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<p>O texto literário</p><p>Grupo: Bruno Roberto, Isac Alves, Letícia Silva, Maria Eduarda, Maria Larissa e Wesley Alexandre</p><p>Conceito de texto</p><p>semiótico</p><p>O que é um texto semiótico?</p><p>Um texto semiótico é uma unidade de significado que é criada por meio da interação de diferentes signos, sejam eles linguísticos, visuais, sonoros ou de outra natureza.</p><p>Exemplos de textos semióticos:</p><p>Análises de comerciais de TV, músicas e filmes: é um exemplo de texto semiótico que utiliza imagens, sons e palavras para transmitir uma mensagem.</p><p>Análises de obras de artes: Uma obra de arte, como uma pintura ou uma escultura, é um exemplo de texto semiótico que utiliza elementos visuais para transmitir uma mensagem.</p><p>Análises de poemas: Um poema é um exemplo de texto semiótico que utiliza palavras para transmitir uma mensagem.</p><p>Conceito de texto</p><p>linguístico</p><p>O que é um texto linguístico?</p><p>Um texto linguístico é um tipo de texto que utiliza a língua como seu principal sistema signico. Isso significa que as palavras e frases são os principais elementos que compõem o texto e que a organização desses elementos é fundamental para a criação de significado.</p><p>Características de um texto linguístico</p><p>• Estrutura organizada.</p><p>• Coerência e coesão.</p><p>• Variedade linguística.</p><p>• Intenção comunicativa</p><p>Exemplos de textos linguísticos:</p><p>Livros</p><p>Mensagens de texto</p><p>Notícias</p><p>Músicas</p><p>Redes Sociais</p><p>Filmes e séries</p><p>Comunicações formais</p><p>Publicidade</p><p>Conceito de discurso</p><p>• Para alguns linguistas, discurso é sinónimo de fala (parole), isto é, o discurso representa uma manifestação individual e concreta da língua.</p><p>• Charles Morris considera o discurso como uma especialização, realizada ao longo do tempo, da "linguagem comum" , da "fala quotidiana" - Charles Morris estabelece a existência de dezesseis tipos de discurso: discurso científico, discurso mítico, discurso político, discurso tecnológico, discurso religioso, discurso poético, discurso legal, etc.</p><p>• O conceito de discurso pode-se definir, segundo alguns autores, por oposição ao conceito de enunciado.</p><p>• Nesta perspectiva, o discurso é analisado, não em função de um "locutor ideal", mas em função de emissores situados no tempo histórico e no espaço social, isto é, tendo em conta toda a problemática da enunciação do discurso, desde os fatores ideológicos, socioculturais e económicos que regulam a sua produção até aos efeitos sociais, psicológicos e ideológicos que o emissor procura obter.</p><p>Texto literário</p><p>O texto literário constitui uma unidade semântica, dotada· ·de uma certa intencionalidade pragmática, que um emissor //autor realiza através de um ato de enunciação regulado pelas normas e convenções do sistema semiótico literário e que os seus receptores/leitores decodificam, utilizando códigos apropriados.</p><p>As propriedades formais que caracterizam o texto semioticamente concebido expressividade, delimitação e estruturalidade - caracterizam também obrigatoriamente o texto literário: este texto representa uma actualização do sistema semiótico literário, constitui uma entidade delimitada topologicamente e possui uma organização interna que o configura como um todo estrutural.</p><p>Exemplos de textos literários:</p><p>Poemas;</p><p>Romances;</p><p>Fábulas;</p><p>As crônicas.</p><p>Texto e macrotexto</p><p>O texto literário é o texto que tem uma função estética e artística e é resultado da subjetividade autoral, logo pode possuir uma dimensão muito variável, desde o texto lírico formado por um ou dois versos até o poema épico constituído por milhares de versos e ao romance materializado em diversas páginas.</p><p>O macrotexto pode ser considerado uma estrutura global em relação a outras menores. Sendo assim, os contos e as novelas de uma coletânea não perdem as suas características de entidades textuais autônomas, entretanto o significado de uma pode pressupor ou modificar o significado de outras. Assim, o macrotexto se relaciona com outro texto ou outras obras, permitindo a formulação de uma ideia global, mas também com aspectos exteriores, associados ao mundo real, enquanto contos, novelas e poemas, constituindo unidades em si próprias, se articulam por formar e tornar coeso o macrotexto.</p><p>Exemplos de macrotexto:</p><p>Canzoniere de Petrarca, as Soledades de Antonio Machado, a Mensagem de Fernando Pessoa, as Novelas eróticas de Teixeira Gomes, etc.</p><p>Cotexto e contexto</p><p>Cotexto</p><p>“O conjunto de fatores linguísticos que entram em jogo na compreensão do texto é chamado de cotexto. O cotexto inclui, portanto, todas as pistas linguísticas que estão em um enunciado e no seu enterno (nas frases seguintes e nas anteriores, no título, nas legendas, nas notas, etc.)”</p><p>(GUIMARÃES, 2014, p.122).]</p><p>Exemplo:</p><p>Lendo o editorial de um jornal, você encontra a seguinte expressão…</p><p>Por um lado observamos que…</p><p>Você espera que o autor apresente um aspecto da questão e em seguida apresente outro, que se contrapõe ao primeiro por meio de uma expressão como…</p><p>Por outro lado…</p><p>“Nesse caso, o cotexto ajuda a acompanhar a linha de raciocínio apresentada no texto” (GUIMARÃES, 2014, p.122)</p><p>Contexto</p><p>O contexto inclui fatores extralinguísticos: lugar, momento, situação de uso, cultura, público.</p><p>Sendo assim, o contexto se refere aquilo que é relevante para uma situação comunicativa.</p><p>Exemplo:</p><p>Trazendo o contexto para a área de edição e revisão de textos, é possível alterar um texto(conteúdo, estrutura, formatação) de acordo com o seu propósito, duas situações que se divergem são:</p><p>Uma tese</p><p>Um romace</p><p>Texto e arquitexto</p><p>O texto literário não existe como uma entidade pura, logo independentemente da fluidez e das variações diacrônicas dos modos, gêneros e subgêneros, qualquer texto literário é produzido como um texto integrado ou integrável num modo, gênero ou subgênero.</p><p>Desse modo, o texto é o conteúdo específico, escrito ou verbal de uma obra literária, enquanto o “arquitexto” se refere aos padrões e estruturas subjacentes que influenciam na construção de um texto literário. O arquitexto refere-se aos elementos gerais que moldam a criação de textos literários, como convenções literárias, gêneros, estilos, estruturas narrativas, temas recorrentes e outros elementos comuns a várias obras. É uma espécie de modelo abstrato que serve como base para a criação de textos individuais.</p><p>Texto lírico</p><p>O que diferencia um texto lírico dos outros?</p><p>Diferentemente do texto narrativo e do texto dramático, o poema lírico não representa dominantemente o mundo exterior e objetivo, nem a interação do homem e deste mesmo mundo, a poesia lírica não anseia ou necessita descrever o real empírico, físico e social, circunstante ao eu lírico, nem no desejo de representar sujeitos independentes deste mesmo eu ou de contar uma ação em que se oponham o mundo e o homem ou os homens entre si.</p><p>O que remete o texto lírico?</p><p>No texto lírico não existe uma história para contar, nem o poema lírico desperta no leitor o desejo de saber como vai "acabar”' esse mesmo poema.</p><p>Esse fogo de conhecimento, que é também fogo de amor em que o poeta se exalta e consome, é a sua moral. Esse mergulho do homem nas suas águas mais silenciadas, o que vem à tona é tanto uma singularidade como uma pluralidade.</p><p>O poeta lírico não domina o mundo exterior, as coisas, os seres, a sociedade e os eventos históricos, pois constitui um elemento semântico-pragmático do texto lírico somente enquanto se projeta na interioridade do poeta, enquanto se transmuda.</p><p>Exemplos:</p><p>A. «galerias da alma» a que se refere Eugénio de Andrade, em revelação íntima e ao mesmo tempo cósmica.</p><p>B. Jorge de Lima num dos seus poemas sobre o Natal, fala de um homem que, na noite do nascimento de Jesus, -procura numa vasta metrópole um ·simples abrigo: Numa certa noite de Natal, / aquele homem de uma grande metrópole / queria um abrigo para passar a noite; / um reveillon, uma mulher</p><p>ou mesmo um bar servia.</p><p>Neste poema, o elemento narrativo constitui apenas o pretexto para a revelação da paisagem íntima do eu lírico - paisagem de amargura e de soledade, onde de súbito, por entre a escuridão, o dado narrativo, quando faz parte da estrutura semico-formal de um poema lírico, tem como função predominante evocar uma atitude e um estado íntimos, revelar o conteúdo de uma subjetividade.</p><p>Texto narrativo</p><p>ENTENDE-SE, ASSIM, NO TEXTO NARRATIVO UMA NECESSÁRIA POLARIDADE ENTRE O AUTOR TEXTUAL E O MUNDO NARRADO, PROFUNDAMENTE ALHEIA AO TEXTO LÍRICO.</p><p>A NARRATIVIDADE ENCONTRA-SE INTIMAMENTE CORRELACIONADA COM O CONHECIMENTO QUE O HOMEM POSSUI E ELABORA SOBRE A REALIDADE.</p><p>TEXTOS NARRATIVOS NATURAIS E TEXTOS NARRATIVOS ARTIFICIAIS.</p><p>Alguns autores distinguem os textos narrativos naturais, isto é, textos narrativos que são produzidos na interação comunicativa da vida quotidiana e normal, dos textos narrativos artificiais , isto é, textos narrativos que são produzidos e m peculiares contextos de enunciação, com uma intencionalidade alheia àquela interação comunicativa e em conformidade, em muitos casos, com normas e convenções estabelecidas em vários códigos específicos.</p><p>O gênero dramático</p><p>O texto dramático, isto é, o texto integrável no modo literário do drama, pertence à literatura e deve ser objeto de análise da teoria da literatura.</p><p>Mas já o mesmo não se passa com o texto teatral, que é um específico texto espetacular e que, por conseguinte, constitui um fenómeno de semiose só parcialmente literária.</p><p>O texto teatral</p><p>O texto dramático caracteriza-se pelo seu "radical de apresentação", pois o seu autor textual está oculto , dissimulado, quer em relação às personagens, quer em relação aos receptores do texto.</p><p>O drama, por sua vez, procurar representar também a totalidade da vida, mas através de ações humanas que se opõem, de forma que o fulcro daquela totalidade reside na colisão dramática. Por isso, como escreve Hegel, a verdadeira unidade da ação dramática não pode derivar senão do movimento total, o que significa que o conflito deve encontrar a sua explicação exaustiva nas circunstâncias em que se produz, bem como nós caracteres e nos objetivos em presença.</p><p>A realização oral do texto dramático, levada a cabo no espaço cênico, implicando a presença real de comediantes e de espectadores, co-envolve normas e convenções de códigos atuantes na comunicação linguística canónica, mas que, no texto teatral, adquirem maior relevância e maior explicitude.</p><p>O texto dramático realiza-se como um texto teatral através de um complexo processo de transcontificação intersemiótica(tradução intersemiótica).</p><p>Com efeito, o emissor do texto teatral é um emissor plural, uma cadeia de emissores, um "microgrupo criador", desempenhando cada membro do microgrupo funções semióticamente diferenciadas, embora interdependente.</p><p>Todos esses emissores, atualizando sistemas semióticos heterogêneos, produzem uma mensagem múltipla, o texto teatral, regulada simultaneamente por diversos códigos e vinculada por vários canais.</p><p>O receptor do texto teatral ao, contrário do receptor do texto dramático, nunca é um indivíduo isolado ou uma massa de indivíduos. O receptor do texto teatral é um grupo de espectadores, de indivíduos que se congregam para assistirem juntos, num determinado espaço e num determinado tempo, à realização de um espetáculo.</p><p>No entender de Artaud, a encenação não deve ser concebida nem valorada como mera refracção no palco do texto dramático pré-existente, mas como a matriz insubstituível da autêntica linguagem teatral. Entre o texto dramático e o texto teatral não se institui uma relação antinômica, de exclusão mútua ou de subordinação de um ao outro: pelo contrário, o texto dramático contém em latência, numa espécie de esquema projetual, tanto a nível da sua estrutura profunda como a nível de sua estrutura de superfície, o texto teatral e por isso mesmo ele se particulariza, sob os pontos de vista pragmáticos, semânticos-pragmáticos e sintáticos, no âmbito do sistema semiótico literário.</p><p>O que é intertextualidade e intertexto?</p><p>O texto é sempre, sob modalidade várias, um intercâmbio discursivo, uma tessitura polifónica na qual confluem, se entrecruzam, se metamorfoseiam, se corroboram ou se contestam outros textos e outras vozes e outras consciências.</p><p>Define a intertextualidade como uma relação rígida por uma identidade estrutural, devendo se considerado o texto e o seu intertexto como variantes da mesma estrutura.</p><p>O intertexto é um texto (ou um corpus de textos) que existe antes e debaixo de um determinado texto e que, em amplitude e modalidades várias, se pode "ler", decifrar, sob a estrutura de superfície deste último. Podemos chamar também de acordo com Riffaterre a designação de texto-fantasma.</p><p>Intertextualidade exoliterária,o intertexto é constituído quer por textos não verbais, por exemplo, pode ter importantes relações intertextuais com um texto literário, quer por textos não literários: obras historiográficas, filosóficas, científicas e etc.</p><p>No caso da intertextualidade endoliterária, o intertexto é constituído por textos literários.</p><p>A intertextualidade é entretecida pelo diálogo de vários textos, de várias vozes e consciências.</p><p>A intertextualidade hetero-autoral: textos de diferentes autores se relacionam.</p><p>A intertextualidade homo-autoral: textos de um autor podem manter relações intertextuais e relações privilegiadas com outros textos do mesmo autor.</p><p>A intertextualidade homo-autoral não deve ser confundida com outro fenómeno que Jean Ricardou designa por intertextualidade interna e que Lucien Dälleanbach prefere denominar auto-textualidade : um texto cita-se, repete-se, glosa-se e espelha-se em si próprio.</p><p>Coesão textual, estrutura profunda e estrutura de superfície</p><p>A intertextualidade homo-autoral não deve ser confundida com outro fenómeno que Jean Ricardou designa por intertextualidade interna e que Lucien Dälleanbach prefere denominar auto-textualidade : um texto cita-se, repete-se, glosa-se e espelha-se em si próprio.</p><p>Os dois conceitos orindos da Linguística de Chomsky e da gramática gerativa em geral. A estrutura profunda representaria a base semântica(ou semântico-pragmatica), o tema, o "programa" semântico ou "esquema projectual" a partir dos quais, mediante a aplicação de regras de derivação textual, mediante transformações sucessivas, se produziria a estrutura de superfície, constituída por unidades léxico-gramaticais, fonológicas e grafémicas.</p><p>A distinção conceptual e terminológica entre estrutura profunda e estrutura de superfície do texto literário pode ser útil e fecunda, se for considerada como um instrumento que serve para a descoberta ou investigação, que possibilita a análise de determinados aspectos e mecanismos da produção textual.</p><p>Ficcionalidade e semântica do texto literário</p><p>A ficcionalidade se refere à capacidade do texto literário de criar um mundo imaginário, com personagens, eventos e lugares que não existem na realidade. Já a semântica está relacionada ao significado das palavras e das frases utilizadas no texto. No contexto da literatura, a semântica pode ser explorada de maneira mais subjetiva, permitindo múltiplas interpretações e camadas de significado. Ambos os elementos são essenciais para a criação de uma obra literária cativante e envolvente.</p><p>Conotação: Sentido mais geral que se pode atribuir a um termo abstrato, além da significação própria. Sentido figurado, metafórico.</p><p>Denotação: Significado de uma palavra ou expressão mais próximo do seu sentido literal. Sentido real, denotativo.</p><p>Hiperônimo é toda palavra que possui sentido amplo, geral.</p><p>Hipônimo é justamente o contrário, é a palavra na sua especificidade.</p><p>Paronímia: é um tópico da semântica que analisa quando duas palavras têm estrutura parecida,</p><p>mas significados diferentes, isto é, são escritas e/ou faladas de maneira muito semelhante, mas não têm relação próxima de significado.</p><p>Homonímia: É palavras que são iguais em sua forma (escrita ou sonora), mas que apresentam significados diferentes.</p><p>Polissemia: É um fenômeno linguístico em que uma mesma palavra ou expressão apresenta dois ou mais sentidos.</p><p>Obrigado!</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.jpg</p>