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<p>CAPÍTULO 6: FORMAÇÃO E TIPOS DE NUVENS</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O vapor d’água atmosférico pode passar para a fase líquida pelo processo de</p><p>condensação, ou diretamente a fase sólida, pelo processo de sublimação coma liberação de</p><p>calor latente. Esses processos dão origem às nuvens, aos Nevoeiros, aos Nevoeiros, ao</p><p>orvalho e a geada. O vapor d’água que se condensa nas nuvens pode dar origem à</p><p>precipitação, indo restabelecer os mananciais de água da superfície terrestre.</p><p>O QUE É UMA NUVEM?</p><p>Nuvem é um conjunto visível de partículas minúsculas de água líquida ou de gelo, ou de</p><p>ambas ao mesmo tempo, em suspensão na atmosfera. Este conjunto pode também conter</p><p>partículas de água líquida ou de gelo em maiores dimensões, e partículas procedentes, por</p><p>exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeira.</p><p>Para haver a formação de nuvens, precisa haver condensação, no entanto precisa haver</p><p>condensação precisa-se de:</p><p> quantidade de vapor d’água suficiente</p><p> núcleos de condensação</p><p>NÚCLEOS DE CONDENSAÇÃO</p><p>São partículas em torno das quais o vapor d’água se condensa, e a partir daí, o vapor</p><p>continua a condensar-se em torno da gotícula inicial. São constituídos de substâncias</p><p>higroscópicas, como por exemplo, o cloreto de sódio proveniente do mar, que tem uma grande</p><p>afinidade com o vapor d’água. Além do cloreto de sódio, os produtos oriundos de combustão,</p><p>também são núcleos ativos.</p><p>Sem a presença desses núcleos não há formação de gotículas, a não ser que a atmosfera</p><p>esteja supersaturada (105% de UR), o que raramente acontece. A atmosfera dificilmente está</p><p>isenta de impurezas, ou seja, os núcleos de condensação estão sempre presentes.</p><p>Dimensão dos núcleos de condensação</p><p>O diâmetro de um núcleo de condensação ativo é da ordem de 1 μm.</p><p>A gotícula resultante demorará em torno de um segundo para alcançar 10 μm; alguns</p><p>minutos para chegar a 100 μm; três horas para atingir o diâmetro de 1000 μm(1mm) e,</p><p>aproximadamente, um dia para chegar a 3000 μm(3mm).</p><p>Fortes chuvas são observadas uma ou duas horas após a formação das nuvens, é</p><p>evidente que o processo de condensação é muito lento para explicar a formação de tais</p><p>chuvas, ainda que seja suficiente para produzir fracas neblinas. Torna-se evidente, assim, que</p><p>deve haver outro processo que explique a união de gotículas que constituem as nuvens, na</p><p>formação das gotas de chuva. Tal processo compreende a colisão e a coalescência das</p><p>gotículas, podendo ou não envolver cristais de gelo.</p><p>PROCESSO DE COLISÃO-COALESCÊNCIA</p><p>Este processo consiste no seguinte: as gotículas de diferentes diâmetros se movem no</p><p>interior da nuvem com diferentes velocidades, o que possibilita que umas colidam com outras,</p><p>produzindo assim gotículas cada vez maiores.</p><p>É importante ressaltar que o processo de colisão não apresenta uma eficiência de 100%,</p><p>ou seja, a colisão de duas gotículas nem sempre resulta na sua coalescência (fusão). Como as</p><p>gotículas maiores assim formadas terão maiores velocidades, colisões adicionais ocorrerão, e</p><p>num processo cada vez mais acelerado. Desse modo, uma gotícula poderá crescer até atingir o</p><p>tamanho de uma gota de chuva.</p><p>Em média necessita-se de cerca de um milhão de gotículas para que se tenha uma única</p><p>gota de chuva. Quando a água aparece apenas na fase líquida no processo de formação da</p><p>precipitação a chuva é denominada CHUVA QUENTE. Se cristais de gelo estão envolvidos no</p><p>processo de formação da precipitação, a chuva é denominada CHUVA FRIA.</p><p>FATORES DE</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS</p><p>GÊNEROS</p><p>Existem 10 gêneros de nuvens: CIRRUS, CIRROCUMULUS, CIRROSTRATUS,</p><p>ALTOCUMULUS, ALTOSTRATUS, NIMBOSTRATOS, SATRATOCUMULUS, STRATUS,</p><p>CUMULUS E CUMULONIMBUS.</p><p>ESPÉCIES</p><p>Uma nuvem observada, pertencente a um determinado gênero, só pode ser classificada</p><p>em uma única espécie, o que significa que as espécies se excluem mutuamente. Ao contrário,</p><p>há espécies que podem pertencer a vários gêneros.</p><p>Por exemplo, se nuvens Cirrocumulus, Altocumulus e Stratocumulus apresentam</p><p>perfil em forma de lente, esses três gêneros citados têm uma espécie que lhes é comum,</p><p>denominadas “lenticulares”.</p><p>VARIEDADES</p><p>São determinadas pelas características particulares que as nuvens apresentam. Tais</p><p>características referem-se à disposição dos elementos das nuvens (em forma de ondas, por</p><p>exemplo), ao maior ou menos grau de transparência. Além dos critérios acima definidos,</p><p>algumas podem apresentar particulares suplementares, como mamas, rastos de precipitação,</p><p>farrapos etc. Parte de uma nuvem pode desenvolver-se e dar origem a outra nuvem de gênero</p><p>diferente da nuvem-mãe. Além das nuvens citadas, existem ainda alguns tipos especiais:</p><p>• nuvens orográficas;</p><p>• nuvens noturnas luminosas;</p><p>• nuvens de incêndio;</p><p>• nuvens de erupções vulcânicas.</p><p>LOCALIZAÇÃO DAS NUVENS</p><p>As observações mostram que as nuvens estão geralmente situadas a alturas</p><p>compreendidas entre o nível do mar e 18km nas regiões tropicais, 13km nas altitudes médias e</p><p>8km nas regiões polares.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A ALTURA</p><p>• CAMADA SUPERIOR (nuvens altas): Cirrus, Cirrocumulus e Cirrostratus.</p><p>• CAMADA MÉDIA (nuvens médias): Altocumulus.</p><p>• CAMADA INFERIOR (nuvens baixas): Stratocumulus e Stratus.</p><p>CIRRUS</p><p>CIRROCUMULUS</p><p>CIRROSTRATUS</p><p>ALTOCUMULUS</p><p>ALTOSTRATUS</p><p>NIMBOSTRATUS</p><p>STRATOCUMULUS</p><p>STRATUS</p><p>CUMULUS</p><p>Fotos de nuvens retiradas da internet de autores não identificados.</p><p>CAPÍTULO 7: CIRCULAÇÃO GERAL, MASSAS DE AR E SISTEMAS FRONTAIS</p><p>Introdução</p><p>A circulação geral de larga escala do ar na troposfera é originada por o aquecimento</p><p>desigual da superfície do solo. As diferenças de temperatura dos pólos e do equador, da terra e</p><p>do mar vão originar movimentos do ar que são muito importantes no tempo meteorológico. À</p><p>latitude 35º graus norte e sul, a superfície da terra recebe maior radiação do aquela que perde.</p><p>Já nos pólos a quantidade de radiação absorvida é menor do que aquela que se perde. Se o</p><p>calor, não fosse transportado do equador para os pólos o equador tornava-se cada vez mais</p><p>quente. Se o frio não fosse transportado dos pólos para o equador, os pólos tornavam-se mais</p><p>frios. A atmosfera é um grande agente de transporte de calor e a seguir estáo o oceano que</p><p>transporta grande parte do calor terrestre.</p><p>Um dos primeiros artigos publicados sobre circulação geral da atmosfera, foi proposto</p><p>por Hadley em 1735, onde ele constatou que por causa do diferencial aquecimento nos pólos e</p><p>na região equatorial, duas células de circulação formavam-se. O ar se elevava no equador e</p><p>dirigia-se para os dois pólos, como mostra a figura abaixo:</p><p>Figura 1: Sistema de circulação proposto por Hadley em 1735.(Hadley)</p><p>Se a circulação fosse verdadeiramente desta forma os ventos em superfície seriam de</p><p>leste para oeste e em altos níveis, de oeste para leste, logo a Terra seria “freada” por seu</p><p>próprios movimentos. Com isso, constatou-se que esta circulação não era válida.</p><p>Em 1856, Hadley então propôs um novo modelo que evidencia três células de</p><p>circulação denominadas:</p><p>Célula de Hadley, que é um modelo de circulação fechada da atmosfera terrestre</p><p>predominante nas latitudes equatoriais e tropicais. Esta circulação está intimamente</p><p>relacionada aos ventos alísios, às zonas tropicais úmidas, desertos subtropicais e jet streams.</p><p>A circulação de Hadley se origina pelo transporte de calor desde as zonas equatoriais até às</p><p>latitudes médias, onde a quantidade de radiação solar incidente é normalmente muito menor.</p><p>As células de Hadley estendem-se desde o Equador até latitudes de aproximadamente 30º, em</p><p>ambos os hemisférios. Este calor é transportado em um movimento celular, com o ar</p><p>ascendendo por convecção nas regiões equatorias e deslocando-se até as latitudes superiores,</p><p>pelas camadas atmosféricas mais altas. A subida do ar quente no Equador está acompanhada</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Latitude</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Al%C3%ADsio</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Jet_stream</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Calor</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_solar</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Equador_%28Geografia%29</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Convec%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera#Camadas_e_.C3.A1reas_de_descontinuidade</p><p>pela formação frequente de tempestades convectivas na chamada Zona de Convergência</p><p>Intertropical.</p><p>Célula de Ferrel, que estão situadas em médias latitudes. Circulam em direção oposta á</p><p>Célula de Hadley. Nessas médias latitudes, as células de circulação meridional média, ocorre o</p><p>ramo ascendente com ar frio e ocorre o ramo descendente com ar quente. Essas células são,</p><p>assim, termodinâmicamentes indiretas, visto que elas transportam energia de uma área fria</p><p>para uma quente. A circulação meridional média é um componente pequeno do escoamento</p><p>total em médias latitudes e as células de Ferrel são um subproduto do transporte muito forte na</p><p>direção dos pólos, de energia por circulação dos vórtices. Os vórtices são os desvios no tempo</p><p>ou da média zonal, e são a componebte chave da circulação geral da atmosfera.</p><p>Célula Polar que é pouco conhecida. Acredita-se que a subsidência nas proximidades</p><p>dos pólos produz uma corrente superficial em direção ao equador, que é desviada, formando</p><p>os ventos polares de leste, em ambos os hemisférios. O encontro dos ventos polares (frios) que</p><p>se movem para o equador com a corrente de oeste de latitudes médias (quentes) região de</p><p>descontinuidade: frente polar.</p><p>Figura 2: Sistema de três células proposto por Hadley, 1856.</p><p>Embora tenha-se utilizado essas definições por muito tempo, e em alguns livros, até hoje</p><p>se utiliza, estudos recentes (Marshall, 2008) mostram que existem na atmosfera apenas duas</p><p>circulações. Uma na região equatorial, denominada célula de Hadley, com as mesmas</p><p>características apresentadas pelo Hadley e a outra chamada de Instabilidade baroclínica,</p><p>conforme a figura abaixo:</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Chuva#Tipos_de_Chuvas</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/ITCZ</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/ITCZ</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/ITCZ</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_de_Hadley</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte</p><p>Instabilidade Baroclínica</p><p>Devido ao aquecimento diferenciado entre o equador e o Pólo, estabelece-se na região</p><p>subtropical um gradiente meridional de temperatura que aumenta continuamente, pois a célula</p><p>de Ferrel, hipoteticamente, se aquece mais rapidamente do que a célula polar. Este gradiente</p><p>de temperatura não pode aumentar indefinidamente. Assim, quando ele chega a um valor</p><p>crítico surgem advecções de ar frio em direção ao equador e ar quente em direção aos Pólos,</p><p>afim de compensar este gradiente de temperatura.</p><p>Estas advecções perturbam a corrente de jato dos níveis superiores, ondulando-o. Por outro</p><p>lado as advecções são influenciadas pelo jato, adquirindo sua curvatura de tal forma que ao</p><p>passar pela região do jato as advecções tomam um “empurrãozinho”, ou seja, tem sua</p><p>intensidade aumentada pela energia potencial “ que roubam” do estado básico (jato). O</p><p>processo através do qual as perturbações crescem exponencialmente usando para isso a</p><p>energia potencial do estado básico é chamada de instabilidade baroclínica.</p><p>Ventos em superfície</p><p>ZCIT: Região de maior precipitação</p><p>devido ao encontro dos alísios</p><p>Região de</p><p>convergência</p><p>zona subtropical</p><p>de alta pressão</p><p>zona subtropical</p><p>de alta pressão</p><p>Alta subtropical: origem dos alísios e ventos de oeste</p><p>regiões de subsidência e vento divergente</p><p>zona da frente polar</p><p>zona da frente polar</p><p>baixa subpolar: zona de convergência</p><p>formada pelo encontro de ventos de</p><p>leste polares e ventos de oeste de</p><p>latitudes médias</p><p>Pressão e circulação</p><p>em superfície</p><p>JaneiroALTAS SUBTROPICAIS</p><p>variações sazonais de pressão</p><p>MASSAS DE AR</p><p>Massa de ar é uma parcela extensa e espessa da atmosfera, com milhares de</p><p>quilômetros quadrados de extensão, que apresenta características próprias de pressão,</p><p>temperatura e umidade, determinadas pela região na qual se originam. Devido às diferenças de</p><p>pressão, as massas de ar que compõem a atmosfera, estão em constante movimento. Os</p><p>deslocamentos dessas massas ocorrem de uma área de alta pressão (Baixa temperatura e alta</p><p>densidade) para uma área de baixa pressão (Temperatura alta e densidade baixa), por causa</p><p>da diferença de temperatura atmosférica, que produz uma diferença de densidade resultando</p><p>em uma diferença de pressão. Uma massa de ar pode ser entendida como uma grande porção</p><p>da atmosfera que se desloca sobre a superfície terrestre carregando parte das características</p><p>da região onde se originara como a temperatura e a umidade. Existem grandes extensões da</p><p>superfície terrestre que têm características semelhantes, como, por exemplo, as regiões</p><p>polares, desérticas, as vastidões marítimas quentes ou frias, etc. Desde que o ar permaneça</p><p>estacionário durante muito tempo sobre essas superfícies, ocorre à formação de massas de ar</p><p>influenciadas pelas características da superfície contato. Por exemplo, as massas de ar</p><p>oceânicas são úmidas e as continentais geralmente são secas. Podemos concluir então que as</p><p>diferenças nas incidências dos raios solares na superfície da Terra são responsáveis pela</p><p>formação das massas de ar.</p><p>Os movimentos do ar (massas de ar e ventos) resultam da distribuição desigual da</p><p>energia solar nas zonas de baixas, médias e altas latitudes. A diferença de temperatura do ar</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Umidade</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_solar</p><p>atmosférico exerce uma função muito importante na formação de áreas de baixa e alta pressão</p><p>atmosférica e, conseqüentemente, no movimento das massas de ar e dos ventos, pois, como já</p><p>foi exposto, os deslocamentos do ar acontecem de uma área de alta pressão para uma de</p><p>baixa pressão. O ar aquecido nas zonas de baixas latitudes próximas ao equador se expande,</p><p>torna-se leve e sobe (ascende), criando uma área de baixa pressão ou ciclonal. O ar mais frio e</p><p>denso das áreas de médias e altas latitudes desce, fazendo surgir uma área de alta pressão.</p><p>Uma vez que as massas apresentam certa tendência para igualar essas pressões, estabelece-</p><p>se, assim, uma dinâmica atmosférica, ou seja, uma circulação geral de ar quente entre os</p><p>trópicos e os pólos, passando pelas zonas de médias latitudes. As áreas frias ou de alta</p><p>pressão, como as polares, e as subtropicais ou de latitudes médias são dispersoras de massas</p><p>de ar e ventos, e recebem o nome de áreas anticiclonais; as quentes ou de baixa pressão</p><p>atmosférica (de baixa latitude), como as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos</p><p>e são chamadas de áreas ciclonais.</p><p>As massas de ar são o veículo da transferência de calor na atmosfera através do globo.</p><p>Quando uma massa de ar se desloca, a sua parte dianteira passa a ser conhecida por frente. A</p><p>massa de ar em deslocamento vai-se modificando, porque encontra condições de superfície</p><p>diferentes, e o seu movimento provoca variações de pressão. As massas de ar acabam por</p><p>chocar umas com as outras, normalmente nas latitudes médias, produzindo a maioria dos</p><p>fenômenos meteorológicos mais interessantes. O ar de um lado da frente sopra tipicamente</p><p>numa direção diferente do outro lado o que faz com que o ar convirja (embata um no outro) ou</p><p>se empilhe na zona da superfície frontal. Como o ar tem que ir para algum lado, acaba por</p><p>subir e o vapor de água condensa. Se há suficiente umidade (quantidade de vapor</p><p>de água) no</p><p>ar, há uma probabilidade aumentada de que as gotas aumentem em tamanho acabando depois</p><p>por cair para terra, sob a forma de precipitação.</p><p>Massas de ar no Brasil</p><p>Há varias massas de ar quentes e frias predominantes no Brasil.Os nomes das massas</p><p>de ar representam o lugar em que elas se formam e a partir daí, é possível inferir algumas das</p><p>características das mesmas (quente ou fria, seca ou úmida, etc).</p><p>Massa Equatorial Continental: forma-se basicamente sobre a região Amazônica, área</p><p>dominada por baixas pressões. Nela predomina os movimentos convectivos, intesificados pela</p><p>convergência dos ventos alísios de nordeste e de sudeste. Sua atuação estende-se bastante</p><p>ao sul no verão, retraindo-se ao máximo no inverno.</p><p>Massa Equatorial Marítima: ocorre sobre os oceanos Atlântico e Pacífico, resultante da</p><p>convergência dos alísios (ZCIT). Como tal, desloca-se latitudinalmente ao longo do ano,</p><p>atingindo latitudes de até 8°S no verão; no inverno retorna ao Hemisfério Norte, atuando,</p><p>inclusive, sobre o extremo norte do continente sul-americano.</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Vento</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rea</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ar</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3lo</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Latitude</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Frentes_%28meteorologia%29</p><p>Massa Tropical Continental: está associada a baixa pressão predominante sobre a</p><p>região do Chaco, em consequência do grande aquecimento da superfície, especialmente no</p><p>verão. Este superaquecimento continental dá origem a uma massa de ar quente e seca,</p><p>instável, apresentando intensa atividade convectiva, que se estende até 3000m. Apesar disso,</p><p>as precipitações associadas são fracas, predominando céu pouco nublado, o que favorece</p><p>ainda mais o aquecimento diurno e o resfriamento noturno.</p><p>Massa Tropical Marítima: forma-se sobre os oceanos Atlântico e Pacífico, associada</p><p>aos anticiclones do Atlântico Sul e do Pacífico Sul. Os anticiclones, à superfície, induzem a</p><p>subsidência do ar superior, como descrito anteriormente. Esse ar subsidente, quente e seco,</p><p>sobrepondo-se ao ar úmido e menos aquecido que repousa sobre a superfície oceânica, dá</p><p>origem a uma camada de inversão situada entre 500 e 1500m de altitude. Assim essa massa</p><p>de ar é formada por duas camadas: uma inferior, fria e úmida e outra superior, quente e seca. A</p><p>umidade que se acumula na parte inferior da massa de ar dá origem a formação de nuvens do</p><p>tipo cumulus de pequena extensão vertical, por isso provocam poucas chuvas, geralmente no</p><p>litoral ou associadas à orografia, quando a massa desloca-se sobre o continente. No inverno,</p><p>com o deslocamento do anticiclone do Atlântico Sul para o continente, a mT passa a ser uma</p><p>massa puramente subsidente continental, cS, incapaz de provocar sequer a formação de</p><p>nuvens, predominando céu claro e ausência de chuvas, o que irá caracterizar a estação seca.</p><p>A massa Tropical Marítima do Pacífico exerce importante papel no tempo e no clima do</p><p>Brasil, na estação do verão, por meio de um mecanismo que a associa com a Tropical</p><p>Continental. Nessa estação a mT do Pacífico transborda sobre a Cordilheira dos Andes, indo</p><p>alimentar a depressão do Chaco sob a forma de brisa de montanha. Excetuando esse</p><p>fenômeno, a Cordilheira dos Andes atua como um divisor entre as massas continentais a leste</p><p>e as massas marítimas a oeste.</p><p>Massa Polar Marítima: acha-se associada aos anticiclones migratórios que se localizam na</p><p>região sub-antártica. Em virtude dos mecanismos de subsidência associados, a mP é</p><p>originalmente muito estável, mas, à medida que se desloca para o norte ou para o nordeste, a</p><p>inversão desaparece e a massa passa a ser instável. Embora existam em todas as estações,</p><p>são mais intensas no inverno e por isso desempenham maior destaque sobre o continente</p><p>nessa estações, são mais intensas no inverno e por isso desempenham maior destaque sobre</p><p>o continente nessa estação, quando suas incursões atingem as baixas latitudes.</p><p>Massa Antártica Continental: origina-se na mesma região durante todo o ano, isto é, sobre</p><p>o continente Antártico e áreas adjascentes permanentemente cobertas de gelo.</p><p>Figura 3: Trajetória das massas de ar no Brasil.</p><p>Sistemas frontais</p><p>No seu movimento, as massas de ar de diferentes características de temperatura,</p><p>pressão e umidade, encontram-se, dando origem ao chamado sistema frontal, que é composto,</p><p>de um modo geral, por uma frente fria, o motor do sistema, e uma frente quente que a</p><p>antecede. As frentes oclusas surgem quando a frente fria, movendo-se mais depressa,</p><p>ultrapassa a frente quente e ambas se encontram à superfície, na fase final do sistema. No</p><p>Hemisfério Norte, os ventos que precedem as frentes são predominantemente de Sudoeste. Os</p><p>ventos que ocorrem com a passagem das frentes frias são mais intensos e mais frios e são, no</p><p>Hemisfério Norte, predominantemente de Noroeste. No Hemisfério Sul as direções dos ventos</p><p>pré-frontais e pós-frontais são as inversas.</p><p>FRENTE FRIA: é a borda dianteira de uma massa de ar frio, em movimento ou</p><p>estacionária. Em geral a massa de ar frio apresenta-se na atmosfera como um domo de ar frio</p><p>sobre a superfície. O ar frio, relativamente denso, introduz-se sob o ar mais quente e menos</p><p>denso, provocando uma queda rápida de temperatura junto ao solo, seguindo-se tempestades</p><p>e também trovoadas. A chuva pára abruptamente após a passagem da frente. As frentes frias</p><p>chegam a deslocar-se a 64 Km/h. Uma frente fria é uma zona de transição onde uma massa de</p><p>ar frio (polar, movendo-se para o equador) está a substituir uma massa de ar mais quente e</p><p>úmido (tropical, movendo-se para o pólo).</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_frontal</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_fria</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_quente</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ar</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Tempestade</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Trovoada</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Chuva</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro_por_hora</p><p>Figura 4: Esquema de formação do sistema frontal frio.</p><p>As frentes frias deslocam-se dos pólos para o equador. Predominante de Noroeste, no</p><p>Hemisfério Norte, e de Sudoeste no Hemisfério Sul. Não estão associadas a um processo</p><p>suave: as frentes frias movem-se rapidamente e forçam o ar quente a subir. Quando uma frente</p><p>fria passa, a temperatura pode baixar mais de 5º só durante a primeira hora. Quando uma</p><p>frente deixa de se mover, designa-se por frente estacionária.</p><p>O ar frio eleva o ar quente à sua frente e este vai arrefecendo à medida que é obrigado a</p><p>subir. Desde que seja suficientemente húmido, o ar quente condensa formando cumulus e</p><p>depois cumulonimbus, que produzem uma frente de trovoadas e cargas de água fortes com</p><p>rajadas.</p><p>Os ventos altos soprando nos cristais de gelo no topo dos cumulonimbus geram cirrus e</p><p>cirrostratus que anunciam a frente que se aproxima. Depois de a frente passar, o céu acaba</p><p>por clarear aparecendo alguns cumulus de bom tempo (cumulus humilis). Ocorre também uma</p><p>considerável queda na temperatura do ar, uma vez que a massa de ar frio passa então a</p><p>dominar a dinâmica atmosférica desta região. Se o ar que se eleva é quente e estável, as</p><p>nuvens predominantes são stratus e nimbostratus, podendo-se formar Nevoeiro na área de</p><p>chuva. Se o ar for seco e estável, o teor de umidade no ar aumentará e aparecerão somente</p><p>nuvens esparsas, sem precipitação.</p><p>Uma frente fria é representada simbolicamente por uma linha sólida com triângulos que</p><p>apontam para o ar quente e na direcção do movimento.</p><p>FRENTE QUENTE: é a parte dianteira de uma massa de ar quente em movimento. O ar</p><p>frio é relativamente denso e o ar quente tende a dominá-lo, produzindo uma larga faixa de</p><p>nuvens e uma chuva fraca e persistente e às vezes Nevoeiro esparso.</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_Norte</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_Sul</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_estacion%C3%A1ria</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cumulus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cumulonimbus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Gelo</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cirrus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cirrostratus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Stratus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Nimbostratus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Nevoeiro</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ar</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Nuvem</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Chuva</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Nevoeiro</p><p>Figura 5: Esquema da formação do sistema frontal quente.</p><p>As frentes quentes tendem a deslocar-se lentamente e podem ser facilmente alcançadas</p><p>por frentes frias, formando frentes oclusas. Quando uma frente deixa de se mover, designa-se</p><p>por frente estacionária.</p><p>Uma frente quente é uma zona de transição onde uma massa de ar quente e húmido</p><p>está a substituir uma massa de ar fria. As frentes quentes deslocam-se do equador para os</p><p>pólos. Como o ar quente é menos denso que o ar frio, a massa de ar quente sobe por cima da</p><p>massa de ar mais frio e geralmente ocorre precipitação.</p><p>Muitas vezes, uma camada de nuvens finas (cirrus) é observada a mais de 1000 km à</p><p>frente da superfície da frente quente (umas 48 horas antes dela chegar a esse local). Depois</p><p>surgem cirrostratus e altostratus. A uns 300 km antes da frente surgem então stratus e</p><p>nimbostratus e eventualmente começará a cair uma chuva leve. Depois da frente passar,</p><p>observam-se cumulus de bom tempo.</p><p>A temperatura eleva-se já ligeiramente antes da chegada da frente quente, porque as</p><p>nuvens aumentam localmente o "efeito de estufa" na atmosfera, absorvendo radiação da</p><p>superfície terrestre e emitindo radiação de volta à superfície.</p><p>A precipitação associada com uma frente quente antecede-a e alguma da água da</p><p>chuva que cai no ar mais frio pode evaporar-se e saturar o ar, originando o aparecimento de</p><p>stratus. Por vezes, essas nuvens crescem rapidamente para baixo e podem originar falta de</p><p>visibilidade. Se a temperatura está mais fria, também podem ocorrer Nevoeiros antecedendo a</p><p>chegada da frente quente.</p><p>As nuvens mais pesadas (cumulus e cumulonimbus), embora sejam mais comuns nas</p><p>frentes frias, podem também ocorrer com frentes quentes. Ocasionalmente, quando o ar quente</p><p>que se eleva é instável e as temperaturas nos dois lados da frente são contrastantes, os cirrus</p><p>podem ser seguidos de cirrocumulus e depois de cumulonimbus e trovoadas.</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_oclusa</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_estacion%C3%A1ria</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa_de_ar</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Precipita%C3%A7%C3%A3o_%28meteorologia%29</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cirrus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Km</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cirrostratus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Altostratus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Stratus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Nimbostratus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cumulus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_de_estufa</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Superf%C3%ADcie_terrestre</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Trovoada</p>