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<p>100 DICAS DE</p><p>PROCESSO PENAL</p><p>ANA PAULA BLAZUTE</p><p>@PROFANABLAZUTE</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>1</p><p>DICA 01 - JUIZ PODE DECRETAR PRISÃO</p><p>PREVENTIVA DE OFÍCIO?</p><p>NÃO!</p><p>De acordo com o código de processo penal, em seu</p><p>artigo 311, o juiz pode decretar a prisão preventiva em</p><p>qualquer fase da investigação ou do processo penal, a</p><p>requerimento do Ministério Público, do querelante ou</p><p>do assistente, ou por representação da autoridade</p><p>policial.</p><p>DICA 02 - A PRISÃO TEMPORÁRIA PODE SER</p><p>DETERMINADA DE OFÍCIO PELO JUIZ?</p><p>Também NÃO!</p><p>No que tange a prisão temporária, conforme dispõe o</p><p>artigo 2° da lei 7.960/89, esta poderá ser decretada</p><p>pelo juiz apenas na hipótese de representação da</p><p>autoridade policial ou de requerimento do Ministério</p><p>Público. Não pode ser decretada de ofício.</p><p>DICA 03 - EM QUE FASE DO PROCESSO PODE</p><p>HAVER A INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA?</p><p>A interceptação telefônica, de acordo com o artigo 3°</p><p>da lei 12.850/13, poderá ser determinada pelo juiz em</p><p>qualquer fase da persecução penal.</p><p>DICA 04 - O INQUÉRITO POLICIAL É</p><p>INSTRUMENTO ADMINISTRATIVO</p><p>Por esse motivo, o juiz não poderá fundamentar sua</p><p>decisão exclusivamente nos elementos informativos</p><p>colhidos na investigação, ressalvadas as provas</p><p>cautelares, não repetíveis e antecipadas.</p><p>DICA 05 - DELEGADO NÃO ARQUIVA INQUÉRITO</p><p>POLICIAL!</p><p>O artigo 17 do código de processo penal é claro ao</p><p>afirmar que a autoridade policial não poderá mandar</p><p>arquivar autos de inquérito. Somente o juiz, após</p><p>requerimento do Ministério Público, poderá arquivar o</p><p>inquérito policial.</p><p>DICA 06 - O DEFENSOR TEM DIREITO AO ACESSO</p><p>DO INQUÉRITO POLICIAL</p><p>De acordo com a Súmula Vinculante 14, é direito do</p><p>defensor, no interesse do representado, ter acesso</p><p>amplo aos elementos de provas que, já</p><p>documentados em procedimento investigatório</p><p>realizado por órgão com competência de polícia</p><p>judiciária, digam respeito ao exercício do direito de</p><p>defesa. Nesse sentido, o defensor somente não terá</p><p>acesso aos elementos ainda não devidamente</p><p>documentados.</p><p>DICA 07 - DELEGADO PODE INSTAURAR</p><p>INQUÉRITO POLICIAL DE OFÍCIO?</p><p>DEPENDE!</p><p>A autoridade policial pode instaurar, de ofício,</p><p>inquérito policial, desde que se tratando de crime de</p><p>ação penal pública incondicionada.</p><p>O código de processo penal, em seu artigo 5°, §4 e §5,</p><p>dispõe que o inquérito, nos crimes de ação pública</p><p>condicionada a representação não poderá ser</p><p>iniciado sem ela, e que nos crimes de ação privada,</p><p>somente poderá ser iniciado a requerimento de quem</p><p>tenha qualidade para isso.</p><p>DICA 08 - QUAL A DURAÇÃO DO INQUÉRITO</p><p>POLICIAL?</p><p>SOLTO</p><p>30 DIAS</p><p>PRESO</p><p>10 DIAS</p><p>O prazo para conclusão do inquérito policial é de 10</p><p>dias caso o indiciado esteja preso e de 30 dias caso</p><p>esteja solto, conforme dispõe o artigo 10 do código de</p><p>processo penal.</p><p>DICA 09 - REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS</p><p>DURANTE A FASE DE INVESTIGAÇÕES</p><p>O artigo 14 do código de processo penal dispõe que o</p><p>ofendido e o indiciado poderão requerer qualquer</p><p>diligência durante a fase de investigações, porém</p><p>caberá à autoridade decidir se serão ou não</p><p>realizadas, ou seja, o delegado usará da</p><p>discricionariedade.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>2</p><p>DICA 10 - O INQUÉRITO POLICIAL PODE SER</p><p>DESARQUIVADO?</p><p>SIM!</p><p>O inquérito policial poderá ser desarquivado caso</p><p>seja identificado o surgimento de novas provas</p><p>capazes de alterar o contexto das investigações.</p><p>Quem teve o inquérito arquivado não significa que</p><p>foi inocentado.</p><p>O STF entende que, após arquivado o inquérito</p><p>policial, não poderá a ação penal ser iniciada, sem</p><p>que haja novas provas.</p><p>DICA 11 - TRANCAMENTO DO INQUÉRITO</p><p>POLICIAL</p><p>O STF decidiu que é possível o trancamento do</p><p>inquérito policial por meio de habeas corpus.</p><p>Nesse sentido, não se trata de caso de recurso</p><p>para chefe de polícia, como no caso de despacho</p><p>que indeferir o requerimento de abertura de</p><p>inquérito. Deste sim caberá recurso para o chefe</p><p>de polícia.</p><p>TRANCAMENTO</p><p>Habeas corpus</p><p>INDEFERIMENTO DE</p><p>ABERTURA</p><p>Recurso ao chefe de</p><p>polícia.</p><p>DICA 12 – ABERTURA DE INQUÉRITO COM BASE</p><p>EM DENÚNCIA ANÔNIMA</p><p>Após receber denúncia anônima o delegado deverá</p><p>instaurar o inquérito?</p><p>A doutrina e a jurisprudência possuem o entendimento</p><p>de que, na hipótese de denúncia anônima, o</p><p>procedimento correto a ser adotado é a realização da</p><p>VPI (verificação de procedência das informações),</p><p>antes de concluir se instaura ou não o inquérito</p><p>policial.</p><p>DICA 13 - FIANÇA</p><p>O DELEGADO poderá arbitrar a fiança, por se tratar de</p><p>crime cuja pena máxima não ultrapassa a 4 anos. Nos</p><p>demais casos, a fiança será requerida ao juiz.</p><p>ATENÇÃO!! O crime, da lei maria da penha, de</p><p>descumprir decisão judicial relacionada a medidas</p><p>protetivas de urgência possui pena de até 2 anos, ou</p><p>seja, em tese o delegado poderia conceder fiança.</p><p>Entretanto, nesse caso, somente o juiz poderá</p><p>concede-la.</p><p>DICA 14 – DENÚNCIA X QUEIXA</p><p>Denúncia e queixa-crime são as peças que dão início a</p><p>uma ação penal. O que as diferencia é a titularidade</p><p>(capacidade de levar o pedido ao Judiciário).</p><p>DENÚNCIA: A denúncia é interposta para os crimes</p><p>que devem ser processados por meio de ação penal</p><p>pública, cuja o titular é o representante do Ministério</p><p>Público. Aqui o promotor de justiça é quem dá início a</p><p>ação penal.</p><p>QUEIXA: A queixa-crime é utilizada para os casos de</p><p>ação penal privada e é apresentada em juízo pelo</p><p>próprio ofendido ou representante legal, por meio de</p><p>um advogado.</p><p>DICA 15 – PRAZO PARA REPRESENTAÇÃO</p><p>O prazo é de 6 meses para queixa ou representação, e</p><p>é contado do dia em que o ofendido ou representante</p><p>legal vier a saber quem é o autor do crime, conforme</p><p>artigo 38.</p><p>DICA 16 - OBRIGAÇÃO DE APRESENTAR QUEIXA</p><p>O ofendido não possui a obrigação de apresentar</p><p>queixa em caso de crime de ação penal privada. A</p><p>ação penal privada é de titularidade do ofendido e</p><p>goza do princípio da oportunidade e conveniência, ou</p><p>seja, cabe à vítima ofertar ou não a ação. Do mesmo</p><p>modo a representação, nos crimes de ação penal</p><p>pública condicionada, não é obrigatória.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>3</p><p>DICA 17 – PERDÃO; RENÚNCIA; PEREMPÇÃO</p><p>A renúncia, o perdão e a perempção possuem a</p><p>mesma natureza jurídica, qual seja, de causa de</p><p>extinção da punibilidade, ou seja, impedem a</p><p>punição do autor do crime.</p><p>RENÚNCIA: havendo a renúncia ao direito de</p><p>apresentar a queixa crime, o ofendido sequer permite</p><p>que o processo penal se inicie, evitando que o autor</p><p>do crime seja punido.</p><p>PERDÃO: o perdão, por sua vez, constitui</p><p>demonstração de que o ofendido superou o trauma</p><p>causado pelo delito e não mais deseja a punição do</p><p>autor do crime.</p><p>PEREMPÇÃO: em resumo, é o resultado da inércia no</p><p>processo, como por exemplo o caso do querelante que</p><p>deixa de dar andamento ao processo durante 30 dias</p><p>seguidos.</p><p>DICA 18 – O QUE É AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA</p><p>PÚBLICA?</p><p>O Ministério Público, quando for titular da Ação Penal,</p><p>possui prazo, que varia em regra de 5 dias para réu</p><p>preso a 15 dias para réu solto, para propor o</p><p>arquivamento, apresentar denúncia ou requerer</p><p>diligências.</p><p>Caso o Ministério Público fique inerte, ou seja, não</p><p>adote uma das medidas, abre-se a possibilidade para</p><p>que o ofendido, seu representante legal ou seus</p><p>sucessores ingressem com a ação penal privada</p><p>subsidiária da pública.</p><p>DICA 19 – INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO</p><p>PÚBLICO NA AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA</p><p>PÚBLICA</p><p>O Ministério Público poderá intervir no processo de</p><p>ação privada subsidiária da pública?</p><p>SIM!</p><p>De acordo com o código de processo penal, em seu</p><p>artigo 29, será admitida ação privada</p><p>nos crimes de</p><p>ação pública, se esta não for intentada no prazo legal.</p><p>Nesse sentido, poderá o Ministério Público, repudiar a</p><p>queixa, oferecer denúncia substitutiva, aditar, intervir</p><p>no processo, fornecer elementos de provas, interpor</p><p>recurso e até retomar a ação como parte principal.</p><p>DICA 20 – A AUSÊNCIA DO ADVOGADO NO</p><p>FLAGRANTE</p><p>A ausência de advogado durante o auto de prisão em</p><p>flagrante gerará invalidade do procedimento?</p><p>A ausência do advogado não gera nulidade, bastando</p><p>que seja remetida cópia do procedimento para a</p><p>Defensoria Pública quando não houver indicação de</p><p>defensor particular constituído pelo acusado.</p><p>DICA 21 – NOTÍCIA CRIME; QUEIXA CRIME;</p><p>DENÚNCIA.</p><p>DICA 22 – SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO</p><p>SUSPEIÇÃO</p><p>Refere-se ao animus</p><p>subjetivo do juiz quanto</p><p>as partes, e geralmente</p><p>são encontradas</p><p>externamente ao</p><p>processo.</p><p>IMPEDIMENTO</p><p>Ocorre quando há vínculos</p><p>objetivos do juiz com o</p><p>processo.</p><p>NOTÍCIA CRIME</p><p>Feita na delegacia ou no</p><p>Ministério Público por</p><p>qualquer pessoa que</p><p>tenha informação sobre</p><p>o crime.</p><p>QUEIXA CRIME</p><p>Petição inicial de uma</p><p>ação penal privada feito</p><p>junto a vara criminal.</p><p>DENÚNCIA</p><p>Petição inicial de uma ação penal pública promovida</p><p>pelo Ministério Público.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>4</p><p>DICA 23 – CITAÇÃO X INTIMAÇÃO</p><p>CITAÇÃO</p><p>Dar ciência ao réu de que há</p><p>um processo contra ele.</p><p>Chama-se o réu ao</p><p>processo.</p><p>INTIMAÇÃO</p><p>Dar ciência de um ato</p><p>que foi ou será</p><p>praticado.</p><p>DICA 24 – LEI MARIA DA PENHA</p><p>Formas de violência da lei maria da penha:</p><p> Física</p><p> Psicológica</p><p> Sexual</p><p> Patrimonial</p><p> Moral</p><p>DICA 25 – CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO</p><p>POLICIAL</p><p>Sigiloso: O sigilo é garantido a todos, menos aos</p><p>advogados do caso, que possuem amplo aos</p><p>elementos de prova já documentados nos autos.</p><p>Escrito: O inquérito policial precisa ser redigido em</p><p>língua portuguesa.</p><p>Inquisitivo: não há contraditório nem ampla defesa</p><p>durante seu curso. O suspeito é mero objeto de</p><p>investigação.</p><p>Discricionário: não faz exigência de formalidades,</p><p>podendo ser conduzido pela autoridade policial</p><p>com discricionariedade, ou seja, o delegado aplica</p><p>as diligêcias necessárias de acordo com cada caso</p><p>concreto.</p><p>Oficioso: Nos crimes de ação penal pública</p><p>incondicionada, a autoridade policial deve instaurar</p><p>o inquérito de ofício assim que tomar conhecimento</p><p>do crime.</p><p>Oficial: O inquérito é conduzido por autoridades</p><p>oficiais do Estado.</p><p>Indisponível: refere-se à impossibilidade de</p><p>arquivamento dos autos do inquérito por parte da</p><p>autoridade policial.</p><p>Dispensável: não é obrigatório, pode-se haver</p><p>uma ação penal sem ter necessariamente um</p><p>inquérito.</p><p>DICA 26 – DESTRUIÇÃO DE DROGAS</p><p>Com prisão em flagrante:</p><p>Em 15 dias</p><p>Pelo delegado de polícia na</p><p>presença do Ministério</p><p>Público e da autoridade</p><p>sanitária.</p><p>Sem prisão em</p><p>flagrante:</p><p>Em 30 dias</p><p>Contados da data da</p><p>apreensão, guardando-se</p><p>amostra necessária à</p><p>realização do laudo</p><p>definitivo.</p><p>DICA 27 – PRISÃO TEMPORÁRIA E PRISÃO</p><p>PREVENTIVA</p><p>Prisão temporária:</p><p>Com prazo de duração de 5 dias, prorrogáveis por</p><p>mais 5.</p><p>Ocorre durante a fase de investigação do inquérito</p><p>policial.</p><p>É utilizada para que a polícia ou o Ministério Público</p><p>colete provas para, depois, pedir a prisão preventiva</p><p>do suspeito em questão. Em geral, ela é decretada</p><p>para assegurar o sucesso de uma determinada</p><p>diligência.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>5</p><p>Prisão preventiva:</p><p>Sem prazo pré-definido.</p><p>Pode ser decretada em qualquer fase da investigação</p><p>policial ou da ação penal, quando houver indícios que</p><p>liguem o suspeito ao delito.</p><p>Em geral é pedida para proteger o inquérito ou</p><p>processo, a ordem pública ou econômica ou a</p><p>aplicação da lei.</p><p>A ideia é que, uma vez encontrado indício do crime, a</p><p>prisão preventiva evite que o réu continue a atuar fora</p><p>da lei. Também serve para evitar que o mesmo</p><p>atrapalhe o andamento do processo, por meio de</p><p>ameaças a testemunhas ou destruição de provas, e</p><p>impossibilite sua fuga, ao garantir que a pena imposta</p><p>pela sentença seja cumprida.</p><p>DICA 28 – INTERNAÇÃO PROVISÓRIA</p><p>Para que haja a configuração dessa necessidade deve-</p><p>se tratar de crime praticado com violência ou grave</p><p>ameaça e ser o agente inimputável ou semi-</p><p>imputável, além de existir o risco de reiteração,</p><p>conforme dispõe o artigo 319 do código de processo</p><p>penal.</p><p>DICA 29 – PRISÃO DOMICILIAR</p><p>A prisão poderá ser substituída em domiciliar</p><p>quando o agente for:</p><p> Maior de 80 anos;</p><p> Extremamente debilitado por motivo de doença</p><p>grave;</p><p> Pessoa imprescindível aos cuidados especiais de</p><p>menor de 6 anos de idade ou com deficiência;</p><p> Gestante;</p><p> Mulher com filho de até 12 anos incompletos;</p><p> Homem e único responsável pelos cuidados do</p><p>filho de até 12 anos incompletos;</p><p>Perceba que a diferença entre o homem e a mulher é</p><p>que mulher não precisa ser a única responsável pelo</p><p>filho de até 12 anos, já o homem deve ser o único</p><p>responsável.</p><p>DICA 30 – MULHER - PRISÃO DOMICILIAR</p><p>A condição para a substituição da prisão pela domiciliar</p><p>é que ela não tenha cometido crime com violência ou</p><p>grave ameaça, e que a vítima não seja seu filho ou</p><p>dependente.</p><p>DICA 31 – SUSPENSÃO CONDICIONAL DO</p><p>PROCESSO</p><p>É um benefício no qual é proposto ao acusado</p><p>algumas condições para que ele cumpra, em troca</p><p>extinção da sua punibilidade. O processo ficará</p><p>suspenso enquanto correr o prazo para cumprimento</p><p>das condições impostas. Expirado o prazo sem</p><p>revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.</p><p>DICA 32 – SUSPENSÃO CONDICIONAL DO</p><p>PROCESSO</p><p>No caso de acusado que já foi processado outras</p><p>vezes, caberá o benefício da suspensão</p><p>condicional do processo?</p><p>A lei 9.099/95 autoriza, em se tratando de crime cuja</p><p>pena mínima seja igual ou inferior a 1 ano, a</p><p>propositura da suspensão condicional do processo.</p><p>Porém, o artigo 89 da referida lei é claro ao dispor que</p><p>o Ministério Público poderá propor a suspensão</p><p>condicional do processo, desde que o acusado não</p><p>esteja sendo processado ou não tenha sido</p><p>condenado por outro crime.</p><p>A lei não leva em consideração a existência ou não de</p><p>bons antecedentes ou primariedade, mas sim a</p><p>existência de processos contra o acusado.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>6</p><p>DICA 33 – RETRATAÇÃO AO CRIME DE LESÃO</p><p>CORPORAL NO ÂMBITO DE VIOLÊNCIA</p><p>DOMÉSTICA CONTRA A MULHER</p><p>Não é cabível.</p><p>A súmula 542 do STJ dispõe que a ação penal relativa</p><p>ao crime de lesão corporal resultante de violência</p><p>doméstica contra a mulher é pública incondicionada.</p><p>Nesse sentido, o desinteresse da vítima em ver o</p><p>acusado responsabilizado é irrelevante.</p><p>Não caberá retratação.</p><p>DICA 34 – ITER CRIMINIS</p><p>Cogitação impunível</p><p>Preparação impunível</p><p>Execução punível</p><p>Consumação punível</p><p>DICA 35 – RECURSO INTERPOSTO POR UM DOS</p><p>RÉUS</p><p>Quando um só réu recorre.</p><p>Se refere a decisão de recurso que poderá ser</p><p>estendido a corréu, ou seja, trata-se da existência de</p><p>concurso de agentes.</p><p>Nesse sentido, no caso a decisão de recurso</p><p>interposto por um dos réus, se fundado em motivos</p><p>que não sejam de caráter exclusivamente pessoal,</p><p>aproveitará aos outros.</p><p>DICA 36 – RECURSO - AGRAVO A EXECUÇÃO</p><p>Das decisões proferidas pelo juízo da execução</p><p>caberá agravo a execução.</p><p>DICA 37 – RECURSO - EMBARGOS INFRINGENTES</p><p>Só pode ser oposto pela defesa!</p><p>Caso a questão afirme que o Ministério Público</p><p>poderá opor embargos infringentes, estará falsa, pois</p><p>trata-se de recurso que só pode ser oposto pela</p><p>defesa.</p><p>DICA 38 – RECURSO EM SENTIDO</p><p>ESTRITO</p><p>Caberá recurso em sentido estrido, da decisão,</p><p>despacho ou sentença que não receber a denúncia</p><p>ou queixa.</p><p>Não receber é o mesmo que rejeitar. A questão pode</p><p>usar a palavra rejeitar.</p><p>Caberá recurso em sentido estrito da decisão,</p><p>despacho ou sentença que decretar a prescrição ou</p><p>julgar, por outro modo, extinta a punibilidade.</p><p>O RESE admite juízo de retratação.</p><p>DICA 39 – RECURSO – APELAÇÃO</p><p>Caberá apelação das sentenças definitivas, das</p><p>decisões definitivas e das decisões do tribunal do</p><p>júri, conforme dispõe o artigo 593 do código de</p><p>processo penal.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>7</p><p>DICA 40 - CORREIÇÃO PARCIAL E RECLAMAÇÃO</p><p>CORREIÇÃO PARCIAL</p><p>É o instrumento destinado à</p><p>impugnação de decisões</p><p>judiciais que possam</p><p>importar em inversão</p><p>tumultuária do processo,</p><p>sempre que não houver</p><p>recurso específico em lei.</p><p>Decisões estas que</p><p>representem erros ou</p><p>abusos.</p><p>RECLAMAÇÃO</p><p>É o meio através do qual se</p><p>leva a essas cortes a notícia</p><p>da usurpação de sua</p><p>competência ou</p><p>desobediência a julgado</p><p>seu, cometida por juiz ou</p><p>tribunal inferior.</p><p>É de competência originária</p><p>do STF e STJ.</p><p>DICA 41 – RECURSO - CARTA TESTEMUNHÁVEL</p><p>Será cabível da decisão que denegar o recurso, e da</p><p>decisão que, admitindo o recurso, obsta à sua</p><p>expedição e seguimento para o juízo ad quem.</p><p>DICA 42 - EMBARGOS INFRINGENTES E CARTA</p><p>TESTEMUNHAVEL</p><p>O recurso de embargos infringentes é exclusivo da</p><p>defesa. Tal recurso será admitido quando não for</p><p>unânime a decisão de segunda instância desfavorável</p><p>ao RÉU.</p><p>Porém, a carta testemunhável não cita a mesma</p><p>exclusividade.</p><p>DICA 43 - MBARGOS DE DECLARAÇÃO</p><p>Caberá embargos de declaração quando NA DECISÃO</p><p>que houver:</p><p> Obscuridade;</p><p> Ambiguidade;</p><p> Contradição;</p><p> Omissão.</p><p>Toda decisão deve ser clara e precisa. Por isso os</p><p>embargos de declaração é importante, visto que sua</p><p>finalidade é dissipar dúvidas e incertezas objetivas</p><p>criadas pela obscuridade e imprecisão da decisão</p><p>judicial, como por exemplo quando a decisão permite</p><p>mais de uma interpretação. Nesse sentido, caberá o</p><p>recurso, para que o juiz deixe claro sobre como a</p><p>decisão deve ser de fato interpretada.</p><p>DICA 44 – CONDENAÇÃO DO RÉU POR CRIME</p><p>DIVERSO DA INICIAL</p><p>No momento de proferir sentença, o juiz competente</p><p>entendeu que a conduta narrada na denúncia e</p><p>provada melhor se adequaria à capitulação jurídica</p><p>diversa daquela que constava na inicial acusatória, ou</p><p>seja, outro tipo de crime se encaixa melhor ao caso.</p><p>Exemplo: o juiz entendeu que na verdade o caso é de</p><p>roubo e não furto.</p><p>O juiz poderá condenar o réu por crime diverso do que</p><p>foi definido na denúncia ou queixa, ainda que, em</p><p>consequência, tenha que aplicar pena mais grave.</p><p>DICA 45 – CONDUTOR SUSPEITO DE CONDUZIR</p><p>VEÍCULO AUTOMOTOR SOB INFLUÊNCIA DE</p><p>ÁLCOOL</p><p>É obrigado a realizar o exame de sangue ou</p><p>bafômetro?</p><p>Segundo entendimento do STF o condutor suspeito de</p><p>conduzir veículo automotor sob influência de álcool não</p><p>pode ser obrigado a realizar tal exame, com</p><p>fundamento no princípio de que ninguém é obrigado a</p><p>produzir provas contra si.</p><p>DICA 46 – DIREITO AO SILÊNCIO</p><p>Segundo entendimento do STF, o direito ao silêncio é o</p><p>direito de não se auto incriminar e é garantido à todas</p><p>as pessoas, sendo ela investigado ou testemunha.</p><p>Fique atento! Tal entendimento diz respeito apenas à</p><p>defesa, não se enquadrando a testemunha de</p><p>acusação.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>8</p><p>DICA 47 - RELAXAMENTO E REVOGAÇÃO DE</p><p>PRISÃO</p><p>RELAXAMENTO</p><p>Prisão ilegal</p><p>REVOGAÇÃO</p><p>Prisão desnecessária</p><p>Prisão ilegal deve ser relaxada e prisão desnecessária</p><p>deve ser revogada.</p><p>Delegado de polícia não pode relaxar prisão, apenas o</p><p>juiz competente.</p><p>DICA 48 – HABEAS CORPUS</p><p>O habeas corpus é remédio constitucional para</p><p>garantir a liberdade de locomoção.</p><p>Nesse sentido, de acordo com a Súmula 693 do STF,</p><p>não cabe habeas corpus contra decisão condenatória</p><p>a pena de multa, ou relativo a processo em curso por</p><p>infração penal a que a pena de multa seja a única</p><p>cominada.</p><p>Não há obrigatoriedade de representação jurídica por</p><p>advogado para apresentação de habeas corpus. O HC</p><p>poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu</p><p>desfavor ou de outrem.</p><p>DICA 49 - MANDADO DE SEGURANÇA</p><p>Trata-se de uma ação constitucional impugnante que</p><p>visa a proteção de direito líquido e certo, não</p><p>amparado por habeas corpus ou habeas data.</p><p>O impetrante é o titular do direito lesado, ou seja, a</p><p>pessoa que sofre o constrangimento.</p><p>DICA 50 - MANDADO DE SEGURANÇA</p><p>Não cabe mandado de segurança contra decisão</p><p>transitada em julgado (Súmula 268 STF)</p><p>Não cabe mandado de segurança contra ato judicial</p><p>passível de recurso ou correição (Súmula 267 STF)</p><p>Não cabe mandado de segurança quando se tratar de</p><p>decisão judicial da qual caiba recurso com efeito</p><p>suspensivo.</p><p>Obs: Há entendimento do STJ definindo o juiz de</p><p>primeira instância como competente para julgar</p><p>mandado de segurança contra ato de promotor de</p><p>justiça.</p><p>DICA 51 – PRAZO DE RESPOSTA DA DENÚNCIA</p><p>OU QUEIXA</p><p>No rito comum ordinário, oferecida a denúncia ou</p><p>queixa, caso não seja rejeitada, o juiz ordenará a</p><p>citação do acusado para responder, por escrito, no</p><p>prazo de 10 dias.</p><p>Já com relação aos crimes próprios praticados por</p><p>funcionários públicos, dispõe que o procedimento</p><p>seguirá de forma especial, sendo o prazo, para</p><p>responder a denúncia ou queixa, de 15 dias (artigo 514</p><p>CPP)</p><p>DICA 52 – REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS</p><p>Desde que não contrarie a moralidade ou a ordem</p><p>pública, a autoridade policial poderá proceder à</p><p>reprodução simulada dos fatos, para verificar a</p><p>possibilidade de a infração ter sido praticada de</p><p>determinado modo.</p><p>Além disso, o acusado também possui o direito de não</p><p>produzir provas contra si, e por este motivo não pode</p><p>ser obrigado a participar.</p><p>DICA 53 – AÇÃO PENAL</p><p>Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será</p><p>promovida por denúncia do Ministério Público, mas</p><p>dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do</p><p>Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido</p><p>ou de quem tiver qualidade para representá-lo.</p><p>Obs: No caso de morte do ofendido ou quando</p><p>declarado ausente por decisão judicial, o direito de</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>9</p><p>representação passará ao cônjuge, ascendente,</p><p>descendente ou irmão (CADI).</p><p>DICA 54 - APLICAÇAO DA lei 9.099/95 NO</p><p>ESTATUTO DO IDOSO</p><p>Não beneficia o acusado, somente o idoso. Só aplica</p><p>as regras procedimentais.</p><p>O STF entende que nos crimes do estatuto do idoso</p><p>somente será possível a aplicação da lei 9.099/95 no</p><p>que tange ao procedimento, que beneficiará o idoso,</p><p>haja vista a celeridade processual.</p><p>Por isso, o autor do crime não seria beneficiado com a</p><p>possibilidade que a lei traz de eventual conciliação.</p><p>DICA 55 - APLICAÇAO DA lei 9.099/95 AOS CRIMES</p><p>DE VIOÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHER</p><p>A lei 11.340/06, em seu artigo 41, veda expressamente</p><p>a aplicação da lei 9.099/95 aos crimes praticados com</p><p>violência doméstica e familiar contra a mulher,</p><p>independentemente da pena prevista.</p><p>Sendo assim, de acordo com a lei, não é possível a</p><p>aplicação da suspensão condicional do processo</p><p>nestes crimes.</p><p>DICA 56 - APLICAÇAO DA lei 9.099/95 NAS</p><p>INFRAÇÕES PENAIS ELEITORAIS</p><p>Segundo entendimento do STJ, é possível a aplicação</p><p>dos institutos despenalizadores para as infrações</p><p>penais eleitorais cuja pena não seja superior a 2</p><p>anos, SALVO para os crimes que contam com um</p><p>sistema punitivo especial.</p><p>DICA 57 – EMENDATIO LIBELLI ANTES DA</p><p>SENTENÇA</p><p>Emendatio libelli poderá ser</p><p>feita antes da</p><p>sentença?</p><p>Em regra, o momento adequado para a “Emendatio</p><p>libelli” é na sentença, porém, a jurisprudência autoriza,</p><p>excepcionalmente, que seja feita antes, como no caso</p><p>da desclassificação para fixação da competência.</p><p>É admissível juízo desclassificatório prévio, quando</p><p>houver erro de direito, ou seja, quando a qualificação</p><p>jurídica do crime imputado repercute na definição da</p><p>competência.</p><p>DICA 58 – HORÁRIO DE CUMPRIMENTO DE</p><p>MANDADO E DE FLAGRANTE</p><p>A execução da captura em flagrante deve ser feita a</p><p>qualquer momento.</p><p>Já com relação ao cumprimento de mandado de</p><p>busca e apreensão domiciliar, a lei de abuso de</p><p>autoridade dispõe que o horário permitido é entre 5h e</p><p>21h.</p><p>DICA 59 – COMPETÊNCIA – ESTELIONATO</p><p>Nos crimes previstos no Art. 171 do Código Penal, a</p><p>partir de junho de 2021, quando praticados mediante</p><p>depósito, mediante emissão de cheques sem</p><p>suficiente provisão de fundos em poder do sacado</p><p>ou com o pagamento frustrado ou mediante</p><p>transferência de valores, a competência será definida</p><p>da seguinte forma:</p><p>No caso de vítima única a competência será definida</p><p>pelo local do domicílio da vítima.</p><p>Havendo mais de uma vítima a competência será</p><p>firmada pela prevenção.</p><p>DICA 60 – RECUSA DO INDICIADO</p><p>A recusa do indiciado não poderá gerar, por si só, o</p><p>seu indiciamento, apesar de poder caracterizar crime</p><p>de desobediência, conforme o Código Penal, em seu</p><p>artigo 330.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>10</p><p>DICA 61 – PROVAS – COMPORTAMENTO DO</p><p>ACUSADO</p><p>As provas que exijam comportamento passivo do</p><p>investigado poderão ser produzidas sem sua</p><p>concordância?</p><p>SIM!</p><p>Exemplo: Suspeito que deve ficar ao lado de outros</p><p>para que seja feito o reconhecimento pessoal.</p><p>Não confundir com o fato de ninguém ser obrigado a</p><p>produzir provas contra si. Neste caso o agente não</p><p>pode ser obrigado a produzir a prova, por tratar-se de</p><p>um comportamento ativo.</p><p>Em se tratando de prova não invasiva, mesmo que o</p><p>agente não concorde com sua produção, esta poderá</p><p>ser realizada, desde que não implique em sua</p><p>colaboração ativa. Ele somente não poderá ser</p><p>obrigado a produzir contra si provas de caráter invasivo</p><p>das quais exija sua colaboração ativa.</p><p>DICA 62 – ALTERAÇÃO DE CENA DO CRIME</p><p>Alterar cena do crime configura fraude processual?</p><p>SIM!</p><p>Alterar cena do crime configura fraude processual.</p><p>Somente não se configurará caso a alteração seja</p><p>realizada de forma culposa, ou seja, sem intenção de</p><p>induzir a erro juiz ou perito.</p><p>DICA 63 – BUSCA E APREENSÃO</p><p>Pode haver busca e apreensão em lugar distinto do</p><p>que foi ordenado no mandado?</p><p>NÃO!</p><p>De acordo com o STF não é possível busca e</p><p>apreensão em outro endereço que não esteja</p><p>especificado no mandado.</p><p>O artigo 243 do código de processo penal dispõe que o</p><p>mandado deverá conter a indicação da casa em que</p><p>será realizada a diligência. Esta indicação deverá ser</p><p>respeitada.</p><p>DICA 64 – BUSCA E APREENSÃO</p><p>Havendo mandado expedido pelo juiz autorizando a</p><p>busca, a falta do morador não impedirá sua</p><p>concretização. Em caso de desobediência será</p><p>arrombada a porta e a entrada forçada.</p><p>DICA 65 – PRAZO DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA</p><p>Conforme dispõe o §4° do artigo 310 do código de</p><p>processo penal, a não realização de audiência de</p><p>custódia, dentro do prazo de 24 horas, sem motivação</p><p>idônea ensejará a ilegalidade da prisão, a ser</p><p>relaxada pelo juiz.</p><p>Toda pessoa que sofra prisão, de qualquer</p><p>modalidade, qualquer que tenha sido a motivação ou</p><p>a natureza do fato criminoso, mesmo que se trate de</p><p>crime hediondo, deve ser obrigatoriamente</p><p>apresentada em audiência de custódia.</p><p>DICA 66 - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO</p><p>O prazo para representação é de 6 meses contados do</p><p>conhecimento da autoria do fato.</p><p>Decadência: perda do direito dessa representação.</p><p>Prescrição: perda do direito de punir do Estado, e</p><p>cada crime possui seu prazo de acordo com pena</p><p>prevista.</p><p>DICA 67 - PAPEL DO JUIZ NO ACORDO DE NÃO</p><p>PERSECUÇÃO PENAL</p><p>Homologar o acordo e declarar a extinção da</p><p>punibilidade do fato, após seu integral cumprimento</p><p>O acordo de não persecução penal será formalizado</p><p>pelo Ministério Público e sua homologação é</p><p>realizada pelo juiz, bem como a decretação da extinção</p><p>de punibilidade após seu cumprimento integral.</p><p>O juiz poderá recusar homologação à proposta se a</p><p>considerar inadequada, insuficiente ou abusiva.</p><p>Após recusada a homologação, o juiz devolverá os</p><p>autos ao Ministério Público para a análise da</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>11</p><p>necessidade de complementação das investigações ou</p><p>o oferecimento da denúncia.</p><p>DICA 68 - CITAÇÃO</p><p>Réu não encontrado: será citado por edital, com o</p><p>prazo de 15 dias.</p><p>Réu se escondeu para não ser citado: será citado</p><p>por hora certa.</p><p>A contrafé poderá ser entregue apenas ao citando,</p><p>não a terceiros. O processo seguirá normalmente, e, se</p><p>após a citação por hora certa o acusado não</p><p>comparecer, será nomeado defensor público para</p><p>que dê andamento.</p><p>Caso exista mais de um endereço nos autos do</p><p>inquérito policial, deverá ser esgotado o outro meio de</p><p>localização antes da citação por edital.</p><p>DICA 69 – CITAÇÃO POR APP DE MENSAGENS</p><p>De acordo com o informativo 688 do STJ, é possível a</p><p>utilização de WhatsApp para a citação de acusado,</p><p>desde que sejam adotadas medidas suficientes para</p><p>atestar a autenticidade do número telefônico, bem</p><p>como a identidade do indivíduo destinatário do ato</p><p>processual.</p><p>DICA 70 - INTIMAÇÃO DA SENTENÇA</p><p>Réu e defensor não encontrados: intimação mediante</p><p>edital.</p><p>Réu preso: a intimação da sentença será feita ao réu,</p><p>pessoalmente.</p><p>Réu solto encontrado, assistido pela Defensoria</p><p>Pública ou Advogado dativo: a intimação deverá ser</p><p>feita pessoalmente.</p><p>Réu solto não encontrado: a intimação será feita ao</p><p>defensor constituído ou nomeado.</p><p>DICA 71 – CONFISSÃO NO TRÁFICO DE DROGAS -</p><p>STJ</p><p>Súmula 630/STJ - A incidência da atenuante da</p><p>confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de</p><p>entorpecentes exige o reconhecimento da traficância</p><p>pelo acusado, não bastando a mera admissão da</p><p>posse ou propriedade para uso próprio.</p><p>Confessou o tráfico ganha um benefício.</p><p>DICA 72 - BENEFÍCIO DA COLABORAÇÃO</p><p>PREMIADA</p><p>Segundo entendimento do STJ, já tendo sido</p><p>realizada a colaboração premiada com o MP, não é</p><p>cabível o benefício da delação premiada (unilateral),</p><p>uma vez que seria aplicada duas vezes causas de</p><p>redução de pena sobre o mesmo fato.</p><p>O acusado ou o indiciado terá a pena reduzida quando</p><p>colaborar na identificação dos coautores ou part ícipes</p><p>e na recuperação do produto do crime, seja ela total ou</p><p>parcial.</p><p>A colaboração premiada é meio de obtenção de</p><p>provas, não prova.</p><p>O delegado de polícia, nos autos do inquérito policial,</p><p>também poderá propor. Neste caso deverá haver a</p><p>manifestação do Ministério Público.</p><p>IMPORTANTE!! O STF considera como condição de</p><p>eficácia a manifestação do Ministério Público.</p><p>DICA 73 – CAUSAS MODIFICADORAS DE</p><p>COMPETÊNCIA DO JECRIM</p><p>Além de casos de Conexão e Continência e de</p><p>impossibilidade de citação pessoal do acusado,</p><p>quando se tratar da complexidade de causa ou a</p><p>circunstâncias do caso não permitirem a</p><p>formulação da denúncia, a competência será</p><p>modificada.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>12</p><p>DICA 74 - COMPETENCIA PARA JULGAR</p><p>DEPUTADOS</p><p>Em regra, os deputados estaduais serão submetidos</p><p>a julgamento perante o Tribunal de Justiça. Isso</p><p>ocorre pelo fato da designação dessa competência</p><p>estar sob poder da Constituição de cada Estado, ou</p><p>seja, cada ente da Federação deverá estabelecer a</p><p>competência para julgamento dos deputados</p><p>estaduais.</p><p>Em se tratando de deputados federais, a CF</p><p>estabelece que caberá ao STF julgá-los.</p><p>IMPORTANTE!! Tribunais Superiores entendem que o</p><p>foro por prerrogativa de função só se aplica aos crimes</p><p>praticados em razão do cargo.</p><p>Se o crime praticado pelo deputado não possuir</p><p>relação com suas funções, deverá ser julgado no juízo</p><p>de primeiro grau.</p><p>DICA 75 - ASTREINTE</p><p>Astreinte nada mais é do que uma multa cominatória</p><p>que possui caráter coercitivo, cuja finalidade é</p><p>pressionar o devedor a realizar a obrigação a ele</p><p>imposta. Não há óbice à sua imposição pelo</p><p>magistrado.</p><p>Possui total aplicação no processo penal e é possível</p><p>a sua fixação em desfavor até mesmo de terceiros,</p><p>não participantes do processo, pela demora ou não</p><p>cumprimento de ordem emanada do Juízo Criminal.</p><p>DICA 76 - PRISÃO PREVENTIVA</p><p>Não pode ser utilizada como cumprimento</p><p>antecipado da pena!</p><p>A prisão cautelar, como no caso da prisão preventiva,</p><p>deve ser decretada de forma excepcional, não</p><p>podendo ser utilizada com cumprimento antecipado da</p><p>pena.</p><p>Nesse sentido, sua utilização será viável quando for</p><p>identificado riscos de que certas situações</p><p>comprometam a atuação jurisdicional, a eficácia e</p><p>utilidade do julgado.</p><p>O juiz deverá revisar a necessidade da manutenção da</p><p>prisão preventiva a cada 90 dias, de ofício, sob pena</p><p>de tornar a prisão ilegal.</p><p>IMPORTANTE! A inobservância do prazo não</p><p>implicará na revogação automática da prisão</p><p>preventiva.</p><p>DICA 77 - PROVAS COLHIDAS OU AUTORIZADAS</p><p>POR JUÍZO APARENTEMENTE COMPETENTE</p><p>As provas colhidas ou autorizadas por juízo</p><p>aparentemente competente à época da autorização ou</p><p>produção podem ser ratificadas, mesmo que venha</p><p>aquele a ser incompetente, ante a publicação do</p><p>processo investigativo da teoria do juízo aparente.</p><p>DICA 78 - SERENDIPIDADE</p><p>A serendipidade é a descoberta fortuita de delitos</p><p>que não são objetos de investigação.</p><p>Durante a investigação, conduzida em 1ª instância, de</p><p>crimes praticados por pessoas sem foro privativo,</p><p>caso surja indício de delito cometido por agente que</p><p>possui foro privilegiado, o juiz DEVERÁ PARALISAR</p><p>os atos de investigação e remeter todo o procedimento</p><p>para o tribunal ao qual toca o foro por prerrogativa de</p><p>função.</p><p>Não cabe ao juiz decidir sobre a separação dos</p><p>procedimentos.</p><p>Chegando os autos ao referido tribunal, compete a</p><p>este decidir se deverá haver o desmembramento ou se</p><p>irá julgar todos os suspeitos, incluindo as pessoas que</p><p>não têm foro privativo.</p><p>DICA 79 – SERENDIPIDADE DE 1° E 2° GRAU</p><p>Na serendipidade de 1° grau há conexão ou</p><p>continência com o fato que está sendo apurado, por</p><p>isso os autos devem ser remetetidos ao tribunal</p><p>superior, para que este faça a cisão, se for o caso.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>13</p><p>Na serendipidade de 2° grau trata-se de descoberta</p><p>de fortuita de crime que não tem conexão com o que</p><p>está sendo apurado, por isso não há necessidade de</p><p>que seja remetido em sua integralidade à competência</p><p>originária.</p><p>DICA 80 - ALCANCE DA CONSTRIÇÃO DE BENS</p><p>(MEDIDAS ASSECURATÓRIAS PENAIS)</p><p>Pode alcançar réus, investigados, pessoas</p><p>jurídicas e familiares não denunciados.</p><p>De acordo com entendimento do STJ, a</p><p>indisponibilidade de bens pode atingir também bens</p><p>de origem ilícita, bens adquiridos antes mesmo do</p><p>crime e bens da pessoa jurídica ou mesmo de um</p><p>familiar não denunciado, desde que haja indícios de</p><p>que houve confusão patrimonial.</p><p>DICA 81 – MEDIDA CAUTELAR DE ALIENAÇÃO</p><p>ANTECIPADA</p><p>O proprietário dos bens não possui direito líquido e</p><p>certo à manutenção dos bens até o trânsito em</p><p>julgado, ainda que nomeado como depositário fiel.</p><p>O juiz determinará a alienação antecipada para</p><p>preservação do valor dos bens sempre que estiverem</p><p>sujeitos a qualquer grau de deterioração ou</p><p>depreciação, ou quando houver dificuldade para sua</p><p>manutenção.</p><p>O produto da alienação ficará depositado em conta</p><p>vinculada ao juízo até a decisão final do processo.</p><p>DICA 82 - INGRESSO AO DOMICÍLIO</p><p>São necessárias fundadas razões de que um delito</p><p>está sendo cometido, para assim justificar a entrada na</p><p>residência do agente, ou, ainda, a autorização para que</p><p>os policiais entrem no domicílio.</p><p>Sobre a comprovação dessa autorização, com</p><p>prova da voluntariedade do consentimento:</p><p>De acordo com entendimento do STJ, o ônus de</p><p>comprovar a higidez dessa autorização, com prova da</p><p>voluntariedade do consentimento, recai sobre o</p><p>estado acusador. A prova da legalidade e da</p><p>voluntariedade do consentimento para o ingresso na</p><p>residência do suspeito incumbe, em caso de dúvida, ao</p><p>Estado, e deve ser feita com declaração assinada</p><p>pela pessoa que autorizou o ingresso domiciliar,</p><p>indicando-se, sempre que possível, testemunhas do</p><p>ato.</p><p>DICA 83 - RETRATAÇÃO DO CRIME DE AMEAÇA</p><p>NO ÂMBITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA</p><p>Trata-se de crime cuja a ação penal é pública</p><p>condicionada a representação.</p><p>Nesse sentido, será admitida a renúncia à</p><p>representação perante o juiz, em audiência</p><p>especialmente designada com tal finalidade, antes do</p><p>recebimento da denúncia e ouvido o Ministério</p><p>Público.</p><p>DICA 84 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA</p><p>12.850/13</p><p>O retardamento da intervenção policial ou</p><p>administrativa será previamente comunicado ao juiz</p><p>competente que, se for o caso, estabelecerá os seus</p><p>limites e comunicará ao Ministério Público.</p><p>DICA 85 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA</p><p>12.850/13</p><p>A infiltração de agentes de polícia em tarefas de</p><p>investigação, representada pelo delegado de polícia ou</p><p>requerida pelo Ministério Público, após manifestação</p><p>técnica do delegado de polícia quando solicitada no</p><p>curso de inquérito policial, será precedida de</p><p>circunstanciada, motivada e sigilosa autorização</p><p>judicial, que estabelecerá seus limites.</p><p>Na hipótese de representação do delegado de polícia,</p><p>o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério</p><p>Público.</p><p>DICA 86 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA</p><p>12.850/13</p><p>O juiz não participará das negociações realizadas</p><p>entre as partes para a formalização do acordo de</p><p>colaboração.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>14</p><p>Esta ocorrerá entre o delegado de polícia, o</p><p>investigado e o defensor, com a manifestação do</p><p>Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o</p><p>Ministério Público e o investigado ou acusado e seu</p><p>defensor.</p><p>DICA 87 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA</p><p>12.850/13</p><p>o sigilo da investigação poderá ser decretado pela</p><p>autoridade judicial competente, para garantia da</p><p>celeridade e da eficácia das diligências investigatórias,</p><p>assegurando-se ao defensor, no interesse do</p><p>representado, amplo acesso aos elementos de prova</p><p>que digam respeito ao exercício do direito de defesa,</p><p>devidamente precedido de autorização judicial,</p><p>ressalvados os referentes às diligências em</p><p>andamento.</p><p>DICA 88 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA</p><p>12.850/13</p><p>Os crimes devem possuir pena máxima SUPERIOR a 4</p><p>anos ou ser de caráter transnacional.</p><p>DICA 89 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA</p><p>12.850/13</p><p>Configura crime a conduta do colaborador que:</p><p>Revelar a identidade, fotografar ou filmar o</p><p>colaborador, sem sua prévia autorização por escrito;</p><p>Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração com</p><p>a Justiça, a prática de infração penal a pessoa que</p><p>sabe ser inocente, ou revelar informações sobre a</p><p>estrutura de organização criminosa que sabe</p><p>inverídicas;</p><p>Descumprir determinação de sigilo das investigações</p><p>que envolvam a ação controlada e a infiltração de</p><p>agentes;</p><p>Recusar ou omitir dados cadastrais, registros,</p><p>documentos e informações requisitadas pelo juiz,</p><p>Ministério Público ou delegado de polícia, no curso de</p><p>investigação ou do processo;</p><p>Na mesma pena incorre quem, de forma indevida, se</p><p>apossa, propala, divulga ou faz uso dos dados</p><p>cadastrais de que</p><p>trata esta Lei.</p><p>DICA 90 - INFILTRAÇÃO NO CRIME ORGANIZADO</p><p>Será admitida a infiltração, a requerimento do</p><p>Ministério Público ou a representação do delegado</p><p>de polícia.</p><p>O agente que não guardar, em sua atuação, a devida</p><p>proporcionalidade com a finalidade da investigação,</p><p>responderá pelos excessos praticados.</p><p>DICA 91 - INFILTRAÇÃO NO CRIME ORGANIZADO</p><p>Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado</p><p>sofre risco iminente, a operação será sustada</p><p>mediante requisição do Ministério Público ou pelo</p><p>delegado de polícia, dando-se imediata ciência ao</p><p>Ministério Público e à autoridade judicial.</p><p>DICA 92 - INFILTRAÇÃO NO CRIME ORGANIZADO</p><p>A ausência de caráter transnacional da infração não</p><p>afasta a aplicação da Lei de Crime Organizado.</p><p>DICA 93 - INFILTRAÇÃO NO CRIME ORGANIZADO</p><p>A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis)</p><p>meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde</p><p>que comprovada sua necessidade.</p><p>DICA 94 - LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS</p><p>CRIMINAIS - 9.099/1995</p><p>De acordo com a lei 9.099/95, da decisão de rejeição</p><p>da denúncia ou queixa e da sentença caberá</p><p>apelação. É o que diz o artigo 82.</p><p>É diferente do processo penal comum, que em caso</p><p>de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença</p><p>caberá recurso em sentido estrido.</p><p>Se a questão perguntar qual recurso cabe da decisão</p><p>de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença,</p><p>identifique se está se referindo ao código de</p><p>processo penal comum ou à lei dos juizados</p><p>especiais.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>15</p><p>DICA 95 - INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL</p><p>OFENSIVO</p><p>São aquelas cuja pena máxima não seja superior a 2</p><p>anos.</p><p>Não é requisito expresso a ausência de violência ou</p><p>grave ameaça. Ocorre que, em regra, os crimes que</p><p>contém violência ou grave ameaça, possuem pena</p><p>máxima superiores a dois anos.</p><p>DICA 96 – JUSTIÇA FEDERAL</p><p> Súmula 122 do STJ: “compete à Justiça</p><p>Federal o processo e julgamento unificado dos</p><p>crimes conexos de competência federal e</p><p>estadual, não se aplicando a regra do art. 78,</p><p>II, a, do Código de Processo Penal".</p><p> Compete à justiça FEDERAL processar e julgar</p><p>o crime de redução à condição análoga à de</p><p>escravo (art. 149 do CP).</p><p>DICA 97 – OAB COMO ASSISTENTE DE DEFESA</p><p>A OAB pode atuar como assistente de defesa</p><p>quando o acusado for nela inscrito?</p><p>NÃO!</p><p>A Ordem dos Advogados do Brasil não tem</p><p>legitimidade para atuar como assistente de defesa</p><p>de advogado réu em ação penal.</p><p>Isso porque, no processo penal, a assistência é</p><p>apenas da acusação, não existindo a figura do</p><p>assistente de defesa.</p><p>DICA 98 - DEFENSORIA PÚBLICA COMO</p><p>ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO</p><p>O Superior Tribunal de Justiça entende que é possível</p><p>a atuação da Defensoria Pública como assistente de</p><p>acusação mesmo não havendo norma local que</p><p>regulamente ou autorize tal atuação</p><p>Não existe empecilho a que a Defensoria Pública</p><p>represente, concomitantemente, através de Defensores</p><p>distintos, vítimas de um delito, habilitadas no feito como</p><p>assistentes de acusação, e réus no mesmo processo,</p><p>pois tal atuação não configura conflito de interesses a</p><p>atuação do Ministério Público no mesmo feito como</p><p>parte e custos legis, podendo oferecer opiniões</p><p>divergentes sobre a mesma causa.</p><p>DICA 99 – USO DE ALGEMAS</p><p>Só se usa algemas se você for PRF.</p><p>Em casos de:</p><p> Perigo</p><p> Resistência e</p><p> Fuga</p><p>É ilegal o uso de algemas em mulheres presas</p><p>grávidas durante os atos médico-hospitalares</p><p>preparatórios para a realização do parto e durante o</p><p>trabalho de parto, bem como em mulheres durante o</p><p>período de puerpério imediato.</p><p>DICA 100 - PROVAS NÃO REPETÍVEIS,</p><p>ANTECIPADAS E CAUTELARES</p><p>PROVAS NÃO REPITÍVEIS:</p><p>São aquelas que não têm como serem novamente</p><p>coletadas, pois ocorrerá o desaparecimento da fonte</p><p>probatória.</p><p>Exemplo: exame de corpo de delito.</p><p>Não necessita de autorização judicial.</p><p>PROVAS CAUTELARES:</p><p>São aquelas em que ocorre risco de</p><p>desaparecimento do objeto da prova em razão do</p><p>decurso do tempo, movidas por necessidade e</p><p>urgência.</p><p>Se não forem produzidas naquele momento não haverá</p><p>outra oportunidade idêntica, se esvaindo a prova.</p><p>Exemplo: Busca e apreensão; Interceptação</p><p>telefônica.</p><p>Precisa de autorização judicial.</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de</p><p>repasse.</p><p>16</p><p>PROVAS ANTECIPADAS:</p><p>São aquelas produzidas em momento processual</p><p>distinto daquele legalmente previsto ou até mesmo</p><p>pré-processualmente, em virtude de situação de</p><p>urgência e relevância.</p><p>Exemplo: testemunha que por enfermidade ou por</p><p>velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução</p><p>criminal já não exista.</p><p>Precisa de autorização judicial.</p><p>EXTRA</p><p> Súmula 546-STJ: A competência para</p><p>processar e julgar o crime de uso de</p><p>documento falso é firmada em razão da</p><p>entidade ou órgão ao qual foi apresentado o</p><p>documento público, não importando a</p><p>qualificação do órgão expedidor.</p><p> O Habeas corpus não constitui via própria para</p><p>impugnar Decreto de governador de Estado</p><p>sobre adoção de medidas acerca da</p><p>apresentação do comprovante de vacinação</p><p>contra a COVID-19 para que as pessoas</p><p>possam circular e permanecer em locais</p><p>públicos e privados. STJ. 2ª Turma. RDC no</p><p>HC 700.487-RS, Rel. Min. Francisco Falcão,</p><p>julgado em 22/02/2022 (Info 726).</p>

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