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<p>Resumo Executivo – Março/2024</p><p>Treinamento em Drones Classe II (PMD 25kg até 150kg) com certificação de</p><p>curso para aplicação aeroagrícola remota -CAAR</p><p>Classificação: Direcionado</p><p>Introdução</p><p>A crescente demanda no ecossistema agropecuário</p><p>mundial por técnicas de manejo integrado de pragas e</p><p>vegetação em suas dependências e culturas, promoveu</p><p>inovações e pesquisa em vários segmentos, e um desses</p><p>segmentos que se destacou, sobretudo no Brasil, foram os</p><p>drones de Pulverização.</p><p>Esses drones, bem mais robustos e sensíveis que os drones</p><p>comumente utilizados em inspeções de linhas aéreas de</p><p>transmissão (IS-AT/PM-LT-0056), ganham espaços no</p><p>mercado à medida que agricultores e pecuaristas avaliam o</p><p>custo-benefício de sua utilização, frente a outras técnicas</p><p>mais tradicionais como: aeronaves, bombas costais,</p><p>mangueira, etc.</p><p>No que diz respeito aos Drones, chamados de ARP –</p><p>Aeronaves Remotamente Pilotadas, estão divididos em</p><p>classes, baseadas no seu PMD – Peso Máximo de Decolagem</p><p>(Erro! Fonte de referência não encontrada.), no tipo de asa (Erro! Fonte de referência não</p><p>encontrada.) e no tipo de decolagem.</p><p>1. Classificação quanto ao PMD</p><p>O PMD é composto pelo peso da ARP e todos os componentes e acessórios utilizados no momento de</p><p>sua decolagem. No caso das ARP de pulverização, seria calculado como a soma dos pesos da ARP e da</p><p>quantidade total do produto que pode ser carregado em seu tanque. É importante ressaltar que o</p><p>PMD é equivalente à TARA dos veículos terrestres, ou seja, é a soma entre o peso do equipamento e</p><p>acessórios, e a carga que ele suporta, conforme representação na Figura 1.</p><p>• Classe 1 – PMD acima de 150kg</p><p>• Classe 2 – PMD entre 25kg e 150kg</p><p>• Classe 3 – PMD entre 250g e 25kg</p><p>Figura 1 - Classificação dos RPAS quanto ao PMD</p><p>Resumo Executivo – Março/2024</p><p>Treinamento em Drones Classe II (PMD 25kg até 150kg) com certificação de</p><p>curso para aplicação aeroagrícola remota -CAAR</p><p>Classificação: Direcionado</p><p>2. Classificação quanto ao tipo de asa:</p><p>O tipo de asa muda bastante o controle e a física de funcionamento das aeronaves, sendo que</p><p>geralmente as ARP de asa móvel são mais facilmente controláveis, por conseguirem ficar pairando no</p><p>ar, sem a necessidade de interferência do piloto, conforme mostra a representação na Figura 2.</p><p>• Asa fixa – similar aos aviões</p><p>• Asa móvel – similar aos helicópteros</p><p>Figura 2 - Classificação dos RPAS quanto ao tipo de asa</p><p>3. Classificação quanto ao tipo de decolagem:</p><p>• VTOL – Decolagem Vertical</p><p>• HTOL – Decolagem Horizontal</p><p>A decolagem vertical está mais comumente associada às aeronaves de asa móvel, enquanto a</p><p>decolagem horizontal está mais comumente associada às aeronaves de asa fixa, mas não é uma regra.</p><p>Motivação do uso tecnologia na Cemig</p><p>Na CEMIG, a utilização dessas ARP de classe 2 está mais associada à limpeza</p><p>de faixa de Linhas Aéreas, e outras aplicações específicas, como é o caso do</p><p>P&D Aneel GT0670 “Solução Autônoma integrada para instalação e</p><p>manutenção de esferas de sinalização em linhas de transmissão e</p><p>distribuição”, que utiliza uma ARP para instalação de esferas de sinalização</p><p>e/ou usá-lo para limpeza das esferas de sinalização, que em seu PMD</p><p>ultrapassa os 25kg.</p><p>Mediante essas possibilidades, e pensando em outras possíveis aplicações</p><p>dessa classe de aeronaves, por meio de um projeto de engenharia na AT/PM</p><p>– Parte I, entre Janeiro/23 e Março/24, a transmissão da Cemig GT em</p><p>Resumo Executivo – Março/2024</p><p>Treinamento em Drones Classe II (PMD 25kg até 150kg) com certificação de</p><p>curso para aplicação aeroagrícola remota -CAAR</p><p>Classificação: Direcionado</p><p>parceria com a UniverCemig elaborou um escopo de treinamento técnico com contratação no</p><p>mercado de drones de uma empresa capacitada em executar treinamentos. Assim, diversos</p><p>empregados da CEMIG participaram dos módulos de treinamento para a operação segura dessas ARP.</p><p>Porém, para a aplicação de agrotóxicos, a regulamento não é tão simples. Muito se pensa que somente</p><p>adquirir a ARP e aplicar os produtos agrotóxicos é o suficiente, porém muitas são as exigências. Uma</p><p>dessas exigências é o Curso de Aplicador Aeroagrícola Remoto – CAAR que foi ministrado no 3º módulo</p><p>do treinamento técnico das equipes da Cemig. Nesse curso, os treinandos são instruídos acerca da</p><p>legislação de agrotóxicos, os EPIs necessários para manuseio e aplicação, quais os tipos de agrotóxicos,</p><p>modais de aplicação, e várias outras informações acerca de sua importância, riscos e aplicações.</p><p>Aplicabilidade</p><p>Os drones de classe II (PMD entre 25 e 150kg), como já dito, são, em sua maioria, voltados ao</p><p>agronegócio. Nesse contexto, a utilização dessa classe de drones se inicia na aplicação de produtos</p><p>para MIV – Manejo Integrado (ou inteligente) de Vegetação, que é um projeto em contínuo</p><p>desenvolvimento pela AT/PM.</p><p>A Técnica do MIV, principalmente para a CEMIG, consiste em aplicações recorrentes de agroquímicos</p><p>na vegetação, a fim de controlar o seu crescimento, e manter a faixa de servidão com predominância</p><p>de espécies de gramíneas.</p><p>Quanto mais baixa é a vegetação, melhor o controle, e maior a confiabilidade do ativo, já que uma</p><p>vegetação muito densa propicia maiores chances do desarme do ativo por proximidade da vegetação</p><p>ou queimadas (ionização do ar). Atualmente, os agroquímicos para o MIV são aplicados via</p><p>equipamento costal, ou seja, o aplicador carrega uma quantidade de produto nas costas, em um</p><p>reservatório, junto com sistema de bombeamento. Esse equipamento é pesado, e necessita da</p><p>abertura prévia de um caminho pela vegetação para viabilizar sua utilização.</p><p>A ideia da utilização de drones é aumentar a produtividade e efetividade da aplicação, já que o drone</p><p>cobre uma área muito maior em menor tempo. Outras vantagens observadas são:</p><p>✓ reduzir o desperdício de produto, uma vez que com o drone garante-se que o produto irá</p><p>atingir as folhas da vegetação e não o solo;</p><p>✓ aumentar a segurança da aplicação, retirando o aplicador do local de aplicação, permitindo</p><p>aplicação remota;</p><p>✓ qualificação da Mão-de-Obra, pois os operadores de drones devem ser treinados para a</p><p>operação dessas aeronaves e devem realizar o CAAR, para que estejam habilitados a</p><p>pulverizar com os drones.</p><p>Os números do Treinamento</p><p>O treinamento teórico foi realizado em plataforma digital da empresa T4Drones, e a parte do</p><p>treinamento prático, foi executado na UniverCemig. Esse treinamento habilitou os empregados da</p><p>Cemig na operação de drones de pulverização de Classe II, e contou com a familiarização dos</p><p>operadores com drones menores, ambientação aos comandos destes, apresentação do equipamento</p><p>DJI Agras T10 e do seu controle.</p><p>Resumo Executivo – Março/2024</p><p>Treinamento em Drones Classe II (PMD 25kg até 150kg) com certificação de</p><p>curso para aplicação aeroagrícola remota -CAAR</p><p>Classificação: Direcionado</p><p>Foram realizadas atividades de pilotagem do T10, em circuitos controlados, em VLOS (Visual Line of</p><p>Sight) e EVLOS (Extended Visual Line of Sight), com a presença de observador, a fim de garantir que as</p><p>situações encontradas durante a pulverização fossem atendidas.</p><p>Após o treinamento, os empregados treinados estão habilitados para operação de drones para</p><p>atividades de pulverização para o uso no setor de energia elétrica. Isso mostra que a Cemig atua na</p><p>vanguarda desse setor, sempre buscando as melhores condições e tecnologias para execução das</p><p>tarefas e manutenção por meio das equipes de campo. A seguir, estratificação das horas das equipes</p><p>que participaram desse investimento em treinamento.</p><p>Módulo I: Operações de RPAS Não-recreativas – 60 horas</p><p>ALLAN HENRIQUE GOMES – Téc. Manut. Linhas Aéreas Distribuição</p><p>ALTAIR LEONCIO MELO – Consultor P&D GT0670</p><p>DANIEL DE OLIVEIRA SILVA – Engenheiro Sistema Elétrico de Ativos de Transmissão</p><p>GABRIEL ARAUJO DE OLIVEIRA CAMPOS - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>GUILHERME BRAGA BRANGIONI - Téc.</p><p>Manut. Linhas Transmissão</p><p>GUILHERME DE ALMEIDA NEVES – Eng. Exp. Implantação Geração e Transmissão</p><p>HERBERT AUGUSTO DA SILVA - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>JUAN NILTON GOMES SACRAMENTO - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>LUCAS MATHEUS CARNEIRO DE SOUZA - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>LUIZ ALBERTO CAMPOS DE ALMEIDA – Eletricista Manut. Linhas de Transmissão</p><p>RAFAEL ANTONIO FERREIRA DA SILVA – Instrutor Técnico</p><p>WELIMAR MENDES SOUZA - Eletricista Manut. Linhas de Transmissão</p><p>Módulo II: CAAR – Curso de Aplicação Aeroagrícola Remota – 28 horas</p><p>ALLAN HENRIQUE GOMES – Téc. Manut. Linhas Aéreas Distribuição</p><p>ALTAIR LEONCIO MELO – Consultor P&D GT0670</p><p>DANIEL DE OLIVEIRA SILVA – Engenheiro Sistema Elétrico de Ativos de Transmissão</p><p>GABRIEL ARAUJO DE OLIVEIRA CAMPOS - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>GUILHERME BRAGA BRANGIONI - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>GUILHERME DE ALMEIDA NEVES – Eng. Exp. Implantação Geração e Transmissão</p><p>JUAN NILTON GOMES SACRAMENTO - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>RAFAEL ANTONIO FERREIRA DA SILVA – Instrutor Técnico</p><p>Módulo III: Prática de Pilotagem para Pulverização – 24 horas</p><p>ALLAN HENRIQUE GOMES – Téc. Manut. Linhas Aéreas Distribuição</p><p>ALTAIR LEONCIO MELO – Consultor P&D GT0670</p><p>DANIEL DE OLIVEIRA SILVA – Engenheiro Sistema Elétrico de Ativos de Transmissão</p><p>GABRIEL ARAUJO DE OLIVEIRA CAMPOS - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>GUILHERME BRAGA BRANGIONI - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>HERBERT AUGUSTO DA SILVA - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>JUAN NILTON GOMES SACRAMENTO - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>LUCAS MATHEUS CARNEIRO DE SOUZA - Téc. Manut. Linhas Transmissão</p><p>Resumo Executivo – Março/2024</p><p>Treinamento em Drones Classe II (PMD 25kg até 150kg) com certificação de</p><p>curso para aplicação aeroagrícola remota -CAAR</p><p>Classificação: Direcionado</p><p>LUIZ ALBERTO CAMPOS DE ALMEIDA – Eletricista Manut. Linhas de Transmissão</p><p>RAFAEL ANTONIO FERREIRA DA SILVA – Instrutor Técnico</p><p>WELIMAR MENDES SOUZA - Eletricista Manut. Linhas de Transmissão</p><p>Conclusões</p><p>A capacitação em operação de Drones Classe II permite aos empregados da Cemig que os serviços de</p><p>pulverização, que podem incluir o MIV – Manejo Integrado de Vegetação nas faixas de servidão das</p><p>LTs, aumentem a sua precisão de aplicação com aumento da escala de aplicação do produto e a</p><p>melhoria da confiabilidade dos ativos, além de controlar a vegetação sob as LTs, permitindo que as</p><p>roçadas sejam pontuais, reduzindo a exposição ao risco desses trabalhadores com ganhos</p><p>econômicos.</p><p>Além disso, capacita o quadro de funcionários da CEMIG para realizar tais aplicações por meio de</p><p>novas tecnologias, que gera novos conhecimentos do processo e sua execução dentro do que</p><p>estabelece a legislação. Agrega valor ao processo e garante a correta utilização da tecnologia junto ao</p><p>O&M de Linhas Aéreas da Cemig. A Figura 3 até a Figura 8 mostram os notáveis registros das equipes</p><p>em pleno treinamento de campo na nossa unidade UniverCemig. Vale destacar que a Cemig é uma</p><p>das primeiras empresas a realizar esse tipo de treinamento com certificação CAAR, no setor de energia</p><p>elétrica nacional. O retorno desse investimento será percebido na execução dos diversos projetos de</p><p>engenharia, em curso pela Cemig, na área de Linhas Aéreas, que requerem o uso dessa tecnologia</p><p>drone classe tipo II.</p><p>Figura 3 - Registros durante a prática de pilotagem de Drones Classe II</p><p>Resumo Executivo – Março/2024</p><p>Treinamento em Drones Classe II (PMD 25kg até 150kg) com certificação de</p><p>curso para aplicação aeroagrícola remota -CAAR</p><p>Classificação: Direcionado</p><p>Figura 4 – Registros durante a familiarização e a prática de pilotagem de Drones Classe II</p><p>Figura 5 – Registros durante familiarização com os Drones Classe II</p><p>Resumo Executivo – Março/2024</p><p>Treinamento em Drones Classe II (PMD 25kg até 150kg) com certificação de</p><p>curso para aplicação aeroagrícola remota -CAAR</p><p>Classificação: Direcionado</p><p>Figura 6 – Registros durante familiarização com os Drones Classe II</p><p>Figura 7 – Registros durante a prática de pilotagem de Drones Classe II</p><p>Resumo Executivo – Março/2024</p><p>Treinamento em Drones Classe II (PMD 25kg até 150kg) com certificação de</p><p>curso para aplicação aeroagrícola remota -CAAR</p><p>Classificação: Direcionado</p><p>Figura 8 – Registros durante a familiarização com Drones Classe II</p><p>Resumo Executivo – Março/2024</p><p>Treinamento em Drones Classe II (PMD 25kg até 150kg) com certificação de</p><p>curso para aplicação aeroagrícola remota -CAAR</p><p>Classificação: Direcionado</p><p>Entidades e equipes envolvidas</p><p>• Cemig GT</p><p>o AT/PM: Guilherme Braga Brangioni, Lucas Matheus C. Souza;</p><p>o AT/GO: Daniel de Oliveira Silva, Gabriel Araújo de O. Campos, Welimar Mendes Souza,</p><p>Herbert Augusto da Silva, Juan Nilton G. Sacramento, Luiz Alberto Campos de Almeida;</p><p>o EI/GP: Guilherme de Almeida Neves (Projeto P&D Aneel GT0670)</p><p>• Cemig D – EA/EA: Allan Henrique Gomes.</p><p>• DTI – Heberte José de Faria.</p><p>• UniverCemig: Rafael Antonio Ferreira da Silva, Max Dellis Pereira.</p><p>• Consultor em Drones - Altair Melo.</p><p>• T4Drones - Coronel Vargas, Gedir, Júlio e Carol.</p><p>• Apoio ADM e Tecnológico</p><p>o Denise Alves dos Santos – AT/LO</p><p>o Carlos Nascimento e Eduardo Martins – AT/PM</p><p>o Daniel Braz – AT/GO</p><p>o Anne Caroline Santana – GP/DC</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>[1] IS-AT/PM-LT-0043 – Critérios e Periodicidade de Inspeções em Linhas de Transmissão</p><p>[2] IS-AT/PM-LT-0056 – Inspeção Com Drone em Linhas de Transmissão de 230 a 500 kV</p>