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<p>UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA</p><p>LAURA DAMAZIO MARTINHO</p><p>REMOÇÃO SELETIVA DE TECIDO CARIADO EM DENTES PERMANENTES:</p><p>UMA REVISÃO DE LITERATURA</p><p>Tubarão</p><p>2021</p><p>LAURA DAMAZIO MARTINHO</p><p>REMOÇÃO SELETIVA DE TECIDO CARIADO EM DENTES PERMANENTES:</p><p>UMA REVISÃO DE LITERATURA</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso apresentado</p><p>ao Curso de Odontologia da Universidade do</p><p>Sul de Santa Catarina como requisito parcial à</p><p>obtenção do título de bacharel em</p><p>Odontologia.</p><p>Orientadora: Profa. Graciela Talhetti Brum, Me.</p><p>Tubarão</p><p>2021</p><p>LAURA DAMAZIO MARTINHO</p><p>REMOÇÃO SELETIVA DE TECIDO CARIADO EM DENTES PERMANENTES:</p><p>UMA REVISÃO</p><p>Este Trabalho de Conclusão de Curso foi</p><p>julgado adequado à obtenção do título de</p><p>Cirurgiã-Dentista e aprovado em sua forma</p><p>final pelo Curso de Odontologia da</p><p>Universidade do Sul de Santa Catarina.</p><p>Tubarão, 22 de junho de 2021.</p><p>______________________________________________________</p><p>Profa. e orientadora Graciela Talhetti Brum, Me.</p><p>Universidade do Sul de Santa Catarina</p><p>______________________________________________________</p><p>Profa. Sandra Teixeira Bittencourt, Me.</p><p>Universidade do Sul de Santa Catarina</p><p>______________________________________________________</p><p>Prof. Wladimir Vinicius Pimenta, Me.</p><p>Universidade do Sul de Santa Catarina</p><p>Aos meus pais, por todos os seus esforços e</p><p>dedicação para que eu pudesse concluir essa</p><p>etapa da minha vida, minha eterna gratidão.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Agradeço a Deus, por me permitir chegar até aqui e me dar forças nos momentos mais</p><p>difíceis durante esse ciclo.</p><p>Aos meus pais, Terezinha Damázio e Arilton Oliveira Martinho, que nunca mediram</p><p>esforços para que eu realizasse meu sonho, sempre me apoiando e me incentivando até</p><p>mesmo quando eu achei que não conseguiria.</p><p>A minha madrinha, Arilda Martinho Domingos (in memorian), que sempre me apoiou,</p><p>falando sempre com muito orgulho de mim e que, infelizmente, pelos planos da vida, não está</p><p>presente fisicamente para comemorar essa etapa comigo. Mas, sei que de, onde estiver,</p><p>continua torcendo por mim.</p><p>Ao meu irmão, Celso Guimarães Filho, que sempre pude recorrer nos momentos que</p><p>precisei.</p><p>A minha dupla, Fernanda Motta de Sousa, por todo incentivo, momentos de alegria e</p><p>de tristeza compartilhados ao longo desse ciclo e que além de dupla, se tornou uma amiga.</p><p>A minha orientadora, Profa. Graciela Talhetti Brum, que desde o inicio aceitou meu</p><p>convite, e sempre se dispôs a me ajudar.</p><p>A todos os professores, que durante esse tempo compartilharam seus conhecimentos e</p><p>aprendizados.</p><p>A minha família e amigos, que sempre se fizeram presente durante essa etapa, seja</p><p>com uma palavra amiga, acolhimento, incentivo, prontos para me ouvirem.</p><p>Aos meus pacientes por contribuírem com o meu desenvolvimento, crescimento e</p><p>aprendizagem.</p><p>Aos colaboradores da UNISUL, sempre dispostos a nos ajudarem, desde a recepção</p><p>até mesmo com a resolução de qualquer situação.</p><p>"Não é o que você faz, mas quanto amor você dedica no que faz que realmente importa."</p><p>(Madre Teresa de Calcutá)</p><p>RESUMO</p><p>A cárie, além de causar impacto na saúde dos indivíduos acometidos, é uma das patologias</p><p>bucais mais comuns que ocorre nos adultos e, nas últimas décadas, com bastante frequência</p><p>nas crianças mundialmente. Ela é definida como resultante do desequilíbrio entre os processos</p><p>de desmineralização e remineralização. Ao chegar à nível de dentina, ela divide-se em duas</p><p>camadas. A camada mais superficial é denominada de dentina infectada e apresenta-se com</p><p>consistência amolecida, coloração amarelada, sem possibilidade de remineralização. Enquanto</p><p>a camada mais interna recebe o nome de dentina afetada, com características distintas,</p><p>apresentando dureza, coloração escurecida e capaz de se remineralizar. O principal tratamento</p><p>recomendado para a cárie é a remoção total do tecido cariado. Entretanto, a remoção total do</p><p>tecido cariado pode resultar em exposição pulpar, comprometendo a vitalidade da polpa. No</p><p>meio da Odontologia conservadora, vem sendo discutida a técnica da remoção seletiva do</p><p>tecido cariado. Baseado num método conservador, a técnica sugere a remoção apenas da</p><p>dentina infectada. É possível realizar em qualquer lesão cariosa ativa, sendo indicada</p><p>principalmente em amplas cavidades com risco de exposição pulpar. Atualmente, estudos</p><p>sobre a eficácia da técnica estão sendo realizados.</p><p>Palavras-chave: Cárie. Tecido cariado. Dentina. Remoção seletiva.</p><p>ABSTRACT</p><p>The caries, besides causing impact in the health of the affected individual, is one of the more</p><p>commom oral pathologies that occur in adults and in the last decades, with much frequency in</p><p>child worldwide. Caries is seen as a result of the imbalance between the process of</p><p>demineralization and remineralization. When caries reaches the dentine level, a two-layer</p><p>division occurs. The most superficial layer is denominated infected dentine and presents itself</p><p>with softened consistency, yellowish coloration, without possibility of remineralization.</p><p>While the innermost layer has the name of affected dentine, with distinct features, showing</p><p>hardness, dark color and able to remineralize. The main treatment recomended to caries was</p><p>the completely removal of the carious tissue. However, the complete removal of the carious</p><p>tissue can result in pulp exposure, compromising the vitality of the pulp. In the midst of</p><p>conservative dentistry has been discussed the selective removal of the carious tissue of the</p><p>carious tissue technique. Based in a conservative method, the technique suggests removing</p><p>only the infected dentine. It is possible to perform in any active carious lesion, being indicated</p><p>mainly in wide cavities with risk of pulp exposition. Currently, studies on the effectiveness of</p><p>the technique are being carried out.</p><p>Keywords: Caries. Carious Tissue. Dentine. Selective Removal.</p><p>LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS</p><p>CIV – Cimento de ionômero de vidro</p><p>EG – Escavação gradual</p><p>MTA – Agregado de trióxido mineral</p><p>RSTC – Remoção seletiva de tecido cariado</p><p>RTTC – Remoção total de tecido cariado</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 10</p><p>2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 11</p><p>2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 11</p><p>2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 11</p><p>3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 12</p><p>4 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 13</p><p>4.1 CÁRIE DENTÁRIA ........................................................................................................ 13</p><p>4.2 DENTINA ........................................................................................................................ 13</p><p>4.3 DENTINA INFECTADA E DENTINA AFETADA ...................................................... 15</p><p>4.4 REMOÇÃO SELETIVA DO TECIDO CARIADO ........................................................ 16</p><p>4.4.1 Estudos da técnica .......................................................................................................</p><p>16</p><p>5 DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 20</p><p>6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 22</p><p>REFERÊNCIAS......................................................................................................................23</p><p>10</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A cárie caracteriza-se por uma doença multifatorial, ligada a alguns fatores do</p><p>hospedeiro com relação à dieta e higiene bucal. Pode-se notar que a presença de tipos</p><p>específicos de microrganismos e suas atividades bioquímicas na superfície dental tornam-se</p><p>suscetíveis para o seu desenvolvimento (FEJERSKOV, 1997; LIMA, 2007; NEWBRUM,</p><p>1988).</p><p>Segundo Fejerskov e Kidd (2005), atualmente a cárie é considerada como proveniente</p><p>do desequilíbrio dos processos de desmineralização e remineralização. Durante algum tempo</p><p>o tratamento recomendado para a cárie era a remoção completa da dentina infectada e</p><p>desmineralizada, conhecida como remoção total do tecido cariado (RTTC), com a intenção de</p><p>reduzir possíveis atividades cariogênicas e promover uma base mais mineralizada da dentina</p><p>para confecção da restauração (THOMPSON et al., 2008).</p><p>Contudo, a RTTC pode acabar resultando na exposição pulpar, pois exige um</p><p>tratamento mais invasivo e manipulação direta do tecido. Entretanto, nos dias de hoje, a</p><p>remoção parcial do tecido cariado tendo como objetivo manter integridade da polpa tem sido</p><p>uma escolha no tratamento das lesões cariosas agudas e profundas (FITZGERALD; HEYS,</p><p>1991).</p><p>Na remoção seletiva de tecido cariado (RSTC) sugere-se que uma parte da dentina</p><p>desmineralizada (afetada) seja preservada na parede pulpar da cavidade, seguida da aplicação</p><p>de um material biocompatível para selamento definitivo, dificultando a proliferação de micro-</p><p>organismos que possam estimular o progresso da doença (GRUYTHUYSEN; VAN STRIJP;</p><p>WU, 2010).</p><p>11</p><p>2 OBJETIVOS</p><p>2.1 OBJETIVO GERAL</p><p>Aprofundar o conhecimento sobre a técnica de RSTC.</p><p>2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS</p><p>a) Avaliar, através da revisão de literatura, a eficácia da RSTC;</p><p>b) Diferenciar dentina afetada e infectada;</p><p>c) Analisar o aspecto da dentina que deve ser removida e que deve ser preservada</p><p>nessa técnica.</p><p>12</p><p>3 METODOLOGIA</p><p>Este trabalho caracteriza-se por uma revisão de literatura, de abordagem qualitativa.</p><p>Possui finalidade avaliar a técnica de RSTC em dentes permanentes, baseado em descrições</p><p>de vários autores, por meio de artigos científicos pesquisados do período de 1960 até 2021,</p><p>encontrados a partir das bases de dados Google Acadêmico, SciELO e PubMed, Foram</p><p>utilizados artigos na língua portuguesa e inglesa. As palavras-chaves utilizadas foram:</p><p>―Cárie‖, ―Tecido cariado‖, ―Dentina‖, ―Remoção seletiva‖.</p><p>Os artigos selecionados têm como o objetivo elucidar maiores conhecimentos sobre</p><p>essa técnica e serão incluídos artigos que mostram revisão de literatura sobre o tema.</p><p>13</p><p>4 REVISÃO DE LITERATURA</p><p>4.1 CÁRIE DENTÁRIA</p><p>Definida como uma doença açúcar biofilme dependente, a cárie está entre as</p><p>patologias mais frequentes, responsável por afetar as pessoas durante toda a vida.</p><p>(SHEIHAM, 2015).</p><p>Localizada nos tecidos rígidos dos dentes, a cárie dental é uma doença decorrente do</p><p>acúmulo bacteriano, produzindo biofilme e metabolismo na superfície dental. Definida pela</p><p>desmineralização da camada inorgânica (esmalte) e pela deterioração dos componentes</p><p>orgânicos (dentina). É uma atividade intermitente capaz de evoluir pelas sucedidas fases entre</p><p>remissão e reincidência, que pode gerar total destruição do dente, se não for tratado</p><p>(THYLSTRUP, 1990, 1998).</p><p>Junto a isso, o ideal é determinar a doença cárie e a lesão cariosa. O processo carioso</p><p>recebe o nome de cárie dentária, já a lesão cariosa caracteriza-se pela consequência e a</p><p>manifestação dessa doença, que ocorre através de sinais e sintomas (EKSTRAND et al., 2018;</p><p>GIACAMAN et al., 2018; INNES et al., 2016).</p><p>Essa patologia gera impacto na saúde dos indivíduos afetados, sendo que se trata de</p><p>uma das alterações bucais que ocorre comumente entre adultos e nas últimas décadas, com</p><p>mais frequência nas crianças de todos os lugares do mundo (CHEN et al., 2019; DHAMO et</p><p>al., 2018).</p><p>Quando a lesão cariosa é identificada rapidamente, é possível designar estratégias para</p><p>controlar e evitar a sucessão da doença para níveis mais avançados. Sendo assim, diferentes</p><p>métodos de tratamento podem ser realizados, desde meios não-invasivos ou microinvasivo,</p><p>sendo estes definidos como os que evitam desgastes irreparáveis ou retardam a necessidade de</p><p>interferências mais invasivas, até os tratamentos minimamente invasivos, classificados como</p><p>os que removem uma mínima quantidade do tecido dentário (BELTRÁN et al., 2019;</p><p>FRENCKEN; INNES; SCHWENDICKE, 2016a; LEAL; HILGERT; DUARTE, 2020).</p><p>4.2 DENTINA</p><p>A composição da dentina madura compreende cerca de 65% de material inorgânico</p><p>em peso, quase totalmente em cristais de hidroxiapatita. Aproximadamente 20% de colágeno,</p><p>em média 2% de citratos, sulfato de condroitina, proteínas não colágenas, lactatos e lipídios, e</p><p>14</p><p>13% de água. Em relação ao volume, a dentina possui 45% de matéria inorgânica, 33% de</p><p>matéria orgânica e 22% de água (TROWBRIDGE; KIM, 1994).</p><p>A dentina mineralizada consiste em duas matrizes: intertubular e peritubular. A</p><p>peritubular possui tecido mineralizado, denso, que contorna os túbulos dentinários. A maior</p><p>parte da composição é de cristais de apatita carbonatada e uma pequena porção de colágeno.</p><p>A conexão entre a dentina intertubular e a peritubular representa uma continuidade estrutural,</p><p>já que a dentina peritubular é consideravelmente mais mineralizada do que a dentina</p><p>intertubular, no entanto os cristais são organizados de modo similar a dentina intertubular e o</p><p>osso (WEINER et al., 1999).</p><p>Além disso, a dentina é classificada como um tecido conjuntivo mineralizado, formada</p><p>por células localizadas na polpa dentária, que é um tecido conjuntivo frouxo. Por serem</p><p>embriológicas, estruturais e funcionalmente apresentarem o mesmo tecido, a polpa e a dentina</p><p>em conjunto são consideradas como complexo dentinopulpar (TEN CATE, 2001).</p><p>Do mesmo modo que o esmalte, as lesões cariosas em dentina podem ser ativas e</p><p>paralisarem tornando-se inativas. De acordo com a sua atividade, as lesões atribuem</p><p>características específicas. As lesões ativas possuem coloração castanho claro na porção</p><p>superficial da dentina, e as inativas, coloração bem pigmentada. Com relação a consistência,</p><p>as lesões ativas são amolecidas, com aspecto de queijo, e a dor se apresenta com estímulo</p><p>térmico ou da sonda, ao açúcar e bebidas quentes e frias, já nas inativas, a consistência é</p><p>rígida, semelhante ao couro, ou esclerosada, sem sinal de dor (MILLER; MASSLER, 1962).</p><p>A dentina é caracterizada por uma matriz orgânica com calcificação, organizada,</p><p>composta por cristais de hidroxiapatita e por uma rede colágena e proteica produzida e</p><p>excretada por odontoblastos da polpa, possui alta capacidade de responder diante de estímulos</p><p>externos. Diante da invasão de bactérias cariogênicas à dentina, os tecidos dentinho-pulpares</p><p>realizam grande resistência à progressão da lesão cariosa. As moléculas responsáveis por</p><p>sinalizar e os fatores de crescimento que são lançados durante a desmineralização da dentina,</p><p>ocasionam regularidade nas atividades dos odontoblastos e agem como células sensoriais.</p><p>Depois do estimulo carioso, os odontoblastos apresentam uma resposta inflamatória através</p><p>da geração de quimiocinas e produzem dentina terciária protetora, atubular, não permitindo a</p><p>passagem de bactérias pelos túbulos dentinários, defendendo a polpa dentária da invasão</p><p>(CONRADS et al., 2018).</p><p>15</p><p>No diagnóstico e remoção da cárie, são utilizados exame clínico</p><p>visual e tátil,</p><p>seguindo os critérios de coloração e dureza apresentados pela dentina. Entretanto, mesmo</p><p>executando fielmente esses exames, não é garantia da eliminação total dos microrganismos da</p><p>dentina remanescente (WHITEHEAD; MACGREGOR; MARSLAND, 1960).</p><p>4.3 DENTINA INFECTADA E DENTINA AFETADA</p><p>A dificuldade na distinção das camadas progredidas pela cárie na dentina contribuiu</p><p>para a subdivisão da dentina em infectada e afetada. Desse modo, para diferenciar as camadas,</p><p>são usados como parâmetro a coloração e a dureza (FUSAYAMA, 1979).</p><p>Histologicamente, a cárie dentinária pode se apresentar de duas formas: dentina</p><p>infectada, que compreende a camada mais superficial, e a dentina afetada, camada mais</p><p>profunda. A camada superficial possui alta descalcificação e degeneração das fibras</p><p>colágenas. Acontece uma descalcificação intermediária na camada mais profunda, as fibras</p><p>colágenas apresentam-se reversivelmente alteradas e os odontoblastos encontram-se em</p><p>processo ativo de recalcificação (BANERJEE; WATSON; KIDD, 2000; FUSAYAMA,</p><p>1979).</p><p>A dentina infectada, que constitui a camada mais externa, é caracterizada por intensa</p><p>desmineralização, consistência mole, coloração amarelada, irregular, com fibrilas</p><p>desnaturadas, e considerada incapaz de se remineralizar fisiologicamente. Pode ser removida</p><p>com facilidade com o uso de curetas no preparo cavitário. Equivalente a zona de</p><p>desmineralização superficial (CORRALO; MALTZ, 2013; FEJERSKOV; NYVAD; KIDD,</p><p>2015; FUSAYAMA, 1979).</p><p>Em contrapartida, a dentina afetada é identificada por apresentar dureza, resistência ao</p><p>corte, com coloração escurecida e capaz de remineralizar-se. Ligada a essas características, a</p><p>dentina afetada possui uma menor quantidade de micro-organismos quando comparada a</p><p>dentina infectada (FEJERSKOV; NYVAD; KIDD, 2015; FUSAYAMA, 1979).</p><p>Quando a dentina apresenta lesão de cárie ativa, duas camadas podem ser analisadas,</p><p>com distintas características morfológicas, bioquímicas, bacteriológicas e fisiológicas. A parte</p><p>mais externa (dentina infectada) apresenta alta atividade bacteriana, matéria necrótica,</p><p>irreversivelmente desnaturada, não é passível de remineralização e é necessária sua remoção</p><p>durante o tratamento restaurador. A outra camada, compreendida pela parte mais interna</p><p>(dentina afetada), tende a ser reversivelmente desnaturada, passível de remineralização, com</p><p>reduzida atividade cariogênica e baixa presença bacteriana, devendo ser preservada, além</p><p>16</p><p>disso, nessa camada a desorganização da dentina ocorre como consequência da ação dos</p><p>ácidos encontrados na dentina infectada (ARAÚJO et al., 2010).</p><p>4.4 REMOÇÃO SELETIVA DO TECIDO CARIADO</p><p>A técnica tradicional para as lesões cariosas, caracterizada pela remoção total de toda a</p><p>dentina comprometida, preconizando eliminar toda atividade cariogênica e como base o</p><p>tecido sadio e rígido para a restauração, por muito tempo foi predominantemente escolhida</p><p>(RIBEIRO, 2016).</p><p>Entretanto, a RTTC, principalmente em cavidades profundas, pode ocasionar a</p><p>exposição pulpar, levando a necessidade de tratamentos invasivos, comprometendo a</p><p>vitalidade da polpa (THOMPSON et al., 2008; RICKETTS et al., 2006).</p><p>No meio da Odontologia conservadora, a RSTC vem sendo discutida por vários</p><p>profissionais. Visto que se trata de uma técnica baseada na remoção completa da dentina</p><p>infectada e na remoção parcial da dentina afetada, com possibilidade de remineralização</p><p>(SCHWENDICKE, 2016b). Por ser um método conservador, é possível realizar em qualquer</p><p>lesão cariosa ativa, com cavidade, tendo sua indicação principalmente em casos de lesões com</p><p>ampla profundidade que atingem a dentina, levando em consideração que a RTTC poderia</p><p>resultar na exposição pulpar (SCHWENDICKE, 2016a).</p><p>Além de amenizar possíveis complicações pós-operatórias provenientes da RTTC, a</p><p>técnica de RSTC possui grandes chances de reduzir o risco de uma exposição pulpar. No</p><p>entanto, as chances do sucesso clínico ainda são discutidas quando comparada a RTTC (ALI</p><p>et al., 2020).</p><p>4.4.1 Estudos da técnica</p><p>Em um estudo realizado por Jardim, Simonetti e Maltz (2015), comparando a eficácia</p><p>da RSTC ao tratamento expectante, o passo a passo dessa técnica consistiu em: anestesia local</p><p>e isolamento absoluto, abertura da cavidade para acesso à lesão com pontas diamantadas,</p><p>RTTC das paredes circundantes com cureta de dentina ou brocas de baixa rotação,</p><p>cautelosamente foi feito a RSTC em dentina infectada localizada na parede pulpar, seguido de</p><p>higienização da cavidade utilizando água destilada, e secagem com filtro de papel estéril.</p><p>Após, o elemento foi restaurado imediatamente com cimento de ionômero de vidro (CIV) e</p><p>amálgama ou resina composta. Para este estudo, foram escolhidos pacientes que</p><p>correspondiam os seguintes critérios: lesão de cárie profunda em molares permanentes,</p><p>17</p><p>vitalidade pulpar, resposta negativa à percussão, ausência de dor espontânea e sem evidencias</p><p>de lesão periapical no exame radiográfico. A distribuição dos pacientes para a formação dos</p><p>grupos teste ou de controle aconteceu de forma aleatória. No grupo de controle foi realizado o</p><p>tratamento expectante, já no grupo teste, foi realizada a RSTC e a restauração imediata em</p><p>única sessão. O procedimento do tratamento expectante consistiu em capeamento pulpar</p><p>indireto com cimento de hidróxido de cálcio (Dycal, calafetar / Dentsply, Rio de Janeiro, RJ,</p><p>Brasil) e restauração provisória com cimento de óxido de zinco e eugenol modificado (IRM,</p><p>calafetar / Dentsply, Rio de Janeiro, RJ, Brasil), cerca de 90 dias após, o restante do tecido</p><p>mole cariado foi removido e então restaurado com CIV (Vitro Fil, DFL, Rio de Janeiro, RJ,</p><p>Brasil), seguido de amálgama (SDI, Bayswater WA, Austrália) ou resina composta</p><p>(TetricEvoCeram, Ivoclar / Vivadent, Liechtenstein). Nos pacientes do grupo teste, após a</p><p>RSTC, foi feita a restauração imediata com CIV combinado a amálgama ou resina composta.</p><p>Para a escolha do material restaurador, os grupos foram divididos novamente entre amálgama</p><p>e resina composta. Para estabelecer o sucesso do tratamento, foram novamente avaliados os</p><p>mesmos critérios de escolha dos pacientes. Em 6 anos de acompanhamento, foram avaliados</p><p>127 dentes. Na RSTC foram avaliados 64 dentes, destes, 46 apresentaram sucesso e 18</p><p>insucessos. Já no TE, dos 63 dentes avaliados, 34 demonstraram sucesso e 29 insucessos.</p><p>Totalizando 60% de sucesso para o grupo da RSTC e 32% de sucesso para o grupo do TE.</p><p>Seguindo os mesmos critérios de escolha, passo a passo e os requisitos para análise de</p><p>sucesso da técnica do estudo anterior por Jardim, Simonetti e Maltz (2015), foi realizado um</p><p>estudo por Maltz et al. (2013) para comparar a RSTC com restauração em uma única sessão e</p><p>a escavação gradual (EG). Depois de 18 meses, foram realizados exames radiográficos e</p><p>clínicos. O estudo iniciou com 299 tratamentos, sendo 146 com a técnica da RSTC e 153 da</p><p>EG. Em relação as restaurações realizadas, 122 foram restaurados com amálgama enquanto</p><p>168 receberam restaurações com resina composta. Após 18 meses, 212 avaliações foram</p><p>realizadas, indicando taxa de sucesso de 99% para RSTC e 86% para EG. Os insucessos</p><p>foram causados por 1 pulpite em RSTC enquanto que na EG houveram 8 pulpites, 4 necroses,</p><p>1 osteíte e 1 tratamento endodôntico.</p><p>Outro estudo, ainda seguindo os mesmos critérios de escolha, passo a passo e</p><p>requisitos para a avaliação de sucesso da execução da técnica, também comparou a RSTC</p><p>com EG. O estudo foi também realizado por Maltz et al. (2012). Foram realizados 299</p><p>tratamentos, 147 para EG e 152 para RSTC. No total, 213 dentes, 112 que foram submetidos à</p><p>18</p><p>RSTC e 101 que foram submetidos à EG foram acompanhados durante 3 anos. Ao final, as</p><p>taxas de sucesso para RSTC foi de 91% enquanto que na EG foi de 69%. As causas apontadas</p><p>como falha incluíram pulpite (n=11), necrose (n=5), exposição pulpar e tratamento</p><p>endodôntico (n=2), osteíte (n=1), exodontia (n=1) e fratura dentária (n=1).</p><p>Khokhar e Tewari (2018) compararam a RSTC com a RTTC. No grupo da remoção</p><p>parcial, foi deixada uma camada de dentina cariada na parede pulpar, já no grupo que recebeu</p><p>a remoção completa, foi empregado um corante detector de cárie para a RTTC. Os dentes</p><p>receberam CIV e restauração com resina composta (Tetric N-Ceram; Ivoclar Vivadent). Para</p><p>essa análise foram tratados 136 dentes, 67 receberam a técnica da RSTC, enquanto 69</p><p>receberam a RTTC. Destes 136 dentes, ocorreu exposição pulpar total em 13 dentes</p><p>pertencentes do grupo que recebeu a RTTC. A porcentagem do sucesso clínico e radiográfico</p><p>após a exclusão desses dentes foi de 98,21% para o grupo da RTTC e 92,53% para o grupo da</p><p>remoção seletiva. Para a avaliação, dois examinadores avaliaram os resultados clínicos e</p><p>radiográficos dos tratamentos, com cerca de 1, 3, 6, 12 e 18 meses após a realização dos</p><p>tratamentos. Para definir o sucesso, deveriam apresentar resposta positiva ao teste de</p><p>vitalidade pulpar, ausência de sinais e sintomas de pulpite irreversível (dor espontânea, edema</p><p>e fístula) e ausência de alterações periapicais.</p><p>Ali et al. (2020) executaram um estudo clínico randomizado, comparando a técnica de</p><p>remoção seletiva sendo protocolo autolimitante, com a RTTC como protocolo de controle.</p><p>Esse estudo envolveu uma remoção quimiomecânica seletiva do tecido cariado utilizando gel</p><p>Carisolv. Os pacientes apresentavam sintomas de pulpite reversível e foram separados em 2</p><p>grupos: um seguindo o protocolo de controle, utilizando motor e brocas rotativas, e o outro</p><p>seguindo o protocolo experimental, com o uso do gel Carisolv e instrumentos de mão</p><p>combinados com um microscópio operacional. Em ambos os protocolos, para obter acesso à</p><p>junção esmalte-dentina, foi utilizado peça de mão de turbina de ar de alta velocidade (W&H</p><p>Dentalwerk GmbH) com brocas de carboneto e diamante, e spray de água. Para a remoção da</p><p>dentina infectada, no grupo do protocolo de controle foram usadas brocas de aço carbono</p><p>(Ash Instruments, Dentsply, Gloucester, Reino Unido) na peça de mão micromotora (W&H</p><p>Dentalwerk Bürmoos GmbH) em baixa velocidade. No grupo do protocolo experimental, a</p><p>remoção da dentina infectada ocorreu utilizando o gel Carisolv combinado a um microscópio</p><p>operacional e instrumentos manuais. Após a remoção da dentina infectada em ambos os</p><p>grupos, foi aplicada uma camada de 2mm de agregado de trióxido mineral (MTA) na parede</p><p>19</p><p>pulpar e condensado. Após 5 minutos, foi aplicada uma camada de CIV (Fuji IX; GC</p><p>Corporation). Logo após, foi realizada a aplicação de ácido fosfórico 37% durante 15</p><p>segundos, seguida de enxágue com água e aplicação de adesivo universal (Scotchbond</p><p>Universal; 3M Oral Care) antes da restauração de resina composta (N'Durance; Septodonte).</p><p>Tendo como objetivo principal, a avaliação dos resultados clínicos de 2 anos de</p><p>acompanhamento de dentes que apresentavam profunda lesão cariosa. O protocolo limitante</p><p>baseou-se no uso de um microscópio operatório (G6; Global Surgical Operation) combinado</p><p>com o gel Carisolv (Rubicon Lifesciences), e o protocolo de controle na RTTC com o uso de</p><p>brocas carbide em baixa rotação. O estudo iniciou com 101 dentes apresentando lesões</p><p>cariosas profundas, de 86 pacientes, a escolha do protocolo autolimitante ou de controle foi de</p><p>forma aleatória. Para avaliação foram realizados exame clínico padronizado e radiografias</p><p>periapicais dos dentes tratados. O total de falhas foram 24, sendo 16 dentes após 1 ano de</p><p>acompanhamento, e 8 dentes após 2 anos de acompanhamento. No decorrer do</p><p>acompanhamento, houve desistências, representando 38 restaurações das 101 lesões iniciais.</p><p>Fizeram parte do grupo de controle 33 dentes, destes 16 apresentaram sucesso, representando</p><p>48,4%. Já no grupo experimental, foram tradados 30 dentes, sendo 23 os que tiveram sucesso,</p><p>com percentual de 76,6%. Ao todo, o sucesso final, dos 63 tratados, totalizou 39 dentes,</p><p>61,9%. A taxa de sobrevivência pulpar foi maior no grupo que recebeu a remoção químico-</p><p>mecânica.</p><p>20</p><p>5 DISCUSSÃO</p><p>Em relação à cárie, Fejerskov (1997), Lima (2007) e Newbrum (1988) afirmam ser</p><p>uma patologia capaz de se originar pela atividade microbiana. Já Thylstrup (1990, 1998) além</p><p>de concordar, acrescenta que essa atividade é intermitente e quando não tratada pode evoluir,</p><p>gerando destruição total do dente.</p><p>Fejerskov e Kidd (2005) dizem que a cárie é considerada como proveniente do</p><p>desequilíbrio dos processos de desmineralização e remineralização. Thylstrup (1990, 1998)</p><p>confirma quando diz que a cárie é definida pela desmineralização da camada inorgânica</p><p>(esmalte) e pela deterioração dos componentes orgânicos (dentina).</p><p>Segundo Conrads et al. (2018), a dentina é composta por cristais de hidroxiapatita e</p><p>uma rede colágena e proteica. Trowbridge e Kim (1994) apontam que a composição da</p><p>dentina madura abrange em torno de 65% do material inorgânico, quase completamente em</p><p>cristais de hidroxiapatita.</p><p>Corralo e Maltz (2013), Fejerskov, Nyvad e Kidd (2015) e Fusayama (1979) indicam</p><p>que a camada mais externa da dentina, chamada de dentina infectada, apresenta intensa</p><p>desmineralização, consistência mole, tom amarelado, fibrilas desnaturadas sem capacidade de</p><p>remineralização, enquanto a dentina afeta apresenta-se de forma oposta, sendo dura, resistente</p><p>ao corte, de cor escurecida e possível de remineralização. Essas características entram em</p><p>concordância com Araújo et al. (2010), que apontam que, quando há lesão de cárie ativa, as</p><p>duas camadas de dentina, tem estruturas distintas. Além dessas características citadas, Araújo</p><p>et al., (2010) ainda relatam que a dentina infectada possui atividade bacteriana intensa</p><p>enquanto a dentina afetada além de haver atividade cariogênica reduzida, possui baixa</p><p>presença bacteriana.</p><p>No que tange à técnica da RTTC, os autores Thompson et al., (2008), Ricketts et al.,</p><p>(2006), Fitzgerald e Heys (1991), concordam entre si defendendo que a execução desse</p><p>tratamento pode ter como consequência uma exposição pulpar. Seguindo esse raciocínio, Ali</p><p>et al. (2020) propõem a prática da técnica da RSTC principalmente em lesões cariosas</p><p>profundas a nível de dentina, preconizando a redução do risco de exposição pulpar.</p><p>Schwendicke (2016b) aponta que a técnica da RSTC está em discussão entre os</p><p>profissionais. Por ser um método que se baseia na remoção completa da dentina infectada e na</p><p>remoção parcial da dentina afetada, deixando chances de remineralização, está ligado a</p><p>21</p><p>odontologia conservadora. Fitzgerald e Heys (1991) compactuam, defendendo que a RSTC,</p><p>com o objetivo de manter a integridade pulpar, é uma escolha no tratamento de lesões cariosas</p><p>amplas, pois na descrição da técnica, Gruythuysen, Van Strijp e Wu (2010) sugeriram que</p><p>uma parte da dentina afetada seja mantida na parede pulpar da cavidade, seguida da aplicação</p><p>de um material biocompatível para selamento definitivo, dificultando a atividade de micro-</p><p>organismos que possam permitir o progresso da doença.</p><p>22</p><p>6 CONCLUSÃO</p><p>Baseado nos estudos com seus respectivos resultados apresentados, a RSTC apresenta</p><p>alto índice de sucesso, principalmente quando executada em lesões cariosas com ampla</p><p>profundidade, visto que, quando comparada com a técnica de RTTC, e exposição pulpar</p><p>torna-se muito mais suscetível, podendo ocasionar ao paciente a realização de tratamentos</p><p>mais invasivos, comprometendo até mesmo a vitalidade da polpa.</p><p>A dentina cariada apresenta-se em duas camadas: dentina infectada e dentina afetada.</p><p>Sendo a dentina infectada a camada mais superficial, amolecida, amarelada, com intensa</p><p>desmineralização e sem capacidade de se remineralizar, essa camada é a que deve ser</p><p>removida. E a dentina afetada, que se encontra mais dura, resistente ao corte, com cor mais</p><p>escurecida e de passível de remineralização, deve ser mantida</p><p>na parede pulpar da cavidade.</p><p>Pela técnica da RSTC preconizar a remoção da dentina infectada e o mantimento da</p><p>dentina afetada, saber designar uma da outra é de suma importância para a execução correta</p><p>da técnica.</p><p>23</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALI, Ahmed et al. Self-Limiting versus Rotary Subjective Carious Tissue Removal: A</p><p>Randomized Controlled Clinical Trial—2-Year Results. Journal of Clinical Medicine,</p><p>Basel, v. 9, n. 9, p. 2738, ago. 2020.</p><p>ARAÚJO, Natália Costa et al. Considerações sobre a remoção parcial do tecido cariado. IJD.</p><p>International Journal of Dentistry, Recife, v. 9, n. 4, p. 202-209, out./dez. 2010.</p><p>BANERJEE, Avijit; WATSON, Timothy.; KIDD, Edwina. 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