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<p>CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA</p><p>CURSO DE LOGÍSTICA</p><p>TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO</p><p>A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NA PREPARAÇÃO DA RECICLAGEM DE</p><p>PLÁSTICOS PÓS-CONSUMO:</p><p>O CASO DA EMPRESA MARICÁ LAGOS RECICLAGEM LTDA</p><p>por</p><p>Carina Souza da Silva Lucena</p><p>Rio de Janeiro</p><p>Junho / 2010</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA</p><p>CURSO DE LOGÍSTICA</p><p>TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO</p><p>A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NA PREPARAÇÃO DA RECICLAGEM DE</p><p>PLÁSTICOS PÓS-CONSUMO:</p><p>O CASO DA EMPRESA MARICÁ LAGOS RECICLAGEM LTDA</p><p>Trabalho acadêmico apresentado ao Curso</p><p>de logística da UNISUAM, como parte dos</p><p>requisitos para obtenção do Título de</p><p>Bacharel em Logística.</p><p>Por:</p><p>Carina Souza da Silva Lucena</p><p>Professor-Orientador:</p><p>Marcus Val Springer</p><p>Rio de Janeiro</p><p>Junho / 2010</p><p>II</p><p>Carina Souza da Silva Lucena</p><p>A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NA PREPARAÇÃO DA RECICLAGEM DE</p><p>PLÁSTICOS PÓS-CONSUMO:</p><p>O CASO DA EMPRESA MARICÁ LAGOS RECICLAGEM LTDA</p><p>Banca Examinadora composta para a defesa de Monografia para obtenção do grau</p><p>de Bacharel em Logística.</p><p>APROVADA em: __11__ de __junho___ de __2010__</p><p>Professor-Orientador: __Marcus_Val Springer_________________________</p><p>Professor Convidado: _ Estefânia Quirla Bordim_______________________</p><p>Professor Convidado: __Geraldo____________________________________</p><p>Rio de Janeiro</p><p>Junho / 2010</p><p>III</p><p>RESUMO</p><p>LUCENA, Carina Souza da Silva. A importância da Logística na Preparação da</p><p>Reciclagem de Plásticos Pós-consumo: o Caso da Empresa Maricá Lagos</p><p>Reciclagem Ltda. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso – Curso de Bacharel em</p><p>Logística.</p><p>Orientador: Marcus Val Springer</p><p>Defesa: 21 / 06 / 2010</p><p>Este trabalho pretende apresentar os processos logísticos utilizados na</p><p>empresa Maricá Lagos Reciclagem Ltda., na preparação para reciclagem do plástico</p><p>pós-consumo. Atualmente os temas mais comentados são os que dizem respeito a</p><p>reciclagem e sustentabilidade, e um dos assuntos importante nesse sentido é a</p><p>reciclagem do plástico, uma vez que, além de produzir enorme bem ao meio</p><p>ambiente, o que vai de acordo com uma preocupação mundial, não só por parte dos</p><p>consumidores como também das indústrias, principalmente por minimizar os custos.</p><p>Principalmente em função do fator econômico, surge o interesse das indústrias e</p><p>conseqüentemente, por conta da demanda, a necessidade de se desenvolver uma</p><p>logística que viabilize os processos de planejamento, implementação e controle da</p><p>eficiência e eficácia dos custos, com o objetivo de recapturar o valor ou realizar o</p><p>descarte adequado dos materiais que não forem possíveis ser reciclados, uma vez</p><p>que muitos plásticos demorariam de 100 a 450 anos para se decomporem na</p><p>natureza. Desta forma, busca-se atingir o importante conceito de sustentabilidade</p><p>sócioambiental.</p><p>Palavras-chave: Logística – Reciclagem – Plástico – Sustentabilidade – Reuso -</p><p>Minimização de custos</p><p>IV</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Agradeço primeiramente a Deus que me proporcionou a oportunidade de</p><p>com muito esforço e dedicação concluir essa etapa da minha vida. Dedico essa</p><p>graduação a meus pais que apesar de todas as dificuldades sempre se esforçaram</p><p>ao máximo para que tivéssemos uma educação de qualidade. A meu marido</p><p>Marcus Vinicius devo boa parte dessa conquista, pois sem dúvida foi o maior</p><p>incentivador e apoio nas horas difíceis. A meu irmão meu muito obrigado por toda</p><p>ajuda oferecida.</p><p>Não posso deixar de agradecer a pessoas muito especiais que se</p><p>tornaram meus amigos de verdade, a Mônica, o Paulo, Marcelo e Wellington,</p><p>sempre dispostos a ajudar.</p><p>Aos professores meu muito obrigado pela dedicação e profissionalismo,</p><p>que através de suas esperiências foram fundamentais para meu crescimento cultural</p><p>e profissional. Pessoas especialíssimas e muito boas no que fazem Profº Marcus,</p><p>Profº Julio, Profº José Carlos, Profº Romualdo, Profº Flávio e Prfª Estefánia. Em</p><p>especial a meu orientador que com seu proficionalismo e capacidade fui</p><p>fundamental na elaboração deste trabalho.</p><p>“ Busque o sucesso e não a perfeição. Nunca abra mão do seu direito de</p><p>errar, pois se o fizer perderá a habilidade de aprender coisas novas e fazer sua vida</p><p>progredir. Lembre-se de que o medo sempre se oculta por trás do perfeccionismo.</p><p>O confronto com seus medos e o permitir-se o direito de ser humano podem,</p><p>paradoxalmente, fazer de você uma pessoa muito mais feliz e produtiva ”.</p><p>( David M. Burns)</p><p>V</p><p>LISTA DE FIGURAS</p><p>Figura 1: Canais reversos de revalorização 13</p><p>Figura 2: Representação esquemática dos processos logísticos 14</p><p>direto e reverso</p><p>Figura 3: Fatores de Influência dos Canais Reversos de Pós-Consumo 16</p><p>Figura 4: Relação monômero-polímero 19</p><p>Figura 5: Ciclo dos Termofixos 20</p><p>Figura 6: Ciclo dos Termmoplásticos 20</p><p>Figura 7: Simbologia utilizada na identificação e separação dos plásticos 21</p><p>em processo de reciclagem</p><p>Figura 8: Distribuição de aplicações do PET 22</p><p>Figura 9: Distribuição de aplicações do PEAD 22</p><p>Figura 10: Distribuição de aplicações do PVC 23</p><p>Figura 11: Distribuição de aplicações do PEBD 23</p><p>Figura 12: Distribuição de aplicações do PP 24</p><p>Figura 13: Distribuição de aplicações do OS 24</p><p>Figura 14: Símbolo de reciclagem por materiais 25</p><p>Figura 15: Reciclagem mecânica do plástico pós-consumo 28</p><p>Figura 16: Foto de um catador cadastrado 32</p><p>Figura 17: Recebimento do material 33</p><p>Figura 18: Separação do material por classe 33</p><p>Figura 19: Pesagem do material 34</p><p>Figura 20: Processo de armazenagem 34</p><p>Figera 21: Separação por tipo de plástico 35</p><p>Figura 22: Processo de moagem e lavagem 35</p><p>Figura 23: Retirada do material já processado 36</p><p>VI</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 08</p><p>1.1 Considerações Iniciais 08</p><p>1.2 Origem e Definição do Problema 10</p><p>1.3 Objetivos 11</p><p>1.4 Justificativa 12</p><p>1.5 Estrutura de Pesquisa 12</p><p>2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 13</p><p>2.1 Logística Reversa 13</p><p>2.2 Logística Reversa dos Bens de Pós Consumo 15</p><p>2.3 Disposição Final</p><p>19</p><p>2.4 Definição e Tipos de Plásticos 20</p><p>2.5 Reciclagem do plástico 25</p><p>3. METODOLOGIA DE PESQUISA ................................................................... 27</p><p>3.1 Problemas de Pesquisa 27</p><p>3.2 Coleta e Tratamento de Dados 27</p><p>4. ANÁLISE DE DADOS .................................................................................... 28</p><p>4.1 Apresentação da Empresa 28</p><p>4.2 Análise das Fontes de Recebimento de Material 29</p><p>4.3 Mapeamento dos Processos na Preparação do Plástico para a Reciclagem 30</p><p>4.4 Análise dos Canais de Distribuição do Material 33</p><p>4.5 Benefícios Gerados para a Cidade de Maricá 34</p><p>5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 38</p><p>5.1 Conclusões 38</p><p>6. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ....................................................................... 39</p><p>ANEXO .................................................................................................................. 41</p><p>VII</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>1.1 - Considerações Iniciais</p><p>O aumento do consumo associado a proliferação das embalagens e dos</p><p>produtos descartáveis, fazem do lixo um dos grandes problemas ambientais e</p><p>sociais do mundo. Não somente os resíduos doméstico, mas também os “restos”</p><p>da produção industrial.</p><p>A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – número 6.938 de</p><p>17/01/1981 é a lei ambiental mais importante e define que o poluidor é obrigado a</p><p>indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa. O Ministério</p><p>Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente,</p><p>impondo ao poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados.</p><p>Esta lei criou a obrigatoriedade dos estudos e respectivos relatórios de Impacto</p><p>Ambiental (EIA-RIMA).</p><p>Preocupadas com as questões ambientais, sociais e econômicas as</p><p>empresas estão cada vez mais acompanhado o ciclo de vida de seus produtos e</p><p>buscando alternativas produtivas que tragam menos impacto ao meio ambiente.</p><p>De acordo com Ballou (1995) “A preocupação com a ecologia e o meio</p><p>ambiente cresceu junto com a população e a industrialização, o que proporcionará</p><p>novas oportunidades para a área da Logística”.</p><p>Com este cenário de crescente conscientização e preocupação com o</p><p>ecossistema mundial, a reciclagem surge como uma alternativa de minimizar os</p><p>imuneros efeitos de degradação da ação humana na natureza.</p><p>1.2 - Origem e definição do problema</p><p>Segundo dados do IBGE (2008), o Brasil ainda despeja cerca de 60% do</p><p>seu lixo em aterros sanitários a céu aberto, sem nenhum tratamento (Lixões). Mais</p><p>da metade (51,5%) desses aterros não dispõe de nenhum tipo de impermeabilização</p><p>do solo, o que pode causar a contaminação dos lençóis freáticos.</p><p>Essa contaminação ocorre através do chorume (líquido altamente poluente, de cor</p><p>escura e odor fétido, originado de processos biológicos, químicos e físicos da</p><p>decomposição de resíduos orgânicos), que somado a ação das chuvas faz com</p><p>alcance maiores áreas.</p><p>Somente a cidade do Rio de Janeiro, produz aproximadamente 9 mil</p><p>toneladas de lixo por dia. Hoje os aterros sanitários de Gramacho (31 anos) e</p><p>Gericinó (20 anos) recebem todo o lixo coletado na cidade, sendo 80% destinado ao</p><p>primeiro e os outros 20%. Muitos especialistas julgam um verdadeiro milagre ainda</p><p>não ter havido um desastre ambiental grave em algum deles, pois ambos estão à</p><p>beira de um colapso.</p><p>Se não bastassem os problemas com relação à contaminação e</p><p>saturação da capacidade dos aterros, o aumento do descarte de plásticos nos lixões</p><p>gera uma espécie de barreira entre as camadas de lixo, um problema, uma vez que</p><p>alguns tipos de plástico demoram até 400 anos para se decompor.</p><p>Não deixando de citar o benefício financeiro que a reciclagem trás, pois</p><p>através de processos, ela agrega valor novamente, a um produto que tinha como</p><p>destino final o lixo.</p><p>Por todos esses motivos observamos a grande necessidade de buscar</p><p>soluções imediatas no que diz respeito à prática da reciclagem no Rio de Janeiro.</p><p>1.3 - Objetivos</p><p>1.3.1 - Objetivo Geral</p><p>Analisar os processos logísticos realizados na Empresa Maricá Lagos</p><p>Reciclagem na preparação do plástico para a reciclagem.</p><p>1.3.2 - Objetivos Específicos</p><p>Analisar as fontes de recebimento de material da Empresa Maricá Lagos</p><p>Reciclagem.</p><p>Mapear os processos da Empresa Maricá Lagos Reciclagem na</p><p>preparação do plástico para a reciclagem.</p><p>9</p><p>Analisar os canais de distribuição do material já processado pela Empresa</p><p>Maricá Lagos Reciclagem.</p><p>Identificar os benefícios que a atuação da Empresa Maricá Lagos</p><p>Reciclagem trás a cidade de Maricá.</p><p>1.4 - Justificativa</p><p>“O Processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e</p><p>custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos</p><p>acabados e as informações correspondentes do ponto de consumo para o</p><p>ponto de origem com o propósito de recapturar o valor ou destinar à</p><p>apropriada disposição” (Rogers e Tibben-Lembke, 1999:2, Apud: Leite,</p><p>2003).</p><p>O foco das empresas antes dedicado exclusivamente à obtenção de</p><p>vantagem competitiva em embalagem, desenvolvimento de novos produtos e</p><p>redução de custos de matéria prima, hoje passou a ser ampliado, pois a grande</p><p>maioria dos produtos disponíveis no mercado hoje não é totalmente consumida,</p><p>gerando resíduos indesejáveis.</p><p>“Logística reversa: em uma perspectiva de logística de negócios, o termo</p><p>refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte,</p><p>reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de</p><p>resíduos, reforma, reparação e remanufatura…” (Stock, 1998:20, Apud:</p><p>Leite, 2003).</p><p>O descarte adequado dos materias que não são consumidos tornou-se</p><p>um grande desafio para as organizações, que a partir de um fluxo inverso da cadeia</p><p>de suprimentos, buscam agregar novamente valor ao seu produto, buscando</p><p>minimizar os impactos causados pela sua produção. Por tratar-se de um desafio às</p><p>organizações, ter grande impacto sobre a sociedade e meio ambiente, o tema</p><p>reciclagem é de extrema relevância.</p><p>Até mesmo porque, “somente agora os pesquisadores estão voltando os olhos para</p><p>essa questão, conforme afirma Leite (2003)”.</p><p>10</p><p>Portanto, a escolha do tema se justifica pela necessidade de pesquisas</p><p>nesta área, sendo fundamental desenvolver-se cada vez mais estudos neste</p><p>âmbito.</p><p>1.5 - Estrutura de Pesquisa</p><p>Esta pesquisa é formada por cinco capítulos, compreendidos da seguinte</p><p>forma:</p><p>Primeiro capítulo: é composto pela introdução do tema abordado,</p><p>fazendo uma apresentação da origem, seu objetivo e sua importância;</p><p>Segundo capítulo: apresenta uma revisão bibliográfica do tema,</p><p>analisando sua importância e impacto, na sociedade e nas</p><p>organizações;</p><p>Terceiro capítulo: trás a metodologia utilizada para levantamento e</p><p>análise dos dados e estabelece as limitações da pesquisa;</p><p>Quarto capítulo: faz uma análise dos dados coletados e seu</p><p>tratamento;</p><p>Quinto capítulo: completa a pesquisa apresentando as conclusões e</p><p>recomendações para trabalhos futuros.</p><p>11</p><p>2 - FUNDAMENTAÇÃO</p><p>TEÓRICA</p><p>2.1- Logística Reversa</p><p>Segundo Ballou (2003), a logística tradicional pode ser definida como: a</p><p>ciência que estuda a melhor forma de se atingir um melhor nível de</p><p>rentabilidade na distribuição de produtos até o consumidor, planejando,</p><p>organizando e controlando o movimento e estocagem, de forma a</p><p>proporcionar facilidade no fluxo de mercadorias.</p><p>Logística reversa como o próprio nome diz, é o processo inverso que</p><p>move um bem da sua destinação final até a sua origem, com o propósito de</p><p>recuperá-lo, total ou parcialmente, ou descartá-lo de maneira adequada.</p><p>Apesar da literatura sobre o assunto ser escassa, trata-se de um tema de</p><p>extrema relevância, uma vez que, além do benefício econômico e social, trás um</p><p>importante diferencial competitivo entre as empresas.</p><p>Para Novaes (2007), logística reversa cuida dos fluxos de materiais que</p><p>se iniciam nos pontos de consumo dos produtos e terminam nos pontos de origem,</p><p>com o objetivo de recapturar valor ou de disposição final.</p><p>Graças a legislações ambientais mais rígidas e maior consciência por</p><p>parte dos consumidores, as empresas estão utilizando uma maior quantidade de</p><p>materiais reciclados e também se preocupando com o descarte ecologicamente</p><p>correto de seus produtos ao final do seu ciclo de vida. Além disso, muitas</p><p>organizações têm feito da Logística Reversa uma arma estratégica em seu</p><p>planejamento de negócios.</p><p>Para Leite (2003), a logística reversa de pós-consumo está relacionada</p><p>com a área de atuação, onde ela possa equacionar e seja</p><p>operacionalmente igual ao fluxo físico e as informações, que são</p><p>descartados pela sociedade retornado ao ciclo produtivo ou ao ciclo de</p><p>negócios, através dos canais de distribuição reversos. Ela pode ser</p><p>feita pela descartabilidade dos produtos e pode ser proposta por vários</p><p>motivos que estão relacionados com a redução do ciclo de vida no mercado</p><p>pelo produto, com a introdução de tecnologias novas, obsolescência, e o</p><p>alto custo de conserto em relação ao preço do produto”.</p><p>Para Rogers e Tibben-Lembke (1999), Logística Reversa é o processo de</p><p>planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e de baixo</p><p>custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e</p><p>informações relacionadas, desde o ponto de consumo até o ponto de</p><p>origem, com o propósito de recuperação de valor ou descarte apropriado</p><p>para coleta e tratamento de lixo.</p><p>Os bens de pós-consumo são formados por produtos com fim de vida útil</p><p>ou por materiais que possam ser reutilizados, ou por resíduos gerados pela</p><p>indústria. O processo de reutilização ou reciclagem tem o objetivo estratégico de</p><p>agregar valor a um produto inservível ao proprietário primário, dando possibilidade</p><p>de utilização a produtos que tenham atingido o fim de sua vida útil.</p><p>Muitas vezes os produtos que são descartados pelo proprietário inicial,</p><p>são inseridos no mercado secundário (“segunda mão”), aumentando o tempo de</p><p>vida útil desse produto. Quando tal prática não se faz possível, o destino mais</p><p>indicado é a reciclagem.</p><p>Lacerda (2002), aponta seis fatores importantes para a eficiência do</p><p>processo de logística reversa. São eles: Bons controles de entrada;</p><p>Processos mapeados e formalizados; tempo de ciclos reduzidos;</p><p>Sistemas de informação; Rede logística planejada e Relações</p><p>colaborativas entre clientes e fornecedores.</p><p>13</p><p>Todos estes fatores levam a conclusão que um sistema de logística</p><p>reversa, embora envolva os mesmos elementos básicos de um sistema logístico</p><p>tradicional, deve ser planejado e executado em separado, como atividade</p><p>independente. Quanto mais ajustados estes fatores, melhor será o desempenho do</p><p>sistema logístico.</p><p>2.2- Logística Reversa dos Bens de Pós Consumo</p><p>Bens de pós-consumo são os produtos e materiais cujo prazo de validade</p><p>ou tempo de vida útil chegou ao fim, ou tenha ocorrido defeito, cujo conserto é</p><p>considerado inviável, podendo também não se adequar mais às conveniências do</p><p>consumidor, tornando-se impróprios para o consumo primário. Não podendo ser</p><p>comercializados em canais tradicionais de vendas.</p><p>Segundo Chaves e Martins (2005) A descartabilidade de um produto</p><p>é o que dá início ao processo de logística reversa. O foco de</p><p>atuação da logística reversa envolve a reintrodução dos produtos ou</p><p>materiais à cadeia de valor através do ciclo produtivo ou de negócios,</p><p>portanto, um produto só é descartado em último caso”.</p><p>14</p><p>Afirma Trigueiro (2003), para a logística o conceito de ciclo de vida do</p><p>produto vai a partir de sua concepção até o destino final dado a este produto, seja o</p><p>descarte, reparo ou reaproveitamento.</p><p>A logística reversa é responsável por tornar possível o retorno de</p><p>materiais e produtos, após sua venda ou consumo aos centros produtivos e de</p><p>negócios, por meio dos canais reversos de distribuição agregando valor aos</p><p>mesmos.</p><p>A alta velocidade com que um produto é lançado no mercado, devido ao</p><p>rápido avanço da tecnologia, juntamente com um grande fluxo de informações; a alta</p><p>competitividade das empresas e o crescimento da consciência ecológica quanto às</p><p>conseqüências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio ambiente.</p><p>Estão contribuindo para a adoção de novos comportamentos por parte das</p><p>organizações e da sociedade de um modo geral, norteando para uma valorização</p><p>maior dos processos de retorno de produtos e materiais descartados no meio</p><p>ambiente.</p><p>Muito ainda há que ser feito nesse sentido, uma vez que, geralmente é</p><p>mais barato usar matérias primas virgem a material reciclado, isso se dá em parte,</p><p>pelo pouco desenvolvimento dos canais de retorno, menos eficientes do que os</p><p>canais de distribuição de produtos. Com o aumento do descarte dos produtos após</p><p>seu primeiro uso, há um desequilíbrio entre as quantidades de resíduos descartadas</p><p>e as reaproveitadas. Isto ocorre porque muitas vezes não existem canais de</p><p>distribuição reversos devidamente estruturados e organizados nas empresas.</p><p>Segundo Leite (2003), o fluxo reverso de bens de pós-consumo possui</p><p>cinco fatores que colaboram para a sua prática, sendo eles divididos em dois</p><p>grupos:</p><p>a) Fatores necessários: Econômicos, tecnológicos e logísticos;</p><p>b) Fatores modificadores: Ecológicos e legislativos.</p><p>15</p><p>Figura 3 - Fatores de Influência dos Canais Reversos de Pós-Consumo</p><p>Fonte: Adaptado LEITE, 2003.</p><p>Esses fatores podem funcionar como possibilidade ou restrição aos fluxos</p><p>reversos, dependendo de cada situação.</p><p>• O fator econômico: está diretamente ligado ao resultado da</p><p>operação ser economicamente interessante. Não basta apenas o valor do produto</p><p>ser vantajoso, é necessário um sistema de captação, transporte, armazenagem</p><p>e manipulação eficiente para tornar o produto interessante sob o aspecto</p><p>econômico. Alguns materiais exigem um tipo de transporte especial,</p><p>manuseio seletivo ou outro componente cujos custos oneram muito o processo</p><p>tornando a sua captação inviável ou desinteressante financeiramente.</p><p>• O fator tecnológico: refere- se à existência de métodos e</p><p>tecnologia de processamento a um custo compatível, independente de haver</p><p>abundância de materiais.</p><p>• O fator logístico: está ligado a existência e disponibilidade de uma</p><p>estrutura logística que possibilite a concretização da cadeia reversa, desde o</p><p>consumidor final até a sua origem, possibilitando o retorno dos materiais com</p><p>qualidade e a um custo compatível.</p><p>16</p><p>• O fator ecológico: está voltado à consciência empresarial,</p><p>governamental e do próprio consumidor por meio de suas práticas e postura.</p><p>• O fator legislativo:</p><p>como regulamentador da cadeia reversa, visando</p><p>reduzir custos sociais importantes como a geração de resíduos nocivos a sociedade.</p><p>Na visão de Battaglia (2007) e Gonçalves (2007) A logística reversa de</p><p>pós-consumo destaca que esse tipo de processo, baseia-se em questões</p><p>ambientais e legais, porém é importante que haja uma evolução na</p><p>legislação, e maior conscientização da sociedade, que tornará mais</p><p>fortalecida quanto à questão ambiental ”.</p><p>Os autores citados também destacam sete principais destinos aos</p><p>produtos pós-consumo:</p><p>• Mercado de segunda-mão: são produtos em condições de uso destinados</p><p>aos mercados mais carentes.</p><p>• Canibalização: extração de partes perfeitas de um produto para a</p><p>fabricação de um novo ou conserto de um usado.</p><p>• Reciclagem: reaproveitamento de materiais em produtos novos ou</p><p>utilizações menos nobres.</p><p>• Remanufatura: volta de produtos revisados ou consertados ao mercado</p><p>por um preço inferior.</p><p>• Aterros Sanitários Públicos: descarte dos produtos em locais</p><p>administrados pelo poder público que seguem normais rígidas de</p><p>segurança e meio ambiente.</p><p>• Aterros Clandestinos ou lixões: descarte dos produtos em locais</p><p>impróprios, sem fiscalização e podem trazer danos ao meio ambiente.</p><p>• Ação Institucional: doações.</p><p>De acordo com Leite (2003), produtos ou materiais de pós-consumo</p><p>podem ocasionar grandes quantidades acumuladas, resultando em problemas</p><p>ambientais, se não retornarem ao ciclo produtivo.</p><p>17</p><p>2.3- Disposição Final</p><p>Existem três formas de dispor de resíduos sólidos gerados:</p><p>A céu aberto, que são os lixões, sem nenhum controle ambiental.</p><p>Aterros controlados, que possuem suas emissões monitoradas.</p><p>Aterros sanitários, onde todas as variáveis que possam interferir</p><p>no meio ambiente são controladas e remediadas.</p><p>A quantidade crescente de resíduos que é enviada para aterros</p><p>sanitários, o fechamento de muitos desses locais, a falta de reposição dos mesmos,</p><p>são fatores que agravam o problema da disposição de resíduos sólidos. (Ehrig,</p><p>1992). O aterro sem controle aumenta o risco de lixiviação e impregnação do solo</p><p>por materias perigosos à saúde e pode ter como conseqüência a contaminação das</p><p>águas subterrâneas. (Pinto, 1999).</p><p>Além dessas existem outras desvantagens como, grandes ocupações de</p><p>áreas para estabelecimento de aterros sanitários, emissões de gases</p><p>nocivos à saúde, péssimos odores, risco de fogo e explosão, problemas de</p><p>vermes, roedores, abutres, doenças patogênicas e problemas estéticos,</p><p>também são fatures importantes que devem ser considerados. (Mustafa,</p><p>1993).</p><p>Nem todos os locais podem servir como aterros sanitários para resíduos</p><p>gerados pela população ou pelas indústrias. A área utilizada para aterro</p><p>deve ser monitorada para acompanhar os possíveis efeitos no ambiente ao</p><p>seu redor. (Brandrup, 1996).</p><p>A necessidade de redução dos resíduos destinados aos aterros faz com</p><p>que a reciclagem seja importante não só do ponto de vista ambiental, mas também</p><p>econômico, levando em consideração o alto custo de manutenção dos mesmos.</p><p>A reciclagem é considerada o melhor método de destinação do lixo, em</p><p>relação ao meio ambiente, uma vez que diminui a quantidade de resíduos enviados</p><p>aos aterros sanitários, e reduz a necessidade de extração de matéria-prima</p><p>diretamente da natureza. Porém, a falta de uma política educativa, torna a</p><p>reciclagem comercialmente desinteressante.</p><p>18</p><p>2.4- Definição e Tipos de plásticos</p><p>2.4.1- Definição</p><p>Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias</p><p>moleculares chamadas de polímeros, que, por sua vez, são formadas por moléculas</p><p>menores, chamados monômeros. Também existem alguns tipos de polímeros</p><p>naturais, como o algodão, os cabelos, a madeira etc.</p><p>Os plásticos são produzidos através de um processo químico chamado</p><p>polimerização, que proporciona a união química de monômeros para formar</p><p>polímeros. O tamanho e a estrutura do polímero determinam as propriedades do</p><p>plástico, que tem o petróleo com principal matéria-prima.</p><p>Figura 4 - Relação monômero-polímero</p><p>MONÔMERO POLÍMERO</p><p>Fonte: www.cursobasicodeplasticos.com.br</p><p>A origem da palavra plástico vem do grego plastikós, significa adequado</p><p>à moldagem. A importância dos plásticos em nosso cotidiano é grande, ele é</p><p>responsável por grandes avanços, e traz uma serie de benefícios indiscutíveis na</p><p>sociedade moderna. Além de gerar milhões de empregos e divisas para o nosso</p><p>país, está presente em quase todos os setores da economia.</p><p>Mas não se pode fechar os olhos aos problemas ambientais que as</p><p>embalagens plásticas trazem ao mundo moderno, e nem negar a discussão</p><p>ambiental em torno do tema. Com tudo a maioria dos plásticos é reciclável o que</p><p>representa além de uma atividade ecologicamente correta um incremento na</p><p>economia.</p><p>19</p><p>2.4.2- Tipos de plásticos</p><p>Os plásticos são divididos em duas categorias importantes: os</p><p>termoplásticos (recicláveis) e os termofixos (não recicláveis).</p><p>Os termofixos, como o próprio nome diz, são aqueles que moldados uma</p><p>vez, não podem ser fundidos e remoldados novamente. O aquecimento do polímero</p><p>acabado promove decomposição do material antes de sua fusão, tornando sua</p><p>reciclagem complicada. São rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de</p><p>temperatura. Representam cerca de 20% do total consumido no país. Alguns</p><p>exemplos são: Baquilete, Poliuretano (PU), Poliacetato de Etileno Vinil (EVA),</p><p>Poliéstere, Resina Fenólica etc.</p><p>Fonte: SENAI. 2001.</p><p>Os termoplásticos são aqueles que não sofrem alterações em sua</p><p>estrutura química, quando submetidos ao aquecimento a temperaturas adequadas,</p><p>esses plásticos amolecem, se fundem e podem ser novamente moldados. Alguns</p><p>exemplos deste tipo de plástico são: Polipropileno (PP), Polietileno de Alta</p><p>Densidade (PEAD), Polietileno de Baixa Densidade (PEBD), Polietilenotereftalato</p><p>(PET), Poliestireno (PS), Policloreto de Vinila (PVC), ainda existem outros exemplos,</p><p>mas estes são os mais importantes.</p><p>Fonte: SENAI. 2001</p><p>SÓLIDO PASTOSO SÓLIDO</p><p>1 VEZES</p><p>SÓLIDO PASTOSO SÓLIDO</p><p>N VEZES</p><p>20</p><p>Figura 5: Ciclo dos termofixos.</p><p>Figura 6: Ciclo dos termoplásticos.</p><p>2.4.3- Características</p><p>Segundo o CEMPRE (2006), as principais vantagens na utilização dos</p><p>plásticos são as seguintes: Menor consumo de energia na sua produção;</p><p>Redução do peso do lixo; Menor custo de coleta e destino final; Poucos riscos</p><p>no manuseio; Além de práticos, são totalmente recicláveis</p><p>Todos os materias plásticos possuem características físicas e de</p><p>degradação térmica que os diferem uns dos outro. Por conta disso para facilitar a</p><p>reciclagem, adotou-se um padrão mundial que os identifica através de um número,</p><p>geralmente localizado no fundo das embalagens, dentro de um triângulo que é o</p><p>símbolo da reciclagem.</p><p>Figura 7: Simbologia utilizada para identificação e separação de materias plásticos em</p><p>processo de reciclagem.</p><p>21</p><p>Fonte: ABNT / NBR 13230</p><p>Conforme serão apresentados:</p><p>Polietilenotereftalato (PET) – características principais: alta densidade</p><p>(afunda na água); amolece a baixa temperatura (80°C). Têm como benefícios ser:</p><p>transparente, inquebrável, leve, impermeável, atóxico e de fácil reciclabilidade.</p><p>Suas principais aplicações são: frascos e garrafas para uso alimentício/hospitalar,</p><p>cosméticos, bandejas para microondas, filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis etc.</p><p>Fonte: Anuário da indústria Química Brasileira,2004.</p><p>Polietileno de Alta Densidade (PEAD) – características principais: alta</p><p>densidade (afunda na água); amolece a baixa temperatura (120°C); queima</p><p>como</p><p>vela, liberando cheiro de parafina. Têm como benefícios ser: inquebrável,</p><p>resistente a baixas temperaturas, leve, impermeável, rígido e com resistência</p><p>química. Suas principais aplicações são: embalagens para detergentes e óleos</p><p>automotivos, sacolas de supermercados, garrafeiras, tampas, tambores para tintas,</p><p>potes, utilidades domésticas etc.</p><p>Fonte: Anuário da indústria Química Brasileira,2004.</p><p>22</p><p>Figura 8: Distribuição de aplicações do PET.</p><p>Figura 9: Distribuição de aplicações do PEAD.</p><p>Policloreto de Vinila (PVC) - características principais: alta densidade</p><p>(afunda na água); amolece à baixa temperatura (80°C); queima com grande</p><p>dificuldade, liberando um cheiro acre de cloro. Têm como benefícios ser: rígido,</p><p>transparente, impermeável, resistente à temperatura e inquebrável. Suas principais</p><p>aplicações são: embalagens para água mineral, óleos comestíveis, maioneses,</p><p>sucos, perfis para janelas, tubulações de água e esgotos, mangueiras, embalagens</p><p>para remédios, brinquedos etc.</p><p>FIGURA 10: Distribuição de aplicações do PVC.</p><p>Fonte: Anuário da indústria Química Brasileira,2004</p><p>Polietileno de Baixa Densidade (PEBD) - características principais:</p><p>baixa densidade (flutuam na água); amolecem à baixa temperatura (85°C); queimam</p><p>como vela, liberando cheiro de parafina. Têm como benefícios ser: flexível, leve</p><p>transparente e impermeável. Suas principais aplicações são: sacolas para</p><p>supermercados e lojas, filmes para embalar leite e outros alimentos, sacaria</p><p>industrial, filmes para fraldas descartáveis, bolsa para soro medicinal, sacos de lixo,</p><p>etc.</p><p>Fonte: Anuário da indústria Química Brasileira,2004</p><p>23</p><p>Figura 11: Distribuição de aplicações do PEBD.</p><p>Polipropileno (PP) - características principais: baixa densidade (flutuam</p><p>na água); amolece à baixa temperatura (150°C); queima como vela, liberando cheiro</p><p>de parafina. Têm como benefícios ser: inquebrável, transparente, brilhante, rígido,</p><p>resistente a mudanças de temperatura e conserva o aroma. Suas principais</p><p>aplicações são: filmes para embalagens e alimentos, embalagens industriais,</p><p>cordas, tubos para água quente, fios e cabos, frascos, caixas de bebidas,</p><p>autopeças, fibras para tapetes e utilidades domésticas, potes, fraldas e seringas</p><p>descartáveis etc.</p><p>Fonte: Anuário da indústria Química Brasileira,2004</p><p>Poliestireno (PS) - características principais: alta densidade (afunda na</p><p>água); Amolece à baixa temperatura (80 a 100°C); queima relativamente fácil,</p><p>liberando fumaça preta. Têm como benefícios ser: impermeável, inquebrável,</p><p>rígido, transparente, leve e brilhante. Suas principais aplicações são: potes para</p><p>iogurtes, sorvetes, doces, frascos, bandejas de supermercados, geladeiras (parte</p><p>interna da porta), pratos, tampas, aparelhos de barbear descartáveis, brinquedos</p><p>etc.</p><p>Fonte: Anuário da indústria Química Brasileira, 2004</p><p>24</p><p>Figura 12: Distribuição de aplicações do PP.</p><p>Figura 13: Distribuição de aplicações do PS</p><p>Neste grupo encontram-se, entre outros, os seguintes plásticos:</p><p>ABS/SAN, EVA e PA. - Têm como benefícios: flexibilidade, leveza, resistência à</p><p>abrasão, possibilidade de design diferenciado. Suas principais aplicações são:</p><p>solados, autopeças, chinelos, pneus, acessórios esportivos e náuticos, plásticos</p><p>especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de computadores, etc.</p><p>2.5- Reciclagem do Plástico</p><p>Os plásticos estão presentes (e muitas vezes são essenciais) em diversos</p><p>setores da economia. A construção civil, embalagens, têxtil, telecomunicações e</p><p>eletroeletrônicos, por exemplo, são grandes “consumidores” deste material.</p><p>O descarte do plásticos é dividido em dois grupos: pós-industriais</p><p>(descarte feito por indústrias) e pós-consumo (embalagens e outros produtos que</p><p>vão para o lixo dos consumidores).</p><p>Reciclar significa transformar materiais usados em novos produtos para o</p><p>consumo. Esta necessidade foi despertada, a partir do momento em que se</p><p>verificaram os benefícios que este procedimento trás.</p><p>Será tratado mais especificamente das substâncias plásticas, até mesmo</p><p>porque, quando depositadas em lixões e aterros, dificultam a decomposição dos</p><p>materiais biologicamente degradáveis, impermeabilizando o solo prejudicando a</p><p>circulação dos gases entre as camadas de lixo e, quando queimados indevidamente</p><p>e sem controle, liberar substâncias nocivas ao homem e ao meio ambiente, como</p><p>ácido clorídrico e dioxinas.</p><p>Figura 14: Símbolos da reciclagem por material</p><p>Fonte: www.suapesquisa.com</p><p>25</p><p>Além de evitar esses problemas, a reciclagem do plástico traz outros</p><p>benefícios, como aumento da vida útil dos aterros, geração empregos e renda e</p><p>economia de energia. É possível economizar até 50% de energia com o uso de</p><p>plástico reciclado. A reciclagem do plástico exige cerca de 10% da energia utilizada</p><p>no processo primário.</p><p>Do total de plásticos produzidos no Brasil, somente 15% são reciclados.</p><p>O lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plásticos, de acordo com o local. São</p><p>materiais que, como o vidro, ocupam um considerável espaço no meio ambiente,</p><p>podendo ser recuperados e reciclados.</p><p>O plástico é derivado do petróleo, matéria prima cara e finita,</p><p>necessitando altos investimentos para sua extração, por tanto, é fundamental que</p><p>se desenvolva canais reversos bem estruturados, tornando viável a reciclagem</p><p>Os plásticos podem ser reciclados de três formas distintas, são elas:</p><p>mecânica, química e energética.</p><p>• Reciclagem Mecânica – ocorre através da transformação física dos</p><p>materiais plásticos em grânulos, que serão transformados novamente em outros</p><p>produtos. As etapas prévias à reciclagem mecânica dos plásticos pós-consumo são:</p><p>a coleta, a separação por tipo de plástico e a retirada de rótulos, tampas e outras</p><p>impurezas, como grampos de metal e partes componentes de outros materiais. As</p><p>etapas da reciclagem mecânica são: separação, moagem, lavagem, secagem,</p><p>aglutinação, extrusão e granulação.</p><p>Processos da Reciclagem Mecânica:</p><p>Separação - Separação em uma esteira dos diferentes tipos de</p><p>plásticos, de acordo com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são</p><p>separados também rótulos de diferentes materiais, tampas de garrafas e produtos</p><p>compostos por mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc.</p><p>Por ser uma etapa geralmente manual, a eficiência depende diretamente da prática</p><p>das pessoas que executam essa tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a</p><p>fonte do material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva e mais</p><p>limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou aterros.</p><p>26</p><p>Moagem e Lavagem - Depois de separados os diferentes tipos de</p><p>plásticos, estes são moídos e fragmentados em pequenas partes. Depois de</p><p>triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água para a retirada dos</p><p>contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba um tratamento para a</p><p>sua reutilização ou emissão como efluente.</p><p>Aglutinação - Após completar a secagem, o material é compactado,</p><p>reduzindo assim o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos</p><p>contra a parede do equipamento rotativo provoca o aumento da temperatura,</p><p>levando à formação de uma massa plástica.</p><p>O aglutinador também é utilizado para incorporação de aditivos, como cargas,</p><p>pigmentos e lubrificantes.</p><p>Extrusão - A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea.</p><p>Na saída da extrusora, encontra-se o cabeçote, do qual sai um "espaguete"</p><p>contínuo, que é resfriado com água. Em seguida, o "espaguete" é picotado em um</p><p>granulador e</p><p>transformando em pellet (grãos plásticos). Após esta etapa do</p><p>processo o material está pronto para retornar a cadeia produtiva, na forma de</p><p>matéria prima.</p><p>Vantagens desta prática: Diminuição do volume de lixo aumentando</p><p>a vida útil dos aterros sanitários; é um negócio acessível a pequenos e médios</p><p>empresários; Requer investimentos menores em comparação aos outros</p><p>processos; Poupa matéria-prima (petróleo), equivalente à quantidade reciclada;</p><p>geração de novos empregos e renda etc.</p><p>Dificuldades da reciclagem mecânica: A maior parte dos plásticos pós-</p><p>consumo é comprada suja (contaminada por resíduos orgânicos), o que onera e</p><p>muitas vezes tornam inviável comercialmente a reciclagem; grande variação no</p><p>preço de compra dos materiais; Falta de fornecimento contínuo e homogêneo de</p><p>matéria-prima, reflexo da inexistência de sistemas de coleta seletiva; Despreparo</p><p>dos catadores que em grande parte nunca passou por nenhum tipo de treinamento;</p><p>Falta de incentivo fiscal, que muitas vezes acaba “bi - tributando” os reciclados etc.</p><p>27</p><p>• Reciclagem Química: Re-processa plásticos, transformando-os em</p><p>petroquímicos básicos que servem como matéria-prima em refinarias ou centrais</p><p>petroquímicas. Seu objetivo é a recuperação dos componentes químicos individuais</p><p>para reutilizá-los como produtos químicos ou para a produção de novos plásticos.</p><p>Os novos processos desenvolvidos de reciclagem química permitem a reciclagem de</p><p>misturas de plásticos diferentes, com aceitação de determinado grau de</p><p>contaminantes como, por exemplo, tintas, papéis, entre outros materiais. Apesar de</p><p>custosa tem excelentes resultados.</p><p>Entre os processos de reciclagem química existentes, destacam-se:</p><p>Hidrogenação – Onde as cadeias são quebradas mediante o tratamento com</p><p>hidrogênio e calor, gerando produtos capazes de serem processados em refinarias;</p><p>Gaseificação - Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de</p><p>síntese contendo monóxido de carbono e hidrogênio; Quimólise - Consiste na</p><p>quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na presença de Glicol/Metanol</p><p>e água; Pirólise - É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de</p><p>oxigênio. Este processo gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem</p><p>processados em refinaria etc.</p><p>• Reciclagem Energética: É a recuperação da energia contida nos</p><p>plásticos através de processos térmicos. A reciclagem energética distingue-se da</p><p>incineração por utilizar os resíduos plásticos como combustível na geração de</p><p>energia elétrica.</p><p>Fonte: site Portal São Francisco</p><p>Figura 15: Reciclagem mecânica do plástico pós- consumo</p><p>28</p><p>Já a simples incineração não reaproveita a energia dos materiais, além do que é</p><p>altamente poluente, pois libera grandes quantidades de gases tóxicos. A energia</p><p>contida em 1 kg de plástico é equivalente à contida em 1 kg de óleo combustível.</p><p>Além da economia e da recuperação de energia, com a reciclagem ocorre ainda</p><p>uma redução de 70 a 90% da massa do material, restando apenas um resíduo inerte</p><p>esterilizado.</p><p>29</p><p>3 - METODOLOGIA DE PESQUISA</p><p>3.1- Problemas de Pesquisa</p><p>Para responder os objetivos específicos desta pesquisa, foram criadas as</p><p>seguintes indagações:</p><p>Quais as fontes de recebimento de material da Empresa Maricá Lagos</p><p>Reciclagem?</p><p>Quais os processos adotados pela Empresa Maricá Lagos Reciclagem</p><p>na preparação do plástico para a reciclagem?</p><p>Quais os canais de distribuição do material já processado pela Empresa</p><p>Maricá Lagos Reciclagem?</p><p>Quais os benefícios que a atuação da Empresa Maricá Lagos Reciclagem</p><p>trás a cidade de Maricá?</p><p>3.2 - Coleta e Tratamento de Dados</p><p>Esta pesquisa abordou o método de coleta de dados através de</p><p>entrevista, por amostra intencional, conforme questionário de perguntas abertas,</p><p>relacionadas em anexo. O tratamento dos dados realizou-se de forma</p><p>predominantemente qualitativa com a codificação das informações e</p><p>transformando-as nos objetivos deste trabalho. A forma qualitativa abrange</p><p>reflexões, argumentações, interpretações, análise e conclusões acerca de</p><p>problemas reais e soluções teóricas.</p><p>4 - ANÁLISE DE DADOS</p><p>4.1 - Estudo de Caso: Empresa Maricá Lagos Reciclagem</p><p>A empresa iniciou suas atividades em 19 de janeiro de 2006,</p><p>estabelecida na cidade de Maricá no estado do Rio de Janeiro, possui uma área de</p><p>600m², dispõe de meios próprios como prensas, balanças e caminhão.</p><p>A Maricá Lagos Reciclagem foi criada visando suprir a necessidade de</p><p>diminuição de despejo de resíduos sólidos pós consumo no único aterro que a</p><p>cidade dispõe. Que desde 2008 já se encontra com sua capacidade extrapolada,</p><p>na verdade o descaso dos governantes fez com que o aterro “controlado” de Maricá</p><p>se transformasse em um verdadeiro lixão, com todos os problemas peculiares a um.</p><p>Por essas razões a empresa vislumbrou nisso um mercado amplo e com grande</p><p>demanda, uma vez que a cidade produz de 100 a 120 toneladas de lixo por dia,</p><p>podendo gerar renda e empregos.</p><p>Conta com um efetivo de 11 funcionários contratados, para os quais</p><p>oferece treinamento contínuo e todos os equipamentos de segurança necessários,</p><p>somado a isso possui o cadastro de 30 catadores fixos, que coletam por dia o</p><p>montante de aproximadamente 500 kg de termoplásticos, além de outros materiais</p><p>como, ferro, alumínio, papelão etc. Faz também coleta seletiva semanalmente em</p><p>escolas, igrejas, cooperativas e associações de moradores.</p><p>A principal atividade da Maricá Lagos Reciclagem é a compra e venda de</p><p>materiais recicláveis. Tomando a cadeia de suprimento como exemplo, funciona</p><p>basicamente como um atacadista, que compra de vários “fornecedores” e revende</p><p>direto para uma empresa de reciclagem, mas agregando valor ao seu “produto”, uma</p><p>vez que, separa e processa parte desse material. Desta forma ela adianta e melhora</p><p>o processo de reciclagem.</p><p>Esta pesquisa se restringirá ao estudo dos processos logísticos realizados</p><p>com o material termoplástico, com exceção de Politereftalato (PET).</p><p>4.2- Fontes de Recebimento da Empresa Maricá Lagos Reciclagem</p><p>A empresa conta com três fontes de recebimento, os catadores</p><p>cadastrados, as coletas seletivas com veículo próprio e os consumidores finais que</p><p>desejam dar destino adequado aos seus bens de pós-consumo. Sendo a primeira a</p><p>principal delas com 70% da participação, ficando 20% com a segunda e 10% com a</p><p>terceira.</p><p>Segundo o gerente operacional Gerssei de Azevedo Junior, a Maricá</p><p>Lagos Reciclagem apresenta hoje um obstáculo em seu crescimento, reflexo da</p><p>mundial que afetou vários setores da economia, inclusive o a reciclagem. Ainda</p><p>segundo Gerssei, “ o preço de venda dos materiais sofreu consecutivas quedas, o</p><p>que trouxe dificuldades para a empresa. Tudo isso associado a total falta de</p><p>incentivo fiscal para a área, faz com que muitos “sucateiros” (donos de ferro velhos)</p><p>continuem na ilegalidade ”.</p><p>Buscando sempre melhorar o padrão do material recebido a Maricá</p><p>Lagos Reciclagem fornece aos seus catadores orientações e cartilhas explicativas,</p><p>que os ajudam na seleção dos materiais. Também realiza palestras nas escolas</p><p>visando conscientizar as crianças e os adolescentes sobre a importância da</p><p>reciclagem.</p><p>Figura 16: Foto de um catador cadastrado</p><p>32</p><p>Fonte: própria</p><p>4.3-</p><p>para</p><p>Lago</p><p>1º R</p><p>2º S</p><p>r</p><p>s</p><p>C</p><p>o</p><p>Mapeam</p><p>a a recicl</p><p>Os</p><p>os ocorrem</p><p>Recebimen</p><p>Separação</p><p>reciclável,</p><p>separam o</p><p>Como cad</p><p>ocorre ao l</p><p>F</p><p>Fi</p><p>mento do</p><p>agem</p><p>processos</p><p>m da seguin</p><p>nto: pode</p><p>o por class</p><p>após dar</p><p>os materia</p><p>da materia</p><p>lado das b</p><p>Figura 17: Re</p><p>igura 18: Se</p><p>os Proces</p><p>s de prepa</p><p>nte forma:</p><p>e ocorrer d</p><p>se de mat</p><p>rem entrad</p><p>ais, para q</p><p>l tem um</p><p>balanças</p><p>e</p><p>ecebimento d</p><p>eparação do</p><p>ssos da E</p><p>aração do</p><p>e três fonte</p><p>terial: os c</p><p>da na em</p><p>que sejam</p><p>preço é ne</p><p>na presen</p><p>de material</p><p>material por</p><p>Empresa</p><p>o plástico</p><p>es conform</p><p>catadores</p><p>mpresa doi</p><p>comprado</p><p>ecessário</p><p>nça do cata</p><p>r classe</p><p>na Prepa</p><p>para a re</p><p>me citado n</p><p>coletam to</p><p>s funcioná</p><p>os de aco</p><p>que aja e</p><p>ador.</p><p>aração do</p><p>ciclagem</p><p>no capítulo</p><p>odo tipo d</p><p>ários espe</p><p>ordo com</p><p>essa separ</p><p>o Plástico</p><p>na Maricá</p><p>o 4.2.</p><p>e material</p><p>ecializados</p><p>cada tipo.</p><p>ração, que</p><p>33</p><p>o</p><p>á</p><p>l</p><p>s</p><p>e</p><p>3</p><p>3º P</p><p>d</p><p>u</p><p>c</p><p>4º A</p><p>p</p><p>Pesagem:</p><p>dependend</p><p>um tipo de</p><p>catador qu</p><p>Armazena</p><p>pela estoc</p><p>F</p><p>Figu</p><p>essa</p><p>do da dem</p><p>e nota com</p><p>ue se dirige</p><p>gem: apó</p><p>agem, que</p><p>igura 19: P</p><p>ura 20: Proc</p><p>etapa é</p><p>manda. Ele</p><p>m as quant</p><p>e ao caixa</p><p>ós a comp</p><p>e normalme</p><p>esagem</p><p>cesso de arm</p><p>realizada</p><p>es pesam</p><p>tidade de c</p><p>para receb</p><p>ra do mate</p><p>ente não p</p><p>mazenagem</p><p>a geralme</p><p>cada mate</p><p>cada mate</p><p>ber o paga</p><p>erial, dois f</p><p>passa de 4</p><p>ente por</p><p>erial separ</p><p>erial, essa</p><p>amento.</p><p>funcionário</p><p>8 horas.</p><p>dois fun</p><p>radamente</p><p>nota é dev</p><p>os são res</p><p>ncionários,</p><p>e e emitem</p><p>volvida ao</p><p>sponsáveis</p><p>34</p><p>m</p><p>o</p><p>s</p><p>4</p><p>5º S</p><p>i</p><p>s</p><p>6º M</p><p>c</p><p>s</p><p>p</p><p>m</p><p>l</p><p>e</p><p>d</p><p>Separação</p><p>identificar</p><p>são prens</p><p>Moagem e</p><p>colocados</p><p>separadam</p><p>pois isso</p><p>material é</p><p>lavagem e</p><p>este fim.</p><p>de 30 kg e</p><p>Figura :</p><p>F</p><p>o por tipo d</p><p>cada cat</p><p>sados e en</p><p>e lavagem</p><p>em uma</p><p>mente por</p><p>comprome</p><p>é automat</p><p>e desconta</p><p>Após o</p><p>e vendido p</p><p>Processo de</p><p>igura 21: Se</p><p>de plástico</p><p>egoria do</p><p>fardados d</p><p>: os ma</p><p>a espécie</p><p>cada tipo,</p><p>ete a qual</p><p>icamente</p><p>aminação</p><p>processo</p><p>para indúst</p><p>e moagem e</p><p>eparação por</p><p>o: é feita</p><p>os termopl</p><p>de acordo c</p><p>ateriais já</p><p>de “proc</p><p>não deve</p><p>lidade fina</p><p>despejado</p><p>através d</p><p>de lavage</p><p>trias de rec</p><p>lavagem</p><p>r tipo de plás</p><p>a por dois</p><p>ásticos, n</p><p>com sua c</p><p>devidamen</p><p>cessador”</p><p>em ocorrer</p><p>al do mate</p><p>o em um</p><p>a adição</p><p>em o mater</p><p>ciclagem.</p><p>stico</p><p>funcionário</p><p>no final do</p><p>categoria.</p><p>nte separa</p><p>gigante o</p><p>mistura d</p><p>erial. De</p><p>tanque o</p><p>de produt</p><p>rial é arm</p><p>os respons</p><p>dia, esses</p><p>ados e e</p><p>onde são</p><p>os tipos d</p><p>epois de t</p><p>onde é re</p><p>os especí</p><p>mazenado</p><p>sáveis por</p><p>s materiais</p><p>enfardados</p><p>triturados</p><p>e plástico,</p><p>triturado o</p><p>ealizada a</p><p>íficos para</p><p>em bags</p><p>35</p><p>r</p><p>s</p><p>s</p><p>s</p><p>o</p><p>a</p><p>a</p><p>s</p><p>4.4-</p><p>Rec</p><p>recic</p><p>proc</p><p>prim</p><p>sem</p><p>preç</p><p>Mari</p><p>pela</p><p>que</p><p>Cana</p><p>iclagem</p><p>A e</p><p>clagem, s</p><p>cesso de r</p><p>ma, fechan</p><p>De a</p><p>analmente</p><p>ço. A cole</p><p>icá Lagos</p><p>Para</p><p>s empresa</p><p>estar aten</p><p>Figura 2</p><p>is de Dis</p><p>empresa v</p><p>são elas</p><p>reciclagem</p><p>do assim</p><p>acordo com</p><p>e para u</p><p>eta do mat</p><p>possui so</p><p>a Gerse, “</p><p>as é o fato</p><p>tos o temp</p><p>23: Retirada</p><p>stribuição</p><p>vende seu</p><p>REBRAP</p><p>m e direcio</p><p>o ciclo p</p><p>m o Srº Ge</p><p>ma das d</p><p>terial fica a</p><p>omente um</p><p>“ Por ser</p><p>r determin</p><p>po todo, po</p><p>a do material</p><p>o do Mat</p><p>u material</p><p>ET e a</p><p>onar o ma</p><p>produtivo.</p><p>erse as ca</p><p>duas empr</p><p>a cargo da</p><p>m caminhã</p><p>um merca</p><p>ante para</p><p>orque a var</p><p>l já processa</p><p>terial Pro</p><p>processa</p><p>CRR, re</p><p>aterial para</p><p>rgas de trê</p><p>resas, co</p><p>a empresa</p><p>ão já emp</p><p>ado de livr</p><p>optarmos</p><p>riação de p</p><p>ado</p><p>ocessado</p><p>ado para</p><p>esponsáve</p><p>a as indús</p><p>ês tonelada</p><p>nforme a</p><p>a comprado</p><p>penhado e</p><p>re concorr</p><p>por uma o</p><p>preço é co</p><p>na Maric</p><p>duas emp</p><p>eis por</p><p>strias com</p><p>as são des</p><p>apresentare</p><p>ora, uma v</p><p>em outra f</p><p>rência o p</p><p>ou por outr</p><p>nstante “.</p><p>cá Lagos</p><p>presas de</p><p>finalizar o</p><p>mo matéria</p><p>spachadas</p><p>em maior</p><p>vez que, a</p><p>função.</p><p>reço pago</p><p>ra. Temos</p><p>36</p><p>s</p><p>e</p><p>o</p><p>a</p><p>s</p><p>r</p><p>a</p><p>o</p><p>s</p><p>4.5- Benefícios Gerados para a Cidade de Maricá</p><p>A nível econômico a Maricá Lagos Reciclagem é responsável pela</p><p>geração de 11empregos diretos e mais de 30 indiretos, por ser uma cidade de</p><p>característica “hospedeira”, ou seja, boa parte da população tem que se deslocar</p><p>para outros municípios e cidades próximas para trabalhar, devido a falta de</p><p>emprego. A existência de pequenas empresas por menor que sejam são</p><p>importantíssimas, pois a junção dessas pequenas faz a economia da cidade respirar.</p><p>Mas sem sobra de dúvida, o principal benefício é na área ambiental, uma</p><p>vez que, graças a atividade da empresa a cidade deixa de receber em seu</p><p>“lixão” por mês cerca de 9 toneladas de plástico; 24 toneladas de ferro/mês;</p><p>7 toneladas de papelão, jornal e revistas; 4 toneladas de vidro; 5 toneladas de</p><p>alumínio e mais 3 toneladas de outros materiais como bloco, antimônio, cobre</p><p>etc. Somando um total de aproximadamente 52 toneladas de material reciclável</p><p>por mês, o que representa quase 2% do que é coletado na cidade no mês.</p><p>Além dos benefícios econômicos, sociais e ambientais a Maricá Lagos</p><p>Reciclagem deixa um legado cultural fundamental que é a importância da</p><p>reciclagem para o meio ambiente.</p><p>37</p><p>5. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>5.1- Conclusões</p><p>O problema do lixo não se resolve simplesmente colocando-o na calçada</p><p>para que a companhia de limpeza urbana o recolha, vai muito além, é preciso</p><p>urgentemente desenvolver na população consciência ambiental para que em breve</p><p>não tenhamos que disputar espaço com o lixo. Dessa forma vislumbramos que</p><p>práticas apontando para a reutilização dos resíduos contribuirá para amenizar o</p><p>problema do descarte irregular.</p><p>Desenvolvimento sustentável é fundamental pois atende às necessidades</p><p>do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as</p><p>suas próprias necessidades. O consumo consciente é um ato de reflexão antes do</p><p>ato da compra ou do descarte de um produto qualquer. É importante a prática dos</p><p>3 R’s da ecoeficiência: reduzir (significa economizar de todas as formas possíveis);</p><p>reutilizar (é uma forma de evitar que vá para o lixo aquilo que não é lixo) e reciclar</p><p>(na impossibilidade de redução ou reutilização, a melhor solução é enviar as</p><p>embalagens pós-consumo para a reciclagem).</p><p>O assunto é extremamente vasto e deve ser uma preocupação cada vez</p><p>maior da sociedade consumo mais responsável dos recursos naturais, diminuindo as</p><p>agreções a natureza. Assim, certamente, este tema fica em aberto e muitas outras</p><p>pesquisas poderão ser efetuadas nesta área, sob os mais variados enfoques, desde</p><p>enfoques logísticos envolvidos no processo logístico reverso aos estudos ambientais</p><p>e legais que venham a incentivar a coleta e tratamento de resíduos sólidos.</p><p>" N A N A T U R E Z A , N A D A S E C R I A , N A D A S E P E R D E , T U D O</p><p>S E T R A N S F O R M A . " L A V O I S I E R</p><p>6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM – CEMPRE. Disponível</p><p>em: <htpp://www.cempre.org.br>. Acessado em 01 de junho de 2010.</p><p>GIL, Antonio Carlos; Como elaborar projetos de pesquisa; 4ª edição – São Paulo:</p><p>ed. Atlas, 2002.</p><p>GURGEL, Floriano do Amaral. Administração da embalagem; São Paulo;</p><p>ed.Thomson Learning, 2007.</p><p>MOURA, Reinaldo Aparecido. Sistemas e Técnicas de Movimentação e</p><p>Armazenamento de Materiais, 6ª edição revisada, São Paulo, ed. IMAM, 2008.</p><p>NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de</p><p>Distribuição, Rio de Janeiro, ed.Elsevier, 2007.</p><p>OLIVEIRA, Adriano Abreu de. In: A logística reversa no processo de</p><p>revalorização dos bens manufaturados. Disponível em:</p><p>http://www.facef.br/rea/edicao07/ed07_art03.pdf. Acessado em 30 de maio de</p><p>2010.</p><p>BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento,</p><p>organização e logística empresarial. Bookman. Porto Alegre, 2001.</p><p>GOOGLE. Google imagens. Disponível em</p><p>http://www.bing.com/images/reciclagemdeplástico > Acesso em: 29 Mai</p><p>2010.</p><p>MEIOAMBIENTE:http://www.revistameioambiente.com.br/2007/09/26/projeto</p><p>-estimula-reciclagem-de-oleo-de-cozinha/ Acesso em 01 de jun 2010</p><p>LOGISTICA REVERSA: uma alternativa para reduzir custos e agregar</p><p>valor<http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/1146.pdf ></p><p>Acessado em 16 de Abr de 20010</p><p>LOGISTICA REVERSA: uma alternativa para reduzir custos e agregar</p><p>valor<http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/1146.pdf ></p><p>Acessado em 15 de maio de 20010</p><p>A logística reversa e a responsabilidade social corporativa: um estudo de caso</p><p>num consócio de gestão de resíduos industriais. Acesso em 15/maio/2010.</p><p>NOVA, J.V. a reciclagem das latas de alumínio e o seu efeito na economia</p><p>informal< > Acessado em 20 de maio de 2010</p><p>NASCIMENTO, R.J. mapeamento da cadeia de suprimentos de reciclagem</p><p>de PET: estudo de uma empresa recicladora de pet< > Acessado em 21 de</p><p>Maio de 2010</p><p>REIS, Augusto da Cunha. In: Logística Reversa e Praticas Correntes no setor de</p><p>reciclagem.Disponívelem:http://www.latec.uff.br/cneg/documentos/anais_cneg4/T</p><p>7_0080_0050.pdf. Acessado em 30 de abril de 2010.</p><p>ROGERS, D. S.; TIBBEN-LEMBKE, R. S. Going Backwards: Reverse Logistics</p><p>Practice. University of Nevada, Reno – Center for Logistics Management, 1999.</p><p>LOGISTICA REVERSA: Tipos de plásticos. Disponível em :</p><p>http://www.reviverde.org.br. Acessado em 20 de maio de 2010.</p><p>40</p><p>ANEXO</p><p>1 - Perguntas realizadas em 21 de maio de 2010, a Gerse de Azevedo – Gerente</p><p>Operacional da Empresa Maricá Lagos Reciclagem.</p><p>1º Quando a empresa foi criada?</p><p>2º Quantos funcionários tem a empresa?</p><p>3º Quais as funtes de recebimento de materiais?</p><p>4º Quais os processos realizados na empresa para a preparação do material?</p><p>5º Quais os canais de distribuição da empresa</p><p>6º Como é despachado o material?</p><p>7º Qual o volume de material preparado e despachado semanalmente?</p><p>41</p>