Prévia do material em texto
<p>1</p><p>]</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>Copyright© 2022 - Otoflix®. Todos os direitos</p><p>reservados. Este e-book é uma produção</p><p>original. Os inscritos no curso Técnicas</p><p>Cirúrgicas têm o direito concedido para usufruir</p><p>deste e-book.</p><p>Este produto é destinado exclusivamente para médicos. O</p><p>exercício de atividades regidas pelos conselhos</p><p>profissionais de saúde sem a devida habilitação constitui</p><p>uma atividade ilegal.</p><p>Para mais informações acesse:</p><p>www.otoflix.com.br</p><p>Para sugestões e correções envie e-mail:</p><p>otoflixcursos@gmail.com</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>http://www.otoflix.com.br/</p><p>mailto:cursos@otoflix.com.br</p><p>3</p><p>CIRURGIA NASOSSINUSAL</p><p>▪ SEPTOPLASTIA</p><p>▪ CIRURGIA DOS CORNETOS NASAIS</p><p>▪ SINUSECTOMIA ENDOSCÓPICA</p><p>▪ DACRIOCISTORRINOSTOMIA</p><p>▪ DESCOMPRESSÃO ORBITÁRIA</p><p>▪ CAUT DA ARTÉRIA ESFENOPALATINA</p><p>▪ CAUT DA ARTÉRIA ETMOIDAL ANTERIOR</p><p>CIRURGIA OTOLÓGICA</p><p>▪ COLOCAÇÃO DE TUBO DE VENTILAÇÃO</p><p>▪ TIMPANOPLASTIA</p><p>▪ MASTOIDECTOMIA</p><p>▪ IMPLANTE COCLEAR</p><p>▪ ESTAPEDOTOMIA</p><p>▪ EXÉRESE DE COLOBOMA AURIS</p><p>CIRURGIA FARÍNGEA</p><p>▪ AMIGDALECTOMIA</p><p>▪ ADENOIDECTOMIA</p><p>▪ UVULOPALATOFARINGOPLASTIA</p><p>▪ FARINGOPLASTIA LATERAL</p><p>CIRURGIA LARÍNGEA</p><p>▪ MICROCIRURGIA PARA PÓLIPO</p><p>▪ MICROCIRURGIA PARA NÓDULO</p><p>▪ MICROCURURGIA PARA PAPILOMA</p><p>▪ MICROCIRURGIA EDEMA DE REINKE</p><p>▪ MICROCIRURGIA PARA CISTO</p><p>▪ MICROCIRURGIA DE DECORTICAÇÃO</p><p>▪ ARITENOIDECTOMIA</p><p>▪ TIREOPLASTIAS</p><p>CIRURGIA PLÁSTICA</p><p>▪ RINOPLASTIA</p><p>▪ OTOPLASTIA</p><p>▪ BLEFAROPLASTIA</p><p>SEÇÃO EXTRA</p><p>▪ SOLUÇÕES ANESTÉSICAS</p><p>▪ TRAQUEOSTOMIA</p><p>▪ CIRURGIA DE CALDWELL-LUC</p><p>▪ TREPANAÇÃO DO SEIO FRONTAL</p><p>TÉCNICAS CIRÚRGICAS OTOFLIX</p><p>Conteúdo</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Desvio sintomático do septo nasal</p><p>▪ Coleta de enxerto de cartilagem septal</p><p>▪ Acesso à base do crânio (esfenoidotomia transseptal)</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ O septo nasal é formado por 3 estruturas principais:</p><p>▪ Cartilagem quadrangular</p><p>▪ Lâmina perpendicular do etmoide</p><p>▪ Vômer</p><p>▪ O septo cartilaginoso é revestido pelo pericôndrio.</p><p>▪ O septo ósseo é revestido pelo periósteo.</p><p>▪ Todo o septo é envolto por submucosa e mucosa.</p><p>▪ Existem duas áreas importantes de sustentação da pirâmide nasal:</p><p>▪ Junção do septo caudal com a espinha nasal anterior e</p><p>▪ Área “K”, que é formada pelo encontro das seguintes estruturas:</p><p>▪ Osso próprio nasal</p><p>▪ Cartilagem quadrangular</p><p>▪ Lâmina perpendicular do etmoide</p><p>CIRURGIA NASOSSINUSAL</p><p>Septoplastia</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS</p><p>Existem várias técnicas cirúrgicas descritas para a septoplastia, e a escolha</p><p>depende basicamente da localização do desvio septal.</p><p>▪ Cottle: é a técnica mais empregada e possibilita o acesso ao septo através</p><p>de uma incisão septocolumelar e confecção de quatro túneis. Indicado</p><p>para o tratamento de desvios anterior, posterior e inferior.</p><p>▪ Metzenbaum: é a técnica indicada para correção de desvios caudais ou</p><p>desvios anteriores em crianças, através da confecção do swinging door</p><p>(porta basculante) na cartilagem septal e sutura no bolsão columelar.</p><p>▪ Killian: é a técnica mais utilizada nas septoplastias endoscópicas, pois</p><p>consiste na remoção conservadora de desvios localizados, por isso</p><p>também chamada de Killian setorial.</p><p>▪ Extracorpórea: é a técnica mais adequada para desvios complexos, altos</p><p>ou recidivados. Realiza-se o mesmo acesso para rinoplastia aberta.</p><p>▪ Killian e Freer: é a técnica menos empregada e consiste na remoção</p><p>ampla da cartilagem e lâmina perpendicular preservando-se apenas “L-</p><p>strut”, através de descolamento bilateral pela incisão de Killian.</p><p>L-strut se refere à porção de cartilagem septal em formato de “L” responsável</p><p>pela sustentação da pirâmide nasal. Essa haste deve possuir no mínimo 10 mm</p><p>e também deve estar conectada a área-K e a espinha nasal anterior.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Aspirador descolador nasal</p><p>▪ Aspirador de Frazier</p><p>▪ Descolador de Cottle</p><p>▪ Espéculos de Killian</p><p>▪ Endoscópio 0° 4 mm</p><p>▪ Pinça de Lucae baioneta</p><p>▪ Pinça Bruenings</p><p>▪ Pinça Takahashi reta</p><p>▪ Tesoura íris curva</p><p>▪ Cinzel</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e para esquerda</p><p>▪ Anestesia local com sedação (opção)</p><p>▪ Membro superior direito ao longo</p><p>▪ Dorso elevado 30º</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: à direita do paciente</p><p>▪ Auxiliar: à direita, atrás do cirurgião</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira ou esquerda do paciente</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>7</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA DE COTTLE</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da mucosa septal com anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Incisão hemitransfixante à esquerda com lâmina 15</p><p>▪ Descolamento do retalho mucopericondrial e mucoperiosteal (1º túnel)</p><p>▪ Descolamento do retalho inferior do vômer (2º túnel)</p><p>▪ Condrotomia anterior ao desvio septal</p><p>▪ Disjunção osteocondral posterior e inferior</p><p>▪ Descolamento do retalho contralateral da porção desviada (3º túnel)</p><p>▪ Remoção da cartilagem e osso desviados</p><p>▪ Descolamento do retalho inferior contralateral (4º túnel)</p><p>▪ Remoção de desvio ósseo inferior com uso de escopro</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Sutura da incisão septocolumelar com catgut 4.0</p><p>▪ Aplicação de splints nasais e fixação com nylon 3.0</p><p>(ou sutura septal em colchoeiro com catgut 4.0)</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA DE METZENBAUM</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da mucosa septal com anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Incisão transfixante septocolumelar com lâmina 15</p><p>▪ Liberação da cartilagem septal da espinha nasal anterior</p><p>▪ Descolamento do retalho mucopericondrial no lado não desviado</p><p>▪ Remoção de uma fita vertical de 2 mm na dobra da cartilagem</p><p>▪ Ressecção da porção inferior do septo nasal e mucosa do lado desviado</p><p>▪ Confecção de um bolsão na columela</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Sutura do septo caudal inferior na espinha nasal anterior com nylon 4.0</p><p>▪ Sutura do septo caudal anterior na columela com catgut cromado 3.0</p><p>▪ Aplicação de splints nasais e fixação com nylon 3.0</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA DE KILLIAN SETORIAL</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da mucosa septal com anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Incisão da mucosa septal anterior ao desvio com auxílio de endoscópio</p><p>▪ Condrotomia e descolamento do retalho septal de ambos os lados</p><p>▪ Descolamento e remoção do desvio septal</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>71</p><p>A meatoplastia é realizada nas mastoidectomias abertas para facilitar a</p><p>limpeza da cavidade. É realizada através de uma incisão em forma de “Y”,</p><p>sendo uma superior, outra posterior e a última inferior. A cartilagem é</p><p>removida e os retalhos são suturados com vycril 3.0.</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Perda auditiva neurossensorial: manipulação intempestiva do estribo</p><p>ou lesão do labirinto (especialmente CSC lateral)</p><p>▪ Paralisia facial: lesão do nervo facial, especialmente se deiscente</p><p>▪ Fístula perilinfática: lesão iatrogênica do canal semicircular lateral ou</p><p>remoção de matriz do colesteatoma que tamponava uma fístula</p><p>▪ Fístula liquórica: lesão da dura máter</p><p>▪ Perfuração do tímpano: lesão do retalho timpanomeatal</p><p>▪ Infecção da ferida cirúrgica: contaminação do leito operatório</p><p>▪ Otorreia: infecção da cavidade, orelha média, orelha externa ou</p><p>colesteatoma residual.</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Amoxacilina + Clavulanato 500/125 mg VO 8/8h 7 dias</p><p>▪ Ciprofloxacino 3 gotas 8/8h 7 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Dramin 1 comprimido 6/6h se náuseas ou tonturas</p><p>▪ Limpeza da ferida com soro fisiológico</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>72</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 3 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de otorragia discreta e plenitude aural</p><p>▪ Proteção auricular até completa cicatrização da membrana (se cavidade</p><p>fechada) ou permanente (se cavidade aberta)</p><p>▪ Retorno com 10-14 dias para remoção dos pontos</p><p>▪ Remoção a faixa compressiva com 1 dia</p><p>▪ Remoção da gaze com 5-7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>73</p><p>CIRURGIA OTOLÓGICA</p><p>Implante Coclear</p><p>INDICAÇÃO</p><p>▪ Perda auditiva neurossensorial severa ou profunda</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A cóclea, ou labirinto posterior, é formada por duas voltas e meia.</p><p>▪ Seu interior é composto por 3 tubos: escala vestibular, coclear (ou</p><p>média) e escala timpânica.</p><p>▪ A janela redonda faz a interface entre a orelha média e a escala</p><p>timpânica. É pouco visível no promontório e fica escondida sob uma</p><p>saliência óssea chamada nicho da janela redonda.</p><p>▪ A timpanotomia posterior é a técnica cirúrgica que permite o acesso ao</p><p>recesso facial pela cavidade mastoidea. Através desse acesso, é possível</p><p>alcançar o nicho da janela redonda.</p><p>▪ Os limites da timpanotomia posterior são o nervo corda do tímpano</p><p>(anteriormente), porção mastoidea do nervo facial (posteriormente) e o</p><p>incus buttress (superiormente).</p><p>▪ As células do recesso facial estão no mesmo nível da ponta do ramo curto</p><p>da bigorna.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>74</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador ortostático</p><p>▪ Aspirador otológico</p><p>▪ Bisturi de conduto</p><p>▪ Cureta otológica</p><p>▪ Descolador de Freer</p><p>▪ Microscópio</p><p>▪ Estilete em baioneta</p><p>▪ Microtesoura de Belucci</p><p>▪ Pinça jacaré</p><p>▪ Brocas diamantadas e cortantes</p><p>▪ Monitor do nervo facial</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e contralateral</p><p>▪ Membros superior do lado operado ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado a ser operado</p><p>▪ Auxiliar: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Instrumentador: ao lado do cirurgião</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>75</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para o lado não operado</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração retroauricular com anestésico e vasoconstrictor 1:200.000</p><p>▪ Incisão retroauricular 1 cm posterior ao sulco retroauricular da margem</p><p>inferior do conduto auditivo até o limite superior do pavilhão</p><p>▪ Dissecção do subcutâneo e músculos pós auriculares</p><p>▪ Incisão e elevação do periósteo até a parede posterior do conduto</p><p>▪ Confecção do bolsão subperiosteal para acomodação do implante na</p><p>região posterossuperior do pavilhão.</p><p>▪ Mastoidectomia cortical até o antro</p><p>▪ Exposição do ático, sendo visualizado ramo curto da bigorna.</p><p>▪ Realização de timpanotomia posterior com acesso ao recesso facial.</p><p>▪ Visualização da articulação incudoestapediana, eminência piramidal,</p><p>tendão do estapédio e nicho da janela redonda.</p><p>▪ Cocleostomia anteroinferiormente à janela redonda</p><p>▪ Inserção do implante na rampa timpânica</p><p>▪ Aplicação de fragmento de músculo ou fáscia sobre o nicho da janela</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Sutura dos tecidos retroauriculares com vycril 4.0</p><p>▪ Sutura da pele com nylon 4.0</p><p>▪ Realização de telemetria</p><p>▪ Curativo retroauricular externo + atadura de crepom</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>76</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Paralisia facial: lesão do nervo facial, especialmente se deiscente</p><p>▪ Fístula perilinfática: lesão do canal semicircular lateral</p><p>▪ Fístula liquórica: lesão da dura máter durante dissecção</p><p>▪ Perfuração do tímpano: lesão da membrana timpânica durante a</p><p>timpanotomia posterior</p><p>▪ Infecção da ferida cirúrgica: contaminação do leito operatório</p><p>▪ Meningite: infecção da orelha com disseminação para meninge</p><p>▪ Hematoma: sangramento de vasos subcutâneos.</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Cefalexina 500 mg VO 6/6h 5 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Dimenidrato 100 mg 6/6h se náuseas ou tonturas</p><p>▪ Limpeza da ferida com cotonete e soro fisiológico</p><p>▪ Remoção dos pontos com 7-14 dias</p><p>▪ Remoção da faixa compressiva com 1 dia</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Evitar deitar do lado operado</p><p>▪ Evitar atividades físicas, exposição ao sol e calor por 30 dias</p><p>▪ Evitar aproximação com aparelhos eletrônicos (ex: TV e computador)</p><p>▪ Não realizar exames de ressonância magnética</p><p>▪ Não realizar cirurgias com uso de eletrocautério monopolar</p><p>▪ Desligar o aparelho ao realizar tomografias ou radiografias</p><p>▪ Esportes de contato somente com protetores de cabeça</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>77</p><p>CIRURGIA OTOLÓGICA</p><p>Estapedotomia</p><p>INDICAÇÃO</p><p>▪ Otosclerose (com limiar de VO até 30 dB e boa discriminação vocal)</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ O estribo é o menor ossículo e é divido em 4 partes: cabeça, colo, crura</p><p>anterior, crura posterior e platina.</p><p>▪ A cabeça do estribo está conectada com o ramo longo da bigorna pela</p><p>articulação incudoestapediana.</p><p>▪ No colo do estribo, se insere o tendão do músculo estapédio que surge</p><p>da eminência piramidal.</p><p>▪ A platina faz interface com a orelha interna através da janela oval.</p><p>▪ O estribo está imediatamente anterior à porção timpânica do nervo</p><p>facial.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>78</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Aspirador otológico</p><p>▪ Bisturi de conduto</p><p>▪ Cureta otológica</p><p>▪ Descolador de Freer</p><p>▪ Espéculo e Microscópio</p><p>▪ Estilete em baioneta</p><p>▪ Microtesoura de Belucci</p><p>▪ Pinça jacaré</p><p>▪ Estilete perfurador de platina</p><p>▪ Estilete micro gancho</p><p>▪ Estilete descolador</p><p>▪ Estilete medidor de prótese</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e contralateral</p><p>▪ Anestesia local com sedação leve</p><p>▪ Membros superior do lado operado ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado a ser operado</p><p>▪ Auxiliar: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Instrumentador: ao lado do cirurgião</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>79</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para o lado não operado</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração do conduto auditivo com anestésico e vasoconstrictor</p><p>1:80.000</p><p>▪ Limpeza do conduto auditivo externo</p><p>▪ Incisão da pele do conduto às 12 e 6 horas 10 mm do ânulo</p><p>▪ Descolamento do retalho timpanomeatal</p><p>▪ Acesso à orelha média</p><p>▪ Aticotomia</p><p>▪ Avaliação da mobilidade da cadeia ossicular com fixação do estribo</p><p>▪ Mensuração da distância da platina até a bigorna</p><p>▪ Disjunção da articulação incudoestapediana</p><p>▪ Secção do tendão do estapédio</p><p>▪ Fratura da supraestrutura do estribo</p><p>▪ Fenestração da platina</p><p>▪ Inserção e posicionamento da prótese</p><p>▪ Avaliação da mobilidade da cadeia ossicular e prótese</p><p>▪ Aplicação de fragmentos de gordura na platina</p><p>▪ Rebaixamento do retalho timpanomeatal</p><p>▪ Aplicação de gelfoam no conduto auditivo externo</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>0</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Perda auditiva neurossensorial: lesão da orelha interna</p><p>▪ Perda auditiva condutiva: luxação da bigorna</p><p>▪ Deslocamento da prótese: mensuração insuficiente</p><p>▪ Paralisia facial: lesão da porção timpânica do nervo facial</p><p>▪ Fístula perilinfática: fenestração ampla</p><p>▪ Perfuração do tímpano: lesão do retalho timpanomeatal</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Dramin 1 comprimido 6/6h se náuseas ou tonturas</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 3 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de otorragia discreta e plenitude aural</p><p>▪ Proteção auricular até completa cicatrização do retalho</p><p>▪ Retorno com 7 dias para reavaliação</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>1</p><p>CIRURGIA OTOLÓGICA</p><p>Exérese de</p><p>Coloboma Auris</p><p>INDICAÇÃO</p><p>▪ Coloboma auris (sinus pré auricular) sintomático</p><p>COLOBOMA AURIS</p><p>▪ Coloboma auris ocorre por fusão incompleta dos tubérculos auriculares</p><p>▪ O trajeto fistuloso do sinus pré auricular geralmente termina na</p><p>cartilagem da orelha</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Pinça Adson Brown</p><p>▪ Pinça Allis</p><p>▪ Pinça dissecção dente de rato</p><p>▪ Ponteira de eletro tipo agulha</p><p>▪ Tesoura íris</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>2</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal (crianças pequenas)</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e contralateral</p><p>▪ Anestesia local com sedação</p><p>▪ Membros superior do lado operado ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado a ser operado</p><p>▪ Auxiliar: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Instrumentador: ao lado do cirurgião</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para o lado não operado</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração da pele pré auricular com anestésico e adrenalina 1:100.000</p><p>▪ Injeção de azul de metileno no trajeto fistuloso</p><p>▪ Incisão da pele em forma de cunha ao redor do sinus</p><p>▪ Dissecção dos tecidos subcutâneos</p><p>▪ Exérese do trato fistuloso juntamente com segmento de cartilagem</p><p>▪ Hemostasia com uso de cautério</p><p>▪ Sutura do tecido subcutâneo com vycril 4.0</p><p>▪ Sutura da pele com nylon 4.0</p><p>▪ Curativo externo com micropore</p><p>Não é incomum que o fundo o sinus esteja aderido ao pericôndrio da hélice.</p><p>Nestes casos, deve-se excisar um segmento da cartilagem.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>3</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Recidiva: exérese incompleta ou lesão da parede da fístula</p><p>▪ Infecção da ferida: contaminação do leito cirúrgico</p><p>▪ Cicatriz hipertrófica: especialmente se ocorrer infecção da ferida</p><p>▪ Queloide: mais comum em negros e ocidentais</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Cefalexina 500 mg VO 6/6h 5 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Limpeza da ferida com água e sabão</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 3 dias</p><p>▪ Retorno com 7 dias para remoção dos pontos</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>4</p><p>CIRURGIA FARÍNGEA</p><p>Amigdalectomia</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Hipertrofia amigdaliana sintomática</p><p>(distúrbio do sono, deglutição e/ou fonação)</p><p>▪ Amigdalites de repetição</p><p>▪ Abscesso periamigdaliano</p><p>▪ Amigdalite caseosa sintomática</p><p>▪ Neoplasia de amigdaliana</p><p>▪ Doenças imunomediadas pelo S. pyogenes</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS AMÍGDALA</p><p>▪ Amigdalas, também chamadas de tonsilas palatinas, são tecidos linfoides</p><p>localizados na parede lateral da orofaringe.</p><p>▪ Cada amigdala possui dois polos: um superior e um inferior.</p><p>▪ O polo superior está situado abaixo da reunião superior dos pilares.</p><p>▪ O polo inferior apresenta-se fixado a parede faríngea, próximo da língua.</p><p>▪ A amigdala é irrigada por várias artérias (palatina ascendente, palatina</p><p>descendente, faríngea ascendente, tonsilar e dorsal da língua) em todos</p><p>os seus polos, com destaque para o polo inferior onde também ocorre a</p><p>drenagem venosa.</p><p>▪ A tonsila palatina é envolvida por uma cápsula fina de tecido fibroso,</p><p>chamada cápsula amigdaliana.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>5</p><p>▪ A cápsula amigdaliana é separada da musculatura faríngea por um</p><p>espaço estreito de tecido conjuntivo frouxo.</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS LOJA AMIGDALIANA</p><p>▪ As tonsilas palatinas estão situadas num espaço lateral da orofaringe</p><p>conhecido como loja amigdaliana.</p><p>▪ A loja amigdaliana é delimitada por 3 estruturas:</p><p>▪ Anterior: pilar amigdaliano anterior (arco palatoglosso)</p><p>▪ Posterior: pilar amigdaliano posterior (arco palatofaríngeo)</p><p>▪ Lateral: musculatura faríngea (formado principalmente pelo</p><p>músculo constrictor superior da faringe).</p><p>▪ O nervo glossofaríngeo encontra-se profundamente e próximo à</p><p>musculatura faríngea. Este nervo emite um ramo timpânico (nervo de</p><p>Jacobson) que inerva a orelha média.</p><p>▪ A artéria carótida interna passa 20 mm profundamente à musculatura</p><p>faríngea. Malformações e trajetos aberrantes são muito raros.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS</p><p>A amigdalectomia pode ser classificada em extracapsular ou intracapsular,</p><p>conforme a técnica de dissecção:</p><p>▪ Extracapsular: é a técnica mais empregada. Realiza-se a dissecção da</p><p>amigdala “por fora”, no plano do espaço periamigdaliano.</p><p>▪ Intracapsular: realiza-se a remoção direta amigdala com o uso de</p><p>microdebridadores ou radiofrequência.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>6</p><p>A técnica cirúrgica também é dividida quando ao uso de cautério:</p><p>▪ Quente: exérese da amigdala com auxílio de eletrocautério.</p><p>▪ Fria: remoção da amigdala com bisturis e descoladores.</p><p>▪ Eclética: é o método mais realizado atualmente, com utilização de</p><p>bisturis, dissectores e eletrocautério associados.</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Abridor de boca de McIvor</p><p>▪ Aspirador de Yankauer</p><p>▪ Aspirador descolador de amígdala</p><p>▪ Descolador de Hurd</p><p>▪ Pinça Allis angulada</p><p>▪ Pinça Hartmann</p><p>▪ Pinça hemostática longa</p><p>▪ Suporte torácico para abridor de boca</p><p>▪ Tesoura de Metzenbaum</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo aramado com cuff fixado para baixo e no centro ou lateral</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na esquerda do paciente</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>7</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em posição de Rose</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Colocação do abridor de boca de McIvor</p><p>▪ Aspiração das secreções faríngeas</p><p>▪ Aplicação de gaze ancorada</p><p>na hipofaringe</p><p>▪ Infiltração da loja com anestésico e vasoconstrictor 1:200.000 (opcional)</p><p>▪ Apreensão e medialização das amigdalas com pinça Allis</p><p>▪ Incisão do pilar anterior com lâmina nº 12</p><p>▪ Dissecção do polo superior da amigdala com descolador de Hurd e</p><p>cautério bipolar no sentido crânio caudal</p><p>▪ Dissecção do polo inferior da amigdala com aspirador descolador e</p><p>cautério bipolar</p><p>▪ Aplicação de gaze ancorada na loja amigdaliana</p><p>▪ Revisão da hemostasia com uso de cautério bipolar</p><p>▪ Sutura de pontos sangrantes com catgut 4.0 (se necessário)</p><p>▪ Remoção da gaze na hipofaringe e abridor de boca</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>A dissecção da amigdala deve ser realizada com cuidado respeitando a</p><p>musculatura faríngea, uma vez que lesões dos músculos cursam com risco</p><p>aumentado de sangramento e dor pós operatória</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>8</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Hemorragia: lesão da musculatura faríngea ou hemostasia inadequada</p><p>▪ Faringite pós operatória: infecção do leito operatório (rara)</p><p>▪ Assimetria faríngea: retração cicatricial em decorrência de dissecção</p><p>excessiva dos músculos faríngeos.</p><p>▪ Hiperalgesia: lesão da musculatura faríngea e neuropatia local</p><p>▪ Hiperêmese: hiperestímulo glossofaríngeo e vagal por edema ou por</p><p>efeito colateral anestésico.</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Dipirona (500 mg/ml) 1 gota/kg VO 6/6h (crianças)</p><p>▪ Dipirona 1 g VO 6/6h (adultos)</p><p>▪ Paracetamol + Codeína 30 mg 4/4h (adultos)</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta líquido pastosa nos primeiros 3-5 dias</p><p>▪ Evitar exposição ao sol e calor por 7 dias</p><p>▪ Evitar pigarrear e gargarejar e escovar os dentes posteriores por 5 dias</p><p>▪ Evitar atividades físicas por 30 dias</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de otalgia reflexa, perda temporária na</p><p>sensibilidade gustativa e halitose</p><p>▪ Retorno para reavaliação com 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>8</p><p>9</p><p>CIRURGIA FARÍNGEA</p><p>Adenoidectomia</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Hipertrofia de adenoide sintomática</p><p>(roncos, apneia do sono e/ou otite média com efusão)</p><p>▪ Adenoidites de repetição</p><p>▪ Otite média com efusão recorrente</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ Adenoide é a tonsila localizada na parede posterior da rinofaringe.</p><p>▪ A nasofaringe está situada abaixo da base do crânio, anteriormente ao</p><p>clivus, posteriormente a coana e superiormente a orofaringe.</p><p>▪ Na parede lateral da rinofaringe estão localizadas 3 estruturas: óstio da</p><p>tuba auditiva, tórus tubário e fosseta de Rosenmuller.</p><p>▪ Posteriormente à mucosa da rinofaringe temos a fascia faringobasilar,</p><p>os músculos faríngeos (especialmente o músculo constrictor superior da</p><p>faringe) e a fascia pré-vertebral.</p><p>▪ A adenoide atinge seu pico de crescimento por volta de 3-7 anos e ocorre</p><p>involução natural após a puberdade.</p><p>▪ Sua hipertrofia pode se estender para lateral o ocluir o óstio da tuba.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>0</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS</p><p>A adenoidectomia pode ser classificada em extracapsular ou intracapsular,</p><p>conforme a técnica de dissecção:</p><p>▪ Extracapsular: é a técnica mais empregada. Realiza-se a exérese da</p><p>adenoide com o uso de curetas.</p><p>▪ Intracapsular: realiza-se a remoção da adenoide com o uso de</p><p>microdebridadores ou aparelho de radiofrequência (Coblation®).</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Abridor de boca de McIvor</p><p>▪ Aspirador de Yankauer</p><p>▪ Curetas de Beckmann</p><p>▪ Pinça Hartmann</p><p>▪ Suporte torácico para abridor de boca</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo aramado com cuff fixado para baixo e no centro ou lateral</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na esquerda do paciente</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>1</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em posição de Rose</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Inserção do abridor de boca de McIvor</p><p>▪ Palpação do cavum e avaliação da adenoide</p><p>▪ Exérese da adenoide com curetas de Beckmann</p><p>▪ Palpação do cavum e avaliação remanescentes adenoideanos</p><p>▪ Aplicação de tampão compressivo com gaze no cavum</p><p>▪ Hemostasia dos pontos sangrantes com cautério bipolar (se necessário)</p><p>▪ Aspiração das secreções e remoção do abridor de boca</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Evitar hiperextensão do pescoço, uma vez que isto curso com risco</p><p>aumentado de dano à estruturas faríngeas posteriores.</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Hemorragia: em decorrência de tecido adenoideano remanescente ou</p><p>sangramento da mucosa cruenta</p><p>▪ Nasofaringite pós operatória: infecção do leito cirúrgico</p><p>▪ Disfunção tubária: curetagem do óstio tubário</p><p>▪ Estenose do cavum: curetagem mucosa extensa</p><p>▪ Osteomielite vertebral: lesão da fáscia pré vertebral</p><p>▪ Insuficiência velofaríngea: adenoidectomia em pacientes com fissura</p><p>submucosa</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>2</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Dipirona (500 mg/ml) 1 gota/kg VO 6/6h (crianças)</p><p>▪ Amoxacilina (250 mg/5 ml) Kg/3 VO 8/8h (técnica intracapsular)</p><p>▪ Lavagem nasal com soro fisiológico 4/4h</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta líquido pastosa nos primeiros 3-5 dias</p><p>▪ Evitar exposição ao sol e calor por 7 dias</p><p>▪ Evitar atividades físicas por 21 dias</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de rinorreia e halitose</p><p>▪ Retorno para reavaliação com 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>3</p><p>CIRURGIA FARÍNGEA</p><p>Uvulopalatofaringoplastia</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Ronco primário (com úvula alongada e tecido supratonsilar redundante)</p><p>▪ Síndrome de apneia obstrutiva do sono (Friedman 1 e 2)</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A parede lateral da faringe é delimitada principalmente pelo:</p><p>▪ Anterior: músculo palatoglosso</p><p>▪ Posterior: palatofaríngeo</p><p>▪ Lateral: músculo constrictor superior da faringe</p><p>▪ Profundamente ao músculo constrictor superior da faringe se encontra</p><p>a fáscia bucofaríngea.</p><p>▪ A úvula é uma projeção de músculo e mucosa no centro do palato mole</p><p>e tem função discutível, estando relacionada ao auxílio na ressonância</p><p>vocal e lubrificação da faringe.</p><p>▪ O nervo glossofaríngeo encontra-se profundamente e próximo ao</p><p>músculo constrictor superior da faringe.</p><p>▪ A artéria carótida interna passa 20 mm profundamente à musculatura</p><p>faríngea. Malformações e trajetos aberrantes são muito raros.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>4</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo aramado com cuff fixado no centro para baixo ou lateral esquerda</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na esquerda do paciente</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Abridor de boca de McIvor</p><p>▪ Aspirador de Yankauer</p><p>▪ Aspirador descolador de amígdala</p><p>▪ Descolador de Hurd</p><p>▪ Pinça Allis angulada</p><p>▪ Pinça Hartmann</p><p>▪ Pinça hemostática longa</p><p>▪ Suporte torácico para abridor de boca</p><p>▪ Tesoura de Metzenbaum</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>5</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em posição de Rose</p><p>▪ Inserção do abridor de boca de McIvor</p><p>▪ Aspiração das secreções faríngeas</p><p>▪ Aplicação de tampão com gaze ancorada na hipofaringe</p><p>▪ Infiltração dos pilares anteriores e palato mole com anestésico e</p><p>vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Amigdalectomia (se ainda houver amigdalas)</p><p>▪ Ressecção triangular de tecido supratonsilar</p><p>▪ Ressecção parcial da úvula</p><p>▪ Hemostasia dos pontos sangrantes com eletrocautério</p><p>▪ Sutura dos pilares palatoglosso e palatofaríngeo na parede lateral da</p><p>fossa tonsilar com vycril 3.0</p><p>▪ Sutura dos bordos remanescentes da úvula com vycril 3.0</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Remoção do tampão em hipofaringe e abridor de boca</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Hemorragia: hemostasia inadequada da musculatura faríngea</p><p>▪ Faringite pós operatória: infecção do leito operatório (rara)</p><p>▪ Insuficiência respiratória: edema acentuado dos tecidos moles</p><p>faríngeos</p><p>▪ Insuficiência velofaríngea: lesões ao palatofaríngeo</p><p>▪ Estenose nasofaríngea: ressecções extensas do pilar posterior</p><p>▪ Assimetria faríngea: por retração cicatricial</p><p>▪ Hiperêmese: hiperestímulo glossofaríngeo e vagal por edema da fossa</p><p>tonsilar ou por efeito colateral anestésico.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>6</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Amoxacilina + Clavulanato 875 + 125 mg VO 8/8h</p><p>▪ Dipirona 1 g VO 6/6h</p><p>▪ Paracetamol + Codeína 30 mg VO 6/6h</p><p>▪ Prednisolona 60 mg 1x ao dia 5 dias</p><p>▪ Hexomedine ou Flogoral 6x ao dia</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta líquido pastosa e fria nos primeiros 3-5 dias</p><p>▪ Evitar exposição ao sol e calor por 7 dias</p><p>▪ Evitar atividades físicas por 30 dias</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de insuficiência velofaríngea temporária</p><p>(normalmente até 3 semanas), halitose, odinofagia e otalgia reflexa.</p><p>▪ Retorno para reavaliação com 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>7</p><p>CIRURGIA FARÍNGEA</p><p>Faringoplastia Lateral</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Ronco primário (tecido supratonsilar redundante)</p><p>▪ Síndrome de apneia obstrutiva do sono (Friedmann 1 e 2)</p><p>Faringoplastia lateral é mais uma cirurgia de tecidos moles para o</p><p>tratamento da apneia do sono. Existem várias versões dessa cirurgia.</p><p>CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS</p><p>▪ A parede lateral da faringe é formada principalmente pelo músculo</p><p>palatoglosso, palatofaríngeo e músculo constrictor superior da faringe.</p><p>▪ O músculo constrictor superior da faringe é o principal musculo</p><p>responsável pelo fechamento (constricção) da faringe.</p><p>▪ O músculo palatofaríngeo é responsável pela elevação da faringe para a</p><p>nasofaringe durante a deglutição.</p><p>▪ O músculo constrictor superior da faringe e palatofaríngeo são os</p><p>principais constrictores (reduzem o lúmen) da faringe.</p><p>▪ Profundamente ao músculo constrictor superior da faringe se encontra</p><p>a fáscia bucofaríngea.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>8</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo aramado com cuff fixado no centro para baixo ou lateral esquerda</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na esquerda do paciente</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Abridor de boca de McIvor</p><p>▪ Aspirador de Yankauer</p><p>▪ Aspirador descolador de amígdala</p><p>▪ Descolador de Hurd</p><p>▪ Pinça Allis angulada</p><p>▪ Pinça Hartmann</p><p>▪ Pinça hemostática longa</p><p>▪ Suporte torácico para abridor de boca</p><p>▪ Tesoura de Metzenbaum</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>9</p><p>9</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em posição de Rose</p><p>▪ Inserção do abridor de boca de Boyle-Davis</p><p>▪ Infiltração dos pilares anteriores e palato mole com anestésico e</p><p>vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Amigdalectomia (se ainda houver amigdalas)</p><p>▪ Hemostasia dos pontos sangrantes com eletrocautério</p><p>▪ Ressecção triangular do tecido supratonsilar</p><p>▪ Separação entre os músculos constrictor e palatofaríngeo</p><p>▪ Descolamento do retalho palatofaríngeo da fascia bucofaríngea</p><p>▪ Incisão horizontal de alívio no retalho palatofaríngeo</p><p>▪ Sutura do retalho palatofaríngeo na parede lateral com vycril 3.0</p><p>▪ Hemostasia dos pontos sangrantes com eletrocautério</p><p>▪ Sutura dos pilares amigdalianos com vycril 3.0</p><p>▪ Remoção do tampão em hipofaringe e abridor de boca</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Enquanto na UPFP resseca-se o tecido mucoso, na faringoplastia lateral</p><p>realiza-se o reposicionamento da musculatura faríngea na parede lateral.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>0</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Hemorragia: hemostasia inadequada da musculatura faríngea</p><p>▪ Faringite pós operatória: infecção do leito operatório (rara)</p><p>▪ Insuficiência respiratória: edema acentuado dos tecidos moles</p><p>faríngeos</p><p>▪ Insuficiência velofaríngea: ressecções extensas do palatofaríngeo</p><p>▪ Estenose nasofaríngea: ressecções extensas do pilar posterior</p><p>▪ Assimetria faríngea: por retração cicatricial</p><p>▪ Hiperêmese: hiperestímulo glossofaríngeo e vagal por edema da fossa</p><p>tonsilar ou por efeito colateral anestésico.</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Amoxacilina + Clavulanato 875 + 125 mg VO 8/8h</p><p>▪ Dipirona 1 g VO 6/6h</p><p>▪ Paracetamol + Codeína 30 mg VO 6/6h</p><p>▪ Prednisolona 60 mg 1x ao dia 5 dias</p><p>▪ Hexomedine ou Flogoral 6x ao dia</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta líquido pastosa e fria nos primeiros 3-5 dias</p><p>▪ Evitar exposição ao sol e calor por 7 dias</p><p>▪ Evitar atividades físicas por 30 dias</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de insuficiência velofaríngea temporária</p><p>(normalmente até 3 semanas), halitose, odinofagia e otalgia reflexa.</p><p>▪ Retorno para reavaliação com 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>1</p><p>CIRURGIA LARÍNGEA</p><p>Microcirurgia</p><p>para Pólipo Vocal</p><p>INDICAÇÃO CIRÚRGICA</p><p>▪ Pólipo vocal</p><p>PÓLIPO VOCAL</p><p>▪ Lesão polipoide benigna e vascularizada</p><p>▪ Geralmente unilateral</p><p>▪ Causado por fonotrauma</p><p>▪ Tem origem no espaço de Reinke</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A prega vocal possui 3 camadas: epitélio, lâmina própria e músculo.</p><p>▪ A lâmina própria, por sua vez, também possui 3 subcamadas: superficial,</p><p>intermediária e profunda.</p><p>▪ A camada superficial da lâmina própria é o espaço de Reinke.</p><p>▪ As camadas intermediária e profunda formam o ligamento vocal.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>2</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo não aramado com cuff de menor diâmetro possível</p><p>▪ Adultos: 5, 6 ou 6.5</p><p>▪ Crianças: 3 ou 3.5</p><p>▪ Tubo fixado à esquerda</p><p>▪ Relaxamento muscular completo</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na direita do paciente</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Bisturi foice</p><p>▪ Descoladores curvos</p><p>▪ Laringoscópios</p><p>▪ Microscópio com comprimento focal de 400 mm</p><p>▪ Pinça de apreensão triangular</p><p>▪ Pinça jacaré reta e curva</p><p>▪ Pinça saca-bocado retas e curva</p><p>▪ Ponta de cauterizador</p><p>▪ Pontas de aspirador</p><p>▪ Suporte torácico de laringoscópio</p><p>▪ Tesoura retas e anguladas</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>3</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente sob anestesia geral em posição de Boyce-Jackson</p><p>▪ Aplicação de protetores de arcada dentária</p><p>▪ Introdução do laringoscópio e aspiração de secreções</p><p>▪ Posicionamento e fixação do laringoscópio no suporte torácico</p><p>▪ Microlaringoscopia com visibilização e palpação da lesão polipoide no</p><p>terço anterior da prega vocal (direita/esquerda)</p><p>▪ Apreensão e tração delicada da lesão em direção oposta</p><p>▪ Ressecção com microtesoura</p><p>▪ Aplicação de algodão embebido em adrenalina 1:1.000</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Remoção do laringoscópio sob visualização direta</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Outra técnica</p><p>que pode ser realizada é o uso de microflap. Faz-se uma</p><p>incisão na mucosa lateral ao pólipo, e então realiza-se o descolamento da</p><p>lesão até a sua total remoção.</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: hemostasia inadequada (raro)</p><p>▪ Sinéquia vocal: exposição de áreas cruentas em ambas as pregas</p><p>▪ Rigidez vocal: aderência fibrosa das camadas</p><p>▪ Edema da prega vocal: manipulação excessiva das pregas</p><p>▪ Extração dentária: força intempestiva na introdução do laringoscópio</p><p>▪ Granuloma: reação inflamatória local</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>4</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Omeprazol ou Pantoprazol 40 mg VO 12/12h 7 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Budesonida 200 mcg – aspirar 1 cápsula 12/12h 7 dias (opcional)</p><p>▪ Nebulização com soro fisiológico 6/6h (opcional)</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda e fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Repouso vocal absoluto por 7 dias</p><p>▪ Cessação de tabagismo e uso de álcool</p><p>▪ Evitar pigarrear e sussurrar durante o período de repouso vocal</p><p>▪ Evitar esforços físicos por 3 dias</p><p>▪ Reavaliação médica com videolaringoscopia em 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>5</p><p>CIRURGIA LARÍNGEA</p><p>Microcirurgia</p><p>para Nódulo Vocal</p><p>INDICAÇÃO CIRÚRGICA</p><p>▪ Nódulo vocal (refratário à fonoterapia)</p><p>NÓDULO VOCAL</p><p>▪ Lesão sólida, bilateral e simétrica</p><p>▪ Localizado entre o terço anterior e médio das pregas vocais</p><p>▪ Causado por fonotrauma</p><p>▪ Tem origem no epitélio e espaço de Reinke</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A prega vocal possui 3 camadas: epitélio, lâmina própria e músculo.</p><p>▪ A lâmina própria, por sua vez, também possui 3 subcamadas: superficial,</p><p>intermediária e profunda.</p><p>▪ A camada superficial da lâmina própria é o espaço de Reinke.</p><p>▪ As camadas intermediária e profunda formam o ligamento vocal.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>6</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo não aramado com cuff de menor diâmetro possível</p><p>▪ Adultos: 5, 6 ou 6.5</p><p>▪ Crianças: 3 ou 3.5</p><p>▪ Tubo fixado à esquerda</p><p>▪ Relaxamento muscular completo</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na direita do paciente</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Bisturi foice</p><p>▪ Descoladores curvos</p><p>▪ Laringoscópios</p><p>▪ Microscópio com comprimento focal de 400 mm</p><p>▪ Pinça de apreensão triangular</p><p>▪ Pinça jacaré reta e curva</p><p>▪ Pinça saca-bocado retas e curva</p><p>▪ Ponta de cauterizador</p><p>▪ Pontas de aspirador</p><p>▪ Suporte torácico de laringoscópio</p><p>▪ Tesoura retas e anguladas</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>7</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente sob anestesia geral em posição de Boyce-Jackson</p><p>▪ Aplicação de protetores de arcada dentária</p><p>▪ Introdução do laringoscópio e aspiração das secreções</p><p>▪ Posicionamento e fixação do laringoscópio no suporte torácico</p><p>▪ Microlaringoscopia com visibilização e palpação de lesões nodulares</p><p>bilaterais entre o terço anterior e médio das pregas vocais</p><p>▪ Apreensão das lesões em direção oposta</p><p>▪ Ressecção com microtesoura</p><p>▪ Aplicação de cotonoide embebido em adrenalina 1:1.000</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Remoção do laringoscópio sob visualização direta e aspiração das</p><p>secreções faríngeas</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: hemostasia inadequada (raro)</p><p>▪ Sinéquia vocal: exposição de áreas cruentas em ambas as pregas</p><p>▪ Rigidez vocal: aderência fibrosa das camadas</p><p>▪ Edema da prega vocal: manipulação excessiva das pregas</p><p>▪ Extração dentária: força intempestiva na introdução do laringoscópio</p><p>▪ Granuloma: reação inflamatória local</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>8</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Omeprazol ou Pantoprazol 40 mg VO 12/12h 7 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Nebulização com soro fisiológico 6/6h (opcional)</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda e fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Repouso vocal absoluto por 7 dias</p><p>▪ Cessação de tabagismo e uso de álcool</p><p>▪ Evitar pigarrear e sussurrar durante o período de repouso vocal</p><p>▪ Evitar esforços físicos por 3 dias</p><p>▪ Reavaliação médica com videolaringoscopia em 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>10</p><p>9</p><p>CIRURGIA LARÍNGEA</p><p>Microcirurgia para</p><p>Edema de Reinke</p><p>INDICAÇÃO CIRÚRGICA</p><p>▪ Edema de Reinke sintomático (disfonia ou dispneia) refratário ao</p><p>tratamento clínico</p><p>EDEMA DE REINKE</p><p>▪ Edema com material inflamatório gelatinoso no espaço de Reinke</p><p>▪ Incialmente acomete a porção anterior das pregas e conforme a</p><p>evolução, estende-se para toda a porção membranosa da prega.</p><p>▪ Causado por fonotrauma, tabagismo e refluxo faringolaríngeo</p><p>CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS</p><p>▪ A prega vocal possui 3 camadas: epitélio, lâmina própria e músculo.</p><p>▪ A lâmina própria, por sua vez, também possui 3 subcamadas: superficial,</p><p>intermediária e profunda.</p><p>▪ A camada superficial da lâmina própria é o espaço de Reinke.</p><p>▪ As camadas intermediária e profunda formam o ligamento vocal.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>110</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo não aramado com cuff de menor diâmetro possível</p><p>▪ Adultos: 5, 6 ou 6.5</p><p>▪ Crianças: 3 ou 3.5</p><p>▪ Tubo fixado à esquerda</p><p>▪ Relaxamento muscular completo</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na direita do paciente</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Bisturi foice</p><p>▪ Descoladores curvos</p><p>▪ Laringoscópios</p><p>▪ Microscópio com comprimento focal de 400 mm</p><p>▪ Pinça de apreensão triangular</p><p>▪ Pinça jacaré reta e curva</p><p>▪ Pinça saca-bocado retas e curva</p><p>▪ Ponta de cauterizador</p><p>▪ Pontas de aspirador</p><p>▪ Suporte torácico de laringoscópio</p><p>▪ Tesoura retas e anguladas</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>111</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente sob anestesia geral em posição de Boyce-Jackson</p><p>▪ Aplicação de protetores de arcada dentária</p><p>▪ Introdução do laringoscópio e aspiração de secreções</p><p>▪ Posicionamento e fixação do laringoscópio no suporte torácico</p><p>▪ Microlaringoscopia com visibilização e palpação de lesões edematosas</p><p>fusiformes em ambas as pregas vocais</p><p>▪ Confecção de microflap lateral</p><p>▪ Aplicação de cotonoide embebido em adrenalina 1:1.000</p><p>▪ Aspiração do conteúdo gelatinoso de ambas as pregas</p><p>▪ Reposicionamento e ressecção de retalho mucoso excedente</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Remoção do laringoscópio sob visualização direta</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Outra técnica que pode ser realizada é a remoção do conteúdo gelatinoso</p><p>com pinças. Especialmente indicada nos edemas onde o material está mais</p><p>consistente e endurecido para ser aspirado.</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: hemostasia inadequada (raro)</p><p>▪ Sinéquia vocal: exposição de áreas cruentas em ambas as pregas</p><p>▪ Rigidez vocal: aderência fibrosa das camadas</p><p>▪ Edema da prega vocal: manipulação excessiva das pregas</p><p>▪ Extração dentária: força intempestiva na introdução do laringoscópio</p><p>▪ Granuloma: reação inflamatória local</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>112</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Omeprazol ou Pantoprazol 40 mg VO 12/12h 7 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Nebulização com soro fisiológico 6/6h (opcional)</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda e fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Repouso vocal absoluto por 7 dias</p><p>▪ Cessação de tabagismo e uso de álcool</p><p>▪ Evitar pigarrear e sussurrar durante o período de repouso vocal</p><p>▪ Evitar esforços físicos por 3 dias</p><p>▪ Orientar sobre chance de recidiva se o tabagismo não for abandonado</p><p>▪ Reavaliação médica com videolaringoscopia em 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>113</p><p>CIRURGIA LARÍNGEA</p><p>Microcirurgia para</p><p>Papilomas Vocais</p><p>INDICAÇÃO CIRÚRGICA</p><p>▪ Papilomatose respiratória recorrente</p><p>PAPILOMATOSE RESPIRATÓRIA</p><p>▪ Tumor benigno mais comum da laringe</p><p>▪ Lesões exofíticas pediculadas</p><p>▪ Causada pela infecção pelo HPV</p><p>▪ Forma Juvenil: acomete crianças abaixo de 12 anos e mais agressivo</p><p>▪ Forma Adulta: menor recorrência, mas maior potencial de malignização</p><p>CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS</p><p>▪ A prega vocal possui 3 camadas: epitélio, lâmina própria e músculo.</p><p>▪ A lâmina própria, por sua vez, também possui 3 subcamadas:</p><p>superficial, intermediária e profunda.</p><p>▪ A camada superficial da lâmina própria é o espaço de Reinke.</p><p>▪ As camadas intermediária e profunda formam o ligamento vocal.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>114</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo não aramado com cuff de menor diâmetro possível</p><p>▪ Adultos: 5, 6 ou 6.5</p><p>▪ Crianças: 3 ou 3.5</p><p>▪ Tubo fixado à esquerda</p><p>▪ Relaxamento muscular completo</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na direita do paciente</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Bisturi foice</p><p>▪ Descoladores curvos</p><p>▪ Laringoscópios</p><p>▪ Microscópio com comprimento focal de 400 mm</p><p>▪ Pinça de apreensão triangular</p><p>▪ Pinça jacaré reta e curva</p><p>▪ Pinça saca-bocado retas e curva</p><p>▪ Ponta de cauterizador</p><p>▪ Pontas de aspirador</p><p>▪ Suporte torácico de laringoscópio</p><p>▪ Tesoura retas e anguladas</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>115</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente sob anestesia geral em posição de Boyce-Jackson</p><p>▪ Aplicação de protetores de arcada dentária</p><p>▪ Introdução do laringoscópio e aspiração de secreções</p><p>▪ Posicionamento e fixação do laringoscópio no suporte torácico</p><p>▪ Microlaringoscopia com visibilização e palpação de lesões papilomatosas</p><p>no terço (anterior/médio/posterior) da prega vocal (direita/esquerda)</p><p>▪ Apreensão das lesões em direção oposta</p><p>▪ Exérese com uso de (laser de CO2/microflap/saca-bocado)</p><p>▪ Aplicação de cotonoide embebido em adrenalina 1:1.000</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Remoção do laringoscópio sob visualização direta com aspiração das</p><p>secreções faríngeas</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>O tipo de técnica a ser empregada depende da disponibilidade de material e</p><p>experiência do cirurgião. Em papilomatoses extensas recomenda-se o uso de</p><p>laser de CO2 por permitir um melhor controle hemostático.</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: hemostasia inadequada (raro)</p><p>▪ Sinéquia vocal: exposição de áreas cruentas em ambas as pregas</p><p>▪ Rigidez vocal: aderência fibrosa das camadas</p><p>▪ Edema da prega vocal: manipulação excessiva das pregas</p><p>▪ Extração dentária: força intempestiva na introdução do laringoscópio</p><p>▪ Granuloma: reação inflamatória local</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>116</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Omeprazol ou Pantoprazol 40 mg VO 12/12h 7 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Nebulização com soro fisiológico 6/6h (opcional)</p><p>▪ Vacinação para HPV (há indícios de diminuição da recorrência)</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda e fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Repouso vocal absoluto por 7 dias</p><p>▪ Cessação de tabagismo e uso de álcool</p><p>▪ Evitar pigarrear e sussurrar durante o período de repouso vocal</p><p>▪ Evitar esforços físicos por 3 dias</p><p>▪ Reavaliação médica com videolaringoscopia em 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>117</p><p>CIRURGIA LARÍNGEA</p><p>Microcirurgia</p><p>para Cisto Vocal</p><p>INDICAÇÃO CIRÚRGICA</p><p>▪ Cisto de prega vocal sintomático</p><p>CISTOS MUCOSO</p><p>▪ Lesão cística subepitelial (espaço de Reinke)</p><p>▪ Decorrente de obstrução de uma glândula mucosa</p><p>CISTOS EPIDERMOIDE</p><p>▪ Lesão cística subepitelial de aspecto perolado</p><p>▪ Decorrente de fonotrauma ou restos epiteliais embrionários</p><p>PESEUDOCISTO</p><p>▪ Lesão pseudocística (sem cápsula) subepitelial de aspecto translúcido</p><p>▪ Decorrente de fonotrauma</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>118</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo não aramado com cuff de menor diâmetro possível</p><p>▪ Adultos: 5, 6 ou 6.5</p><p>▪ Crianças: 3 ou 3.5</p><p>▪ Tubo fixado à esquerda</p><p>▪ Relaxamento muscular completo</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na direita do paciente</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Bisturi foice</p><p>▪ Descoladores curvos</p><p>▪ Laringoscópios</p><p>▪ Microscópio com comprimento focal de 400 mm</p><p>▪ Pinça de apreensão triangular</p><p>▪ Pinça jacaré reta e curva</p><p>▪ Pinça saca-bocado retas e curva</p><p>▪ Ponta de cauterizador</p><p>▪ Pontas de aspirador</p><p>▪ Suporte torácico de laringoscópio</p><p>▪ Tesoura retas e anguladas</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>119</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente sob anestesia geral em posição de Boyce-Jackson</p><p>▪ Aplicação de protetores de arcada dentária</p><p>▪ Introdução do laringoscópio e aspiração de secreções</p><p>▪ Posicionamento e fixação do laringoscópio no suporte torácico</p><p>▪ Microlaringoscopia com visibilização e palpação de lesão cística no terço</p><p>(anterior/médio/posterior) da prega vocal (direita/esquerda)</p><p>▪ Confecção de um microflap lateral</p><p>▪ Dissecção romba na face medial e lateral da lesão</p><p>▪ Exérese completa da lesão cística</p><p>▪ Aplicação de cotonoide embebido em adrenalina 1:1.000</p><p>▪ Reposicionamento dos retalhos de epitélio com cola de fibrina</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Remoção do laringoscópio sob visualização direta e aspiração das</p><p>secreções faríngeas</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>A etapa mais importante e difícil na cirurgia é durante a dissecção do cisto.</p><p>Deve-se realizar descolamentos delicados e com instrumentos rombos para</p><p>evitar o rompimento da cápsula, diminuindo o risco de recidivas.</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: hemostasia inadequada (raro)</p><p>▪ Recidiva: rompimento da cápsula durante a dissecção</p><p>▪ Rigidez vocal: aderência fibrosa das camadas</p><p>▪ Edema da prega vocal: manipulação excessiva das pregas</p><p>▪ Extração dentária: força intempestiva na introdução do laringoscópio</p><p>▪ Granuloma: reação inflamatória local</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>0</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Omeprazol ou Pantoprazol 40 mg VO 12/12h 7 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Nebulização com soro fisiológico 6/6h (opcional)</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda e fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Repouso vocal absoluto por 7 dias</p><p>▪ Cessação de tabagismo e uso de álcool</p><p>▪ Evitar pigarrear e sussurrar durante o período de repouso vocal</p><p>▪ Evitar esforços físicos por 3 dias</p><p>▪ Reavaliação médica com videolaringoscopia em 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>1</p><p>CIRURGIA LARÍNGEA</p><p>Microcirurgia</p><p>de Decorticação</p><p>INDICAÇÃO CIRÚRGICA</p><p>▪ Lesão na prega vocal com</p><p>suspeita de malignidade</p><p>▪ Carcinoma in situ</p><p>▪ Papilomatose respiratória extensa</p><p>CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS</p><p>▪ A prega vocal possui 3 camadas: epitélio, lâmina própria e músculo.</p><p>▪ A lâmina própria, por sua vez, também possui 3 subcamadas:</p><p>superficial, intermediária e profunda.</p><p>▪ A camada superficial da lâmina própria é o espaço de Reinke.</p><p>▪ As camadas intermediária e profunda formam o ligamento vocal.</p><p>▪ A onda mucosa ocorre no epitélio e espaço de Reinke.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>2</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo não aramado com cuff de menor diâmetro possível</p><p>▪ Adultos: 5, 6 ou 6.5</p><p>▪ Crianças: 3 ou 3.5</p><p>▪ Tubo fixado à esquerda</p><p>▪ Relaxamento muscular completo</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na direita do paciente</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Bisturi foice</p><p>▪ Descoladores curvos</p><p>▪ Laringoscópios</p><p>▪ Microscópio com comprimento focal de 400 mm</p><p>▪ Pinça de apreensão triangular</p><p>▪ Pinça jacaré reta e curva</p><p>▪ Pinça saca-bocado retas e curva</p><p>▪ Ponta de cauterizador</p><p>▪ Pontas de aspirador</p><p>▪ Suporte torácico de laringoscópio</p><p>▪ Tesoura retas e anguladas</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>3</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente sob anestesia geral em posição de Boyce-Jackson</p><p>▪ Aplicação de protetores de arcada dentária</p><p>▪ Introdução do laringoscópio e aspiração de secreção</p><p>▪ Posicionamento e fixação do laringoscópio no suporte torácico</p><p>▪ Microlaringoscopia com visibilização e palpação de lesão no terço</p><p>(anterior/médio/posterior) da prega vocal (direita/esquerda)</p><p>▪ Confecção de um microflap lateral</p><p>▪ Dissecção romba preservando o ligamento vocal</p><p>▪ Exérese completa da lesão</p><p>▪ Aplicação de cotonoide embebido em adrenalina 1:1.000</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Remoção do laringoscópio sob visualização direta e aspiração das</p><p>secreções faríngeas</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: hemostasia inadequada (raro)</p><p>▪ Sinéquia vocal: exposição de áreas cruentas em ambas as pregas</p><p>▪ Rigidez vocal: aderência fibrosa das camadas</p><p>▪ Edema da prega vocal: manipulação excessiva das pregas</p><p>▪ Extração dentária: força intempestiva na introdução do laringoscópio</p><p>▪ Granuloma: reação inflamatória local</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>4</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Omeprazol ou Pantoprazol 40 mg VO 12/12h 7 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Nebulização com soro fisiológico 6/6h (opcional)</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda e fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Repouso vocal absoluto por 7 dias</p><p>▪ Cessação de tabagismo e uso de álcool</p><p>▪ Evitar pigarrear e sussurrar durante o período de repouso vocal</p><p>▪ Evitar esforços físicos por 3 dias</p><p>▪ Reavaliação médica com videolaringoscopia em 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>5</p><p>CIRURGIA LARÍNGEA</p><p>Aritenoidectomia</p><p>INDICAÇÃO CIRÚRGICA</p><p>▪ Paralisia bilateral da prega vocal em posição mediana</p><p>PARALISIA VOCAL BILATERAL</p><p>▪ Paralisia vocal bilateral em posição mediana (adução) resulta no</p><p>fechamento da glote e consequente insuficiência respiratória</p><p>▪ Estes pacientes devem ser submetidos a traqueostomia como medida de</p><p>restabelecimento da função respiratória</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ As cartilagens aritenoideas são pares, tem a forma triangular e estão</p><p>apoiadas sobre a cricoide.</p><p>▪ Cada aritenoide é dividida em dois processos:</p><p>▪ Processo vocal: onde se insere o ligamento vocal</p><p>▪ Processo muscular: onde se insere os músculos cricoaritenóideos</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Através da cânula de traqueostomia</p><p>▪ Relaxamento muscular completo</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>6</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na direita do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na direita do paciente</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Bisturi foice</p><p>▪ Descoladores curvos</p><p>▪ Eletrocautério</p><p>▪ Laringoscópios</p><p>▪ Laser de CO2</p><p>▪ Microscópio com comprimento focal de 400 mm</p><p>▪ Pinça de apreensão triangular</p><p>▪ Pinça jacaré reta e curva</p><p>▪ Pinça saca-bocado retas e curva</p><p>▪ Ponta de cauterizador</p><p>▪ Pontas de aspirador</p><p>▪ Suporte torácico de laringoscópio</p><p>▪ Tesoura retas e anguladas</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>7</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente sob anestesia geral em posição de Boyce-Jackson</p><p>▪ Aplicação de protetores de arcada dentária</p><p>▪ Introdução do laringoscópio e aspiração de secreções</p><p>▪ Posicionamento e fixação do laringoscópio no suporte torácico</p><p>▪ Microlaringoscopia com visibilização e palpação aritenoides com</p><p>constatação de paralisa vocal bilateral em abdução</p><p>▪ Infiltração de anestésico e vasoconstrictor 1:200.000 nas aritenoides</p><p>▪ Transecção da prega vocal anterior ao processo vocal da aritenoide</p><p>▪ Incisão em arco até a região interaritenoidea</p><p>▪ Dissecção submucosa da cartilagem aritenoidea</p><p>▪ Exérese do processo vocal com preservação do processo muscular</p><p>▪ Reposicionamento da mucosa com cola de fibrina e sutura com vycril 5.0</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Remoção do laringoscópio sob visualização direta</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: hemostasia inadequada</p><p>▪ Edema da prega vocal: manipulação excessiva das pregas</p><p>▪ Extração dentária: força intempestiva na introdução do laringoscópio</p><p>▪ Granuloma: reação inflamatória local</p><p>▪ Persistência dos sintomas: abertura insuficiência da glote posterior</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>8</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Cefalexina 500 mg VO 6/6h 10 dias</p><p>▪ Prednisona 40 mg VO 7 dias</p><p>▪ Omeprazol ou Pantoprazol 40 mg VO 12/12h 30 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h para dor</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda e fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Manter a traqueostomia no pós operatório</p><p>▪ Programar decanulação entre 4-8 semanas</p><p>▪ Orientar sobre perda de qualidade vocal no pós operatório</p><p>▪ Cessação de tabagismo e uso de álcool</p><p>▪ Repouso vocal absoluto por 7 dias</p><p>▪ Evitar pigarrear e sussurrar durante o período de repouso vocal</p><p>▪ Evitar esforços físicos por 3 dias</p><p>▪ Reavaliação médica com videolaringoscopia em 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>9</p><p>CIRURGIA LARÍNGEA</p><p>Tireoplastia</p><p>INDICAÇÃO CIRÚRGICA</p><p>▪ Paralisia da prega vocal em abdução</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ Cartilagem tireoide é a maior das cartilagens laríngeas</p><p>▪ É formada pelo corpo (composto por duas lâminas laterais) e os cornos</p><p>superiores e inferiores (proeminências nas margens da cartilagem).</p><p>▪ Suas lâminas laterais se unem anteriormente e formam a proeminência</p><p>laríngea, conhecida popularmente como "pomo de Adão".</p><p>▪ O corno superior se liga ao osso hioide pela membrana tireohioidea.</p><p>▪ O corno inferior se liga à cartilagem cricoide através da membrana</p><p>cricotireoidea.</p><p>▪ Anteriormente a cartilagem estão dispostos músculo infrahioideos:</p><p>tireohioideo e o esternohioideo.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>0</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS</p><p>As tireoplastias, também chamadas de cirurgia laringoplástica, são</p><p>classificadas em 4 tipos, segundo Isshiki:</p><p>▪ Tipo 1: indicada nas paralisias vocais unilaterais em</p><p>abdução, consiste</p><p>na medialização da prega vocal, através da confecção de uma janela na</p><p>cartilagem tireóidea e aplicação de uma prótese. É o tipo de tireoplastia</p><p>mais realizada.</p><p>▪ Tipo 2: indicada para disfonia espasmódica adutora, consiste na</p><p>lateralização da prega vocal, através da através do afastamento da</p><p>comissura anterior por meio da ressecção da cartilagem tireóidea e</p><p>interposição de externo. É um procedimento raramente utilizado.</p><p>▪ Tipo 3: indicada para disfonia espasmódica refratária ao uso de toxina</p><p>botulínica ou voz com alto pitch, consiste no relaxamento da prega</p><p>vocal, através do encurtamento anteroposterior por meio de ressecção</p><p>das lâminas da cartilagem tireoide. É um procedimento pouco utilizado.</p><p>▪ Tipo 4: indicado para voz com baixo pitch, consiste no estiramento da</p><p>prega vocal, através da aproximação cricotireoidea por meio de sutura</p><p>entre a cartilagem cricoide e tireóidea. É um procedimento pouco</p><p>utilizado.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>1</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Local sem sedação (ou sedação leve)</p><p>▪ Cateter nasal com oxigênio</p><p>▪ Membros superiores do lado operado ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na direita do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na esquerda do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na direita, atrás do cirurgião</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Descolador de Freer</p><p>▪ Afastadores</p><p>▪ Prótese de tireoplastia</p><p>▪ Nasofribolaringoscópio</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>2</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA TIREOPLASTIA TIPO 1</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça elevada</p><p>▪ Assepsia, antissepsia e colocação de campos</p><p>▪ Infiltração da pele com anestésico e vasoconstrictor 1:200.000</p><p>▪ Incisão horizontal com lâmina 15 no ponto médio da cartilagem tireóidea</p><p>▪ Extensão da incisão do músculo ECM até 1 cm após a linha média</p><p>▪ Afastamento dos músculos esternohióideos e tirehióideos</p><p>▪ Exposição da cartilagem tireóidea</p><p>▪ Confecção da janela* na cartilagem com uso de broca</p><p>▪ Inserção da prótese através da janela</p><p>▪ Avaliação da fonação com nasofibrolaringoscopia</p><p>▪ Fixação da prótese com prolene 2.0</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Sutura dos músculos com vycril 3.0</p><p>▪ Sutura da pele com nylon 4.0</p><p>▪ Curativo externo</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>*DIMENSÕES DA JANELA NA CARTILAGEM TIREOIDEA</p><p>Homens: 12 x 5 mm Ponto crítico: 9 mm da margem anterior da cartilagem</p><p>Mulheres: 10 x 4 mm Ponto crítico: 7 mm da margem anterior da cartilagem</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>3</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Hemorragia: hemostasia inadequada</p><p>▪ Subcorreção: medialização insuficiente.</p><p>▪ Sobrecorreção: medialização excessiva</p><p>▪ Extrusão do implante: reação de corpo estranho ou fixação inadequada</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Cefalexina 500 mg VO 6/6h 7 dias</p><p>▪ Prednisona 40 mg VO 1x ao dia 7 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h 3 dias</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Limpeza da ferida com água e sabão</p><p>▪ Evitar esforço físico e calor por 7 dias</p><p>▪ Evitar esportes por 30 dias</p><p>▪ Reavaliação médica com 7 dias</p><p>▪ Remoção dos pontos com 7 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>4</p><p>CIRURGIA PLÁSTICA</p><p>Rinoplastia</p><p>INDICAÇÃO</p><p>▪ Deformidade nasal estética ou traumática</p><p>▪ Insuficiência de válvula nasal</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS PIRÂMIDE NASAL</p><p>▪ A pirâmide nasal é formada por pele, cartilagens e ossos.</p><p>▪ A pirâmide nasal é formada por 2 pares de cartilagens, chamadas</p><p>cartilagem lateral superior (CLS) e cartilagem lateral inferior (CLI).</p><p>▪ A CLI é dividida em crus lateral, crus medial e crus intermédia.</p><p>▪ A região da curvatura entre a crus lateral e a crus intermédia é</p><p>conhecida como domus.</p><p>▪ Área K é o principal ponto de sustentação da pirâmide nasal, formado</p><p>pela junção das CLS, cartilagem septal, lâmina perpendicular do</p><p>etmoide e ossos próprios nasais.</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS CAMADAS DA PIRÂMIDE</p><p>▪ Progredindo-se de superficial para profundo na pirâmide nasal</p><p>encontramos:</p><p>▪ Pele e tecido subcutâneo</p><p>▪ SMAS (sistema musculoaponeurótico superficial)</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>5</p><p>▪ Tecido areolar (conjuntivo frouxo)</p><p>▪ Pericôndrio ou periósteo</p><p>▪ Cartilagens ou osso próprio nasal</p><p>▪ Mucosa nasal</p><p>▪ A irrigação sanguínea e drenagem venosa ocorrem pelo SMAS.</p><p>▪ A pele do nariz é mais fina na região que recobre o dorso nasal e mais</p><p>espessa na região da ponta nasal, onde possui mais glândulas sebáceas.</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS VÁVULAS NASAIS</p><p>▪ Válvulas nasais são estruturas tridimensionais relacionadas a resistência</p><p>ao fluxo aéreo nasal. Existem 2 válvulas nasais:</p><p>▪ Válvula nasal interna é formada é formada pelo bordo caudal da CLS,</p><p>septo nasal e cabeça da concha inferior, formando um triângulo que</p><p>deve ter uma angulação entre 10-15º.</p><p>▪ Válvula nasal externa é formada essencialmente pela CLI e septo</p><p>caudal.</p><p>INCISÕES CIRÚRGICAS</p><p>Existem diferentes tipos de incisões realizadas nas rinoplastias:</p><p>▪ Intercartilaginosa: incisão entre a porção caudal da CLS e a CLI.</p><p>▪ Transcartilaginosa: incisão 4-6 mm caudal à borda cefálica da CLI.</p><p>▪ Marginal: incisão na margem caudal da CLI.</p><p>▪ Transfixante: incisão na região entre o septo caudal e a columela.</p><p>▪ Transcolumelar: incisão sobre a columela.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>6</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS</p><p>Existem algumas técnicas para acesso nas rinoplastias:</p><p>▪ Fechada: acesso através de incisões intercartilaginosa ou</p><p>transcartilaginosa, sem visualização direta das cartilagens e ossos.</p><p>▪ Delivery: também chamada de semiaberta, é o acesso através de</p><p>incisões marginais, intercartilaginosa e transfixante, onde colocam-se as</p><p>CLI para “fora”.</p><p>▪ Aberta: acesso transcolumelar associado a incisão marginal e</p><p>transfixante. Permite abertura da pirâmide, com ampla exposição das</p><p>estruturas nasais.</p><p>OSTEOTOMIAS</p><p>As osteotomias podem ser divididas em 3 tipos principais, conforme as linhas</p><p>de fratura:</p><p>▪ Osteotomia lateral: através de uma incisão logo acima da cabeça da</p><p>concha inferior, na abertura piriforme, realiza-se o descolamento</p><p>subperiosteal do processo frontal da maxila para introdução do escopro.</p><p>Inicia-se osteotomia até a base nasal no nível do tendão palpebral</p><p>medial.</p><p>▪ Osteotomia paramediana: realiza-se osteotomias no osso próprio nasal</p><p>paralelas ao septo, indicadas nas laterorrinias; deve-se realizar antes</p><p>das osteotomias laterais para permitir a estabilidade do fragmento.</p><p>▪ Osteotomia transversais: raramente utilizadas; são realizadas através</p><p>de uma incisão na sobrancelha para osteotomia da raiz nasal.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>7</p><p>MANOBRAS CIRÚRGICAS</p><p>Na rinoplastia, o resultado estético e funcional pode ser alcançado através de</p><p>suturas, dobras e ressecções realizadas nas estruturas da pirâmide nasal.</p><p>Existem várias manobras cirúrgicas descritas e a escolha depende da</p><p>necessidade do caso e experiência do cirurgião.</p><p>▪ Amputação do domus: manobra indicada para diminuir a projeção da</p><p>ponta. Realiza-se uma ressecção completa dos domus com posterior</p><p>sutura para formação de um neodomus.</p><p>▪ Columeloplastia: procedimento simples para corrigir columelas mais</p><p>largas que podem causar obstrução nasal. Realiza-se um ponto sepultado</p><p>na columela com fio inabsorvível através de uma pequena incisão sob a</p><p>base da columela.</p><p>▪ Definição do domus: manobra que permite a melhora da definição</p><p>da</p><p>ponta nasal. Realiza-se ressecção para que o domo tenha 5 mm de</p><p>largura.</p><p>▪ Flaring suture: consiste numa sutura realizada nas CLS promovendo a</p><p>lateralização das mesmas e abertura do ângulo da válvula nasal interna.</p><p>▪ Lateral crural overlay: indicado em pontas hiperprojetadas e pouco</p><p>rodadas, essa manobra realiza o encurtamento da crus lateral por meio</p><p>de uma secção da cartilagem e deslizamento da porção medial sobre a</p><p>lateral.</p><p>▪ Lateral crural steal: também chamado de lateralização do domus, essa</p><p>manobra é indicada para aumentar a rotação e projetar a ponta.</p><p>Realiza-se pontos em “U” numa posição mais lateral ao domus, criando-</p><p>se um novo domus na crus lateral.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>8</p><p>▪ Reposicionamento da crus lateral: realiza-se liberação total da crus</p><p>lateral e posterior reposição. Utilizada para correção de assimetrias da</p><p>ponta.</p><p>▪ Ressecção da crus lateral: técnica realizada para melhorar a definição</p><p>da ponta nasa. Realiza-se a ressecção da porção cefálica da crus lateral</p><p>da CLI. Sugere-se que a crus lateral tenha aproximadamente 8 mm de</p><p>largura.</p><p>▪ Ressecção de asa nasal: utilizada em pacientes com asa nasal alargada,</p><p>principalmente em narizes negroides. Realiza-se a ressecção da pele do</p><p>assoalho vestibular medial e lateralmente após marcação para redução</p><p>da base alar.</p><p>▪ Sutura interdomal: indicada em ponta bífida com aumento da distância</p><p>interdomal. Realiza-se uma sutura entre os domus, unindo-os, para</p><p>melhor definição da ponta.</p><p>▪ Sutura intradomal: outra manobra para melhorar definição da ponta.</p><p>Realiza-se uma sutura em “U” na região do domus individualmente.</p><p>▪ Sutura transdomal: também chamada de sutura de Tardy, essa manobra</p><p>é indicada para pontas bífidas com aumento da distância interdomal.</p><p>Trata-se de uma sutura intradomal associada a interdormal em um ponto</p><p>único.</p><p>▪ Sutura septocolumelar: indicada para alterar a rotação e projeção da</p><p>ponta conforma necessidade. Consiste em suturas entre o septo caudal</p><p>e a columela realizadas em diferentes alturas.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>9</p><p>▪ Técnica de Roerich: indicada naqueles pacientes com rebaixamento da</p><p>ponta ao sorrir, essa técnica consiste na liberação dos músculos</p><p>depressores da ponta.</p><p>▪ Toungue in groove: consiste na fixação das crura mediais da CLI no</p><p>septo caudal, permitindo mudanças na projeção ou rotação da ponta.</p><p>Além disso, tem capacidade de corrigir columela show.</p><p>▪ Turn in flap da crus lateral: indicada na insuficiência de válvula externa</p><p>com CLI grande. Realiza-se uma dobra da crus lateral sobre ela mesma,</p><p>tornando a CLI mais forte e resistente.</p><p>ENXERTOS</p><p>Com o propósito de dar sustentação à pirâmide, previsibilidade e perenidade</p><p>nas mudanças executadas na rinoplastia, o cirurgião pode lançar mão de</p><p>enxertos autólogos. Existem uma lista de técnicas com enxertos descritos com</p><p>propósitos e indicações específicas:</p><p>▪ Alar rim: enxerto cartilaginoso colocado na margem caudal da crus</p><p>lateral da CLI. Útil para corrigir retração de asa nasal (até 2 mm).</p><p>▪ Asa de borboleta: enxerto de cartilagem conchal colocado sobre as CLS.</p><p>Útil para corrigir insuficiência de válvula externa e interna e também</p><p>correção de nariz em sela. A desvantagem é que tornam a ponta mais</p><p>volumosa.</p><p>▪ Asa de gaivota: enxerto de cartilagem auricular, mimetizando asas</p><p>abertas de gaivota, utilizadas para substituição das CLI nas</p><p>reconstruções da ponta nasal.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>0</p><p>▪ Batten grafts: enxertos de cartilagem septal ou conchal colocado num</p><p>bolsão criado entre a margem cefálica da crus lateral da CLI e a abertura</p><p>piriforme. Utilizada para corrigir uma insuficiência de válvula externa.</p><p>▪ Cap graft: pequeno enxerto fixado sobre o domus com o intuito de</p><p>aumentar a projeção da ponta nasal.</p><p>▪ Charuto: cartilagem picada envolta em fáscia temporal colocada num</p><p>bolsão subperioteral, utilizada para o aumento do dorso nasal.</p><p>▪ Escudo de Shenn: enxerto fixado na face anterior da crus medial,</p><p>utilizado para melhorar projeção da ponta em pacientes com pele</p><p>intermediária ou espessa.</p><p>▪ Extensor septal: enxerto fixado no bordo do septo caudal com o intuito</p><p>de corrigir columelas instruídas e proporcionar estabilidade da ponta</p><p>nasal. Além disso pode ser utilizado para aumentar a projeção da ponta.</p><p>▪ Lateral crural strut graft: enxerto colocado entre a mucosa nasal e a</p><p>margem caudal a crus lateral da CLI. Utilizada para correção de</p><p>insuficiência de válvula externa, pois tem função de fortalecer e</p><p>sustentar a crus lateral.</p><p>▪ Pumpling graft: enxertos picados posicionados no ângulo nasolabial.</p><p>Utilizados para correção de assimetria ou encurtamento do ângulo</p><p>nasolabial.</p><p>▪ Spreader grafts: um dos enxertos mais utilizados na rinoplastia,</p><p>consistem em fatias de cartilagem retangulares colocadas num túnel</p><p>submucopericondrial entre o septo nasal e a CLS, mobilizando</p><p>lateralmente a CLS e aumentando o ângulo da válvula nasal interna.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>1</p><p>Utilizado principalmente para correção e prevenção de insuficiência de</p><p>válvula interna, deformidade em “V” invertido e assimetrias em dorso.</p><p>▪ Autospreader grafts: na verdade, trata-se de uma manobra e não de um</p><p>enxerto propriamente dito. Após ressecção da porção superior da</p><p>cartilagem septal (para diminuir a altura do dorso), a CLS não é</p><p>ressecada. O seu excesso medial é dobrado e suturado sobre o restante</p><p>da cartilagem, funcionando como um spreader graft.</p><p>▪ Strut columelar: é um dos enxertos mais utilizados em rinoplastia,</p><p>também chamado de poste. Trata-se de uma cartilagem fixada entre as</p><p>crura mediais, e tem como função a sustentação da ponta nasal. Não</p><p>interfere na rotação. Se estendido, pode aumentar a projeção da ponta.</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo aramado com cuff na lateral esquerda para baixo</p><p>▪ Local com sedação (opção)</p><p>▪ Dorso elevado 30º e membros superiores ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: na direta do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na esquerda do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira do paciente</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>2</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador Aufricht</p><p>▪ Descolador aspirador nasal</p><p>▪ Descolador de Cottle</p><p>▪ Descolador Freer</p><p>▪ Espéculos de Killian</p><p>▪ Gancho duplo</p><p>▪ Gancho Guilles</p><p>▪ Martelo + cinzel</p><p>▪ Pinça Adson Brown</p><p>▪ Pinça baioneta</p><p>▪ Pinça Takahashi reta</p><p>▪ Raspa dorso</p><p>▪ Tesoura Converse</p><p>▪ Tesoura íris curva</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>3</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA RINOPLASTIA ABERTA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides embebidos em adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da columela, mucosa do vestíbulo, septo e dorso com</p><p>anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Incisão transcolumelar, marginal, intercartilaginosa e transfixante.</p><p>▪ Dissecção até o dorso ósseo no plano sub-SMAS</p><p>▪ Exposição das cartilagens laterais e dorso ósseo</p><p>▪ Ressecção de giba óssea e cartilaginosa</p><p>▪ Secção dos ligamentos interalares</p><p>▪ Descolamento do retalho septal bilateral</p><p>▪ Remoção da cartilagem septal com preservação do “L-strut”</p><p>▪ Preparação dos enxertos de cartilagem</p><p>▪ Realização de (manobras cirúrgicas conforme necessidade)</p><p>▪ Aplicação de (enxertos conforme necessidade)</p><p>▪ Osteotomias laterais (e paramedianas ou transversais)</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Sutura das incisões de mucosa com catgut 5.0</p><p>▪ Sutura da incisão transcolumelar com nylon 5.0</p><p>▪ Aplicação de splints nasais e fixação com nylon 3.0</p><p>▪ Curativo infranasal + tala termoplástica (aquaplast)</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>4</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Asa nasal retraída: retração cicatricial ou por exposição columelar.</p><p>▪ Disfunção de válvula externa: decorrente da ressecção excessiva da</p><p>crus lateral da CLI nos tratamentos da ponta.</p><p>▪ Disfunção de válvula interna: decorrente da separação da CLS e</p><p>cartilagem quadrangular, principalmente quando estas estruturas são</p><p>ressecadas para diminuição do dorso cartilaginoso.</p><p>▪ Dorso aberto: ressecção de dorso ósseo sem aproximação dos ossos com</p><p>osteotomias laterais.</p><p>▪ Dorso profundo: decorrente da remoção excessiva do dorso ósseo.</p><p>▪ Epistaxe: hemostasia inadequada, geralmente sangramento proveniente</p><p>do leito da osteotomia ou turbinectomias.</p><p>▪ Laterorrinia: decorre de osteotomias irregulares.</p><p>▪ Nariz em sela: decorrente da remoção excessiva do septo cartilaginoso</p><p>sem preservação do L-strut ou falha na conexão da área K.</p><p>▪ Necrose de columela: decorrente da incisão transcolumelar baixa.</p><p>▪ Perfuração septal: geralmente em decorrência de lacerações no mesmo</p><p>nível da mucosa septal de ambos os lados</p><p>▪ Pollybeak: trata-se de um excesso de volume na região supra-apical,</p><p>decorrente de ressecção inadequada de giba cartilaginosa ou na</p><p>presença de espaço morto na região do supratip com formação de fibrose</p><p>em excesso.</p><p>▪ Ponta nasal pinçada: decorrente de excesso de suturas na região domal</p><p>em pacientes com pele fina.</p><p>▪ “V” invertido: deformidade estética decorrente da remoção exagerada</p><p>da cartilagem lateral superior.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>5</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Dieta branda e fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Cefalexina 500 mg VO 6/6h 7 dias</p><p>▪ Prednisona 60 mg VO 1x ao dia 5 dias</p><p>▪ Dipirona 1 g VO 6/6h conforme a necessidade</p><p>▪ Lavagem nasal com soro fisiológico 3/3h</p><p>▪ Compressa gelada sobre o nariz e face</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar esforço físico, exposição ao sol e calor por 14 dias</p><p>▪ Evitar esportes por 30 dias</p><p>▪ Evitar o uso de óculos por 30 dias.</p><p>▪ Evitar assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Orientar sobre equimoses (desaparecem em até 4 semanas), edema da</p><p>pirâmide (duração de até 2 semanas)</p><p>▪ Orientar que um edema residual poderá persistir por até 1-2 anos com</p><p>resultado final após esse período.</p><p>▪ Reavaliação médica com 7 dias para remoção dos pontos</p><p>▪ Remoção do curativo externo (aquaplast) com 7-14 dias</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>6</p><p>CIRURGIA PLÁSTICA</p><p>Otoplastia</p><p>INDICAÇÃO</p><p>▪ Orelha em abano</p><p>▪ Idade mínima: 6 anos</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ O pavilhão é formado por cartilagem, pouco tecido subcutâneo e pele.</p><p>▪ Possui uma anatomia peculiar com dobraduras e saliências, que recebem</p><p>denominações específicas: hélice, anti-hélice, tragus, concha...</p><p>▪ A vascularização do pavilhão é intensa e delicada, porém sem muita</p><p>importância no ato operatório, sendo realizada pelo sistema da carótida</p><p>externa. Anteriormente, pela artéria auricular anterior, e</p><p>posteriormente, pela artéria auricular posterior e artéria occipital.</p><p>▪ A inervação do pavilhão é complexa e derivada de vários nervos</p><p>cranianos e do plexo cervical. Posteriormente, através do nervo grande</p><p>auricular e nervo occipital menor. Anteriormente, através do nervo</p><p>auriculotemporal. A região da concha é inervada pelo ramo auricular do</p><p>nervo vago e ramo auricular do nervo facial.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>7</p><p>ORELHA EM ABANO</p><p>▪ Alteração estética de causa genética, geralmente bilateral</p><p>▪ Subdesenvolvimento da anti-hélice</p><p>▪ Hipertrofia da concha auricular</p><p>▪ Aumento do ângulo cefaloconchal maior que 30 graus.</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia local com sedação: adultos e crianças maiores</p><p>▪ Anestesia geral: crianças menores</p><p>▪ Membros superiores ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado a ser operado</p><p>▪ Auxiliar: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Instrumentador: ao lado do cirurgião</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador Sen-Muller</p><p>▪ Descolador Freer</p><p>▪ Gancho duplo</p><p>▪ Pinça Adson Brown</p><p>▪ Tesoura íris curva</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>8</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH com cabeça rodada para o lado oposto</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Marcação da orelha com caneta estéril</p><p>▪ Infiltração retroauricular e pavilhão com anestesia e adrenalina 1:80.000</p><p>▪ Incisão na pele posterior do pavilhão com lâmina 15</p><p>▪ Remoção de fuso de pele</p><p>▪ Descolamento da pele da cartilagem do pavilhão</p><p>▪ Secção do músculo pós auricular</p><p>▪ Hemostasia com eletrocautério</p><p>▪ Marcação do excesso de concha com agulhas</p><p>▪ Incisão, descolamento e remoção do excesso de concha</p><p>▪ Marcação da neo anti-hélice com agulhas</p><p>▪ Realização de pontos de Mustardé com mononylon 4.0</p><p>▪ Fixação do pavilhão na mastoide com ponto de Furnas com nylon 3.0</p><p>▪ Sutura da pele com mononylon 4.0</p><p>▪ Curativo retroauricular e moldagem na concha e escafa com gaze</p><p>▪ Limpeza do paciente</p><p>▪ Curativo compressivo com atadura</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>9</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Quelóide: rara e de difícil de previsão.</p><p>▪ Infecção da ferida: contaminação do leito cirúrgico.</p><p>▪ Pericondrite: infecção da cartilagem auricular, deve ser tratada</p><p>prontamente com quinolonas (ciprofloxacino).</p><p>▪ Hematoma: pequenas coleções não inspiram maiores cuidados; se de</p><p>grandes volumes, deve ser drenado para impedir absorção da</p><p>cartilagem.</p><p>▪ Necrose da cartilagem: baixo suprimento vascular, geralmente em</p><p>decorrência de cauterização excessiva da cartilagem.</p><p>▪ Deiscência de sutura: ocorre quando a pele fica sob tensão excessiva;</p><p>a área cruenta poderá cicatrizar por segunda intenção, especialmente</p><p>se for pequena.</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Cefalexina 500 mg VO 6/6h 5 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg VO 6/6h 5 dias</p><p>▪ Ibuprofeno 400 mg VO 8/8h 5 dias</p><p>▪ Pomadas cicatrizantes (opcional)</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>0</p><p>ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS</p><p>▪ Evitar dormir sobre as orelhas</p><p>▪ Evitar exposição solar e calor por 3 dias</p><p>▪ Evitar esportes de contato por 30 dias</p><p>▪ Não molhar o curativo durante o banho</p><p>▪ Limpeza da ferida com água e sabão</p><p>▪ Retornar com 3 dias para remoção do curativo compressivo</p><p>▪ Após remoção de curativo, utilizar faixa (bandana) diuturnamente por 2</p><p>semanas e apenas no período noturno por mais 2 semanas.</p><p>▪ Remoção dos pontos com 14 dias</p><p>▪ Orientar sobre resultado muito próximo do definitivo após 2 semanas e</p><p>definitivo após aproximadamente 6 meses.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>1</p><p>CIRURGIA PLÁSTICA</p><p>Blefaroplastia</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Blefarocalásia (com comprometimento estético e/ou funcional)</p><p>▪ Pseudo-herniação das bolsas de gordura</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ As pálpebras são estruturas de tecido mole que recobrem e protegem a</p><p>superfície anterior do globo ocular.</p><p>▪ A pálpebra possui 4 camadas de superficial para profundo:</p><p>▪ Pele: fina com tecido subcutâneo escasso.</p><p>▪ Músculo orbicular dos olhos: é fino</p><p>10</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA DE KILLIAN E FREER</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da mucosa septal com anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Incisão da mucosa anterior ao desvio septal</p><p>▪ Descolamento do retalho mucopericondrial e mucoperiosteal bilateral</p><p>▪ Condrotomia e descolamento de todo o septo nasal</p><p>▪ Remoção do septo com preservação do L-strut</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Sutura da incisão septal com catgut 4.0</p><p>▪ Aplicação de splints nasais e fixação com nylon 3.0</p><p>(ou sutura septal em colchoeiro com catgut 4.0)</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>11</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA DE SEPTOPLASTIA EXTRACORPÓREA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides embebidos em adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da mucosa e columela com anestésico e adrenalina 1:80.000</p><p>▪ Incisão transcolumelar, marginal, intercartilaginosa e transfixante</p><p>▪ Descolamento abaixo do SMAS até o dorso nasal</p><p>▪ Exposição das cartilagens laterais</p><p>▪ Secção dos ligamentos interalares</p><p>▪ Separação da cartilagem lateral superior do septo nasal</p><p>▪ Descolamento do retalho septal bilateral</p><p>▪ Remoção e correção do septo nasal em mesa cirúrgica</p><p>▪ Reposicionamento do septo entre os retalhos</p><p>▪ Sutura do septo na CLS e espinha nasal anterior com PDS 5.0</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Sutura das incisões de mucosa com catgut 5.0</p><p>▪ Sutura da incisão de Rethi com nylon 5.0</p><p>▪ Aplicação de splints nasais e fixação com nylon 3.0</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>12</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sinéquias nasais: especialmente se associado à turbinectomias</p><p>▪ Epistaxe: provavelmente em decorrência da osteotomia vomeriana</p><p>▪ Hematoma septal: sangramento retido no interior dos retalhos septais</p><p>▪ Perfuração septal: geralmente em decorrência de lacerações no mesmo</p><p>nível da mucosa septal de ambos os lados</p><p>▪ Fístula liquórica nasal: em decorrência da manipulação inadvertida da</p><p>lâmina perpendicular do etmoide</p><p>▪ Nariz em sela: causada pela disjunção da “área K” ou remoção excessiva</p><p>além dos limites do “L-strut”</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Amoxacilina 500 mg VO 8/8h 7 dias (não é consenso)</p><p>▪ Dipirona 1g ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h</p><p>▪ Lavagem nasal com solução fisiológica 2/2h</p><p>ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 5 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Não praticar esportes por 30 dias</p><p>▪ Retorno com 7-10 dias para reavaliação e remoção dos splints</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>13</p><p>CIRURGIA NASOSSINUSAL</p><p>Cirurgia dos</p><p>Cornetos Nasais</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Hipertrofia dos cornetos inferiores sintomática</p><p>▪ Concha média degenerada (polipoide)</p><p>▪ Concha média bolhosa (obstrutiva)</p><p>▪ Lesões neoplásicas/infecciosas das conchas</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A concha nasal inferior é formada por um osso individual, articulado à</p><p>parede lateral da cavidade nasal, revestido por mucosa e submucosa.</p><p>▪ A artéria conchal, ramo da artéria nasal lateral, surge das caudas das</p><p>conchas inferior e média.</p><p>▪ A concha média é dividida em 3 porções: vertical, diagonal e horizontal.</p><p>▪ Vertical: formada pela cabeça e axila da concha.</p><p>▪ Diagonal: se insere na lâmina papirácea, formando a lamela lateral.</p><p>▪ Horizontal: formada pela cauda e se insere na parede lateral.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>14</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS</p><p>A cirurgia dos cornetos nasais pode ser realizada de duas formas: turbinectomia</p><p>e turbinoplastia.</p><p>▪ TURBINECTOMIA: trata-se da técnica para ressecção parcial ou total da</p><p>concha. É a mais empregada, pois é indicada na hipertrofia mucosa dos</p><p>cornetos, concha média bolhosa, degeneração polipoide e outras lesões.</p><p>▪ TURBINOPLASTIA: é caracterizada pela redução do volume das conchas</p><p>inferiores sem a realização de ressecções de mucosa. É indicada,</p><p>principalmente, na hipertrofia óssea. Essa técnica permite menor área</p><p>de tecido exposta reduzindo a formação de crostas e sinéquias.</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Aspirador nasal de Frazier</p><p>▪ Descolador de Cottle</p><p>▪ Eletrocautério com ponteira curva</p><p>▪ Espéculos de Killian</p><p>▪ Endoscópio 0° ou 30° 4 mm</p><p>▪ Pinça de Lucae baioneta</p><p>▪ Pinça de apreensão de corneto</p><p>▪ Tesoura Heymann</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e para esquerda</p><p>▪ Membro superior direito ao longo</p><p>▪ Dorso elevado 30º</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: à direita do paciente</p><p>▪ Auxiliar: à direita, atrás do cirurgião</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira ou esquerda do paciente</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA TURBINECTOMIA INFERIOR</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direta</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração submucosa da concha inferior com anestésico e</p><p>vasoconstrictor 1:80.000 (opcional)</p><p>▪ Medialização e fratura das conchas inferiores</p><p>▪ Marcação do terço anterior e médio da concha inferior</p><p>▪ Ressecção do excesso de mucosa</p><p>▪ Cauterização das áreas cruentas</p><p>▪ Aplicação de hemostático absorvível (opcional)</p><p>▪ Lateralização dos cornetos inferiores</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>17</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA TURBINOPLASTIA INFERIOR</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direta</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração submucosa da concha inferior com anestésico e</p><p>vasoconstrictor 1:80.000 (opcional)</p><p>▪ Incisão da face inferior da concha inferior com cautério (ou lâmina 15)</p><p>▪ Dissecção submucosa com exposição do osso conchal</p><p>▪ Cauterização das áreas cruentas sangrantes</p><p>▪ Remoção de parte do osso conchal</p><p>▪ Ressecção do excesso da face meatal do retalho mucoso</p><p>▪ Recobrimento do osso exposto com o retalho mucoso remanescente</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Outras formas de turbinoplastia envolvem a ressecção submucosa com</p><p>microdebridador, cauterização submucosa, uso de lasers, radiofrequência,</p><p>aspirador ultrassônico e até a simples lateralização da concha inferior.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>18</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA TURBINECTOMIA MÉDIA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direta</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da cabeça e axila da concha média com anestésico e</p><p>vasoconstrictor 1:80.000 (opcional)</p><p>▪ Ressecção da porção anteroinferior da cabeça e corpo da concha média</p><p>▪ Cauterização das áreas cruentas</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA TURBINECTOMIA MÉDIA – CM BOLHOSA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direta</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da cabeça e axila da concha média com anestésico</p><p>e inervado pelo nervo facial</p><p>com a função de fechar as pálpebras.</p><p>▪ Septo orbital: uma lâmina de tecido conjuntivo denso, sendo uma</p><p>extensão do periósteo do osso orbitário.</p><p>▪ Bolsas de gordura pré aponeurótica: em 5 no total.</p><p>▪ Pálpebra superior: 2 bolsas de gorduras (central e nasal).</p><p>▪ Pálpebra inferior: 3 bolsas (temporal, central e nasal).</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>2</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia local com sedação</p><p>▪ Anestesia geral (opção)</p><p>▪ Membros superiores ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado a ser operado</p><p>▪ Auxiliar: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Instrumentador: ao lado do cirurgião</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador Love</p><p>▪ Gancho Gilles</p><p>▪ Pinça Adson Brown</p><p>▪ Tesoura íris curva</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>3</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA BLEFAROPLASTIA SUPERIOR</p><p>▪ Marcação da pálpebra superior com paciente sentado</p><p>▪ Paciente em DDH</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração das pálpebras com anestesia e adrenalina 1:80.000</p><p>▪ Incisão da pele da pálpebra superior com lâmina 15</p><p>▪ Ressecção da pele em músculo palpebral</p><p>▪ Incisão do septo orbitário e liberação das bolsas de gordura</p><p>▪ Ressecção do excesso de gordura das bolsas</p><p>▪ Hemostasia com eletrocautério bipolar</p><p>▪ Sutura da pele e músculo com nylon 6.0</p><p>▪ Limpeza do paciente</p><p>▪ Curativo com micropore</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>A marcação é um dos momentos mais importantes da cirurgia. O limite inferior</p><p>deve ser marcado exatamente no sulco palpebral. O limite superior deve ser</p><p>desenhado 13-15 mm abaixo da sobrancelha. Os limites laterais consistem na</p><p>linha do ponto lacrimal e rebordo orbitário externo.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>4</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA BLEFAROPLASTIA INFERIOR</p><p>▪ Marcação da pálpebra inferior (2 mm abaixo da margem tarsal)</p><p>▪ Paciente em DDH</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração das pálpebras com anestésico e adrenalina 1:80.000</p><p>▪ Incisão linear da pele da pálpebra inferior com lâmina 15</p><p>▪ Descolamento da pele e músculo orbicular</p><p>▪ Incisão do septo orbitário com tesoura íris</p><p>▪ Apreensão e ressecção do excesso de gordura (opcional)</p><p>▪ Ressecção de excesso de pele palpebral (se indicado)</p><p>▪ Hemostasia com eletrocautério bipolar</p><p>▪ Ressecção de tira da pele palpebral</p><p>▪ Sutura da pele com nylon 6.0</p><p>▪ Limpeza do paciente</p><p>▪ Curativo com micropore</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>5</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Quelóide: rara e de difícil de previsão.</p><p>▪ Infecção da ferida: contaminação do leito cirúrgico.</p><p>▪ Deiscência de sutura: a área cruenta poderá cicatrizar por segunda</p><p>intenção, especialmente se for pequena.</p><p>▪ Ectrópio: ressecção excessiva da pálpebra inferior.</p><p>▪ Ptose palpebral: desinserção do músculo elevador da pálpebra</p><p>▪ Retração palpebral: ressecção excessiva da pele da pálpebra superior</p><p>▪ Hematoma: hemostasia inadequada das gorduras ou dos músculos</p><p>▪ Ceratoconjuntivite: abrasão da córnea durante o procedimento</p><p>▪ Síndrome do olho seco: ressecção da glândula lacrimal</p><p>▪ Amaurose: lesão grave e inadvertida do globo ocular durante o</p><p>procedimento</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Cefalexina 500 mg 6/6h 5 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg 6/6h 3 dias</p><p>▪ Compressa fria ou gelada nos 3 primeiros dias</p><p>ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar exposição solar e calor por 3 dias</p><p>▪ Evitar coçar os olhos</p><p>▪ Limpar a ferida com água boricada</p><p>▪ Evitar esportes de contato por 30 dias</p><p>▪ Usar óculos escuros por 15 dias</p><p>▪ Retorno com 5 dias para remoção dos pontos</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>6</p><p>SEÇÃO EXTRA</p><p>Soluções Anestésicas</p><p>Os anestésicos locais se ligam aos canais de sódio dos axônios periféricos,</p><p>evitando a despolarização da membrana, e consequente liberação de</p><p>neurotransmissores. Bloqueiam incialmente a transmissão nociceptiva, por</p><p>possuírem fibras nervosas de pequeno diâmetro. Os neurônios motores sendo</p><p>maiores em diâmetro são relativamente resistentes.</p><p>INTOXICAÇÃO POR ANESTÉSICO LOCAL</p><p>Os efeitos adversos dos anestésicos resultam principalmente do escape para o</p><p>meio intravascular. São eles:</p><p>▪ Formigamento dos lábios e língua</p><p>▪ Zumbidos</p><p>▪ Distúrbios visuais</p><p>▪ Abalos musculares</p><p>▪ Convulsões</p><p>▪ Parada respiratória</p><p>▪ Coma</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>7</p><p>VASOCONSTRICTORES</p><p>Os vasoconstrictores agem nos receptores alfa-adrenérgicos, promovendo</p><p>contração dos músculos da parede vascular.</p><p>Os vasoconstrictores diminuem os efeitos adversos dos anestésicos e</p><p>aumentam o tempo de ação anestésica local. As moléculas que vem</p><p>associadas aos anestésicos são: adrenalina, norepinefrina e fenilefrina.</p><p>Devem ser utilizados quando não houver contraindicação. As</p><p>contraindicações citadas são angina instável, IAM recente, AVE recente,</p><p>arritmias refratárias, ICC não-controlada, hipertensão grave, hipertireoidismo</p><p>não controlado e feocromocitoma.</p><p>QUAIS AS SOLUÇÕES ANESTÉSICAS?</p><p>Abaixo segue os principais anestésicos e vasoconstrictores utilizados para a</p><p>preparação de soluções anestésicas:</p><p>Lidocaína</p><p>▪ Apresentação: 1% (10 mg/ml) ou 2% (20 mg/ml)</p><p>▪ Início de ação: 2 minutos</p><p>▪ Tempo de ação: 90 minutos</p><p>▪ Metabolismo: hepático</p><p>▪ Excreção: renal</p><p>▪ Dose máxima: 10 mg/kg (com adrenalina) e 7 mg/kg</p><p>(sem adrenalina) sendo 500 mg a dose máxima recomendada.</p><p>▪ É o anestésico mais indicado para gestantes</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>8</p><p>Bupivacaína</p><p>▪ Apresentação: 0.25, 0.5 e 0.75%</p><p>▪ Início de ação: 6 minutos</p><p>▪ Tempo de ação: 5-9 horas</p><p>▪ Dose máxima: não está bem estabelecida, porém recomenda-</p><p>se 2 mg/kg (sem adrenalina) e 3 mg/kg (com adrenalina),</p><p>sendo 200 mg a dose máxima recomendada.</p><p>▪ É 4x mais potente que a lidocaína</p><p>▪ É mais cardiotóxica.</p><p>Adrenalina (Epinefrina)</p><p>▪ Apresentação: 1 mg/ml (1:1.000)</p><p>▪ Início de ação: 6-15 minutos</p><p>▪ Tempo de ação: 1 hora</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>15</p><p>9</p><p>COMO PREPARAR SOLUÇÕES ANESTÉSICAS?</p><p>Abaixo segue as fórmulas de como preparar as concentrações das soluções de</p><p>anestésico com vasoconstrictor mais utilizadas nas cirurgias</p><p>otorrinolaringológicas:</p><p>Soluções anestésicas em ORL</p><p>Solução 1 : 200.000</p><p>20 ml anestésico + 0,1 ml adrenalina</p><p>Solução 1 : 100.000</p><p>20 ml anestésico + 0,2 ml adrenalina</p><p>Solução 1 : 80.000</p><p>20 ml anestésico + 0,25 ml adrenalina</p><p>20 ml anestésico + 20 ml de SF + 0,5 ml adrenalina</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>0</p><p>SEÇÃO EXTRA</p><p>Traqueostomia</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Obstrução da via aérea</p><p>▪ Proteção de via aérea</p><p>▪ Suporte ventilatório</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A traqueia se estende da cricoide até os brônquios principais.</p><p>▪ É constituída por cerca de 15 a 20 cartilagens hialinas, que possuem o</p><p>formato semicircular.</p><p>▪ Na sua superfície superior (anéis 2-4) está localizado o istmo da tireoide.</p><p>▪ Os nervos laríngeos recorrentes estão localizados posterolateralmente à</p><p>traqueia, no sulco traqueoesofágico.</p><p>▪ Lateralmente, estão localizados a artéria carótida comum e a veia</p><p>jugular interna.</p><p>▪ De superficial para profundo temos:</p><p>▪ Pele e subcutâneo</p><p>▪ Platisma</p><p>▪</p><p>Fáscia cervical</p><p>▪ Veias jugulares anteriores</p><p>▪ Músculos infrahioideos</p><p>▪ Fáscia pré traqueal</p><p>▪ Traqueia</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>1</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia local (urgência)</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal (eletiva)</p><p>▪ Membros superiores ao longo</p><p>▪ Coxim sobre os ombros</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado direito do paciente</p><p>▪ Auxiliar: no lado esquerdo</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira</p><p>MATERIAIS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador Farabeuf</p><p>▪ Pinça Allis</p><p>▪ Pinça dente de rato</p><p>▪ Pinça dissecção</p><p>▪ Pinça hemostática curva</p><p>▪ Tesoura Metzenbaum</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>2</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH com hiperextensão cervical</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Marcação da pele para incisão 5 cm na horizontal entre a incisura</p><p>esternal e a cricoide</p><p>▪ Infiltração da pele com anestésico com vasoconstrictor 1:200.000</p><p>▪ Incisão da pele, subcutâneo e platisma com lâmina 10</p><p>▪ Dissecção do plano subplastismal</p><p>▪ Cauterização (ou afastamento) das veias jugulares anteriores</p><p>▪ Exposição e afastamento (ou secção) do istmo da tireoide</p><p>▪ Abertura da traqueia entre o 2º e 4º anel traqueal</p><p>▪ Sutura do flap traqueal na pele com prolene 2.0</p><p>▪ Tração do tubo orotraqueal e aspiração da traqueia</p><p>▪ Inserção da cânula de traqueostomia e insuflação do cuff</p><p>▪ Conexão com o sistema de ventilação</p><p>▪ Sutura frouxa do músculo e subcutâneo com vycril 3.0 (opcional)</p><p>▪ Fixação das asas da cânula com cadarços envoltos no pescoço</p><p>▪ Curativo externo com gaze</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Se o procedimento for realizado com anestesia local, deve-se infiltrar a</p><p>parede traqueal assim que a traqueia for visível.</p><p>Na traqueostomia de urgência, a incisão pode ser realizada no sentido</p><p>vertical, pois apesar do pior resultado estético, melhora o campo e diminui o</p><p>sangramento intraoperatório.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>3</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: lesão da veia jugular anterior; hemostasia inadequada na</p><p>musculatura ou istmo da tireoide; lesão dos grandes vasos</p><p>▪ Laceração da traqueia e esôfago: associado a incisões profundas na</p><p>traqueia atingindo a parede posterior e esôfago</p><p>▪ Falso trajeto: colocação do tubo numa posição extraluminal</p><p>▪ Paralisa da praga vocal: lesão do nervo laríngeo recorrente</p><p>▪ Pneumotórax: lesão do ápice pulmonar</p><p>▪ Estenose traqueal: complicação tardia pela traqueostomia prolongada</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Dipirona 1 g EV 6/6h</p><p>▪ Cefazolina 1 g EV 6/6h</p><p>▪ Nebulização com soro fisiológico contínua</p><p>▪ Aspiração traqueal 1/1h</p><p>▪ Fisioterapia respiratória</p><p>▪ Monitorização com oximetria</p><p>▪ Troca da cânula plástica pra metálica em 48-72h</p><p>ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Limpeza da pele ao redor com gaze umedecida em água potável ou soro.</p><p>▪ Utilizar chuveirinho durante o banho para não entrar água na cânula</p><p>▪ O mandril deve ser limpo com água e detergente neutro</p><p>▪ Proteger a traqueostomia com lenço</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>4</p><p>SEÇÃO EXTRA</p><p>Cirurgia de</p><p>Caldwell-Luc</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Pólipo antrocoanal</p><p>▪ Papiloma nasossinal no seio maxilar</p><p>▪ Remoção de corpo estranho maxilar</p><p>▪ Neoplasia maxilar</p><p>▪ Acesso à fossa pterigopalatina</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ O limite inferior do osso maxilar é formado pelo processo alveolar</p><p>▪ No processo alveolar estão inseridas as raízes dentárias</p><p>▪ A parede anterior do seio maxilar está superiormente ao nível entre o</p><p>canino e o segundo pré molar</p><p>▪ No limite superior do osso maxilar está localizada o forame</p><p>infraorbitário, onde se situam o nervo infraorbitário (ramo do V2 do</p><p>trigêmio) e vasos infraorbitários.</p><p>▪ A intersecção da mucosa da gengiva com a mucosa labial é conhecida</p><p>como linha gengivolabial.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>5</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo com cuff fixado para baixo e lateral esquerda</p><p>▪ Dorso elevado 30º</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado direito do paciente</p><p>▪ Auxiliar: no lado esquerdo</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira</p><p>MATERIAIS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador Farabeuf</p><p>▪ Broca cortante</p><p>▪ Descolador de Freer</p><p>▪ Pinça Allis</p><p>▪ Pinça Kerrison</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>6</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração do sulco gengivolabial até a parede anterior do maxilar com</p><p>anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Incisão da mucosa gengivolabial com lâmina 15</p><p>▪ Dissecção até o osso maxilar com eletrocautério</p><p>▪ Descolamento subperiosteal até o forame infraorbitário</p><p>▪ Abertura da parede anterior com broca (ou escopro)</p><p>▪ Remoção da lesão intramaxilar com uso de endoscópio</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Sutura dos tecidos com vycril 3.0</p><p>▪ Sutura da mucosa gengivolabial com catgut 4.0</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>A incisão deve ser realizada 5 mm acima da linha gengivolabial entre o dente</p><p>canino e o segundo pré molar do lado a ser operado.</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: hemostasia inadequada</p><p>▪ Hematoma facial: sangramento profuso para o espaço cirúrgico</p><p>▪ Hipoestesia facial: lesão definitiva do nervo infraorbitário</p><p>▪ Fístula oroantral: sutura gengivolabial insuficiente</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>7</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Amoxacilina 500 mg VO 8/8h 7 dias</p><p>▪ Dipirona ou Paracetamol 1 g VO 6/6h</p><p>▪ Prednisolona 40 mg VO 1x ao dia 5 dias</p><p>▪ Lavagem nasal com soro fisiológico 4/4h</p><p>▪ Higienização da cavidade oral 4x ao dia</p><p>ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS</p><p>▪ Dieta branda morna ou fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 5 dias</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de edema e perda da sensibilidade na</p><p>topografia da bochecha (geralmente se resolve em 4-6 semanas)</p><p>▪ Retorno com 7 dias para reavaliação</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>8</p><p>SEÇÃO EXTRA</p><p>Trepanação</p><p>do Seio Frontal</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Mucocele frontal</p><p>▪ Tumor frontal</p><p>▪ Remoção de corpo estranho no seio frontal</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ O seio frontal é delimitado por 2 camadas ósseas: a tábua anterior (mais</p><p>espessa) e a tábua posterior (mais fina).</p><p>▪ O seio frontal está localizado acima da órbita.</p><p>▪ Na região da sobrancelha emergem o nervo supraorbitário (localizado</p><p>logo acima da borda superior da órbita entre o terço medial e o lateral)</p><p>e o nervo supratroclear (localizado na altura da sobrancelha no terço</p><p>medial da órbita) que são responsáveis pela sensibilidade da fronte e</p><p>pálpebra superior</p><p>▪ Da superficial para profundo, temos:</p><p>▪ Pele</p><p>▪ Subcutâneo</p><p>▪ Músculo frontal</p><p>▪ Pericrânio</p><p>▪ Osso frontal</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>16</p><p>9</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo com cuff fixado para baixo e lateral esquerda</p><p>▪ Dorso elevado 30º</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado direito do paciente</p><p>▪ Auxiliar: no lado esquerdo</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira</p><p>MATERIAIS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador Sen-Muller</p><p>▪ Broca cortante</p><p>▪ Descolador de Freer</p><p>▪ Pinça Allis</p><p>▪ Pinça Kerrison</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro</p><p>- ivis_amf@hotmail.com</p><p>17</p><p>0</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração da pele com anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Incisão horizontal imediatamente abaixo da sobrancelha</p><p>▪ Dissecção até o osso frontal com eletrocautério</p><p>▪ Incisão do periósteo e descolamento subperiosteal</p><p>▪ Abertura da parede anterior com broca</p><p>▪ Aplicação da abertura com Kerrison</p><p>▪ Remoção da lesão intrasinusal com uso de endoscópio</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Sutura dos tecidos com vycril 4.0</p><p>▪ Sutura da pele com nylon 5.0</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>A incisão deve ser realizada no sentido horizontal 1-2 cm imediatamente</p><p>abaixo da sobrancelha próximo da implantação do supercílio.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>171</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sangramento: hemostasia inadequada</p><p>▪ Hipoestesia frontal: lesão do nervo supraorbitário</p><p>▪ Fístula liquórica: lesão da tábua posterior</p><p>▪ Sinusite obstrutiva: cicatriz por manipulação do recesso frontal</p><p>▪ Osteomielite frontal: extensão da infecção aguda para osso frontal</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Amoxacilina 500 mg VO 8/8h 7 dias</p><p>▪ Dipirona ou Paracetamol 1 g VO 6/6h</p><p>▪ Lavagem nasal com soro fisiológico 4/4h</p><p>ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS</p><p>▪ Dieta branda nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 5 dias</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de edema e perda da sensibilidade na</p><p>topografia da fronte (geralmente se resolve em 4-6 semanas)</p><p>▪ Retorno com 7 dias para reavaliação e remoção dos pontos</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>e</p><p>vasoconstrictor 1:80.000 (opcional)</p><p>▪ Incisão da porção mediana da cabeça da concha média com lâmina 11</p><p>▪ Separação das faces septal e meatal da concha média</p><p>▪ Ressecção da face meatal</p><p>▪ Cauterização das áreas cruentas próximo a cauda</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>19</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sinéquias nasais: entre concha inferior e septo nasal (especialmente se</p><p>associado a septoplastia), sinéquia entre concha média e septo nasal</p><p>(principalmente se houver cauterização da face septal) ou entre a concha</p><p>média e parede lateral do nariz (se houver lateralização da concha).</p><p>▪ Epistaxe: sangramento proveniente da mucosa cruenta ou da hemostasia</p><p>insuficiente da artéria conchal.</p><p>▪ Sinusite maxilar obstrutiva: bloqueio do óstio maxilar pelo processo</p><p>uncinado em decorrência de fratura intempestiva do corneto inferior.</p><p>▪ Rinite atrófica secundária: causada por ressecções excessiva ou totais</p><p>dos cornetos inferiores e/ou médios.</p><p>▪ Osteomielite do osso conchal: decorrente de cauterização excessiva do</p><p>osso conchal ou exposição óssea pós operatória.</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Dipirona 1g ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h</p><p>▪ Oximetazolina 3 gotas VN 8/8h</p><p>▪ Lavagem nasal com solução fisiológica 2/2h</p><p>ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS</p><p>▪ Dieta branda fria ou morna nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 5 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Não praticar esportes por 30 dias</p><p>▪ Retorno com 7 dias para reavaliação</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>0</p><p>CIRURGIA NASOSSINUSAL</p><p>Sinusectomia</p><p>Endoscópica</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Rinossinusite crônica (com ou sem polipose nasal)</p><p>▪ Rinossinusite aguda complicada</p><p>▪ Rinossinusite fúngica</p><p>▪ Tumores nasossinusais</p><p>▪ Descompressão endoscópica orbitária</p><p>▪ Acesso à base de crânio</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ O crânio é composto por 4 pares de seios paranasais:</p><p>▪ Seio maxilar</p><p>▪ Seio etmoidal</p><p>▪ Seio frontal</p><p>▪ Seio esfenoidal</p><p>▪ Seios paranasais são espaços preenchidos por mucosa e ar no interior dos</p><p>ossos do crânio, que drenam para a cavidade nasal.</p><p>▪ O seio maxilar, etmoidal anterior e frontal drenam para o meato médio.</p><p>Mais especificamente, os seios maxilar e frontal drenam para o</p><p>infundíbulo etmoidal, um espaço tridimensional localizado entre o</p><p>processo uncinado e a bula etmoidal. As células do etmoide anterior</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>1</p><p>drenam para o recesso retrobular, um espaço entre a bula etmoidal e a</p><p>lamela basal da concha média.</p><p>▪ O seio esfenoidal e o etmoide posterior drenam para o recesso</p><p>esfenoetmoidal.</p><p>SEIO MAXILAR</p><p>▪ O seio maxilar tem como limites:</p><p>▪ Superior: assoalho da órbita</p><p>▪ Inferior: processo alveolar da maxila</p><p>▪ Medial: parede lateral do nariz</p><p>▪ Lateral: osso maxilar</p><p>▪ Posterior: fossa pterigoidea e artéria esfenopalatina</p><p>▪ Anterior: osso maxilar e via lacrimal</p><p>▪ O óstio do seio maxilar se encontra na parede lateral do nariz, numa</p><p>região específica chamada fontanela posterior e pode ser acessado pelo</p><p>meato médio, posteriormente ao processo uncinado.</p><p>SEIO ETMOIDAL</p><p>▪ O seio etmoidal tem como limites:</p><p>▪ Superior: base do crânio</p><p>▪ Lateral: lâmina papirácea</p><p>▪ Medial: concha média</p><p>▪ Posterior: parede anterior do esfenoide</p><p>▪ O seio etmoidal não possui um óstio específico.</p><p>▪ O seio etmoidal é um complexo de células pneumatizadas no osso</p><p>etmoide com anatomia variável. O etmoide é dividido em anterior e</p><p>posterior pela lamela basal da concha média.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>2</p><p>▪ As células etmoidais anteriores são mais numerosas em menor tamanho,</p><p>enquanto as células posteriores são maiores e em menor número.</p><p>▪ O etmoide possui uma anatomia complexa e variável, porém, existem</p><p>estruturas mais constantes no seu interior que são utilizadas para</p><p>localização operatória chamadas de lamelas do etmoide:</p><p>▪ Processo uncinado (1ª lamela): uma lâmina óssea em forma de</p><p>arco revestida de mucosa que se origina na parede lateral do nariz.</p><p>Na endoscopia, é facilmente visível como uma projeção na parede</p><p>lateral do nariz, ao nível do meato médio. Sua porção superior não</p><p>é visível e possui variação no local de inserção: lâmina papirácea,</p><p>local mais frequente (70%); base do crânio, no teto do etmoide; e</p><p>concha média.</p><p>▪ Bula etmoidal (2ª lamela): a maior célula do etmoide anterior, em</p><p>forma de bolha, localizada posteriormente ao processo uncinado</p><p>em contato íntimo com a lâmina papirácea. No teto da bula, em</p><p>sua porção posterior se encontra a artéria etmoidal anterior.</p><p>▪ Lamela basal da concha média (3ª lamela): porção diagonal da</p><p>concha média, que divide o etmoide em anterior e posterior; está</p><p>localizada posteriormente a bula etmoidal.</p><p>▪ Concha superior (4ª lamela): forma o meato superior, onde</p><p>drenam o seio esfenoidal e as células do etmoide posterior no</p><p>recesso esfenoetmoidal.</p><p>▪ Concha suprema (5ª lamela): raramente encontrada; quando</p><p>presente está localizada mais superior, posterior e lateral à concha</p><p>superior.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>3</p><p>SEIO FRONTAL</p><p>▪ O seio frontal drena por meio do recesso do frontal, que é um espaço</p><p>variável no seio etmoidal e tem como limites:</p><p>▪ Anterior: agger nasi e frontal beak</p><p>▪ Posterior: bula etmoidal</p><p>▪ Lateral: lâmina papirácea</p><p>▪ Medial: porção vertical da concha média</p><p>SEIO ESFENOIDAL</p><p>▪ O seio esfenoidal tem como limites:</p><p>▪ Anterior: parede anterior do esfenoide</p><p>▪ Posterior: processo basilar do esfenoide</p><p>▪ Lateral: seio cavernoso</p><p>▪ Superior: sela túrcica</p><p>▪ Inferior: clivus</p><p>▪ O seio cavernoso abriga artéria carótida interna e o VI par craniano.</p><p>▪ O nervo óptico está localizado na região superolateral do seio esfenoidal.</p><p>▪ O óstio do esfenoide drena para o meato superior.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>4</p><p>INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Aspirador nasal Frazier</p><p>▪ Aspirador curvo para seio maxilar e frontal</p><p>▪ Bisturi falciforme</p><p>▪ Descolador de Cottle</p><p>▪ Endoscópio 30°, 45° e 70° 4 mm</p><p>▪ Microcureta angulada</p><p>▪ Palpador Seeker</p><p>▪ Pinça de Lucae baioneta</p><p>▪ Pinça Back-biter</p><p>▪ Pinça Blakesley</p><p>▪ Pinça Struycken (blown-out)</p><p>▪ Pinça cogumelo curva</p><p>▪ Pinça Kerrison</p><p>▪ Tesoura Heymann</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e para esquerda</p><p>▪ Anestesia local com sedação (opção)</p><p>▪ Membro superior direito ao longo</p><p>▪ Dorso elevado 30º</p><p>▪ Rodilha</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>5</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: à direita do paciente</p><p>▪ Auxiliar: à direita, atrás do cirurgião</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira ou esquerda do paciente</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA UNCIFECTOMIA</p><p>É o procedimento para a ressecção do processo uncinado.</p><p>▪ Palpação da apófise unciforme com cottle ou palpador seeker</p><p>▪ Ressecção anteroposterior com a faca falciforme ou</p><p>posteroanteriormente com a pinça back-biter.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA ANTROSTOMIA MAXILAR</p><p>É a técnica para acesso ao seio maxilar via meato médio. Após ressecção da</p><p>porção inferior do processo uncinado é possível visualizar o óstio natural do</p><p>seio maxilar.</p><p>▪ Delimitação do óstio principal com aspirador curvo ou palpador seeker</p><p>▪ Remoção do tecido da fontanela posterior com pinça blown-out</p><p>▪ Remoção do processo uncinado remanescente com uma back-biter</p><p>▪</p><p>União de óstio acessório com o principal</p><p>Caso haja óstio acessório no seio maxilar, este deve ser comunicado com o</p><p>principal para evitar o fenômeno de recirculação.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>6</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA ETMOIDECTOMIA ANTERIOR</p><p>Consiste basicamente na remoção da bula etmoidal e das células adjacentes à</p><p>parede medial da órbita. Em cirurgias mais amplas, pode-se remover ainda</p><p>células frontoetmoidais anteriores e agger nasi.</p><p>▪ Abertura da bula etmoidal na região inferomedial com cottle</p><p>▪ Remoção da cavidade da bula com Kerrison ou cureta.</p><p>▪ Ressecção das demais células etmoidais anteriores próximas a órbita com</p><p>Kerrison.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA ETMOIDECTOMIA POSTERIOR</p><p>Consiste na etmoidectomia completa, com remoção total de todas as células</p><p>etmoidais e esqueletização da lâmina papirácea e da base do crânio.</p><p>▪ Etmoidectomia anterior</p><p>▪ Visualização da lamela basal da concha média</p><p>▪ Abertura da lamela basal na região inferomedial</p><p>▪ Ressecção das células etmoidais posteriores e inferiores no nível da altura</p><p>do teto do seio maxilar, até a parede anterior do esfenoide</p><p>▪ Identificação da base do crânio no etmoide posterior</p><p>▪ Dissecção ao longo da base do crânio de forma retrógrada</p><p>Lembre-se que o etmoide posterior pode ter íntimo contato com o nervo</p><p>óptico em seu limite lateral, especialmente na presença de células de Onodi.</p><p>Dica! Use técnicas que evitem danos à mucosa. Para remover as partições</p><p>ósseas etmoidais utilize instrumentos de corte. As pinças de “pegar” devem</p><p>ser reservadas para remover fragmentos ósseos soltos.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>7</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA SINUSECTOMIA ESFENOIDAL</p><p>O seio esfenoidal pode ser acessado através de 3 vias:</p><p>▪ TRANSNASAL: é considerada a mais segura, e é realizada através da</p><p>abertura do óstio no recesso esfenoetmoidal. O óstio está localizado na</p><p>altura do terço inferior da concha superior, entre a concha e o septo. O</p><p>seio pode ser acessado delicadamente com uma pinça cottle e ampliado</p><p>com pinça Kerrison.</p><p>▪ VIA TRANSSEPTAL: é o acesso ao seio esfenoidal pelo interior do retalho</p><p>septal. A dissecção do retalho septal é progredida posteriormente até a</p><p>face anterior do esfenoide, onde o óstio pode ser visualizado</p><p>lateralmente a projeção óssea do vômer. Após, o óstio é ampliado com</p><p>pinça Kerrison.</p><p>▪ TRANSETMOIDAL: é o acesso ao seio esfenoidal pelo meato médio, após</p><p>etmoidectomia completa, a concha superior é localizada, o e óstio do</p><p>seio esfenoidal é ampliado.</p><p>Deve-se evitar ressecções muito laterais e inferiores para reduzir o risco de lesão</p><p>da artéria nasosseptal (inferiormente) e do nervo óptico e artéria carótida</p><p>(lateralmente).</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>8</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA CIRURGIA DO RECESSO DO FRONTAL</p><p>É considerada a mais desafiadora cirurgia dos seios paranasais.</p><p>O recesso do frontal pode ser acessado por meio de 2 técnicas:</p><p>▪ BULA INTACTA: consiste no acesso ao seio frontal com preservação da</p><p>bula etmoida. Após ressecção da porção superior do processo uncinado,</p><p>seguindo anterior e superiormente a bula, encontramos a drenagem do</p><p>seio frontal. As células devem ser removidas e o recesso aberto.</p><p>▪ BARRA VERTICAL: técnica cirúrgica descrita pelo Dr. Aldo Stamm. Após</p><p>remoção do etmoide anterior, incluindo agger nasi, realiza-se uma</p><p>ressecção conjunta da porção superior do processo uncinado e agger nasi</p><p>(chamada barra vertical), acessando a drenagem do frontal posterior ou</p><p>medial a estas estruturas.</p><p>O prof. Wolfgang Draf classificou a abordagem ao seio frontal em 4 tipos:</p><p>▪ DRAF I: consiste em realizar a uncifectmoia e etmoidectomia anterior.</p><p>Portanto, há liberação do infundíbulo etmoidal. Indicado para</p><p>sinusopatias frontais onde o recesso está bloqueado por doença etmoidal.</p><p>▪ DRAF IIa: consiste em realizar a remoção do agger nasi e de todas as</p><p>células frontoetmoidais anteriores e posteriores. Indicado para pólipos,</p><p>mucoceles ou na falha do Draf I.</p><p>▪ DRAF IIb: consiste em realizar as etapas acima associado a remoção da</p><p>axila da concha média e o frontal beak. Esta remoção é realizada com</p><p>escopros ou brocas. Indicado para doenças não inflamatórias.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>2</p><p>9</p><p>▪ DRAF III – também chamada de Lothorp modificado, consiste na abertura</p><p>agressiva do assoalho do seio frontal entre as lâminas papiráceas. São</p><p>removidos a porção anterior da concha média, frontal beak, septo</p><p>interfrontal e porção superior do septo nasal, unindo as duas aberturas</p><p>dos frontais, formando a “ferradura invertida”. Indicado para doença</p><p>inflamatória extensa (AERD), discinesias, tumores e falhas no Draf II.</p><p>Tanto quanto possível, os instrumentos de corte devem ser preferencialmente</p><p>utilizados, evitando-se a remoção da mucosa de dentro do recesso frontal para</p><p>evitar estenose cicatricial.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>0</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA PANSSINUSECTOMIA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000 no meato médio e</p><p>comum</p><p>▪ Infiltração da axila da concha média e parede lateral com anestésico e</p><p>vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Medialização da concha média</p><p>▪ Turbinectomia média (parcial/total) (se for necessário)</p><p>▪ Uncifectomia anteroposterior</p><p>▪ Identificação e ampliação do óstio maxilar (antrostomia)</p><p>▪ Ressecção do agger nasi</p><p>▪ Ressecção do remanescente superior do processo uncinado</p><p>▪ Acesso ao recesso do frontal pela técnica da (bula intacta/barra vertical)</p><p>▪ Sinusectomia do frontal tipo Draf (I, IIa, IIb ou III)</p><p>▪ Ressecção da bula etmoidal e das células etmoidais anteriores</p><p>▪ Identificação e abertura da lamela basal da concha média</p><p>▪ Abertura e remoção das células etmoidais posteriores e inferiores</p><p>▪ Identificação da concha superior e do óstio do seio esfenoidal</p><p>▪ Sinusectomia esfenoidal via (transnasal/transetmoidal)</p><p>▪ Ressecção das células etmoidais remanescentes com esqueletização da</p><p>base do crânio do sentido posteroanterior</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Cauterização dos bordos cruentos posterior e inferior da antrostomia</p><p>▪ Turbinectomia (ou turbinoplastia) inferior (se for necessário)</p><p>▪ Aplicação de hemostático na cavidade etmoidal (opcional)</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>1</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sinéquias nasais: entre concha média e septo nasal (se área cruenta na</p><p>face septal da concha) ou concha média e parede lateral do nariz (se</p><p>concha média lateralizada – pode bloquear o infundíbulo etmoidal)</p><p>▪ Epistaxe: decorrência de lesão da artéria etmoidal anterior (durante</p><p>etmoidectomia ou sinusectomia frontal), artéria esfenopalatina (na</p><p>antrostomia maxilar), artéria nasosseptal (durante esfenoidectomia)</p><p>▪ Sinusite pós operatória: remoção de parte da mucos intrassinusal com</p><p>posterior infecção tecidos cruentos</p><p>▪ Epífora: lesão do aparelho nasolacrimal durante antrostomia maxilar</p><p>▪ Hematoma orbitário: lesão e sangramento dos vasos orbitários (por lesão</p><p>inadvertida ao conteúdo orbitário) ou da artéria etmoidal anterior (lesão</p><p>e retração da artéria para a cavidade orbitária)</p><p>▪ Estrabismo: lesão do músculo retomedial (durante etmoidectomia com</p><p>lesão inadvertida à lâmina papirácea)</p><p>▪ Amaurose: lesão do nervo oftálmico (durante esfenoidectomia sem a</p><p>percepção de célula de Onoddi ou etmoidectomia posterior com lesão à</p><p>lâmina papirácea)</p><p>▪ Anosmia: lesão do neuroepitélio olfatório (raro)</p><p>▪ Estenose do óstio: aberturas pequenas e insuficientes do óstio do seio</p><p>operado (porém, pode ocorrer mesmo com aberturas satisfatórias)</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>2</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Amoxacilina + Clavulanato 500/125 mg VO 8/8h 7 dias</p><p>▪ Prednisolona 40 mg VO 5 dias</p><p>▪ Dipirona 1g ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h</p><p>▪ Lavagem nasal com solução fisiológica 2/2h</p><p>ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda morna ou fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 5 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Não praticar esportes por 30 dias</p><p>▪ Retorno com 7 dias para reavaliação e aspiração</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>3</p><p>CIRURGIA NASOSSINUSAL</p><p>Dacriocistorrinostomia</p><p>Endoscópica</p><p>INDICAÇÃO</p><p>▪ Obstrução abaixo do saco lacrimal (válvula de Krause, Taillefer e Hasner)</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ O sistema lacrimal drena a lágrima através dos pontos lacrimais superior</p><p>e inferior, canalículos superior e inferior, canalículo comum, saco</p><p>lacrimal e ducto nasolacrimal, até o meato inferior do nariz.</p><p>▪ Durante o percurso até a cavidade nasal, a lágrima passa pelas válvulas</p><p>de Rosenmuller (entre o canalículo comum e o saco lacrimal), Krause</p><p>(entre o saco lacrimal e o ducto nasolacrimal), Taillefer (no ducto</p><p>nasolacrimal) e Hasner (entre o ducto nasolacrimal e o meato inferior).</p><p>▪ O saco lacrimal tem forma ovalar e está localizando na parede lateral do</p><p>nariz, anteriormente a axila da concha média.</p><p>▪ A fossa lacrimal é formada posteriormente pelo osso lacrimal (que é fino</p><p>e frágil) e anteriormente pelo processo frontal da maxila (espesso e</p><p>resistente).</p><p>▪ Na parede lateral, o osso lacrimal se estende do processo frontal da</p><p>maxila anteriormente à inserção do processo uncinado posteriormente.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>4</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Aspirador descolador</p><p>▪ Aspirador nasal Frazier</p><p>▪ Bisturi falciforme</p><p>▪ Broca diamantada</p><p>▪ Descolador de Cottle</p><p>▪ Endoscópio 0º ou 30º 4 mm</p><p>▪ Pinça Kerrison</p><p>▪ Sondas de Crawford</p><p>▪ Sondas lacrimais de Bowman</p><p>▪ Tesoura Heymann</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e para esquerda</p><p>▪ Membro superior direito ao longo</p><p>▪ Dorso elevado 30º</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: à direita do paciente</p><p>▪ Auxiliar: à direita, atrás do cirurgião</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira ou esquerda do paciente</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>5</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da parede lateral com anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Septoplastia (se for necessário)</p><p>▪ Incisão horizontal 10 mm acima da axila da concha média</p><p>▪ Incisão vertical anterior a concha média no nível da linha maxilar</p><p>▪ Incisão horizontal acima da concha inferior</p><p>▪ Descolamento do retalho mucoso</p><p>▪ Remoção do osso lacrimal</p><p>▪ Broqueamento (ou remoção com Kerrison) do processo frontal da maxila</p><p>▪ Dilatação e sondagem da via lacrimal com sondas lacrimais</p><p>▪ Visualização da sonda e incisão do saco lacrimal</p><p>▪ Passagem das sondas de Crawford</p><p>▪ Amarração e fixação das extremidades das sondas</p><p>▪ Rebatimento do retalho de mucosa</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Limpeza do paciente + curativo</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>A passagem das sondas de Crawford no final do procedimento não é consenso.</p><p>Muitos cirurgiões reservam os tubos apenas para os casos revisionais, em</p><p>cavidades nasais estreitas ou em casos de estenose canalicular.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>6</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sinéquias nasais: entre a concha média e parede lateral do nariz.</p><p>▪ Epistaxe: sangramento da mucosa.</p><p>▪ Epífora: decorrente da marsupialização insuficiente do saco lacrimal.</p><p>▪ Hematoma orbitário: penetração da órbita e lesão da gordura</p><p>intraorbitária</p><p>▪ Sinusite obstrutiva pós operatória: extensão da dissecção para o recesso</p><p>frontal ou para o óstio do maxilar.</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Amoxacilina + Clavulanato 500/125 mg VO 8/8h 7 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h</p><p>▪ Gota oftalmológica com antibiótico + corticóide por 14 dias</p><p>▪ Lavagem nasal com solução fisiológica 4/4h</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 10 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Não praticar esportes por 30 dias</p><p>▪ Retorno com 7 dias para reavaliação</p><p>▪ Utilizar colírios lubrificantes se necessário</p><p>▪ Remover a sonda de Crawford com 4 semanas</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>7</p><p>CIRURGIA NASOSSINUSAL</p><p>Descompressão</p><p>Orbitária Endoscópica</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Oftalmopatia de Graves</p><p>(queixa estética, sintomas de exposição ocular ou neuropatia)</p><p>▪ Neuropatia óptica</p><p>▪ Hematoma intraorbitário</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A parede orbitária é formada pelos ossos etmoidal, frontal, lacrimal,</p><p>maxilar, zigomático, palatino e esfenoide.</p><p>▪ Apenas os ossos maxilar e etmoidal (lâmina papirácea) são removidos na</p><p>descompressão orbitária endoscópica.</p><p>▪ O assoalho orbitário é a parede orbitária mais espessa a ser removida.</p><p>▪ A lâmina papirácea é a lâmina fina do osso etmoide que faz separação</p><p>entre a órbita e a cavidade nasal.</p><p>▪ A descompressão orbitária endoscópica tem como limites de dissecção:</p><p>▪ Lateral: forame infraorbitário</p><p>▪ Superior: base do crânio, na altura das artérias etmoidais</p><p>▪ Anterior: ducto nasolacrimal (inserção do processo uncinado)</p><p>▪ Inferior: teto do seio maxilar</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>8</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Aspirador descolador</p><p>▪ Aspirador nasal Frazier</p><p>▪ Bisturi falciforme</p><p>▪ Broca diamantada</p><p>▪ Descolador de Cottle</p><p>▪ Endoscópio 30º 4 mm</p><p>▪ Cureta curva</p><p>▪ Pinça Kerrison</p><p>▪ Tesoura Heymann</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e para esquerda</p><p>▪ Membro superior direito ao longo</p><p>▪ Dorso elevado 30º</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: à direita do paciente</p><p>▪ Auxiliar: à direita, atrás do cirurgião</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira ou esquerda do paciente</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>3</p><p>9</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Aplicação de cotonoides com adrenalina 1:2.000</p><p>▪ Infiltração da axila da concha média e da parede lateral com anestésico</p><p>e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Turbinectomia média parcial</p><p>▪ Uncifectomia</p><p>▪ Antrostomia maxilar ampla</p><p>▪ Sinustomia do frontal tipo Draf I</p><p>▪ Etmoidectomia anteroposterior com esqueletização da lâmina papirácea</p><p>▪ Sinusectomia esfenoidal</p><p>▪ Remoção da lâmina papirácea com descoladores</p><p>▪ Remoção do assoalho da órbita até o nível do forame infraorbitário</p><p>▪ Incisões da periórbita póstero-anteriormente</p><p>▪ Herniação da gordura orbitária para a cavidade nasal</p><p>▪ Acomodação da gordura no meato médio</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Curativo infranasal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>0</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Sinéquias nasais: concha média e parede</p><p>lateral do nariz (especialmente</p><p>se a concha não for ressecada)</p><p>▪ Epistaxe: lesão da artéria etmoidal anterior (durante etmoidectomia ou</p><p>cirurgia do recesso do frontal), artéria esfenopalatina (durante</p><p>antrostomia maxilar), dos vasos da gordura orbitária ou sangramento</p><p>proveniente da turbinectomia média.</p><p>▪ Sinusite obstrutiva pós operatória: obstrução do óstio maxilar e recesso</p><p>do frontal pelo conteúdo orbitário herniado</p><p>▪ Epífora: lesão do aparelho nasolacrimal</p><p>▪ Hematoma orbitário: lesão e sangramento dos vasos orbitários</p><p>▪ Estrabismo: lesão do músculo retomedial após invasão inadvertida da</p><p>órbita durante etmoidectomia</p><p>▪ Amaurose: lesão do nervo oftálmico (dissecções muito posteriores)</p><p>▪ Fístula liquórica: lesão da base de crânio durante descompressão,</p><p>etmoidectomia ou cirurgia do recesso frontal</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Amoxacilina 500 mg VO 8/8h 7-10 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h</p><p>▪ Colírio lubrificante 2/2h</p><p>▪ Lavagem nasal com solução fisiológica 4/4h</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>1</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 10 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Não praticar esportes por 30 dias</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de redução da proptose em 3-8 mm.</p><p>▪ Orientar que a diplopia é comum no pós operatório e melhora</p><p>espontaneamente em aproximadamente 1 mês.</p><p>▪ Retorno com 7 dias para reavaliação</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>2</p><p>CIRURGIA NASOSSINUSAL</p><p>Cauterização da</p><p>Artéria Esfenopalatina</p><p>INDICAÇÃO</p><p>▪ Epistaxe posterior</p><p>▪ Controle hemostático na exérese de tumores nasossinusais ou durante</p><p>cirurgia endoscópica funcional nasossinusal</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A artéria esfenopalatina (AEP) é ramo da artéria maxilar, que é ramo da</p><p>artéria carótida externa.</p><p>▪ A artéria maxilar percorre a região posterior do osso maxilar até a parede</p><p>nasal lateral, onde dará origem à AEP.</p><p>▪ A AEP entra na cavidade nasal através do forame esfenopalatino,</p><p>localizado na parede lateral, abaixo da cauda da concha média.</p><p>▪ A crista etmoidal é uma pequena elevação do osso palatino</p><p>imediatamente anterior ao forame esfenopalatino.</p><p>▪ Após entre na cavidade nasal, a AEP se divide em artéria nasal lateral,</p><p>responsável pelo suprimento da parede lateral do nariz e artéria septal</p><p>posterior (artéria nasosseptal), que supre a região posterior do septo.</p><p>▪ É comum haver 2 ou mais ramos da artéria esfenopalatina.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>3</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Aspirador descolador</p><p>▪ Aspirador nasal Frazier</p><p>▪ Descolador de Cottle</p><p>▪ Eletrocautério bi ou monopolar</p><p>▪ Endoscópio 0º ou 30º 4 mm</p><p>▪ Pinça Kerrison</p><p>▪ Tesoura Heymann</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e para esquerda</p><p>▪ Membro superior direito ao longo</p><p>▪ Dorso elevado 30º</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: à direita do paciente</p><p>▪ Auxiliar: à direita, atrás do cirurgião</p><p>▪ Instrumentador: na cabeceira ou esquerda do paciente</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>4</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH com cabeça lateralizada para direita</p><p>▪ Aplicação do cotonoides com adrenalina no meato médio</p><p>▪ Medialização da concha média</p><p>▪ Palpação da fontanela posterior e do osso palatino</p><p>▪ Infiltração da parede lateral com anestésico com adrenalina 1:80.000</p><p>▪ Incisão vertical aproximadamente 1 cm anterior à cauda da concha média</p><p>▪ Descolamento do retalho mucoperiosteal</p><p>▪ Identificação da crista etmoidal</p><p>▪ Identificação do tronco da artéria esfenopalatina e seus ramos</p><p>▪ Cauterização da artéria e seus ramos</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Aplicação de hemostático (opcional)</p><p>▪ Reposicionamento do retalho mucoperiosteal</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>5</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Epistaxe: ausência de cauterização de ramos arteriais.</p><p>▪ Sinéquias nasais: entre concha média e parede lateral do nariz por</p><p>manipulação excessiva da porção vertical da concha média.</p><p>▪ Recirculação: abertura involuntária da fontanela posterior.</p><p>▪ Disfunção tubária: dissecção muito posterior com lesão do óstio tubário</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h</p><p>▪ Ácido Tranexâmico 250 mg EV 8/8h (opcional)</p><p>▪ Hemoglobina e hematócrito pós operatório</p><p>▪ Lavagem nasal com solução fisiológica 2/2h</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Dieta branda e fria nos primeiros 2 dias</p><p>▪ Dormir com cabeceira elevada</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 10 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Não praticar esportes por 30 dias</p><p>▪ Controle pressórico</p><p>▪ Retorno com 7 dias para reavaliação</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>6</p><p>CIRURGIA NASOSSINUSAL</p><p>Cauterização da</p><p>Artéria Etmoidal Anterior</p><p>por via Externa</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Epistaxe súpero-lateral</p><p>▪ Falha após cauterização da artéria esfenopalatina</p><p>▪ Controle hemostático na exérese de tumores nasossinusais ou acesso à</p><p>base do crânio anterior</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A artéria etmoidal anterior (AEA) e posterior (AEP) são ramos da artéria</p><p>oftálmica, que é ramo da artéria carótida interna.</p><p>▪ A artéria oftálmica percorre o interior da órbita até a região mais anterior</p><p>e superior da lâmina papirácea, dando origem a AEA.</p><p>▪ A AEA passa entre os músculos oblíquo superior e reto medial, através do</p><p>forame etmoidal anterior, para entrar na cavidade nasal.</p><p>▪ Na cavidade nasal, a artéria pode ser encontrada na parede superior e</p><p>posterior da bula etmoidal.</p><p>▪ Externamente, os marcos anatômicos mais importantes são:</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>7</p><p>▪ Aproximadamente 24 mm posterior à crista lacrimal ao longo da</p><p>linha de sutura do frontoetmoidal, se encontra a AEA.</p><p>▪ Aproximadamente 12 mm posterior à AEA, está localizada a AEP.</p><p>▪ Aproximadamente 6 mm posterior à AEP, está o nervo óptico.</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador maleável</p><p>▪ Aspirador descolador</p><p>▪ Descolador de Cottle</p><p>▪ Eletrocautério bipolar delicado</p><p>▪ Endoscópio 0º 4 mm</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para esquerda</p><p>▪ Membro superior direito ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: à direita do paciente</p><p>▪ Auxiliar: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Instrumentador: na direita, atrás do cirurgião</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>8</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração da pele com anestésico e vasoconstrictor 1:100.000</p><p>▪ Incisão de Lynch com lâmina 15</p><p>▪ Dissecção dos tecidos moles</p><p>▪ Afastamento da órbita com afastador delicado</p><p>▪ Descolamento subperiosteal</p><p>▪ Identificação da crista lacrimal</p><p>▪ Progressão do descolamento na linha da sutura fontoetmoidal</p><p>▪ Identificação e isolamento da artéria etmoidal anterior</p><p>▪ Cauterização com pinça bipolar delicada</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Avaliação do globo ocular</p><p>▪ Sutura dos tecidos moles com vycril 4.0</p><p>▪ Sutura da pele com nylon 5.0</p><p>▪ Curativo externo com micropore</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>4</p><p>9</p><p>PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES</p><p>▪</p><p>Estrabismo: decorrente de lesão térmica do músculo oblíquo superior</p><p>(dissecção muito superior)</p><p>▪ Hematoma orbitário: sangramento proveniente da retração da artéria</p><p>etmoidal anterior durante a cauterização</p><p>▪ Amaurose: lesão térmica do nervo óptico (dissecção muito posterior)</p><p>▪ Epífora: lesão do aparelho nasolacrimal (afastamento inadequado)</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Cefalexina 500 mg VO 6/6h 5 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h</p><p>▪ Hemoglobina e hematócrito pós operatório</p><p>▪ Limpeza da ferida com água e sabão</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 10 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Não praticar esportes por 30 dias</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de pequenas equimoses periorbitárias</p><p>▪ Retorno com 5-7 dias para remoção dos pontos</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>0</p><p>CIRURGIA OTOLÓGICA</p><p>Colocação de</p><p>Tubo de Ventilação</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Otite média com efusão</p><p>▪ Otite média aguda complicada</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A membrana timpânica (MT) faz parte da orelha média e faz interface</p><p>entre a caixa timpânica é a orelha externa.</p><p>▪ A MT possui 3 camadas: externa (epitelial), intermediária (fibrosa) e</p><p>interna (mucosa).</p><p>▪ A MT pode ser dividida em 4 quadrantes, através de linhas que passam no</p><p>no sentido e perpendicular ao manúbrio do martelo.</p><p>▪ Os ossículos estão posicionados no quadrante posterosuperior.</p><p>TUBOS DE VENTILAÇÃO</p><p>▪ Shepard: tubo de curta duração; material geralmente de teflon na cor</p><p>branca; tem formato de carretel.</p><p>▪ Donaldson: tubo de curta duração; material geralmente de silicone na</p><p>cor azul; tem formato de carretel.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>1</p><p>▪ Armstrong: tubo de média duração; material de silicone na cor azul; tem</p><p>a flange interna maior que a externa.</p><p>▪ Paparella: tubo de média duração; material de silicone na cor azul; tem</p><p>a flange interna maior que a externa.</p><p>▪ Tubo T: tubo de longa duração; material de silicone na cor azul; tem</p><p>formato de “T”.</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Aspirador otológico</p><p>▪ Cureta otológica</p><p>▪ Espéculo e Microscópio ou Endoscópio 0º 3-4 mm</p><p>▪ Estilete em baioneta</p><p>▪ Lanceta para paracentese</p><p>▪ Pinça jacaré</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado no centro para baixo</p><p>▪ Anestesia local (opção para adultos)</p><p>▪ Membros superiores ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>2</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado a ser operado</p><p>▪ Auxiliar: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Instrumentador: ao lado do cirurgião</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça levemente rodada para contralateral</p><p>▪ Colocação de campos cirúrgicos</p><p>▪ Remoção de cerume do conduto auditivo externo</p><p>▪ Aplicação de algodão com adrenalina 1:1.000 com meato auditivo</p><p>▪ Visibilização da membrana espessada com efusão retrotimpânica</p><p>▪ Miringotomia no quadrante anteroinferior da membrana timpânica</p><p>▪ Aspiração de efusão da orelha média</p><p>▪ Colocação do tubo de ventilação</p><p>▪ Revisão da hemostasia</p><p>▪ Fim do procedimento</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>3</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Perfuração da membrana timpânica: ausência de fechamento da</p><p>membrana após saída do tubo de ventilação.</p><p>▪ Miringoesclerose: deposição cicatricial de sais de cálcio na membrana</p><p>timpânica.</p><p>▪ Otite média aguda supurativa: otorreia purulenta em decorrência de</p><p>infecção da orelha média, geralmente associada a IVAS ou exposição a</p><p>água.</p><p>▪ Otite externa difusa aguda: infecção causada por lesões inadvertidas à</p><p>pele do conduto durante procedimento cirúrgico.</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Dipirona ou Paracetamol (500 mg/ml) 1 gota por kg VO 6/6h</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 3 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Proteção auricular até saída do tubo</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de otorragia discreta</p><p>▪ Retorno com 7 dias para reavaliação</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>4</p><p>CIRURGIA OTOLÓGICA</p><p>Timpanoplastia</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Otite média crônica simples</p><p>▪ Perfuração traumática da membrana timpânica</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS</p><p>▪ A fáscia temporal é um tecido fibroso que recobre o músculo temporal,</p><p>localizada posterossuperior ao pavilhão auricular.</p><p>▪ A espinha de Henle (ou espinha suprameatal) é uma projeção óssea,</p><p>localizada posterossuperior ao conduto auditivo externo.</p><p>▪ A cartilagem do conduto auditivo externo não forma um anel completo,</p><p>com defeito a 1 hora, no local de origem da hélice do pavilhão.</p><p>▪ O nervo corda do tímpano pode ser visto próximo ao ânulo timpânico,</p><p>posterior ao martelo, na região superior e posterior da orelha média.</p><p>▪ A cabeça do martelo e corpo da bigorna estão localizados no epitímpano.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>5</p><p>MIRINGOPLASTIA X TIMPANOPLASTIA</p><p>Os dois termos são frequentemente confundidos, mas representam</p><p>procedimentos diferentes:</p><p>▪ Mirinoplastia se refere apenas ao fechamento da perfuração da</p><p>membrana timpânica sem exploração da orelha média.</p><p>▪ Timpanoplastia é o termo que se refere ao fechamento da membrana</p><p>timpânica com exploração da cavidade timpânica.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS</p><p>A timpanoplastia pode ser classificada em 3 tipos de técnicas, conforme o</p><p>método de apoio do externo para o fechamento da perfuração.</p><p>▪ Underlay: é a técnica mais utilizada e consiste em aplicar o enxerto</p><p>medial e abaixo da membrana timpânica remanescente.</p><p>▪ Overlay: é a técnica menos utilizada e consiste em aplicar o enxerto</p><p>sobre o anulo timpânico. Indicada em perfurações totais.</p><p>▪ Inlay: é a técnica realizada por via transmeatal e consiste em aplicar o</p><p>enxerto diretamente na perfuração da membrana timpânica.</p><p>RECONSTRUÇÃO DA CADEIA OSSICULAR</p><p>A timpanoplastia ainda pode ser classificada conforme o tratamento da orelha</p><p>média, baseado nos achados da cadeia ossicular. A classificação descrita por</p><p>Wullstein e modificada por Merchant em 2003 é a mais utilizada atualmente.</p><p>Essa classificação divide a timpanoplastia em 5 tipos:</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>6</p><p>▪ Tipo 1: reparo da membrana timpânica sem necessidade de reconstrução</p><p>ossicular. Indicado nas situações de cadeia ossicular normal ou com</p><p>pequenas erosões.</p><p>▪ Tipo 2: reconstrução com cartilagem da articulação incudoestapediana.</p><p>Indicada quando há pequena descontinuidade entre a bigorna e o estribo.</p><p>▪ Tipo 3: é subdividida em 3 tipos descritos abaixo:</p><p>▪ Columela menor: aplicação de material autógeno ou prótese parcial de</p><p>reposição ossicular (PORP). Indicado nos casos de ausência de martelo e</p><p>bigorna, restando apenas o estribo intacto e móvel.</p><p>▪ Columela de estribo: aplicação do enxerto e membrana timpânica</p><p>diretamente sobre o estribo. Utilizado nos casos de ausência de martelo,</p><p>bigorna, restando apenas o estribo intacto e móvel.</p><p>▪ Columela maior: aplicação de prótese total de reposição ossicular</p><p>(TORP). Utilizado nos casos de ausência de cadeia ossicular, restando</p><p>apenas a platina móvel.</p><p>▪ Tipo 4: aplicação do enxerto sobre a platina do estribo. Indicado nos</p><p>casos de ausência da cadeia ossicular com platina móvel.</p><p>▪ Tipo 5: remoção da platina com aplicação de gordura e enxerto sobre a</p><p>janela oval. Utilizado nos casos de ausência da cadeia ossicular com</p><p>platina fixa.</p><p>Licensed to Ivis Andrea</p><p>Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>7</p><p>VIAS DE ACESSOS</p><p>A cirurgia pode ser realizada através de 3 vias de acesso:</p><p>▪ Retroauricular: o acesso é realizado pela parede posterior do conduto,</p><p>através de incisão posterior ao sulco retroauricular. Indicado para a</p><p>maioria das perfurações e quando há mastoidectomia associada.</p><p>A incisão retroauricular pode ser estendida, superiormente, até o nível vertical</p><p>do tragus, e inferiormente até o nível inferior do conduto auditivo externo.</p><p>▪ Transmeatal: o acesso é realizado diretamente pelo meato auditivo</p><p>externo sem necessidade de incisões externas. Indicada para pequenas</p><p>perfurações com meato amplo. É a via de preferência para</p><p>miringoplastia.</p><p>▪ Endaural (Lempert): o acesso é realizado através de incisões no pavilhão</p><p>auricular. É a via de acesso menos utilizada.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>8</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador Adson ortostático</p><p>▪ Amassador de fáscia</p><p>▪ Aspirador otológico</p><p>▪ Bisturi de conduto</p><p>▪ Cureta otológica</p><p>▪ Descolador de Freer</p><p>▪ Espéculo e Microscópio</p><p>▪ Estiletes em baioneta</p><p>▪ Microtesoura de Belucci</p><p>▪ Pinça jacaré</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e contralateral</p><p>▪ Anestesia local com sedação (opção)</p><p>▪ Membros superiores ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado a ser operado</p><p>▪ Auxiliar: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Instrumentador: ao lado do cirurgião</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>5</p><p>9</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA RETROAURICULAR</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para o lado não operado</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração da pele retroauricular e dos quadrantes do conduto auditivo</p><p>com anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Limpeza e aspiração do conduto auditivo externo</p><p>▪ Incisão retroauricular 1 cm posterior ao sulco retroauricular</p><p>▪ Dissecção do subcutâneo e músculos pós auriculares</p><p>▪ Coleta do enxerto da fáscia temporal</p><p>▪ Limpeza e compressão da fáscia</p><p>▪ Incisão dos tecidos retroauriculares até o osso temporal</p><p>▪ Elevação do periósteo até a parede posterior do conduto</p><p>▪ Incisão em forma de “U” da parede posterior do conduto</p><p>▪ Apreensão e anteriorização da pele do conduto e pavilhão com uma gaze</p><p>▪ Reavivamento das bordas da perfuração</p><p>▪ Incisão da pele do conduto às 12 e 6 horas</p><p>▪ Descolamento do retalho timpanomeatal até o ânulo timpânico</p><p>▪ Acesso à orelha média com visualização do manúbrio do martelo,</p><p>processo longo da bigorna e estribo</p><p>▪ Avaliação com integridade e mobilidade adequada da cadeia ossicular</p><p>▪ Posicionamento do enxerto com a técnica (underlay/overlay)</p><p>▪ Aplicação de gelfoam preenchendo a orelha média</p><p>▪ Rebaixamento do retalho timpanomeatal</p><p>▪ Aplicação de gelfoam no conduto auditivo externo</p><p>▪ Sutura dos tecidos retroauriculares com vycril 3.0 da pele com nylon 4.0</p><p>▪ Curativo retroauricular externo e atadura de crepom</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>0</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA TRANSMEATAL</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para o lado não operado</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração retroauricular e dos quadrantes do conduto auditivo com</p><p>anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Colocação de espéculos, limpeza e aspiração do conduto auditivo externo</p><p>▪ Incisão retroauricular 1 cm posterior e superior ao sulco retroauricular</p><p>▪ Dissecção do subcutâneo e músculos pós auriculares</p><p>▪ Coleta do enxerto da fáscia temporal</p><p>▪ Limpeza e compressão da fáscia</p><p>▪ Reavivamento das bordas da perfuração</p><p>▪ Incisão da pele do conduto às 12 e 6 horas</p><p>▪ Descolamento do retalho timpanomeatal até o ânulo timpânico</p><p>▪ Acesso à orelha média com visualização do manúbrio do martelo,</p><p>processo longo da bigorna e estribo</p><p>▪ Avaliação com integridade e mobilidade adequada da cadeia ossicular</p><p>▪ Posicionamento do enxerto com a técnica underlay</p><p>▪ Aplicação de gelfoam preenchendo a orelha média</p><p>▪ Rebaixamento do retalho timpanomeatal</p><p>▪ Aplicação de gelfoam no conduto auditivo externo</p><p>▪ Sutura dos tecidos retroauriculares com vycril 3.0 da pele com nylon 4.0</p><p>▪ Curativo retroauricular externo e atadura de crepom</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>1</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA MIRINGOPLASTIA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça lateralizada para o lado não operado</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração do conduto auditivo com anestésico e vasoconstrictor 1:80.000</p><p>▪ Limpeza e aspiração do conduto auditivo externo</p><p>▪ Coleta do enxerto de pericôndrio do tragus (ou cartilagem)</p><p>▪ Reavivamento das bordas da perfuração</p><p>▪ Posicionamento do enxerto na perfuração com a técnica inlay</p><p>▪ Sutura da incisão tragal com nylon 4.0</p><p>▪ Aplicação de algodão com pomada na concha</p><p>Essa técnica transmeatal pode ser realizada com auxílio de microscópio</p><p>cirúrgico ou endoscópio 0º 3-4 mm.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>2</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>▪ Perfuração da membrana: devido lateralização do enxerto ou</p><p>cobrimento incompleto da perfuração.</p><p>▪ Perda auditiva neurossensorial: manipulação excessiva da cadeia</p><p>ossicular com lesão da orelha interna.</p><p>▪ Perda auditiva condutiva: disjunção da cadeia ossicular ou aderências</p><p>ossiculares pós operatórias.</p><p>▪ Vertigem: manipulação excessiva da cadeia ossicular.</p><p>▪ Colesteatoma: deposição de tecido epitelial na orelha média.</p><p>▪ Paralisia facial: manipulação da porção timpânica do nervo facial. Pode</p><p>ser temporária ou definitiva (raras).</p><p>▪ Disgeusia: lesão do nervo corda do tímpano.</p><p>▪ Infecção da ferida: contaminação do leito cirúrgico.</p><p>PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA</p><p>▪ Cefalexina 500 mg VO 6/6h 5 dias</p><p>▪ Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg VO 6/6h para dor</p><p>▪ Dramin 1 comprimido 6/6h se náuseas ou tonturas</p><p>▪ Limpeza da ferida com água e sabão</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>3</p><p>CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS</p><p>▪ Evitar esforço físico, calor e exposição solar por 3 dias</p><p>▪ Não assoar o nariz com vigor</p><p>▪ Orientar sobre possibilidade de otorragia discreta e plenitude aural</p><p>▪ Proteção auricular até completa cicatrização da membrana</p><p>▪ Orientar sobre prazo de 1-2 meses para fechamento da perfuração</p><p>▪ Retorno com 10-14 dias para remoção dos pontos</p><p>▪ Remoção a faixa compressiva com 1 dia</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>4</p><p>CIRURGIA OTOLÓGICA</p><p>Mastoidectomia</p><p>INDICAÇÕES</p><p>▪ Otite média crônica colesteatomatosa</p><p>▪ Otite média crônica supurativa</p><p>▪ Tumores do osso temporal</p><p>▪ Descompressão do nervo facial</p><p>▪ Acesso à fossa craniana posterior</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS SUPERFICIAIS</p><p>▪ A mastoide é a porção pneumatizada do osso temporal.</p><p>▪ Triângulo de McEwan demarca a área cribiforme, região mais</p><p>pneumatizada da mastoide. Delimitado pela linha temporal e parede</p><p>posterior do conduto.</p><p>▪ A linha temporal está no mesmo sentido do plano da fossa media.</p><p>▪ Espinha de Henle é uma protuberância óssea que marca a região</p><p>posterossuperior do conduto auditivo externo.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>5</p><p>DESTAQUES ANATÔMICOS PROFUNDOS</p><p>▪ Na porção posterossuperior do triangulo de McEwan, profundamente, se</p><p>encontra o antro.</p><p>▪ O antro é a maior e mais constante célula da mastoide.</p><p>▪ Na profundidade do antro, está localizado o bloco labiríntico,</p><p>representado</p><p>pelo canal semicircular lateral.</p><p>▪ Ângulo de Citelli ou ângulo sinodural é a região de encontro do seio</p><p>sigmoide com o plano da fossa média do crânio.</p><p>DESTAQUES DA ORELHA MÉDIA</p><p>▪ A orelha média é dividida em 3 andares: epi, meso e hipotímpano.</p><p>▪ O epitímpano, também chamado de ático, se comunica com o antro por</p><p>um pequeno canal chamado aditus ad antrum.</p><p>▪ No epitímpano, também está localizada a articulação incudomaleolar.</p><p>▪ O processo cocleariforme é uma proeminência óssea que divide o epi do</p><p>mesotímpano. É dele que emerge o tendão do músculo tensor do</p><p>tímpano.</p><p>▪ Eminência piramidal é uma proeminência próxima do estribo de onde</p><p>emerge o músculo estapédio.</p><p>▪ A orelha média possui 2 depressões importantes na região próxima da</p><p>mastoide (posterior): recesso facial e timpânico.</p><p>▪ O recesso facial é um espaço na região lateral e posterior da orelha</p><p>média delimitado pela eminencia piramidal e canal do facial.</p><p>▪ O recesso timpânico é um espaço na região medial e posterior da orelha</p><p>média delimitado pela superfície labiríntica e eminencia piramidal.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>6</p><p>DESTAQUES DO NERVO FACIAL</p><p>▪ O nervo facial é dividido em 5 porções: intracraniana, intracanalicular,</p><p>labiríntica, timpânica e mastoidea.</p><p>▪ Canal de Falópio é o osso que reveste a porção labiríntica, timpânica e</p><p>mastoidea do nervo facial.</p><p>▪ A porção timpânica (horizontal) está localizada entre o estribo e o canal</p><p>semicircular lateral.</p><p>▪ A porção mastoidea (vertical) está localizada profundamente à parede</p><p>posterior do conduto auditivo externo.</p><p>▪ O processo curto da bigorna aponta para o segundo joelho do nervo facial</p><p>(entre a porção timpânica e mastoidea)</p><p>LIMITES DA DISSECÇÃO</p><p>▪ Anterior: parede posterior do conduto externo.</p><p>▪ Posterior: seio sigmoide (ou seio lateral)</p><p>▪ Superior: fossa média do crânio e tegmen timpânico</p><p>▪ Inferior: crista digástrica</p><p>▪ Medial: canal semicircular lateral.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>7</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS</p><p>A mastoidectomia é dividida em 4 tipos clássicos:</p><p>▪ Mastoidectomia cavidade fechada: também chamada de</p><p>mastoidectomia simples ou canal wall up, consiste na aberta das células</p><p>da mastoide até o antro com exploração da orelha média sem derrubar</p><p>a parede posterior do conduto auditivo. Indicada principalmente na OMC</p><p>não colesteatomatosa.</p><p>▪ Mastoidectomia cavidade aberta: também chamada de mastoidectomia</p><p>radical modificada ou canal wall down, consiste na abertura das células</p><p>da mastoide com exploração da orelha média e remoção da parede</p><p>posterior do conduto auditivo, formando uma cavidade comum. Indicada</p><p>na OMC colestatomatosa.</p><p>▪ Procedimento de Bondy: é uma variação da mastoidectomia cavidade</p><p>aberta, porém sem a derrubada completa da parede posterior, apenas</p><p>de sua porção superior. Além disso, nesta técnica não há exploração da</p><p>orelha média. Indicada na OMC colesteatomatosa restrita ao</p><p>epitímpano.</p><p>▪ Mastoidectomia subcortical: também chamada de mastoidectomia</p><p>inside out, consiste numa cavidade aberta, porém com exanteração das</p><p>células da mastoide a partir da aticotomia por via endaural. Indicada</p><p>nas mastoides ebúrneas.</p><p>▪ Mastoidectomia radical: consiste numa mastoidectomia cavidade</p><p>aberta associada a remoção da membrana timpânica, ossículos (martelo</p><p>e bigorna) com oclusão da tuba auditiva.</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>8</p><p>Outro termo utilizado é timpanomasdoidectomia que se refere a</p><p>mastoidectomia associada a timpanoplastia. Neste grupo, portanto, estão</p><p>incluídas a mastoidectomia cavidade fechada, aberta, subcortical e radical.</p><p>INSTUMENTOS CIRÚRGICOS ESPECIAIS</p><p>▪ Afastador ortostático</p><p>▪ Amassador de fáscia</p><p>▪ Aspirador otológico</p><p>▪ Bisturi de conduto</p><p>▪ Cureta otológica</p><p>▪ Descolador de Freer</p><p>▪ Estilete em baioneta</p><p>▪ Microtesoura de Belucci</p><p>▪ Pinça jacaré</p><p>▪ Brocas diamantadas e cortantes</p><p>ANESTESIA</p><p>▪ Anestesia geral com intubação orotraqueal</p><p>▪ Tubo fixado para baixo e contralateral</p><p>▪ Membros superior do lado operado ao longo</p><p>▪ Rodilha</p><p>POSIÇÃO DA EQUIPE</p><p>▪ Cirurgião: no lado a ser operado</p><p>▪ Auxiliar: na cabeceira do paciente</p><p>▪ Instrumentador: ao lado do cirurgião</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>6</p><p>9</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA MASTOIDECTOMIA CAVIDADE FECHADA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça rodada para o lado não operado</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração da pele retroauricular e dos quadrantes do conduto auditivo</p><p>com anestesia e vasoconstrictor 1:100.000</p><p>▪ Limpeza e aspiração do conduto auditivo externo</p><p>▪ Incisão retroauricular 1 cm posterior ao sulco retroauricular da margem</p><p>inferior do MAE até o nível do arco zigomático</p><p>▪ Dissecção do subcutâneo e músculos pós auriculares</p><p>▪ Coleta do enxerto da fáscia temporal, limpeza e compressão da fáscia</p><p>▪ Incisão dos tecidos retroauriculares até o osso temporal</p><p>▪ Elevação do periósteo até a parede posterior do conduto</p><p>▪ Incisão em forma de “U” da parede posterior do conduto</p><p>▪ Apreensão e anteriorização da pele do conduto e pavilhão com uma gaze</p><p>▪ Reavivamento das bordas da perfuração</p><p>▪ Incisão da pele do conduto às 12 e 6 horas</p><p>▪ Descolamento do retalho timpanomeatal até o ânulo timpânico</p><p>▪ Acesso e avaliação da orelha média</p><p>▪ Mastoidectomia cortical até o antro, tegmen e seio sigmoide.</p><p>▪ Exposição do ático, sendo visualizado ramo curto da bigorna.</p><p>▪ Realização de timpanotomia posterior com acesso ao recesso facial.</p><p>▪ Inspeção incudoestapediana, eminência piramidal e janela redonda.</p><p>▪ Posicionamento do enxerto cobrindo a perfuração</p><p>▪ Aplicação de gelfoam preenchendo a orelha média</p><p>▪ Rebaixamento do retalho timpanomeatal</p><p>▪ Aplicação de gelfoam no conduto auditivo externo</p><p>▪ Sutura dos tecidos retroauriculares com vycril 3.0</p><p>▪ Sutura da pele com nylon 4.0</p><p>▪ Curativo retroauricular externo + atadura de crepom</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p><p>70</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA MASTOIDECTOMIA CAVIDADE ABERTA</p><p>▪ Paciente em DDH com a cabeça rodada para o lado não operado</p><p>▪ Assepsia e antissepsia</p><p>▪ Infiltração da pele retroauricular e dos quadrantes do conduto auditivo</p><p>com anestesia e vasoconstrictor 1:100.000</p><p>▪ Limpeza e aspiração do conduto auditivo externo</p><p>▪ Incisão retroauricular 1 cm posterior ao sulco retroauricular da margem</p><p>inferior do MAE até o nível do arco zigomático</p><p>▪ Dissecção do subcutâneo e músculos pós auriculares</p><p>▪ Coleta do enxerto da fáscia temporal, limpeza e compressão da fáscia</p><p>▪ Incisão dos tecidos retroauriculares até o osso temporal</p><p>▪ Elevação do periósteo até a parede posterior do conduto</p><p>▪ Incisão em forma de “U” da parede posterior do conduto</p><p>▪ Apreensão e anteriorização da pele do conduto e pavilhão com uma gaze</p><p>▪ Reavivamento das bordas da perfuração</p><p>▪ Incisão da pele do conduto às 12 e 6 horas</p><p>▪ Descolamento do retalho timpanomeatal até o ânulo timpânico</p><p>▪ Acesso e avaliação da orelha média</p><p>▪ Mastoidectomia cortical até o antro, tegmen e seio sigmoide.</p><p>▪ Exposição do ático, sendo visualizado ramo curto da bigorna.</p><p>▪ Rebaixamento da parede posterior do conduto até o nervo facial</p><p>▪ Posicionamento do enxerto cobrindo a perfuração</p><p>▪ Aplicação de gelfoam preenchendo a orelha média</p><p>▪ Rebaixamento do retalho timpanomeatal</p><p>▪ Realização de meatoplastia</p><p>▪ Aplicação de gaze com pomada na meatoplastia</p><p>▪ Sutura dos tecidos retroauriculares com vycril 3.0</p><p>▪ Sutura da pele com nylon 4.0</p><p>▪ Curativo retroauricular externo + atadura de crepom</p><p>Licensed to Ivis Andrea Marques Ferro - ivis_amf@hotmail.com</p>