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<p>SITUAÇÃO PROBLEMA</p><p>Manejo da Febre</p><p>Professora: Larissa Gouveia Aragão de Souza</p><p>Alunas:</p><p>Júlia Nikaelly Medeiros Leite Correia</p><p>Marcela de Almeida Costa Marques</p><p>Monisy Yally da Nóbrega Lemos</p><p>Patrícia Morgana Alves da Silva</p><p>Dona Lúcia, 39 anos, é dona de casa e mãe de dois filhos, um menino e uma menina, ambos saudáveis e que, segundo ela, representam a razão de sua vida. A menina, Luiza de 9 anos é super saudável, mas gerou um trauma tremendo em Dona Lúcia: aos 3 anos, durante um quadro febril, apresentou convulsão febril. Deste dia em diante, toda vez que um de seus filhos têm febre, D. Lúcia fica extremamente preocupada. Luiza praticamente não adoece mais frequentemente, mas João Lucas, de 3 anos, acabou de entrar na escola e vem apresentando adoecimentos quase que semanais.</p><p>Você está de plantão na emergência pediátrica, numa madrugada de sábado, quando Dona Lúcia chega desesperada gritando pelo médico, pois seu filho está com febre. Como não tem ninguém aguardando atendimento, Dona Lúcia e a criança entram diretamente em seu consultório, sem nem fazer triagem.</p><p>Primeiramente você acalma a mãe preocupada, dizendo que seu filho já será atendido e solicita a enfermagem para avaliar os sinais vitais do paciente.</p><p>Enquanto d. Lúcia se acalma e inicia a história, você observa uma criança alerta nos braços da mãe, um pouco assustado (provavelmente com o choro copioso da mãe), mas sem sinais de desconforto respiratório ou alterações da coloração da pele.</p><p>Dona Lúcia relata que seu filho iniciou quadro de febre (até 39,7ºC) há cerca de 48-72h e que a febre vem persistindo neste período, sem espaçamento entre os episódios febris que, segundo ela, voltam a cada 4-5h no máximo. Quando questionada sobre como vem fazendo o controle térmico, a mesma informa que vem usando AAS e dipirona e que, quando a temperatura não baixa logo, ela faz compressas de álcool e, às vezes, banho gelado. A genitora nega vômitos, tosse, diarreia ou qualquer outro sintoma associado a febre. Relata que as vacinas estão em dia – mostra o cartão vacinal e você confirma a veracidade da informação.</p><p>Os sinais vitais verificados pela enfermeira foram: Tax: 39,2ºC, SatO2:98%, FC:144IRPM, FR: 34irpm</p><p>Ao exame físico você observa: Criança em Regular estado geral, normocorada, acianótica, anictérica, febril ao toque, alerta (ECG:15) e responsiva.</p><p>SNC: ECG 15, nuca livre, sem sinais meníngeos, pupilas isocóricas e fotorreagentes / AR: MVUA em AHT, sem RA / ACV: RCR, 2T, BNF, SS / Oroscopia: ausência de exsudatos ou lesões aftosas / Otoscopia: MT transparente, sem hiperemia ou abaulamento / ABD: Semigloboso, RHA+, pouco doloroso a palpação profunda, porém sem sinais de irritação peritoneal / Pele: sem alterações, exceto aumento de temperatura / Ext: aquecidas, perfundidas, pulsos amplos e simétricos, sem edemas.</p><p>Diante da situação problema, responda as seguintes questões de aprendizado:</p><p>1. Qual a definição de febre? (valor 0,4)</p><p>Febre é definida como uma elevação da temperatura corpórea em resposta a uma variedade de estímulos, mediada e controlada pelo centro termorregulador localizado no sistema nervoso central (SNC). O conceito de febre é firmado para temperatura axilar acima de 37,8ºC, temperatura retal acima de 38,3ºC e a temperatura oral acima de 38ºC.</p><p>2. Qual a conduta indicada para o caso em questão? (valor:0,4)</p><p>Solicitar coleta de sedimento urinário e urocultura e prescrição de antimicrobiano a depender do resultado do exame de urina.</p><p>3. Qual diagnóstico nosológico do paciente em questão, com base na história e exame físico? (valor:0,4)</p><p>Febre sem sinais localizatórios (FSSL) que é a ocorrência de febre com menos de sete dias de duração em uma criança em que a história clínica e o exame físico não revelaram a causa. A maioria dessas crianças apresenta uma doença infecciosa aguda autolimitada ou está no pródomo de uma doença infecciosa benigna; poucos têm uma infecção bacteriana grave ou potencialmente grave.</p><p>4. Comente os meios físicos que D. Lúcia usa para o controle da temperatura. (valor:0,4)</p><p>Os meios físicos como banho, compressas frias e aplicação de álcool na pele não têm valor quando usados isoladamente, porque não atuam no mecanismo fisiopatológico da febre. Mas uma vez que o ponto de termorregulação hipotalâmico tenha sido rebaixado farmacologicamente e, se for ainda necessário, depois da retirada de agasalhos e permanência num ambiente ventilado, pode-se recorrer a banhos mornos de imersão por 10 a 20 minutos, deixando-se a água esfriar lentamente, ou fricção delicada com esponja umedecida em água morna, fazendo-se essa fricção em partes sucessivas do corpo num total de 20 a 30 minutos. Esse processo só deve ser utilizado se trouxer evidente conforto para a criança e não causar mais problemas para os pais. A água fria pode causar calafrios e tremores que, além do desconforto, aumentam a temperatura. O álcool pode ser absorvido pela pele e causar toxicidade sistêmica e, por isso, nunca deve ser utilizado.</p><p>5. Quais fatores de risco para convulsão febril? Justifique. (valor:0,4)</p><p>Fatores de risco para recorrência da crise febril são idade de 6 meses a 5 anos de idade, história familiar positiva, duração prolongada e o quão rápido essa temperatura sobe.</p>

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