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<p>BENS PÚBLICOS</p><p> DOMÍNIO PÚBLICO: Sentido amplo  É um poder de dominação ou de regulamentação</p><p>que o Estado exerce sobre bens de seu patrimônio (bens públicos) ou sobre bens de</p><p>patrimônio privado.</p><p> DOMÍNIO EMINENTE: É uma prerrogativa decorrente da soberania do Estado </p><p>Autoriza que o Estado exerça um poder em relação a todos os bens localizados em um</p><p>território;</p><p>o Embora o Estado não seja proprietário, ele pode fiscalizar e regulamentar esses</p><p>bens  Ex) Poder de polícia.</p><p> DOMÍNIO PÚBLICO PATRIMONIAL: Sentido estrito  Refere-se ao direito de</p><p>propriedade do Estado, englobando todos os bens das pessoas estatais;</p><p>o Aqui fala-se propriamente em bens públicos (domínio).</p><p>CONCEITO:</p><p> Art. 98 CC:</p><p>Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público</p><p>interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.</p><p>o São aqueles integrantes do patrimônio das pessoas jurídicas de direito público</p><p>(União, Estados, DF, Municípios, autarquias e fundações estatais de direito público)</p><p> Esse conceito é baseado na titularidade.</p><p> CONCEITO DOUTRINÁRIO (DIVERGÊNCIA):</p><p>o 1ª POSIÇÃO (EXCLUSIVISTA): Adota somente o conceito legal;</p><p>o 2ª POSIÇÃO (INCLUSIVISTA): Todos os bens da Adm. Pública (seja direta ou</p><p>indireta);</p><p>o 3ª POSIÇÃO (MISTA): Conceito legal + Bens pertencentes às pessoas jurídicas de</p><p>direito privado afetados à prestação de serviços públicos;</p><p> TESE STJ:</p><p>Os bens integrantes do acervo patrimonial de sociedades de economia mista sujeitos a uma destinação</p><p>pública equiparam-se a bens públicos, sendo, portanto, insuscetíveis de serem adquiridos por meio de</p><p>usucapião.</p><p>CLASSIFICAÇÃO:</p><p> QUANTO À TITULARIDADE:</p><p>o FEDERAIS (art. 20 CF): Não é um rol taxativo  Sempre possível incluir + bens;</p><p> TERRAS DEVOLUTAS: Em regra pertencem aos Estados-Membros, porém são</p><p>federais aquelas indispensáveis à defesa de fronteiras, fortificações e</p><p>construções militares  Significa terras devolvidas (não possuem destinação</p><p>pública específica);</p><p> LAGOS, RIOS E CORRENTES D’ÁGUA (REGRAS): Se banha mais de um Estado,</p><p>se faz limite com outro país, se vai ou vem de outro país  É da União;</p><p> ILHAS FLUVIAIS (situadas em rios) E ILHAS LACUSTRES (situadas em lagos):</p><p>Quando estiverem nas zonas limítrofes com outros países;</p><p> ILHAS OCEÂNICAS (alto-mar) E COSTEIRAS (próximas ao continente): Via de</p><p>regra pertencem à União, salvo as que contenham sede de Municípios;</p><p> Obs: Mesmo se for sede de Município, tendo área de serviço público</p><p>federal ou de preservação ambiental federal, continuará sendo da</p><p>União;</p><p> PLATAFORMA CONTINENTAL E ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA (ZEE):</p><p>Compreende leito e subsolo das áreas submarinas que estendem além do mar</p><p>territorial  Estende das 12 às 200 milhas náuticas (aprox. 370km);</p><p> Todos os recursos são da União;</p><p> MAR TERRITORIAL: É território brasileiro  Extensão de 12 milhas náuticas</p><p>(aprox. 22km);</p><p> Ex) Se uma pessoa nasce nesse território, é brasileiro nato; Se um crime</p><p>acontece em embarcação no mar territorial, ocorreu em solo brasileiro;</p><p> Zona Contígua: Espaço marítimo imediatamente adjacente ao mar</p><p>territorial  Estende das 12 às 24 milhas náuticas;</p><p> TERRENOS DA MARINHA E SEUS ACRESCIDOS: São terrenos em uma</p><p>profundidade de 33m, medidos horizontalmente, para a parte da terra  Os</p><p>acrescidos são os que tiverem formado natural/artificialmente, para o lado</p><p>do mar/rio/lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha (arts. 2º e 3º DL</p><p>9.760/46);</p><p> POTENCIAIS DE ENERGIA HIDRÁULICA: Fontes que produzem a energia por</p><p>meio de água  Sua utilização, para fins de exploração industrial, está sujeita</p><p>ao sistema de autorização e concessão;</p><p> RECURSOS MINERAIS: Podem estar na superfície ou no subsolo  A pesquisa,</p><p>exploração ou aproveitamento necessitam de autorização e concessão pela</p><p>União, mesmo em terras privadas;</p><p> CAVIDADES NATURAIS E SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS: Cavernas e grutas, ou</p><p>sítio arqueológicos e pré-históricos onde se encontram vestígios de</p><p>civilizações pré-históricas;</p><p> TERRAS OCUPADAS POR ÍNDIOS: Quando ocupadas tradicionalmente</p><p>pertencem à União (art. 231, §1º. CF).</p><p>o ESTADUAIS E DISTRITAIS (art. 26 CF): Não é um rol taxativo;</p><p>Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:</p><p>I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósit o, ressalvadas, neste caso,</p><p>na forma da lei, as decorrentes de obras da União;</p><p>II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio , excluídas aquelas sob</p><p>domínio da União, Municípios ou terceiros;</p><p>III – as i lhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;</p><p>IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União .</p><p> Art. 15 ADCT:</p><p>Art. 15. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha , sendo sua área reincorporada ao</p><p>Estado de Pernambuco.</p><p>o MUNICIPAIS: Não foram estabelecidos pela CF  Pertencem aos municípios</p><p>aqueles bens em suas linhas territoriais e que não sejam de titularidade da União</p><p>ou Estados (Ex: Ruas, jardins públicos, edifícios públicos, etc., ...).</p><p>QUANTO À NATUREZA (art. 99 CC):</p><p> BENS DE USO COMUM DO POVO: São bens destinados ao uso coletivo  Dispensam</p><p>consentimento individualizado por parte da Adm. para que possam ser utilizados;</p><p>o Bens afetados  Inalienáveis (enquanto conservarem essa qualificação – art. 100</p><p>CC);</p><p>o Ex) Rios, mares, estradas, ruas e praças;</p><p> BENS DE USO ESPECIAL: Destinam-se à prestação dos serviços administrativos  São</p><p>bens vinculados ao exercício de alguma atividade administrativa;</p><p>o Bens afetados  Inalienáveis (enquanto conservarem essa qualificação – art. 100</p><p>CC);</p><p>o São impenhoráveis e não sujeitos a usucapião;</p><p>o Ex) Edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da Adm., veículos</p><p>oficiais, prédios e bibliotecas públicas, terras tradicionalmente ocupadas por</p><p>índios, etc., ...</p><p> BENS DOMINICAIS: Não possuem uma destinação específica  É um bem público mas</p><p>que não são destinados para uso da coletividade, nem vinculados a prestação de</p><p>atividades administrativas;</p><p>o Ex) Terras devolutas, terrenos da marinha e seus acrescidos, terrenos marginais,</p><p>um lote que a União tenha e não está usando para nada, nem é para uso da</p><p>sociedade (“um terreno ocioso”), etc., ...</p><p>o Desafetados  Alienáveis respeitadas as exigências legais (art. 101 CC);</p><p>o Submetem-se a um regime jurídico de direito privado, mas derrogado parcialmente</p><p>pelo direito público  Ex) Não é possível usucapião;</p><p> AFETAÇÃO: Ato ou fato por meio do qual um bem, não vinculado a um fim específico,</p><p>passa a sofrer destinação ao fim público, tornando-se bem de uso comum do povo ou</p><p>de uso especial;</p><p>o Pode ocorrer:</p><p> Via legal;</p><p> Ato administrativo;</p><p> Fato administrativo.</p><p> DESAFETAÇÃO: Ato ou fato pelo qual um bem vinculado ao uso coletivo ou ao uso</p><p>especial tem suprimida sua destinação pública;</p><p>o Pode ocorrer:</p><p> Via legal;</p><p> Ato administrativo;</p><p> Fato administrativo.</p><p>CARACTERÍSTICAS:</p><p> INALIENABILIDADE: Impossibilidade de transferência para terceiros  Essa</p><p>característica não é absoluta;</p><p>o Art. 100 CC: Os de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis</p><p>enquanto conservarem essa qualificação;</p><p>o ALIENAÇÃO: 1º Desafetação  Justificação/motivo  Avaliação prévia </p><p>Licitação  Autorização legislativa para bens imóveis;</p><p> Exceção: Bens indisponíveis de maneira absoluta  Art. 225, §5º CF e art. 231,</p><p>§4º CF;</p><p>o LIMITES/CRITÉRIOS ESPECIAIS:</p><p> Art. 188, §§1º e 2º CF: Aprovação do Congresso nacional para alienação de</p><p>terras públicas com + de 2500 hectares;</p><p> Art. 20, §2º CF: Limitações na faixa de fronteira (150 km);</p><p> Súm. 477 STF: Terras devolutas na faixa de fronteira  Apenas para uso do</p><p>particular;</p><p>SÚMULA 477 - AS CONCESSÕES DE TERRAS DEVOLUTAS SITUADAS NA FAIXA DE FRONTEIRA, FEITAS</p><p>PELOS ESTADOS, AUTORIZAM, APENAS, O USO, PERMANECENDO O DOMÍNIO COM A UNIÃO, AINDA QUE</p><p>SE</p><p>MANTENHA INERTE OU TOLERANTE, EM RELAÇÃO AOS POSSUIDORES.</p><p> IMPENHORABILIDADE: Diante de uma execução promovida em desfavor daqueles que</p><p>são titulares de bens públicos, o juiz não poderá determinar a penhora dos bens da</p><p>entidade;</p><p>o Art. 102 CC: Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião;</p><p>o Súm. 340 STF:</p><p>SÚMULA 340 – DESDE A VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL, OS BENS DOMINICAIS, COMO OS DEMAIS BENS</p><p>PÚBLICOS, NÃO PODEM SER ADQUIRIDOS POR USUCAPIÃO .</p><p>FORMAS DE USO DO BEM PÚBLICO:</p><p> USO COMUM: É aquele que todos podem, igualmente, utilizar o bem, dispensando, em</p><p>regra, manifestação do Poder Público;</p><p>o Art. 103 CC: Pode ser gratuito ou oneroso;</p><p>o A utilização é submetida ao poder de polícia;</p><p>o MODALIDADES:</p><p> Normal/Ordinário: É a utilização conforme a destinação do bem;</p><p> Anormal/Extraordinária: Atende finalidade diversa a destinação do bem </p><p>Só pode ser concedido se não afetar o uso principal.</p><p> USO ESPECIAL: Quando a utilização é feita pela própria Adm. Pública ou por indivíduos</p><p>determinados, que cumprem alguns requisitos;</p><p>o Continua sendo aberta a todos, mas os requisitos devem ser cumpridos.</p><p>o USO PRIVATIVO: Consiste na utilização, em caráter exclusivo, de um bem público</p><p>pelo particular, mediante consentimento estatal prévio  Privatividade;</p><p>o Pode ser concedido a pessoas físicas ou jurídicas;</p><p>o Precariedade: Não se adquire o bem e a qualquer momento pode ser revogado;</p><p>o Regime jurídico de direito público;</p><p>o Instrumentalidade formal: Precisa de um instrumento jurídico para formalizar o</p><p>uso.</p><p> INSTRUMENTOS:</p><p>o AUTORIZAÇÃO DE USO: É o consentimento dado Adm. Pública para que</p><p>determinada pessoa utilize o bem privativamente;</p><p> Interesse predominantemente particular;</p><p> Ato discricionário: Depende de conveniência e oportunidade  Não existe</p><p>direito subjetivo público;</p><p> Ato precário: Pode ser revogado a qualquer tempo, independente de</p><p>indenização;</p><p> Ato oneroso ou gratuito;</p><p> Pode ser condicionada: Em regra, não tem prazo  Se tiver prazo e houver</p><p>revogação, terá indenização;</p><p> Dispensa licitação;</p><p> Ex) Autorização para fechamento de ruas.</p><p>o PERMISSÃO DE USO: É o consentimento dado pela Adm. Pública para que a pessoa</p><p>utilize privativamente o bem;</p><p> Interesse predominantemente público;</p><p> Ato discricionário: Conforme conveniência e oportunidade da Adm. Pública;</p><p> Ato precário: Pode ser revogado a qualquer tempo;</p><p> Ato oneroso ou gratuito;</p><p> Pode ser condicionada: Em regra, não tem prazo  Se tiver prazo e houver</p><p>revogação, terá indenização;</p><p> Em regra, exige licitação;</p><p> Ex) Permissão para uso de praça para feira de artesanato.</p><p>o CONCESSÃO DE USO: É um contrato administrativo (obrigacional) que tem por</p><p>objetivo consentir o uso de bem público de forma privativa;</p><p> Pode ser para interesse público ou do particular;</p><p> É utilizado para atividades que demandem maior tempo;</p><p> Exige licitação porque é contrato;</p><p> Ex) Exploração de grandes infraestruturas por empresas privadas.</p><p>o CESSÃO DE USO: É a transferência do uso de bens públicos entre entidades da Adm.</p><p>Pública direta ou indireta, ou entre Adm. Pública e pessoas de direito privado sem</p><p>fins lucrativos;</p><p> Normalmente ocorre de maneira gratuita;</p><p> Possível contrapartida: Realização de melhoria do bem.</p>

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