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<p>UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE</p><p>ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA</p><p>CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA</p><p>FERNANDA GONÇALVES REIS</p><p>A PRÁTICA DA AURICULOTERAPIA NA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM</p><p>VOLTADA PARA A SAÚDE DA MULHER DURANTE O TRABALHO DE</p><p>PARTO: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA</p><p>Niterói/RJ</p><p>2022</p><p>FERNANDA GONÇALVES REIS</p><p>AURICULOTERAPIA COMO TÉCNICA DE TRATAMENTO DOS</p><p>DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NO ALÍVIO DO DESCONFORTO NO</p><p>PARTO VAGINAL: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA</p><p>Monografia apresentada ao curso de</p><p>graduação de Enfermagem, da Escola de</p><p>Enfermagem Aurora de Afonso Costa</p><p>(EEAAC), da Universidade Federal</p><p>Fluminense (UFF) como parte dos</p><p>requisitos necessários à obtenção de título</p><p>de Enfermeiro e Licenciado em</p><p>Enfermagem.</p><p>ORIENTADORA: PROF.ª MSc. LILIANE BELZ DOS REIS</p><p>Niterói/RJ</p><p>2022</p><p>FERNANDA GONÇALVES REIS</p><p>AURICULOTERAPIA COMO TÉCNICA DE TRATAMENTO DOS</p><p>DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NO ALÍVIO DO DESCONFORTO NO</p><p>PARTO VAGINAL: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso</p><p>apresentado ao Curso de Graduação em</p><p>Enfermagem e Licenciatura da</p><p>Universidade Federal Fluminense, como</p><p>requisito parcial para aprovação no curso.</p><p>Aprovado em: 20/07/2022</p><p>BANCA EXAMINADORA</p><p>Prof.ª. MSc Liliane Dos Reis Belz (Orientadora)</p><p>UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF</p><p>Prof. Dra Maria Bertilla Lutterbach Riker Branco (1º Examinador)</p><p>UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF</p><p>Prof.a Dr.a: Suely Lopes de Azevedo (2º Examinador)</p><p>UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF</p><p>Niterói</p><p>2022</p><p>Dedico este trabalho aos meus avós</p><p>maternos que me criaram com tanto amor</p><p>e carinho, a minha irmã e ao meu marido</p><p>Leidson da Silva Germano que muito me</p><p>apoiou para chegar até aqui. Sem vocês eu</p><p>nada seria.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Agradeço primeiramente a Deus por permitir que eu realizasse meu sonho de</p><p>entrar em uma universidade e que eu pudesse chegar até aqui. Agradeço a Ele por ouvir</p><p>minhas orações, por estar presente nos meus momentos de alegrias e também de</p><p>tristeza, por me ajudar a caminhar tão longe e mesmo com tantas dificuldades Ele</p><p>sempre estendeu a mão e não me deixou desistir.</p><p>Sou grata pelos meus avós maternos, Cirene Gonçalves e João Henrique, que</p><p>atualmente não estão mais aqui, mas que me criaram com tanta dificuldade e com tanto</p><p>amor. Sou grata a minha família paterna que me acolheu com tanto carinho, me</p><p>incluíram em viagens divertidas, me presenteavam nos meus aniversários e me fizeram</p><p>me sentir da família. Sou grata a minha avó paterna, Eluiza Camacho, que sempre</p><p>lembrou de mim e me dava os melhores conselhos sobre a vida, sobre estudar e ser</p><p>alguém melhor.</p><p>Agradeço a Deus também por ter permitido ter uma irmã, Maria Eduarda, tão</p><p>linda e parceira, que ama os animais assim como eu e que está sempre comigo, mesmo</p><p>distante. Sou eternamente grata ao meu marido, Leidson Germano, que sempre</p><p>acreditou em mim mesmo quando muitos fecharam os olhos, sou grata pelo apoio</p><p>emocional, financeiro, pela parceria que tivemos e longos anos juntos.</p><p>Obrigada por ser tão incrível na minha vida! Obrigada também as minhas</p><p>amigas da faculdade Letícia Machado, Andressa Rodrigues e Thaissa Fernandes, que</p><p>foram fundamentais durante o meu crescimento na graduação e por estarem sempre</p><p>comigo nos momentos mais maravilhosos e mais difíceis da minha vida. Além dessas</p><p>amigas, tive a sorte de conhecer mais pessoas incríveis que também se tornaram minhas</p><p>amigas e foram fundamentais para a minha chegada até o final como a Bruna</p><p>Rodrigues, Vanessa Lima e Helba Thaís. Obrigada a minha Orientadora Liliane Belz</p><p>por ser uma pessoa muito presente, empenhada a ajudar, por ser doce e gentil, por ser</p><p>acolhedora e incentivadora de sonhos!</p><p>A enfermagem é uma arte e para realizá-la como arte</p><p>requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão</p><p>rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor,</p><p>pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore</p><p>comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do</p><p>espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a</p><p>mais bela das artes!</p><p>(Florence Nightingale)</p><p>RESUMO</p><p>Este estudo objetivou identificar a produção científica sobre o uso da acupuntura</p><p>auricular no tratamento dos sintomas apresentados pela mulher durante parto vaginal e</p><p>propor tratamento para os sintomas que ainda não foram tratados a partir da seguinte</p><p>pergunta de norteadora: Quais diagnósticos de enfermagem relacionados ao trabalho de</p><p>parto vaginal, são possíveis tratar com a auriculoterapia? Foi utilizada a metodologia de</p><p>revisão narrativa com aproximação a revisão integrativa de literatura. As informações</p><p>foram extraídas nas bases U.S. National Library of Medicine, Literatura Latino-</p><p>Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Base de Dados da Enfermagem e</p><p>Scientific Electronic Library Online, Base de Dados de Enfermagem, Biblioteca</p><p>Nacional de Medicina, Academic Google, Web Of Science, no recorte temporal de 2006</p><p>a 2022. Foram definidos os descritores: “Auriculoterapia”, “Trabalho de parto”, “Parto</p><p>Humanizado”, “Enfermagem Obstétrica”, “Obstetrícia” e “diagnóstico de enfermagem”</p><p>com os operadores booleanos AND e OR. A amostra final foi formada por 5 estudos.</p><p>Nos artigos estudados evidenciou-se como o tratamento com a terapia auricular há</p><p>atenuação da dor durante as contrações uterinas. A humanização esteve presente em</p><p>todos os estudos, destacando a valorização da fisiologia e autonomia da parturiente,</p><p>através da técnica não farmacológica para alívio dos desconfortos. As utilizações de</p><p>tecnologias não invasivas no tratamento dos diagnósticos de enfermagem na obstetrícia</p><p>tornam a relação profissional/paciente mais forte a partir da experiência da mulher,</p><p>demonstrando que a humanização do parto é uma excelente forma de cuidado.</p><p>Concluímos que a prática da auriculoterapia nas salas de parto pelas enfermeiras ainda</p><p>são escassas. Verificamos que técnica permite tratar, de forma natural, diversos</p><p>incômodos durante a parturição, no entanto, muito ainda precisa ser explorado pois</p><p>diversos pontos auriculares existentes até o momento ainda não foram empregados no</p><p>manejo dos incômodos que vão além da dor.</p><p>Descritores: Auriculoterapia, Trabalho de parto, Parto Humanizado, enfermagem</p><p>obstétrica, obstetrícia e diagnóstico de enfermagem.</p><p>ABSTRACT</p><p>The main goal of this study was to identify the scientific production focused on the</p><p>usage of auricular acupuncture in the treatment of symptoms presented by woman</p><p>during the vaginal birth and propose treatment for the symptoms not handled yet,</p><p>guided by the following question: What nursing diagnoses related to vaginal birth are</p><p>possible to treat with auriculotherapy? For this work, it was used the narrative review</p><p>methodology with some approach to literature integrative review. The information was</p><p>extracted from U.S. National Library of Medicine, Literatura Latino-Americana e do</p><p>Caribe em Ciências da Saúde, Base de Dados da Enfermagem e Scientific Electronic</p><p>Library Online, Base de Dados de Enfermagem, Biblioteca Nacional de Medicina,</p><p>Academic Google, Web of Science databases, using the time window from 2006 to</p><p>2022. The following descriptors were defined: “Auriculotherapy”, “Labor”,</p><p>“Humanized labor”, “Midwife nursing”, “obstetrics”,</p><p>3.5.1 Estruturas do pavilhão auricular face anterior</p><p>O pavilhão auricular é formado por tecido fibrocartilaginoso que serve de base de</p><p>suporte dos seus arcabouços como ligamentos, músculos e tecido adiposo. Na região superior</p><p>estão as cartilagens, tecido adiposo e tecido conjuntivo, na derme estão as glândulas</p><p>sudoríparas, sebáceas, capilares, nervos e vasos linfáticos. Na região inferior do pavilhão,</p><p>estão situadas várias inervações, vascularização e vasos linfáticos (KUREBAYASHI, 2015).</p><p>O pavilhão é separado em dois lados, no lado anterior estão presentes protuberâncias</p><p>intercalando-se com sulcos chegando ao desnível maior como a concha onde se inicia o curso</p><p>auditivo externo. As saliências do pavilhão auricular são compostos por: trago, antitrago,</p><p>hélix, anti-hélix, raiz do hélix, fossa triangular, lóbulo, fossa escafóide, tubérculo auricular,</p><p>incisura superior do trago (supratrago), incisura do intertrago, fossa superior do antitrago,</p><p>concha, orifício do conduto auditivo. A Figura 3 exemplifica a face anterior do pavilhão</p><p>auricular e os locais citados (PRADO, 2012) .</p><p>Figura 3 - Face anterior do pavilhão auricular e os pontos citados.</p><p>36</p><p>Fonte: Livro Auriculoterapia do Ernesto G. Garcia, 1999.</p><p>Na região posterior do pavilhão auricular estão localizadas três faces como a face</p><p>dorsal do lóbulo, face dorsal do hélix e a face que está entre o dorso lóbulo e a dorsal da fossa</p><p>escafóide. Além das faces a orelha possui quatro sulcos que são os sulcos posterior do anti-</p><p>hélix, sulco da cruz inferior do anti-hélix, sulco da raiz do hélix e sulco antitrago. Nesse</p><p>mesmo lado do pavilhão, existem também quatro eminências que são: eminência posterior da</p><p>fossa escafóide, eminência posterior da fossa triangular, eminência posterior da concha cava e</p><p>a eminência posterior da concha cimba. A Figura 4 exemplifica a face posterior do pavilhão</p><p>auricular e os locais citados (PRADO, 2012).</p><p>Figura 4 - Exemplifica a face posterior do pavilhão auricular e os pontos citados.</p><p>37</p><p>Fonte: Livro Auriculoterapia do Ernesto G. Garcia, 1999.</p><p>Atualmente, em cada orelha, encontram-se 200 pontos reconhecidos e entender o que</p><p>cada ponto estimula torna assertivo o tratamento, a recuperação e a prevenção dos</p><p>desconfortos referidos. Ao identificar as regiões anatômicas auriculares é necessário entender</p><p>também, em quais partes as mesmas produzem respostas. Assim, as regiões auriculares e suas</p><p>respectivas influências estão descritas abaixo (SOUZA, 2013).</p><p>- O lóbulo exerce atuação sobre o rosto (frontal da cabeça), olhos, ouvido interno,</p><p>mandíbula, maxilar, região bucal como palatos, língua e amígdalas.</p><p>- O antitrago reflete a cabeça, parte anterior da face, as glândulas parótidas e o tronco</p><p>encefálico.</p><p>- A incisura intertrágica atua em glândulas endócrinas, nas glândulas reprodutivas</p><p>femininas (ovários), gônadas masculinas e nos nervos ópticos.</p><p>- Antihélix induz respostas na coluna vertebral e suas vértebras, tronco, pescoço, na</p><p>glândula tireóide, região torácica, seios e abdômen.</p><p>- Raiz inferior do anti-hélix atua na região posterior do quadril (nádegas), nervo</p><p>ciático, sistema nervoso simpático, no cóccix e pelve.</p><p>- Raiz superior do anti-hélix reflete resposta nos membros inferiores como os pés, as</p><p>pernas, joelhos, além de coccix e quadril.</p><p>38</p><p>- Fossa triangular exerce ação sobre a cavidade pélvica, órgão reprodutor feminino</p><p>(útero), ovários e nas gônadas masculinas.</p><p>- Escafa exerce ação sobre membros superiores como o osso da clavícula e</p><p>articulações do ombro.</p><p>- Trago atua na cavidade nasal, nas glândulas adrenais e nas compulsoes.</p><p>- Concha cava atua na caixa torácica e na região abdominal.</p><p>- Concha cimba exerce ação em todos os órgãos da região abdominal.</p><p>- Raiz do hélix atua no aparelho digestório, no músculo diafragma e no órgão</p><p>apêndice.</p><p>- Dorso auricular também exerce atuação na face.</p><p>3.5.2 Fisiologia da acupuntura auricular</p><p>Os pontos auriculares estão dispostos conforme as áreas anatômicas apresentradas,</p><p>nesses locais estão as terminações nervosas que possuem conexão com o cérebro. Essas</p><p>terminações nervosas fazem parte de uma teia de conexões no interior do córtex cerebral e</p><p>quando ativadas, sejam elas realizadas através de pressão com sementes ou por insersão de</p><p>agulhas, geram reflexos que atuam sobre o SNC e, como consequência, influencia o sistema</p><p>nervoso periférico e o sistema nervoso autônomo. Desse modo, o cérebro opera sobre todo</p><p>corpo humano causando a harmonia e o equilíbrio de órgãos e sistemas (SOUZA, 2013, pag</p><p>55).</p><p>As estimulações dos pontos neurais do pavilhão auricular percorrem pelo organismo</p><p>através dos canais energéticos chamados de meridianos (Jing) (JERÔNIMO, 2019). Os</p><p>meridianos (Jing) possuem ramificações (Lou) que se cruzam e assim conseguem alcançar</p><p>todo o corpo. Ao todo, são descritos doze meridianos os quais possuem ligações com órgãos,</p><p>suas respectivas vísceras e com os cinco elementos (LUCA, 2008).</p><p>Alguns canais energéticos durante TP atuam mais intesamente e por causa disso</p><p>podem se tornar prioridades na assistência na ocasião em que determinadas manifestações de</p><p>incômodos específicos surgirem. Esses canais de energia são: Fígado, Baço, Triplo</p><p>Aquecedor também conhecido como San Jiao e o Rim. O órgão Fígado é fundamental na</p><p>retenção sanguínea e colabora em diferentes distúrbios ginecológicos. Quando ocorre a</p><p>escassez ou a paralisação do Qi do Fígado sucede em desequilíbrio uterino. O Fígado permite</p><p>que o Qi se movimente livremente o que proporciona o bom funcionamento dos órgãos,</p><p>mantém o bem estar mental e emocional da parturiente e contribui para um parto sem</p><p>complicações (AMARAL, 2014; POLLONI, 2017).</p><p>39</p><p>O Baço atua não só na parte intelectual mas também no controle da musculatura e por</p><p>essa razão contribui na dilatação do colo uterino. Durante o TP é necessário avaliar as</p><p>condições da musculatura envolvida para que ocorra a passagem do bebê. O músculo liso é</p><p>controlado por hormônios que através das contrações permite o apagamento do colo e a</p><p>descida fetal, no entanto, o períneo é composto por músculo estriado e por causa disso precisa</p><p>de um agente force a sua modificação e caso a musculatura não esteja com grande</p><p>flexibilidade ela pode se dilacerar no decorrer do parto (POLLONI, 2017). Por isso, para que</p><p>aconteça a homeostasia entre as mudanças na musculatura e as ações hormonais é</p><p>fundamental que o Qi do Baço esteja balanceado (MACIOCIA, 2007).</p><p>O meridiano San Jiao também auxilia para o nascimento fetal pois possui função no</p><p>monitoramento da eliminação de líquidos e secreções permitindo que as excreções saiam</p><p>adequadamente. A atribuição do Rim tem grande importância na hora de parir visto que está</p><p>intimamente ligado à água. A água tem influência no útero, na adaptação e maleabilidade, por</p><p>isso, quando a mesma está em desequilíbrio outros elementos podem ficar alterados</p><p>(TOLENTINO, 2016 & FREDERICO, 2016).</p><p>Todavia antes de iniciar qualquer intervenção é necessário antes permitir que a</p><p>fisiologia flua naturalmente, caso seja observado desequilíbrios mentais, emocionais e físicos,</p><p>o profissional poderá interceder com a auriculoterapia. Além do mais deve-se refletir também</p><p>que cada mulher desenvolve o processo de parturição de modo único e propor outros pontos</p><p>para o manejo do parto precisa ser considerado. As formas como as sensações de desconforto</p><p>são sentidas no decorrer das contrações é decisiva para a evolução do parto e quando estas</p><p>ultrapassam os limites suportáveis da mulher, é importante intervir (POLLONI, 2017).</p><p>40</p><p>4. RESULTADOS DA REVISÃO INTEGRATIVA</p><p>As pesquisas nas revistas eletrônicas foram delimitadas entre os anos de 2006 a 2022,</p><p>considerando a publicação pelo Ministério da Saúde das PNPICs (Portaria GM/MS no 971)</p><p>que ocorreram nesse período e nos anos seguintes foi possível</p><p>analisar os impactos de suas</p><p>novas diretrizes. Por meio da busca avançada e o cruzamento dos termos delimitadores, foram</p><p>encontrados na amostra inicial 265 artigos. Com o uso dos critérios de inclusão e exclusão</p><p>como a leitura de títulos e resumos e a extração dos estudos duplicados, resultaram em 5</p><p>artigos finais.</p><p>Para melhor detalhamento, foi desenvolvido uma tabela em que foram apontados os</p><p>elementos obtidos das buscas realizadas, descritos de acordo com os seus respectivos títulos e</p><p>autores dos artigos, revista nos quais foram publicados, ano de publicação e a numeração da</p><p>ordem ao qual se encontram (Tabela 3). Na quarta tabela elaborada (Tabela 4) estão</p><p>apresentados os objetivos, amostra de dados estudados, a metodologia e os principais</p><p>resultados.</p><p>Tabela 3 – Dados referentes ao título, autores, periódico e ano de publicação dos artigos</p><p>selecionados na amostra. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022.</p><p>Nº Título Autores Periódico Ano</p><p>1 Effectiveness of auriculotherapy on anxiety during labor:</p><p>a randomized clinical trial</p><p>Mafetoni, R. R.</p><p>Rodrigues, M. H.</p><p>Jacob, L. M. S.</p><p>Shimo, A. K. K.</p><p>Rev. Latino-Am.</p><p>Enfermagem</p><p>2018</p><p>2 Acupuntura e auriculoterapia como métodos não</p><p>farmacológicos de alívio da dor no processo de parturição</p><p>Cherobin, F.</p><p>Oliveira, A. R.</p><p>Brisola, A. M.</p><p>Rev Cogitare</p><p>Enfermagem</p><p>2016</p><p>3 The effect of auriculotherapy on the severity and duration</p><p>of labor pain</p><p>Valiani, M.</p><p>Azimi, M.</p><p>Dehnavi, Z. M.</p><p>Mohammadi, S.</p><p>Pihradi, M.</p><p>Journal of</p><p>Education and</p><p>Health Promotion</p><p>2018</p><p>4 The effect of auriculotherapy on labor pain, length of</p><p>active phase and episiotomy rate among reproductive aged</p><p>women</p><p>Abedi, P.</p><p>Rastegar, H.</p><p>Valiani, M.</p><p>Saadati, N.</p><p>Journal of Family</p><p>and Reproductive</p><p>Health</p><p>2017</p><p>5 Evidências científicas sobre métodos não farmacológicos</p><p>para alívio a dor do parto</p><p>Mascarenhas, V. H. A.</p><p>Lima, T. R.</p><p>Silva, F. M. D.</p><p>Negreiros, F. S.</p><p>Santos, J. D. M.</p><p>Moura, M. A. P.</p><p>Gouveia, M. T. O.</p><p>Jorge, H. M. F.</p><p>Acta Paulista de</p><p>Enfermagem</p><p>2019</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor, 2022.</p><p>https://www.scielo.br/j/ape/a/QPfVQVTpmczQgjL783B9bVc/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/ape/a/QPfVQVTpmczQgjL783B9bVc/?lang=pt</p><p>41</p><p>Ao verificar os locais de publicação dos artigos elegidos, observou-se que três</p><p>publicações foram em revistas brasileiras e duas foram em revistas iranianas. As publicações</p><p>realizadas nas revistas brasileiras foram: Revista Latino Americano de Enfermagem (1</p><p>artigo), Revista Cogitare Enfermagem (1 artigo) e Acta Paulista de Enfermagem (1 artigo). Os</p><p>artigos estrangeiros foram publicados nas revistas: Journal of Education and Health</p><p>Promotion e Journal of Family and Reproductive Health. Na avaliação dos períodos de</p><p>publicação verificou-se que o ano com maior número de publicações foi em 2018 sendo 40%,</p><p>ou seja, (2 artigos). Um artigo foi publicado em 2016, um em 2017 e o mais recente publicado</p><p>em 2019.</p><p>Tabela 4 Dados referentes aos objetivos, amostra estudada, metodologia e principais</p><p>resultados dos artigos selecionados na amostra. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022.</p><p>N° Objetivos Amostra Estudada Metodologia Principais Resultados</p><p>1 Avaliar a eficácia</p><p>da auriculoterapia</p><p>na ansiedade de</p><p>mulheres durante o</p><p>trabalho de parto.</p><p>Dados obtidos de um estudo</p><p>com 102 parturientes com idade</p><p>gestacional de ≥ 37 semanas,</p><p>com dilatação ≥ 4 cm e com</p><p>duas ou mais dilatações em 10</p><p>minutos.</p><p>Ensaio</p><p>clínico</p><p>randomizado</p><p>paralelo e</p><p>triplo-cego</p><p>As mulheres que receberam intervenções com</p><p>auriculoterapia para alívio da ansiedade</p><p>apresentaram menores escores de ansiedade após o</p><p>tratamento quando comparadas às mulheres dos</p><p>grupos placebo e controle, o que pode representar</p><p>intervenções alternativas durante a prática</p><p>obstétrica.</p><p>2 Analisar os</p><p>resultados da</p><p>acupuntura e</p><p>auriculoterapia</p><p>como controle da</p><p>dor.</p><p>No estudo participaram 19</p><p>pessoas admitidas em trabalho</p><p>de parto no centro obstétrico de</p><p>uma maternidade pública de</p><p>Santa Catarina.</p><p>Pesquisa</p><p>convergente</p><p>assistencial</p><p>Os resultados foram que n=15 (79%) das mulheres</p><p>obtiveram alívio da dor nos primeiros 30 minutos</p><p>de tratamento. Os resultados desta pesquisa trazem</p><p>animadoras perspectivas para a assistência ao</p><p>trabalho de parto por se tratarem de métodos de</p><p>baixo custo e seguros, aumentando o número de</p><p>alternativas não farmacológicas para as</p><p>parturientes.</p><p>3 Determinar o efeito</p><p>da auriculoterapia</p><p>na dor do parto em</p><p>mulheres</p><p>primíparas.</p><p>As participantes foram 84</p><p>parturientes nulíparas com idade</p><p>entre 18 e 35 anos, com idade</p><p>gestacional de 37 a 41 semanas,</p><p>com dilatação de 3 a 5 cm, com</p><p>ausência de patologia e que</p><p>foram admitidas em um hospital</p><p>Iraniano.</p><p>Ensaio</p><p>clínico</p><p>randomizado</p><p>A auriculoterapia parece fazer alterações</p><p>fisiológicas, liberação de endorfinas e relaxamento</p><p>dos músculos que eventualmente leva à redução da</p><p>dor, melhora no progresso do trabalho de parto e</p><p>mudanças positivas em outros sintomas. Este</p><p>estudo sugere que a auriculoterapia é eficaz na</p><p>duração e gravidade da dor do parto.</p><p>4 Avaliar o efeito da</p><p>auriculoterapia na</p><p>dor do parto, a</p><p>duração da fase</p><p>ativa e taxa de</p><p>episiotomia entre</p><p>mulheres iranianas</p><p>em idade</p><p>reprodutiva.</p><p>O estudo contou com 80</p><p>parturientes que foram divididas</p><p>em dois grupos: auriculoterapia</p><p>e grupo controle. As mulheres</p><p>escolhidas foram as com</p><p>gravidez de baixo risco, idade</p><p>gestacional 37-40 semanas, com</p><p>4 cm de dilatação e com</p><p>apresentação cefálica fetal.</p><p>Ensaio</p><p>clínico</p><p>A auriculoterapia é um método seguro e eficiente</p><p>para reduzir a dor do parto, a duração da fase ativa</p><p>e a taxa de episiotomia em mulheres nuliparas. Este</p><p>método pode ser considerado como um</p><p>complemente à medicina no trabalho de parto.</p><p>5 Identificar na</p><p>literatura nacional e</p><p>internacional,</p><p>estudos sobre a</p><p>eficácia de métodos</p><p>não farmacológicos</p><p>na redução da dor</p><p>Foram eleitos 19 artigos e os</p><p>métodos não farmacológicos</p><p>encontrados, foram: acupuntura</p><p>e suas principais variações</p><p>(acupressão e auriculoterapia)</p><p>hidroterapia,exercícios perineais</p><p>com a bola suíça, terapias</p><p>Revisão</p><p>integrativa</p><p>de literatura</p><p>A auriculoterapia é tão eficiente quanto os outros</p><p>métodos não farmacológicos e seu uso é crucial por</p><p>atuarem tanto na fisiologia da dor como em outros</p><p>aspectos de desconfortos sentido pela mulher no</p><p>trabalho de parto vaginal. As técnicas de banho</p><p>quente de aspersão, a musicoterapia, a</p><p>aromaterapia e as técnicas de respiração promovem</p><p>42</p><p>do parto. térmicas e os demais métodos. o relaxamento e a diminuição dos níveis de</p><p>ansiedade. As terapias térmicas contribuem para a</p><p>analgesia local de regiões afetadas pela dor. Os</p><p>exercícios na bola suíça são importantes para</p><p>reduzir a dor e adotar a posição vertical, importante</p><p>na progressão do trabalho de parto.</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor, 2022.</p><p>Avaliando os achados usados neste estudo, é visto que alguns artigos utilizaram</p><p>metodologias similares, mas com algumas particularidades como: ensaio clínico randomizado</p><p>paralelo e triplo-cego, ensaio clínico randomizado e ensaio clínico. Os artigos que não</p><p>realizaram ensaios clínicos, usaram as metodologias: pesquisa convergente assistencial e</p><p>revisão integrativa de literatura.</p><p>4.1 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NO TRABALHO DE PARTO</p><p>O olhar integral do enfermeiro obstetra em conjunto da realização dos processos de</p><p>enfermagem é vantajosa para que aconteça uma assistência individualizada e holística para a</p><p>clientela assistida, oportunizando o protagonismo da parturiente dentro do TP natural, de</p><p>acordo com a evolução do seu próprio corpo (MEDEIROS et al., 22016; CRESPO et al.,</p><p>2018; SOUZA et al., 2021). Ao analisar a taxonomia da NANDA-I sobre os acontecimentos</p><p>durante o trabalho de parto vaginal foi possível selecionar os seguintes diagnósticos de</p><p>enfermagem</p><p>mostrados na Tabela 5:</p><p>43</p><p>Tabela 5 - Diagnósticos de enfermagem durante o parto vaginal por domínios de acordo com</p><p>a taxonomia da NANDA-I 2018-2020. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022.</p><p>Diagnóstico de enfermagem</p><p>Domínio 2 - nutrição</p><p>Nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais relacionadas à falta de apetite e a dor</p><p>Risco de glicemia instável: ingestão alimentar insuficiente</p><p>Risco de volume de líquidos deficientes</p><p>Risco de volume de líquidos desequilibrado</p><p>Domínio 3 – eliminação/troca</p><p>Risco de volume de líquido deficiente</p><p>Risco de constipação relacionada a gravidez</p><p>Incontinência intestinal</p><p>Domínio 4 – atividade/repouso</p><p>Déficit no autocuidado para banho/higiene relacionado a dor</p><p>Risco de pressão arterial instável</p><p>Padrão respiratório ineficaz relacionado à ansiedade</p><p>Fadiga relacionada ao trabalho de parto</p><p>Mobilidade física prejudicada relacionada ao desconforto e dor</p><p>Privação do sono relacionado a alterações emocionais e físicas</p><p>Domínio 5 – percepção e cognição</p><p>Comunicação verbal prejudicada relacionada a dor do trabalho de parto</p><p>Conhecimento deficiente</p><p>Controle emocional lábil</p><p>Domínio 8 - sexualidade</p><p>Risco de binômio mãe-feto perturbado</p><p>Domínio 9 – enfrentamento/intolerância ao estresse</p><p>Ansiedade relacionada ao trabalho de parto</p><p>Medo</p><p>Domínio 11 – Segurança e Proteção</p><p>Risco de integridade da pele prejudicada</p><p>Risco de desequilíbrio na temperatura corporal</p><p>Domínio 12 - Conforto</p><p>Conforto prejudicado</p><p>Dor aguda relacionada às contrações uterinas</p><p>Dor no trabalho de parto relacionada às contrações uterinas</p><p>Náusea relacionadas ao trabalho de parto</p><p>44</p><p>Risco de solidão</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados dos Diagnósticos de Enfermagem da NANDA, 2018 –</p><p>2020.</p><p>Após a identificação dos diagnósticos de enfermagem é possível realizar o</p><p>planejamento de enfermagem onde o mesmo tem expectativa de um desfecho por meio das</p><p>intervenções realizadas com a paciente. Cabe ao enfermeiro analisar e ofertar as intervenções</p><p>que trarão os maiores benefícios à mulher no TP. As intervenções realizadas dentro dos</p><p>centros obstétricos ainda se mantém baseados no intervencionismo invasivo que provocam</p><p>efeitos colaterais e geram traumas a mulher, por isso, inserir as PICs como alternativa de</p><p>intervenção dos diagnósticos de enfermagem se faz necessário para quebrar conceitos de que</p><p>o TP é algo anormal (SANTOS et al., 2013).</p><p>4.2 PONTOS AURICULARES RELACIONADOS AOS DIAGNÓSTICOS DE</p><p>ENFERMAGEM</p><p>A prática dos pontos auriculares como forma de intervenções durante o TP vaginal</p><p>favorece a humanização do momento experienciado pela mulher e compete ao enfermeiro</p><p>fazer bom uso da técnica. Para isso, é necessário primeiro identificar os diagnósticos de</p><p>enfermagem para tornar o serviço organizado e poder auxiliar as etapas que irão transcorrer</p><p>dentro da sala de parto. Em seguida o enfermeiro acupunturista auricular precisa, se o método</p><p>for de escolha da mulher, definir os pontos da auriculoterapia que se associam aos</p><p>diagnósticos de enfermagem para fazer a aplicação e assim promover o conforto dessa mulher</p><p>(MAFETONI, JACOB & SHIMO, 2016). Na Tabela 6 são apresentados os pontos de</p><p>auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem de mulheres em TP de risco</p><p>habitual.</p><p>Tabela 6 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem em TP de</p><p>risco habitual Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022 (continua).</p><p>Diagnóstico de enfermagem Nome do ponto Localização</p><p>Nutrição desequilibrada: menor que as</p><p>necessidades corporais relacionadas à falta</p><p>de apetite e a dor</p><p>Ponto fome (zona: trago)</p><p>Encontrado entre os pontos</p><p>nariz externo e suprarrenal.</p><p>Risco de glicemia instável: ingestão</p><p>alimentar insuficiente</p><p>Ponto glândulas endócrinas (zona:</p><p>pontos da incisura intertrágica)</p><p>Encontra-se entre a incisura</p><p>intertrágica, com a Concha</p><p>Cava.</p><p>Ponto subcórtex (zona: pontos do</p><p>antitrago)</p><p>Encontra-se entre a incisura</p><p>intertrágica, próximo a inserção</p><p>com a Concha Cava.</p><p>Ponto San Jiao</p><p>Está abaixo do conduto auditivo</p><p>externo, entre a borda do</p><p>antitrago e o ponto subcórtex</p><p>Risco de volume de líquidos deficientes Ponto sede (zona: trago)</p><p>Encontrado cerca de 1 mm</p><p>superior ao espaço medial entre</p><p>45</p><p>os pontos suprarrenal e nariz</p><p>externo.</p><p>Risco de volume de líquidos desequilibrado Ponto rim (zona: concha cimba)</p><p>Ponto triplo aquecedor</p><p>Localiza-se no pequeno orifício</p><p>abaixo da cruz inferior do</p><p>anthélix na mesma altura no</p><p>ponto pelve.</p><p>Tabela 6 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem em TP de</p><p>risco habitual Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022 (continuação).</p><p>Diagnóstico de enfermagem Nome do ponto Localização</p><p>Domínio 3 – eliminação/troca</p><p>Risco de constipação relacionada a</p><p>gravidez</p><p>Ponto segmento inferior do</p><p>reto (zona: raiz do hélix).</p><p>Localiza-se no meio da raiz do hélix entre a</p><p>incisura intra-trágica e o ponto útero.</p><p>Incontinência intestinal Ponto intestino delgado (zona:</p><p>pontos que circundam a raiz</p><p>do hélix)</p><p>Localizada na borda superior da raiz do hélix,</p><p>na mesma altura do ponto esôfago.</p><p>Domínio 4 – atividade/repouso</p><p>Déficit no autocuidado para</p><p>banho/higiene relacionado a dor</p><p>Ponto analgesia (zona: concha</p><p>cimba)</p><p>Localizado no meio da concha cimba, no</p><p>mesmo nível do ponto rim e ponto shenmen.</p><p>Risco de pressão arterial instável Ponto hipertensão 3 (zona:</p><p>dorso da aurícula)</p><p>Encontra-se a 2mm do sulco do dorso auricular</p><p>e a l mm abaixo do nível do ponto Região</p><p>Bucofacial.</p><p>Ponto simpático (zona: pontos</p><p>da raiz inferior do anti-hélix)</p><p>Está localizada no meio da raiz inferior abaixo</p><p>da membrana do hélix.</p><p>Padrão respiratório ineficaz</p><p>relacionado à ansiedade</p><p>Ponto pulmão (zona: pontos</p><p>do dorso da aurícula</p><p>Encontra-se a 3 mm do ponto costas e a 1mm da</p><p>depressão do dorso auricular.</p><p>Fadiga relacionada ao trabalho de</p><p>parto</p><p>Ponto rim (zona: concha</p><p>cimba)</p><p>Localiza-se no pequeno orifício abaixo da cruz</p><p>inferior do anthélix na mesma altura no ponto</p><p>pelve.</p><p>Mobilidade física prejudicada</p><p>relacionada ao desconforto e dor</p><p>Ponto baço (zona: concha</p><p>cava).</p><p>Localiza-se na borda supra-externa da concha</p><p>cava entre o ponto estômago e a fossa</p><p>intertrago.</p><p>Privação do sono relacionado a</p><p>alterações emocionais e físicas</p><p>Pontos Shenmen (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos hipotensor e o ponto</p><p>pelve.</p><p>Domínio 5 – percepção e cognição</p><p>Comunicação verbal prejudicada</p><p>relacionada a dor do trabalho de</p><p>parto</p><p>Ponto analgesia (zona: concha</p><p>cimba).</p><p>Localizado no meio da concha cimba, no</p><p>mesmo nível do ponto rim e ponto shenmen.</p><p>Conhecimento deficiente Ponto fronte (zona: antitrago). Encontra-se no antitrago no final do ântero-</p><p>inferior</p><p>Controle emocional lábil Ponto shenmen (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos hipotensores e o</p><p>ponto pelve.</p><p>Domínio 8 - sexualidade</p><p>Risco de binômio mãe-feto</p><p>perturbado</p><p>Ponto tronco cerebral (zona:</p><p>fossa superior do antitrago).</p><p>Borda elevada da fossa intertrago.</p><p>Domínio 9 –</p><p>enfrentamento/intolerância ao</p><p>estresse</p><p>Ansiedade relacionada ao trabalho</p><p>de parto</p><p>Ponto ansiedade 1 (zona:</p><p>pontos do dorso da aurícula).</p><p>Encontra-se na união do lóbulo com o dorso da</p><p>aurícula.</p><p>46</p><p>Ponto shenmen (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos hipotensores e o</p><p>ponto pelve.</p><p>Medo Ponto ansiedade 1 (zona:</p><p>pontos do dorso da aurícula).</p><p>Encontra-se na união do lóbulo com o dorso da</p><p>aurícula</p><p>Ponto shenmen (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos hipotensor e o ponto</p><p>pelve.</p><p>Tabela 6 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem em TP de</p><p>risco habitual Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022 (conclusão).</p><p>Diagnóstico de enfermagem Nome do ponto Localização</p><p>Domínio 11</p><p>– Segurança e Proteção</p><p>Risco de integridade da pele</p><p>prejudicada</p><p>Ponto períneo (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Encontra-se borda inferior da Fossa Triangular,</p><p>no mesmo nível do Pingchuan Superior.</p><p>Ponto San Jiao</p><p>Está abaixo do conduto auditivo externo, entre a</p><p>borda do antítrago e o ponto subcórtex</p><p>Ponto cavidade pélvica (zona:</p><p>raiz inferior do anti-hélix).</p><p>Encontra-se na borda superior da Raiz Inferior</p><p>do Anti-hélix, no mesmo nível do ponto</p><p>Shenmen e Ísquio.</p><p>Risco de desequilíbrio na temperatura</p><p>corporal</p><p>Ponto hipotálamo (zona: pontos</p><p>do antitrago).</p><p>Encontrado cerca de 1mm do ponto da hipófise,</p><p>abaixo do antitrago.</p><p>Domínio 12 – Conforto</p><p>Conforto prejudicado Ponto shenmen (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos hipotensores e o</p><p>ponto pelve.</p><p>Dor aguda relacionada às contrações</p><p>uterinas</p><p>Ponto anexo do útero (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos genitais internos e</p><p>pelve no terço posterior</p><p>Ponto colo do útero (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos genitais internos e</p><p>pelve no terço anterior.</p><p>Dor no trabalho de parto relacionada às</p><p>contrações uterinas</p><p>Região lombar (zona: anti-hélix) Está em cima do anti-hélix, que fica entre a área</p><p>sacra e dorsal.</p><p>Ponto fígado (zona: concha</p><p>cimba).</p><p>Se encontra na borda posterior inferior da</p><p>concha cimba.</p><p>Ponto hipófise (zona: pontos do</p><p>antitrago).</p><p>Encontra-se abaixo do antitrago abaixo projeção</p><p>do antitrago.</p><p>Ponto útero (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos genitais internos e</p><p>pelve no terço anterior.</p><p>Ponto pelve (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se no ponto onde se atravessa a cruz</p><p>superior e inferior do anti-hélix na borda</p><p>interna.</p><p>Dor no trabalho de parto relacionada às</p><p>contrações uterinas</p><p>Região lombar (zona: anti-hélix)</p><p>Está em cima do anti-hélix, que fica entre a área</p><p>sacra e dorsal.</p><p>Ponto fígado (zona: concha</p><p>cimba).</p><p>Se encontra na borda posterior inferior da</p><p>concha cimba.</p><p>Ponto hipófise (zona: pontos do</p><p>antitrago).</p><p>Encontra-se abaixo do antitrago abaixo projeção</p><p>do antitrago.</p><p>Ponto útero (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos genitais internos e</p><p>pelve no terço anterior.</p><p>Ponto pelve (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se no ponto onde se atravessa a cruz</p><p>superior e inferior do anti-hélix na borda</p><p>interna.</p><p>Náusea relacionadas ao trabalho de</p><p>parto</p><p>Ponto estômago (zona: pontos</p><p>que circundam a raiz do hélix.</p><p>Encontra-se no local onde some a raiz do hélix.</p><p>Risco de solidão Ponto shenmen (zona: fossa</p><p>triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos hipotensores e o</p><p>ponto pelve.</p><p>Fonte: Produzida pela autora com base nos dados do livro Tratados de Auriculoterapia, 2013 e Diagnósticos de</p><p>Enfermagem da NANDA, 2018 – 2020.</p><p>47</p><p>Ao destacar os pontos que podem ser usados durante a assistência de enfermagem no</p><p>momento de parir, mostra que os cuidados de enfermagem podem transcender muito além do</p><p>esperado pela mulher e seus familiares. Ampliar o modo de cuidar traz à tona tudo aquilo que</p><p>foi deixado para trás após o trabalho de parto ser considerado algo sofrido e desnecessário</p><p>(HOGA; HERBERT, 2006).</p><p>Por isso, incluir métodos não farmacológicos que demonstrem eficiência de resultados</p><p>como a auriculoterapia, favorece o incentivo para que outras gestantes optem pelo parto</p><p>normal. A escolha pela via de parto natural é benéfica por respeitar a fisiologia do momento</p><p>certo para o feto nascer, ou seja, sem interrupções da gestação antecipadamente. Deste modo a</p><p>busca por estudos que comprovem o uso da auricupuntura para promoção do conforto na hora</p><p>de parir é fundamental visto que a estratégia é de grande valia em um momento feminino tão</p><p>delicado.</p><p>Neste estudo, ao relacionar os diagnósticos de enfermagem durante o parto vaginal</p><p>com os pontos auriculares mostra que todos os diagnósticos encontrados podem ser tratados</p><p>com auriculoterapia segundo a análise dos livros de Garcia (1999) e de Souza (2013).</p><p>Portanto, a implantação das técnicas complementares nas maternidades públicas do país pelos</p><p>profissionais de enfermagem é de grande valor, visto que beneficia a qualidade assistencialista</p><p>exercida por enfermeiros e pode transformar o modo de nascer no Brasil. Ao investigar</p><p>pesquisas realizadas com a terapia auricular no TP é evidenciado o tratamento de alguns dos</p><p>diagnósticos com a técnica o que permite identificar, explorar e propor estudos para demais</p><p>diagnósticos.</p><p>Dentre os desconfortos não abordados nos estudos selecionados para esta pesquisa</p><p>podemos citar a nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais relacionadas à</p><p>falta de apetite e a dor, risco de glicemia instável: ingestão alimentar insuficiente, risco de</p><p>volume de líquidos deficientes, risco de volume de líquidos desequilibrado, risco de</p><p>constipação relacionada a gravidez, incontinência intestinal relacionada a gravidez, déficit no</p><p>autocuidado para banho/higiene relacionado a dor, risco de pressão arterial instável, padrão</p><p>respiratório ineficaz relacionado à ansiedade, fadiga relacionada ao trabalho de parto,</p><p>mobilidade física prejudicada relacionada ao desconforto e dor, privação do sono relacionado</p><p>a alterações emocionais e físicas, comunicação verbal prejudicada relacionada a dor do</p><p>trabalho de parto, conhecimento deficiente, controle emocional lábil, risco de binômio mãe-</p><p>48</p><p>feto perturbado, medo, risco de integridade da pele prejudicada, risco de desequilíbrio na</p><p>temperatura corporal, náusea relacionadas ao trabalho de parto e risco de solidão.</p><p>Na Tabela 7 a seguir estão os pontos com os seus respectivos efeitos terapêuticos e os</p><p>elementos do Cinco Movimentos que podem ser usados também em novos estudos com a</p><p>auriculoterapia nas salas de partos no intuito de atenuar sintomas que trazem incômodos no</p><p>TP.</p><p>49</p><p>Tabela 7 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem e com a teoria dos Cinco Movimentos em TP de risco</p><p>habitual. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022 (continua).</p><p>Diagnósticos de</p><p>enfermagem</p><p>Nome do ponto Localização Efeito terapêutico Eleme</p><p>nto</p><p>Órgão e</p><p>víscera</p><p>Sentiment</p><p>o</p><p>Tecido Sistema</p><p>Nutrição</p><p>desequilibrada: menor</p><p>que as necessidades</p><p>corporais relacionadas</p><p>à falta de apetite e a dor</p><p>Ponto fome (zona: trago) Encontrado entre os pontos nariz externo</p><p>e suprarrenal.</p><p>Regulação da fome. Terra Baço-</p><p>pâncreas e</p><p>estômago</p><p>Preocupaç</p><p>ão</p><p>Conjuntivo Digestivo</p><p>Risco de glicemia</p><p>instável: ingestão</p><p>alimentar insuficiente</p><p>Ponto glândulas</p><p>endócrinas (zona: pontos</p><p>da incisura inter-trágica)</p><p>Encontra-se entre a incisura inter-trágica,</p><p>com a Concha Cava.</p><p>Controla a liberação de</p><p>secreções de insulina.</p><p>Terra Baço-</p><p>pâncreas</p><p>e estômago</p><p>Preocupaç</p><p>ão</p><p>Conjuntivo Digestivo</p><p>Ponto subcórtex (zona:</p><p>pontos do antítrago)</p><p>Encontra-se entre a incisura inter-trágica,</p><p>próximo a inserção com a Concha Cava.</p><p>Controla a produção de</p><p>insulina e permite que a</p><p>glicose chegue ao</p><p>sangue.</p><p>Água Rim e</p><p>Bexiga</p><p>Medo Ósseo Urinário/</p><p>Genital</p><p>Ponto San jiao Está abaixo do conduto auditivo externo,</p><p>entre a borda do antítrago e o ponto</p><p>subcórtex</p><p>Retem ou elimina</p><p>líquidos corporais</p><p>Risco de volume de</p><p>líquidos deficientes</p><p>Ponto sede (zona: trago)</p><p>Encontrado cerca de 1mm superior ao</p><p>espaço medial entre os pontos</p><p>suprarrenal e nariz externo.</p><p>Regulação da sede ou</p><p>desidratação.</p><p>Água Rim e</p><p>bexiga</p><p>Medo Ósseo Urinário/</p><p>genital</p><p>Risco de volume de</p><p>líquidos desequilibrado</p><p>Ponto rim (zona: concha</p><p>cimba)</p><p>Ponto triplo aquecedor</p><p>Localiza-se no pequeno orifício abaixo</p><p>da cruz inferior do anthélix na mesma</p><p>altura no ponto pelve.</p><p>Armazena essência</p><p>vital da vida, controla</p><p>os líquidos corporais.</p><p>Água Rim e</p><p>bexiga</p><p>Medo Ósseo Urinário/</p><p>genital</p><p>Risco de constipação</p><p>relacionada a gravidez</p><p>Ponto seguimento</p><p>inferior do reto (zona:</p><p>raiz do hélix).</p><p>Localiza-se no meio da raiz do hélix</p><p>entre a incisura intra-trágica e o ponto</p><p>útero.</p><p>Trata a constipação. Metal Pulmão e</p><p>Intestino</p><p>Grosso</p><p>Tristeza Epiderme Respiratóri</p><p>o</p><p>Incontinência intestinal Ponto intestino delgado</p><p>(zona: pontos que</p><p>circundam a raiz do</p><p>hélix)</p><p>Localizada na borda superior da raiz do</p><p>hélix, na mesma altura do ponto esôfado.</p><p>Trata diarréia. Metal Pulmão e</p><p>Intestino</p><p>Grosso</p><p>Tristeza Epiderme Respiratóri</p><p>o</p><p>50</p><p>Tabela 7 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem e com a teoria dos Cinco Movimentos em TP de risco</p><p>habitual. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022 (continuação).</p><p>Diagnósticos de</p><p>enfermagem</p><p>Nome do ponto Localização Efeito terapêutico Element</p><p>o</p><p>Órgão e</p><p>víscera</p><p>Sentimento Tecido Sistema</p><p>Déficit no</p><p>autocuidado para</p><p>banho/higiene</p><p>relacionado a dor</p><p>Ponto analgesia (zona:</p><p>concha cimba)</p><p>Localizado no meio da</p><p>concha cimba, no mesmo</p><p>nível do ponto rim e ponto</p><p>shenmen.</p><p>Utilizado em casos de</p><p>analgesias em todos os tipos</p><p>de dor.</p><p>Madeira Fígado e</p><p>vesícula biliar</p><p>Reatividade Muscular/</p><p>articular</p><p>Digestivo</p><p>Risco de pressão</p><p>arterial instável</p><p>Ponto hipertensão 3</p><p>(zona: dorso da</p><p>auricula)</p><p>Encontra-se a 2mm do sulco</p><p>do dorso auricular e a lmm</p><p>abaixo do nível do ponto</p><p>Região Bucofacial.</p><p>Regula alterações atípicas da</p><p>PA.</p><p>Fogo Coração e</p><p>Baço</p><p>Alegria Vaso Circulatóri</p><p>o</p><p>Ponto simpático (zona:</p><p>pontos da raiz inferior</p><p>do anti-hélix)</p><p>Está localizada no meio da</p><p>raiz inferior abaixo da</p><p>membrana do hélix.</p><p>Trata hipotensão</p><p>Padrão respiratório</p><p>ineficaz relacionado</p><p>à ansiedade</p><p>Ponto pulmão (zona:</p><p>pontos do dorso da</p><p>auricula</p><p>Encontra-se a 3mm do ponto</p><p>costas e a 1mm da depressão</p><p>do dorso auricular.</p><p>Alivia a dispnéia Metal Pulmão e</p><p>intestino</p><p>grosso</p><p>Tristeza Epiderme Respiratóri</p><p>o</p><p>Fadiga relacionada</p><p>ao trabalho de parto</p><p>Ponto rim (zona:</p><p>concha cimba)</p><p>Ponto Coração</p><p>Localiza-se no pequeno</p><p>orifício abaixo da cruz</p><p>inferior do anthélix na</p><p>mesma altura no ponto</p><p>pelve.</p><p>Armazena essência vital da</p><p>vida, tonifica a energia yang</p><p>fortalece a região lombar.</p><p>Água</p><p>madeira</p><p>Rim e bexiga</p><p>Fígado e</p><p>vesícula biliar</p><p>Medo</p><p>Reatividade</p><p>Ósseo</p><p>Muscular/</p><p>articular</p><p>Úrinário/</p><p>genital</p><p>Digestivo</p><p>Mobilidade física</p><p>prejudicada</p><p>relacionada ao</p><p>desconforto e dor</p><p>Ponto baço (zona:</p><p>concha cava).</p><p>Localiza-se na borda supra-</p><p>externa da concha cava entre</p><p>o ponto estômago e a fossa</p><p>intertrago.</p><p>Trata a atividade do musculo</p><p>lombar, alivia a lombalgia e</p><p>a perda da força muscular</p><p>madeira Fígado e</p><p>vesícula biliar</p><p>Reatividade Muscular/</p><p>articular</p><p>Digestivo</p><p>Privação do sono</p><p>relacionado a</p><p>alterações</p><p>emocionais e físicas</p><p>Pontos Shenmen (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos</p><p>hipotensor e o ponto pelve.</p><p>Trata insônia, ansiedade,</p><p>acalma o espírito.</p><p>Terra Baço-pâncreas</p><p>e estômago</p><p>Preocupação Conjuntivo Digestivo</p><p>Comunicação</p><p>verbal prejudicada</p><p>relacionada a dor do</p><p>trabalho de parto</p><p>Ponto analgesia (zona:</p><p>concha cimba).</p><p>Localizado no meio da</p><p>concha cimba, no mesmo</p><p>nível do ponto rim e ponto</p><p>shenmen.</p><p>Utilizado em casos de</p><p>analgesias em todos os tipos</p><p>de dor.</p><p>Fogo Coração e</p><p>Baço</p><p>Alegria Vaso Circulatóri</p><p>o</p><p>51</p><p>Tabela 7 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem e com a teoria dos Cinco Movimentos em TP de risco</p><p>habitual. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022 (continuação).</p><p>Diagnósticos de</p><p>enfermagem</p><p>Nome do ponto Localização Efeito terapêutico Eleme</p><p>nto</p><p>Órgão e</p><p>víscera</p><p>Sentimento Tecido Sistema</p><p>Conhecimento</p><p>deficiente</p><p>Ponto fronte (zona:</p><p>antítrago).</p><p>Encontra-se no antítrago no</p><p>final do ântero-inferior</p><p>Trata a falta de concentração,</p><p>desperta a mente</p><p>Metal Pulmão e</p><p>intestino</p><p>grosso</p><p>Tristeza Epiderme Respiratóri</p><p>o</p><p>Controle emocional</p><p>lábil</p><p>Ponto shenmen (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos</p><p>hipotensor e o ponto pelve.</p><p>Calmante (acalma dispnéia,</p><p>diarréia, hipotensora, acalma o</p><p>espírito) Anti-inflamatória.</p><p>Trata insônia, ansiedade,</p><p>acalma o espírito. Trata</p><p>insônia, ansiedade, acalma o</p><p>espírito</p><p>Água Rim e bexiga Medo Ósseo Urinário/</p><p>genital</p><p>Risco de binômio</p><p>mãe-feto perturbado</p><p>Ponto tronco cerebral</p><p>(zona: fossa superior</p><p>do antítrago).</p><p>Borda elevada da fossa</p><p>intertrago.</p><p>Estimala a mente e acalma o</p><p>espírito. Trata desordens</p><p>mentais</p><p>Terra Baço-pâncreas</p><p>e estômago</p><p>Preocupação Conjuntivo Digestivo</p><p>Ansiedade</p><p>relacionada ao</p><p>trabalho de parto</p><p>Ponto ansiedade 1</p><p>(zona: pontos do dorso</p><p>da aurícula).</p><p>Encontra-se na união do</p><p>lóbulo com o dorso da</p><p>auricula.</p><p>Trata tensão nervosa,</p><p>ansiedade, insônia, distúrbios</p><p>de comportamento.</p><p>Metal Pulmão e</p><p>intestino</p><p>grosso</p><p>Tristeza Epiderme Respiratóri</p><p>o</p><p>Ponto shenmen (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Encontra-se na união do</p><p>lóbulo com o dorso da</p><p>auricula.</p><p>Encontra-se na união do</p><p>lóbulo com o dorso da</p><p>auricula.</p><p>Medo Ponto ansiedade 1</p><p>(zona: pontos do dorso</p><p>da aurícula).</p><p>Encontra-se na união do</p><p>lóbulo com o dorso da</p><p>auricula.</p><p>Trata estado de angústia,</p><p>estado de medo e pavor,</p><p>insegurança, depressão</p><p>Água Rim e bexiga Medo Ósseo Urinário/</p><p>genital</p><p>Ponto shenmen (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos</p><p>hipotensor e o ponto pelve.</p><p>-Analgesia (alivia a dor)</p><p>-Calmante (acalma o espírito)</p><p>Trata insônia, ansiedade,</p><p>acalma o espírito.</p><p>52</p><p>Tabela 7 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem e com a teoria dos Cinco Movimentos em TP de risco</p><p>habitual. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022 (continuação).</p><p>Diagnósticos de</p><p>enfermagem</p><p>Nome do ponto Localização Efeito terapêutico Element</p><p>o</p><p>Órgão e</p><p>víscera</p><p>Sentimento Tecido Sistema</p><p>Risco de</p><p>integridade da pele</p><p>prejudicada</p><p>Ponto períneo (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Encontra-se borda inferior</p><p>da Fossa Triangular, no</p><p>mesmo nível do Pingchuan</p><p>Superior.</p><p>Trata as dores localizadas no</p><p>períneo e recuperação do</p><p>períneo.</p><p>Metal Pulmão e</p><p>intestino</p><p>grosso</p><p>Tristeza Epiderme Respiratóri</p><p>o</p><p>Ponto San Jiao</p><p>Está abaixo do conduto</p><p>auditivo externo, entre a</p><p>borda do antítrago e o ponto</p><p>subcórtex</p><p>Desobstrui articulações,</p><p>acalma a dor, regula as</p><p>energias</p><p>Ponto cavidade pélvica</p><p>(zona: raiz inferior do</p><p>anti-hélix).</p><p>Encontra-se na borda</p><p>superior da Raiz Inferior do</p><p>Anti-hélix, no mesmo nível</p><p>do ponto Shenmen e Isquio.</p><p>Trata dores na área do púbis,</p><p>dificuldade de dilatação no</p><p>parto, dores no parto natural,</p><p>dores no períneo.</p><p>Conforto</p><p>prejudicado</p><p>Ponto shenmen (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos</p><p>hipotensor e o ponto pelve.</p><p>Analgesia (alivia a dor)</p><p>-Calmante (acalma dispnéia,</p><p>diarréia, hipotensora, acalma o</p><p>espírito). Anti-inflamatória</p><p>Fogo Coração e</p><p>Baço</p><p>Alegria Vaso Circulatóri</p><p>o</p><p>Dor aguda</p><p>relacionada as</p><p>contrações uterinas</p><p>Ponto anexos do útero</p><p>(zona: fossa triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos</p><p>genitais internos e pelve no</p><p>terço posterior</p><p>Utilizados nos tratamentos de</p><p>alterações uterinas,</p><p>dificuldade no trabalho de</p><p>parto, hemorragia, retenção</p><p>placentária.</p><p>madeira Fígado e</p><p>vesícula</p><p>biliar</p><p>Reatividade Muscular/</p><p>articular</p><p>Digestivo</p><p>Ponto colo do útero</p><p>(zona: fossa triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos</p><p>genitais internos e pelve no</p><p>terço anterior.</p><p>Utilizados nos tratamentos de</p><p>alterações uterinas,</p><p>dificuldade no trabalho de</p><p>parto, hemorragia, retenção</p><p>placentária.</p><p>Dor no trabalho de</p><p>parto relacionada as</p><p>contrações uterinas</p><p>Região lombar (zona:</p><p>anti-hélix)</p><p>Está em cima do anti-hélix,</p><p>que fica entre a área sacra e</p><p>dorsal.</p><p>Trata qualquer alteração</p><p>patológica</p><p>da região lombar, e</p><p>lombalgias de qualquer causa.</p><p>madeira Fígado e</p><p>vesícula</p><p>biliar</p><p>Reatividade Muscular/</p><p>articular</p><p>Digestivo</p><p>53</p><p>Tabela 7 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem e com a teoria dos Cinco Movimentos em TP de risco</p><p>habitual. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022 (conclusão).</p><p>Diagnósticos de</p><p>enfermagem</p><p>Nome do ponto Localização Efeito terapêutico Element</p><p>o</p><p>Órgão e</p><p>víscera</p><p>Sentimento Tecido Sistema</p><p>Dor no trabalho de</p><p>parto relacionada as</p><p>contrações uterinas</p><p>Ponto fígado (zona:</p><p>concha cimba).</p><p>Se encontra na borda</p><p>posterior inferior da concha</p><p>cimba.</p><p>Regula energia e alivia a dor</p><p>trata alterações</p><p>ginecológicas e obstétricas.</p><p>madeira Fígado e</p><p>vesícula biliar</p><p>Reatividade Muscular/</p><p>articular</p><p>Digestivo</p><p>Ponto hipófise (zona:</p><p>pontos do antítrago).</p><p>Encontra-se abaixo do</p><p>antítrago abaixo projeção do</p><p>antítrago.</p><p>Auxilia no trabalho de parto,</p><p>estimula a contração uterina.</p><p>Ponto útero (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos</p><p>genitais internos e pelve no</p><p>terço anterior.</p><p>Posição anormal do feto,</p><p>retenção de feto, retenção de</p><p>placenta.</p><p>Dor no trabalho de</p><p>parto relacionada as</p><p>contrações uterinas</p><p>Ponto pelve (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Localiza-se no ponto onde se</p><p>atravessam a cruz superior e</p><p>inferior do anti-hélix na</p><p>borda interna.</p><p>Trata dores do baixo ventre,</p><p>do parto.</p><p>madeira Fígado e</p><p>vesícula biliar</p><p>Reatividade Muscular/</p><p>articular</p><p>Digestivo</p><p>Náusea</p><p>relacionadas ao</p><p>trabalho de parto</p><p>Ponto estômago (zona:</p><p>pontos que circundam a</p><p>raiz do hélix.</p><p>Encontra-se no local onde</p><p>some a raiz do hélix.</p><p>Faz descer a energia e assim</p><p>trata a náusea e vômitos.</p><p>madeira Fígado e</p><p>vesícula biliar</p><p>Reatividade Muscular/</p><p>articular</p><p>Digestivo</p><p>Risco de solidão Ponto shenmen (zona:</p><p>fossa triangular).</p><p>Localiza-se entre os pontos</p><p>hipotensor e o ponto pelve.</p><p>Acalma o espírito. Metal Pulmão e</p><p>intestino</p><p>grosso</p><p>Tristeza Epiderme Respiratóri</p><p>o</p><p>Fonte: Produzida pela autora com base nos dados do livro Tratados de Auriculoterapia, 2013 e Diagnósticos de Enfermagem da NANDA, 2018 – 2020.</p><p>54</p><p>Dentre os pontos mencionados na Tabela 7, alguns já possuem evidências dos</p><p>benefícios da auriculoterapia para alívio desses sintomas, tais como: constipação intestinal</p><p>(CONTIM, SANTO & MORETTO, 2020), aplicando a técnica no ponto segmento inferior do</p><p>reto (zona: raiz do hélix). ; privação do sono (UFSC, 2020), através do ponto shenmen;</p><p>náusea (FRÓES et al., 2021), utilizando os ponto estômago; nutrição desequilibrada</p><p>(LANDGREN, 2021) , utilizando o ponto fome; glicemia instável (BRASIL, 2020) ,</p><p>utilizando o ponto glândulas endócrinas; risco de pressão arterial instável (BRASIL, 2020) ,</p><p>utilizando os pontos hipertensão 3 e o simpático. No entanto ainda não foram utilizados no</p><p>intraparto. Além destes, ainda podemos considerar os demais pontos citados nas Tabelas, que</p><p>por sua vez, também não possuem estudos do uso nas maternidades sugerindo novas</p><p>pesquisas e integração nas PICS. Deste modo, contribui-se para a abertura de um leque de</p><p>benefícios que a aplicação da auriculoterapia ainda pode trazer no TP.</p><p>55</p><p>5. DISCUSSÃO</p><p>Os incômodos sentidos pela mulher durante o trabalho de parto é a soma de diversos</p><p>sintomas fisiológicos e convencionais quando se trata, principalmente, do parto normal. Essas</p><p>alterações são importantes para que haja dilatação uterina e a descida fetal pelo canal vaginal.</p><p>Mesmo sendo algo temporário é um momento diferenciado na vida da parturiente e a</p><p>experiência de passar pelo trabalho de parto está carregada de mitos que geralmente causam</p><p>medo. Esse sentimento é um fator importante para a desistência da escolha pelo parto natural</p><p>e aumento das parcelas de cesarianas eletivas. (CHEROBIN, OLIVEIRA & BRISOLA, 2016;</p><p>MASCARENHA, et al., 2019).</p><p>O parto normal, quando contraposto com a cesariana, é a forma mais confiável de</p><p>parir e confere menor duração de internação. No entanto, a pouca escolaridade, a</p><p>primiparidade e as maternidades que apresentam grandes taxas de intervenções médicas,</p><p>invasivas e desrespeitosas, torna o enfrentamento do parto normal um tormento (ABEDI et</p><p>al., 2017). Por isso, implementar o uso dos métodos não farmacológicos pelas equipes de</p><p>cuidados é, sem dúvida, uma das ações com grande impacto na redução das cesarianas e na</p><p>prevenção de violências obstétricas (OMS, 2014).</p><p>A auriculoterapia na assistência à saúde da mulher em maternidades é uma proposta</p><p>terapêutica diferenciada e, geralmente, de boa aceitação. A técnica vem sendo utilizada no</p><p>tratamento e nas intervenções habituais por proporcionar aumento da qualidade de vida dessa</p><p>clientela. Além disso, a inserção das práticas integrativas e complementares nos ambientes</p><p>hospitalares, viabiliza oferecer a cliente maior autonomia de escolha durante o nascimento de</p><p>seu filho (CHEROBIN, OLIVEIRA & BRISOLA, 2016; MASCARENHAS et al., 2019).</p><p>Após a avaliação dos artigos encontrados, foi percebido diferentes aplicações da</p><p>auriculoterapia na hora de dar à luz. Segundo o estudo clínico randomizado de Mafetoni et. al.</p><p>(2018), realizado em um Hospital Universitário de São Paulo com objetivo de avaliar a</p><p>eficácia da acupuntura auricular na assistência a parturiente, constatou que o processo de</p><p>parto é responsável por cerca de 90% dos casos de ansiedade em gestantes confirmando que a</p><p>ansiedade e a angústia são manifestações frequentes entre as parturientes na hora de parir.</p><p>Esses sentimentos, causados pelo medo e preocupação, trazem consigo desordens físicas e</p><p>emocionais que podem atrapalhar a evolução e o nascimento fetal além de prejudicar a</p><p>experiência de vivenciar algo tão especial como dar à luz.</p><p>O estudo contou com a participação de 102 mulheres que foram divididas em três</p><p>grupos: grupo intervenção GI (auriculoterapia), grupo placebo (GP) e o grupo controle (GC).</p><p>56</p><p>Todas as integrantes se encontravam em TP, sendo que 92% delas apresentavam sintomas de</p><p>ansiedade. Contudo, após a estimulação dos pontos auriculares como shenmen, útero, área de</p><p>neurastenia e endócrino com microesferas de cristal, o grupo intervenção (GI) conseguiu</p><p>manter o controle dos níveis de ansiedade na fase ativa do TP, o que não ocorreu com GP e</p><p>GC os quais não possuíam a mesma intervenção (MAFETONI et. al., 2018).</p><p>Na pesquisa de Cherobin, Oliveira e Brizola (2016), realizada em 19 mulheres</p><p>admitidas em TP em um centro obstétrico de Santa Catarina no ano de 2015, a terapia</p><p>auricular foi aplicada juntamente com a acupuntura corporal. O objetivo da pesquisa era</p><p>avaliar os efeitos das técnicas citadas no controle da dor na parturição em intervalos de tempo</p><p>de 30 minutos através da escala visual analógica (EVA). Foi observado que 100% das clientes</p><p>permaneceram com a auriculoterapia por mais tempo, diferentemente da acupuntura corporal</p><p>sendo retirada conforme o decorrer do tempo durante os intervalos.</p><p>Ao concluir a análise o pesquisador observou que 15 (79%) das clientes que</p><p>receberam as técnicas obtiveram atenuação das sensações dolorosas do TP inicialmente. Após</p><p>duas horas, apenas a metade referiu piora do quadro e a outra metade se mantiveram com os</p><p>mesmos níveis de dor (CHEROBIN, OLIVEIRA & BRIZOLA 2016).</p><p>Em um ensaio clínico randomizado iraniano, realizado no ano de 2017, buscou definir</p><p>a eficiência da terapia auricular nos incômodos dolorosos do processo de parir em mulheres</p><p>nulíparas e com ausência de comorbidades. A pesquisa contou com 84 primíparas separadas</p><p>em dois grupos: grupo intervenção (GI) com auriculoterapia com 42 clientes e o grupo</p><p>controle (GC), também com 42 clientes, que receberam a assistência de enfermagem de</p><p>rotina. Foi observado pelos pesquisadores que logo após a estimulação dos pontos auriculares</p><p>pré-determinados, o primeiro e segundo estágio do TP, obtiveram</p><p>resultados significativos</p><p>nos escores de dor no GI em relação ao GC. O GI teve menos incômodos da contração uterina</p><p>do que o GC. Além desse fator, ao verificar o tempo entre o primeiro e o segundo estágio da</p><p>parturição foi percebido que o GI teve duração menor que o GC. Contudo o tempo na terceira</p><p>fase não houve diferenças significativas entre eles (VALIANI et al, 2018).</p><p>A mesma experiência foi vista por Abedi et al (2017). Em seu estudo, 80 primíparas</p><p>com ausências de comorbidades também foram divididas em dois grupos (GI auriculoterapia</p><p>e GC controle). O GI recebeu o tratamento com a acupuntura auricular durante o processo de</p><p>parturição e tiveram os escores de dor menores em relação ao GC, além disso o GI tiveram a</p><p>duração da fase ativa menor do que a GC. Vale salientar que neste estudo foi analisado ainda</p><p>que a taxa de parto via vaginal sem lacerações ou episiotomias e sangramento puerperal</p><p>anormal foi menor no GI do que no GC.</p><p>57</p><p>Na revisão integrativa de literatura de Mascarenhas et al., (2019) foi identificado que</p><p>a acupuntura auricular promove a liberação de endorfinas e estas por sua vez atuam na</p><p>duração e na intensidade das sensações dolorosas das contrações uterinas. Além dos fatores</p><p>biológicos causadores da dor, foi evidenciado neste estudo, também, que a auricopuntura</p><p>auxilia na melhoria dos transtornos emocionais ocasionados pelo medo, incertezas e crenças</p><p>de possíveis complicações o que colaboram para a piora do quadro de desconfortos no</p><p>período intraparto caso não sejam controlados.</p><p>Todavia, nos artigos selecionados a aplicação da terapia auricular no meio intraparto</p><p>foi, em grande parte, para o manejo da dor destacando este diagnóstico de enfermagem como</p><p>o principal foco dos cuidados da enfermagem dentro das salas obstétricas. A segunda</p><p>colocação foi para o tempo da duração da fase ativa do parto juntamente com a taxa de</p><p>episiotomia e a terceira para alívio da ansiedade. Contudo, atualmente, foi percebido no</p><p>decorrer deste estudo, que é manifestado também outros tipos de sintomas que levam a</p><p>mulher a optar pela cirurgia cesariana. Deste modo cabe a equipe identificar e dar devida</p><p>atenção para essas queixas.</p><p>Por isso, como forma de ampliar esta pesquisa houve a necessidade de trazer, ao</p><p>longo do trabalho, diferentes DEs que não foram tratados artigos selecionados e que</p><p>normalmente são referidos pela parturiente de risco habitual. Cada DE identificado possui</p><p>grande relevância nos cuidados ofertados pois este está relacionado as sintomatologias</p><p>apresentadas que podem trazer algum grau de desconforto durante o TP, se tornando um</p><p>problema potencial para a evolução do processo.</p><p>A acupuntura auricular abrange o organismo em sua totalidade resultando no</p><p>equilíbrio do mesmo. A realização desta terapêutica de forma combinada atende a vários DEs</p><p>de forma harmônica e diminui diversos desconfortos manifestados pelas parturientes,</p><p>proporcionando bem-estar e a redução da ansiedade por resgatar o caráter biológico da</p><p>parturição. Por isso faz-se necessário que as práticas integrativas e complementares se tornem</p><p>parte da rotina da assistência da enfermagem obstétrica (MASCARENHAS et al., 2019).</p><p>Além disso, vale lembrar que, conforme o Cofen (2019), a enfermagem é a profissão</p><p>que mais pesquisa sobre as práticas integrativas e complementares e a sua utilização para a</p><p>diminuição da medicalização e para a promoção da melhoria da qualidade de vida dos</p><p>clientes.</p><p>A implementação da auriculoterapia nas práticas assistenciais é fundamental visto que</p><p>possui grande segurança e ocasiona o mínimo de intervenções. Ademais o olhar para o</p><p>cuidado da equipe de enfermagem obstétrica, alicerçado nos diagnósticos de enfermagem e na</p><p>58</p><p>recuperação da fisiologia do parto e nascimento no emprego das PICS, resulta em uma nova</p><p>concepção e desempenho do enfermeiro, atingindo maior efetividade na atenção em saúde,</p><p>com profissionais mais qualificados, cautelosos e reflexivos para aperfeiçoar seus cuidados.</p><p>59</p><p>6. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Ao fundamentar o tema desta revisão narrativa, fica evidente a compreensão do</p><p>quanto o assunto e os recursos usados na assistência de enfermagem no momento do parto são</p><p>benéficos para a mulher e seu recém-chegado. O uso dos métodos não farmacológicos, em</p><p>especial a auriculoterapia, com os diagnósticos de enfermagem no momento do parto é crucial</p><p>para que a assistência seja humanizada, menos traumática, assertiva e permita o protagonismo</p><p>feminino sobre o seu próprio corpo. Outro fator de grande importância para o uso dos</p><p>métodos não farmacológicos é o encorajamento pela escolha da via de parto vaginal que,</p><p>atualmente, ganha forças no cenário brasileiro.</p><p>Neste estudo é visto que os desconfortos vivenciados pelas parturientes são relativos e</p><p>estes muitas vezes estão ligadas às diversas condições biopsicossociais ao qual está inserida.</p><p>A dor é a maior causa de queixa entre as mulheres no TP, contudo, ao analisar o grau de</p><p>escolaridade, a vulnerabilidade social, o estado mental e emocional, percebe-se que entre as</p><p>sensações dolorosas das contrações existem outros incômodos como o medo, a ansiedade, as</p><p>preocupações com a vitalidade fetal, o estranhamento do ambiente da maternidade, além de</p><p>outros problemas que não foram abordados nos estudos selecionados como náuseas,</p><p>incontinência fecal, privação do sono, fome, entre outros.</p><p>Foi observado que para proporcionar um parto humanizado e um nascimento marcado</p><p>por experiências felizes, o profissional enfermeiro deve possuir um olhar atento que busque</p><p>meios de amparar a mulher em todas as necessidades que possam surgir no meio do processo.</p><p>De acordo com Garcia (1999) e com Souza (2013) a terapia auricular é um recurso que possui</p><p>pontos de tratamentos para todos os diagnósticos selecionados neste estudo, o que atende aos</p><p>demais desconfortos detectados.</p><p>No entanto, embora este estudo identifique os benefícios da auriculoterapia no</p><p>binômio mãe-bebê referentes aos cuidados no intraparto, as pesquisas com a técnica ainda são</p><p>limitadas. Atualmente os estudos obstétricos com auriculoterapia, baseados em evidências,</p><p>são poucos e restritos apenas ao manejo de alguns dos diagnósticos, mesmo o tratamento</p><p>sendo de fácil aplicação e de boa aceitação pelas parturientes.</p><p>Portanto, o atual estudo propõe possíveis pontos da auriculoterapia para tratar os</p><p>diagnósticos de enfermagem identificados nesta pesquisa durante o trabalho de parto vaginal</p><p>que, habitualmente, surgem entre as mulheres como incômodos no momento do trabalho de</p><p>parto nos centros obstétricos.</p><p>60</p><p>Deste modo, os DEs apresentados neste trabalho precisam de novos estudos com</p><p>auriculoterapia são: nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais, risco de</p><p>glicemia instável: ingestão alimentar insuficiente, risco de volume de líquidos deficientes,</p><p>risco de volume de líquidos desequilibrado, risco de volume de líquido deficiente, risco de</p><p>constipação relacionada a gravidez, incontinência intestinal no momento expulsivo, déficit no</p><p>autocuidado para banho/higiene relacionado a dor, risco de pressão arterial instável, padrão</p><p>respiratório ineficaz relacionado à ansiedade, fadiga relacionada ao trabalho de parto,</p><p>mobilidade física prejudicada relacionada a dor, privação do sono relacionado a alterações</p><p>emocionais e físicas, comunicação verbal prejudicada relacionada a dor do trabalho de parto,</p><p>controle emocional lábil, risco de binômio mãe-feto perturbado, ansiedade relacionada ao</p><p>trabalho de parto, medo, risco de integridade da pele prejudicada, risco de desequilíbrio na</p><p>temperatura corporal, conforto prejudicado, dor aguda relacionada às contrações uterinas, dor</p><p>no trabalho de parto relacionada às contrações uterinas, náusea relacionadas ao trabalho de</p><p>parto e risco de solidão.</p><p>61</p><p>7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>1. ABEDI Parvin, RASTEGAR</p><p>Hoda, VALIANI Mahboobeh, SAADATI Najimeh.</p><p>The Effect of Auriculotherapy on Labor Pain, Length of Active Phase and</p><p>Episiotomy Rate Among Reproductive Aged Women. Journal of Family and</p><p>Reproductive Health Vol. 11, No. 4, December 2017. Disponível em:</p><p><https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6168759/pdf/JFRH-11-185.pdf>.</p><p>Acesso em: 25 abril 2022.</p><p>2. AIELLO, Luiza; BOSSHART, Thomas Gabriel Paranhos. A Contribuição da</p><p>Medicina Tradicional Chinesa para o Parto Humanizado no Ocidente. Centro de</p><p>Estudos de Terapias Naturais: Artigos, Internet, 18 abr. 2017. Disponível em:</p><p>https://www.cetn.com.br/artigos/a-contribuicao-da-medicina-tradicional-chinesa-</p><p>para-o-parto-humanizado-no-ocidente/. Acesso em: 25 maio 2022.</p><p>3. ALMEIDA, Mariza Silva; SILVA, Isília Aparecida. 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Disponível em:</p><p>https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/ciclo-gravidico. Acesso em 06 de</p><p>mai. 2022.</p><p>32. FERREIRA, Luiza Mairla Soares; SANTOS, Ana Deyva Ferreira dos; RAMALHO,</p><p>Ramayana Carolina Ferreira; ALVES, Dailon de Araújo; DAMASCENO, Simone</p><p>Soares; FIGUEIREDO, Maria de Fátima Esmeraldo Ramos de; KERNTOPF, Marta</p><p>Regina; FERNANDES, George Pimentel; LEMOS, Izabel Cristina Santiago.</p><p>Assistência de enfermagem durante o trabalho de parto e parto: a percepção da</p><p>mulher. Revista Cubana de Enfermería: Artículo Original, Internet, v. 33, n. 2, p.</p><p>https://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/gais-informa/gais_104_v3.pdf</p><p>https://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/gais-informa/gais_104_v3.pdf</p><p>66</p><p>2039-2046, 2017. Disponível em:</p><p>http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/article/view/1102/263. Acesso em:</p><p>22 maio 2022.</p><p>33. 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FREDERICO, Juliette Maria Alfonso. Pontos Shu Antigos e os Cinco Movimentos.</p><p>Orientador: Profa. Cintia Akemi. 2016. 53 p. Trabalho de Conclusão de Curso</p><p>(Curso de Formação em Acupuntura) - EBRAMEC - Escola Brasileira de Medicina</p><p>Chinesa, São Paulo, 2016. Disponível em: https://ebramec.edu.br/wp-</p><p>content/uploads/2019/05/TCC-Juliette-Maria-Alfonso-Frederico.pdf. Acesso em: 25</p><p>maio 2022.</p><p>36. FRÓES, Nathaly Bianka Moraes; ARRAIS, Francisca Ariane de Souza; AQUINO,</p><p>Priscila de Souza; MAIA, Juliana Cunha; BALSELLS, Marianne Maia Dutra. Efeitos</p><p>da auriculoterapia no tratamento de náuseas e vômitos: revisão sistemática. Revista</p><p>Brasileira de Enfermagem (REBEn): Revisão, Internet, v. 75, n. 1, 2022. DOI</p><p>https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-1350. Disponível em:</p><p>https://auriculoterapia.paginas.ufsc.br/files/2020/12/guia-insonia_04-12-20.pdf.</p><p>Acesso em: 25 maio 2022.</p><p>37. FURUYA, Rejane Kiyomi; NAKAMURA, Flávia Regina Yoshida; GASTALDI,</p><p>Andréia Bendine; ROSSI, Lídia Aparecida. Sistemas de classificação de enfermagem</p><p>e sua aplicação na assistência: revisão integrativa de literatura. Revista Gaúcha de</p><p>Enfermagem: Artigos de Revisão, Internet, v. 32, n. 1, p. 167-175, Março 2011.</p><p>DOI https://doi.org/10.1590/S1983-14472011000100022. Disponível em:</p><p>https://www.scielo.br/j/rgenf/a/NN8twcJLCSRkGnFRzTRXVLD/?lang=pt. Acesso</p><p>em: 13 maio 2022.</p><p>38. GARCÍA, Ernesto González. Auriculoterapia: Escola Huang Li Chun. [S. l.]: Roca,</p><p>2003. 440 p. ISBN 9788572412780.</p><p>39. GARCIA, Estefânia Santos Gonçalves Félix; LEITE, Eliana Peres Rocha Carvalho;</p><p>NOGUEIRA, Denismar Alves. Assistência de enfermagem às puérperas em unidades</p><p>de atenção primária. Revista de Enfermagem: UFPE On Line, Recife, v. 7, n. 10, p.</p><p>5923-5928, outubro 2013. DOI https://doi.org/10.5205/1981-8963-</p><p>v7i10a12218p5923-5928-2013. 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KUREBAYASHI, Leonice Fumiko Sato; SILVA, Maria Júlia Paes da; PRADO,</p><p>Juliana Miyuki do. Eficácia da auriculoterapia na redução de ansiedade em</p><p>estudantes de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP: Artigo</p><p>Original, São Paulo, v. 46, n. 5, p. 1197-1203, Outubro 2012. DOI</p><p>https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000500023. Disponível em:</p><p>https://www.scielo.br/j/reeusp/a/f3cFfyHzxxzsYXN7TwDrDYL/?lang=pt. Acesso</p><p>em: 06 jun. 2022.</p><p>48. KUREBAYASHI, Leonice Fumiko Sato; SILVA, Maria Júlia Paes da.</p><p>Auriculoterapia Chinesa para melhoria de qualidade de vida de equipe de</p><p>Enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn): Pesquisa, Internet, v.</p><p>68</p><p>68, n. 1, p. 117-123, Jan-Fev 2015. DOI https://doi.org/10.1590/0034-</p><p>7167.2015680116p. Disponível em:</p><p>https://www.scielo.br/j/reben/a/p4X7RssSTFSpCgwDK5TZsvR/?lang=pt. Acesso</p><p>em: 2 jun. 2022.</p><p>49. LANDGREN, Kajsa. 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Disponível em:</p><p>https://dspace.uniceplac.edu.br/bitstream/123456789/304/1/Ana%20Paula%20de%2</p><p>0Araujo_0001624_Marcileide%20Mendes_0001476. Acesso em: 16 fev. 2022.</p><p>52. LUCA, Alexandre Castelo Branco de. Medicina Tradicional Chinesa: acupuntura e</p><p>tratamento da síndrome climatérica. Orientador: Dra. Ceci Mendes Carvalho Lopes.</p><p>2008. 225 p. Tese (Título de Doutor em Ciências) - Universidade de São Paulo, São</p><p>Paulo, 2008. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-</p><p>21012009-141009/publico/AlexandreCbdeLuca.pdf. Acesso em: 25 maio 2022.</p><p>53. MACIOCIA, Giovanni. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: Um Texto</p><p>Abrangente Para Acupunturistas e Fisioterapeutas. 2. ed. São Paulo: ROCA, 2007.</p><p>1000 p. ISBN 978-8572416597.</p><p>54. MAFETONI, R. R.; JACOB, L. M. S.; SHIMO, A. K. K.. Efeitos da auriculoterapia</p><p>sobre a evolução do trabalho de parto: dados preliminares. In: Anais do Encontro de</p><p>Enfermeiros de Hospitais de Ensino do Estado de São Paulo, 2016. Anais</p><p>eletrônicos... Campinas, Galoá, 2016. Disponível em:</p><p>https://proceedings.science/enfhesp/papers/efeitos-da-auriculoterapia-sobre-a-</p><p>and “Nursing diagnoses” with</p><p>AND and OR boolean operators. The final sample considered 5 research. In the</p><p>analyzed articles, it became evident that there is attenuation of the pain during uterine</p><p>contractions in the treatments using auricular therapy. Humanization was present in all</p><p>the articles, remarking the appreciation of the physiology and autonomy of the</p><p>parturient, through the non-pharmacological technique to relieve discomfort. The</p><p>utilization of non-intrusive technologies for the nursing diagnoses treatment in the</p><p>midwifery make the professional/patient relation stronger from the woman's experience,</p><p>demonstrating that labor humanization is an excellent way of care. We conclude that the</p><p>practice of auriculotherapy in laboring rooms by nurses is still scarce. We verified that</p><p>the technique allows to treat, in a natural way, several discomforts during parturition,</p><p>however, there is still a lot to explore because several auricular points, that exist so far,</p><p>have not yet been used in the discomfort management that go beyond pain.</p><p>Descriptors: Auriculotherapy, Labor, Humanized labor, Midwife nursing, obstetrics,</p><p>and Nursing diagnoses.</p><p>LISTA DE TABELAS</p><p>Tabela 1 - Bases de dados, estratégias de busca e resultado de artigos</p><p>encontrados......43</p><p>Tabela 2 - Vinculações aos Cinco Elementos</p><p>................................................................Erro! Indicador não definido.</p><p>Tabela 3 - Dados referentes ao título, autores, periódico e ano de publicação dos artigos</p><p>selecionados na amostra. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022. ................................ 34</p><p>Tabela 4 - Dados referentes aos objetivos, amostra estudada, metodologia e principais</p><p>resultados dos artigos selecionados na amostra. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil,</p><p>2022Erro! Indicador não definido.</p><p>Tabela 5 - Diagnósticos de enfermagem durante o parto vaginal por domínios de acordo</p><p>com a taxonomia da NANDA-I 2018-2020. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil,</p><p>2022.....Erro! Indicador não definido.</p><p>Tabela 6 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem em</p><p>TP de risco habitual Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022 (continua).........................43</p><p>Tabela 7 - Pontos de auriculoterapia relacionados aos diagnósticos de enfermagem e</p><p>com a teoria dos Cinco Movimentos em TP de risco habitual. Niterói – Rio de Janeiro –</p><p>Brasil, 2022 ..................................................................................................................... 47</p><p>LISTA DE FIGURAS</p><p>Figura 1 - Fluxograma do processo de seleção dos estudos para a revisão narrativa da</p><p>literatura – Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022. ..................................................... 222</p><p>Figura 2 - representação dos Cinco Elementos. .......................................................... 333</p><p>Figura 3 - Face anterior do pavilhão auricular e os pontos citados. ............................ 355</p><p>Figura 4 - Exemplifica a face posterior do pavilhão auricular e os pontos citados. .... 366</p><p>LISTA DE ABREVIATURAS</p><p>BCF Batimento Cardíaco Fetal</p><p>BDENF Base de Dados de Enfermagem</p><p>BIREME Biblioteca Nacional de Medicina</p><p>COFEN Conselho Federal de Enfermagem</p><p>EEAAC Escola de enfermagem Aurora de Afonso Costa</p><p>ETP Ensino Teórico Prático</p><p>EVA Escala Visual Analógica</p><p>GC Grupo Controle</p><p>GI Grupo Intervenção</p><p>GP Grupo Placebo</p><p>HUAP Hospital Universitário Antônio Pedro</p><p>IST Infecção Sexualmente Transmissível</p><p>LILACS Literatura Latino-Americano e do Caribe</p><p>MS Ministério da Saúde</p><p>MTC Medicina Tradicional Chinesa</p><p>NANDA North American Nursing Diagnosis Association International</p><p>OMS Organização Mundial da Saúde</p><p>PE Processos de enfermagem</p><p>PICS Práticas Integrativas e Complementares</p><p>PNAISM Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher</p><p>PNH Política Nacional de Humanização</p><p>PNPIC Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares</p><p>PUBMED U.S. National Library of Medicine,</p><p>RNL Revisão Narrativa da Literatura</p><p>RN Recém-Nascido</p><p>SAE Sistematização de Assistência de enfermagem</p><p>SNC Sistema Nervoso Central</p><p>SUS Sistema Único de Saúde</p><p>TP Trabalho de Parto</p><p>UFF Universidade Federal Fluminense</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................... 13</p><p>1.1 Problematização ............................................................................................. 14</p><p>1.2 Questão norteadora: ...................................................................................... 17</p><p>1.3 Objetivos gerais: ............................................................................................ 17</p><p>1.4 Objetivos específicos: ..................................................................................... 18</p><p>1.5 Justificativa e relevância: .............................................................................. 18</p><p>2. METODOLOGIA ................................................................................................... 19</p><p>3. REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA ...................................................... 24</p><p>3.1 ACOLHIMENTO, CONFORTO E DESCONFORTO NO PARTO ....... 24</p><p>3.2 INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS QUE PROMOVEM A SAÚDE E O</p><p>BEM-ESTAR DA PARTURIENTE ........................................................................ 25</p><p>3.2.1 Política nacional de atenção integral à saúde da mulher .......................... 25</p><p>3.2.2 Política nacional de humanização............................................................. 26</p><p>3.2.3 Política nacional de práticas integrativas e complementares.................... 26</p><p>3.3 ASSISTÊNCIA À GESTANTE NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL</p><p>27</p><p>3.4 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO NANDA ............................................... 30</p><p>3.5 AURICULOTERAPIA .................................................................................. 31</p><p>3.5.1 Estruturas do pavilhão auricular face anterior .......................................... 35</p><p>3.5.2 Fisiologia da acupuntura auricular ........................................................... 38</p><p>4. RESULTADOS DA REVISÃO INTEGRATIVA .................................................. 40</p><p>4.1 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NO TRABALHO DE PARTO . 42</p><p>5. DISCUSSÃO .............................................................................................................. 55</p><p>6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 59</p><p>7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 61</p><p>13</p><p>1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS</p><p>Ao passar pelo Ensino Teórico Prático (ETP) das disciplinas de Enfermagem Materno</p><p>Infantil na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) da Universidade</p><p>Federal Fluminense (UFF), pude conhecer o Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de</p><p>Hollanda na cidade do Rio de Janeiro e a Maternidade Municipal Alzira Reis na cidade de</p><p>Niterói onde o interesse pela obstetrícia foi despertado e tive a possibilidade de saber o que de</p><p>fato é obstetrícia.</p><p>Durante a vivência, nas instituições em que estagiei, acompanhei mulheres em</p><p>diferentes momentos do ciclo gravídico puerperal e foi possível compreender a atuação da</p><p>enfermagem obstétrica. Participar de momentos como parto, nascimento e puerpério foram</p><p>experiências marcantes.</p><p>Às disciplinas de saúde da</p><p>evolucao-do-trabalho-de-parto--dados-preliminares. Acesso em: 16 mai. 2022.</p><p>55. 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Orientador:</p><p>Prof. Dr. Marcelo Tavella Navega. 2016. 53 p. Dissertação (Título de Mestre em</p><p>Desenvolvimento Humano e Tecnologias) - Universidade Estadual Paulista, Rio</p><p>Claro, 2016. Disponível em:</p><p>74</p><p>https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/136212/tolentino_f_me_rcla.pdf?</p><p>sequence=3&isAllowed=y. Acesso em: 25 maio 2022.</p><p>97. UBALDO, Isabela; MATOS, Eliane; SALUM, Nádia Chiodelli. Diagnósticos de</p><p>enfermagem da NANDA-I com base nos problemas segundo teoria de Wanda</p><p>Horta. Revista Cogitare Enfermagem: UFPR, v. 20, n. 4, p. 687-694, out/dez 2015.</p><p>Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/viewFile/40468/26628. Acesso</p><p>em: 16 maio 2022.</p><p>98. UBALDO, Isabela. O diagnóstico de enfermagem da NANDA internacional na</p><p>sistematização da assistência de enfermagem na clínica médica de um hospital</p><p>universitário. Trabalho de conclusão de curso UFSC, 2012. Disponível em:</p><p><https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/106778/319587.pdf?sequenc</p><p>e=1&isAllowed=y>. Acesso em: 10 julho 2022.</p><p>99. UNESP CAMPUS DE BOTUCATU. Biblioteca Prof. Paulo de Carvalho</p><p>Mattos. Tipos de Revisão de Literatura. Botucatu: [s. n.], 2015. 9 p. Disponível</p><p>em: https://www.fca.unesp.br/Home/Biblioteca/tipos-de-evisao-de-literatura.pdf.</p><p>Acesso em: 16 jun. 2022.</p><p>100. VALIANI Mahboubeh, AZIMI Masoumeh, DEHNAVI Zahra Mohebbi,</p><p>MOHAMMADI Soheila, PIRHADI Masoume. The effect of auriculotherapy on the</p><p>severity and duration of labor pain. J Edu Health Promot 2018;7:101. Disponível</p><p>em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6089040/pdf/JEHP-7-</p><p>101.pdf>. Acesso em: 28 maio 2022.</p><p>101. XAVIER, Letícia Mendes; TAETS, Gunnar Glauco De Cunto Carelli. A importância</p><p>de práticas integrativas e complementares no tratamento de pacientes com</p><p>câncer. Enfermagem Brasil, [s. l.], v. 20, n. 1, p. 82-93, 2021. DOI</p><p>10.33233/eb.v20i1.4379. Disponível em:</p><p>https://convergenceseditorial.com.br/index.php/enfermagembrasil/article/view/4379/</p><p>6957. Acesso em: 16 maio 2022.</p><p>mulher I e II foram fundamentais para elucidar e aprender</p><p>como instruir as mães sobre o cuidado necessário que se deve ter para a chegada de uma nova</p><p>vida. Foi observado que cada gestação e nascimento é singular e, em sua maioria, transcorre</p><p>fisiologicamente bem. Geralmente perpassam sem ameaças à saúde mental da mãe</p><p>independentemente da primiparidade ou multiparidade (BRASIL, 2019). Entretanto, é sabido</p><p>que uma parcela de mulheres, devido às questões de má elucidação de dúvidas quanto as</p><p>dores do parto podem vir a temer o momento de dar à luz (FIOCRUZ, 2018).</p><p>Concomitantemente, pude cursar a matéria optativa de terapias naturais que</p><p>possibilitou conhecer algumas técnicas de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde</p><p>(PICS), e no oitavo período foi ofertado no estágio em atenção básica o curso de noções</p><p>básicas de auriculoterapia.</p><p>Ao conhecer a utilização das terapias naturais e seus resultados fui capaz de</p><p>compreender que a auriculoterapia pode ser utilizada como técnica de tratamento terapêutico</p><p>não farmacológico em várias situações. O método é um dos recursos da medicina tradicional</p><p>chinesa fundamentada em sabedoria milenar utilizada para cuidar da saúde de forma integral</p><p>(BRASIL, 2020). Desta forma, pode ser aplicada no alívio dos sintomas que causam</p><p>incômodos no momento do parto.</p><p>Observei que o tratamento das queixas apresentadas pela mulher, principalmente</p><p>durante o parto, são fundamentais para diminuir a alta taxa de incidência de partos cesáreos</p><p>no país e desmistificar o parto vaginal para que ele seja visto como fisiológico e não como</p><p>patológico (OPAS, 2021). Por isso, o acompanhamento pela equipe de enfermagem e a</p><p>utilização da auriculoterapia como alternativa de tratamento desses sintomas pode ser</p><p>14</p><p>utilizado não apenas para aliviar as manifestações de desconfortos, mas também para a</p><p>promoção do cuidado humano.</p><p>Desse modo surgem inquietudes acerca da auriculoterapia como intervenção de</p><p>enfermagem frente a assistência na saúde da mulher durante o período do parto vaginal.</p><p>1.1 Problematização</p><p>O ciclo gravídico-puerperal é um período único na vida da mulher e de seus</p><p>familiares. No regozijo de acompanhar o crescimento fetal e posteriormente tê-lo nos braços</p><p>após o nascimento prevalece a ideia social de que tudo será perfeito. Naturalmente, entende-se</p><p>que o anseio de ter um filho somado aos nove meses de gestação seriam suficientes para</p><p>preparar a mulher psicologicamente para a dar à luz, o que não acontece na prática (LIMA &</p><p>LIMA, 2019).</p><p>O processo parir-nascer é desejado e, simultaneamente, temido pelas parturientes</p><p>quando se trata de parto normal, pois está carregado de significados supersticiosos concebidos</p><p>culturalmente ao longo do tempo, podendo provocar sentimentos diversos, colocando assim a</p><p>mulher em uma angústia desnecessária (TRAVANCAS; VARGENS, 2020). Ainda que o</p><p>parto seja um momento de transformações positivas relacionadas a conexão entre mente e</p><p>corpo, fatores socioculturais e a medicalização enraizadas através do modelo tecnocrático</p><p>intervencionista interferem na escolha sobre a forma de parir (CARVALHO et al., 2018).</p><p>Mesmo sendo aqui um evento biologicamente natural, a representação social é</p><p>identificada como um momento doloroso e muito sofrido, o que gera estresse, desconforto,</p><p>medo e insegurança principalmente no decorrer do progresso do trabalho de parto (MELLO et</p><p>al., 2021). Sentir as contrações uterinas na hora da parturição ainda é motivo de pânico para</p><p>muitas mulheres já que ele é visto como algo ruim e desnecessário nos tempos atuais</p><p>escondendo, assim, o olhar benéfico sobre ela (FIOCRUZ, 2018; PEREIRA; FRANCO;</p><p>BALDIN, 2011). Fatores como estes fortalecem a narrativa de que a cesárea programada com</p><p>antecedência garantirá um “parto seguro e indolor” (NAKANO; BONAN; TEIXEIRA, 2015).</p><p>“O receio da dor é a causa mais frequente de medo do parto e o principal fator que faz a</p><p>gestante optar pelo parto cesáreo, muitas vezes de forma eletiva e sem indicação obstétrica”</p><p>(MELLO et al., 2021).</p><p>Anualmente cerca de 3 milhões de nascimentos ocorrem no país, dos quais 98% dos</p><p>casos acontecem em ambientes hospitalares ou maternidades (BRASIL, 2017). No entanto,</p><p>em virtude da escassez de informações acessíveis pertinentes ao parto normal, muitas</p><p>15</p><p>gestantes não se sentem preparadas para passar pelo mesmo, fazendo com que a cesariana seja</p><p>a primeira opção de escolha (MATEI et al., 2003).</p><p>Por causa disso, em média mais da metade dos partos realizados no Brasil (55%) são</p><p>cirúrgicos. Nos hospitais públicos, entre o total de partos, 40% ocorrem cirurgicamente. Nas</p><p>instituições privadas o número de cesarianas cresce para 86%. Esse percentual está muito</p><p>além do recomendado pela OMS, que está em torno de 15%. O motivo para necessidade da</p><p>diminuição, do parto cesáreo, se dá por conta dos riscos que a mãe e o bebê são expostos</p><p>durante a cirurgia (FEBRASGO, 2018; MENDES, 2020; OMS, 2018; FIOCRUZ, 2021).</p><p>Outro dado alarmante sobre as consequências do parto cirúrgico, é o aumento da</p><p>probabilidade do desenvolvimento de doenças respiratórias em recém-nascido (RN) e o</p><p>aumento das chances de morte materna, que são três vezes maiores (BRASIL, 2015).</p><p>A pouca preparação e conhecimento da parturiente quanto às técnicas para a atenuação</p><p>das dores e outros desconfortos que podem vir a surgir, acabam por desencorajá-la para o</p><p>parto normal. Como consequência, a mulher deixa de ser protagonista do seu parto e passa a</p><p>ser apenas uma receptora de técnicas e cuidados ditados a ela (BERNARDY et al., 2019).</p><p>Embora ainda seja uma adversidade na saúde brasileira, medidas vêm sendo tomadas</p><p>pelo Ministério da Saúde (MS) que visam minimizar essa problemática. Dentre as estratégias</p><p>do MS, que buscam a integralidade na assistência à saúde, foi o lançada a Política Nacional de</p><p>Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS)</p><p>(HANUM et al., 2017). A PNPIC é uma política preconizada pela OMS que está ancorada em</p><p>evidências científicas o que colabora para o fortalecimento dos seus princípios fundamentais</p><p>do SUS que são universalização, equidade, integralidade, descentralização e participação</p><p>popular pois a mesma enxerga a pessoa em sua totalidade e singularidade com estratégias não</p><p>farmacológicas (CESRJ, 2018).</p><p>De acordo com Lagura (1998) "Humanizar o parto é respeitar e criar condições para</p><p>que todas as dimensões do ser humano sejam atendidas: espirituais, psicológicas, biológicas e</p><p>sociais".</p><p>Desta forma, no contexto da parturição, o objetivo é melhorar a assistência durante o</p><p>parto normal e tornar o processo humanizado e as Práticas Integrativas e Complementares</p><p>(PICS) têm sido recomendadas como aliadas. É possível evidenciar que o uso da</p><p>auriculoterapia possui eficácia comprovada em diversos estudos tais como os dois a seguir:</p><p>“Efetividade da auriculoterapia sobre a dor no trabalho de parto: ensaio clínico</p><p>randomizado” (MAFETONI et al 2019). Este estudo demonstra a utilização da acupuntura</p><p>auricular para alívio da dor durante o TP realizada com 102 parturientes divididas em 3</p><p>16</p><p>grupos: intervenção (auriculoterapia), placebo (falso) e controle (sem intervenção). De acordo</p><p>com a análise das médias dos níveis de dor, no momento da admissão não houve variação,</p><p>após 60 minutos o grupo intervenção se manteve enquanto os grupos placebo e controle</p><p>tiveram aumento da dor. Após 120 minutos o aumento foi significativo entre os grupos</p><p>placebo e controle e o grupo intervenção teve um aumento baixo.</p><p>No estudo “Acupuntura e auriculoterapia como métodos não farmacológicos de alívio</p><p>da dor no processo de parturição” de Cherobin, Oliveira e Brisola (2016), foi utilizada a</p><p>Escala Visual Analógica (EVA), que varia de 0 a 10 onde zero é sem dor e 10</p><p>é dor intensa.</p><p>Participaram da pesquisa 19 parturientes que tiveram intensidade das dores checada a cada 30</p><p>minutos. Desse total, constatou-se que 15 (79%) das mulheres tiveram um pouco de alívio nos</p><p>primeiros 30 minutos. Após 1 hora, 9 (46%) continuaram com o mesmo nível de dor e 4</p><p>(31%) tiveram atenuação maior da dor. Depois de 1 hora e meia, 11 (57%) tiveram piora da</p><p>dor. Após 2 horas, metade apresentou piora e a outra metade se manteve com a mesma</p><p>intensidade de dor. No pós-parto, ao conversar com as mesmas clientes e perguntar sobre a</p><p>efetividade da técnica, 17 (89,6%) disseram que houve sim o alívio da dor, uma (5,2%)</p><p>relatou piora e uma (5,2%) não soube responder. Quando questionadas quanto a</p><p>recomendação para outras parturientes, o retorno foi 100% afirmativo.</p><p>A acupuntura auricular é uma das técnicas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC),</p><p>esse procedimento trata diferentes distúrbios por meio de estímulos em pontos no pavilhão</p><p>auricular (MAFETONI; JACOB; SHIMO, 2016; COSTA et al., 2017;).</p><p>A auriculoterapia, ou acupuntura auricular, emprega o microssistema do pavilhão</p><p>auricular que produz respostas por todo o corpo humano, restaurando o equilíbrio energético</p><p>(KUREBAYASHI, et al., 2014). Estudos científicos admitem que os estímulos realizados em</p><p>locais neurorreativos provocam a liberação de neurotransmissores como endorfina,</p><p>serotonina, dopamina e entre outras que influenciam no alívio das sensações dolorosas</p><p>(BRASIL, 2019). A técnica pode ser realizada com diferentes materiais para exercer a pressão</p><p>no ponto auricular, no entanto, o uso das sementes de colza em micropore ou esparadrapo é a</p><p>mais comum por não apresentar risco de infecção (COTIM; SANTO; MORETTO, 2020).</p><p>Considerando esse referencial é possível deduzir que o enfermeiro possa lançar mão</p><p>dessa estratégia para tratar alguns dos sintomas apresentados pela mulher no momento da</p><p>parturição. Logo, para que se consiga atingir resultados positivos relacionados ao conforto no</p><p>período do parto com auriculoterapia é necessário, inicialmente, a identificação dos</p><p>diagnósticos de enfermagem através do raciocínio clínico baseado na coleta de dados</p><p>(BUFFON et al., 2021).</p><p>17</p><p>Segundo Horta (1974) o Diagnóstico de Enfermagem (DE) é o reconhecimento das</p><p>necessidades básicas acometidas e a definição da gravidade da necessidade do cliente para o</p><p>suporte dessas necessidades. Portanto para que a classificação desses fenômenos seja segura</p><p>houve a criação de uma Taxonomia. A Taxonomia Internacional da North American Nursing</p><p>Diagnosis Association (NANDA), possibilitou a ordenação dos DE derivados das</p><p>informações coletadas relacionados ao estado de saúde do paciente e propõe a universalização</p><p>dessas definições encontrados nos clientes pela equipe de enfermagem (UBALDO, 2013).</p><p>Segundo a Taxonomia Internacional da North American Nursing Diagnosis</p><p>Association (NANDA), o diagnóstico de enfermagem é "[...] um julgamento clínico sobre as</p><p>respostas do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde/processos vitais</p><p>reais ou potenciais diagnósticos”. Dessa forma, o profissional adquire base para avaliar e</p><p>viabilizar intervenções apropriadas ao paciente (CANABRAVA et al., 2012; COREN, 2015</p><p>p. 44).</p><p>Portanto é notável que a assistência de enfermagem é essencial no processo de parto</p><p>por envolver condutas embasadas em conhecimentos científicos e o emprego de técnicas</p><p>adequadas através da formulação de estratégias que contribuam para a melhoria do cuidado. A</p><p>identificação dos diagnósticos de enfermagem, planejamento e, posteriormente,</p><p>implementação das medidas de intervenções são conjuntos de práticas da enfermagem</p><p>importantes por propiciar a singularidade do atendimento e o conforto da parturiente</p><p>(MEDEIROS et al., 2016, MONTEIRO et al., 2020).</p><p>Incluir as Práticas Integrativas e Complementares com a auriculoterapia durante os</p><p>cuidados no parto vaginal permite ampliar as experiências favoráveis da mulher por fornecer</p><p>conforto nesse momento, contribui para o encorajamento pela via de parto natural e reforça o</p><p>olhar do enfermeiro sobre a prática da humanização.</p><p>1.2 Questão norteadora:</p><p>A auriculoterapia é uma intervenção de enfermagem eficaz para ser utilizada durante</p><p>o trabalho de parto vaginal?</p><p>1.3 Objetivos gerais:</p><p>Para responder a esse questionamento foi estabelecido como objetivo geral: Propor</p><p>intervenções de enfermagem baseadas na técnica da auriculoterapia para reduzir sintomas de</p><p>desconforto apresentados pela mulher durante o trabalho de parto vaginal.</p><p>18</p><p>1.4 Objetivos específicos:</p><p>Identificar quais os principais diagnósticos de enfermagem são apresentados pela</p><p>mulher durante o parto vaginal, com base na taxonomia da NANDA;</p><p>Destacar os principais pontos de auriculoterapia para intervenção de enfermagem</p><p>durante o parto vaginal.</p><p>1.5 Justificativa e relevância:</p><p>O parto deve ser um processo natural a ser vivido pela maioria das mulheres que</p><p>engravidam. Contudo, por estar cercado de crenças relacionadas aos sintomas que causam</p><p>desconfortos provocados pelo parto para chegada do bebê, este tem sido substituído pela</p><p>cesariana, que não é o recomendado por não respeitar a fisiologia do nascimento e colocar a</p><p>vida da mãe e seu filho em maiores riscos devido a uma cirurgia desnecessária.</p><p>Portanto, a proposta do presente estudo é implementar as ações de enfermagem</p><p>voltadas para a mulher em trabalho de parto vaginal através da auriculoterapia visto que a</p><p>terapia auricular possui comprovação científica relacionada a sua efetividade</p><p>(MASCARENHAS et al., 2019).</p><p>O interesse pelo assunto proposto neste trabalho parte por reputar toda a problemática</p><p>em torno do parto cesariano que se mantém crescendo espantosamente no país e no mundo</p><p>(OMS, 2021). Explorar estudos que mostrem a eficácia e a confiabilidade do uso das práticas</p><p>integrativas e complementares durante o TP tem contribuído na construção de uma assistência</p><p>humanizada dentro das salas obstétricas. O estudo é significativo também quando propõe-se</p><p>expor informações de pesquisas que evidenciem a utilização da auriculoterapia como recurso</p><p>terapêutico de promoção do bem-estar e incentivo a escolha pelo parto natural.</p><p>A elegibilidade deste tema envolve aspectos no campo da pesquisa por propor a</p><p>utilização de pontos da auriculoterapia que podem atenuar diversos incômodos provenientes</p><p>do processo de parturição. Outra razão a ser avaliada é a falta de conhecimento sobre as PICS</p><p>e falta de estratégias para a preparação da gestante vivenciar o parto que, consequentemente,</p><p>leva a desistência dessa mulher pela via vaginal. Por esses motivos, o estudo se justifica pois</p><p>irá colaborar na instrumentalização dos profissionais com referencial teórico que os leve a</p><p>nova prática além de ser capaz de trazer conforto e segurança para a parturiente.</p><p>19</p><p>2. METODOLOGIA</p><p>O presente estudo se trata de uma revisão narrativa de literatura (RNL) com</p><p>aproximação a revisão integrativa sobre o uso da auriculoterapia pelo enfermeiro em mulheres</p><p>durante o trabalho de parto vaginal. De acordo com Cordeiro et al., (2007):</p><p>A revisão da literatura narrativa ou tradicional, quando comparada à revisão</p><p>sistemática, apresenta uma temática mais aberta; dificilmente parte de uma questão</p><p>específica bem definida, não exigindo um protocolo rígido para sua confecção; a</p><p>busca das fontes não é pré-determinada e específica, sendo frequentemente menos</p><p>abrangente. A seleção dos artigos é arbitrária, provendo o autor de informações</p><p>sujeitas a viés de seleção, com grande interferência da percepção subjetiva.</p><p>Apesar de ser uma pesquisa de revisão narrativa o estudo se aproxima a revisão</p><p>integrativa para unir os resultados encontrados em pesquisas nas bases de dados definidas e</p><p>assim obter informações mais</p><p>amplas relacionados ao assunto proposto de modo abrangente e</p><p>ordenado (ERCOLE; MELO e ALCOFORADO, 2014).</p><p>Os serviços prestados à saúde da mulher durante o parto normal e a utilização de</p><p>métodos não farmacológicos para alívio dos sintomas desagradáveis neste processo tem sido</p><p>abordado cada vez mais pelos profissionais da saúde e pelo movimento feminista no decorrer</p><p>dos anos com a intenção de valorizar a fisiologia feminina e o poder de escolha sobre o</p><p>próprio corpo. A auriculoterapia por sua vez é uma tecnologia não farmacológica pouco</p><p>explorada na assistência em maternidades, mas que traz um cuidado integral a saúde da</p><p>mulher. Desse modo, a junção da revisão narrativa de literatura com a revisão integrativa de</p><p>literatura no contexto do trabalho de parto permite explorar os trabalhos realizados de forma</p><p>abrangente e sugerir a realização de novos estudos.</p><p>A revisão narrativa, que faz parte dessa metodologia, não precisa esgotar as fontes de</p><p>dados, como ocorre na revisão integrativa, e a interpretação das informações encontradas</p><p>podem ser subjetivas de acordo com cada autor (MATTOS, 2015). Já a revisão integrativa da</p><p>literatura proporciona a união do conhecimento e a inserção dos resultados de pesquisas</p><p>científicas significativas na prática (SOUZA, SILVA & CARVALHO, 2010). Como Mendes,</p><p>Silveira e Galvão (2008) trazem em sua pesquisa, a revisão integrativa possui seis etapas que</p><p>serão apresentados ao longo do capítulo.</p><p>Para realização da revisão integrativa, foram seguidas às seis etapas preconizadas por</p><p>Souza, Silva e Carvalho (2010), sendo elas: Primeira etapa – identificação do tema e</p><p>elaboração da pergunta de pesquisa; segunda etapa – estabelecimento de critérios de inclusão</p><p>e exclusão de estudos e busca de publicações científicas em bases eletrônicas de dados;</p><p>terceira etapa – coleta de dados; quarta etapa – análise crítica dos estudos; quinta etapa –</p><p>20</p><p>discussão dos resultados; e sexta etapa – apresentação da revisão integrativa (SOUZA;</p><p>SILVA; CARVALHO, 2010).</p><p>Etapa 1: Identificação do tema e elaboração da pergunta de pesquisa</p><p>A questão norteadora deste estudo foi desenvolvida a partir do acrônimo PIO</p><p>(Participants, Intervention, Outcomes), em que P representa a população (mulheres em</p><p>trabalho de parto), “I” à intervenção (auriculoterapia); e “O” o resultado (alívio dos sintomas</p><p>apresentados pela parturiente). Desse modo elaborou-se a seguinte pergunta norteadora: “A</p><p>auriculoterapia é uma intervenção de enfermagem eficaz para ser utilizada durante o trabalho</p><p>de parto vaginal?”</p><p>O tipo de estudo escolhido é fundamentado na identificação de pesquisas recentes,</p><p>sendo capaz de utilizar fontes de conhecimentos bibliográficos ou eletrônicos, para melhorar a</p><p>compreensão já existente sobre o assunto pesquisado e, assim, realçar lacunas nas pesquisas,</p><p>contribuindo para os pesquisadores aumentarem seus saberes científicos sobre o tema</p><p>estabelecido (ROTHER, 2007).</p><p>A busca bibliográfica foi realizada entre os meses de fevereiro e maio de 2022, nas</p><p>bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS - BIREME) e PUBMED: Literatura</p><p>Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de</p><p>Literatura Médica (MEDLINE), Base de dados em Enfermagem (BDENF), Web of Science e</p><p>Google Acadêmico. Nas buscas foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs)</p><p>e MeSH (Medical Subject Headings): Auriculotherapy /Auriculoterapia, Acupuncture, ear/</p><p>Acupuntura auricular, Trabalho de parto/ labor, obstetrícia e diagnóstico de enfermagem.</p><p>Esses descritores foram utilizados com os operadores booleanos “AND” e “OR”, formando</p><p>uma estratégia de busca para cada base.</p><p>Etapa 2: estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de estudos e busca de</p><p>publicações científicas em bases eletrônicas de dados</p><p>Os critérios de inclusão foram: artigos publicados em português, inglês e espanhol,</p><p>que abordassem a temática assistência de enfermagem durante o trabalho de parto vaginal e o</p><p>uso da auriculoterapia no manejo dessa assistência, disponíveis on-line e na íntegra de forma</p><p>gratuita no período compreendido entre 2006 e 2022. OS critérios de exclusão foram: textos</p><p>incompletos e não disponíveis gratuitamente, estudos que não se relacionavam à pergunta</p><p>norteadora, editoriais, documentos repetidos. A TABELA 1 apresenta como foi realizado o</p><p>processo de busca.</p><p>21</p><p>Tabela 1- Bases de dados, estratégias de busca e resultado de artigos encontrados.</p><p>Bases Descritores Artigos</p><p>LILACS</p><p>(via BVS)</p><p>(acupuntura auricular) OR (auriculoterapia) AND (trabalho de parto) AND</p><p>(obstetrícia) AND (fulltext:("1") AND la:("en" OR "pt" OR "es")) AND</p><p>(year_cluster:[2006 TO 2022])</p><p>15</p><p>BDENF</p><p>(via BVS)</p><p>(acupuntura auricular) OR (auriculoterapia) AND (trabalho de parto) AND</p><p>(obstetrícia) AND (fulltext:("1") AND la:("en" OR "pt" OR "es")) AND</p><p>(year_cluster:[2006 TO 2022])</p><p>7</p><p>MEDLINE</p><p>(via BVS)</p><p>(acupuntura auricular) OR (auriculoterapia) AND (trabalho de parto) AND</p><p>(obstetrícia) AND (fulltext:("1") AND la:("en" OR "pt" OR "es")) AND</p><p>(year_cluster:[2006 TO 2022])</p><p>6</p><p>PUBMED</p><p>(“Acupuncture, Ear” [MeSH Subheading] OR “Acupuncture, Ear”[All Fields]</p><p>OR (“auriculotherapy” [MeSH Subheading] OR “auriculotherapy” [All Fields]</p><p>AND “labor” [All Fields]) OR “labor care” [MeSH Terms] OR (“Acupuncture,</p><p>Ear ”[All Fields] AND “labor”[All Fields])) AND (“obstetric” [MeSH</p><p>Subheading] OR “obstetric” [All Fields].</p><p>91</p><p>SCIELO</p><p>(acupuntura auricular) OR (auriculoterapia) AND (trabalho de parto) AND</p><p>(fulltext:("1") AND la:("en" OR "pt" OR "es")) AND (year_cluster:[2006 TO</p><p>2022])</p><p>10</p><p>GOOGLE</p><p>ACADÊMICO</p><p>(acupuntura auricular) OR (auriculoterapia) AND (trabalho de parto)</p><p>7</p><p>WEB OF</p><p>SCIENCE</p><p>TÓPICO: (Acupuncture, Ear) AND TÓPICO: (labor) AND TÓPICO:</p><p>(obstetric) Tempo estipulado: 2006-2022.</p><p>102</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor, 2022.</p><p>Para a triagem dos estudos, a análise sucedeu da seguinte sequência: título, resumo e</p><p>texto completo. Gradualmente foram excluídos os estudos que não condiziam com o tema</p><p>proposto nesta pesquisa. Em seguida, foram descartados os artigos que se encontravam</p><p>repetidos nas bases.</p><p>Durante a verificação do texto completo, averiguou-se 15 artigos na íntegra, dos quais</p><p>10 não corresponderam o critério de inclusão proposto na metodologia do atual estudo, por</p><p>essa razão e compreendendo a relevância de que os artigos se compatibilizem com a questão</p><p>norteadora, chegou-se ao total de 5 artigos eleitos.</p><p>22</p><p>Figura 1 - Fluxograma do processo de seleção dos estudos para a revisão narrativa da</p><p>literatura – Niterói – Rio de Janeiro – Brasil, 2022.</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor, 2022.</p><p>Etapa 3: coleta de dados dos estudos artigos elegidos.</p><p>As determinações dos dados coletados foram realizadas com a extração de artigos</p><p>eleitos. Para a avaliação e posteriormente a súmula dos 5 estudos que corresponderam aos</p><p>critérios de inclusão foi organizado duas ferramentas para a coleta das informações</p><p>objetivando responder à pergunta que conduz a revisão.</p><p>A avaliação e a elucidação das informações foram construídas de modo estruturado e</p><p>resumido através da produção de duas tabelas que possuem tais itens: Ferramenta 01 títulos</p><p>Referências identificadas no ano de 2006 a 2022 através da busca nas</p><p>bases de dados LILACS (15 artigos) BDENF (7 artigos), MEDLINE</p><p>(6 Artigos) PUBMED (91 artigos), SCIELO (10 artigos), GOOGLE</p><p>ACADEMICO (7), WEB OF SCIENCE (102)</p><p>Total = 265 artigos</p><p>Artigos incluídos na</p><p>revisão: n = 5 artigos</p><p>Estudos para análise</p><p>pelo título: n = 265</p><p>Excluídos pelo título:</p><p>n = 202</p><p>Estudos para análise</p><p>pelo resumo: n = 29</p><p>Estudos para análise</p><p>na íntegra: n = 20</p><p>Excluídos pelos</p><p>resumos: n = 9</p><p>Excluídos pela leitura na</p><p>íntegra:</p><p>n = 15</p><p>Estudos para análise</p><p>de repetidos: n = 63</p><p>Excluídos pela</p><p>repetição: n = 35</p><p>Identificação</p><p>Identificação</p><p>Seleção</p><p>Elegibilidade</p><p>Inclusão</p><p>23</p><p>das pesquisas, autores, periódico e ano de publicação (descrito na Tabela 03 do item 04);</p><p>Ferramenta 02- objetivos, amostra estudada, metodologia e principais resultados do estudo</p><p>(descrito na Tabela 04 do item 04).</p><p>Etapa 4: análise crítica dos estudos</p><p>Foi efetuada uma avaliação crítica dos artigos elegidos, verificando as características</p><p>das metodologias e as semelhanças dos desfechos identificados. A investigação foi</p><p>desempenhada de modo cuidadoso e preciso para os resultados encontrados (a análise das</p><p>pesquisas é evidenciada no item 04).</p><p>Etapa 5: discussão dos resultados</p><p>Nessa fase ocorre a discussão dos principais resultados encontrados e se for</p><p>constatado lacunas, sugestões relevantes serão realizadas voltadas para estudos futuros na</p><p>atenção a saúde da mulher. Os resultados identificados foram fundamentados no julgamento</p><p>crítico das pesquisas eleitas frente ao propósito do estudo e pergunta norteadora. Desse modo</p><p>entende-se que a assistência de enfermagem está alicerçada na prática da humanização no</p><p>contexto do parto e nascimento e uma das formas de alcançar tal objetivo consiste no</p><p>conhecimento e aplicação das tecnologias não farmacológicas como por exemplo o uso da</p><p>auriculoterapia.</p><p>Através da revisão integrativa foi verificado que no ambiente obstétrico faltam</p><p>estudos relacionados aos cuidados de enfermagem com a aplicação da terapia auricular e a</p><p>comprovação da eficácia da técnica. Mesmo que os profissionais enfermeiros estejam</p><p>ganhando seu espaço na obstetrícia a escassez de trabalhos científicos com a aplicabilidade</p><p>das PICS é crucial para que a parturiente e seu acompanhante criem laços de confiança com o</p><p>profissional e, assim, possam divulgar, com outras parturientes, os cuidados recebidos pelo</p><p>enfermeiro.</p><p>Etapa 6: apresentação da revisão integrativa</p><p>Nesta etapa ocorre a finalização da revisão integrativa. Nesse sentido foi feita a</p><p>construção do resumo das principais assistências fornecidas a parturiente com auriculoterapia</p><p>e a produção de novas intervenções relacionadas aos diagnósticos de enfermagem encontrados</p><p>com o uso desta mesma técnica.</p><p>24</p><p>3. REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA</p><p>3.1 ACOLHIMENTO, CONFORTO E DESCONFORTO NO PARTO</p><p>De acordo com o Ministério da Saúde, a humanização da assistência ao parto está</p><p>vinculada a algumas características básicas como acolher a mulher, o neonato e seus</p><p>familiares com respeito e dignidade, adotar apenas procedimentos necessários que beneficiam</p><p>a mãe e seu bebê, incluir o acompanhante escolhido por ela ao processo e tornar a parturiente</p><p>protagonista durante o trabalho de parto, incluindo-a nas decisões tomadas, dando importância</p><p>às suas queixas relacionadas aos confortos e desconfortos sentidos (OLIVEIRA et al., 2017).</p><p>As mudanças no organismo feminino durante o TP são múltiplas e as vivências</p><p>relacionadas à assistência prestada pela enfermagem para conforto e/ou alívio dos sintomas</p><p>desagradáveis em mulheres pode influenciar direta ou indiretamente o modo de viver após o</p><p>parto (PEREIRA; FRANCO; BALDIN, 2011).</p><p>De acordo com Teoria de Conforto de Kolcaba (2003), conforto é uma condição</p><p>instantânea da consolidação das carências humanas através da atenuação, bem-estar e</p><p>transcendência em diferentes aspectos como ambiental, físico, sociocultural e psicoespiritual</p><p>(HEITOR, 2014).</p><p>O conforto, por ser uma ação indispensável nos cuidados de enfermagem, torna o</p><p>enfermeiro responsável por reconhecer as necessidades do cliente e promover a cessão das</p><p>fontes de incômodos, o que por vezes não há necessidade de impedir e sim, atenuar através da</p><p>inserção de métodos sabidamente benéficos no TP. Portanto, o cuidado começa a partir do</p><p>olhar, visando escutar, atentar, entender e empatizar com o outro, ficando à disposição para</p><p>que a mulher se sinta cuidada.</p><p>Carraro et al (2006), realizou uma pesquisa com puérperas para saber as opiniões</p><p>sobre suas vivências durante a TP e parto relacionados ao cuidado e o conforto recebidos.</p><p>Uma parte delas mencionou/respondeu sentir-se bem com a atenção acolhedora e respeitosa</p><p>dos profissionais, a higiene do local e a ausência de dores. Em contrapartida, algumas</p><p>mulheres mencionaram se sentir mal no TP devido às dores intensas e por causa do soro para</p><p>induzir o TP, o que causou exaustão, êmese e dispnéia. Outros fatores foram a ausência no</p><p>atendimento, atenção insuficiente, atraso na assistência, falta de confiança e preparo para o</p><p>momento, por parte de algumas parturientes, e ausência de exame físico. Além disso, queixas</p><p>25</p><p>como a de se sentir sozinha, aumentaram o medo do parto, causando preocupação e</p><p>ansiedade.</p><p>No estudo de Oliveira et al (2017), as parturientes revelaram que as experiências de</p><p>conforto no TP e parto foram com: o nascimento do bebê, os cuidados prestados pela equipe</p><p>de saúde do hospital e a escolha de uma pessoa de confiança para estar ao lado durante a</p><p>parturição. Nos casos de desconforto, a dor se destacou como incômodo maior, seguido da</p><p>episiorrafia e as dores das contrações pelo uso do “soro” (ocitocina sintética). O medo esteve</p><p>presente devido às preocupações como a deformação do órgão genital e a vida sexual com o</p><p>companheiro. Em outras palavras, o conforto e desconforto no momento do trabalho de parto</p><p>não se resume apenas ao alívio da dor.</p><p>Buscar entendimento acerca dos confortos e dos sintomas de desconfortos referidos</p><p>na hora de parir se faz necessário visto que há a perpetuação de experiências negativas, em</p><p>pleno século XXI, sobre a atenção fornecida a essas mulheres. Por causa disso cabe a</p><p>enfermagem contribuir para modificar concepções antigas que nada agregam no TP e</p><p>colaborar para que o momento se torne especial como forma de melhoria do padrão de</p><p>qualidade da saúde da mulher através do atendimento respeitoso e atencioso. Vale ressaltar,</p><p>também, que colocar em prática as recomendações das políticas públicas voltadas para a</p><p>saúde feminina são estratégias de uma atenção adequada e humanizada.</p><p>3.2 INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS QUE PROMOVEM A SAÚDE E O BEM-ESTAR</p><p>DA PARTURIENTE</p><p>3.2.1 Política nacional de atenção integral à saúde da mulher</p><p>A criação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), pelo</p><p>Ministério da Saúde em 1984, teve como objetivo elaborar norteadores para englobar a</p><p>assistência à mulher em todos os estágios de sua vida. Anteriormente, a atenção era restrita</p><p>apenas às intercorrências gestacionais, TP e parto. Ou seja, as mulheres que não estavam no</p><p>período gravídico-puerperal, alegavam que eram esquecidas no decorrer da grande parte de</p><p>suas existências (BRASIL, 2014; SOUTO e MOREIRA, 2021).</p><p>Logo, propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços,</p><p>bem como a integralidade e equidade do cuidado, foram incorporadas como princípios e</p><p>diretrizes pelo PNAISM durante um período em que, concomitantemente, no contexto do</p><p>Movimento Sanitário, foi concebida a formulação de um Sistema Único de Saúde (SUS).</p><p>Ações de educação em saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando</p><p>cuidados à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e pós-parto, no climatério,</p><p>26</p><p>planejamento familiar, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), câncer de colo de útero e</p><p>de mama e demais carências como saúde mental de mulheres de cada região foram agregadas</p><p>ao programa (NASCIMENTO et al., 2018; CONASEMS, 2019).</p><p>Vale evidenciar que, a PNAISM entende que a assistência integral feminina estabelece</p><p>o alicerce dos serviços designados ao amparo e ao bem-estar dessa população abrindo, assim,</p><p>portas para a inserção da humanização dos serviços de saúde (SOUZA et al., 2021).</p><p>3.2.2 Política nacional de humanização</p><p>Apesar dos avanços ocorridos na qualidade do atendimento nos serviços ofertados à</p><p>população através da descentralização da assistência e da gestão, a atenção ainda é realizada</p><p>de forma burocrática, impessoal e automatizada destacando o desconhecimento dos</p><p>profissionais em tratar os aspectos subjetivos dos sujeitos nas condutas de atenção à saúde.</p><p>Segundo Boff (1999) o homem precisa de “humanização”, pois nos tempos de tecnologias o</p><p>homem se distanciou por meio de um “encapsulamento sobre si mesmo e pela falta do toque,</p><p>do tato e do contato” prejudicando, desta maneira: o relacionamento humano de “cuidado e a</p><p>compaixão”. Resultante dessa reflexão, em 2003 o MS determinou que a humanização do</p><p>SUS seria um item de suas priorizações (RANZI, 2011).</p><p>Assim, foi criada em 2003 a Política Nacional de Humanização do Sistema Único de</p><p>Saúde (PNH), sendo integrada como uma política do SUS. Também, referida como</p><p>HumanizaSUS, a PNH, surge com três finalidades principais: inseparabilidade entre a atenção</p><p>e a gestão dos processos de produção de saúde, transversalidade e autonomia e protagonismo</p><p>dos sujeitos. (PASCHE; PASSOS; HENNINGTON, 2011). A PNH opera de modo transversal</p><p>aos outros programas de saúde existentes, com a finalidade de sensibilizá-las e intervir na</p><p>capacitação da assistência e gerência do SUS (FIOCRUZ, 2020).</p><p>Vale lembrar que a PNH fortalece o cuidado assistido e permite que outras políticas</p><p>integram e complementam a atenção ampliando o processo de humanização com diferentes</p><p>recursos a serem utilizados (NAVARRO & PENA, 2013). O aumento de técnicas que visam à</p><p>promoção e recuperação da saúde, corrobora para o tratamento de um indivíduo</p><p>biopsicossocial e se enquadram na proposta humanista (XAVIER & TAETS, 2021).</p><p>3.2.3 Política nacional de práticas integrativas e complementares</p><p>Em 1970, após o reconhecimento da efetividade dos recursos terapêuticos não</p><p>farmacológicos, a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional para incorporar o uso de</p><p>mecanismos naturais na prevenção de agravos e na recuperação do bem-estar. A política</p><p>27</p><p>objetivou transformar a medicina complexa do ocidente tornando-a mais completa ao</p><p>expandir o olhar do processo saúde-doença e a promoção universal do cuidado humano,</p><p>principalmente do autocuidado (BRASIL, 2015).</p><p>No Brasil, a inserção das práticas terapêuticas não farmacológicas no sistema de</p><p>saúde, ocorreram através da criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e</p><p>Complementares no SUS (PNPIC), sob a portaria ministerial n 0 971/2006, após participação</p><p>de diversas conferências nacionais e incentivos da OMS. Essa política foi consolidada no ano</p><p>de 2006 após ser aprovada por pelo Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2006).</p><p>A institucionalização da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares</p><p>no SUS pelo Ministério da Saúde (MS) corrobora para os princípios básicos e fundamentais</p><p>do SUS como, por exemplo, a integralidade e humanização. As Práticas Integrativas</p><p>Complementares (PICS) prestigiam, se apoiando no modelo de assistência humanizada, da</p><p>acessibilidade da população, considerando o cliente em todos os níveis de cuidado incluindo-o</p><p>em âmbitos sociais, culturais e familiares ultrapassando a técnica de cura (SOUZA et al.,</p><p>2012; OPAS, 2019; MELO, 2017).</p><p>Atualmente, entende-se que as PICS são compostas por vinte e nove procedimentos</p><p>ofertados no SUS e entre elas inclui-se a Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura,</p><p>Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia e Termalismo – Crenoterapia e Medicina</p><p>Antroposófica (BRASIL, 2018). A aplicabilidade dessas técnicas, em mulheres, durante TP</p><p>vaginal é indicado como tratamento não farmacológico e não invasivo para aliviar os</p><p>desconfortos ocasionados pelo processo de parir. Ao fazer uso desses recursos terapêuticos o</p><p>ato de parir tem possibilidade de deixar de ser traumático e pode se tornar especial</p><p>reforçando, assim, a assistência profissional da enfermagem no decorrer da assistência à saúde</p><p>da mulher (SOUZA et al., 2021).</p><p>3.3 ASSISTÊNCIA À GESTANTE NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL</p><p>A atenção à saúde no ciclo gravídico puerperal é primordial para a melhoria da saúde</p><p>da mulher. A equipe de enfermagem participa diretamente desse período com diferentes</p><p>abordagens como educação em saúde, acolhimento, consultas de enfermagem, cuidados</p><p>clínicos sempre de modo humanizado e acolhedor. Ter assistência de qualidade no período</p><p>gestacional possibilita desenvolver vínculos que proporcionam a profilaxia de doenças e a</p><p>promoção da saúde desde o pré-natal, durante o trabalho de parto até o pós-parto</p><p>(FERREIRA, 2021).</p><p>28</p><p>Segundo o MS, para gestar e parir de forma saudável é necessário antes ter acesso ao</p><p>pré-natal. O pré-natal é a assistência em que a gestante é acompanhada pelos profissionais da</p><p>saúde onde recebe orientações a respeito do desenvolvimento fetal ao longo das semanas,</p><p>passa pelo preparo para o parto que visa amenizar a ansiedade e insegurança, sanar dúvidas e</p><p>medos que rondam as gestantes. É um direito da gestante ser assegurada pelo estado a partir</p><p>da descoberta da gravidez até o pós-parto (BRASIL, 2011).</p><p>No decorrer do pré-natal, o enfermeiro realiza condutas que proporcionam o amparo e</p><p>o bem-estar físico e psicológico sem deixar de reconhecer que cada mulher vivencia este ciclo</p><p>de forma única, assim, colabora para que a parturiente chegue no momento do parto confiante</p><p>em sua capacidade natural e biológica de dar à luz (BASSO & MONTICELLI, 2010).</p><p>Durante o processo de parturição é indispensável colocar a mulher no centro das</p><p>decisões respeitando suas perspectivas e desejos, excetuando apenas em casos de perigo</p><p>iminente para com ela e seu bebê. Por isso, para difundir a ideia de protagonismo feminino no</p><p>TP, o governo criou algumas ações como Rede Cegonha com orientações de boas práticas que</p><p>propõe o preparo dos profissionais para atender a cliente com segurança e, dessa forma,</p><p>melhorar o atendimento durante todas as fases desse período incluindo a criança (SOUZA et</p><p>al., 2021; RIESCO & OLIVEIRA, 2010; BASSO & MONTICELLI, 2010).</p><p>Dentre as diretrizes de boa prática da Rede Cegonha evidencia-se condutas de</p><p>humanização da atenção como: oferta de métodos não farmacológicos para atenuar a dor,</p><p>monitoramento fetal, aleitamento precoce, ofertar líquidos, realizar educação em saúde,</p><p>estimular postura verticalizada, mobilidade ao longo do TP e permitir o contato pele a pele</p><p>entre mãe e RN. Ademais, cabe ao enfermeiro orientar, também, as gestantes e seus familiares</p><p>sobre seus direitos e saber reivindicar caso haja uso de intervenções sem sua autorização ou</p><p>restrição do acompanhante (SILVA; NASCIMENTO; COELHO 2015; BRASIL, 2011;</p><p>ALVARENGA & KALIL, 2016).</p><p>A humanização e a qualidade da atenção são indissociáveis e para alcançar esses</p><p>propósitos durante a assistência no processo do parto vaginal é necessário atender aspectos</p><p>como citados pelo Ministério da Saúde, (2017):</p><p>- Permitir que a parturiente seja cuidada com dignidade, tenha acesso às informações</p><p>e seja integrada na tomada de decisões através do estabelecimento de laços de</p><p>confiança;</p><p>- Criar diálogo com a parturiente através do acolhimento, empatia. Demonstrar calma</p><p>e confiança, dar apoio, perguntar sobre seus sentimentos e necessidades, verificar se</p><p>possui plano de parto e conversar sobre, averiguar se há, alguma deficiência (visual,</p><p>auditiva ou intelectual). Se há dificuldade para se comunicar, como por exemplo</p><p>falar outro idioma, encorajar a adaptação ao ambiente e suas necessidades, pedir</p><p>permissão antes de fazer procedimentos, avisar que a mesma pode se movimentar,</p><p>29</p><p>envolver a mulher nos cuidados de outro profissional quando houver troca de</p><p>plantão, verificar o que se sabe</p><p>sobre estratégias para alívio da dor</p><p>(farmacológica e não farmacológica) e disponibilizar qual conduta é mais aceita por</p><p>ela, além de manter o foco nela e não na tecnologia;</p><p>- Permitir suporte físico e emocional com a pessoa escolhida pela parturiente, a não</p><p>ser que a mesma se recuse, e não deixar a parturiente sozinha por longos períodos;</p><p>- A dieta ao longo do TP não deve ser restrita apenas à ingestão de água e sim incluir</p><p>soluções isotônicas. Se a parturiente não estiver fazendo uso de opiódes ou se não</p><p>apresentarem riscos iminentes, a dieta pode ser branda. O uso habitual de</p><p>antagonistas H2 e antiácidos em parturientes em TP de baixo risco deve ser</p><p>excluído. O uso deve ser feito quando houver necessidade de se utilizar opiódes ou</p><p>quando fatores de risco sejam considerados aumentando a possibilidade de eventual</p><p>uso de anestesia geral.</p><p>- Realizar antissepsia antes do exame do órgão genital, como a higiene da vulva e</p><p>períneo, se for necessário, higiene das mãos e o uso de luvas de procedimento para</p><p>diminuir a contaminação entre profissional, mãe e bebê.</p><p>- Verificação da vitalidade fetal em mulheres de pouca gravidade com ausculta</p><p>intermitente dos batimentos cardíacos fetais (BCF) antes, durante e após uma</p><p>contração por 1 minuto a 30 minutos, marcando como índice único, marcar aumento</p><p>e diminuição dos BCF e aferir os batimentos materno, se tiver suspeita de algo</p><p>atípico para distinguir os BCF dos batimentos da parturiente.</p><p>Após o parto a mulher entra no período do puerpério onde ocorrem diversas</p><p>mudanças biopsíquicas que podem alterar a relação entre mãe e bebê. Nesse momento surgem</p><p>sensações de insuficiência, medo, ansiedade, tristeza, insegurança com aparência do corpo,</p><p>preocupação em dar conta de criar o filho e entre outras, o que torna essencial a elaboração,</p><p>pela equipe de enfermagem, de assistência adequada no enfrentamento desse momento com</p><p>educação em saúde e prevenção de agravamentos (GARCIA; LEITE; NOGUEIRA, 2013;</p><p>ALMEIDA & SILVA, 2008).</p><p>Nesse cenário o enfermeiro deve orientar quanto a fisiologia puerperal, conexão da</p><p>cólica com o aleitamento, correção postural, posição do bebê e pega correta durante o</p><p>aleitamento, prevenção e cuidado do ferimento mamilar, obstrução das mamas pelo excesso</p><p>de leite e mencionar recursos não-farmacológicos para alívio dos incômodos, pautadas na</p><p>teoria do conforto (FIGUEIREDO et al., 2018).</p><p>Portanto para que o manejo de atenção à saúde seja realizado pela equipe de</p><p>enfermagem, de modo humanista, estruturada e que atenda todas as necessidades da mulher</p><p>no ciclo gravídico-puerperal, é fundamental que haja organização do atendimento para que</p><p>seja possível evidenciar aspectos clínicos sem abrir mão da singularidade de cada mulher.</p><p>Deste modo utilizam-se cinco etapas que tornam os cuidados de enfermagem de qualidade</p><p>que são: Histórico de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem, Planejamento de</p><p>Enfermagem, Implementação e Avaliação de Enfermagem COFEN, 2009:</p><p>Todas as etapas do processo são cruciais para alcançar resultados esperados para o</p><p>bem-estar da parturiente. Contudo, os diagnósticos de enfermagem permitem buscar e</p><p>30</p><p>identificar, através do Sistema de Classificação da NANDA, com maior refinamento, as</p><p>possíveis razões da perturbação do conforto da mulher e assim traçar artifícios que melhorem</p><p>sua experiência durante a parturição (MEDEIROS et al., 2016).</p><p>3.4 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO NANDA</p><p>Prestar a assistência de enfermagem reflete uma larga dimensão de atribuições em</p><p>saúde. A utilização de um referencial teórico consumido pela enfermagem durante a</p><p>identificação, tratamento e avaliação dos seus clientes é primordial para evidenciar o</p><p>conhecimento e a atuação da enfermagem (COFEN, 2009; MATA et al., 2012).</p><p>A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e o emprego do Processo de</p><p>Enfermagem (PE), proporciona a organização dos serviços de enfermagem através da</p><p>operacionalização e documentação, o que facilita o planejamento da atenção além de</p><p>contribuir na implementação dos serviços prestados. Para atingir objetivos de promoção da</p><p>saúde, profilaxia e recuperação do cliente a sistematização dos serviços de enfermagem se</p><p>ancorada em evidências científicas o que gera maior segurança no exercício do trabalho frente</p><p>aos eventos adversos (UBALDO; MATOS & SALUM, 2015).</p><p>A importância de se ter um sistema de classificação foi evidenciada em 1860 por</p><p>Florence Nightingale que diagnosticou e tratou soldados feridos na guerra da Criméia</p><p>(CHIANCA; LIMA; SALGADO, 2012). A Enfermagem, ao realizar os cuidados ao cliente,</p><p>antes efetua uma avaliação que proporciona o ponto de partida sobre as circunstâncias</p><p>humanas específicas observadas e, assim faz o levantamento dos diagnósticos de enfermagem</p><p>para, posteriormente, buscar solucioná-los (FURUYA et al., 2011).</p><p>O diagnóstico de enfermagem, segunda etapa da SAE, é a interpretação das</p><p>informações coletadas na primeira fase e conduz para a tomada de decisão com maior</p><p>exatidão, ou seja, permite traçar o raciocínio clínico, que poderão ser determinadas ou</p><p>contraposta se as finalidades evidentes forem, ou não, atingidas (BARROS, 2009). Para</p><p>identificar o diagnóstico utilizam-se elementos como: afirmação que é a denominação do</p><p>diagnóstico, etiologia que são as causas relacionadas e sintomatologia que são os aspectos</p><p>definidores (CARMO et al., 2011).</p><p>“O diagnóstico de enfermagem proporciona a base para a seleção das</p><p>intervenções de enfermagem para atingir os resultados esperados”</p><p>(NANDA, 2015).</p><p>31</p><p>Para determinar os Diagnósticos de Enfermagem é fundamental que seja empregada</p><p>na prática um arcabouço validado de avaliação de enfermagem para o reconhecimento de</p><p>problemas, riscos e os desfechos do cliente para a consolidação da saúde. Por causa disso foi</p><p>criada a North American Nursing Diagnosis Association International (NANDA-I) que</p><p>proporcionou o desenvolvimento, aprimoramento e promoção de uma terminologia universal</p><p>que retrata, com precisão, avaliações clínicas de enfermeiros incluindo aspectos sociais,</p><p>psicológicas e espirituais, podendo ser utilizada em qualquer situação de saúde (NANDA-I,</p><p>2018).</p><p>A Taxonomia da NANDA é um instrumento de trabalho da enfermagem criado diante</p><p>da necessidade do desenvolvimento e refinamento dos diagnósticos de enfermagem. Os</p><p>diagnósticos de enfermagem são pontos de atenção da ciência da profissão que precisam de</p><p>cuidados. Além disso, este instrumento conduz a padronização dos termos empregados pela</p><p>equipe de enfermagem o que permite a universalidade do seu uso. Sua estrutura é formada por</p><p>divisões como domínios, classes, diagnósticos e eixos com o propósito de garantir a máxima</p><p>confiabilidade e organização entre os diagnósticos (BRAGA & CRUZ, 2003).</p><p>Desse modo, reconhecer e normatizar as terminologias da enfermagem melhora o</p><p>entendimento e comunicação dos enfermeiros proporciona subsídios para empregar uma</p><p>decisão e dar continuidade a assistência (CRESPO et al., 2018). Por isso, oferecer atenção de</p><p>qualidade alicerçada em conhecimentos científicos torna o seu trabalho eficaz ao sofrimento</p><p>da mulher durante o TP (FERREIRA et al., 2017). Vale lembrar, também, que, ao aliar</p><p>ferramentas que proporcionam a melhora da apuração das desordens humanas com</p><p>alternativas que busquem recuperar causando o mínimo de efeitos antagônicos, é fundamental</p><p>para que o indivíduo consiga vivenciar o momento da melhor forma possível.</p><p>A auriculoterapia, como uma das técnicas das PICs para o cuidado da mulher no</p><p>momento do TP é um recurso não farmacológico de grande importância no momento de parir</p><p>já que seus resultados possuem efeitos terapêuticos imediatos e promovem o bem-estar</p><p>materno além de ser uma medida para evitar a violência obstétrica e o desrespeito ao</p><p>protagonismo feminino (SANTOS et al., 2013).</p><p>3.5 AURICULOTERAPIA</p><p>A auriculoterapia é uma das práticas milenares empregada pela MTC com fácil</p><p>aplicabilidade e de baixo custo. A técnica é uma acupuntura de microssistema existente no</p><p>pavilhão auricular que dispõe de pontos específicos que retratam o corpo humano. Os pontos</p><p>mapeados são representações de órgãos ou regiões do corpo sobre o qual tem resultados</p><p>32</p><p>terapêuticos. As respostas são rápidas em virtude dos estímulos que atuam sobre os ramos</p><p>nervosos que enviam estímulo ao cérebro e, através deste, para todo o organismo. Seu uso</p><p>pode ser isolado ou aliado a outros recursos no intuito de reforçar o tratamento (MACIOCIA,</p><p>2007).</p><p>A auriculoterapia encontra-se descrita no primeiro livro da MTC, no Huang Di Nei Ji</p><p>Nei Jing. No seu registro o pavilhão auricular é relacionado a um feto de cabeça para baixo e</p><p>um rim (onde se encontra o Qi ancestral), apontando para as aparências entre eles retratam a</p><p>figura de uma semente, que seria o começo da vida (COLLAZO et al., 2012; SILVA, 2016).</p><p>A MTC tem características singulares no modo de tratamento por deter um conjunto</p><p>particular de diagnóstico e intervenções que torna a assistência do paciente ímpar e singular</p><p>através dos sintomas referidos. Por entender que o homem é parte complementar ao universo</p><p>e que ele sofre com as ações da natureza a assistência de Enfermagem-auriculoterapia precisa</p><p>compreender o paciente em sua totalidade para que a técnica atue na raiz do problema e não</p><p>apenas nos sintomas relatados o que caracteriza uma larga distinção entre as medicinas do</p><p>oriente e do ocidente (SILVA, 2016).</p><p>A MTC se fundamenta na teoria do Yin e Yang que são energias opostas que se</p><p>complementam e que precisam se manter estáveis e em harmonia a fim de manter o corpo</p><p>saudável. Nas ocasiões em que essas energias passam a ficar instáveis e desarmônicas os</p><p>problemas surgem. Para a medicina o ocidente Yin e Yang representam o constante e</p><p>adequado funcionamento de órgãos e sistemas definidos pelo ciclo circadiano enzimático,</p><p>neuronal e hormonal (LUCA, 2008).</p><p>O Yin está relacionado ao feminino e o Yang ao masculino. Durante a gestação a</p><p>mulher se encontra em pleno período Yin, por gerar uma nova vida. Nessa fase de grande</p><p>intensidade Yin, o elemento predominante é a água que está associada a retenção de energia</p><p>para posteriormente começar um novo ciclo. Além disso, a água representa a força ancestral</p><p>(Jing) e habilidade de adaptação (Zhi). Durante o TP os aspectos da modificação corporal para</p><p>a expulsão fetal fazem parte do Yang (POLLONI, 2017).</p><p>O Qi ou Chi é a nomeação da MTC para energia vital que se movimenta pelo corpo,</p><p>quando ocorre a sua paralisação ou inatividade, em um ou mais dos elementos, pode provocar</p><p>o aparecimento de doenças que podem reduzir o padrão de qualidade de vida. Ao realizar a</p><p>reorganização do Qi por meio da introdução da acupuntura auricular, ocorre a liberação pelo</p><p>Sistema Nervoso Central (SNC) de mediadores químicos como a acetilcolina, a serotonina,</p><p>endorfinas e entre outras que permitem produzir o bem-estar geral e cura de doenças</p><p>(COLLAZO et al., 2012; MACIOCIA, 2007).</p><p>33</p><p>Existem, também, a teoria dos Cinco Movimentos (Terra, Água, Madeira, Fogo e</p><p>Metal), e a dos Zang Fu (Órgãos e Vísceras), que agrupados ofertam ao enfermeiro uma</p><p>extensão de diagnósticos do cliente e a compreensão de características que representam a</p><p>condição de desarmonia energética e do aparecimento de doenças (SANTOS, 2011).</p><p>Os componentes básicos da teoria dos Cinco Movimentos, são elementos da natureza</p><p>que estão interligados entre eles e com o funcionamento físico e biológico do corpo humano</p><p>(LUCA, 2008). Estes componentes possuem aspectos individuais, porém, apresentam relações</p><p>constantes e estão condicionados uns aos outros. Cada um dos Cinco Elementos dispõe de</p><p>uma quantidade de Yin e Yang e retrata uma fase de transformação daquela ocasião</p><p>(SIONNEAU, 2014).</p><p>Cada componente está associado a um órgão e uma víscera respectiva, sendo a</p><p>madeira referente ao fígado, o fogo está ligado ao coração, o baço está associado a terra, o</p><p>metal é referente ao pulmão e a água está conectada ao rim. A interação que um componente</p><p>produz no outro forma o movimento de um ciclo necessário para manter a harmonia do corpo.</p><p>Deste modo, observa-se que a madeira alimenta o fogo, que estimula a terra, que atua no</p><p>metal, que interage com a água e retorna para madeira. Quando ocorre o inverso verifica-se a</p><p>estagnação dos elementos. A representação dos cincos movimentos pode ser observada na</p><p>figura 2. (AMARAL, 2014).</p><p>Figura 2 - representação dos Cinco Elementos.</p><p>Fonte: Frederico (2016).</p><p>Entender o vínculo existente entre os órgãos e os elementos permite identificar o</p><p>desequilíbrio instalado e perceber qual órgão está sendo a causadora da desarmonia ou</p><p>associar quem está causando a paralisação do Qi. Além disso, pode-se investigar, também, o</p><p>34</p><p>agente causador do desequilíbrio energético como o emocional, nutricional entre outros</p><p>fatores. (AMARAL, 2014).</p><p>A utilização dos Cinco Movimentos possibilita determinar um diagnóstico mais</p><p>assertivo de acordo com os aspectos apresentados pelos órgãos acometidos como, por</p><p>exemplo, quando a cliente se queixa de sudorese excessiva e de amargor na boca. Esses</p><p>sintomas são entendidos pela MTC que a energia do coração está estacionada devido ao</p><p>exagero do fígado. As informações coletadas durante a anamnese pelo profissional são através</p><p>das perguntas julgadas necessárias para melhor compreensão da desordem (AMARAL, 2014).</p><p>TESSER, 2010) Na Tabela 2 é apresentado as vinculações aos Cinco Elementos.</p><p>Tabela 2 - Vinculações aos Cinco Elementos</p><p>Elemento Madeira Fogo Terra Metal Água</p><p>Órgão fígado coração baço-pâncreas pulmão rim</p><p>Vísceras vesícula biliar intestino delgado estômago intestino grosso bexiga</p><p>Movimento para fora para cima neutro para dentro para</p><p>baixo</p><p>Sentido visão fala gustação olfato audição</p><p>Tecido músculo vaso conjuntivo pele osso</p><p>Sentimento reatividade alegria Reflexão/</p><p>preocupação</p><p>tristeza medo</p><p>Pavilhão</p><p>auricular</p><p>vermelho escuro,</p><p>cheio e duro</p><p>vermelho, quente e</p><p>seco</p><p>amarelado</p><p>edemaciado</p><p>pálido e com</p><p>descamação</p><p>frio,</p><p>pálido e</p><p>flácido</p><p>Som grito riso canto choro Gemido</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor (2022) com base nas informações do Amaral (2014).</p><p>O modo de realizar a acupuntura auricular pode ser por agulhamento em sessão, por</p><p>pressão sob os pontos, agulhas específicas em micropore (utilizadas por tempo limitado),</p><p>sangrias, mini-ventosas, moxabustão, sementes de colza em micropore (utilizadas por tempo</p><p>limitado). No entanto, a última técnica mencionada é considerada a mais indicada já que a</p><p>mesma não possui riscos de infecção por não ser invasivo já que o pavilhão auricular possui</p><p>intensa vascularizações e grande parte em cartilagem (KUREBAYASHI, 2015).</p><p>Para a realização da técnica em questão não é exigido que o enfermeiro obstetra tenha</p><p>a especialização em acupuntura, um curso específico em auriculoterapia já o habilita. A</p><p>técnica é de fácil entendimento e pode ser utilizada durante os cuidados de enfermagem no</p><p>TP. É necessário que o profissional possua compreensão básica da MTC, visto que é</p><p>indispensável o entendimento da teoria dos cincos elementos, anatomia auricular, avaliação de</p><p>35</p><p>diagnóstico pelo pavilhão auricular, técnica da investigação palpatória e conhecer a teoria yin</p><p>e yang para que haja efetividade (GARCIA, 1999).</p><p>Além disso, é importante destacar que a auriculopuntura, assim como diversos tipos</p><p>de tratamento, possui contraindicações como os pontos que expressam antagonismo e por essa</p><p>razão não podem ser associados. Por esse motivo é fundamental uma análise precisa dos</p><p>desconfortos relatados e apresentados pela cliente previamente, para depois iniciar a terapia</p><p>auricular (GARCIA, 1999).</p>