Caso mercia nakashima

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<p>Curso: Investigação Forense e Perícia Criminal</p><p>PRÁTICA INTERDISCIPLINAR</p><p>PERÍCIA CRIMINAL</p><p>Caso: Mércia Nakashima</p><p>Turma-FLC15089</p><p>• Bruna Soares - 4334068</p><p>• Raul Pereira - 4348121</p><p>• Suellen Rodrigues -4269942</p><p>Prof: Jéssica Veiga Beal</p><p>Mércia Mikie Nakashima</p><p>Nascimento 6 de outubro de 1981</p><p>Idade : 28 anos</p><p>Morava em guarulhos-SP</p><p>Nacionalidade : Brasileira</p><p>Progenitores Mãe: Janete Nakashima</p><p>Pai: Makoto Nakashima</p><p>Parentesco : Cláudia Nakashima</p><p>Márcio Nakashima</p><p>Ocupação: Advogada</p><p>Desaparecimento de Mércia</p><p>Mércia desapareceu no dia 23 de maia, após participar de um almoço</p><p>em família na cidade de Guarulhos. Segundo familiares, ela deixou a casa da avó,</p><p>onde aconteceu o almoço, por volta das 18h30 para ir para casa, trajeto que</p><p>demorava entre 5 e 10 minutos. Ainda segundo familiares, antes de sair, Mércia</p><p>recebeu um telefonema: era seu ex-namorado e seu ex-sócio num escritório de</p><p>advocacia, Mizael Bispo de Souza.</p><p>No dia 25, a família passa a procurar ostensivamente pela advogada. No dia 27,</p><p>Mizael vai à polícia, sem ser notificado, para prestar depoimento. No dia 31 de</p><p>maio, ele é notificado oficialmente para dar esclarecimentos, nesta data já como</p><p>suspeito do caso.</p><p>Segundo Sammir Haddad Júnior, advogado que representou Mizael Bispo de</p><p>Souza, seu cliente morava perto da casa da avó de Mércia, o que explicaria o fato</p><p>de o carro dele ter estado no local no dia do desaparecimento de Mércia. Ainda</p><p>segundo Haddad Júnior, Mércia vinha sendo ameaçada por um ex-cliente para</p><p>quem ela teria atuado em ações de divórcio e trabalhista e que este não teria</p><p>ficado satisfeito com o resultado dos processos. Segundo ele, amedrontada,</p><p>Mércia pediu a Mizael que fosse buscá-la. Entretanto, a pasta com os processos</p><p>que Mércia cuidava para o cliente, identificado como Messias, foi encontrada na</p><p>tarde de 16 de Junho de 2010 pela irmã da vítima, Cláudia Nakashima, e, de</p><p>acordo com o advogado da família de Mércia, Alexandre de Sá Domingues, o</p><p>cliente não teria motivos para fazer ameaças.</p><p>No dia 10 de Junho de 2010, por meio de uma denúncia</p><p>anônima feita diretamente à família da vítima, o carro da</p><p>advogada , um Honda Fit prata, foi encontrado</p><p>na represa da cidade de Nazaré Paulista. O veículo estava</p><p>submerso a uma profundidade de aproximadamente 6</p><p>metros, tinha o vidro do motorista aberto e estava com</p><p>os pertences da advogada. No dia seguinte, o corpo de</p><p>Mércia foi encontrado na mesma represa, tendo o</p><p>reconhecimento sido feito por seu pai e irmão, o</p><p>também advogado Márcio Nakashima.</p><p>Denúncia</p><p>Testemunha</p><p>A denúncia foi feita por um comerciante que estava pescando na represa no mesmo dia</p><p>do desaparecimento de Mércia. Segundo o homem, ele ouviu gritos de mulher na noite do</p><p>crime e viu um carro ser empurrado para dentro d'água após uma pessoa descer de dentro</p><p>dele. Segundo o delegado Antonio de Olim, que comandou a investigação, a testemunha</p><p>estava do outro lado da represa, a uns 100 metros do carro da advogada e não teria</p><p>consumido bebida alcoólica no dia.</p><p>Investigações avançadas</p><p>Conforme as investigações continuavam, testemunhas disseram ter visto Mizael</p><p>conversando, dias antes do crime, com o vigia Evandro Bezerra da Silva, que abandonou</p><p>o trabalho depois do carro ser retirado da represa. Evandro, então, passou a ser</p><p>considerado igualmente suspeito e teve a prisão preventiva decretada em 25 de junho. Foi</p><p>preso em julho tentando fugir para o estado de Sergipe.</p><p>Em depoimento, Evandro disse que combinou com Mizael de buscá-lo na represa de</p><p>Nazaré Paulista no dia 23 de maio, o mesmo do desaparecimento de Mércia, mas depois</p><p>mudou a versão negando envolvimento no crime.</p><p>No entanto, depois de ser preso em 2012, ele contou novamente à polícia a mesma história.</p><p>A prova final que acabou incriminando Mizael foi um pedaço de alga presa a seu sapato, a</p><p>mesma que segundo a perícia só era encontrada na represa</p><p>⚫ Causa da morte</p><p>⚫ Afogamento.</p><p>⚫ Segundo a polícia,</p><p>Mizael agrediu e deu</p><p>um tiro no queixo da</p><p>advogada, que</p><p>desmaiou. Ele então</p><p>saiu do carro e o</p><p>empurrou para</p><p>dentro da água com</p><p>Mércia ainda viva no</p><p>interior do veículo.</p><p>⚫ Motivação</p><p>⚫ De acordo com a</p><p>família e amigos da</p><p>vítima, Mizael não se</p><p>conformava com o</p><p>fim do</p><p>relacionamento e</p><p>perseguia Mércia</p><p>para que reatassem o</p><p>namoro.</p><p>Perícias</p><p>Perícia conclui laudo sobre a morte de Mércia Nakashima .O</p><p>pedaço microscópico de uma alga é a prova principal do</p><p>assassinato da advogada Mércia Nakashima. Ela estava em um</p><p>dos sapatos apreendidos na casa do policial aposentado Mizael</p><p>Bispo de Souza.</p><p>Porque o corpo de Mércia Nakashima estava careca?</p><p>Mércia não estava "apenas" morta. Quando o cadáver dela foi</p><p>trazido à superfície, o cenário era horripilante. O rosto estava</p><p>desfigurado não só pelo efeito do tiro que atingiu seu maxilar,</p><p>mas também pelo tempo que permaneceu sem vida debaixo</p><p>d'água.</p><p>Conclusão do caso</p><p>Mizael Bispo foi condenado por homicídio triplamente</p><p>qualificado (motivo torpe, cruel e sem possibilidade de defesa</p><p>da vítima) e também por ocultação de cadáver. A princípio, a</p><p>pena determinada era de 20 anos de reclusão. Após apelações</p><p>da defesa de Mércia e do MP-SP (Ministério Público de São</p><p>Paulo), a pena foi redefinida para 22 anos e 8 meses.</p><p>Atualmente</p><p>Depois de 11 anos preso, ele foi beneficiado pela Justiça com a</p><p>progressão para o regime aberto e vai cumprir em casa o restante da</p><p>pena.</p><p>Reflexos e memória</p><p>O caso Mércia Nakashima serviu como um doloroso</p><p>lembrete da violência contra a mulher no Brasil, além</p><p>de demonstrar as complexidades e desafios do sistema</p><p>de justiça criminal do país. Até hoje, o assassinato de</p><p>Mércia Nakashima ressoa no imaginário público</p><p>brasileiro como um dos crimes mais chocantes e</p><p>emblemáticos do século XXI.</p>