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<p>CURSO FIC</p><p>POLÍTICAS E</p><p>GESTÃO CULTURAIS</p><p>Acessibilidade</p><p>Cultural</p><p>MATERIAL DE ESTUDO</p><p>© 2024 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás.</p><p>Os artigos assinados, no que diz respeito tanto à linguagem quanto ao</p><p>conteúdo, não refletem necessariamente a opinião do Instituto Federal de</p><p>Goiás. As opiniões são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.</p><p>É permitida a reprodução total ou parcial desde que citada a fonte.</p><p>ESCULT</p><p>ESCOLA SOLANO TRINDADE DE FORMAÇÃO E</p><p>QUALIFICAÇÃO ARTÍSTICA TÉCNICA E CULTURAL</p><p>PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO</p><p>E QUALIFICAÇÃO PARA O MUNDO DO</p><p>TRABALHO EM CULTURA</p><p>Coordenação geral do projeto</p><p>Mônica Mitchell Morais Braga</p><p>Coordenação de EaD</p><p>Helen Betane Ferreira Pereira</p><p>Coordenação pedagógica</p><p>Rosselini Diniz Barbosa Ribeiro</p><p>Coordenação de acessibilidade</p><p>Gláucia Mendes da Silva</p><p>Coordenação de cursos</p><p>Nayara Joyse Silva Monteles</p><p>Editoria</p><p>Helen Betane Ferreira Pereira</p><p>Rosselini Diniz Barbosa Ribeiro</p><p>Revisão</p><p>Aguimario Pimentel Silva</p><p>Capa, projeto gráfico e diagramação</p><p>Pedro Henrique Pereira de Carvalho</p><p>Equipe elaboradora</p><p>Many Pereira dos Santos</p><p>Mestranda em Cultura e Territorialidades pela</p><p>Universidade Federal Fluminense (UFF), pós-</p><p>-graduada em Acessibilidade Cultural pela</p><p>Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),</p><p>graduada em Produção Cultural pelo Instituto</p><p>Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e bacharela em</p><p>Turismo pela Universidade Veiga de Almeida</p><p>(UVA). Possui vasta experiência na formação</p><p>em Acessibilidade Cultural EaD, atuando tam-</p><p>bém como palestrante, consultora e assessora</p><p>técnica na área. Atua como como professora</p><p>de produção cultural, possuindo mais de 12</p><p>anos de experiência. Atualmente, presta ser-</p><p>viços de produção executiva em programas de</p><p>educação e acessibilidade em museus.</p><p>Maressa Stephany F. Souza</p><p>Pós-graduada em Docência do Ensino Supe-</p><p>rior pela Faculdade Brasileira de Educação e</p><p>Cultura (FABEC), graduada em Serviço Social</p><p>pela Pontifícia Universidade Católica de Goi-</p><p>ás (PUC-GO) e em Tecnologia em Produção</p><p>Cênica e Música pelo Instituto Tecnológico de</p><p>Goiás em Artes Basileu França. Atua há mais</p><p>de 10 anos como assistente social, produtora</p><p>cultural/cênica e musicista. Possui experi-</p><p>ência abrangente na elaboração e gestão de</p><p>projetos culturais e sociais.</p><p>INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS</p><p>Diretoria de Educação a Distância - Reitoria</p><p>Avenida C-198, Qd. 500, Jardim América</p><p>Goiânia/GO | CEP 74270–040</p><p>(62) 3612-2278</p><p>coordenacao.minc@ifg.edu.br</p><p>contato@escult.cultura.gov.br</p><p>escult.cultura.gov.br</p><p>mailto:coordenacao.minc%40ifg.edu.br?subject=</p><p>mailto:contato%40escult.cultura.gov.br?subject=</p><p>http://www.escult.cultura.gov.br</p><p>Acessibilidade</p><p>sensorial</p><p>VARIEDADE DE MEDIDAS E</p><p>POSSÍVEIS ADAPTAÇÕES</p><p>TÓPICO 4</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>Então, como está a jornada até aqui? Está gostando do curso? Acompanhando</p><p>tudo? Esperamos que sim! Neste tópico, aprofundaremos um pouco mais o co-</p><p>nhecimento a respeito dos tipos de acessibilidade, mais precisamente a acessibi-</p><p>lidade sensorial, que envolve a visão, a audição, o tato, o olfato, o paladar e suas</p><p>características em diferentes áreas. Vamos lá?</p><p>Objetivos</p><p>AO FINAL DESTE TÓPICO, VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:</p><p>1. Conhecer as diversas especificidades sensoriais e as</p><p>medidas de acessibilidade que a elas se aplicam;</p><p>2. Compreender o conceito e as possibilidades</p><p>de aplicação do desenho universal;</p><p>3. Identificar os recursos da acessibilidade estética e as possibilidades</p><p>de práticas acessíveis em espaços artístico-culturais;</p><p>4. Compreender o conceito de poéticas acessíveis e os</p><p>caminhos de criação e construção a partir dele.</p><p>4.1 Acessibilidade sensorial</p><p>4.2 Experiências de práticas acessíveis</p><p>em espaços culturais, acessibilidade</p><p>estética e poéticas acessíveis</p><p>Unidades Temáticas do Tópico</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>30</p><p>4.1 Acessibilidade sensorial</p><p>Imagine entrar em um espaço e ser recebido por uma série de estímulos senso-</p><p>riais que tornam sua experiência agradável e acolhedora. Isto é o que a acessibilida-</p><p>de sensorial busca proporcionar: um ambiente onde todas as pessoas, independen-</p><p>temente das suas habilidades sensoriais, possam se sentir incluídas e confortáveis.</p><p>Um ambiente ou espaço sensorialmente acessível procura atender às pessoas com</p><p>deficiência visual, auditiva, tátil, olfativa ou gustativa, nos diferentes níveis de severidade.</p><p>A acessibilidade sensorial deve ser considerada na concepção de ambientes, produtos</p><p>e serviços para garantir que pessoas com deficiência tátil, auditiva, visual, entre outras,</p><p>possam usufruir plenamente de suas funcionalidades (Sassaki, 1997, p. 45).</p><p>Esse modelo se baseia no princípio fundamental de que todos têm o direito de</p><p>acessar e desfrutar plenamente do mundo ao seu redor, independentemente das</p><p>suas habilidades sensoriais.</p><p>Para alguém com deficiência visual, por exemplo, a disponibilidade de materiais</p><p>em braille ou com audiodescrição em eventos culturais pode fazer toda a diferença.</p><p>Cada indivíduo percebe e interage com o ambiente de maneira única, e é fundamen-</p><p>tal garantir que todos tenham as ferramentas e o suporte necessários para partici-</p><p>par plenamente da sociedade.</p><p>Vejamos algumas maneiras de proporcionar acessibilidade aos diferentes tipos</p><p>de deficiência sensorial:</p><p>• Deficiência visual: utilização de sistemas de escrita tátil em relevo, contraste,</p><p>para facilitar a leitura para pessoas com baixa visão, e tecnologia assistiva,</p><p>que é o uso de tecnologias como leitores de tela, softwares de ampliação de</p><p>tela e aplicativos de reconhecimento de voz para tornar dispositivos eletrôni-</p><p>cos acessíveis a pessoas com deficiência visual.</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>31</p><p>• Deficiência auditiva: inclui o uso de legendas em vídeos, tradutores/intér-</p><p>pretes de língua de sinais e sistemas de amplificação para garantir que as</p><p>informações sonoras em ambientes públicos, como salas de aula e teatros,</p><p>sejam acessíveis a todos.</p><p>• Tátil e sensorial: abrange a disponibilidade de informações e materiais em</p><p>formatos táteis, como o braille, e a consideração do conforto tátil e sensorial</p><p>ao projetar espaços e produtos.</p><p>• Outras necessidades sensoriais: além da visão, audição e tato, também é im-</p><p>portante considerar outras necessidades sensoriais, como o olfato e o pala-</p><p>dar, ao criar experiências acessíveis.</p><p>A promoção da acessibilidade sensorial visa não apenas cumprir obrigações le-</p><p>gais ou éticas, mas também enriquecer a vida de todos os envolvidos. A inclusão</p><p>de pessoas com diferentes necessidades sensoriais não apenas amplia as oportu-</p><p>nidades de participação, mas também contribui para a criação de ambientes mais</p><p>criativos, inovadores e inclusivos para todos.</p><p>A acessibilidade sensorial é uma chamada para ações que visam garantir que</p><p>o mundo seja projetado e construído de maneira a ser acessível e acolhedor para</p><p>todas as pessoas, independentemente das suas habilidades sensoriais. É um convite</p><p>para uma abordagem mais inclusiva e compassiva em todos os aspectos da vida.</p><p>Agora você já consegue entender melhor o que é acessibilidade sensorial?</p><p>Desenho universal</p><p>Sabe quando voc�� entra em um lugar e se sente imediatamente confortável e</p><p>acolhido, como se o espaço tivesse sido feito especialmente para você? O desenho</p><p>universal se propõe a garantir exatamente isso. Falamos a respeito dele no tópico</p><p>anterior, mas vamos relembrar alguns aspectos aqui.</p><p>Segundo Mace (1998), o desenho universal é uma abordagem de design que visa</p><p>criar ambientes, produtos e serviços utilizáveis por todas as pessoas, independente-</p><p>mente das suas habilidades, idade, contexto cultural ou características específicas.</p><p>Em suma, trata-se de projetar com a diversidade humana em mente, reconhecendo</p><p>que as necessidades de cada indivíduo podem variar significativamente.</p><p>A fundamentação do desenho universal está enraizada em princípios de equi-</p><p>dade, inclusão e acessibilidade. Ela parte do pressuposto</p><p>de que é mais eficaz e</p><p>eficiente projetar, desde o início, para atender às necessidades do maior número</p><p>possível de pessoas.</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>32</p><p>Cambiaghi e Carletto (2016), retomando Mace (1987), citam os sete princípios do</p><p>desenho universal, quais sejam:</p><p>1. Igualitário: quando espaços, objetos e produtos podem ser utilizados por pes-</p><p>soas com diferentes tipos de deficiência, como portas com sensores que se abrem</p><p>sem exigir força física ou alcance das mãos de usuários de alturas variadas;</p><p>2. Adaptável: quando espaços ou produtos são adaptados para atender às pes-</p><p>soas com diferentes habilidades e preferências, como um computador com</p><p>teclado e mouse ou com programa do tipo Dosvox, por exemplo;</p><p>3. Uso simples e intuitivo: quando imagens e/ou textos são de fácil entendi-</p><p>mento, independentemente da experiência, conhecimento, habilidades de</p><p>linguagem ou nível de concentração da pessoa, como uma imagem no sanitá-</p><p>rio contendo os símbolos para feminino e para pessoas com deficiência;</p><p>4. Informação perceptível: quando a informação necessária é transmitida de for-</p><p>ma a atender as necessidades de quem a busca, seja uma pessoa estrangeira,</p><p>seja alguém com dificuldade de visão ou audição, como ao utilizar símbolos e</p><p>letras em relevo, braille e sinalização auditiva para veicular uma informação;</p><p>5. Tolerante ao erro: visa minimizar os riscos e possíveis consequências de</p><p>ações acidentais, como elevadores com sensores que permitam às pessoas</p><p>entrarem sem riscos de a porta ser fechada no meio do procedimento e esca-</p><p>das e rampas com corrimão;</p><p>6. Baixo esforço físico: permite o uso eficiente com conforto e o mínimo de fa-</p><p>diga, como torneiras com sensor;</p><p>7. Dimensão e espaço para aproximação e uso: adequação de dimensões e espaços</p><p>aos diferentes tipos de corpos (obesos, anões etc.), da postura ou mobilidade</p><p>do usuário (pessoas em cadeira de rodas, com carrinhos de bebê, bengalas etc.).</p><p>De acordo com Bellenzani (2011, p. 23), a construção do conceito de desenho uni-</p><p>versal teve início na segunda metade do século XX e emergiu como uma resposta aos</p><p>desafios enfrentados por pessoas com deficiência e idosos para acessar e utilizar es-</p><p>paços, produtos e serviços projetados de forma tradicional, muitas vezes excluindo</p><p>esses grupos da plena participação na sociedade.</p><p>A ausência de pessoas com deficiência, com suas mais diversas características</p><p>sensoriais, físicas, intelectuais e mentais, nos espaços conviviais ou ditos sociais, foi</p><p>acarretada por um projeto dominante de modernidade que provocou a constituição</p><p>de espaços sem acessibilidade, espaços incapazes de acolher com autonomia e segu-</p><p>rança as mais diversas pessoas que compõem a sociedade. São espaços que não re-</p><p>presentam, em muitos aspectos, os ideais de um ambiente que deveria ser para todos,</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>33</p><p>como notamos em muitos espaços culturais com barreiras nas diversas dimensões</p><p>da acessibilidade, sejam elas comunicacionais, atitudinais, metodológicas, progra-</p><p>máticas, informacionais e/ou arquitetônicas.</p><p>O conceito de Desenho Universal surgiu na década de 1960, nos Estados Unidos,</p><p>com a comissão Barrier Free Design (Design Livre de Barreira), que tinha por objetivo</p><p>discutir o desenho de equipamentos, edifícios e áreas urbanas adequados à utiliza-</p><p>ção por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Em 1985, o arquiteto</p><p>Ronald L. Mace foi responsável pela criação do termo Universal Design (Cambiaghi;</p><p>Carletto, 2016). Ele próprio era um usuário de cadeira de rodas e propôs um novo</p><p>paradigma de design que visava criar ambientes e produtos acessíveis a todas as</p><p>pessoas, independentemente das suas habilidades ou características. A partir da</p><p>década de 1970, o desenho universal foi ganhando destaque nos Estados Unidos e</p><p>se estabeleceu, em 1990, com a promulgação de leis como a Lei dos Americanos com</p><p>Deficiências (ADA). Essa legislação deliberou requisitos de acessibilidade para espa-</p><p>ços públicos e serviços, incentivando a adoção de princípios de desenho universal</p><p>em projetos arquitetônicos e de design.</p><p>Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br/materias/imagens/02112_03.jpg</p><p>Com o passar do tempo, o conceito de desenho universal foi se ampliando para</p><p>além das questões de acessibilidade física e passou a abranger aspectos como in-</p><p>clusão digital, acessibilidade sensorial, cognitiva e emocional. O objetivo era criar</p><p>ambientes e produtos que fossem não apenas acessíveis, mas também acolhedores</p><p>e significativos para todos.</p><p>Embora o desenho universal seja amplamente reconhecido como uma aborda-</p><p>gem positiva e inclusiva, ele também tem sido alvo de críticas e debates. Dorneles</p><p>(2018) argumenta que o conceito pode ser generalista se não levar em consideração</p><p>http://www.forumdaconstrucao.com.br/materias/imagens/02112_03.jpg</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>34</p><p>as necessidades específicas de certos grupos de indivíduos; além disso, destaca a</p><p>importância de se adotar uma abordagem centrada no indivíduo e de se considerar</p><p>as interseccionalidades de identidades, como gênero, etnia e classe social, ao se</p><p>projetar para a diversidade.</p><p>Nos últimos anos, há um crescente reconhecimento da importância do desenho</p><p>universal como uma abordagem holística e inclusiva para o design. Muitas organiza-</p><p>ções e empresas têm adotado princípios de desenho universal, buscando criar produ-</p><p>tos e ambientes que atendam às necessidades de uma ampla parcela de indivíduos.</p><p>Uma abordagem holística, portanto, vai além de simplesmente pensar em aces-</p><p>sibilidade e desenho universal. É uma maneira mais ampla e crítica de entender a</p><p>relação entre esses conceitos. Aqui queremos destacar que a ideia de “desenho uni-</p><p>versal” pode ser problemática e está sujeita a demandas e conflitos políticos que as</p><p>próprias pessoas com deficiência enfrentam.</p><p>A pesquisadora Aimie Hamraie (2017) nos alerta para o perigo de considerarmos</p><p>o desenho universal como algo “neutro”, “flexível” e feito sob medida para atender</p><p>às variações corporais e comportamentais. É importante questionar essa ideia de</p><p>universalidade, pois nem sempre o que é considerado “universal” realmente atende</p><p>a todas as necessidades.</p><p>A Lei Brasileira de Inclusão</p><p>A Contracartilha de acessibilidade - configurando o corpo e a sociedade, criada</p><p>pelo Comitê de Deficiência e Acessibilidade da Associação Brasileira de Antropologia</p><p>(2020), destaca que incluir as pessoas em suas diferentes necessidades e especi-</p><p>ficidades passa pela eliminação das barreiras que as impedem de se movimentar</p><p>e interagir nos diferentes ambientes, sejam físicos, culturais ou de aprendizagem.</p><p>Assim, o foco não deve ser na diversidade de deficiências, mas sim no tipo de bar-</p><p>reira que possa tolher quaisquer formas de participação ou inserção da pessoa com</p><p>deficiência nos diferentes contextos sociais (Comitê Deficiência e Acessibilidade da</p><p>Associação Brasileira de Antropologia, 2020). O mesmo documento reitera:</p><p>Se continuarmos a pensar na rampa “para o cadeirante”, na legenda “para o surdo”, na</p><p>audiodescrição “para o cego”, acabamos pressupondo que, se não há pessoas com estas</p><p>deficiências no espaço, estes recursos são desnecessários, e continuaremos tendo, como</p><p>consequência, a gestão da acessibilidade “sob demanda” (p. 6).</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>35</p><p>Pode parecer complicado à primeira vista, mas, quando começamos a colocar</p><p>esses conceitos em prática, percebemos como nossas ações podem incluir uma va-</p><p>riedade de experiências corporais e formas de existir no mundo, além de apenas um</p><p>tipo de deficiência.</p><p>As conquistas só foram possíveis com os movimentos de reivindicação de pes-</p><p>soas com deficiência e com a presença delas nas diversas dimensões da sociedade,</p><p>resultando, por exemplo, no desenvolvimento dos conceitos de desenho universal e</p><p>acessibilidade cultural.</p><p>Dentre as lutas ganhas podemos</p><p>citar algumas, como a realização, a partir de</p><p>2007, das oficinas “Loucos pela diversidade” e “Nada sobre nós sem nós”, promovidas</p><p>pelo Ministério da Cultura e pela Fiocruz na cidade do Rio de Janeiro, quando foi dada</p><p>a voz para grupos historicamente silenciados poderem delimitar as diretrizes para</p><p>nortear políticas públicas de inclusão que de fato atendessem às suas necessidades.</p><p>Patrícia Dorneles (2018) atribui o marco inicial das abordagens sobre o conceito</p><p>de acessibilidade cultural à realização da Oficina Nacional de Políticas Públicas para</p><p>Pessoas com Deficiência, promovida pelo Ministério da Cultura através da Secretaria</p><p>da Identidade e da Diversidade Cultural, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz</p><p>(FioCruz), no ano de 2008. Dorneles explica que:</p><p>Nesta oficina, o termo Acessibilidade Cultural foi apresentado aos gestores do Ministério</p><p>da Cultura daquele período como um elemento fundamental para pensar a questão da</p><p>relação das políticas culturais e as pessoas com deficiência, para além das políticas de</p><p>fomento, de patrimônio e de difusão das suas produções. Naquele período o termo Aces-</p><p>sibilidade Cultural se constitui em um conceito, e o mesmo manteve a identidade tradu-</p><p>zida por muito tempo como um conceito único e direcionando a expressão Acessibilidade</p><p>Cultural para pessoas com deficiência junto às políticas culturais (Dorneles, 2018, p. 7).</p><p>Esse marco temporal apresentado por Dorneles (2018) revela o quanto o con-</p><p>ceito é novo. É importante ressaltarmos a divulgação e a problematização de to-</p><p>dos os atravessamentos que ele pode provocar, dos caminhos que pode percorrer,</p><p>bem como das diferentes compreensões e interpretações que pode suscitar, visando</p><p>compreender sua amplitude.</p><p>O reconhecimento da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas</p><p>com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo governo brasileiro,</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>36</p><p>a partir do Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, possibilita às pessoas com</p><p>deficiência o pleno gozo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais.</p><p>O DECRETO Nº 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009, DEFENDE A IMPORTÂNCIA DA</p><p>ACESSIBILIDADE NOS MEIOS FÍSICO, SOCIAL, ECONÔMICO E CULTURAL, NA SAÚDE, NA</p><p>EDUCAÇÃO E NA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO.</p><p>Já falamos sobre isso em tópicos anteriores, mas vale a pena lembrar, não é</p><p>mesmo?</p><p>A Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015) explicita uma</p><p>série de conceitos para orientar sua aplicabilidade em diversos setores. Vejamos,</p><p>então, na íntegra, quais são eles:</p><p>ACESSIBILIDADE</p><p>Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autono-</p><p>mia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,</p><p>informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de</p><p>outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de</p><p>uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou</p><p>com mobilidade reduzida.</p><p>DESENHO</p><p>UNIVERSAL</p><p>Concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por</p><p>todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, in-</p><p>cluindo os recursos de tecnologia assistiva.</p><p>TECNOLOGIA</p><p>ASSISTIVA OU</p><p>AJUDA TÉCNICA</p><p>Produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práti-</p><p>cas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade</p><p>e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando</p><p>à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.</p><p>BARREIRA</p><p>Qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a</p><p>participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus</p><p>direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunica-</p><p>ção, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre</p><p>outros (Brasil, 2015, p. 8).</p><p>É importante enfatizar que não podemos compreender o conceito de acessibi-</p><p>lidade cultural como restritivo. A delimitação de um público específico provoca a</p><p>exclusão dos demais públicos, e, assim, percebemos que se trata de uma prática que</p><p>fere os princípios da inclusão. Esse é um conceito em construção que se dá nas vol-</p><p>tas da cultura, pois a cada novo convívio se percebem novas demandas que exigem</p><p>a derrubada de barreiras e a produção de estímulos para a criação artística.</p><p>!</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>37</p><p>Não se trata apenas de promover o acesso de determinados grupos com deficiên-</p><p>cias à cultura por meio de uma ou outra adaptação dos ambientes. Trata-se de acolher</p><p>a luta das pessoas com deficiências e suas especificidades, a fim de que seja possível</p><p>vislumbrar outras vivências (e convivências) entre a sociedade e as pessoas com de-</p><p>ficiência em todas as suas nuances, nas singularidades visíveis e nas imperceptíveis.</p><p>A luta é, pois, para que as pessoas com deficiência não apenas integrem os es-</p><p>paços culturais como espectadores, mas que possam ser propositoras e produtoras</p><p>do fazer artístico e cultural, independentemente de sua especificidade, seja ela qual</p><p>for. O acesso à cultura deve prever, para além de “adequações”, a participação ativa</p><p>da pessoa com deficiência em todos os campos da arte e da cultura.</p><p>Fonte: Ilustração de Dadu Shin - Link de acesso: https://ssir.com.br/saude/por-uma-cultura-do-cuidado</p><p>Será que você já consegue dizer em que consiste a acessibilidade cultural sensorial?</p><p>Glossário</p><p>Acessibilidade cultural sensorial</p><p>Acessibilidade cultural sensorial é um conjunto de estratégias para a inclusão</p><p>de pessoas com deficiência em todas as dimensões das culturas, dando</p><p>condições para que cada pessoa exerça seu papel cidadão de direito e de</p><p>dever, de forma ativa, nas discussões, proposições e produções artísticas e</p><p>culturais, sejam quais forem.</p><p>https://ssir.com.br/saude/por-uma-cultura-do-cuidado</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>38</p><p>É importante que essas estratégias sejam pautadas na ética e nas políticas cul-</p><p>turais e que suas práticas sejam representativas e constituintes, garantindo a auto-</p><p>nomia, a segurança e a integridade humana.</p><p>Saiba Mais</p><p>PCDLegal</p><p>Vale dar uma olhada no site PCDLegal (https://www.pcdlegal.com.br). Lá,</p><p>você encontra documentos importantes, como a LBI, que é sempre referência!</p><p>https://www.pcdlegal.com.br</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>39</p><p>4.2 Experiências de práticas</p><p>acessíveis em espaços culturais,</p><p>acessibilidade estética e</p><p>poéticas acessíveis</p><p>Imagine um final de semana, uma sexta-feira à noite, para ser mais exato, em que</p><p>você pode sair de casa para participar de um evento cultural. Você acessa as páginas</p><p>da internet, visita as redes sociais, os sites especializados em arte e cultura local da</p><p>sua cidade, e lá está a programação cultural que mais chama a sua atenção. Você se</p><p>programa, combina com os amigos, veste aquela roupa conveniente para a ocasião,</p><p>se arruma, sai de casa com seu veículo próprio, ou um transporte de uso coletivo, ou</p><p>pede um carro com o uso de aplicativos e cruza a cidade até chegar a um equipamento</p><p>cultural (um museu, um teatro, um centro cultural, uma arena de shows), enfim, o local</p><p>onde está programado o evento selecionado para sua agenda cultural.</p><p>Ao chegar, logo visualiza os portões de entrada, o local de acesso, rampas, esca-</p><p>das, bem como as sinalizações indicando a bilheteria; vai até lá, adquire seu ingres-</p><p>so, recebe um programa com informações prévias sobre o tão esperado evento, faz</p><p>uma escala no banheiro para que nada interrompa sua experiência, procura a porta</p><p>de entrada, localiza o melhor local para se acomodar, se divertir e se emocionar com</p><p>cada elemento que compõe o produto artístico e cultural que desejou consumir.</p><p>Se for um espetáculo cênico, com certeza se encantará com a dramaturgia, com</p><p>os atores, os cenários, os figurinos, a iluminação,</p><p>a sonoridade e até os cheiros e</p><p>sabores, dependendo do grau de interação da obra com os espectadores. Se for</p><p>uma exposição, a luz, as cores, as texturas, as técnicas, o histórico dos artistas e</p><p>das obras poderão despertar curiosidade e fazer você ficar horas de frente a uma</p><p>obra ou conversando com os artistas e curadores. Se sua imaginação levou você a</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>40</p><p>um cinema, com certeza a fotografia, a trilha e a atuação dos artistas que estão lá</p><p>no “ecrã” farão você rir ou chorar. Se for um show musical, as melodias, harmonias,</p><p>arranjos, timbres vocais e instrumentos musicais farão você transcender as mais va-</p><p>riadas emoções e sensações, com estilos e ritmos distintos. E por aí vai.</p><p>Antes de voltar para casa, você encontra com seus novos e velhos amigos, pois com</p><p>certeza ficou com vontade de comentar e trocar impressões sobre a experiência. Pode</p><p>ter ficado um pouco tarde, mas ainda há tempo de retornar para casa com segurança.</p><p>Pois é, agora imagine se seria possível realizar todas as etapas dessa experiência se</p><p>você se deparasse com algum tipo de barreira? O acesso à internet, em caso de pessoa</p><p>com alguma deficiência sensorial, a ausência de uma série de tecnologias assistivas, a</p><p>distância de sua casa até o espaço cultural, as dificuldades arquitetônicas de acesso e a</p><p>ausência de profissionais especializados que possibilitem a fruição dos bens culturais.</p><p>Talvez essa seja uma discussão utópica, mas trata-se de uma batalha incansável</p><p>e diária, em prol de um Estado mais inclusivo, acessível e democrático. É nesse con-</p><p>texto que a acessibilidade estética se insere.</p><p>Você já entrou em um lugar e sentiu, imediatamente, uma sensação de calma,</p><p>conforto, acolhimento e pertencimento só de olhar ao redor? Isso é o que chama-</p><p>mos de acessibilidade estética, e ela é superimportante! É sobre tornar os espaços</p><p>agradáveis e convidativos para todas as pessoas, de todas as idades e habilidades.</p><p>Práticas acessíveis</p><p>Quando nos esforçamos para criar e tornar os espaços culturais agradáveis e</p><p>acolhedores, estamos promovendo uma sensação de inclusão e igualdade. Estamos</p><p>criando ambientes onde todas as pessoas se sintam bem-vindas e possam desfrutar</p><p>de experiências significativas, independentemente das suas habilidades ou carac-</p><p>terísticas individuais. É emergente e urgente a necessidade da convivência com a</p><p>diversidade. “Acessibilizar espaços culturais é desenvolver ações de inclusão aos</p><p>mais diversos públicos, garantindo não só a questão física, mas a fruição estética”</p><p>(Silva; Mattoso, 2016, p. 233). Para que isso ocorra, as primeiras mudanças precisam</p><p>acontecer nas pessoas, em suas atitudes, com a abertura para novos aprendizados e</p><p>mudanças paradigmáticas. Faz-se necessária uma aproximação mutuamente empá-</p><p>tica, livre de preconceitos e atos capacitistas.</p><p>A partir dessas lutas ganhas, com todas as suas diretrizes, orientações e escla-</p><p>recimentos, podemos nos voltar para os equipamentos culturais, e com um olhar</p><p>mais clínico pode-se sugerir, se não desenhos universais, ao menos adequações que</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>41</p><p>permitam o acesso de um número maior de cidadãos com desejo de mergulhar no</p><p>diverso oceano artístico e cultural que têm o Brasil e o mundo.</p><p>Pensando de forma homogênea, vamos voltar à nossa experiência lá de cima?</p><p>Vamos levantar algumas reflexões.</p><p>Em relação à questão da urbanização, as cidades são planejadas com acessibi-</p><p>lidade? Os equipamentos culturais estão bem distribuídos na cidade ou estão cen-</p><p>tralizados? Em relação à acessibilidade arquitetônica, os espaços possuem rampas</p><p>e escadas? Há elevadores em funcionamento? Há corrimãos, pisos táteis, banheiros</p><p>adaptados ou universais, bilheterias rebaixadas e uma iluminação adequada?</p><p>E em relação aos transportes?</p><p>Os sistemas de trânsito e transportes atendem a todas as pessoas, reconhecendo</p><p>as distâncias e adaptações necessárias para que possam ir e vir com segurança? No que</p><p>se refere às comunicações e informações, as agendas e programações culturais chegam</p><p>a todas as pessoas, por meios diversos que atendam a todas as formas de recepção de</p><p>informações (Libras, braille, audiodescrição, leitores de tela, entre outros)? Essas comu-</p><p>nicações e seus meios tecnológicos permitem interação com todas as pessoas?</p><p>No ato de fruir os bens artísticos e culturais, as ajudas técnicas e/ou a tecnologia</p><p>assistiva estão presentes e disponíveis? Em relação à dimensão atitudinal, no tratamen-</p><p>to interpessoal, o atendimento ao público apresenta um serviço prioritário para aquelas</p><p>pessoas que estão amparadas pela lei, ou o tratamento é por classe? Em relação às bar-</p><p>reiras tecnológicas, os totens de bilhete eletrônico servem a todos a partir do seu design</p><p>e funcionalidade? Os espaços dispõem de equipamentos de audiodescrição?</p><p>A proposta é promover a reflexão para mudanças nas atitudes de todos, para</p><p>que assim se possa receber mais pessoas e possibilitar melhores experiências nos</p><p>eventos culturais. Mas qual o caminho? Será que existe um caminho correto? O que</p><p>podemos fazer para garantir e promover a inclusão social e a efetivação dos meca-</p><p>nismos de acessibilidade?</p><p>Essa é apenas uma provocação e um recorte, enfocando e visando a necessida-</p><p>de e a emergência dos mecanismos e recursos de acesso para todos, com foco na</p><p>formação de público e na garantia da cidadania para a formação da subjetividade e</p><p>dos valores sociais. Portanto, essas são algumas das dimensões de acessibilidade</p><p>estética dispostas na Lei Brasileira de Inclusão, tendo em vista os equipamentos cul-</p><p>turais e suas relações com os espectadores, e lembrando que os espaços precisam</p><p>ser adaptados às pessoas, não o contrário.</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>42</p><p>ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA</p><p>Fachada do Teatro Porto Seguro, no bairro de Campos</p><p>Elíseos, em São Paulo, na época da inauguração. Escadas</p><p>acessíveis com corrimão e degraus largos.</p><p>Vagas de estacionamento: 2% do total de vagas para pes-</p><p>soas com deficiência; 2% do total para pessoas idosas.</p><p>Reserva de espaços para pessoas em cadeira de rodas.</p><p>Teatro Centro Cultural UFG. Portas com vão livre.</p><p>Piso tátil (tipos: alerta e direcional) e escadas acessíveis.</p><p>Sinalizações.</p><p>Mapa tátil em braille: auxilia pessoas com deficiência visual</p><p>ou baixa visão a se orientarem corretamente no espaço.</p><p>Balcões/bilheterias rebaixadas: permitem a visibilidade, a</p><p>comunicação sensorial e a leitura labial.</p><p>https://guia.folha.uol.com.br/teatro/2023/08/teatro-porto-seguro-volta-a-oferecer-servico-gratuito-de-van-para-o-publico.shtml</p><p>https://guia.folha.uol.com.br/teatro/2023/08/teatro-porto-seguro-volta-a-oferecer-servico-gratuito-de-van-para-o-publico.shtml</p><p>https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2744078539-gabarito-pne-cadeirante-60x60cm-sinalizaco-piso-e-parede-_JM</p><p>https://ufg.br/n/111901-edital-de-programacao-do-teatro-do-centro-cultural-para-2019</p><p>https://www.somenteacessibilidade.com.br/sinalizacao-visual-degraus.html</p><p>https://grecodesign.com.br/projeto/teatro-feluma/</p><p>https://portal.ifba.edu.br/irece/ensino/curso-manutencao-industrial/fotos/mapa-tatil_01_ifba_campus-irece.jpg/image_view_fullscreen e https://www.idtech.org.br/uploads//31467_caderno%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o.pdf</p><p>https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/DESENHO_UNIVERSAL_ACESSIBILIDADE_CIDADE_SAO_PAULO_PDF_AC_BAIXA%20-%20BR.pdf</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>43</p><p>ACESSIBILIDADE FÍSICA</p><p>Calçadas/guias rebaixadas</p><p>ACESSIBILIDADE NOS TRANSPORTES</p><p>Transporte público acessível</p><p>Transporte público acessível</p><p>ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL</p><p>Acessibilidade comunicacional:</p><p>Audiodescrição, legendas, janela de Libras, impressão em braille e dublagem são alguns exemplos.</p><p>https://curtamais.com.br/goiania/basileu-franca-abre-inscricoes-em-varios-cursos-para-o-semestre-2020/</p><p>https://www.mobilize.org.br/noticias/1693/mobilidade-para-deficiente-fisico-e-desafio-a-vencer-no-brasil.html</p><p>https://www.mobilize.org.br/noticias/2332/cidades-brasileiras-devem-focar-em-acessibilidade.html</p><p>https://jornalistainclusivo.com/acessibilidade-no-transporte-publico-de-sp/#google_vignette</p><p>https://www.meioemensagem.com.br/comunicacao/a-importancia-da-audiodescricao-para-a-acessibilidade-na-comunicacao</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>44</p><p>ACESSIBILIDADE INFORMACIONAL/TECNOLÓGICA</p><p>“Direito de eliminação de barreiras na disponibilidade de comunicação, de aces-</p><p>so físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da</p><p>informação em formatos alternativos” (Almeida, 2019).</p><p>Equipamentos e programas adequados para a apresentação da informação em formatos alternativos.</p><p>ACESSIBILIDADE ATITUDINAL</p><p>“Refere-se à percepção do outro sem preconceitos, estigmas, estereótipos e dis-</p><p>criminações. Todos os demais tipos de acessibilidade estão relacionados a essa,</p><p>pois é a atitude da pessoa que impulsiona a remoção de barreiras” (Almeida, 2019).</p><p>Fonte: Ricardo Ferraz.</p><p>ttps://conectar360.com.br/desenvolvimento-de-softwares-desenvolvimento-de-softwares-especializados-em-audiodescricao-para-diferentes-plataformas-e-dispositivos/</p><p>https://x.com/cadeiravoadora/status/1104216716106756096</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>45</p><p>Poéticas acessíveis</p><p>Saindo um pouco do âmbito do desenho universal e dos tipos de acessibilidade,</p><p>e percebendo o potencial da presença de pessoas com deficiência na fruição, atua-</p><p>ção, produção e gestão cultural, compreendemos as possibilidades de criação e de</p><p>experiência artísticas, seja como artistas ou como espectadores. Aqui, denominare-</p><p>mos essas possibilidades como poéticas acessíveis.</p><p>As poéticas acessíveis são formas de expressão que buscam tornar as manifes-</p><p>tações artísticas acessíveis e inclusivas para uma ampla gama de públicos, incluindo</p><p>pessoas com deficiências sensoriais, cognitivas ou físicas (Santana, Dornelles e Dal-</p><p>la Déa, 2023). Esse conceito visa romper barreiras e permitir que todas as pessoas</p><p>possam desfrutar e se envolver com a arte de maneira significativa, independente-</p><p>mente das suas habilidades ou limitações. O objetivo das poéticas acessíveis não é</p><p>apenas tornar a arte mais acessível, mas também ampliar sua audiência e enrique-</p><p>cer a experiência artística para todos os envolvidos.</p><p>Glossário</p><p>Poéticas acessíveis</p><p>Conceito abordado pelas pesquisadoras e professoras Marlini Dorneles</p><p>de Lima e Vanessa Dalla Déa a partir de encontros, trocas de saberes,</p><p>produções de conhecimentos e expressões artísticas possibilitadas pelos</p><p>movimentos construídos por artistas e pessoas com e sem deficiência na</p><p>cidade de Goiânia/GO. Esses movimentos fortaleceram as pessoas envolvidas</p><p>e acolheram em busca de novos caminhos e formas de compreender quem</p><p>são os corpos criadores e espectadores em meio à diversidade reconhecida,</p><p>tornando possível a busca por outras formas de criar com e para a</p><p>diversidade de corpos, percepções e expressões que, aos poucos, foram</p><p>sendo compreendidas como poéticas acessíveis.</p><p>Ao promover de forma democrática as linguagens cênicas inclusivas, reconhe-</p><p>ce-se a existência de uma diversidade corpórea e sensorial em relação ao lugar do</p><p>artista-criador, tornando-as ações de formação de agentes culturais que movimen-</p><p>tam as engrenagens da cultura com criticidade e empatia, promovendo a inclusão e</p><p>a igualdade de acesso e garantindo que todos tenham a oportunidade de participar</p><p>plenamente da vida cultural da sociedade.</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>46</p><p>Nessa mesma direção, sugerimos que você crie oportunidades de acompanhar</p><p>as ideias e as produções de artistas criadores como Edu O., Moira Braga (atriz, baila-</p><p>rina, performer), Jessica Teixeira (atriz, dramaturga, performer), Estela Lapponi (atriz,</p><p>performer, videoartista), Felipe Monteiro (performer), Carolina Teixeira (bailarina,</p><p>performer), Ariadne Antico (palhaça), Edgar Jacques (ator, dramaturgo), Leo Casti-</p><p>lho (ator, poeta, performer), Giovanni Venturini (ator, poeta e dramaturgo) e tantos</p><p>outros. Com certeza, esses contatos podem nos ajudar a rever nossas concepções e</p><p>práticas culturais relacionadas às pessoas com deficiência.</p><p>Enquanto desafio, devemos considerar a deficiência como manifestação de pro-</p><p>vocações poéticas e estéticas que atravessam o próprio universo da arte, no sentido</p><p>da constituição das formas históricas e sociais que a arte representa e que referen-</p><p>ciam o corpo e a própria deficiência.</p><p>Camila Alves, psicóloga, psicoterapeuta corporal, doutora em psicologia social e</p><p>consultora em acessibilidade estética, no vídeo “E se experimentássemos mais?”, diz</p><p>que a acessibilidade estética pode ser vista/tida como um modo de criar conexões e</p><p>vínculos perante as contingências de nossas multiplicidades corporais e comporta-</p><p>mentais. Isso, inclusive, implica no tensionamento da lógica capacitista que sustenta</p><p>nossos modos de organização no dia a dia. Ela complementa que é necessário desco-</p><p>brirmos formas de estar e fazer, juntas e juntos, coisas que considerem as múltiplas</p><p>corporalidades e comportamentos. É preciso, ainda, estarmos abertos à transformação</p><p>e ampliação de nossos próprios padrões – perceptivos, cognitivos, comunicacionais e</p><p>corporais. Ela também aborda discussões atuais sobre o modelo social da deficiência</p><p>como abordagem fundamental para enfrentarmos um mundo capacitista.</p><p>Fica a dica!</p><p>E se experimentássemos mais?</p><p>com Camila Alves.</p><p>ASSISTA AQUI</p><p>A atividade integra o ciclo “A arte da acessibilidade”, organizado por Amanda</p><p>Mittz, no qual arte-educadores que são pessoas com deficiência apresentam as suas</p><p>visões sobre acessibilidade e inclusão e compartilham suas experiências e vivências</p><p>no setor cultural.</p><p>YouTube</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CtyxellmXUE</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>47</p><p>A dimensão política das práticas (e das reflexões) de artistas e grupos com pes-</p><p>soas com deficiência representa uma intervenção no próprio campo da arte ao res-</p><p>significá-la e problematizá-la. Então, quando falamos sobre artistas e grupos de pes-</p><p>soas com deficiência, estamos falando de algo bem importante. Eles não só estão</p><p>criando arte, mas reestruturando a própria forma de criá-la. A classe está ressignifi-</p><p>cando e levantando questões nas quais talvez ninguém tenha pensado antes.</p><p>Por exemplo, não dá para ignorar que esses artistas com deficiência têm suas</p><p>próprias experiências, com todos os desafios e opressões que enfrentam. A arte</p><p>que fazem muitas vezes reflete essas vivências. Eles estão trazendo à tona essas</p><p>questões e mostrando como a deficiência pode ser vista de uma forma diferente, ou</p><p>seja, mais artística. O que está em questão é entender a deficiência como expressão,</p><p>estética mesmo. Trata-se de ampliar nossos horizontes sobre o que é arte e quem</p><p>pode fazer parte dela.</p><p>Então, quando pensamos em encontros cênicos com artistas com deficiência, é</p><p>importante levar em conta essa ideia. Em vez de focar na falta ou na superação, de-</p><p>vemos valorizar as experiências e descobertas que esses corpos trazem para o palco.</p><p>É como se fosse a arte entre o que esperamos e o que esses corpos nos mostram que</p><p>são capazes de fazer. O que importa mesmo é a conexão e o convívio que acontecem</p><p>nesses encontros.</p><p>É uma troca, e deveríamos seguir essa energia de convergência, sem ficarmos</p><p>presos a ideias preconcebidas sobre habilidade ou superação. É sobre abrir espaço</p><p>para novas formas de ver e sentir o mundo da arte.</p><p>Bom, vimos muitos pontos interessantes e superimportantes sobre acessibilida-</p><p>de cultural, não é mesmo? As experiências e vivências tornam tudo mais inclusivo e</p><p>acessível para todos. E isso não é importante só para quem está assistindo na pla-</p><p>teia; é crucial, também, para os artistas, produtores, gestores de cultura, fazedores</p><p>de arte no geral. Ao pensar em acessibilidade cultural, podemos criar novas ideias</p><p>e formas de fazer arte e cultura em todos os lugares.</p><p>É uma forma de garantir que</p><p>todos tenham acesso à arte, à cultura e à educação.</p><p>É evidente que essas ideias não são as únicas possíveis, mas indicam um come-</p><p>ço! É importante identificar como as linguagens artísticas estão se transformando,</p><p>graças ao trabalho de artistas, pesquisadores e profissionais que estão abertos a</p><p>reconhecer a importância da inclusão e do acesso.</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>48</p><p>Em suma, é essencial que não percamos de vista o encontro como fundamento do</p><p>exercício alteritário de estar com o outro e com nós mesmos, em um movimento de res-</p><p>significação permanente da forma como encaramos o corpo, a arte, o mundo e aquelas</p><p>pessoas que não se enquadram no padrão normativo socialmente estabelecido.</p><p>Material complementar</p><p>Consulte os materiais complementares e assista aos vídeos indicados, de forma</p><p>a ampliar a sua visão sobre o tema.</p><p>FILME</p><p>Coda: no ritmo do coração. Direção: Sian Heder. Produção: Philippe Rousselet e outros. Intérpretes: Emi-</p><p>lia Jones, Eugenio Derbez, Troy Kotsur, Ferdia Walsh-Peelo e outros. Roteiro: Sian Heder. Música: Marius</p><p>de Vries. Sundance: Pathé Films; Vendôme Group, 2021. 111 min, color.</p><p>DOCUMENTÁRIO</p><p>A Pessoa é Para o Que Nasce. [S. l. : s. n.], 2020. 1 vídeo (89 min).</p><p>Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8W1pQK0Mb6c. Acesso em: 23 maio 2024.</p><p>VÍDEO</p><p>Lepedi em ação: Desvendando o Universo da Surdocegueira: Raffaela Lupetina. [S. l. : s. n], 2020. 1 vídeo</p><p>(15 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8KL3xl2VEl4. Acesso em: 23 maio 2024.</p><p>VÍDEO</p><p>O país dos Surdos (Legendado). [S. l. : s. n], 2018. 1 vídeo (94 min).</p><p>Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1--GAZg3MOg. Acesso em: 23 maio 2024.</p><p>VÍDEO</p><p>PROCENA - Webinário 1: Papo #PraCegoVer. [S. l. : s. n], 2020a. 1 vídeo (82 min). Disponível em: https://</p><p>www.youtube.com/watch?v=aXljzBcw6Ps&t=37s. Acesso em: 6 maio 2024.</p><p>VÍDEO</p><p>PROCENA - Webinário 3: Formação em dança e recursos de acessibilidade. [S. l. : s. n], 2020b. 1 vídeo (96</p><p>min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fLgvcKSKMXs. Acesso em: 6 maio 2024.</p><p>VÍDEO</p><p>WORKSHOP E se experimentássemos mais? com audiodescrição. [S. l. : s. n], 2021. 1 vídeo (49 min). Dis-</p><p>ponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CtyxellmXUE&t=17s. Acesso em: 6 maio 2024.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8W1pQK0Mb6c</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8KL3xl2VEl4</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=1--GAZg3MOg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=aXljzBcw6Ps&t=37s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=aXljzBcw6Ps&t=37s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=fLgvcKSKMXs</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CtyxellmXUE&t=17s</p><p>CURSO FIC</p><p>ACESSIBILIDADE CULTURAL</p><p>TÓPICO 4</p><p>ACESSIBILIDADE SENSORIAL</p><p>49</p><p>Referências</p><p>ALMEIDA, Marina S. R. Tipos de acessibilidade. Instituto Inclusão Brasil, São Vicente, SP, 4</p><p>jun. 2019. Disponível em: https://institutoinclusaobrasil.com.br/tipos-de-acessibilidade/.</p><p>Acesso em: 8 jun. 2024.</p><p>BRASIL. Lei n° 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa</p><p>com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Diário Oficial da União,</p><p>2015.</p><p>COMITÊ DEFICIÊNCIA E ACESSIBILIDADE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA. Con-</p><p>tracartilha de acessibilidade: reconfigurando o corpo e a sociedade. ABA; ANPOCS; UERJ;</p><p>ANIS; CONATUS; NACI: Brasília; São Paulo; Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://ichf.</p><p>uff.br/wp-content/uploads/sites/121/2023/10/Contracartilha-de-acessibilidade_-reconfi-</p><p>gurando-o-corpo-e-a-sociedade.pdf. Acesso em: 8 jun. 2024.</p><p>DORNELES, P. S.; CARVALHO, C. R. A.; SILVA, A. C. C.; MEFANO, V. Do direito cultural das pessoas</p><p>com deficiência. Revista de Políticas Públicas, v. 22, n. 1, p. 138-154, 2018. Disponível em: ht-</p><p>tps://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/9225. Acesso em:</p><p>19 maio 2024.</p><p>CAMBIAGHI, Silvana; CARLETTO, Ana Claudia. Desenho Universal: um conceito para to-</p><p>dos. Portal Mara Gabrilli, 2016. Disponível em: https://maragabrilli.com.br/wp-content/</p><p>uploads/2016/01/universal_web-1.pdf. Acesso em: 21 jun. 2024.</p><p>HAMRAIE, Aimie. Building access: universal design and the politics of disability. 3. ed. Min-</p><p>neapolis: University of Minnesota Press, 2017.</p><p>SANTANA, Thiago de Lemos; LIMA, Marlini Dorneles de; DÉA, Vanessa Helena Santana Dalla.</p><p>Poéticas acessíveis no Cerrado: encontros, criações e experiências em Artes da Cena. Pitá-</p><p>goras 500, Campinas, v. 13, p. e023007, 2023. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.</p><p>br/ojs/index.php/pit500/article/view/8673459. Acesso em: 23 maio 2024.</p><p>SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.</p><p>SILVA, Emerson de Paula; MATTOSO, Verônica de Andrade. Arte/Educação e acessibilidade</p><p>cultural: uma encruzilhada epistemológica. In: OLIVEIRA, Francisco Nilton Gomes de; HO-</p><p>LANDA, Gerda de Souza; DORNELES, Patrícia Silva; MELO, Juliana Valéria de (org.). Acessi-</p><p>bilidade cultural no Brasil: narrativas e vivências em ambientes sociais. Rio de Janeiro:</p><p>Multifoco, 2016. p. 213-247.</p><p>https://institutoinclusaobrasil.com.br/tipos-de-acessibilidade/</p><p>https://ichf.uff.br/wp-content/uploads/sites/121/2023/10/Contracartilha-de-acessibilidade_-reconfigurando-o-corpo-e-a-sociedade.pdf</p><p>https://ichf.uff.br/wp-content/uploads/sites/121/2023/10/Contracartilha-de-acessibilidade_-reconfigurando-o-corpo-e-a-sociedade.pdf</p><p>https://ichf.uff.br/wp-content/uploads/sites/121/2023/10/Contracartilha-de-acessibilidade_-reconfigurando-o-corpo-e-a-sociedade.pdf</p><p>https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/9225</p><p>https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/9225</p><p>https://maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/01/universal_web-1.pdf</p><p>https://maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/01/universal_web-1.pdf</p><p>https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/pit500/article/view/8673459</p><p>https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/pit500/article/view/8673459</p><p>4.1 Acessibilidade sensorial</p><p>4.2 Experiências de práticas acessíveis em espaços culturais, acessibilidade estética e poéticas acessíveis</p>