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<p>A Importância da Alimentação Correta na Prevenção das Doenças Crônicas</p><p>Não Trasmissíveis</p><p>The Importance of Correct Food in the Prevention of Non-Transferrable</p><p>Chronic Diseases</p><p>Ane Caroline Zamoner1</p><p>Resumo</p><p>O presente trabalho teve por objetivo apresentar quais são as principais Doenças</p><p>Crônicas Não Transmissíveis que mais crescem no mundo, bem como apresentar</p><p>soluções para a prevenção destas a partir de políticas públicas que promovam</p><p>dietas mais equilibradas e saudáveis, promovendo mais qualidade de vida para a</p><p>população. Para esse estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica, mediante a</p><p>uma pesquisa exploratória, com levantamento de artigos, periódicos, teses, entre</p><p>outros. Os resultados demonstraram que as doenças crônicas não transmissíveis se</p><p>dividem em quatro grandes grupos, como as doenças cardiovasculares, as</p><p>respiratórias, o diabetes e o câncer e podem levar os indivíduos para desfechos</p><p>bastante graves e até mesmo à morte. As DCNT’s são as que atualmente mais</p><p>provocam morbidade e mortalidade em todo o mundo, além de trazer grandes</p><p>perdas econômicas para os países que enfrentam essa epidemia. As políticas</p><p>públicas é caminho mais eficaz para a diminuição destas doenças, no entanto</p><p>precisam abranger toda a sociedade de forma geral e não apenas os escolares</p><p>como geralmente acontece.</p><p>Palavras-chave: Alimentação Saudável.Nutrição. Políticas Públicas.</p><p>Abstract</p><p>The objective of this study was to present the major non communicable chronic</p><p>diseases in the world, as well as to present solutions for their prevention based on</p><p>public policies that promote more balanced and healthy diets, promoting a better</p><p>quality of life for the population. For this study, a bibliographic review was carried out,</p><p>through an exploratory research, with articles, periodicals, theses, among others. The</p><p>results showed that chronic non communicable diseases are divided into four major</p><p>groups, such as cardiovascular, respiratory, diabetes and cancer, and can lead</p><p>individuals to very serious outcomes and even death. NCDs are the ones that</p><p>currently cause morbidity and mortality worldwide, and bring great economic losses</p><p>to the countries that face this epidemic. Public policies are the most effective way to</p><p>decrease these diseases, however they need to cover the whole society in general</p><p>and not just schoolchildren as usually happens.</p><p>Keywords: Healthy Eating. Nutrition. Public Policy.</p><p>1 Introdução</p><p>As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) atualmente são as doenças</p><p>que mais matam em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da</p><p>1 Faculdade Anhanguera de Sorriso</p><p>Saúde (OMS), cerca de 36 milhões de pessoas morrem por esse grupo de doenças,</p><p>sendo que os países subdesenvolvidos são os mais afetados. Essas doenças</p><p>provocam muitos transtornos que vão desde a morbidade e mortalidade dos</p><p>indivíduos até problemas coletivos sociais que são grandes as perdas econômicas</p><p>que os países que enfrentam elevadas taxas epidêmicas sofrem. Somente no Brasil</p><p>entre os anos de 2007 a 2016 foram gastos mais de 16 bilhões de reais no</p><p>tratamento de doenças como diabetes e doenças cardiovasculares, afetando</p><p>significantemente a economia por conta dessas enfermidades (MALTA; SILVA</p><p>JUNIOR, 2013).</p><p>Devido o aumento da globalização, nas últimas décadas, bem como do rápido</p><p>processo da urbanização e da vida sedentária, entre outros fatores como o consumo</p><p>de produtos industrializados na alimentação, do álcool e do tabaco, a prevalência de</p><p>pessoas portadoras de DCNT tem se expandido em todo o mundo. Sendo que os</p><p>fatores de risco, advindos dos péssimos hábitos alimentares e comportamentais, têm</p><p>influenciado no surgimento dos riscos metabólicos, como a obesidade, pressão alta,</p><p>níveis elevados de açúcar no sangue, lipídeos e colesterol elevados, o que colabora</p><p>principalmente para o surgimento de enfermidades como diabetes, acidentes</p><p>vasculares cerebrais AVC), doenças do coração, entre outras (MALTA et al., 2013).</p><p>Grande parte da população não sabe sobre os males causados pelo consumo</p><p>de produtos industrializados, pois, na maioria das vezes, não existe a</p><p>conscientização em fazer a leitura e compreender os rótulos dos alimentos</p><p>consumidos, haja vista que muitas pessoas não conseguem compreender o</p><p>significado do que está impresso nestes rótulos e devido à carga excessiva de</p><p>trabalho e a falta de tempo no preparo de alimentos, as pessoas cada vez mais</p><p>estão preferindo ingerir alimentos processados, fazendo com que a população</p><p>adoeça a cada dia (BORGES, 2014).</p><p>Um dos fatores de maior impacto no surgimento das DCNT’s está relacionado</p><p>ao péssimo habito alimentar. O aumento no índice de DCNT’s no Brasil tem</p><p>despertado a atenção na busca de uma resolução deste grave problema, dentre</p><p>algumas ações, está o melhoramento nutricional dos alimentos processados, como a</p><p>redução de sódio, açúcar e gordura, bem como a adoção de uma dieta saudável,</p><p>rica em nutrientes e baixa em calorias, principalmente em calorias pobres, como é o</p><p>caso dos refrigerantes, dos salgadinhos, etc. O excesso de sódio, por exemplo, está</p><p>relacionado a vários tipos de doenças como a hipertensão, acidente vascular</p><p>cerebral e câncer de estômago. (BRASIL, 2009).</p><p>Uma pesquisa feita em 2007 demonstrou que 72% de todas as mortes no</p><p>Brasil ocorreram por conta das DCNT, particularmente por doenças</p><p>cardiocirculatórias e respiratórias crônicas, mas na última década houve uma</p><p>significativa redução de 20%. Assim, visando ampliar o compromisso do país com</p><p>esse tema de tão extrema importância, após uma ampla análise em diversos setores</p><p>sociais, o Ministério da Saúde criou em 2011 um plano de ação, o Plano de Ações</p><p>Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no</p><p>Brasil, 2011 a 2022, abrangendo toda a sociedade, priorizado as ações e</p><p>investimentos voltados para a promoção e saúde e o combate das DCNT e seus</p><p>fatores de risco, para os próximos dez anos, podendo ser ampliado e repensado</p><p>após esse período (BRASIL, 2011).</p><p>Desta forma, este artigo apresenta quais são as principais Doenças Crônicas</p><p>Não Transmissíveis que mais cresce no cenário mundial, bem como procura mostrar</p><p>soluções na busca pela prevenção destas doenças, a partir de políticas públicas que</p><p>promova dietas mais equilibradas e saudáveis, com o objetivo de promover mais</p><p>qualidade de vida para a população.</p><p>2 Material e Métodos</p><p>O presente estudo foi realizado através de um levantamento bibliográfico, onde</p><p>se buscou livros e documentos, artigos e revistas, publicados em sites voltados para</p><p>a ciência da saúde, principalmente os publicados na plataforma da Scientific</p><p>Eletronic Library Online (SciELO), para dar maior credibilidade ao trabalho.</p><p>O critério de inclusão dos materiais se deu da seguinte forma: foram utilizados</p><p>artigos de preferência dos últimos dez anos sem haver restrição de idiomas, escritos</p><p>e divulgados na íntegra, voltados ao tema deste trabalho. Foram extraídas as ideias</p><p>mais importantes de cada um através da leitura e interpretação das principais</p><p>informações, classificando os assuntos conforme o tema proposto, utilizando o</p><p>método de investigação qualitativa. A princípio foram selecionadas 23 obras dentre</p><p>as quais foram utilizados 19. A seleção das mesmas foi feita no intuito de obter</p><p>informações necessárias para a pesquisa, sem haver intenção de limitar o número</p><p>de artigos utilizados, sendo que o material começou a ser selecionado no começo do</p><p>mês de julho de 2018 e terminou em meados do mês de setembro de 2018.</p><p>3 Resultados e Discussões</p><p>3.1 Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)</p><p>As DCNT’s, de acordo com o Ministério da Saúde, são aquelas doenças que se</p><p>desenvolvem por vários motivos no decorrer da vida e podem perduram por longos</p><p>períodos ou pela vida toda do indivíduo. Essas doenças afetam consideravelmente a</p><p>economia de todo o mundo e faz com que as metas de redução da pobreza,</p><p>estabilidade</p><p>econômica, segurança pública, entre outros acabem ficando em</p><p>segundo plano em muitos países, desempenhando um papel social econômico</p><p>negativo, ou seja, acabam não sendo um problema individual, mas de uma</p><p>sociedade inteira (BRASIL, 2011). Elas se dividem em quatro grandes grupos que</p><p>são: as doenças cardiovasculares, as doenças respiratórias, o diabetes e o câncer e</p><p>podem levar os indivíduos para desfechos bastante graves e até mesmo à morte.</p><p>Pacientes com DCNT podem sofre ataques cardíacos, doenças vasculares,</p><p>insuficiências nos órgãos, amputações de membros, doenças pulmonares,</p><p>infecções, entre outras (SANTOS; DUARTE, 2012).</p><p>Existem vários fatores para que as doenças crônicas não transmissíveis se</p><p>desenvolvam, sendo que pessoas com idade avançada, herança genética e até</p><p>mesmo o sexo podem influenciar. Mas os hábitos não saudáveis, como o</p><p>sedentarismo, o tabagismo, o alcoolismo a alimentação inadequada são os fatores</p><p>que mais influenciam para o surgimento dessas doenças (LONGO, et al., 2011). A</p><p>obesidade é um exemplo de fator de risco para a DCNT que mais cresce no mundo</p><p>e é originada a partir do desequilíbrio entre a ingestão e o gasto calórico, resultando</p><p>em acúmulo excessivo de tecido adiposo, sendo multifatorial: peso pré-gestacional,</p><p>peso ao nascer, falta de aleitamento materno, fatores genéticos e alimentação</p><p>inadequada aliada à falta de exercícios físicos (BRASIL, 2012).</p><p>O Diabetes Mellitus também é uma das doenças crônicas de maior prevalência</p><p>em diversos países e os fatores como aumento da urbanização, industrialização,</p><p>sedentarismo, obesidade e alimentação hipercalóricas contribuem para o seu</p><p>desenvolvimento (CAPILHEIRA; SANTOS, 2011).</p><p>Nos últimos anos, em todos os países, a ingestão de produtos com alto valor</p><p>calórico está aumentando, sendo geralmente de origem animal e de produtos</p><p>industrializados. São altas concentrações de gordura, e açúcar e, como</p><p>consequência, cada vez mais, os números de crianças e adolescentes com</p><p>distúrbios correlatados à alimentação, se elevam, como: obesidade, desnutrição,</p><p>diabetes mellitus, (SILVA, et al., 2014).</p><p>A obesidade progressiva é descrita por França (2004b) como o aumento</p><p>gradativo de gordura corporal desde os primeiros anos de vida até a fase adulta,</p><p>sendo até os doze anos o período mais crítico para o desenvolvimento dessa</p><p>patologia. No primeiro ano de vida o tamanho das células adiposas (células que</p><p>armazenam gorduras) correspondem a um quarto do tamanho dos adipócitos de um</p><p>adulto e também o número dessas células aumentam três vezes até os sete anos de</p><p>idade, triplicando seu volume, já na adolescência, ocorre uma multiplicação de</p><p>adipócitos devido a hiperplasia fisiológica e a também aumento da dimensão deles.</p><p>A infância, mais precisamente entre sete a nove anos, tem sido considerada</p><p>uma fase crucial para o surgimento da obesidade, pois tem-se observado nessa</p><p>fase, um aumento de crianças em sobrepeso ou obesas, sendo preocupante pelo</p><p>fato de que outras doenças associadas à obesidade podem aparecer e também,</p><p>devido a maior chance desse quadro persistir até a fase adulta (BRASIL, 2012).</p><p>Até poucos anos, tinha-se o conhecimento de que apenas o diabetes tipo 1</p><p>podia se manifestar em crianças, devido a genética, e que o diabetes mellitus tipo 2</p><p>manifestava-se particularmente em pessoas adultas que possuíam uma alimentação</p><p>errônea e vida sedentária, ou até mesmo estando ligada à obesidade (LOPES;</p><p>MACIEL; SABLICH, 2012).</p><p>Atualmente, com o número de pessoas obesas elevando-se, inclusive na</p><p>população infantil, cada vez mais, aumenta os fatores de risco para que futuramente</p><p>as crianças possam desenvolver também a DM2 (CORRÊA, 2014).</p><p>O diabetes mellitus tipo 1 é caracterizada pela destruição das células beta</p><p>pancreáticas, as quais são responsáveis pela produção de insulina, e essa tem a</p><p>responsabilidade de transportar a glicose da corrente sanguínea para os tecidos,</p><p>uma vez que ocorre a destruição das células que produzem a insulina, acontece um</p><p>acúmulo de glicose no sangue, causando o diabetes tipo 1. Já o diabetes mellitus</p><p>tipo 2, tem como característica a ocorrência de defeitos na regulação da glicose e</p><p>produção insuficiente e/ou ação dificultada da insulina produzida pelas células beta</p><p>pancreáticas, devido a uma resistência insulínica (quando há uma ineficácia da ação</p><p>da insulina nos tecidos), no caso de pacientes mais jovens (crianças e adolescentes)</p><p>é mais frequente a combinação dos dois casos (BRASIL, 2015).</p><p>Milech; Oliveira (2013) explicam que grande parte das pessoas que possuem</p><p>essa doença também são obesas, o que causa a resistência à ação da insulina (a</p><p>insulina não age com eficácia nos tecidos), mas também outros, que não se</p><p>enquadram em estado de obesidade através do IMC, mas possuem concentração</p><p>maior de gordura na região do abdômen, também podem causar essa resistência,</p><p>sendo um facilitador para o aparecimento de mais doenças, como: dislipidemias,</p><p>hipertensão e doença cardiovascular.</p><p>Outra consequência da má alimentação são as dislipidemias, que assim como</p><p>as outras patologias, tem sido observado o aumento nos números de crianças e</p><p>adolescentes portadores dela, e tem sido alvo de muitos estudos devido às</p><p>consequências que levam também para a fase adulta, sendo em todo mundo uma</p><p>das causas dominantes de mortalidade, manifestando-se, cada vez mais, na</p><p>população jovem (FAULHABER et al, 2009).</p><p>A dislipidemia é uma doença que ocorre quando as lipoproteínas HDL e LDL</p><p>estão em valores desequilibrados, ou seja, se o HDL estiver abaixo do recomendado</p><p>e/ou os valores de triglicerídeos e LDL estiverem acima do desejável, tendo em vista</p><p>que essa alteração lipídica plasmática aumentam as chances de doenças</p><p>cardiovasculares se desenvolverem (PEREIRA, 2013).</p><p>3.2 Políticas Públicas</p><p>As políticas públicas têm sido aplicadas em muitos países, no intuito de</p><p>melhorar a nutrição populacional. Dentre os conjuntos de ações, devem aparecer</p><p>aquelas que incentivem e informem sobre a adoção de práticas saudáveis, apoio</p><p>entre as pessoas participantes, evitando fatores que estimulem a prática não</p><p>saudável. As políticas públicas em saúde fazem parte da ação social do Estado,</p><p>orientam a melhoria das condições de saúde da população, organizando as funções</p><p>públicas governamentais para promover, proteger e recuperar a saúde tanto no</p><p>indivíduo quanto no coletivo (FERREIRA, 2015).</p><p>No Brasil, a Constituição Federal de 1988, defende que estas políticas devem</p><p>se orientar pelos princípios da universalidade e equidade no acesso às ações e</p><p>serviços, e pelas diretrizes de descentralização da gestão, de integralidade do</p><p>atendimento e de participação da comunidade na organização de um sistema único</p><p>de saúde no território nacional. No entanto, antes mesmo da Constituição já haviam</p><p>programas voltados para a alimentação saudável. Em 1955, através do Decreto no</p><p>37.106, o Ministério da Educação (MEC) criou a Campanha da Merenda Escolar que</p><p>hoje se chama PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e é considerado,</p><p>no mundo, como um dos maiores programas de atendimento à educação (BRASIL,</p><p>2010).</p><p>Este programa é executado pelo Governo Federal, através do Fundo Nacional</p><p>de Desenvolvimento da Educação (FNDE) que transfere recursos para os estados,</p><p>Distrito Federal e municípios, com o objetivo de contribuir com a oferta de uma</p><p>alimentação saudável, compreendida na utilização de alimentos variados e seguros,</p><p>respeitando a cultura, hábitos e tradições alimentares, o crescimento e o</p><p>desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a</p><p>formação de práticas alimentares saudáveis dos estudantes, através de ações de</p><p>educação alimentar e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades</p><p>nutricionais durante as atividades escolares (BRASIL, 2015).</p><p>Os cardápios devem ser elaborados por um nutricionista respeitando as</p><p>referências nutricionais, os hábitos</p><p>alimentares, a cultura alimentar da localidade,</p><p>baseando-se na sustentabilidade e diversificação agrícola da região e na</p><p>alimentação saudável e adequada, incentivando o consumo de frutas e hortaliças.</p><p>Além de recomendar a limitação de produtos com alto teor de sal, açúcar e gordura</p><p>no ambiente, prevenindo assim, doenças relacionadas com a má alimentação como</p><p>as DCNT’s (BRASIL, 2011).</p><p>Em 2003 o país criou a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional</p><p>(PNSAN) que trabalha em conjunto com os setores de saúde, educação,</p><p>desenvolvimento agrário, meio ambiente, cultura, e demais setores que auxiliem e</p><p>colaborem no seu desenvolvimento. Neste sentido, o Conselho Nacional de</p><p>Segurança alimentar (CONSEA) realizou no dia 06 de maio de 2015, promoveu um</p><p>debate sobre a alimentação adequada e saudável, partindo das responsabilidades e</p><p>das determinações de cada setor, motivado pelo Guia Alimentar Para a População</p><p>Brasileira, que foi lançado pelo Ministério da Saúde no final de 2014 (BRASIL, 2015).</p><p>Alguns manuais e guias para nutrição podem ser encontrados em sites como do</p><p>Conselho Federal de Nutrição, no Portal do Ministério de Educação, no site do</p><p>Ministério da Saúde, dentre outros (BRASIL, 2012).</p><p>3.3 Alimentação Saudável e Papel do Nutricionista</p><p>Alimentar-se adequadamente não é uma tarefa fácil, nos dias atuais, pois a</p><p>correria de trabalho, família e estudos compromete boa parte do tempo, fazendo</p><p>com que mais pessoas sejam adeptas das comidas prontas, de rápido preparo, além</p><p>da falta de tempo para a prática de exercícios. Assim, compreende-se que a adoção</p><p>das dietas se dá através do estilo de vida que a pessoa leva, devendo esta ser</p><p>estimulada, de forma positiva, através de políticas voltadas para os bons hábitos</p><p>alimentares. A população geral deve receber informações que perdurem durante</p><p>toda a vida e não por um curto prazo de tempo, ocorrendo através de modificações</p><p>dietético-comportamentais, as responsáveis pela contribuição na melhoria da saúde</p><p>e do controle das doenças oriundas da má alimentação (SANTOS; DUARTE, 2012).</p><p>A concepção de uma dieta saudável é aquela que fornece todos os nutrientes,</p><p>estes são considerados necessários para o perfeito funcionamento do organismo.</p><p>Deve-se levar em consideração a qualidade desses alimentos e deve ser, sempre</p><p>que possível, acompanhada por um profissional nutricionista. O papel do</p><p>nutricionista é mostrar que uma alimentação saudável não possui apenas frutas e</p><p>verduras em sua composição, pois o organismo necessita dos alimentos de todos os</p><p>grupos: carboidratos, verduras e frutas, leguminosas, proteínas, leite e derivados,</p><p>açúcares e gorduras. Para uma boa adequação nutricional deve haver uma variação</p><p>entre os alimentos de cada grupo, desta forma, passa a receber os benefícios da</p><p>alimentação adequada e saudável. Dando preferência aos alimentos naturais que</p><p>não possuam a adição de substâncias químicas, como agrotóxicos e outros aditivos,</p><p>ajuda na prevenção de doenças (FERREIRA; CHIARA; KUSCHNIR, 2007).</p><p>4 Conclusão</p><p>Observou-se, através das leituras realizadas, que as DCNT’s em sua maioria</p><p>acometem pessoas cujos péssimos hábitos alimentares colaboram para esse</p><p>quadro. Assim, se faz necessária a conscientização da população em adotar hábitos</p><p>alimentares mais saudáveis, pois as DCNT’s estão aumentando cada dia mais,</p><p>causando transtornos para a vida das pessoas acometidas por enfermidades desse</p><p>grupo.</p><p>O Ministério da Saúde tem promovido campanhas sobre a alimentação, mas</p><p>acredita-se que a divulgação ainda não é suficiente, pois não atinge a população em</p><p>geral, estando voltados mais para os escolares. Portando, algumas atitudes devem</p><p>ser revisadas, como o modo de melhorar a comunicação com a população.</p><p>Diante das pesquisas realizadas, que buscam identificar os riscos associados</p><p>à ingestão de alimentos não saudáveis foi comprovado que há real necessidade de</p><p>redução da ingestão destes. Sendo assim, é de fundamental importância que isso</p><p>seja divulgado e que o governo dê prioridade a esse assunto, mediante informações</p><p>inseridas pela mídia, e também pelo controle e fiscalização das indústrias produtoras</p><p>desses alimentos.</p><p>Esta pesquisa possui grande relevância sobre o assunto levantado, pois</p><p>percebe-se o quanto é difícil a tentativa de adequar a população a um estilo de vida</p><p>mais saudável, sendo importante a colaboração e o empenho de todos os setores,</p><p>no intuito de conscientizar a população, e desta forma fazer com que ocorra de</p><p>forma efetiva e real a adoção de uma vida saudável.</p><p>A educação dos indivíduos ainda é o melhor caminho para reduzir os casos de</p><p>doenças crônicas não transmissíveis, para tanto, é preciso que os indivíduos</p><p>estejam motivados, efetivando verdadeiramente mudanças, promovendo qualidade</p><p>de vida aos mesmos.</p><p>Referências</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde-MS. Saúde na Escola. Cadernos de atenção básica,</p><p>Brasília-DF, 2009.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Aquisição de produtos da agricultura familiar para</p><p>a alimentação escolar, Brasília: MEC, 2010.</p><p>BRASIL, Ministério da Saúde. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento</p><p>das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. 2011.</p><p>Disponível em:<</p><p>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf>Ace</p><p>sso em: 10/08/2018</p><p>BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate á fome. Marco de</p><p>referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas, Brasília-</p><p>DF, 2012. Disponível em: <</p><p>https://ideiasnamesa.unb.br/files/marco_EAN_visualizacao.pdf>. Acesso em:</p><p>10/08/2018</p><p>BRASIL. Sociedade Brasileira de Diabetes- SBD. Diabetes mellitus tipo 2 no jovem.</p><p>Diretrizes SBD. 2015.</p><p>CAPILHEIRA, M.; SANTOS, I. Doenças crônicas não transmissíveis: desempenho</p><p>no cuidado médico em atenção primária à saúde no sul do Brasil. Cad. Saúde</p><p>Pública, v.27, n.6, p.1143-1153, 2011.</p><p>CORREA, F.H. Diabetes mellitus tipo 2 na criança e no adolescente. Adolescência e</p><p>Saúde, v 1, n 2. 2014.</p><p>FAULHABER, M.C.B. Dislipidemias: um caso de saúde pública? Sociedade de</p><p>Pediatria, 2009. Disponível em:</p><p>https://ideiasnamesa.unb.br/files/marco_EAN_visualizacao.pdf</p><p>http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=125. ></p><p>FERREIRA, A.; CHIARA, V.L.; KUSCHNIR, M.C.C. Alimentação saudável na</p><p>adolescência: consumo de frutas e hortaliças entre adolescentes brasileiros. 2007.</p><p>Disponível em:< http://adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=110></p><p>FERREIRA, S.R.G. Alimentação, nutrição e saúde: avanços e conflitos da</p><p>modernidade. 2015. Disponível</p><p>em:<http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v62n4/a11v62n4.pdf>Acesso em:</p><p>LONGO, G.Z. et al. Prevalência e distribuição dos fatores de risco para doenças</p><p>crônicas não transmissíveis entre adultos da cidade de Lages (SC), sul do Brasil,</p><p>2007. Rev Bras Epidemiol., v.14, n.4, p.698-708, 2011.</p><p>LOPES, S.D.; MACIEL, T.C.; SABLICH, G. Diabetes tipo 2 na infância. ConScientiae</p><p>Saúde, v 6, n 1, p. 71-80. 2012.</p><p>MALTA, D.C.; MORAIS NETO, O.L.; SILVA JUNIOR, J.B. Apresentação do plano de</p><p>ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis</p><p>no Brasil, 2011 a 2022. Epidemiol. Serv. Saúde, v.20, n.4, p.425-438, 2011.</p><p>MALTA, D.C; SILVA JUNIOR, J.B. O Plano de Ações Estratégicas para o</p><p>Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil e a definição</p><p>das metas globais para o enfrentamento dessas doenças até 2025: uma revisão.</p><p>Epidemiol. Serv. Saúde, v.22, n.1, p.151-164 2013.</p><p>MALTA, et al. Prevalência de fatores de risco e proteção de doenças crônicas não</p><p>transmissíveis em adolescentes: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do</p><p>Escolar (PeNSE), Brasil. 2009.</p><p>MILECH, A.; OLIVEIRA, J.E. Diabetes Mellitus Clínica, Diagnóstico Tratamento</p><p>Multidisciplinar. São Paulo: Atheneu, 2011.</p><p>PEREIRA, M. et al. Reações adversas cardiovasculares: dislipidemia. Guia de</p><p>reações adversas a medicamentos. Porto- Portugal.</p><p>2013, p. 102.</p><p>SANTOS, I.; DUARTE, E.C. Fatores de risco e proteção para doenças crônicas não</p><p>transmissíveis na população adulta brasileira. Rev. Saúde Pública, v.43, p.5-6,</p><p>2012.</p><p>SILVA, M.S. et al. Risco de doenças crônicas não transmissíveis na população</p><p>atendida em Programa de Educação Nutricional em Goiânia (GO), Brasil. Ciência &</p><p>Saúde Coletiva, v.19, n.5, p.1409-1418, 2014.</p><p>http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=125</p><p>http://adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=110</p><p>http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v62n4/a11v62n4.pdf</p>

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