p><p>9</p><p>psicológicos, fisiológicos ou ambientais, que na maioria das</p><p>vezes se encontram associados (RODRIGUES et. al, 2016).</p><p>↠ A prevenção de quedas e suas consequências é um</p><p>urgente desafio de saúde pública internacional. Várias</p><p>intervenções têm sido descritas: abordagem multifatorial</p><p>dos fatores de risco identificados, programas de exercício</p><p>físico, revisão terapêutica, correção de deficiências visuais,</p><p>tratamento da hipotensão postural, abordagem de</p><p>alterações do ritmo e de frequência cardíaca, tratamento</p><p>de afecções do pé, modificação de fatores de risco</p><p>ambientais do domicílio e a educação do indivíduo</p><p>(BENTO; SOUSA, 2017).</p><p>ADAPTAÇÕES INFRAESTRUTURAIS</p><p>↠ Segundo (BAIXINHO; DIXIE, 2020) algumas adaptações</p><p>podem ser utilizadas para minimizar o risco de queda em</p><p>idosos:</p><p>➢ Adaptar o espaço do quarto do idoso de modo</p><p>a facilitar a sua mobilidade;</p><p>➢ Remover obstáculos que dificultem a marcha no</p><p>quarto;</p><p>➢ Reajustar a altura da cama durante a noite, para</p><p>que esta fique mais baixa;</p><p>➢ Manter a cadeira travada sempre que parada;</p><p>➢ Verificar se o piso da casa não está molhado;</p><p>➢ Manter as barras laterais de apoio no banheiro</p><p>na posição de utilização;</p><p>➢ Assegurar que as zonas de circulação estejam</p><p>bem iluminadas;</p><p>➢ Selecionar os sapatos adequados para o idoso</p><p>(sola antiderrapante);</p><p>➢ Colocar grades na cama dos idosos;</p><p>ATIVIDADE FÍSICA</p><p>↠ A prática de atividade física regular pode minimizar o</p><p>risco de queda, favorecendo a melhora da saúde do idoso,</p><p>sendo uma medida importante na prevenção de queda e</p><p>oferecendo ao idoso mais confiança para realizar suas</p><p>atividades diárias (PAIVA et. al., 2019).</p><p>↠ A atividade física poderia contribuir em todos os</p><p>processos: desde o retardo de algumas alterações</p><p>fisiológicas – contribuindo para a manutenção da força,</p><p>melhora da flexibilidade e do equilíbrio - até mesmo para</p><p>evitar o surgimento do medo de cair, pois os indivíduos</p><p>reconhecerão a própria independência e as suas</p><p>limitações (RODRIGUES et. al, 2016).</p><p>↠ Mostrou que o treinamento de seis meses de</p><p>exercício direcionados para a prevenção de quedas</p><p>resultou na melhora do equilíbrio e da marcha, através do</p><p>aumento do comprimento das passadas e da diminuição</p><p>do tempo de execução do Time up and Go Test (TUGT)</p><p>(RODRIGUES et. al, 2016).</p><p>↠ Uma atividade realizada por muitos idosos é a dança</p><p>de salão, que o ajuda não somente na manutenção do</p><p>corpo, como também da alma. A dança de salão pode</p><p>ser caracterizada como uma expressão corporal em que</p><p>vivenciamos emoções, alegria e liberdade (PAIVA et. al.,</p><p>2019).</p><p>↠ A dança promove benefícios como o equilíbrio, a</p><p>flexibilidade, a coordenação motora e a consciência</p><p>corporal, promovendo a elevação da qualidade de vida. A</p><p>dança como atividade física tem fundamental importância</p><p>no processo de envelhecimento, buscando recuperar as</p><p>capacidades funcionais e, consequentemente,</p><p>aumentando a qualidade de vida (PAIVA et. al., 2019).</p><p>↠ A análise deste estudo evidenciou que houve</p><p>diferença significativa entre</p><p>os dois grupos estudados, já</p><p>que os praticantes de dança tiveram maior equilíbrio e,</p><p>consequentemente, menor risco de quedas (PAIVA et. al.,</p><p>2019).</p><p>O principal fator psicológico relacionado às quedas é o próprio medo</p><p>de cair. Estudos mostram que indivíduos que sofrem uma queda</p><p>desenvolvem um medo de cair, que pode levar a comportamentos</p><p>cautelosos auxiliares na prevenção de quedas ou reduzir a confiança,</p><p>o que pode causar um maior risco de quedas (RODRIGUES et. al, 2016).</p><p>Dentre os fatores fisiológicos, podemos citar àqueles que são inerentes</p><p>ao processo de envelhecimento, como: a hipotrofia, sarcopenia,</p><p>diminuição da mobilidade articular, mudanças no equilíbrio, diminuição</p><p>da acuidade visual, entre outros (RODRIGUES et. al, 2016).</p><p>Juntamente com o processo fisiológico, estão os fatores ambientais. A</p><p>estrutura das cidades em geral não está muito bem preparada para</p><p>receber os idosos, ao passo que existem muitas calçadas desniveladas,</p><p>ruas esburacadas, degraus muito altos para entrada nos ônibus,</p><p>semáforos com tempo de travessia muito curto, etc (RODRIGUES et.</p><p>al, 2016).</p><p>Além disso, a residência dos idosos muitas das vezes não está adaptada</p><p>às suas necessidades, por exemplo: presença de tapetes, pisos</p><p>escorregadios, degraus, ausência de bancos ou barras de apoio no</p><p>banheiro, ausência de corrimão nas escadas, entre outros (RODRIGUES</p><p>et. al, 2016).</p><p>10</p><p>Referências</p><p>TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível</p><p>em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016.</p><p>SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia Humana. Disponível em:</p><p>Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo A, 2017.</p><p>MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia, 3ª ed.,</p><p>Porto Alegra: Artmed, 2008.</p><p>REGAN, J.; RUSSO, A.; VVANPUTTE, C. Anatomia e</p><p>Fisiologia de Seely, 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.</p><p>MARIEB, E.; WILHELM, P.; MALLATT, J. Anatomia</p><p>humana, 7ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil,</p><p>2014.</p><p>ANDRADE et. al. Densidade mineral óssea e composição</p><p>corporal em adolescentes com déficit de crescimento.</p><p>Eistein, 2010.</p><p>CADORE et. al. Efeitos da atividade física na densidade</p><p>mineral óssea e na remodelação do tecido ósseo. Revista</p><p>brasileira de medicina e esporte, 2005.</p><p>RODRIGUES et. al. Prevenção de quedas no idoso: revisão</p><p>da literatura brasileira. Revista Brasileira de Prescrição e</p><p>Fisiologia do Exercício, 2016</p><p>GARCIA et. al. Educação em saúde na prevenção de</p><p>quedas em idosos. Brazilian Journal of Development, 2020.</p><p>PAIVA et. al. Dança de salão na prevenção de quedas em</p><p>idosos: estudo caso controle. Revista Cuidarte, 2019.</p><p>BAIXINHO, C. L.; DIXE, M. A. Quais as práticas dos</p><p>cuidadores para prevenir as quedas nos idosos</p><p>institucionalizados? Revista Brasileira de Enfermagem,</p><p>2020.</p><p>BENTO, J. R.; SOUSA, N. D Exercício físico na prevenção</p><p>de quedas do idoso da comunidade: revisão baseada em</p><p>evidência. Revista Brasileira de Família e Comunidade, 2017.</p>