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<p>ACESSE AQUI ESTE</p><p>MATERIAL DIGITAL!</p><p>TAMILES BRUNA DA MOTA TEIXEIRA</p><p>ASSISTÊNCIA DE</p><p>ENFERMAGEM</p><p>AO RECÉM-</p><p>NASCIDO E</p><p>LACTENTE</p><p>https://www.uniasselvi.com.br/extranet/layout/request/trilha/materiais/trilha/trilha_digital.php?codigo=617514</p><p>Coordenador(a) de Conteúdo</p><p>Barbara Letícia Dudel Mayer</p><p>Projeto Gráfico e Capa</p><p>Arthur Cantareli Silva</p><p>Editoração</p><p>Edinei Tomelin</p><p>Design Educacional</p><p>Fabiana Bruna Gozer Dias</p><p>Revisão Textual</p><p>Carla Cristina Farinha</p><p>Ilustração</p><p>Andre Luis Azevedo da Silva</p><p>Fotos</p><p>Shutterstock e Envato</p><p>Impresso por:</p><p>Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.</p><p>Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).</p><p>Núcleo de Educação a Distância. TEIXEIRA, Tamiles Bruna da Mota.</p><p>Assistência de Enfermagem ao Recém-Nascido e Lactente /</p><p>Tamiles Bruna da Mota Teixeira. - Florianópolis, SC: Arqué, 2024.</p><p>212 p.</p><p>ISBN papel 978-65-6137-588-7</p><p>ISBN digital 978-65-6137-584-9</p><p>1. Assistência 2. Enfermagem 3. Recém-Nascido 4. Lactente 5. EaD.</p><p>I. Título.</p><p>CDD - 649.122</p><p>EXPEDIENTE</p><p>FICHA CATALOGRÁFICA</p><p>N964</p><p>03506788</p><p>https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/20897</p><p>RECURSOS DE IMERSÃO</p><p>Utilizado para temas, assuntos ou con-</p><p>ceitos avançados, levando ao aprofun-</p><p>damento do que está sendo trabalhado</p><p>naquele momento do texto.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você</p><p>terá indicações de filmes</p><p>que se conectam com o</p><p>tema do conteúdo.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você</p><p>terá indicações de livros</p><p>que agregarão muito na</p><p>sua vida profissional.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Utilizado para desmistificar pontos</p><p>que possam gerar confusão sobre o</p><p>tema. Após o texto trazer a explicação,</p><p>essa interlocução pode trazer pontos</p><p>adicionais que contribuam para que</p><p>o estudante não fique com dúvidas</p><p>sobre o tema.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Este item corresponde a uma proposta</p><p>de reflexão que pode ser apresentada por</p><p>meio de uma frase, um trecho breve ou</p><p>uma pergunta.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Utilizado para aprofundar o</p><p>conhecimento em conteúdos</p><p>relevantes utilizando uma lingua-</p><p>gem audiovisual.</p><p>EM FOCO</p><p>Utilizado para agregar um con-</p><p>teúdo externo.</p><p>EU INDICO</p><p>Professores especialistas e con-</p><p>vidados, ampliando as discus-</p><p>sões sobre os temas por meio de</p><p>fantásticos podcasts.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>PRODUTOS AUDIOVISUAIS</p><p>Os elementos abaixo possuem recursos</p><p>audiovisuais. Recursos de mídia dispo-</p><p>níveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem.</p><p>4</p><p>149U N I D A D E 3</p><p>PREVENÇÃO DE AGRAVOS DE SAÚDE PREVALENTES NA INFÂNCIA . . . . . . . . . . .150</p><p>PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DA SAÚDE INFANTIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .170</p><p>ATENÇÃO À CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . .190</p><p>7U N I D A D E 1</p><p>SITUAÇÃO POLÍTICA, SOCIAL E DE SAÚDE DA CRIANÇA NO BRASIL E NO MUNDO . . . 8</p><p>HISTÓRIA, CONCEITOS E PRESSUPOSTOS DA ENFERMAGEM</p><p>NEONATOLÓGICA E PEDIÁTRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26</p><p>ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SALA DE PARTO AO RECÉM-NASCIDO . . . . . . .48</p><p>75U N I D A D E 2</p><p>CONSULTA DE ENFERMAGEM EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA . . . . . . . . . . . . . .76</p><p>CONSULTA DE ENFERMAGEM NA PUERICULTURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .98</p><p>ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS DOENÇAS</p><p>E INTERCORRÊNCIAS PREVALENTES DO RECÉM-NASCIDO E DA CRIANÇA . . . . . . 126</p><p>5</p><p>SUMÁRIO</p><p>UNIDADE 1</p><p>MINHAS METAS</p><p>SITUAÇÃO POLÍTICA, SOCIAL</p><p>E DE SAÚDE DA CRIANÇA NO</p><p>BRASIL E NO MUNDO</p><p>Conhecer as políticas públicas voltadas à saúde da criança.</p><p>Identificar as ações que as políticas públicas na saúde da criança realizam na sociedade.</p><p>Conhecer os aspectos sociais e vulnerabilidades que emergem na política de</p><p>atenção à criança.</p><p>Compreender o papel da enfermagem como protagonista do cuidar da criança.</p><p>Abordar as principais problemáticas psicossociais evidenciadas na saúde da criança.</p><p>Analisar o processo do cuidar e sua interligação com as políticas de saúde da criança.</p><p>Aplicar na prática clínica o conhecimento sobre o cuidar integral à saúde da criança.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1</p><p>8</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A Saúde da criança é uma área de abrangência que requer maior cuidado por</p><p>parte dos profissionais de saúde. E é nesse olhar que o cuidado se concentra em</p><p>manter a saúde desses pacientes.</p><p>As vulnerabilidades sociais, ainda, são temas de discussão, pois afetam in-</p><p>timamente outras áreas, tal como a saúde da família e da criança. A criança,</p><p>nesse contexto, apresenta inúmeras possibilidades de problemáticas de saúde e,</p><p>também, ocorre interligação entre os fatores psíquico e social.</p><p>Vamos exemplificar as crianças em situação de moradia de rua. Como podemos</p><p>olhar para o fator higiene? As necessidades básicas são alcançadas? A alimentação</p><p>é digna e saudável? Ocorre a prevenção de doenças oportunistas? Essas crianças</p><p>são acompanhadas na escola? E a violência doméstica? É evitada? o trabalho infantil</p><p>é realmente combatido?</p><p>Compreender esses fatores interferentes na saúde da criança propõe uma visão</p><p>ampla sobre o cuidar. A enfermagem realiza o acompanhamento da criança antes</p><p>mesmo de seu nascimento e segue o curso em diante. A família é o pilar do cuidar</p><p>primário da criança, pois é nela em que ocorre o acompanhamento dos primeiros</p><p>passos da infância, como aprender a engatinhar, falar, brincar e interagir.</p><p>O enfermeiro realiza uma investigação sucinta dos aspectos norteadores da</p><p>criança, como vulnerabilidade social familiar da criança e sua situação de saúde,</p><p>e realiza a intervenção em saúde com a equipe multidisciplinar.</p><p>Ainda, porém, fica a questão: no contexto da saúde infantil, como os profissionais</p><p>de saúde, especialmente de enfermagem, podem assegurar cuidados eficazes</p><p>durante os períodos neonatal e lactente, considerando as peculiaridades dessas</p><p>fases cruciais do desenvolvimento?</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>A exemplo, podemos citar a identificação de desnutrição infantil. Em primeiro</p><p>momento, ocorre avaliação da criança, como a de suas medidas antropométricas,</p><p>para identificar o alcance de metas nutricionais adequadas, inserção de legumes,</p><p>frutas e demais alimentos saudáveis na alimentação da criança. Caso não consiga</p><p>resolver, a criança será acompanhada pelo médico e nutricionista da equipe que</p><p>avaliarão e definirão um plano terapêutico para a criança.</p><p>O cuidar da enfermagem é entrelaçado a outros profissionais para o alcance</p><p>do plano terapêutico. Isso faz diferença para o alcance de melhores resultados.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>O presente vídeo é um convite a você, estudante, a conhecer, de forma mais</p><p>abrangente, a política nacional de atenção à saúde da criança (PNAISC), no qual</p><p>são retratados os fatores inerentes à temática que discutiremos.</p><p>https://youtu.be/rzide7nnUp0.</p><p>A atuação dos profissionais de saúde vai além do tratamento de enfermidades, são</p><p>fundamentais a promoção da saúde e a orientação dos pais. Ao garantir cuidados</p><p>adequados, não apenas se preserva a saúde imediata da criança, mas também se</p><p>estabelecem bases sólidas para um futuro saudável. Faz-se necessário conhecer</p><p>os aspectos norteadores da saúde da criança, para proporcionar um cuidado mais</p><p>centrado e resolutivo em sua assistência à saúde.</p><p>Olá, estudante! Para ampliar seu conhecimento sobre esse tema, ouça o podcast</p><p>sobre Conceitos introdutórios e políticas na saúde da criança, o qual tem como</p><p>objetivo ampliar os principais pontos de relevância da PNAISC e o papel da en-</p><p>fermagem como protagonista do cuidar na área pediátrica e neonatal. Recursos</p><p>de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>1</p><p>1</p><p>https://youtu.be/rzide7nnUp0</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA</p><p>CRIANÇA</p><p>não é suficiente para a mudança do quadro hipoglicêmico,</p><p>tal como a infusão de soro glicosado em via endovenosa.</p><p>O soro glicosado repõe a energia da criança, deixando-a estabilizada e</p><p>mais ativa. A enfermagem deve, em sua rotina na maternidade, monitorizar</p><p>a glicemia do neonato para que não ocorra intercorrências, como no caso de</p><p>parada cardiorrespiratória em crianças, em que um dos 6H de causa dessa</p><p>condição é a hipoglicemia.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>AVALIAÇÕES DE ENFERMAGEM PÓS-NASCIMENTO DA</p><p>CRIANÇA NA SALA DE PARTO</p><p>As avaliações de enfermagem são fundamentais para o cuidado neonatal. Ao</p><p>nascer, a criança é recepcionada pelo enfermeiro e será feita a avaliação geral do</p><p>estado de saúde da criança. Essa avaliação visa identificar possíveis anormalida-</p><p>des. Dentre as avaliações de enfermagem, estão escore de apgar, que é usado ao</p><p>nascimento, e avaliação de capurro, que determina a idade gestacional e o grau</p><p>de maturidade do recém-nascido.</p><p>Avaliação do neonato pelo Score de Apgar</p><p>Ao nascer, a primeira avaliação a ser realizada na criança, na sala de parto, chama-se</p><p>Escore de apgar. Essa avaliação busca identificar a vitalidade ao nascer do neonato.</p><p>É realizada pelo médico ou enfermeiro especialista em pediatria/neonatologia.</p><p>Essa avaliação é realizada com a aplicação de cinco critérios de sinais eviden-</p><p>ciados, como frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabili-</p><p>dade reflexa e cor. As pontuações variam de zero a dez, apresentando cada critério</p><p>três posicionamentos de avaliação que valem de zero a dois pontos.</p><p>Essa avaliação é realizada no primeiro e quinto minuto de vida, em neonato</p><p>de boa vitalidade. Caso os scores estejam baixos, deverá ser feita a avaliação de</p><p>apgar até o 20º minuto.</p><p>5</p><p>4</p><p>SI</p><p>N</p><p>AL</p><p>0</p><p>1</p><p>2</p><p>1</p><p>M</p><p>IN</p><p>5</p><p>M</p><p>IN</p><p>10</p><p>M</p><p>IN</p><p>15</p><p>M</p><p>IN</p><p>20</p><p>M</p><p>IN</p><p>FR</p><p>EQ</p><p>U</p><p>ÊN</p><p>C</p><p>IA</p><p>CA</p><p>RD</p><p>ÍA</p><p>CA</p><p>au</p><p>se</p><p>nt</p><p>e</p><p><</p><p>10</p><p>0</p><p>bp</p><p>m</p><p>10</p><p>0</p><p>bp</p><p>m</p><p>ES</p><p>FO</p><p>RÇ</p><p>O</p><p>RE</p><p>SP</p><p>IR</p><p>AT</p><p>Ó</p><p>RI</p><p>O</p><p>au</p><p>se</p><p>nt</p><p>e</p><p>irr</p><p>eg</p><p>ul</p><p>ar</p><p>re</p><p>gu</p><p>la</p><p>r</p><p>IR</p><p>RI</p><p>TA</p><p>B</p><p>IL</p><p>ID</p><p>AD</p><p>E</p><p>RE</p><p>FL</p><p>EX</p><p>A</p><p>au</p><p>se</p><p>nt</p><p>e</p><p>al</p><p>gu</p><p>m</p><p>a</p><p>re</p><p>aç</p><p>ão</p><p>es</p><p>pi</p><p>rr</p><p>os</p><p>TÔ</p><p>N</p><p>U</p><p>S</p><p>M</p><p>U</p><p>SC</p><p>U</p><p>LA</p><p>R</p><p>fla</p><p>ci</p><p>de</p><p>z</p><p>to</p><p>ta</p><p>l</p><p>al</p><p>gu</p><p>m</p><p>a</p><p>fle</p><p>xã</p><p>o</p><p>de</p><p>ex</p><p>tre</p><p>m</p><p>id</p><p>ad</p><p>es</p><p>bo</p><p>a</p><p>m</p><p>ov</p><p>i-</p><p>m</p><p>en</p><p>ta</p><p>çã</p><p>o</p><p>CO</p><p>R</p><p>ci</p><p>an</p><p>os</p><p>e</p><p>ou</p><p>pa</p><p>lid</p><p>ez</p><p>co</p><p>rp</p><p>o</p><p>ró</p><p>se</p><p>o</p><p>ou</p><p>ex</p><p>tre</p><p>m</p><p>id</p><p>ad</p><p>es</p><p>ci</p><p>an</p><p>ót</p><p>ic</p><p>as</p><p>co</p><p>rp</p><p>o</p><p>ou</p><p>ex</p><p>tre</p><p>m</p><p>id</p><p>ad</p><p>es</p><p>ró</p><p>se</p><p>as</p><p>Q</p><p>ua</p><p>dr</p><p>o</p><p>1</p><p>-</p><p>Es</p><p>co</p><p>re</p><p>d</p><p>e</p><p>A</p><p>pg</p><p>ar</p><p>a</p><p>m</p><p>pl</p><p>ia</p><p>do</p><p>/</p><p>F</p><p>on</p><p>te</p><p>: a</p><p>da</p><p>pt</p><p>ad</p><p>o</p><p>de</p><p>B</p><p>ra</p><p>si</p><p>l (</p><p>2</p><p>0</p><p>1</p><p>2</p><p>).</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Veja a importância de saber avaliar a vitalidade da criança e identificar os sinais</p><p>e sintomas para que ocorra a análise da situação de saúde da criança. Ao realizar</p><p>isso, o profissional é capaz de seguir a uma decisão clínica de intervenção, ou não,</p><p>da criança, como uma possível reanimação neonatal.</p><p>Idade gestacional</p><p>A idade gestacional refere-se à avaliação da concepção, que é estimada a partir</p><p>do primeiro dia do último período gestacional e expressa em semanas. Essa ava-</p><p>liação é de fundamental importância na assistência neonatal, pois direciona o</p><p>profissional a identificar alterações metabólicas e de neurodesenvolvimento no</p><p>recém-nascido, de forma ampla e direcionada. Segue um quadro de definição da</p><p>idade gestacional no nascimento.</p><p>Vamos Treinar?</p><p>Criança, nascida às 19h10min, com as seguintes características no primeiro minuto</p><p>de vida: frequência cardíaca > 100 bpm; esforço respiratório regular; tônus muscular</p><p>com boa movimentação; apresenta espirros e choro; corpo e extremidades róseos.</p><p>Ao realizar essa avaliação, qual o apgar desse recém-nascido?</p><p>Se você analisou esse caso, visualizou que a criança apresentou dez pontos no</p><p>escore de apgar e conseguiu compreender como funciona essa avaliação. Esse</p><p>resultado significa boa vitalidade ao nascimento e é isso que se espera do neona-</p><p>to, que ele se adapte ao ambiente extrauterino com êxito.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>IDADE GESTACIONAL (I .G .) DEFINIÇÃO</p><p>RN PRÉ-TERMO (RNPT) Crianças nascidas até 36 semanas</p><p>RN A TERMO (RNT) Nascimento entre 37 e 41 semanas e seis dias</p><p>RN PÓS-TERMO OU PÓS DATISMO</p><p>Crianças nascidas com 42 semanas ou mais</p><p>de gestação</p><p>Quadro 2 - Classificações em neonatologia: idade gestacional / Fonte: adaptado de Brasil (2012).</p><p>5</p><p>1</p><p>Essa avaliação estima, também, a vitalidade da criança e expressa seu desenvol-</p><p>vimento intrauterino. Outras avaliações que poderão ser usadas para estimar a</p><p>idade gestacional são os métodos de capurro, ballard e Dubovitz.</p><p>Peso neonatal</p><p>Sobre o peso ao nascimento, esse é um indicador que deverá ser feito na rotina</p><p>das maternidades. O primeiro peso é obtido após o nascimento, com a criança</p><p>totalmente despida, e é anotado em prontuário e na caderneta da criança como</p><p>indicador para outras avaliações posteriores da saúde da criança, na atenção</p><p>primária em saúde. A seguir, temos um parâmetro para essa avaliação.</p><p>PESO ACIMA DO IDEAL</p><p>(MACROSSOMIA FETAL)</p><p>RN > 4000 g.</p><p>PESO IDEAL < 3999 e ≥ 2500 g.</p><p>BAIXO PESO RN com PN inferior a 2500 g.</p><p>MUITO BAIXO PESO RN com menos de 1500 g.</p><p>EXTREMO BAIXO PESO RN com menos de 1000 g.</p><p>Quadro 3 - Peso do recém-nascido / Fonte: adaptado de Brasil (2012).</p><p>A verificação de peso é de suma relevância para avaliar perdas e ganhos de nu-</p><p>trição na infância. Deve-se atentar para os extremos, como baixa e alta de peso.</p><p>A variação do peso pode variar de acordo com a condição da criança. Por</p><p>exemplo, a baixa de peso pode estar relacionada a recém-nascido prematuro, de</p><p>genitores em uso de substâncias psicoativas. Esse RN pode apresentar tamanho</p><p>reduzido, condição denominada pequeno para a idade gestacional(PIG). Já o</p><p>neonato macrossômico é o RN com peso acima do ideal, está relacionado, princi-</p><p>palmente, à genitora com diabetes mellitus gestacional, em que o feto recebe, de</p><p>forma atenuada, glicose, proporcionando seu aumento de peso e, possivelmente,</p><p>tamanho, como nos casos de RNs grandes para a idade gestacional (GIG).</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>CUIDADOS NEONATAIS DA ENFERMAGEM EM SALA DE PARTO</p><p>Os cuidados neonatais proporcionam qualidade de vida à criança recém-nascida.</p><p>Sua assistência é realizada, principalmente, pela enfermagem, como identifica-</p><p>ção do recém-nascido como medida de segurança do paciente, laqueadura do</p><p>cordão umbilical, medidas antropométricas, banho, realização do método credé</p><p>e administração de vitamina K exógena.</p><p>Laqueadura do cordão umbilical</p><p>A ligadura ou corte do cordão umbilical é um procedimento ocorrido após o</p><p>nascimento. Esse procedimento finaliza o processo de ligação física materna</p><p>com o recém-nascido. Ele é realizado pelo profissional médico ou enfermeiro,</p><p>ou delegado, como forma de humanização, à genitora ou alguém de sua escolha,</p><p>acompanhado por um dos profissionais de saúde da equipe que assiste ao parto.</p><p>O profissional de enfermagem, primeiramente, realiza a fixação do clamp a uma</p><p>distância de 2 a 3 cm do anel umbilical. A ligadura deverá ser feita entre um e três minu-</p><p>tos ou um a cinco minutos de forma fisiológica ou quando cessar a pulsação no cordão</p><p>umbilical, exceto se o neonato necessitar de assistência imediata, como no caso de rea-</p><p>nimação cardiorrespiratória ou de genitora HIV+, em que o corte deverá ser imediato.</p><p>5</p><p>8</p><p>Vale lembrar que o tempo de secção de cordão umbilical varia de literatu-</p><p>ra para literatura e que, quanto mais tempo a criança estiver ligada à genitora,</p><p>maior será o número de hemácias que adentrarão ao corpo do neonato, evitando</p><p>possíveis anemias que possam ocorrer após o nascimento. Isso se a genitora não</p><p>estiver com anemia em seu organismo.</p><p>Prevenção da oftalmia gonocócica pelo método de Credé</p><p>A oftalmia neonatal é uma condição clínica que afeta a conjuntiva do neonato.</p><p>Ela é ocasionada pela presença de microrganismo patogênico, ocasionado a de-</p><p>nominada conjuntivite neonatal ou oftalmia neonatal. O agente patogênico mais</p><p>comum são bactérias gonocóccicas.</p><p>Atualmente, a Sociedade Brasileira de</p><p>Pediatria (SBP) tem recomendado a</p><p>aplicação de povidona (colírio) a 2,5% na região ocular. Recomenda-se, também,</p><p>outras opções, como a utilização da pomada de eritromicina a 0,5% e, como</p><p>alternativa, tetraciclina a 1%, para realização da profilaxia da oftalmia neonatal.</p><p>A utilização de nitrato de prata a 1% deve ser reservado apenas em caso de não</p><p>se dispor a povidona, a eritromicina ou a tetraciclina.</p><p>No caso, se a unidade de saúde somente dispor de nitrato de prata a 1%, o</p><p>profissional de enfermagem deverá instilar uma gota de nitrato de prata a 1% no</p><p>fundo do saco lacrimal inferior de cada olho. Seu uso tem sido contraindicado</p><p>devido à ocorrência de toxicidade ocular.</p><p>Antropometria</p><p>Como rotina na maternidade, deve-se realizar um exame físico simplificado, que</p><p>são informações pontuais do estado de nascimento, que são o peso, o compri-</p><p>mento e os perímetros cefálico, torácico e abdominal.</p><p>Os perímetros e o comprimento da criança deverão ser realizados com fita</p><p>inelástica e a anotação deve ser feita na caderneta e no prontuário da criança. O</p><p>perímetro cefálico deverá ser feito com a fita na posição de proeminência occi-</p><p>pital, direcionada até a região de glabela.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>O comprimento é mensurado de forma cefalopodal, sem a presença de ar-</p><p>queamento de membros inferiores, para não falsear o resultado. Vale ressaltar</p><p>que os pés da criança deverão ficar em ângulo de 90°. A medição de perímetro</p><p>torácico deverá ser feita com a fita em linha intermamilar. No perímetro abdomi-</p><p>nal, a fita deverá estar em região de cicatriz umbilical. O peso é feito em balança</p><p>de mesa com a criança despida, em decúbito dorsal, para que não ocorra falso</p><p>resultado devido à presença de peso nas fraldas ou roupas.</p><p>Prevenção do sangramento por deficiência de vitamina K</p><p>Estudos de relevância clínica revelam que recém-nascidos podem apresentar</p><p>deficiência na produção de vitamina K. Para prevenção de tal deficiência, o Mi-</p><p>nistério da Saúde implementou, nos serviços de saúde, a rotina de aplicação de</p><p>vitamina K para a profilaxia da doença hemorrágica.</p><p>A vitamina K (kanakion) deve ser administrada por via intramuscular (vasto</p><p>lateral da coxa), na dose única de 1 mg/ml na ampola. A agulha de escolha é</p><p>20x5,5 mm seguindo as recomendações de segurança e sob técnica asséptica.</p><p>O Ministério da Saúde traz uma segunda opção no caso de recusa dos pais</p><p>acerca da administração intramuscular. O profissional de enfermagem deverá</p><p>administrar, oralmente, a vitamina K, e os genitores devem ser advertidos que</p><p>esse método exige múltiplas doses. A dose oral é de 2 mg ao nascimento ou logo</p><p>após, seguida por uma dose de 2 mg entre o quarto e o sétimo dia.</p><p>Para recém-nascidos em aleitamento materno exclusivo, em adição às reco-</p><p>mendações para todos os neonatos, uma dose de 2 mg via oral deve ser adminis-</p><p>trada após quatro a sete semanas, por causa dos níveis variáveis e baixos da vita-</p><p>mina K no leite materno e da inadequada produção endógena (BRASIL, 2017).</p><p>Identificação do RN</p><p>A identificação é uma forma de segurança do paciente contra erros na assistência</p><p>em saúde, como a troca de recém-nascidos (RN) nas maternidades. Essa iden-</p><p>tificação é em formato de pulseira, sendo comum sua colocação em membro</p><p>inferior ao nascer.</p><p>1</p><p>1</p><p>As pulseiras devem ser colocadas na mãe e no RN, contendo o nome completo</p><p>da mãe, o registro hospitalar, como o número de prontuário, a data e hora do</p><p>nascimento e o sexo do RN.</p><p>Figura 3 - Pulseira de identificação do neonato em sala de parto</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um recém-nascido em berço de maternidade. Em sua perna esquerda,</p><p>há pulseira de identificação, preconizada pela política de segurança do paciente. Fim da descrição.</p><p>Segue um vídeo explicativo sobre os cuidados a recém-nascidos para complemen-</p><p>tar seu conhecimento neste tema! Faça anotações e revisões para alicerçar esse con-</p><p>teúdo em sua memória. https://youtu.be/dt4pmkGD5U8?si=_EqhvAUWqTMSfCFw.</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>https://youtu.be/dt4pmkGD5U8?si=_EqhvAUWqTMSfCFw</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>REANIMAÇÃO NEONATAL EM SALA DE PARTO</p><p>A reanimação neonatal é uma condição clínica que afeta recém-nascidos que não</p><p>conseguem se adaptar ao ambiente extrauterino. Os órgãos, como pulmão e cora-</p><p>ção, são afetados por tal condição que pode estar relacionada à prematuridade ou</p><p>pré-termos (RN < 36 semanas de gestação), a defeitos congênitos do tipo cardiopul-</p><p>monar e à asfixia neonatal, como evidenciada na síndrome da aspiração meconial.</p><p>A reanimação deverá ser realizada por profissionais extremamente capacitados,</p><p>com um time de resposta de prontidão para realizar a assistência de forma exitosa.</p><p>Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os profissionais responsáveis</p><p>pela assistência são médicos e enfermeiros especialistas em neonatologia.</p><p>A SBP conta, também, como referência nessa situação com protocolos da</p><p>American Heart Association (AHA), que sempre se atualiza para direcionar pro-</p><p>fissionais de saúde e socorristas a prestar assistência nessas situações.</p><p>O último protocolo da American Heart Association (AHA), do ano de 2020,</p><p>define as seguintes recomendações sobre a reanimação neonatal.</p><p>1 - A equipe deverá estar treinada e pronta para a assistência direcionada.</p><p>2 - A aspiração endotraqueal de rotina para bebês vigorosos e não vigorosos</p><p>nascidos com líquido amniótico meconial (LAM) não é recomendada, exceto</p><p>sob suspeita de aspiração traqueal.</p><p>3 - As compressões torácicas são realizadas se houver uma resposta de frequência</p><p>cardíaca ruim à ventilação.</p><p>4 - Quando o acesso vascular é necessário em bebês recém-nascidos, a via</p><p>venosa umbilical é preferida. Quando o acesso IV é inviável, o acesso IO pode</p><p>ser considerado.</p><p>5 - Uma elevação na frequência cardíaca é o indicador mais importante de</p><p>ventilação e de resposta eficazes às intervenções de ressuscitação. A frequência</p><p>cardíaca (FC) do RN é em torno de 120–160 bpm e a frequência respiratória (FR)</p><p>entre 30–60 rpm.</p><p>6 - A insuflação e a ventilação dos pulmões são a prioridade em bebês recém-</p><p>nascidos que precisam de suporte depois do nascimento.</p><p>1</p><p>1</p><p>A reanimação neonatal apresenta o MNEMÔNICO: A-B-C. A letra “A” vem da</p><p>caracterização inglesa airway, que significa avaliação de vias aéreas. A letra “B”</p><p>vem de breathing, que significa respiração/ventilação. A letra “C” vem de com-</p><p>pression, que significa compressão.</p><p>Para uso do mnemônico na RCP neonatal, inicia-se com a avaliação e realiza-se</p><p>a abertura de vias aéreas, por meio do uso de coxins em região escapular para que</p><p>ocorra elevação da cabeça da criança. Em seguida, realiza-se a monitorização</p><p>de parâmetros vitais, tal como frequência cardiorrespiratória e análise de fatores</p><p>etiológicos que podem estar desencadeando a assistência de reanimação.</p><p>Na prática, avaliam-se os parâmetros vitais, sendo a massagem cardíaca ini-</p><p>ciada se a FC estiver menor que 60 bpm, após 30 segundos de ventilação, por</p><p>pressão positiva (VPP) com cânula traqueal e técnica adequada.</p><p>A compressão cardíaca é realizada no terço inferior do esterno, onde se situa</p><p>a maior parte do ventrículo esquerdo. A técnica baseia-se com o uso de dois</p><p>polegares ou dos dois dedos na área esternal, da linha intermamilar, poupando o</p><p>apêndice xifóide. A profundidade da compressão deve englobar 1/3 da dimensão</p><p>anteroposterior do tórax.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>A ventilação (VPP) e a compressão cardíaca são realizadas de forma sincrô-</p><p>nica e interligada, mantendo-se uma relação de 3:1, ou seja, três movimentos de</p><p>massagem cardíaca para um movimento de ventilação, com uma frequência de</p><p>120 eventos por minuto (90 movimentos de massagem e 30 ventilações).</p><p>Existe uma exceção quando a reanimação engloba causa cardíaca, a exemplo</p><p>de paciente com cardiopatia congênita. O profissional deve realizar, nesse caso</p><p>específico, a aplicação de 15 compressões cardíacas intercaladas com duas ven-</p><p>tilações, sempre avaliando a profundidade se estiver adequada e efetiva.</p><p>O fármaco de escolha na reanimação neonatal é a adrenalina. Esta deverá ser</p><p>administrada a critério médico, com base no peso (kg) da criança.</p><p>Quando a Frequência Cardíaca permanecer abaixo dos 60 bpm, com ventilação</p><p>efetiva, O2 a 100%, acompanhada de massagem cardíaca adequada e sincronizada</p><p>à ventilação por, no mínimo, 60 segundos, o uso de adrenalina está indicado.</p><p>Segue a recomendação da medicação na PCR neonatal da Sociedade Brasi-</p><p>leira de Pediatria (SBP) em sua última atualização.</p><p>ADRENALINA EN-</p><p>DOVENOSA</p><p>ADRENALINA EN-</p><p>DOTRAQUEAL</p><p>EXPANSOR DE</p><p>VOLUME</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>COMERCIAL</p><p>1 mg/mL SF 0,9%</p><p>DILUIÇÃO</p><p>1 mL da ampola de</p><p>adrenalina 1 mg/</p><p>mL em 9 mL de SF</p><p>PREPARO Seringa de 1 mL Seringa de 5 mL</p><p>2 seringas de 20</p><p>mL</p><p>DOSE 0,2 mL/kg 1,0 mL/kg 10 mL/kg EV</p><p>1</p><p>4</p><p>DOSE 0,1–0,3 mL/kg 0,5 - 1,0 mL/kg 10 mL/kg EV</p><p>1 KG 0,2 mL 1,0 mL 10 mL</p><p>2 KG 0,4 mL 2,0 mL 20 mL</p><p>3 KG 0,6 mL 3,0 mL 30 mL</p><p>4 KG 0,8 mL 4,0 mL 40 mL</p><p>VELOCIDADE E</p><p>PRECAUÇÕES</p><p>Infundir rápido,</p><p>seguido por flush</p><p>de 3,0 mL de SF</p><p>Infundir no in-</p><p>terior da cânula</p><p>traqueal e ventilar.</p><p>USO ÚNICO</p><p>Infundir na veia</p><p>umbilical lenta-</p><p>mente, em cinco a</p><p>dez minutos</p><p>Quadro 4 - Conduta medicamentosa em reanimação de neonatos em sala de parto</p><p>Fonte: adaptado de SBP (2021).</p><p>Na sala de parto, devem estar disponíveis os materiais indispensáveis à assis-</p><p>tência ao neonato. Os materiais necessários para reanimação neonatal na sala</p><p>de parto são: mesa de reanimação com acesso por três lados; fonte de oxigênio</p><p>umidificado com fluxômetro e fonte de ar comprimido; blender para mis-</p><p>tura oxigênio/ar; aspirador a vácuo com manômetro; relógio de parede com</p><p>ponteiro de segundos; fonte de calor radiante; termômetro ambiente digital;</p><p>reanimador manual neonatal (balão autoinflável com volume ao redor de</p><p>240 mL, reservatório de O2 e válvula de escape com limite de 30–40 cmH2O</p><p>e/ou manômetro); ventilador mecânico manual com peça T com circuitos</p><p>próprios; estetoscópio neonatal; oxímetro de pulso com sensor neonatal;</p><p>monitor cardíaco de três vias com eletrodos; e bandagem elástica para fixar</p><p>o sensor do oxímetro e os eletrodos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>ESTRATÉGIA QUALINEO</p><p>Também, existe a estratégia Qualineo, criada pelo Ministério da Saúde, por meio</p><p>da Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, para reduzir</p><p>as taxas de mortalidade neonatal (até 28 dias de vida) e qualificar a atenção ao</p><p>recém-nascido nas maternidades.</p><p>Veja, a seguir, as dez estratégias descritas pelo Qualineo que devem ser im-</p><p>plementadas em maternidades.</p><p>1 - Siga as normas de reanimação neonatal e previna a hipotermia.</p><p>2 - Faça uso criterioso de medicamentos (aminas, analgésicos e sedativos).</p><p>3 - Use CPAP, desde a sala de parto, e evite intubar o RN.</p><p>4 - Pratique o MC e integre a família e a equipe multiprofissional no cuidado individualizado.</p><p>5 - Controle o uso de oxigênio. Evite hiperóxia.</p><p>6 - Siga as normas de segurança do paciente no cuidado com o RN.</p><p>7 - Alimente o RN o mais precoce possível e, de preferência, com o leite materno.</p><p>8 - Utilize, de forma racional, os recursos existentes e pratique o gerenciamento de leitos.</p><p>9 - Higienize as mãos e evite antibióticos desnecessários.</p><p>10 - Utilize os indicadores de sua unidade neonatal como fonte de melhorias e de</p><p>aprendizado da equipe.</p><p>Todas essas estratégias têm como finalidade proporcionar um cuidado centrado</p><p>na prevenção da mortalidade ao nascer, proporcionando melhor cuidado na</p><p>área neonatal.</p><p>Para melhor compreensão do assunto, segue o manual de assistência ao parto</p><p>normal de 2022. Ele aborda, além do manejo do parto, os cuidados ao recém-nas-</p><p>cido na sala de parto. Esse manual lhe dará aperfeiçoamento sobre a temática.</p><p>Realize uma excelente leitura! http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publi-</p><p>cacoes/diretriz_assistencia_parto_normal.pdf.</p><p>EU INDICO</p><p>1</p><p>1</p><p>http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/diretriz_assistencia_parto_normal.pdf</p><p>http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/diretriz_assistencia_parto_normal.pdf</p><p>A assistência neonatal, em sala de parto, é de fundamental importância na assis-</p><p>tência materno-infantil. Se, hoje, temos o aumento da sobrevida de recém-nas-</p><p>cidos desde o prematuro até o pós-termo é graças aos estudos científicos na área</p><p>e, também, aos profissionais que assistem a criança.</p><p>Avaliar constantemente e acompanhar o processo de adaptação extraute-</p><p>rina devem ser o olhar da enfermagem, pois isso garante qualidade e cuidado</p><p>assertivo. O neonato tem especificidades e requer do profissional qualificação,</p><p>sensibilidade e destreza. Cuidar de neonato requer muito do profissional, e é</p><p>nessa visão que devemos buscar rotineiramente ser capaz de prestar assistência</p><p>com maestria à criança sobre nossos cuidados. Devemos buscar nos desenvolver</p><p>e aperfeiçoar na área constantemente.</p><p>Gostou do que discutimos até aqui? Tenho mais para conversar com você sobre</p><p>esse tema. Vamos lá?! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do am-</p><p>biente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>A área neonatal requer do profissional de enfermagem devoção, zelo e cuidado</p><p>centrado e direcionado, sendo isso obtido pelo estudo constante da área. O maior</p><p>desafio, em relação ao cuidado neonatal em sala de parto, é a falta de conhecimento</p><p>e atualização constante dos profissionais de saúde. Sabe-se que a ciência está em</p><p>constante evolução, por isso, faz-se necessária a busca contínua pelo conhecimento.</p><p>A neonatologia apresenta, na atualidade, inúmeras tecnologias específicas</p><p>que requerem aprendizado contínuo, principalmente quando se fala em salas</p><p>de parto e na assistência em reanimação neonatal. A equipe deve estar preparada</p><p>para tal evento. Isso somente é possível pelo constante treinamento dos profissio-</p><p>nais que trabalham ou desejam ingressar nessa área, por meio da implementação</p><p>de práticas baseada em evidências científicas.</p><p>Alguns profissionais entram no mercado de trabalho sem saber como ma-</p><p>nusear um ventilador mecânico neonatal, realizar aspiração de secreções oro e</p><p>nasofaríngeas, administrar medicações ao recém-nascido e identificar alterações</p><p>clínicas no RN. Cuidar requer responsabilidade e isso deve ser feito em toda a</p><p>assistência de trabalho.</p><p>As empresas hospitalares, em seus processos seletivos, observam esses deta-</p><p>lhes, e é isso que faz a diferença para uma possível contratação. O conhecimento</p><p>e o preparo profissional o levarão ao êxito da admissão. Portanto, capacite-se e</p><p>esteja preparado para as oportunidades que surgirem para você na profissão, pois</p><p>isso o diferenciará no mercado de trabalho.</p><p>1</p><p>8</p><p>1. A reanimação neonatal é uma condição de causas, como asfixia ou cardíaca. Ela é reali-</p><p>zada por equipe treinada e hábil para intervir. O mnemônico usado para a área neonatal</p><p>é o “ABC”. O “A” significa avaliação ou abertura de vias aéreas, o “B” significa respiração</p><p>ou oferta ventilatória e o “C” significa compressão ou massagem cardíaca (SBP, 2022).</p><p>SBP. Reanimação do recém-nascido ≥34 semanas em sala de parto. Rio de Janeiro: SBP, 2022. Disponível</p><p>em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/junho/06/DiretrizesSBP-Reanimacao-</p><p>-RNigualMaior34semanas-MAIO2022a.pdf. Acesso em: 27 fev. 2024.</p><p>Sobre o protocolo de reanimação neonatal, qual a relação compressão/ventilação de</p><p>um recém-nascido em parada cardiorrespiratória por causa de asfixia, sem suspeita de</p><p>etiologia cardíaca?</p><p>a) 3:1, ou seja, três movimentos de massagem cardíaca para um movimento de ventila-</p><p>ção, com uma frequência de 120 eventos por minuto (90 movimentos de massagem</p><p>e 30 ventilações).</p><p>b) 30:1, ou seja, 30 movimentos de massagem cardíaca para um movimento de ventila-</p><p>ção, com uma frequência de 150 eventos por minuto (90 movimentos de massagem</p><p>e 30 ventilações).</p><p>c) 20:1, ou seja, 20 movimentos de massagem cardíaca para um movimento de ventila-</p><p>ção, com uma frequência de 150 eventos por minuto (90 movimentos de massagem</p><p>e 30 ventilações).</p><p>d) 26:2, ou seja, 30 movimentos</p><p>de massagem cardíaca para dois movimentos de</p><p>ventilação, com uma frequência de 150 eventos por minuto (90 movimentos de</p><p>massagem e 30 ventilações).</p><p>e) 17:2, ou seja, 17 movimentos de massagem cardíaca para dois movimentos de ven-</p><p>tilação, com uma frequência de 150 eventos por minuto (90 movimentos de mas-</p><p>sagem e 30 ventilações).</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>9</p><p>2. É comum, na rotina das maternidades do Brasil, a aplicação de vitamina K para a profilaxia</p><p>da doença hemorrágica, podendo ocorrer em neonatos (BRASIL, 2012).</p><p>Sobre esse tema, analise as afirmativas sobre os cuidados na aplicação da vitamina K</p><p>nas maternidades.</p><p>I - Deverá ser aplicada, de modo geral, em via muscular, especificamente em vasto</p><p>lateral da coxa.</p><p>II - Sua aplicação é feita na técnica asséptica e humanizada.</p><p>III - Aplica-se essa vitamina em região dorso glútea como escolha principal, no neonato.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>3. Criança, nascida as 16h05min, com as seguintes características no quinto minuto de vida:</p><p>frequência cardíaca > 100 bpm; esforço respiratório irregular; tônus muscular com fle-</p><p>xão; irritabilidade reflexa com alguma reação; e corpo róseo com extremidades cianóticas</p><p>(BRASIL, 2012).</p><p>De acordo com o escore de apgar, qual o valor apresentado no caso em questão?</p><p>a) 9.</p><p>b) 3.</p><p>c) 1.</p><p>d) 7.</p><p>e) 11.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AHA – AMERICAN HEART ASSOCIATION. Diretrizes da American Heart Association de 2020 para</p><p>RCP e ACE. [S. l.]: AHA, 2020. Disponível em: https://cpr.heart.org/-/media/cpr-files/cpr-guideli-</p><p>nes-files/highlights/hghlghts_2020_ecc_guidelines_english.pdf. Acesso em: 27 fev. 2024.</p><p>BRASIL. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde-Volume 1. 2.</p><p>ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.</p><p>BRASIL. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.</p><p>MEDINA et al. O cuidado na casa de parto e sua conformidade com as diretrizes nacionais. Ciên-</p><p>cia & Saúde Coletiva, v. 28, n. 7, 7 jul. 2023. Disponível em: https://scielosp.org/article/csc/2023.</p><p>v28n7/2065-2074/. Acesso em: 27 fev. 2024.</p><p>REZER, F.; SILVA, F. C.; FAUSTINO, W. R. Primeiros cuidados com recém-nascidos sem complica-</p><p>ções na sala de parto. Journal of Nursing and Health, v. 12, n. 1, 2022. Disponível em: https://pe-</p><p>riodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/20941. Acesso em: 27 fev. 2024.</p><p>SANTOS FILHO, S. B.; SOUZA, K. V. Rede Cegonha e desafios metodológicos de implementação</p><p>de redes no SUS. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, n. 3, 15 mar. 2021. Disponível em: https://www.</p><p>scielosp.org/article/csc/2021.v26n3/775-780/. Acesso em: 27 fev. 2024.</p><p>1</p><p>1</p><p>https://scielosp.org/article/csc/2023.v28n7/2065-2074/</p><p>https://scielosp.org/article/csc/2023.v28n7/2065-2074/</p><p>1. Opção A. Existe um consenso da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade</p><p>Americana do Coração (AHA) quanto à reanimação neonatal. O profissional deverá realizar</p><p>a relação 3:1, ou seja, três movimentos de massagem cardíaca para um movimento de ven-</p><p>tilação, com uma frequência de 120 eventos por minuto (90 movimentos de massagem e</p><p>30 ventilações). Em causa cardíaca, isso modifica-se, o profissional deve realizar, nesse caso</p><p>específico, a aplicação de 15 compressões cardíacas intercaladas com duas ventilações,</p><p>sempre avaliando a profundidade se estiver adequada e efetiva.</p><p>2. Opção C. A vitamina K (kanakion) deve ser administrada por via intramuscular (vasto lateral</p><p>da coxa), na dose única de 1 mg/ml na ampola, seguindo as recomendações de segurança e</p><p>sob técnica asséptica. O que anula a afirmativa III é o fato de afirmar que se aplica a vitamina</p><p>K em região dorso glútea, sendo errôneo tal procedimento, pelo fato de que essa via apre-</p><p>senta proximidade com o nervo ciático, podendo causar riscos à criança, como paralisia de</p><p>membros inferiores. A via preconizada para a neonatologia é a face lateral da coxa, também,</p><p>conhecida por vasto lateral da coxa.</p><p>3. Opção D. A avaliação de apgar é realizada somando os valores de acordo com a caracte-</p><p>rística apresentada da criança. O neonato apresentou frequência cardíaca > 100b pm (dois</p><p>pontos); esforço respiratório irregular (um pontos); tônus muscular com flexão (dois pontos);</p><p>irritabilidade reflexa com alguma reação (um ponto); e corpo róseo com extremidades</p><p>cianóticas (um ponto), totalizando na somatória de sete pontos.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>UNIDADE 2</p><p>MINHAS METAS</p><p>CONSULTA DE ENFERMAGEM EM</p><p>NEONATOLOGIA E PEDIATRIA</p><p>Conhecer a consulta de enfermagem.</p><p>Identificar os fatores éticos que compõem a consulta de enfermagem.</p><p>Conhecer o processo de enfermagem e a sistematização da assistência de enfermagem.</p><p>Abordar as principais avaliações que poderão ser feitas na consulta de enfermagem.</p><p>Conhecer os diagnósticos que poderão ser implementados em serviços de pediatria</p><p>e neonatologia.</p><p>Prestar cuidado humanizado e acolhedor à criança.</p><p>Identificar fatores interferentes no processo saúde-doença na criança.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A consulta de enfermagem está alicerçada na Resolução COFEN nº 358, de 15</p><p>de outubro de 2009, que descreve a sistematização da assistência de enfermagem</p><p>(SAE) e o processo de enfermagem (PE) como método de trabalho do enfermei-</p><p>ro. A consulta de enfermagem em pediatria e neonatologia deverá ser realizada</p><p>nos serviços públicos ou privados onde ocorra a assistência de enfermagem,</p><p>sendo essa privativa do profissional enfermeiro.</p><p>O enfermeiro deverá utilizar, em sua prática assistencial, conhecimento técni-</p><p>co-científico e sensibilização para prestar o cuidado à criança que ele assiste.</p><p>Assista ao podcast sobre a relevância da consulta de enfermagem na saúde da</p><p>criança para ampliar seus conhecimentos. Recursos de mídia disponíveis no con-</p><p>teúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Para adentrarmos no conteúdo da consulta de enfermagem, é importante retomar</p><p>alguns conceitos e definições referente à puericultura. Portanto, não deixe de</p><p>acessar e se preparar melhor antes de seguir com o conteúdo!</p><p>https://youtu.be/cSL8B6V8sp8.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>https://youtu.be/cSL8B6V8sp8</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>CONSULTA DE ENFERMAGEM PEDIÁTRICA E NEONATAL</p><p>A enfermagem deve tecer sua consulta com base no teor científico, buscando</p><p>informações sobre o crescimento e desenvolvimento pediátrico, visando uma</p><p>assistência de qualidade, cuja prioridade é o bem estar da criança, em função das</p><p>condições de vida de sua família e da sociedade onde está inserida.</p><p>Segundo Oliveira et al. (2013), a Estratégia Saúde da Família (ESF) é o</p><p>modelo pilar da atenção primária em saúde (APS). Ela é responsável pelas</p><p>ações de promoção, prevenção, proteção e recuperação em saúde de indiví-</p><p>duos, famílias e comunidades, sendo a consulta de puericultura (consulta</p><p>pediátrica) uma de suas ações em saúde.</p><p>1</p><p>8</p><p>A consulta de enfermagem em puericultura é centrada em acompanhar a</p><p>criança desde a fase neonatal, e seu seguimento é realizado a toda a infância.</p><p>Deve-se sempre fazer busca ativa dos faltosos, ampliar a cobertura vacinal e evi-</p><p>tar doenças oportunistas por meio da promoção em saúde (VIEIRA et., 2018).</p><p>Sobre a consulta de enfermagem à criança, Campos et al. (2011, p. 567)</p><p>descrevem que:</p><p>“ A consulta de enfermagem à criança tem como objetivo prestar</p><p>assistência sistematizada de enfermagem, de forma global e indivi-</p><p>dualizada, identificando problemas de saúde-doença, executando</p><p>e avaliando cuidados que contribuam para a promoção, proteção,</p><p>recuperação e reabilitação de sua saúde.</p><p>Em sua consulta, o enfermeiro deverá implementar o processo de enfermagem</p><p>como método norteador de sua assistência em saúde. O processo de enfermagem</p><p>está presente na Resolução COFEN nº 358/2009, que dispõe sobre a Sistematiza-</p><p>ção da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enferma-</p><p>gem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional</p><p>de Enfermagem, mas que foi atualizado em janeiro de 2024, com a Resolução</p><p>COFEN de nº 736, de 17 de janeiro de 2024.</p><p>A Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza o trabalho profis-</p><p>sional quanto ao método (processo de enfermagem), pessoal (equipe de enfer-</p><p>magem) e instrumentos — normas, rotinas, procedimentos operacionais padrão</p><p>(POPs) —, tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem.</p><p>Segundo a resolução COFEN nº 736/2024, em seu Art. 4º, o Processo de En-</p><p>fermagem (PE) organiza-se em cinco etapas, de modo deliberado e sistemático, em</p><p>todo contexto socioambiental, em que ocorre o cuidado de Enfermagem, sendo elas:</p><p>avaliação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação de enfermagem.</p><p>Assista ao vídeo super didático relacionado à consulta de enfermagem ao re-</p><p>cém-nascido e à criança para o auxiliar em seu conhecimento sobre essa área.</p><p>https://youtu.be/KSjoHXodRhU?si=hG5EgmWFSSp8IRcw</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>https://youtu.be/KSjoHXodRhU?si=hG5EgmWFSSp8IRcw</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NA</p><p>CONSULTA PEDIÁTRICA E NEONATAL</p><p>O PE em pediatria é um excelente modelo a ser implementado na Atenção Pri-</p><p>mária como modo de identificação de possíveis alterações na criança e oferta</p><p>de cuidado de forma direcionada. Segue os tópicos de cada etapa do PE para a</p><p>consulta de enfermagem.</p><p>Avaliação de Enfermagem</p><p>Nessa etapa inicial, são realizados a anamnese e o exame físico. Em público</p><p>pediátrico será necessário a presença do acompanhante da criança, que, muitas</p><p>vezes, são seus genitores. Estes informarão ao profissional de saúde, por meio</p><p>da observação, os sinais e sintomas que a criança apresenta. Baseado no relato,</p><p>o profissional terá um norte sobre o estado de saúde da criança, poderá realizar</p><p>o exame físico conforme o caso e tomará a conduta clínica.</p><p>■ Exame físico do enfermeiro na neonatologia</p><p>Para realizar avaliações de enfermagem, pode-se usar escalas para compor a</p><p>consulta de enfermagem. Existem inúmeras escalas de avaliação em neona-</p><p>tologia, sendo uma delas a escala, ou método de capurro e new Ballard, que</p><p>indica a idade gestacional aproximada da criança e a avaliação neurológica,</p><p>respectivamente. Essas escalas poderão ser implementadas em serviços de</p><p>neonatologia ou na atenção primária em saúde.</p><p>O Score de Capurro, ou Método Capurro, é aplicável a recém-nascidos de</p><p>29 semanas ou mais. Ele avalia o desenvolvimento de fatores físicos (somáticos)</p><p>e neurológicos. O método de New Ballard é uma alternativa mais indicada para</p><p>fazer a classificação de recém-nascidos prematuros e avalia as características</p><p>neurológicas do neonato por meio do método propedêutico de inspeção.</p><p>8</p><p>1</p><p>M</p><p>at</p><p>u</p><p>ri</p><p>d</p><p>ad</p><p>e</p><p>n</p><p>eu</p><p>ro</p><p>m</p><p>u</p><p>sc</p><p>u</p><p>la</p><p>r</p><p>P</p><p>on</p><p>tu</p><p>aç</p><p>ão</p><p>-1</p><p>0</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>P</p><p>os</p><p>tu</p><p>ra</p><p>Â</p><p>n</p><p>gu</p><p>lo</p><p>do</p><p>pu</p><p>n</p><p>h</p><p>o</p><p>R</p><p>ec</p><p>ol</p><p>hi</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>do</p><p>b</p><p>ra</p><p>ço</p><p>Â</p><p>n</p><p>gu</p><p>lo</p><p>po</p><p>pl</p><p>ít</p><p>eo</p><p>S</p><p>in</p><p>al</p><p>do</p><p>x</p><p>al</p><p>e</p><p>C</p><p>al</p><p>ca</p><p>n</p><p>h</p><p>ar</p><p>à</p><p>or</p><p>el</p><p>h</p><p>a</p><p>>9</p><p>0</p><p>º</p><p>90</p><p>º</p><p>6</p><p>0</p><p>°</p><p>4</p><p>5°</p><p>30</p><p>°</p><p>0</p><p>°</p><p>18</p><p>0</p><p>°</p><p>14</p><p>0</p><p>a</p><p>1</p><p>8</p><p>0</p><p>°</p><p>11</p><p>0</p><p>-1</p><p>4</p><p>0</p><p>°</p><p>90</p><p>a</p><p>1</p><p>10</p><p>°</p><p><9</p><p>0</p><p>°</p><p>18</p><p>0</p><p>°</p><p>16</p><p>0</p><p>°</p><p>14</p><p>0</p><p>°</p><p>12</p><p>0</p><p>°</p><p>10</p><p>0</p><p>°</p><p>90</p><p>°</p><p><9</p><p>0</p><p>°</p><p>Q</p><p>ua</p><p>dr</p><p>o</p><p>1</p><p>-</p><p>Av</p><p>al</p><p>ia</p><p>çã</p><p>o</p><p>ne</p><p>ur</p><p>om</p><p>us</p><p>cu</p><p>la</p><p>r d</p><p>a</p><p>es</p><p>ca</p><p>la</p><p>d</p><p>e</p><p>av</p><p>al</p><p>ia</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>n</p><p>ew</p><p>B</p><p>al</p><p>la</p><p>rd</p><p>/</p><p>F</p><p>on</p><p>te</p><p>: a</p><p>da</p><p>pt</p><p>ad</p><p>o</p><p>de</p><p>B</p><p>ra</p><p>si</p><p>l (</p><p>2</p><p>0</p><p>1</p><p>4</p><p>).</p><p>D</p><p>es</p><p>cr</p><p>iç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Im</p><p>ag</p><p>em</p><p>: a</p><p>f</p><p>ig</p><p>ur</p><p>a</p><p>ap</p><p>re</p><p>se</p><p>nt</p><p>a</p><p>gr</p><p>av</p><p>ur</p><p>as</p><p>d</p><p>e</p><p>bo</p><p>ne</p><p>co</p><p>s</p><p>re</p><p>pr</p><p>es</p><p>en</p><p>ta</p><p>nd</p><p>o</p><p>um</p><p>b</p><p>eb</p><p>ê</p><p>em</p><p>d</p><p>iv</p><p>er</p><p>so</p><p>s</p><p>po</p><p>si</p><p>ci</p><p>on</p><p>am</p><p>en</p><p>to</p><p>s</p><p>an</p><p>at</p><p>ôm</p><p>ic</p><p>os</p><p>, t</p><p>en</p><p>do</p><p>e</p><p>m</p><p>v</p><p>is</p><p>ta</p><p>id</p><p>en</p><p>ti</p><p>fi</p><p>ca</p><p>r</p><p>al</p><p>te</p><p>ra</p><p>çã</p><p>o</p><p>ne</p><p>ur</p><p>om</p><p>us</p><p>cu</p><p>la</p><p>r.</p><p>Fi</p><p>m</p><p>d</p><p>a</p><p>de</p><p>sc</p><p>ri</p><p>çã</p><p>o.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Pe</p><p>le</p><p>Pe</p><p>ga</p><p>jo</p><p>sa</p><p>, t</p><p>riá</p><p>ve</p><p>l,</p><p>tra</p><p>ns</p><p>pa</p><p>re</p><p>nt</p><p>e</p><p>ge</p><p>la</p><p>tin</p><p>os</p><p>a,</p><p>ve</p><p>rm</p><p>el</p><p>ha</p><p>,</p><p>tr</p><p>an</p><p>sl</p><p>uc</p><p>en</p><p>te</p><p>m</p><p>ac</p><p>ia</p><p>ro</p><p>sa</p><p>,</p><p>ve</p><p>ia</p><p>s</p><p>de</p><p>sc</p><p>am</p><p>aç</p><p>ão</p><p>su</p><p>pe</p><p>rfi</p><p>ci</p><p>al</p><p>e</p><p>/</p><p>ou</p><p>e</p><p>xa</p><p>nt</p><p>em</p><p>a,</p><p>po</p><p>uc</p><p>as</p><p>v</p><p>ei</p><p>as</p><p>ra</p><p>ch</p><p>ad</p><p>ur</p><p>a,</p><p>ár</p><p>ea</p><p>s</p><p>pá</p><p>lid</p><p>as</p><p>,</p><p>ra</p><p>ra</p><p>s</p><p>ve</p><p>ia</p><p>s</p><p>ap</p><p>er</p><p>ga</p><p>m</p><p>in</p><p>ha</p><p>-</p><p>da</p><p>, r</p><p>ac</p><p>ha</p><p>du</p><p>ra</p><p>pr</p><p>of</p><p>un</p><p>da</p><p>,</p><p>ne</p><p>nh</p><p>um</p><p>v</p><p>as</p><p>o</p><p>en</p><p>du</p><p>re</p><p>ci</p><p>da</p><p>,</p><p>ra</p><p>ch</p><p>ad</p><p>a,</p><p>e</p><p>nr</p><p>u-</p><p>ga</p><p>da</p><p>La</p><p>nu</p><p>go</p><p>Au</p><p>se</p><p>nt</p><p>e</p><p>es</p><p>pa</p><p>rç</p><p>o</p><p>ab</p><p>un</p><p>da</p><p>nt</p><p>e</p><p>ad</p><p>el</p><p>ga</p><p>ça</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>re</p><p>gi</p><p>õe</p><p>s</p><p>se</p><p>m</p><p>pe</p><p>lo</p><p>pr</p><p>in</p><p>ci</p><p>pa</p><p>lm</p><p>en</p><p>te</p><p>se</p><p>m</p><p>p</p><p>el</p><p>os</p><p>Su</p><p>pe</p><p>rfí</p><p>ci</p><p>e</p><p>pl</p><p>an</p><p>ta</p><p>r</p><p>C</p><p>al</p><p>ca</p><p>nh</p><p>ar</p><p>,</p><p>de</p><p>do</p><p>d</p><p>o</p><p>pé</p><p>, 4</p><p>0</p><p>a</p><p>50</p><p>m</p><p>m</p><p>-</p><p>1</p><p><</p><p>40</p><p>m</p><p>m</p><p>-2</p><p>></p><p>50</p><p>m</p><p>m</p><p>s</p><p>em</p><p>ru</p><p>ga</p><p>M</p><p>ar</p><p>ca</p><p>s</p><p>ve</p><p>rm</p><p>e-</p><p>lh</p><p>a</p><p>pá</p><p>lid</p><p>a</p><p>So</p><p>m</p><p>en</p><p>te</p><p>ru</p><p>ga</p><p>tr</p><p>an</p><p>sv</p><p>er</p><p>sa</p><p>l</p><p>Ru</p><p>ga</p><p>s</p><p>an</p><p>te</p><p>rio</p><p>r</p><p>2/</p><p>3</p><p>Ru</p><p>ga</p><p>s</p><p>po</p><p>r t</p><p>od</p><p>a</p><p>a</p><p>so</p><p>la</p><p>M</p><p>am</p><p>a</p><p>Im</p><p>pe</p><p>rc</p><p>ep</p><p>tív</p><p>el</p><p>Q</p><p>ua</p><p>se</p><p>im</p><p>pe</p><p>r-</p><p>ce</p><p>pt</p><p>ív</p><p>el</p><p>Ar</p><p>éo</p><p>la</p><p>p</p><p>la</p><p>na</p><p>,</p><p>se</p><p>m</p><p>b</p><p>ot</p><p>ão</p><p>m</p><p>am</p><p>ár</p><p>io</p><p>A</p><p>ré</p><p>ol</p><p>a</p><p>po</p><p>nt</p><p>i-</p><p>lh</p><p>ad</p><p>a,</p><p>b</p><p>ot</p><p>ão</p><p>d</p><p>e</p><p>1</p><p>a</p><p>2</p><p>m</p><p>m</p><p>Ar</p><p>éo</p><p>la</p><p>e</p><p>le</p><p>va</p><p>da</p><p>,</p><p>bo</p><p>tã</p><p>o</p><p>de</p><p>3</p><p>a</p><p>4</p><p>m</p><p>m</p><p>Ar</p><p>éo</p><p>la</p><p>p</p><p>la</p><p>-</p><p>na</p><p>,b</p><p>ot</p><p>ão</p><p>d</p><p>e</p><p>5</p><p>a</p><p>10</p><p>m</p><p>m</p><p>O</p><p>lh</p><p>o/</p><p>O</p><p>re</p><p>lh</p><p>a</p><p>Pá</p><p>lp</p><p>eb</p><p>ra</p><p>s</p><p>fu</p><p>nd</p><p>id</p><p>as</p><p>fr</p><p>ou</p><p>-</p><p>xa</p><p>m</p><p>en</p><p>te</p><p>: -</p><p>1,</p><p>rig</p><p>id</p><p>am</p><p>en</p><p>te</p><p>: -</p><p>2</p><p>Pá</p><p>lp</p><p>eb</p><p>ra</p><p>s</p><p>ab</p><p>er</p><p>-</p><p>ta</p><p>s;</p><p>a</p><p>ur</p><p>íc</p><p>ul</p><p>a</p><p>pl</p><p>an</p><p>a;</p><p>p</p><p>er</p><p>m</p><p>a-</p><p>ne</p><p>ce</p><p>d</p><p>ob</p><p>ra</p><p>da</p><p>Au</p><p>ríc</p><p>ul</p><p>a</p><p>lig</p><p>ei</p><p>ra</p><p>-</p><p>m</p><p>en</p><p>te</p><p>c</p><p>ur</p><p>va</p><p>da</p><p>;</p><p>lis</p><p>a,</p><p>re</p><p>to</p><p>rn</p><p>o</p><p>le</p><p>nt</p><p>o</p><p>Au</p><p>ríc</p><p>ul</p><p>a</p><p>be</p><p>m</p><p>cu</p><p>rv</p><p>ad</p><p>a;</p><p>li</p><p>sa</p><p>,</p><p>m</p><p>as</p><p>re</p><p>to</p><p>rn</p><p>a</p><p>ra</p><p>pi</p><p>da</p><p>m</p><p>en</p><p>te</p><p>Fo</p><p>rm</p><p>ad</p><p>a</p><p>e</p><p>fir</p><p>m</p><p>e,</p><p>re</p><p>to</p><p>rn</p><p>o</p><p>in</p><p>st</p><p>an</p><p>tâ</p><p>ne</p><p>o</p><p>C</p><p>ar</p><p>til</p><p>ag</p><p>em</p><p>e</p><p>s-</p><p>pe</p><p>ss</p><p>ad</p><p>a,</p><p>ri</p><p>gi</p><p>de</p><p>z</p><p>au</p><p>ric</p><p>ul</p><p>ar</p><p>G</p><p>en</p><p>ita</p><p>is</p><p>(h</p><p>o-</p><p>m</p><p>en</p><p>s)</p><p>Es</p><p>cr</p><p>ot</p><p>o</p><p>pl</p><p>an</p><p>o</p><p>e</p><p>lis</p><p>o</p><p>Bo</p><p>ls</p><p>a</p><p>es</p><p>cr</p><p>ot</p><p>al</p><p>va</p><p>zi</p><p>a</p><p>e</p><p>po</p><p>uc</p><p>as</p><p>ru</p><p>ga</p><p>s</p><p>Te</p><p>st</p><p>íc</p><p>ul</p><p>o</p><p>no</p><p>ca</p><p>na</p><p>l s</p><p>up</p><p>er</p><p>io</p><p>r e</p><p>ra</p><p>ra</p><p>s</p><p>ru</p><p>ga</p><p>s</p><p>Te</p><p>st</p><p>íc</p><p>ul</p><p>o</p><p>de</p><p>sc</p><p>en</p><p>de</p><p>nt</p><p>e,</p><p>al</p><p>gu</p><p>m</p><p>as</p><p>ru</p><p>ga</p><p>s</p><p>Te</p><p>st</p><p>íc</p><p>ul</p><p>o</p><p>na</p><p>bo</p><p>ls</p><p>a,</p><p>ru</p><p>ga</p><p>s</p><p>be</p><p>m</p><p>v</p><p>is</p><p>ív</p><p>ei</p><p>s</p><p>Te</p><p>st</p><p>íc</p><p>ul</p><p>o</p><p>em</p><p>pê</p><p>nd</p><p>ul</p><p>o,</p><p>ru</p><p>ga</p><p>s</p><p>pr</p><p>of</p><p>un</p><p>da</p><p>s</p><p>G</p><p>en</p><p>ita</p><p>is</p><p>(m</p><p>ul</p><p>he</p><p>r)</p><p>C</p><p>lít</p><p>or</p><p>is</p><p>p</p><p>ro</p><p>m</p><p>i-</p><p>ne</p><p>nt</p><p>e,</p><p>lá</p><p>bi</p><p>os</p><p>pl</p><p>an</p><p>os</p><p>Cl</p><p>íto</p><p>ris</p><p>p</p><p>ro</p><p>m</p><p>i-</p><p>ne</p><p>nt</p><p>e,</p><p>m</p><p>en</p><p>or</p><p>es</p><p>pe</p><p>qu</p><p>en</p><p>os</p><p>lá</p><p>bi</p><p>os</p><p>Cl</p><p>íto</p><p>ris</p><p>p</p><p>ro</p><p>m</p><p>i-</p><p>ne</p><p>nt</p><p>e,</p><p>a</p><p>um</p><p>en</p><p>to</p><p>pe</p><p>qu</p><p>en</p><p>os</p><p>lá</p><p>bi</p><p>os</p><p>G</p><p>ra</p><p>nd</p><p>es</p><p>lá</p><p>bi</p><p>os</p><p>ig</p><p>ua</p><p>lm</p><p>en</p><p>te</p><p>pr</p><p>om</p><p>in</p><p>en</p><p>te</p><p>s</p><p>G</p><p>ra</p><p>nd</p><p>es</p><p>lá</p><p>bi</p><p>os</p><p>m</p><p>ai</p><p>or</p><p>es</p><p>e</p><p>p</p><p>e-</p><p>qu</p><p>en</p><p>os</p><p>lá</p><p>bi</p><p>os</p><p>m</p><p>en</p><p>or</p><p>es</p><p>G</p><p>ra</p><p>nd</p><p>es</p><p>lá</p><p>bi</p><p>os</p><p>re</p><p>co</p><p>br</p><p>em</p><p>o</p><p>cl</p><p>íto</p><p>ris</p><p>Q</p><p>ua</p><p>dr</p><p>o</p><p>2</p><p>-</p><p>M</p><p>ét</p><p>od</p><p>o</p><p>de</p><p>C</p><p>ap</p><p>ur</p><p>ro</p><p>/</p><p>F</p><p>on</p><p>te</p><p>: a</p><p>da</p><p>pt</p><p>ad</p><p>o</p><p>de</p><p>B</p><p>ra</p><p>si</p><p>l (</p><p>2</p><p>0</p><p>1</p><p>4</p><p>).</p><p>8</p><p>1</p><p>Esses métodos são implementados em unidades neonatais como forma de ava-</p><p>liação da criança, como o grau de maturidade ao nascer, devendo constar em seu</p><p>prontuário para continuidade do acompanhamento do bebê.</p><p>Diagnóstico de Enfermagem em pediatria e neonatologia</p><p>Os diagnósticos de enfermagem norteiam o profissional enfermeiro para seguir</p><p>no seu plano de cuidados. Esse diagnóstico baseia-se em sinais e sintomas apre-</p><p>sentados pelo paciente, evidenciados na etapa de histórico de enfermagem do PE.</p><p>A literatura mais adotada pelos enfermeiros em âmbito nacional e internacional</p><p>é a NANDA-I. Esta, atualmente, encontra-se em sua edição 2021-2023 vigente.</p><p>Segue a tabela de diagnósticos da NANDA-I relacionada a possíveis casos clínicos</p><p>que o enfermeiro poderá se deparar em sua consulta de enfermagem.</p><p>ORDEM DO</p><p>DIAGNÓSTICO DE</p><p>ENFERMAGEM</p><p>TÍTULO DO</p><p>DIAGNÓSTICO DE</p><p>ENFERMAGEM DA</p><p>NANDA-I</p><p>PÁGINA</p><p>DOMÍNIO DO</p><p>DIAGNÓSTICO DE</p><p>ENFERMAGEM</p><p>NANDA-I</p><p>COMENTÁRIO</p><p>SOBRE A IMPLE-</p><p>MENTAÇÃO DESSE</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>1</p><p>Prontidão para nu-</p><p>trição aprimorada</p><p>215 Nutrição</p><p>Utilizado como uma</p><p>busca constante de</p><p>meta de nutrição</p><p>ideal à criança.</p><p>2</p><p>Amamentação</p><p>interrompida</p><p>219 Nutrição</p><p>Sua implemen-</p><p>tação é comum</p><p>em situações de</p><p>mastite na genitora</p><p>do recém-nascido,</p><p>entre outras causas.</p><p>3</p><p>Hiperbilirrubine-</p><p>mia neonatal</p><p>238 Nutrição</p><p>A pele ictérica</p><p>é um dos sinais</p><p>sugestivos dessa</p><p>condição comum</p><p>na fase neonatal.</p><p>4</p><p>Risco de volume</p><p>de fluido deficiente</p><p>245 Nutrição</p><p>Em crianças em</p><p>processo de desi-</p><p>dratação,</p><p>pode-se</p><p>implementar esse</p><p>diagnóstico de</p><p>enfermagem.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>5</p><p>Constipação</p><p>percebida</p><p>260 Eliminação e troca</p><p>Problemas de</p><p>má degradação</p><p>de bolo fecal</p><p>e, também, de</p><p>reabsorção hídrica</p><p>acentuada no in-</p><p>testino, ocasionan-</p><p>do, muitas vezes,</p><p>fezes endurecidas.</p><p>6 Diarreia 267 Eliminação e troca</p><p>Relacionado ao</p><p>processo infeccio-</p><p>so intestinal. Por</p><p>exemplo: intoxica-</p><p>ção alimentar.</p><p>7</p><p>Troca gasosa</p><p>prejudicada</p><p>270 Eliminação e troca</p><p>Comum em casos</p><p>de dispneia.</p><p>8</p><p>Comunicação ver-</p><p>bal prejudicada</p><p>336</p><p>Percepção/Cog-</p><p>nição</p><p>Alteração no mar-</p><p>co do desenvolvi-</p><p>mento.</p><p>9</p><p>Interação social</p><p>prejudicada</p><p>384</p><p>Relação de</p><p>função</p><p>Alteração no mar-</p><p>co do desenvolvi-</p><p>mento.</p><p>10</p><p>Comportamento</p><p>infantil</p><p>desorganizado</p><p>443</p><p>Enfrentamento/</p><p>Tolerância ao</p><p>estresse</p><p>Alteração no mar-</p><p>co do desenvolvi-</p><p>mento.</p><p>11 Risco de infecção 466</p><p>Segurança e</p><p>proteção</p><p>Comum em am-</p><p>bientes comunitá-</p><p>rios e hospitalares,</p><p>sendo de suma</p><p>relevância a vaci-</p><p>nação da criança.</p><p>12</p><p>Risco de</p><p>criança cair</p><p>478</p><p>Segurança e</p><p>proteção</p><p>O Cuidado em</p><p>relação ao berço e</p><p>não o deixar dormir</p><p>em cama sem</p><p>apoio.</p><p>8</p><p>4</p><p>13</p><p>Risco de morte</p><p>infantil súbita</p><p>512</p><p>Segurança e</p><p>proteção</p><p>A posição supina</p><p>previne sufoca-</p><p>mento do lactente</p><p>e deverá ser ado-</p><p>tada pelo respon-</p><p>sável na dormida</p><p>do bebê.</p><p>14 Hipertermia 539</p><p>Segurança e</p><p>proteção</p><p>Atenção quanto</p><p>à temperatura</p><p>igual ou superior a</p><p>37,3°C da criança.</p><p>15</p><p>Hipotermia</p><p>neonatal</p><p>542 Termorregulação</p><p>A hipotermia (qua-</p><p>dro < 34°C) pode</p><p>ocasionar distúrbio</p><p>no metabolis-</p><p>mo do neonato,</p><p>portanto, deverá</p><p>ser mantida a tem-</p><p>peratura corpórea</p><p>entre 36°C.</p><p>16</p><p>Desenvolvimento</p><p>infantil retardado</p><p>568</p><p>Crescimento e</p><p>desenvolvimento</p><p>Observado pelo</p><p>déficit apresentado</p><p>nos marcos do</p><p>desenvolvimento.</p><p>Tabela 1 - Diagnósticos de Enfermagem personalizados para consulta em diversas circunstâncias clínicas</p><p>Fonte: adaptada de Herdman (2021).</p><p>Os diagnósticos são montados com base nos sinais e sintomas evidenciados na</p><p>consulta de enfermagem. Deve-se atentar que os diagnósticos de enfermagem</p><p>são privativos do enfermeiro, devendo os demais profissionais da equipe acom-</p><p>panharem o profissional nas etapas do processo de enfermagem.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Planejamento, implementação e evolução de enfermagem</p><p>em pediatria e neonatologia</p><p>As três últimas etapas do processo de enfermagem têm como foco realizar as</p><p>ações de enfermagem com base no histórico e diagnóstico evidenciado. Sem</p><p>essas informações, fica inviável chegar a um consenso clínico e a um plano de</p><p>cuidados. Planejar um cuidado requer conhecimento prévio do estado de saúde</p><p>da criança. Analisemos o seguinte caso:</p><p>Nesse caso, pode-se planejar o cuidado de elevação de cabeceira do leito (posi-</p><p>ção fowler), o que ajuda a melhorar a taxa de oxigênio. Outro plano de cuidado</p><p>seria a monitorização contínua da criança e o uso de cateter de oxigenoterapia</p><p>(conforme prescrição médica). Após implementar esses cuidados (etapa 4 -</p><p>implementação), o enfermeiro seguirá para a etapa de avaliação, que tem por</p><p>finalidade analisar se as demais etapas apresentaram êxito. Essa avaliação não</p><p>se limita, é contínua.</p><p>Criança, 3 anos, sexo masculino, chega a unidade de urgência e emergência</p><p>apresentando dispneia há duas horas sem melhora. Avaliada a saturação de oxigênio</p><p>com valor apresentado abaixo de 89%. A pergunta que fica é: qual o diagnóstico</p><p>de enfermagem nesse caso? Qual o plano de cuidados a serem formulados para</p><p>melhorar a condição clínica da criança? Isso se chama processo de enfermagem.</p><p>Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: definições e</p><p>classificação 2021-2023</p><p>O livro de diagnósticos de enfermagem da NANDA-I é a literatura</p><p>mais usada para compor os diagnósticos de enfermagem no Bra-</p><p>sil e no mundo. É utilizado na 2ª etapa do processo de enferma-</p><p>gem. Ele o auxiliará a compor diagnósticos, realizar intervenções</p><p>e buscar resultados esperados no processo de cuidar da criança.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>8</p><p>1</p><p>Veja a importância de conhecer os aspectos que norteiam a condição da criança</p><p>e como isso determina o êxito da ação profissional. O enfermeiro tem total auto-</p><p>nomia em manejar a sistematização da assistência de enfermagem nos serviços de</p><p>saúde- SAE. Isso solidifica uma assistência de enfermagem baseada em evidên-</p><p>cias, tendo em vista a recuperação da saúde da criança que é assistida pela equipe.</p><p>NIC: classificação das intervenções de enfermagem</p><p>Uma ferramenta para a documentação das intervenções de en-</p><p>fermagem é a literatura mais usada para compor as ações inter-</p><p>ventivas dos enfermeiros na 3ª etapa do processo de enferma-</p><p>gem. NIC: classificação das intervenções de enfermagem padroniza</p><p>a linguagem para a documentação das intervenções de enferma-</p><p>gem e auxilia o profissional na seleção das intervenções apropria-</p><p>das. Contém centenas de intervenções de enfermagem baseadas</p><p>em pesquisa que abrangem ampla gama de aplicações.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Triagem neonatal na consulta de enfermagem</p><p>A triagem neonatal são testes que tem por finalidade identificar alterações que</p><p>podem ser melhor resolvidas na infância. Esses testes são realizados, em sua</p><p>maior parte, na atenção primária em saúde (APS) ou hospitalar, sendo eles:</p><p>triagem biológica, triagem cardiológica, triagem de frênulo lingual, triagem</p><p>auditiva e triagem oftálmica.</p><p>A triagem biológica, também conhecida como o “teste do pezinho”, é um</p><p>conjunto de ações preventivas, responsável por identificar precocemente indiví-</p><p>duos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas, para</p><p>que eles possam ser tratados em tempo hábil. O teste do pezinho é feito na criança</p><p>logo após o seu nascimento entre o 3º e o 5º dias de vida, conforme estabelece o</p><p>Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). O teste é feito por meio da</p><p>punção com lanceta na região lateral do calcâneo do recém-nascido para coleta</p><p>do sangue, que servirá de amostra para o teste em questão.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Para dar início à coleta da amostra de cada criança, o profissional deve lavar as</p><p>mãos antes de calçar as luvas de procedimento. O acompanhante deverá estar com</p><p>a criança em posição ortostática, “ficar de pé”, para que a circulação sanguínea do</p><p>pé do neonato seja facilitada para a coleta. O profissional que executará a coleta</p><p>deve estar sentado de frente para o adulto que está segurando o recém-nascido.</p><p>Deve ser assegurado conforto em todo o procedimento e, antes de ser pun-</p><p>cionado o pé, realiza-se a assepsia do calcanhar com algodão ou gaze esteriliza-</p><p>da, levemente umedecida com álcool 70%. Após usado o álcool 70% no local, o</p><p>profissional deve massagear bem o local da punção, ativando a circulação. Deve</p><p>certificar-se de que o calcanhar esteja avermelhado, sinal de que há sangue su-</p><p>ficiente no local a ser puncionado. Aguardar-se a secagem completa do álcool.</p><p>N</p><p>Ã</p><p>O</p><p>SIM</p><p>S</p><p>IM</p><p>Figura 1 - Local da punção no tes te do pezinho</p><p>Descrição da Imagem: na figura, observa-se os pés de um recém-nascido, em que, na sola, há uma demar-</p><p>cação de onde pode ser realizada a punção para o teste do pezinho. Ambas as laterais da região plantar do</p><p>calcanhar estão com a indicação SIM, pois é onde pode ser feita a punção, e o centro do pé (meio do pé) está</p><p>com o dizer NÃO. Fim da descrição</p><p>8</p><p>8</p><p>Nunca utilizar álcool iodado, porque eles interferem nos resultados de algu-</p><p>mas das análises que serão realizadas. A punção deve ser realizada com lancetas</p><p>apropriadas e estéreis para a coleta de sangue periférico. A escolha do local ade-</p><p>quado para a punção é de suma relevância, em uma das laterais da região plantar</p><p>do calcanhar, local com pouca possibilidade de atingir o osso do calcâneo. O</p><p>profissional deve segurar o pé e o tornozelo da criança, firme e de forma delica-</p><p>da, envolvendo com o dedo indicador e o polegar todo o calcanhar, de forma a</p><p>imobilizar, mas não estagnar a circulação.</p><p>Figura 2 - Punção para teste do pezinho</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta punção com</p><p>lanceta em região de calcâneo direito da criança para</p><p>coleta de amostra de sangue usada no teste do pezinho. Fim da descrição.</p><p>Após a punção, deve-se apertar a área e observar a formação de uma grande gota</p><p>de sangue, indicativo de punção e massagem realizada com sucesso. Retira-se, com</p><p>algodão seco ou gaze esterilizada, a primeira gota que se formou, devido a possível</p><p>presença de fluidos teciduais que podem interferir nos resultados dos testes.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Diante disso, o próximo passo será encostar, no verso do papel-filtro especí-</p><p>fico desse teste, a gota captada. A região demarcada para a coleta é definida no</p><p>papel filtro que deverá ser preenchido de forma adequada. O cartão deverá ser</p><p>preenchido em todo o círculo, deixando o sangue fluir naturalmente e de maneira</p><p>homogênea pelo papel-filtro, evitando concentração de sangue. Deve-se ter cui-</p><p>dado para não permitir que ele coagule nem no papel-filtro, nem no pé do bebê.</p><p>Só desencoste o papel-filtro do pé quando o círculo estiver todo preenchido.</p><p>Figura 3 - Preenchimento de papel filtro no teste do pezinho</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta o teste do pezinho em que está ocorrendo coleta da amostra de san-</p><p>gue em calcâneo do recém-nascido. A amostra é colocada em folha de papel filtro, o qual apresenta círculos que</p><p>deverão estar preenchidos do sangue do neonato. Fim da descrição.</p><p>Na consulta de enfermagem, deve-se avaliar o resultado desse teste se há presença</p><p>ou ausência de processos patológicos. Caso o indicativo seja positivo, deve-se</p><p>encaminhar a criança à avaliação médica para melhor resolução do caso.</p><p>9</p><p>1</p><p>Avaliação da dor na criança na avaliação de enfermagem</p><p>Poderá ser acrescida a Escala Visual Analógica (EVA) para análise da dor na</p><p>criança, sendo o método facial o mais usado na pediatria. A EVA consiste no</p><p>escore de aferição da intensidade de dor observada no paciente. Trata-se de uma</p><p>escala de zero (0) a dez (10), no qual 0 significa ausência total, e 10, o nível de</p><p>dor máxima suportável pelo paciente. A face feliz, por sua vez, significan zero</p><p>(0) sem dor, e a triste significa dez (10) dor intensa.</p><p>NOC: classificação dos resultados de enfermagem</p><p>NOC: classificação dos resultados de enfermagem, de modo di-</p><p>dático e objetivo, padroniza a terminologia e os critérios neces-</p><p>sários para identificar e avaliar os resultados das intervenções</p><p>de enfermagem e os cuidados antes do procedimento. É a li-</p><p>teratura mais usada para analisar as observações evidenciadas</p><p>nos resultados esperados do paciente em relação às interven-</p><p>ções de enfermagem realizadas pelos enfermeiros na 3ª etapa</p><p>do processo de enfermagem.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>LEVE MODERADA INTENSA</p><p>ESCALA VISUAL ANALÓGICA - EVA</p><p>Figura 4 - Escala EVA / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: na figura, observa-se a escala visual analógica - EVA. Na classificação LEVE, temos a</p><p>pontuação 0, 1 e 2. Na classificação MODERADA, temos as pontuações 3, 4, 5, 6 e 7. Na classificação INTENSA,</p><p>temos as pontuações 8, 9 e 10. Em cada classificação, há o desenho de uma face que vai se modificando — de</p><p>feliz a triste —, conforme aumenta a intensidade da dor. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Essa escala é uma avaliação subjetiva do estado de dor. O profissional enfermeiro</p><p>precisa ser sensível para interpretar, com clareza, o estado da criança e tomar a</p><p>melhor conduta clínica para o caso.</p><p>A consulta de enfermagem requer raciocínio clínico, sensibilidade na escuta</p><p>e avaliação clínica, com base nos conhecimentos de ciências, como anatomia,</p><p>fisiologia, microbiologia, patologia, e nas bases fundamentais da enfermagem.</p><p>Sem esses conhecimentos, fica inviável o profissional chegar a uma conclusão</p><p>clínica e montar diagnósticos e planos de cuidados de enfermagem.</p><p>A consulta de enfermagem independe da consulta médica, pois interrela-</p><p>cionam os dados coletados para chegar ao plano de cuidados. Para isso, utiliza o</p><p>processo de enfermagem como embasamento técnico-científico.</p><p>Ainda se percebe a falta de conhecimento, por parte dos profissionais de</p><p>enfermagem, sobre o seu papel na assistência em saúde, em especial atenção à</p><p>consulta em neopediatria. Imerge dúvidas quanto à parte de prescrição medica-</p><p>mentosa e conduta clínica em relação à criança sob seus cuidados. É necessária</p><p>a busca constante pelo conhecimento, para que se possa prestar uma consulta de</p><p>enfermagem baseada na promoção, prevenção e reabilitação em saúde da criança.</p><p>9</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>O cuidado neonatal e pediátrico é uma das áreas da enfermagem mais exigentes,</p><p>pois apresenta peculiaridades. Em uma entrevista de emprego ou mesmo em um</p><p>teste prático para a admissão dos profissionais de enfermagem nos serviços de</p><p>saúde, exige-se o conhecimento aprofundado sobre esse público. A pergunta que</p><p>emerge é: todos os profissionais de enfermagem estão aptos e detêm habilidade,</p><p>competência e conhecimento para lidar com crianças? A resposta é simplesmente</p><p>não! Nem todas as universidades dão enfoque à essa área e se quer embasam</p><p>as práticas aprofundadas quanto à ciência neonatal e pediátrica, deixando seus</p><p>acadêmicos sem fundamentação teórico-prática do cuidar pediátrico.</p><p>Nosso intuito é proporcionar uma visão ampla sobre o cuidar do neonato e lac-</p><p>tente, por exemplo, a você acadêmico e futuro enfermeiro. Almejamos que você saia</p><p>pronto da universidade para prestar uma assistência de enfermagem de qualidade,</p><p>implemente a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e o processo de</p><p>enfermagem de modo eficaz, direcionado e centrado no cuidar da criança.</p><p>O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e requer de você muito</p><p>mais na atualidade do que nos tempos passados em que a tecnologia não era tão</p><p>comum. Seja diferenciado! estude, amplie seus horizontes! Realize capacitações</p><p>nessa área, participe de palestras, cursos, workshops e congressos. Seja um pro-</p><p>fissional em que as empresas buscam e retêm em seu quadro de colaboradores,</p><p>principalmente especialistas na área infantil, em que o número é menor e tem</p><p>bastante carência de profissional!</p><p>Estudante, para expandir seus conhecimentos sobre o assunto abordado, gos-</p><p>taríamos de lhe indicar a aula que preparamos especialmente para você. Essa</p><p>aula contribuirá para aprofundar, ainda mais, o seu conhecimento sobre o tema.</p><p>Não perca! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>1</p><p>1. O processo de enfermagem teve atualização em 2024, em que as etapas 1 e 5 são deno-</p><p>minadas, respectivamente, avaliação e evolução de enfermagem. Isso reforça mudanças</p><p>que alicerçarão a profissão nos próximos anos (COFEN, 2024).</p><p>Sobre o processo de enfermagem, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I - A evolução de enfermagem compreende a avaliação dos resultados alcançados de</p><p>enfermagem e saúde da pessoa, da família, da coletividade e dos grupos especiais. Essa</p><p>etapa permite a análise e a revisão de todo o processo de enfermagem.</p><p>II - A documentação do processo de enfermagem deve ser realizada, pelos membros da</p><p>equipe, formalmente, no prontuário do paciente, físico ou eletrônico, cabendo ao en-</p><p>fermeiro o registro de todas as suas etapas e aos membros da equipe de enfermagem</p><p>a anotação de enfermagem, a checagem da prescrição e a documentação de outros</p><p>registros próprios da enfermagem.</p><p>III - Os técnicos e auxiliares de enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº</p><p>7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto nº 94.406, de 8 de junho de 1987, que a</p><p>regulamenta, participam do processo de enfermagem, com anotações de enfermagem,</p><p>bem como da implementação dos cuidados prescritos e sua checagem, sob a supervisão</p><p>e orientação do enfermeiro.</p><p>IV - Os profissionais de enfermagem e as instituições de saúde não devem buscar os meios</p><p>necessários para a capacitação/qualificação na utilização do processo de enfermagem.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e IV, apenas.</p><p>b) II e III, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III,</p><p>apenas.</p><p>e) II, III e IV, apenas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>9</p><p>4</p><p>2. O planejamento de enfermagem compreende o desenvolvimento de um plano assistencial</p><p>direcionado à pessoa, à família, à coletividade e aos grupos especiais e compartilhado com</p><p>os sujeitos do cuidado e da equipe de enfermagem e saúde (COFEN, 2024).</p><p>Sobre o planejamento de enfermagem, ele deverá envolver quais atitudes?</p><p>I - Priorização de diagnósticos de enfermagem.</p><p>II - Determinação de resultados (quantitativos e/ou qualitativos) esperados e exequíveis de</p><p>enfermagem e de saúde.</p><p>III - Tomada de decisão terapêutica, declarada pela prescrição de enfermagem das inter-</p><p>venções, das ações/atividades e dos protocolos assistenciais.</p><p>IV - Não se pode realizar diagnósticos em instituições particulares onde ocorre o cuidado</p><p>de enfermagem</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II e IV, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) I, II, III e IV.</p><p>3. Poderá ser acrescida a Escala Visual Analógica (EVA) para análise da dor na criança, sendo</p><p>o método facial mais usado nesse público específico por meio da análise de expressão de</p><p>face (MAGALHÃES, 2018).</p><p>Na escala EVA, o valor 10 significa que grau de dor na criança?</p><p>a) Intensa.</p><p>b) Moderada.</p><p>c) Leve.</p><p>d) Branda.</p><p>e) Indiferente.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>9</p><p>5</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.</p><p>BRASIL. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. 2. ed. atual.</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2014.</p><p>BRASIL. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde.2. ed. atual.</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2014. v. 2.</p><p>BRASIL. Triagem neonatal biológica: manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Dispo-</p><p>nível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_biologica_manual_</p><p>tecnico.pdf. Acesso em: 14 mar. 2024.</p><p>CAMPOS, R. M. C. et al. Consulta de enfermagem em puericultura: a vivência do enfermeiro na</p><p>Estratégia de Saúde da Família. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2011. Disponível</p><p>em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/N8Ds5szdFzY4z96PNyNQMVh/?format=pdf&lang=pt.</p><p>Acesso em: 14 mar. 2024.</p><p>COFEN. Resolução nº 358, de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistên-</p><p>cia de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou</p><p>privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. Dispo-</p><p>nível em: https://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009/. Acesso em: 14 mar. 2024.</p><p>COFEN. Resolução nº 736, de 17 de janeiro de 2024. Dispõe sobre a implementação do Proces-</p><p>so de Enfermagem em todo contexto socioambiental onde ocorre o cuidado de enfermagem.</p><p>Disponível em: https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/.</p><p>Acesso em: 14 mar. 2024.</p><p>HERDMAN, H. T. Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação 2021-</p><p>2023. Porto Alegre: Artmed, 2021.</p><p>MAGALHÃES, F. J. Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Pediatria. For-</p><p>taleza: Imprensa Universitária, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/bitstream/riu-</p><p>fc/34782/3/2018_liv_fjmagalhaes.pdf. Acesso em: 14 mar. 2024.</p><p>OLIVEIRA, F. S. et al. Consulta de puericultura realizada pelo enfermeiro na estratégia de saúde</p><p>da família. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 14, n. 4, p. 694-703, 2013. Disponível</p><p>em: https://www.redalyc.org/pdf/3240/324028459005.pdf. Acesso em: 14 mar. 2024.</p><p>VIEIRA, D. de S. et al. A prática do enfermeiro na consulta de puericultura na estratégia saúde</p><p>da família. Texto Contexto Enferm, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/kRzgT5Z-</p><p>6WNVpwF8F5xcV4cH/?format=pdf. Acesso em: 14 mar. 2024.</p><p>9</p><p>1</p><p>https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/</p><p>https://www.scielo.br/j/tce/a/kRzgT5Z6WNVpwF8F5xcV4cH/?format=pdf</p><p>https://www.scielo.br/j/tce/a/kRzgT5Z6WNVpwF8F5xcV4cH/?format=pdf</p><p>1. Opção D. A única afirmativa incorreta é a IV, pois apresenta uma negação de que os profis-</p><p>sionais de enfermagem e as instituições de saúde não devem buscar os meios necessários</p><p>para a capacitação/qualificação na utilização do processo de enfermagem. Sendo algo</p><p>inverídico a afirmativa IV, já os demais constam na Resolução nº 736/2024.</p><p>2. Opção D. A única afirmativa incorreta é a IV, pois apresenta uma negação, dizendo que</p><p>não se pode realizar diagnósticos em instituições particulares onde ocorre o cuidado de</p><p>enfermagem, mas, na verdade, os diagnósticos são realizados também em locais particu-</p><p>lares, baseado na antiga Resolução nº 358/2009. Portanto, I, II e III, apenas, estão corretas</p><p>e estão na Resolução nº 736/2024.</p><p>3. Opção A. Segundo Magalhães (2018), o valor 10 significa dor intensa. Dor leve de 0 a 2; dor</p><p>moderada de 3 a 7; e dor intensa de 8 a 10.</p><p>GABARITO</p><p>9</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>CONSULTA DE ENFERMAGEM</p><p>NA PUERICULTURA</p><p>Compreender o conceito de puericultura.</p><p>Conhecer as avaliações a serem feitas na puericultura pelo enfermeiro.</p><p>Analisar os cuidados de enfermagem à criança enferma.</p><p>Avaliar o crescimento e desenvolvimento infantil.</p><p>Identificar vulnerabilidades sociais da criança no contexto familiar.</p><p>Abordar os fatores interferentes do cuidar da criança na puericultura.</p><p>Verificar como ocorre a realização de vacinas na infância e vitamina A.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5</p><p>9</p><p>8</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A consulta em pediatria na atenção primária em saúde (APS) chama-se pueri-</p><p>cultura. O termo “puericultura”, etimologicamente, quer dizer: puer = criança e</p><p>cultur/cultura = criação, cuidados dispensados a alguém. Essa ação é dedicada</p><p>ao cuidado e à saúde das crianças, desde o nascimento até a adolescência. En-</p><p>volve monitoramento do desenvolvimento físico, emocional e social, além de</p><p>orientações sobre nutrição, vacinação, prevenção de doenças e apoio aos pais</p><p>para promover um crescimento saudável (MEDEIROS, 2011).</p><p>Na primeira semana de vida, o recém-nascido deverá ser avaliado, conside-</p><p>ra-se sua primeira consulta (seja no domicílio, seja na unidade de saúde). Essa</p><p>estratégia constitui um momento ideal para orientar a realização de imunizações,</p><p>acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança e reforçar a rede de</p><p>apoio à família (PEDRAZA, 2023).</p><p>As demais consultas de puericultura acontecem em faixas etárias predefi-</p><p>nidas, em que podemos captar, de forma melhor, as crianças faltosas, como no</p><p>período vacinal. Vamos conhecer, a seguir, a faixa etária preconizada pelo Minis-</p><p>tério da Saúde das consultas de puericultura, segundo Brasil (2012, p. 61)</p><p>“ O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no pri-</p><p>meiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês,</p><p>9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e</p><p>no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas</p><p>ao mês do aniversário.</p><p>Todos os marcos do desenvolvimento, das vacinas, das vitaminas e das avaliações</p><p>globais ficam registrados no prontuário da criança e, também, em sua caderne-</p><p>ta, em que o responsável pela criança deverá mantê-la guardada e segura para</p><p>acompanhamentos posteriores (BRITO et al., 2018).</p><p>Mas de que forma deve ser essa consulta? Quais parâmetros a enfermagem deve</p><p>considerar? Quais são as avaliações que a enfermagem realiza na consulta de</p><p>puericultura?</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>CONSULTA DE PUERICULTURA</p><p>A consulta de puericultura é uma das estratégias de atenção em saúde, sendo ela</p><p>relacionada à criança. Médicos e enfermeiros da estratégia de saúde da família ava-</p><p>liam o estado de saúde da criança e a acompanham rotineiramente nesse serviço.</p><p>Ao adentrar na unidade básica de saúde, a criança é recepcionada primeira-</p><p>mente e encaminhada ao acolhimento da unidade de atenção primária (APS), em</p><p>que o profissional técnico de enfermagem realizará as medidas antropométricas e</p><p>sinais vitais, como dados para compor as informações fundamentais da consulta</p><p>de enfermagem realizada pelo enfermeiro</p><p>(PEDRAZA, 2023).</p><p>Assista ao podcast sobre a importância da enfermagem na puericultura para apri-</p><p>morar seus conhecimentos de forma abrangente. Recursos de mídia disponíveis</p><p>no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Convido você a assistir essa webpalestra que retrata os principais conceitos a</p><p>serem avaliados pelo enfermeiro na consulta de puericultura.</p><p>https://youtu.be/YAWfMqItOYg?si=h5dpbuGqnJuc55q9.</p><p>Os cuidados clínicos à saúde, por meio da consulta de puericultura de famílias</p><p>assistidas pelas Equipes de Saúde da Família (ESF), são de suma relevância na</p><p>assistência à criança quanto ao seu crescimento e desenvolvimento.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>https://youtu.be/YAWfMqItOYg?si=h5dpbuGqnJuc55q9</p><p>Serão realizados os seguintes procedimentos para a consulta de puericultura: me-</p><p>didas antropométricas — medição de perímetro cefálico, verificação de estatura</p><p>e peso —; avaliação do crescimento e desenvolvimento; exame físico pediátrico;</p><p>avaliação de sinais vitais — saturação de oxigênio (SPO2), frequência cardíaca,</p><p>frequência respiratória, temperatura e pressão arterial —; avaliação vacinal; oferta</p><p>de vitamina A; e avaliação global em saúde (BRASIL, 2012).</p><p>Sinais vitais e antropometria na consulta de puericultura</p><p>A Antropometria nos indica o crescimento infantil em relação ao perímetro</p><p>cefálico, torácico e abdominal e à estatura. Tendo em vista acompanhar o desen-</p><p>volvimento osteoarticular da criança, o hormônio do crescimento (GH) está inti-</p><p>mamente relacionado ao aumento corpóreo, sendo esse produzido pela hipófise.</p><p>A deficiência de hormônio de crescimento tipicamente resulta em crescimento</p><p>anormalmente lento e baixa estatura. Outros fatores podem influenciar o cres-</p><p>cimento, tal como fatores genéticos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Técnica de medição de antropometria</p><p>A medida da criança poderá ser realizada por meio de fita métrica inelástica e/</p><p>ou antropômetro. Esses instrumentos mensuram a estatura baseada em centí-</p><p>metros (cm). A medição com antropômetro é mensurada por meio de colocação</p><p>da criança em maca, em decúbito dorsal (posição supina). Coloca-se a parte fixa</p><p>do antropômetro na região cefálica da criança e os pés na parte móvel do instru-</p><p>mento. Estica-se cautelosamente as pernas para não ocorrer falsa mensuração de</p><p>resultado, devido à flexão de membros inferiores da criança. Anote o resultado</p><p>para avaliações posteriores do crescimento.</p><p>Figura 1 – Nanismo — condição clínica que afeta o crescimento, relacionado a fator genético</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um rapaz com nanismo andando em uma estrada de areia. É possível</p><p>visualizar o mar ao fundo. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>É importante que o profissional de enfermagem tenha conhecimento de como</p><p>utilizar o antropômetro infantil para que sua medição seja verossímil. Segue uma</p><p>orientação básica sobre este instrumento.</p><p>Parte</p><p>fixa</p><p>Parte</p><p>móvel</p><p>Figura 2 - Medição de estatura do recém-nascido e lactentes</p><p>Fonte: adaptada de Higarashi, Shibukawa e Piran ([202?], on-line).</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta uma criança em decúbito dorsal em maca sendo avaliada sua estatura</p><p>por um profissional de enfermagem por meio do instrumento denominado antropômetro, “régua antropométrica”,</p><p>ficando a parte fixa do instrumento na região cefálica e a parte móvel em região podal. Fim da descrição.</p><p>Parte fixa</p><p>Escala numérica</p><p>Parte móvel</p><p>Ponto para</p><p>leitura da</p><p>medida</p><p>Figura 3 - Instruções de uso do antropômetro infantil</p><p>Fonte: adaptada de Barros (2005 apud BARROS; FELIPE; SILVA, 2007).</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um instrumento denominado antropômetro, “régua antropométrica”. Ele</p><p>apresenta parte fixa, onde ficará a região cefálica do bebê, e parte móvel, onde ficará a região podal do neonato.</p><p>Mostra ainda a escala numérica e o ponto para leitura da medida. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Para medir a estatura de um recém-nascido, ele deve ser colocado deitado de</p><p>costas em uma superfície plana e horizontal, estendendo-se completamente. Uma</p><p>régua ou fita métrica é, então, colocada na cabeça do bebê, alinhada com a parte</p><p>superior da cabeça até o calcanhar. A medida é registrada em centímetros e é</p><p>importante realizar a medição com cuidado para obter um resultado preciso.</p><p>Figura 4 - Medida de estatura na criança</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um bebê, sendo avaliada, por meio de fita métrica em centímetro (cm),</p><p>sua estatura. Fim da descrição.</p><p>A medida de perímetro cefálico deverá abranger desde a protuberância occipital</p><p>até a glabela como mensuração correta.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Todos esses dados são de suma relevância para que a criança tenha um acompa-</p><p>nhamento adequado de seu crescimento. Os perímetros na antropometria são</p><p>indicadores dos marcos fisiológicos na infância e deverão constar na caderneta</p><p>da criança, em todas as avaliações da puericultura, e eles deverão ser colocados</p><p>nos gráficos para continuidade avaliativa.</p><p>Figura 5 - Medida de perímetro cefálico</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um bebê em balança digital sendo verificado o tamanho em centímetro</p><p>(cm) do perímetro cefálico. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>A escolha da braçadeira dependerá da medida da circunferência do braço e não</p><p>se deve avaliar especificamente a faixa etária do paciente. Em serviços pediátricos,</p><p>deve-se ter disponibilidade de manguitos de tamanhos variáveis, devido à popu-</p><p>lação que é assistida desde recém-nascidos (neonatos), lactentes, pré-escolares,</p><p>escolares e adolescentes.</p><p>Figura 6 - Aferição de pressão arterial pediátrica</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um médico e uma criança trocando olhares, sendo realizado o procedi-</p><p>mento de verificação de pressão arterial. A criança está com a braçadeira do esfigmomanômetro no braço direito</p><p>e sentada em um banco. Fim da descrição.</p><p>Avaliação de pressão arterial pediátrica</p><p>Quanto à avaliação da pressão arterial (PA) na criança, a Sociedade Brasileira</p><p>de Cardiologia (SBC) orienta que todas as crianças maiores de três anos devem</p><p>ter a sua pressão arterial medida pelo menos uma vez por ano. Para as crianças</p><p>menores de três anos, a avaliação da PA está indicada em condições especiais, tal</p><p>como na cardiopatia congênita (SBC, 2019). A medida da PA na criança segue as</p><p>mesmas recomendações da medida em adultos, como o esvaziamento de bexiga</p><p>e descruzamento de membros inferiores.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>A técnica preferencial de medida é a auscultatória e, após a aferição da pressão</p><p>arterial, o profissional interpreta os dados na tabela de percentil, disponível no</p><p>manual de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).</p><p>Vale ressaltar que a tabela contém, em sua estrutura, as seguintes informações</p><p>a serem coletadas na anamnese: o público-alvo (tabela de meninos e meninas),</p><p>a idade da criança, a estatura e a pressão arterial verificada. Sua interpretação</p><p>procede da seguinte forma: passo 1: reúna as informações citadas anteriormente e</p><p>recorra à tabela; passo 2: procure a tabela do público-alvo da criança consultada,</p><p>exemplo: tabela dos meninos; passo 3: procure a idade da criança, exemplo: idade</p><p>de três anos; passo 4: após isso, você deverá achar a coluna de pressão sistólica e</p><p>de pressão diastólica em que terá dois dados importantes: a estatura da criança e</p><p>o valor de pressão encontrados. Direcione, em cada coluna, a estatura da criança</p><p>e o valor verificado da pressão exata ou aproximada. Passo 5: após encontrar,</p><p>em cada coluna, os valores, siga para a avaliação de percentis , em que terá as</p><p>seguintes possibilidades de achados na tabela: P 50, P 90, P 95 e P 95 + 12mmHg.</p><p>Segue a interpretação desses dados no Quadro 1.</p><p>FAIXA ETÁRIA LARGURA (CM) COMPRIMENTO (CM)</p><p>CIRCUNFERÊNCIA</p><p>DO BRAÇO (CM)</p><p>Recém-nascido 4 8 10</p><p>Lactente 6 12 15</p><p>Criança 22 18 22</p><p>Adulto pequeno 10 24 26</p><p>Adulto 13 30 34</p><p>Adulto grande 16 38 44</p><p>Coxa 20 42 52</p><p>Tabela 1 - Dimensões do manguito de acordo com a circunferência do membro</p><p>da criança</p><p>Fonte: adaptada de Sociedade Brasileira de Pediatria (2019).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>CRIANÇAS DE 1 A 13 ANOS CRIANÇAS COM IDADE > 13 ANOS</p><p>Normotensão</p><p>PA < P90 para sexo, idade e altura</p><p>Normotensão</p><p>PA < 120/< 80mmHg</p><p>Pressão arterial elevada</p><p>PA > P90 para sexo, idade e altura ou PA</p><p>120/80 mmHg, mas < P95 (o que for menor)</p><p>Pressão arterial elevada</p><p>PA 120/< 80mmHg a PA < 129/<</p><p>80mmHg</p><p>Hipertensão estágio 1</p><p>PA > P95 para sexo, idade e altura até ></p><p>P95 + 12mmHg ou PA entre 130/80 o até</p><p>139/89 (o que for menor)</p><p>hipertensão estágio 1</p><p>PA 130/< 80mmHg ou até 139/< 89</p><p>mmHg</p><p>Hipertensão estágio 2</p><p>PA > P95 + 12mmHg para sexo, idade e</p><p>altura ou PA > entre 140/< 90mmHg (o</p><p>que for menor)</p><p>Hipertensão estágio 2</p><p>PA entre 140/< 90 mmHg</p><p>Quadro 1 - Classificação da pressão arterial de acordo com a faixa etária</p><p>Fonte: adaptado de Sociedade Brasileira de Pediatria (2019).</p><p>O percentil encontrado deve ser sempre reavaliado. A hipertensão na criança é</p><p>algo que requer atenção por parte da enfermagem e, também, da medicina. Antes</p><p>de partir para a parte medicamentosa, deve-se buscar medidas terapêuticas não</p><p>farmacológicas, como dieta hipossódica e prática de atividade física. A mudança</p><p>de estilo de vida contribui para melhor qualidade na saúde do paciente, princi-</p><p>palmente público infantil.</p><p>Avaliação do crescimento e desenvolvimento infantil</p><p>O crescimento infantil é um dos critérios a serem analisados no consultório de</p><p>enfermagem na puericultura. Ele indica o funcionamento fisiológico do hormô-</p><p>nio do crescimento (GH) e, em casos excepcionais, pode-se evidenciar atrasos</p><p>nos marcos do crescimento infantil.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>A altura da criança é gradual, além do estímulo do hormônio do crescimento.</p><p>O fator intrínseco genético, também, influencia para o aumento da estatura da</p><p>criança, a exemplo de genitores de alta estatura, a tendência é que a criança possa</p><p>herdar essa característica fenotípica. As avaliações de medidas antropométricas são</p><p>rotineiras na consulta de puericultura, e essas informações deverão ser preenchidas</p><p>na caderneta da criança, em especial, no gráfico de acompanhamento de estatura.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Fi</p><p>gu</p><p>ra</p><p>7</p><p>-</p><p>G</p><p>rá</p><p>fi</p><p>co</p><p>d</p><p>e</p><p>ac</p><p>om</p><p>pa</p><p>nh</p><p>am</p><p>en</p><p>to</p><p>d</p><p>e</p><p>es</p><p>ta</p><p>tu</p><p>ra</p><p>d</p><p>a</p><p>ca</p><p>de</p><p>rn</p><p>et</p><p>a</p><p>da</p><p>c</p><p>ria</p><p>nç</p><p>a</p><p>do</p><p>M</p><p>in</p><p>is</p><p>té</p><p>rio</p><p>d</p><p>a</p><p>Sa</p><p>úd</p><p>e</p><p>/</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>B</p><p>ra</p><p>si</p><p>l (</p><p>2</p><p>0</p><p>2</p><p>0</p><p>, p</p><p>. 9</p><p>0</p><p>).</p><p>D</p><p>es</p><p>cr</p><p>iç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Im</p><p>ag</p><p>em</p><p>: a</p><p>fi</p><p>gu</p><p>ra</p><p>a</p><p>pr</p><p>es</p><p>en</p><p>ta</p><p>u</p><p>m</p><p>g</p><p>rá</p><p>fi</p><p>co</p><p>p</p><p>re</p><p>se</p><p>nt</p><p>e</p><p>na</p><p>c</p><p>ad</p><p>er</p><p>ne</p><p>ta</p><p>d</p><p>a</p><p>cr</p><p>ia</p><p>nç</p><p>a,</p><p>s</p><p>en</p><p>do</p><p>e</p><p>ss</p><p>e</p><p>de</p><p>a</p><p>va</p><p>lia</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>e</p><p>st</p><p>at</p><p>ur</p><p>a</p><p>da</p><p>c</p><p>ria</p><p>nç</p><p>a</p><p>do</p><p>s</p><p>ex</p><p>o</p><p>fe</p><p>m</p><p>in</p><p>in</p><p>o.</p><p>E</p><p>le</p><p>a</p><p>pr</p><p>es</p><p>en</p><p>ta</p><p>li</p><p>nh</p><p>as</p><p>co</p><p>lo</p><p>rid</p><p>as</p><p>, q</p><p>ue</p><p>s</p><p>ig</p><p>ni</p><p>fi</p><p>ca</p><p>a</p><p>va</p><p>lia</p><p>çã</p><p>o</p><p>es</p><p>co</p><p>re</p><p>-z</p><p>. F</p><p>im</p><p>d</p><p>a</p><p>de</p><p>sc</p><p>riç</p><p>ão</p><p>.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Na caderneta, ainda, consta mais gráficos de avaliação, como: de perímetro cefá-</p><p>lico (corresponde até 2 anos de idade da criança), peso e índice de massa corporal</p><p>(IMC). Cada gráfico solicita o dado obrigatório e explica sua interpretação, e ele é</p><p>feito pelo escore-z. A exemplo do quadro anterior, a estatura para idade de 2 a 5</p><p>anos, precisa-se de dois dados importantes para que ocorra a análise: 1- Estatura</p><p>(cm) e 2- Idade (meses e anos completos).</p><p>Para análise da estatura, por exemplo, para criança com idade de 2 a 5 anos,</p><p>a estatura adequada para idade ≥ escore-z -2 (próximo à linha verde); baixa</p><p>estatura para idade ≥ escore-z -3 e < escore-z -2 (próximo à linha vermelha); e</p><p>muito baixa estatura para idade < escore-z -3 (próximo à linha preta).</p><p>Avaliação dos reflexos neurológicos</p><p>A avaliação do desenvolvimento neural da criança é de suma importância. Ela</p><p>indica ausência ou presença de patologias relacionadas ao sistema nervoso</p><p>central e periférico da criança, sendo denominados reflexos neurológicos.</p><p>Estes deverão ser avaliados na consulta de puericultura para identificação dos</p><p>marcos do desenvolvimento infantil, e sua identificação permite que interven-</p><p>ções precoces sejam feitas e o acompanhamento seja contínuo.</p><p>Os reflexos neurológicos a serem avaliados na puericultura são: reflexos</p><p>tônico-cervical, de marcha, voracidade, fuga à asfixia, preensão plantar/pal-</p><p>mar, moro, babinski, sucção e deglutição. Veja a tabela explicativa. A seguir,</p><p>sobre os principais reflexos neurológicos evidenciados na criança, de acordo</p><p>com Brasil (2014).</p><p>A caderneta da criança será seu instrumento de trabalho na consulta de puericul-</p><p>tura, em que você poderá acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil.</p><p>Baixe-a e estude-a para complementar o seu conhecimento. https://edisciplinas.</p><p>usp.br/pluginfile.php/7677568/mod_resource/content/2/caderneta_crianca_</p><p>menina_2ed.pdf.</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7677568/mod_resource/content/2/caderneta_crianca_menina_2</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7677568/mod_resource/content/2/caderneta_crianca_menina_2</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7677568/mod_resource/content/2/caderneta_crianca_menina_2</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>REFLEXO</p><p>NEUROLÓGICO</p><p>CONCEITUAÇÃO</p><p>Sucção.</p><p>A sucção reflexa manifesta-se quando os lábios da criança são to-</p><p>cados por algum objeto, desencadeando-se movimentos de sucção</p><p>dos lábios e da língua. Somente após 32 a 34 semanas de gestação é</p><p>que o bebê desenvolve sincronia entre respiração, sucção e degluti-</p><p>ção, tornando a alimentação por via oral difícil em RN pré-termo.</p><p>Voracidade.</p><p>O reflexo da voracidade ou de procura manifesta-se quando é tocada a</p><p>bo- checha perto da boca, fazendo com que a criança desloque a face</p><p>e a boca para o lado do estímulo. Este reflexo não deve ser procurado</p><p>logo após a amamentação, pois a resposta ao estímulo pode ser débil</p><p>ou não ocorrer. Está presente no bebê até os 3 meses de idade.</p><p>Preensão</p><p>A preensão palmoplantar se obtém com leve pressão do dedo do</p><p>examinador na palma das mãos da criança e abaixo dos dedos do pé</p><p>Marcha</p><p>A marcha reflexa e o apoio plantar podem ser pesquisados seguran-</p><p>do-se a criança pelas axilas em posição ortostática. Ao contato das</p><p>plantas do pé com a superfície, a criança es- tende as pernas até então</p><p>fletidas. Se a criança for inclinada para a frente, inicia a marcha reflexa.</p><p>Cutâneo-plantar</p><p>O reflexo cutâneo-plantar em extensão é obtido fazendo-se estímulo</p><p>contínuo da planta do pé a partir do calcâneo no sentido dos artelhos.</p><p>Os dedos adquirem postura em extensão.</p><p>Fuga à asfixia.</p><p>O reflexo de fuga à asfixia é avaliado colocando-se a criança em</p><p>decúbito ventral no leito, com a face voltada para o colchão. Em</p><p>alguns segundos o RN deverá virar o rosto liberando o nariz para</p><p>respirar adequadamente.</p><p>Moro.</p><p>O reflexo de Moro é um dos mais importantes a serem avaliados,</p><p>devido à grande quantidade de informações que pode trazer. É</p><p>desencadeado por algum estímulo brusco como bater palmas, estirar</p><p>bruscamente o lençol onde a criança está deitada ou soltar os braços</p><p>semiesticados quando se faz a avaliação da preensão palmar. O</p><p>reflexo consiste em uma resposta de extensão-abdução dos mem-</p><p>bros superiores (eventualmente dos inferio- res), ou seja, na primeira</p><p>fase os braços ficam estendidos e abertos, com abertura dos dedos</p><p>da mão, e em seguida de flexão-adução dos braços, com retorno</p><p>à posição original. Tem início a partir de 28 semanas de gestação e</p><p>costuma desaparecer por volta dos 6 meses de idade. A assimetria</p><p>ou a ausência do reflexo pode indicar lesões nervosas, musculares ou</p><p>ósseas, que devem ser avaliadas.</p><p>Tabela 2 - Reflexo neurológicos na criança / Fonte: Brasil (2014, p. 80).</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Cada reflexo reflete em marcos do desenvolvimento na criança. O profissional</p><p>deve deixar a criança em decúbito dorsal na maca de procedimentos para que</p><p>possa avaliar com mais cautela. Além disso, deve colocar no prontuário o que</p><p>foi observado na consulta.</p><p>Figura 8 - Reflexos neurológicos de sucção</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um bebê sugando o seio direito materno em prática de aleitamento,</p><p>(PNAISC) E SEUS ASPECTOS NORTEADORES</p><p>Na atenção integral à saúde da criança, nem tudo está em nossas mãos, preci-</p><p>samos da ação governamental como força de mudança nas disparidades que</p><p>ocorrem na saúde pública.</p><p>As políticas públicas têm como foco orientar ações que fundamentam a prá-</p><p>tica dos profissionais de saúde. Com relação à saúde da criança, temos órgãos</p><p>que lutam pela saúde da criança, como a Organização das Nações Unidas para</p><p>a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Conselho Nacional dos Direitos</p><p>da Criança e do Adolescente (Conanda), Ministério dos Direitos Humanos e da</p><p>Cidadania (MDH) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>A Unicef tem realizado, ao longo dos anos, o monitoramento da condição sociop-</p><p>sicossocial de crianças e adolescentes. Evidencia-se que vem ocorrendo redução</p><p>significativa na taxa de mortalidade infantil, e isso se deve ao alcance de metas do</p><p>Ministério da Saúde quanto à promoção e prevenção em saúde desde o pré-natal</p><p>até a fase pediátrica em diante.</p><p>Observa-se ainda que as desigualdades sociais se encontram elevadas, muito</p><p>relacionadas a diversos fatores, como déficit financeiro familiar, no qual muitas</p><p>famílias não possuem recursos financeiros suficientes para manter as necessida-</p><p>des básicas, como adquirir alimento, vestimentas, saneamento e moradia digna.</p><p>E é nesse olhar em que se observa que esses fatores repercutem na criança,</p><p>pois são os fatores sociais, psicológico e de saúde que promovem o bem-estar da</p><p>criança e de suas famílias.</p><p>As políticas públicas de saúde são essenciais para o processo norteador do</p><p>cuidado centrado no indivíduo, família e sociedade, sendo uma delas a Política</p><p>Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC), fomentada</p><p>pela Portaria do Ministério da Saúde de nº 1.130, de 5 de agosto de 2015, que</p><p>tem como foco a atenção integral à saúde da família, especialmente a da criança,</p><p>como ser único e singular.</p><p>1</p><p>1</p><p>Essa política aborda diversas ações capazes de promover mudanças signifi-</p><p>cativas na forma de abordagem por parte dos gestores e profissionais de saúde</p><p>que assistem a criança onde ela reside.</p><p>São temáticas de relevância da PNAISC: proteção dos direitos inerentes à</p><p>saúde, cidadania e moradia digna; prevenção e assistência em situações de vul-</p><p>nerabilidades sociais; e redução da morbimortalidade infantil por fatores in-</p><p>trínsecos e extrínsecos, podendo citar a malformações fetais severas e violência</p><p>respectivamente.</p><p>A PNAISC tem como objetivo proporcionar um cuidado centrado na criança</p><p>e implica em alguns conceitos de faixa etária. A fase criança é considerada ao</p><p>nascer até os nove anos. Já a primeira infância tem como característica a idade</p><p>entre 0 e 5 anos de vida.</p><p>Segue um quadro comparativo de faixas etárias preconizadas por diversas</p><p>literaturas sobre faixa etária pediátrica para facilitar seus estudos!</p><p>FONTE DEFINIDORA DEFINIÇÃO</p><p>1 Estatuto da criança e do adolescente (ECA)</p><p>A pessoa até 12 anos</p><p>incompletos</p><p>2 Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) 0 a 20 anos</p><p>3</p><p>Política nacional de atenção à saúde da</p><p>criança (PNAISC)</p><p>0 a 20 anos</p><p>Quadro 1 - Faixa etária pediátrica / Fonte: a autora.</p><p>Em seu aprendizado, irá se deparar com diferentes interpretações e é necessário</p><p>conhecê-las de forma sólida. Em unidades a frente, detalharemos o cuidado ofer-</p><p>tado de acordo com cada faixa etária. Isso repercute no atendimento à criança</p><p>nos serviços, pois a avaliação de enfermagem de crescimento e desenvolvimento</p><p>está intimamente relacionada com a idade da criança.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Essa política, ainda, apresenta nove diretrizes, que, em suma, refere-se à união</p><p>dos gestores no processo de gestão da política; definição das ações a serem rea-</p><p>lizadas pelos gestores e profissionais de saúde; organização das redes de atenção</p><p>à saúde, desde a primária até a secundária, conforme o caso clínico apresentado</p><p>pela criança; reforço do protagonismo da família como promotora primária do</p><p>cuidar da criança; e qualificação dos profissionais que assistem a criança, a exem-</p><p>plo dos médicos, enfermeiros e demais membros da equipe de saúde.</p><p>A PNAISC apresenta como princípios norteadores: direito à vida e à saúde, que reflete</p><p>no pilar existencial humano; prioridade absoluta da criança, com um cuidado centrado;</p><p>acesso universal à saúde, o que implica sem descriminação étnica e racial; integralidade</p><p>do cuidado, enfoque em cuidado resolutivo e direcionado; equidade em saúde com</p><p>justiça; ambiente facilitador à vida, salubre e digno; humanização da atenção com base</p><p>na política nacional de humanização (PNH); gestão participativa e controle social das</p><p>esferas de atenção em saúde, especialmente os do ministério da saúde (MS), em que</p><p>se norteiam as políticas públicas de saúde implementando-a no dia a dia.</p><p>Veja, a seguir, o documento da política nacional de atenção integral à saúde da</p><p>criança como recurso para complementar seus estudos sobre esse tema.</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1130_05_08_2015.html.</p><p>EU INDICO</p><p>A PNAISC tem eixos estratégicos com enfoque de nortear os profissionais de</p><p>saúde no cuidado à criança. Esses eixos estão definidos em sete ações:</p><p>1. Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e</p><p>ao recém-nascido, sendo o enfoque, a cada fase, o nascimento e desen-</p><p>volvimento infantil.</p><p>2. Aleitamento materno e alimentação complementar saudável, exclusivo</p><p>até os seis meses e complementado com papas de frutas e salgadas no</p><p>decorrer do dia.</p><p>1</p><p>4</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1130_05_08_2015.html</p><p>3. Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento</p><p>integral, como exemplo, a medição do perímetro cefálico, torácico, ab-</p><p>dominal e comprimento. Juntamento com o exame físico, tendo em vista</p><p>avaliar os marcos neurológicos.</p><p>4. Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com</p><p>doenças crônicas, como evidenciado no protocolo AIDPI.</p><p>5. Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de aci-</p><p>dentes e promoção da cultura de paz.</p><p>6. Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e</p><p>de vulnerabilidade com acesso igualitário e resolutivo aos servos de saúde.</p><p>7. Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno evidenciado, com</p><p>clareza, na política da rede cegonha.</p><p>Rede Cegonha — Política associada à PNAISC</p><p>A rede cegonha surgiu como forma de ampliação de cuidados na saúde infantil.</p><p>A criança é observada ainda em seu processo de geração (estágio embriológico</p><p>e fetal) e perpassa desde a fase neonatal até a fase pediátrica (último estágio da</p><p>infância). Essa política norteia o acompanhamento dos profissionais de saúde na</p><p>rede de atenção primária, secundária e terciária, baseado em um cuidado huma-</p><p>nizado e com embasamento científico à criança assistida pelas equipes de saúde.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>A PNAISC é, de certa forma, uma norteadora das ações na saúde da criança.</p><p>Porém um dos protagonistas para que essas ações saiam da política são os profis-</p><p>sionais de saúde, que estão na ponta da atenção prestando a assistência necessária.</p><p>Em especial, pode-se citar a enfermagem, que lida, no seu dia a dia, com esse</p><p>público, identificando as problemáticas de saúde e as vulnerabilidades sociais que</p><p>ocorrem a esse público. É necessária a sensibilização dos órgãos governamentais</p><p>para que a política seja praticada em sua totalidade e o papel dos envolvidos seja</p><p>reforçado para que as disparidades sociais possam reduzir na saúde da criança.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>ATENÇÃO DA SAÚDE NA CRIANÇA E PREVENÇÃO DE</p><p>VULNERABILIDADES SOCIAIS</p><p>A infância não obtinha atenção por parte da sociedade, antes do século XX,</p><p>principalmente a de sua própria família. Ao decorrer do tempo, com inúmeros</p><p>estudos de diversos profissionais de saúde, a visão sobre a infância modificou-se,</p><p>abrangendo a atenção à saúde no contexto multifocal.</p><p>Com o olhar desses profissionais de</p><p>utilizando o reflexo neurológico de sucção. Fim da descrição. Fim da descrição.</p><p>Os reflexos neurológicos deverão ser avaliados a cada consulta de puericultura,</p><p>de acordo com sua faixa etária. Na caderneta de saúde da criança, encontra-se</p><p>cada marco para a avaliação profissional, de forma organizada e pautada no co-</p><p>nhecimento técnico-científico.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>A avaliação dos reflexos neurológicos em crianças é crucial para identificar o de-</p><p>senvolvimento do sistema nervoso, pois oferecem informações importantes sobre</p><p>a saúde do sistema nervoso central e periférico, permitindo aos profissionais</p><p>de saúde diagnosticar condições neurológicas, planejar intervenções precoces e</p><p>oferecer suporte adequado a crianças com necessidades especiais, promovendo,</p><p>assim, um desenvolvimento saudável e bem-estar geral.</p><p>Exame físico pediátrico</p><p>O exame físico é uma das avaliações que o enfermeiro realiza na consulta de en-</p><p>fermagem. Na criança, o exame físico deverá ser completo, de forma céfalo podal.</p><p>Na primeira consulta de puericultura, o exame físico deve englobar os métodos</p><p>propedêuticos: inspeção, palpação, percussão e ausculta. Alguns achados podem</p><p>ser evidenciados na avaliação, como: displasia evolutiva do quadril, criptorquidia,</p><p>manchas mongólicas, lanugo, milium sebáceo, eritema tóxico, hemangiomas,</p><p>entre outros (BRASIL, 2014).</p><p>Figura 9 - Reflexo neurológico cutâneo-plantar (babinski).</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um recém-nascido que se encontra nos braços de sua genitora. Ela</p><p>está fazendo estímulo no pé de seu neonato. O recém-nascido encontra-se mexendo os artelhos “dedos”, devido</p><p>ao estímulo sensorial no pé, conhecido como reflexo de babinski. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>A avaliação de enfermagem deve ser ampla, e o profissional deve realizar orien-</p><p>tações de promoção, proteção e recuperação da saúde da criança direcionadas ao</p><p>cuidador. Achados patológicos severos deverão ser encaminhados ao profissional</p><p>médico para uma conduta mais assertiva, tendo em vista buscar soluções para o</p><p>retorno à saúde da criança.</p><p>Figura 10 - Avaliação de ausculta cardíaca pediátrica</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta uma criança sentada em cadeira de cor verde, sorrindo. Ela está sendo</p><p>avaliada por um profissional de saúde por meio do método de ausculta cardíaca. Fim da descrição.</p><p>Para maior detalhamento sobre a conceituação dos achados evidenciados no</p><p>exame físico neonatal, leia o manual do Ministério da Saúde de Atenção à saúde</p><p>do recém-nascido : guia para os profissionais de saúde, nas páginas 55 a 80, para</p><p>ampliar seu conhecimento. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/aten-</p><p>cao_saude_recem_nascido_v1.pdf.</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_v1.pdf</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_v1.pdf</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Avaliação vacinal</p><p>As vacinas na infância têm como finalidade a prevenção de doenças oportunistas.</p><p>Nessa fase, o sistema imunológico está em desenvolvimento e precisa de reforço</p><p>para reconhecer agentes patogênicos externos. Deve-se aproveitar a oportunida-</p><p>de da presença da criança na puericultura para realizar a vacinação, deixando-a</p><p>em dia (atualizada). Veja, a seguir, a tabela do calendário vacinal vigente.</p><p>FAIXA ETÁRIA VACINA VIA DE ADMINISTRAÇÃO</p><p>0 MESES (AO</p><p>NASCER)</p><p>Hepatite B e Bacilo Calmette</p><p>Guérin (BCG)</p><p>Vasto lateral da coxa (Intramuscular)</p><p>e inserção inferior do deltoide (intra-</p><p>dérmica), respectivamente</p><p>2 E 4 MESES</p><p>Vacina Inativada da Poliomielite (VIP);</p><p>Pentavalente (Hepatite B, HiB, DTP);</p><p>Rotavírus humano, pneumocócica 10</p><p>Vacinas em vasto lateral da coxa</p><p>(intramuscular), exceto rotavírus</p><p>humano, que é oral.</p><p>3 E 5 MESES Meningocócica C</p><p>Vacina em vasto lateral da coxa</p><p>(intramuscular)</p><p>6 MESES</p><p>Vacina Inativada da Poliomielite (VIP);</p><p>Pentavalente (Hepatite B, HiB, DTP)</p><p>Vacinas em vasto lateral da coxa</p><p>(intramuscular)</p><p>9 MESES Febre amarela Subcutâneo (face externa do braço)</p><p>12 MESES</p><p>Triviral (sarampo, caxumba e rubéo-</p><p>la) e os reforços das vacinas pneu-</p><p>mocócica 10 e meningocócica C</p><p>A primeira em região subcutâ-</p><p>nea (face externa do braço) e as</p><p>demais vacinas em vasto lateral da</p><p>coxa (intramuscular)</p><p>15 MESES</p><p>Tetra Viral (sarampo, caxumba,</p><p>rubéola e varicela), hepatite A,</p><p>vacina oral da poliomielite (VOP)* e</p><p>difteria, tétano e pertussis (DTP)</p><p>Tetraviral em subcutâneo (face</p><p>externa do braço); DTP e hepatite</p><p>em vastolateral da coxa segre-</p><p>gados (em cada vasto) e VOP em</p><p>cavidade oral</p><p>4 ANOS</p><p>Varicela; febre amarela; vacina oral</p><p>da poliomielite (VOP)* e difteria,</p><p>tétano e pertussis (DTP)</p><p>Varicela e febre amarela em cada</p><p>face externa do braço (subcutâneo)</p><p>DTP em vasto lateral da coxa) e</p><p>VOP em cavidade oral</p><p>Quadro 2 - Calendário vacinal 2023 do Ministério da Saúde do Brasil, de 0 a 4 anos de vida</p><p>Fonte: adaptado de Brasil (2024).</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>*A vacina VOP poderá ser substituída em 2024 pela vacina VIP, ficando apenas</p><p>um reforço após um ano de vida com a VIP aos 15 meses e 4 anos. Acompanhe</p><p>os calendários anuais de vacinação.</p><p>As vacinas são aplicadas pela equipe técnica de enfermagem nas Unidades</p><p>Básicas de Saúde sob supervisão do enfermeiro, o qual deverá realizar o apra-</p><p>zamento das doses conforme a faixa etária, seguindo as recomendações do Mi-</p><p>nistério da Saúde. As secretarias de saúde devem fornecer insumos, impressos e</p><p>materiais adequados para que ocorra a operacionalização do trabalho.</p><p>Figura 11 - Aplicação de vacina na criança</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta uma criança com urso na mão esquerda, recebendo vacina em região</p><p>de deltoide direito. O profissional de saúde está usando luva azul, jaleco, e segurando, com uma das mãos, o braço</p><p>da criança. A outra mão está segurando uma seringa com agulha. Fim da descrição.</p><p>A criança deverá estar acompanhada de um responsável e seu estado de saúde</p><p>deverá ser avaliado antes da aplicação do imunobiológico, a exemplo se apresenta</p><p>estado febril no momento da análise de estado de saúde, nesses casos, deverá ser</p><p>avaliada e adiada para outra oportunidade. Isso garante segurança ao profissional</p><p>e à criança que receberá a vacina em seu organismo.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Vitamina A na infância</p><p>O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Suplementação de</p><p>Vitamina A, tem como objetivo reduzir e controlar a deficiência nutricional em</p><p>crianças de 6 a 59 meses de idade. A vitamina A é encontrada, também, em ali-</p><p>mentos do dia a dia de origem animal e vegetal, como: cenoura, couve; espinafre;</p><p>repolho; acelga; gemas de ovos; e vísceras, como o fígado.</p><p>É na puericultura que há a oportunidade de captação dessas crianças, como</p><p>forma de prevenção da xeroftalmia pediátrica, nos serviços de saúde do SUS.</p><p>Segundo o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, a conduta de</p><p>administração via oral da megadose de vitamina A para crianças de 6 meses a</p><p>11 meses de idade: 1 megadose de vitamina A, na concentração de 100.000 UI</p><p>(cápsula amarela); e para crianças de 12 a 59 meses de idade: 1 megadose de vi-</p><p>tamina A, na concentração de 200.000 UI, a cada seis meses (cápsula vermelha).</p><p>Figura 12 - Vitamina A nos alimentos</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta uma criança, próximo à mesa, e um prato de legumes. Ela está segurando</p><p>uma cenoura na mão direita. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>De modo geral, a consulta de puericultura é um desafio para o enfermeiro, pois</p><p>seu maior informante de estado de saúde é o genitor e/ou responsável pela criança,</p><p>que contará a sintomatologia e sinais apresentados pela criança em seu ambiente</p><p>familiar. É necessário sensibilidade, conhecimento prévio de fisiopatologia para</p><p>chegar ao consenso clínico. É necessário manter a caderneta de vacinação em dia,</p><p>acompanhar o crescimento e desenvolvimento e, se ocorrer alterações, encami-</p><p>nhá-la ao profissional médico. O enfermeiro poderá conduzir a puericultura com</p><p>maestria promovendo e criando vínculos duradouros</p><p>entre a criança, a família e o</p><p>profissional que a assiste, garantindo que ocorra melhor cuidar da saúde.</p><p>Gostou do que discutimos até aqui? Tenho mais para conversar com você sobre</p><p>esse tema, vamos lá?! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do am-</p><p>biente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>O processo de cuidar na puericultura reflete questões mais profiláticas do que</p><p>curativa. A visão da equipe deve ser abrangente. Você, como futuro enfermei-</p><p>ro, pode usar inúmeros recursos no seu processo de trabalho para que ocorra</p><p>menor incidência de doenças em sua área de atuação em saúde, como exemplo</p><p>pode-se citar o vínculo da equipe estratégia saúde da família (ESF) e a escola,</p><p>denominado PSE (programa saúde na escola). A ação do PSE visa à saída extra</p><p>muro dos profissionais de saúde indo de encontro onde a criança se encontra.</p><p>A estratégia PSE tem como objetivo promover saúde no ambiente escolar, e</p><p>isso reflete no comportamento adotado da criança na escola ou em sua residên-</p><p>cia. As ações que poderão ser realizadas nas crianças são: educação em saúde</p><p>sobre alimentação saudável, cuidado bucal, primeiros socorros, entre outros.</p><p>Vale ressaltar que é comum o déficit de captação de crianças na puericultura,</p><p>sendo um desafio para o enfermeiro e sua equipe (técnicos de enfermagem e,</p><p>também, os agentes comunitários de saúde) na ESF. Sem essa parceria e conscien-</p><p>tização da equipe aos responsáveis da criança sobre a importância da puericultu-</p><p>ra fica inviável ter êxito nas ações de promoção e proteção em saúde da criança.</p><p>Estudante, seja ativo em suas ações em saúde. Promova estratégias que visem</p><p>abordar crianças em diversos contextos. Reflita sobre isso e busque formas de</p><p>proteger a saúde das crianças que estão sob seus cuidados!</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. A consulta de puericultura é fundamentada no cuidar da criança tendo em vista a promoção</p><p>e prevenção em saúde (BRASIL, 2012).</p><p>Em relação à puericultura, quantas consultas são preconizadas no primeiro ano de vida da</p><p>criança segundo o Ministério da Saúde?</p><p>a) 7.</p><p>b) 4.</p><p>c) 1.</p><p>d) 3.</p><p>e) 2.</p><p>2. O Programa Nacional de Imunizações do Brasil oferta diferentes imunobiológicos para</p><p>toda a população. Há vacinas destinadas a todas as faixas-etárias, em especial ao público</p><p>pediátrico (BRASIL, [202?]).</p><p>Sobre o calendário vacinal da criança em seu primeiro ano de vida, analise as afirmativas</p><p>a seguir:</p><p>I - A vacina pentavalente deverá ser aplicada ao nascer.</p><p>II - A vacina meningocócica é aplicada aos 3 e 5 meses de vida da criança no primeiro ano,</p><p>com reforço aos 12 meses no calendário vacinal vigente.</p><p>III - A vacina inativada da poliomielite, também conhecida como VIP, é aplicada aos 2, 4 e 6</p><p>meses no primeiro ano de vida da criança.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>3. O perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê. É realizado na ro-</p><p>tina de consultas de puericultura como uma das medidas antropométricas para avaliar o</p><p>crescimento do desenvolvimento infantil (BRASIL, 2012).</p><p>Sobre a avaliação do perímetro cefálico da criança, assinale a alternativa correta:</p><p>a) É realizada a medida desde a região mentoniana até a protuberância glabelar.</p><p>b) É realizada a medida desde a região de deltoide até a maxila.</p><p>c) É realizada a medida desde a região de olecrano até a glabela.</p><p>d) É realizada a medida desde a região de glabela até a área carotídea.</p><p>e) A medida de perímetro cefálico deverá abranger desde a protuberância occipital até a</p><p>glabela como mensuração correta.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARROS, D. C.; FELIPE, G. C.; SILVA, J. P. Antropometria. In: BARROS, D. C.; SILVA, D. O.; GUGEL-</p><p>MIN, S. Â. (org.). Vigilância Alimentar e nutricional para a saúde Indígena. Rio de Janeiro: Fio-</p><p>cruz, 2007. v. 2. p. 33-74. Disponível em: https://docplayer.com.br/129994141-I-diagnostico-nutri-</p><p>cional-na-atencao-a-saude-2-antropometria.html. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Calendário de vacinação. [202?]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/va-</p><p>cinacao/calendario. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.</p><p>BRASIL. Caderneta da criança menina. Brasília: Ministério da saúde, 2020. Disponível em: ht-</p><p>tps://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7677568/mod_resource/content/2/caderneta_crian-</p><p>ca_menina_2ed.pdf. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Instrução normativa do calendário nacional de vacinação 2024. Brasília: Ministério da</p><p>saúde, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/instru-</p><p>cao-normativa-calendario-nacional-de-vacinacao-2024.pdf Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>BRITO, G. V. de. et al. Consulta de puericultura na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Rev .</p><p>APS ., v. 21, n. 1, p. 48-55, jan./mar. 2018. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/</p><p>article/view/16040/8301. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>HIGARASHI, I. H.; SHIBUKAWA, B. M. C.; PIRAN, C. Puericultura: um guia para o enfermeiro na Aten-</p><p>ção Primária à Saúde. Secad, [202?]. Disponível em: https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/</p><p>puericultura-um-guia-para-o-enfermeiro-na-atencao-primaria-a-saude. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>MEDEIROS, H. R. F. O passado e o presente da puericultura através da história do Instituto de</p><p>Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 26., 2011,</p><p>São Paulo. Anais [...]. São Paulo: ANPUH, 2011. Disponível em: https://www.snh2011.anpuh.org/</p><p>resources/anais/14/1297124293_ARQUIVO_ANPUHNAC11IPPMG.pdf. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>PEDRAZA, F. Consulta de puericultura na Estratégia Saúde da Família em municípios do interior</p><p>do estado da Paraíba, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 28, n. 8, p. 2291-2302, 2023. Disponível</p><p>em: https://www.scielosp.org/pdf/csc/2023.v28n8/2291-2302/pt. Acesso em: 01/03/2024.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7677568/mod_resource/content/2/caderneta_crianca_menina_2ed.pdf</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7677568/mod_resource/content/2/caderneta_crianca_menina_2ed.pdf</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7677568/mod_resource/content/2/caderneta_crianca_menina_2ed.pdf</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/instrucao-normativa-calendario-nacional-de-vacinacao-2024.pdf</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/instrucao-normativa-calendario-nacional-de-vacinacao-2024.pdf</p><p>1. Opção A. O Ministério da Saúde recomenda em torno de sete consultas de rotina no pri-</p><p>meiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, no 2º mês, no 4º mês, no 6º mês, no 9º mês e</p><p>no 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º meses) e, a partir</p><p>do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário, sendo uma excelente</p><p>estratégia de captação para a imunização e oferta de promoção em saúde (BRASIL, 2012).</p><p>2. Opção D. A afirmativa I está incorreta, pois a vacina pentavalente não deverá ser aplicada</p><p>ao nascer, mas, sim, iniciada aos dois meses de vida da criança. As afirmativas II e III es-</p><p>tão corretas, pois a vacina meningocócica é aplicada aos três e cinco meses de vida da</p><p>criança no primeiro ano, com reforço aos 12 meses no calendário vacinal vigente. A vacina</p><p>inativada da poliomielite, por sua vez, é aplicada aos dois, quatro e seis meses no primeiro</p><p>ano de vida da criança.</p><p>3. Opção E. Segundo o Brasil (2012), a medida de perímetro cefálico deverá abranger desde</p><p>a protuberância occipital até a glabela como mensuração correta.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>MINHAS METAS</p><p>ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM</p><p>FRENTE ÀS DOENÇAS E</p><p>INTERCORRÊNCIAS PREVALENTES</p><p>DO RECÉM-NASCIDO E DA CRIANÇA</p><p>Tecer sobre a importância do AIDPI na saúde pública brasileira.</p><p>Conhecer a estratégia AIDPI na neonatologia e pediatria.</p><p>Identificar as principais doenças prevalentes na infância.</p><p>Abordar os fatores etiológicos das doenças que ocorrem na criança.</p><p>Conhecer o modo de abordagem e cuidado à criança no AIDPI.</p><p>Analisar as condutas realizadas pela equipe de saúde à criança enferma.</p><p>Conhecer a estratégia do AIDPI na diarreia, anemia, entre outros.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>As doenças prevalentes na infância são temas de discussão entre profissionais da</p><p>pediatria e neonatologia, sejam eles médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, tera-</p><p>peutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos, entre outros. Isso porque</p><p>estão intimamente relacionadas ao maior número estatístico de admissão em</p><p>unidades de internamento pediátrico.</p><p>Estudante, convido-o a assistir o podcast que tem como tema papel da enferma-</p><p>gem na prevenção de doenças na infância. Isso fortalecerá o seu conhecimento</p><p>sobre a área da enfermagem pediátrica. Recursos de mídia disponíveis no con-</p><p>teúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>Dentre os maiores índices de assistência à criança enferma, estão os casos</p><p>de doenças respiratórias, como a asma e a bronquiolite, e, também, doenças</p><p>tegumentares, como de origem bacteriana ou fúngica, como Pitiríase Versi-</p><p>color (Pano Branco).</p><p>Mas como deve ser o atendimento às crianças que apresentem essas enfermidades?</p><p>Quais os aspectos que necessitam de maior atenção? Quais as estratégias no</p><p>atendimento a essas enfermidades infantis?</p><p>As enfermidades na infância precisam de plano estratégico de prevenção e de</p><p>ação caso elas apareçam. É necessário atualização constante dos profissionais que</p><p>assistem a criança, com diagnóstico precoce e conduta agilizada.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA</p><p>A estratégia AIDPI, que significa Atenção Integrada às Doenças Prevalentes</p><p>na Infância, tem como premissa assistir a criança no processo de enfermidade</p><p>direcionado aos profissionais para uma conduta clínica organizada. Vários prota-</p><p>gonistas estiveram inseridos no surgimento do AIDPI conforme descrito a seguir:</p><p>Sobre os aspectos históricos, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a</p><p>Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e o Fundo das Nações Unidas</p><p>para Infância (UNICEF) criaram, em 1994, a Estratégia de Atenção Integrada às</p><p>Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). A estratégia no Brasil foi introduzida</p><p>oficialmente em 1996, para ser aplicada por médicos e enfermeiros das unidades</p><p>de saúde da família (SANTOS; SANTOS, 2021).</p><p>Essa estratégia do Ministério da Saúde apresenta duas subdivisões: AIDPI</p><p>neonatal e AIDPI criança: dois meses a cinco anos. Ambas especificam condu-</p><p>tas a serem implementadas em cada público, em que é adotada a estratégia que</p><p>engloba ações preventivas e curativas na saúde da criança (SANTOS; SANTOS,</p><p>2021). A estratégia AIDPI apresenta objetivos, conforme descrito a seguir por</p><p>Higuchi et al. (2011).</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Deixo para você um breve artigo científico que acrescentará e proporcionará</p><p>bases para o seguimento de seus estudos sobre essa temática. O artigo tem como</p><p>tema A importância da estratégia de atenção integrada às doenças prevalentes</p><p>na infância- AIDPI na consulta de enfermagem em crianças de dois a cinco anos.</p><p>Aproveite a leitura e reforce seu conhecimento sobre essa temática:</p><p>https://www.ufopa.edu.br/anaisdajornada/6/resumo/1228/a-importancia-da-</p><p>estrategia-de-atencao-integrada-as-doencas-prevalentes-na-infancia-aidpi-na-</p><p>consulta-de-enfermagem-em-criancas-de-dois-meses-a-cinco-anos.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>https://www.ufopa.edu.br/anaisdajornada/6/resumo/1228/a-importancia-da-estrategia-de-atencao-integra</p><p>https://www.ufopa.edu.br/anaisdajornada/6/resumo/1228/a-importancia-da-estrategia-de-atencao-integra</p><p>https://www.ufopa.edu.br/anaisdajornada/6/resumo/1228/a-importancia-da-estrategia-de-atencao-integra</p><p>A estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI),</p><p>desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde, pela Organização Panameri-</p><p>cana da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, visa diminuir a</p><p>morbimortalidade infantil mediante sistematização do atendimento das doenças</p><p>prevalentes de forma integrada e simultânea (HIGUCHI et al., 2011)</p><p>A recorrência de doenças descritas no AIDPI é um compilado das mais</p><p>prevalentes no Brasil, sendo de grande relevância clínica, como sinais de febre,</p><p>problemas respiratórios, distúrbio gastrointestinal, distúrbio glicêmico, icterícia</p><p>neonatal, reanimação neonatal, problemas nutricionais, entre outros (SANTOS;</p><p>GAÍVA; SALGE, 2018).</p><p>A estratificação de risco está presente nos manuais do AIDPI para direcionar os</p><p>profissionais de saúde de acordo com os sinais e sintomas apresentados pela crian-</p><p>ça. É definido por cores, em que o vermelho é indicativo de gravidade; o amarelo</p><p>significa estado de alerta; e o verde indica sem anormalidade (BRASIL, 2017).</p><p>Neste tema, trataremos sobre a conduta clínica em relação a ser necessário</p><p>assistir a criança, seja na atenção primária, seja nos demais níveis de atenção.</p><p>Observe bem cada conduta e formas de identificação. Isso o auxiliará a tomar a</p><p>melhor decisão clínica quanto à recuperação da criança.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Problemas respiratórios</p><p>As doenças respiratórias são as mais incidentes no quesito de internações na in-</p><p>fância. Uma de suas causas está relacionada a processos alérgicos, como o ácaro,</p><p>o pólen e a poeira, e, também, a microrganismos, como as bactérias oportunistas.</p><p>Uma das estratégias primordiais do Ministério da Saúde é a prevenção, po-</p><p>dendo citar a vacinação na infância, que cursa em estimular o sistema imunológi-</p><p>co pouco desenvolvido da criança, para que não ocorra agravamento no processo</p><p>de enfermidade. Uma das vacinas usuais na prevenção de problemas respiratórios</p><p>é a vacina Bacilo Calmette Guérri, também conhecida como vacina BCG. Essa</p><p>vacina está inserida no calendário vacinal para prevenção de tuberculose dos</p><p>tipos miliar e meníngea. A criança deverá recebê-la ao nascer até 4 anos, 11 meses</p><p>e 29 dias, em região intradérmica no deltoide direito.</p><p>Figura 1 - Vacinação com BCG</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um profissional de enfermagem aplicando a vacina BCG, em via intra-</p><p>dérmica, no braço esquerdo de uma criança. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Na estratégia AIDPI, as doenças respiratórias são de atenção relevante. De-</p><p>ve-se observar sinais de presença de tiragem subcostal, estridor ou sibilância.</p><p>Deve-se observar se ocorre, em crianças de dois meses a menor de 12 meses,</p><p>incursões respiratórias acima de 50 e, em crianças de um ano a menor de cinco</p><p>anos, 40 ou mais incursões respiratórias por minuto. Isso significa sinais de</p><p>alerta de problemas respiratórios.</p><p>Na sibilância, especificamente, deve-se atentar a sinais de letargia ou agitação</p><p>na criança, presença de estridor em repouso, falar frases incompletas (palavras</p><p>isoladas). No lactente, atentar-se ao choro curto ou sem sinais de choro, tiragem</p><p>subcostal, saturação de O2 ≤ 90% em ar ambiente.</p><p>A conduta clínica em sinais graves de sibilância é de ofertar oxigênio; fazer</p><p>uso de corticoide e Beta-2 agonista por via inalatória, como maneira de auxiliar</p><p>a expansão pulmonar; uso de antibiótico (sinais de infecção bacteriana); e mo-</p><p>nitorização dos sinais vitais da criança.</p><p>Figura 2 - Oxigenioterapia nas doenças</p><p>respiratórias</p><p>Descrição da Imagem: a figura mostra</p><p>uma criança em internamento hospita-</p><p>lar utilizando um cateter de oxigenote-</p><p>rapia. Ela está segurando um urso de</p><p>pelúcia. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>A identificação dos sinais e sintomas é de fundamental relevância, pois, com base</p><p>nessas avaliações, o enfermeiro poderá tomar uma decisão mais concreta sobre</p><p>o cuidado a ser prestado à criança.</p><p>Veja um artigo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que retrata sobre a far-</p><p>macologia da classe dos corticoides em situações de asma na infância. Essa li-</p><p>teratura acrescentará em seu conhecimento. https://www.sbp.com.br/fileadmin/</p><p>user_upload/img/cursos/asma/asma_pediatrica02.pdf.</p><p>EU INDICO</p><p>Febre</p><p>A febre é um dos sinais flogísticos de processo infeccioso em curso. Seu meca-</p><p>nismo é influenciado pela presença de microrganismos patogênicos. Na criança,</p><p>deve-se atentar aos sinais de febre, sendo eles: pele quente ao toque, podendo</p><p>apresentar as extremidades frias; ausência de sudorese; sensação de frio e, even-</p><p>tualmente, tremores; taquicardia; e taquipneia.</p><p>De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (2021), a febre é definida</p><p>quando a temperatura axilar ultrapassa 37,3ºC.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/img/cursos/asma/asma_pediatrica02.pdf</p><p>https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/img/cursos/asma/asma_pediatrica02.pdf</p><p>Para o controle da febre na criança, temos três fármacos de indicação clínica</p><p>no AIDPI: a dipirona, o ibuprofeno e o paracetamol, também conhecido como</p><p>acetaminofen. O paracetamol é o único antitérmico recomendado para febre em</p><p>menores de um mês. A dose segue ajustada de acordo com o peso da criança.</p><p>Figura 3 - Termômetro clínico na pediatria</p><p>Descrição da Imagem: a figura mostra uma criança observando os valores de temperatura no visor do termômetro</p><p>que está em suas mãos. Fim da descrição.</p><p>PESO (KG) 100 MG/ML 200 MG/ML 300 MG/ML FREQUÊNCIA</p><p>2 4 2 2 8/8 horas</p><p>3 6 3 2 6/6 horas</p><p>4 8 4 3 6/6 horas</p><p>5 10 5 4 6/6 horas</p><p>6 12 6 4 6/6 horas</p><p>7 14 7 5 6/6 horas</p><p>Tabela 1 - Posologia do acetominofen a neonatos em casos febris/ Fonte: adaptada de Brasil (2014).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Deverá ser evitado na criança o uso de ácido acetil salicílico (AAs), devido à</p><p>possibilidade de Síndrome de Reye, doença rara e grave que pode ocasionar</p><p>confusão mental, edema cerebral e danos hepáticos.</p><p>Segue tabela do AIDPI pediátrico referente ao controle térmico e à analgesia</p><p>em situações, como de febre, dor de garganta e dor de ouvido</p><p>PESO (KG)</p><p>PARACETAMOL</p><p>200 MG/ML 1</p><p>GOTA/KG/DOSE</p><p>DE 6 EM 6 HORAS,</p><p>SE NECESSÁRIO</p><p>DIPIRONA 500</p><p>MG/ML 1 GO-</p><p>TA/2KG/DOSE DE</p><p>6 EM 6 HORAS, SE</p><p>NECESSÁRIO</p><p>IBUPROFENO 50</p><p>MG/ML* 2 GO-</p><p>TAS/KG/DOSE DE</p><p>8 EM 8 HORAS, SE</p><p>NECESSÁRIO</p><p>4 a 7 4 a 7 gotas 2 a 4 gotas 8 a 14 gotas</p><p>8 a 11 8 a 11 gotas 4 a 6 gotas 16 a 22 gotas</p><p>12 a 15 12 a 15 gotas 6 a 8 gotas 24 a 30 gotas</p><p>16 a 19 16 a 19 gotas 8 a 10 gotas 32 a 38 gotas</p><p>20 a 24 20 a 24 gotas 10 a 12 gotas 40 gotas</p><p>Tabela 2 - Posologia de antitérmicos e analgésicos na pediatria / Fonte: adaptada de Brasil (2017).</p><p>Deve-se atentar para a administração de medicamentos na criança de forma</p><p>racional. Sempre que ocorrer febre, a administração medicamentosa deve seguir</p><p>a posologia recomendada, e a criança deve permanecer em monitorização por</p><p>meio de um termômetro clínico.</p><p>Diarreia</p><p>A diarreia é um distúrbio hidroeletrolítico gastrointestinal, desencadeado,</p><p>na maioria das vezes, por agentes patogênicos, como vírus, bactérias, fungos</p><p>ou protozoários. Essa condição clínica, também, está ligada a fatores externos,</p><p>como precariedade de saneamento básico e, também, alimentos sem cozimento</p><p>ou preparo adequado.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>A diarreia pode ser definida pela ocorrência de três ou mais evacuações amo-</p><p>lecidas ou líquidas nas últimas 24 horas. A criança com diarreia pode apresentar</p><p>desidratação, devido à perda hídrica pelas fezes ou pelo vômito que possa apre-</p><p>sentar. Ao exame físico, é possível a observação de sinais de letargia ou incons-</p><p>ciência, olhos bilateralmente fundos, dificuldade de ingesta hídrica oral e turgor</p><p>cutâneo lento. Como medida de ação terapêutica, a estratégia AIDPI descreve</p><p>os planos de tratamento A, B e C. Afinal, o que seriam os planos de tratamento</p><p>A, B e C no AIDPI pediátrico?</p><p>PLANO A: tratar a diarreia em casa</p><p>O tratamento domiciliar deve se ater a medidas de prevenção ou recuperação,</p><p>como o uso de reposição volêmica com água potável, com soro de reposição oral,</p><p>e incentivar o aleitamento materno.</p><p>PLANO B: tratar a desidratação soro de reidratação oral (SRO)</p><p>Essa parte do AIDIPI descreve o volume a ser administrado nas crianças com</p><p>desidratação. Em casos de vômitos, deve-se usar ondansetrona e, se ocorrer diar-</p><p>reia acentuada, deve-se usar soro de reidratação oral (SRO).</p><p>IDADE</p><p>ONDANSETRONA</p><p>DOSE: 0,2MG/KG/DOSE, ATÉ TRÊS VEZES AO DIA;</p><p>APRESENTAÇÃO: COMPRIMIDO DISPERSÍVEL DE 4 MG</p><p>6 meses a 2 anos 2 mg</p><p>> 2 anos 4 mg</p><p>Tabela 3 - Posologia da ondansetrona na pediatria / Fonte: adaptada de Brasil (2017).</p><p>Outra substância indicada no controle da diarreia é o zinco. O zinco apresenta</p><p>capacidade de auxiliar na absorção intestinal de água e eletrólitos, restabelecendo</p><p>a volemia corporal. Na criança, deve-se ofertar uma vez ao dia por dez dias; em</p><p>crianças de até 6 meses, 10 mg/dia; e, em crianças com idade superior a 6 meses,</p><p>a dose é de 20 mg/dia.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>PLANO C: tratar rapidamente a desidratação grave</p><p>Deve-se realizar a aplicação imediata de líquidos por via intravenosa (IV). Se a</p><p>criança não estiver classificada como grave, deve-se iniciar terapia endovenosa,</p><p>Plano C do AIDPI na atenção primária. Porém, se a criança, também, enquadrar-se</p><p>em classificação grave, é necessário referir urgentemente ao hospital de referência,</p><p>com mãe e o profissional de saúde administrando o soro de reposição oral (SRO)</p><p>durante o trajeto. Deve-se realizar a monitorização dos sinais vitais e reavaliar cons-</p><p>tantemente a criança. Nesse plano, é possível a passagem de sonda nasogástrica/</p><p>orogástrica para complementar a terapêutica de reposição de líquidos.</p><p>Figura 4 - Criança em internamento hospitalar</p><p>Descrição da Imagem: a figura mostra um profissional de enfermagem, com uso de equipamento de pro-</p><p>teção individual, ao lado do genitor da criança, para realizar acesso venoso periférico no membro superior</p><p>esquerdo. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>As três estratégias do AIDPI de diarreia visam evitar e recuperar a criança de</p><p>quadros que culminam em desidratação grave. Alguns sinais podem ser evi-</p><p>denciados, como fontanela deprimida, olhos fundos e rebaixamento sensório</p><p>de consciência. Os profissionais da estratégia de saúde da família (ESF) devem</p><p>se atentar a esses sinais e proporcionar uma rápida resolução do caso para que</p><p>não necessite de intervenções em âmbito hospitalar. Caso isso aconteça, deve-se</p><p>referenciar urgentemente esse serviço.</p><p>Desnutrição e anemia</p><p>A desnutrição infantil é causada por fatores intrínsecos e ex-</p><p>trínsecos. Os fatores intrínsecos estão relacionados a fatores</p><p>genéticos, e extrínsecos, a fatores sociais, como a fome na</p><p>infância. Alguns nutrientes poderão encontrar-se em dé-</p><p>ficit na criança, necessitando de reposição por meio de</p><p>apresentações farmacêuticas, como vitaminas, carboi-</p><p>dratos e minerais.</p><p>Segue tabela do AIDPI pediátrico para avaliação</p><p>da criança nos serviços de saúde:</p><p>Quer um melhor aprofundamento sobre essa temática? Veja o protocolo de assistên-</p><p>cia em casos de diarreia aguda da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Desfrute</p><p>dessa leitura e aprenda mais como intervir nessa condição clínica. https://www.sbp.</p><p>com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf.</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf</p><p>https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR</p><p>Emagrecimento</p><p>acentuado visível</p><p>ou edema em</p><p>ambos os pés.</p><p>DESNUTRIÇÃO</p><p>GRAVE</p><p>• Prevenir, controlar e, se necessário, tratar</p><p>a hipoglicemia.</p><p>• Prevenir a hipotermia (manter a criança</p><p>agasalhada).</p><p>• Dar megadose de vitamina A, se a criança</p><p>não tiver tomado nos últimos 30 dias.</p><p>• Referir URGENTEMENTE ao hospital</p><p>Peso para a idade</p><p><-3 escores z.</p><p>PESO MUITO</p><p>BAIXO</p><p>• Avaliar a alimentação da criança e as</p><p>possíveis causas de desnutrição.</p><p>• Aconselhar a mãe/o pai/o(a) acompa-</p><p>nhante a tratar a criança de acordo com</p><p>as dietas especiais.</p><p>• Dar megadose de vitamina A, se a criança</p><p>não tiver tomado nos últimos 30 dias.</p><p>• Uso profilático de ferro em menores de</p><p>24 meses.</p><p>• Retorno com</p><p>cinco dias.</p><p>• Orientar sinais de retorno imediato.</p><p>Peso para a idade</p><p><-2 e ≥-3 escores z.</p><p>ou</p><p>Tendência da</p><p>curva peso/ida-</p><p>de horizontal ou</p><p>descendente.</p><p>PESO BAIXO ou</p><p>GANHO DE PESO</p><p>INSUFICIENTE</p><p>• Avaliar a alimentação da criança e as</p><p>possíveis causas do peso baixo.</p><p>• Orientar a alimentação. adequada.</p><p>• Uso profilático de ferro em menores de</p><p>24 meses.</p><p>• Marcar retorno com duas semanas.</p><p>• Orientar sinais de retorno imediato.</p><p>Peso para a idade</p><p>>+2 escores z. PESO ELEVADO</p><p>• Avaliar a alimentação da criança e as</p><p>possíveis causas do peso elevado.</p><p>• Orientar a alimentação adequada.</p><p>• Verificar e estimular a prática de ativida-</p><p>de física.</p><p>• Uso profilático de ferro em menores de</p><p>24 meses.</p><p>• Marcar o retorno com duas semanas.</p><p>• Orientar sinais de retorno realizando o</p><p>diagnóstico do estado nutricional.</p><p>Peso para a idade</p><p>≤+2 e ≥-2 escore z.</p><p>PESO</p><p>ADEQUADO</p><p>• Elogiar a mãe/o pai/o(a) acompanhante</p><p>pelo crescimento de seu filho.</p><p>• Reforçar as recomendações para alimen-</p><p>tação saudável, de acordo com o quadro</p><p>de recomendações a respeito da alimen-</p><p>tação da criança.</p><p>• Uso profilático de ferro em menores de</p><p>24 meses.</p><p>Tabela 4 - Avaliação do estado nutricional pediátrico / Fonte: adaptada de Brasil (2017).</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>Para desnutrição grave ou peso muito baixo, o Ministério da Saúde recomenda</p><p>administrar a vitamina A, sendo que à criança de 6 a 11 meses deverá ser ofer-</p><p>tada dose única de 100.000 UI e à criança de de 12 a 59 meses deverá ser ofertada</p><p>uma dose de 200.000 UI, a cada seis meses.</p><p>A anemia é uma das faltas nutricionais mais recorrentes na infância, sendo</p><p>necessária a administração profilática de sulfato ferroso à criança. Os sinais dessa</p><p>deficiência estão relacionados à palidez cutânea, principalmente em região pal-</p><p>mar. Ao ser administrada, deve-se atentar à mudança de coloração das fezes da</p><p>criança para uma cor mais escura e sempre limpar a dentição da criança, para</p><p>evitar escurecimento.</p><p>Segue a tabela referente à posologia de administração do sulfato ferroso</p><p>na infância:</p><p>IDADE OU PESO (KG)</p><p>SULFATO FERROSO 3 MG/KG/DIA 1 ML=25 MG DE</p><p>FERRO ELEMENTAR</p><p>2 a 3 meses 4 a < 6 15 gotas ou 0,7 ml/dia</p><p>4 a 11 meses 6 a < 10 20 gotas ou 1 ml/dia</p><p>1 a 2 anos 10 a < 14 30 gotas ou 1,5 ml/dia</p><p>3 a 4 anos 14 a 19 40 gotas ou 2,0 ml/dia</p><p>Tabela 5 - Posologia do sulfato ferroso relacionada à anemia na infância / Fonte: adaptada de Brasil (2017).</p><p>Em casos de anemia, devido a helmintos, deverá ser feita a administração de</p><p>mebendazol ou albendazol de modo se não tiver recebido alguma dose nos úl-</p><p>timos seis meses. Vejamos a tabela de administração dos anti-helmínticos em</p><p>casos de anemia.</p><p>IDADE</p><p>MEBENDAZOL*</p><p>APRES . 100 MG/5 ML DOSE: 100 MG</p><p>2 VEZES DIA, DURANTE TRÊS DIAS</p><p>ALBENDAZOL*</p><p>APRES . 40 MG/ML OU 1 CP = 400</p><p>MG DOSE ÚNICA</p><p>1 a 2 anos 5 ml 5 ml</p><p>> 2 anos 5 ml 10 ml</p><p>Tabela 6 - Posologia dos anti-helmínticos relacionada à anemia na infância / Fonte: adaptada de Brasil (2017).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>A atenção na administração medicamentosa deve ser feita de forma criteriosa.</p><p>A decisão terapêutica deve ser apropriada e as doses devem ser baseadas no</p><p>peso da criança. O profissional deve certificar-se de que a criança não é alérgica</p><p>ao medicamento prescrito e orientar a mãe sobre a justificativa da indicação do</p><p>medicamento à criança.</p><p>Deve ser feita a orientação da mãe quanto à dose a ser administrada à criança.</p><p>Explicar que todas as medicações devem ser usadas até que o esquema de trata-</p><p>mento finalize, ainda que a criança melhore. Certifique-se que ela compreendeu</p><p>as explicações feitas na consulta.</p><p>Distúrbio glicêmico</p><p>O distúrbio glicêmico é uma alteração metabólica dos carboidratos, ocorre prin-</p><p>cipalmente em crianças de genitoras diabéticas. Em crianças que apresentam tal</p><p>condição, deve-se realizar a monitorização glicêmica, que deve ocorrer perife-</p><p>ricamente com 1, 3, 6, 12, 18 e 24 horas de vida na maternidade. Se a glicemia</p><p>periférica estiver inferior a 45 mg/dL, deve-se dar seguimento ao esquema de</p><p>tratamento da hipoglicemia pediátrica. A maneira sem custos de elevar a glicemia</p><p>do neonato é ofertando o leite materno. O aleitamento materno apresenta, em sua</p><p>composição, glicose, imunoglobulinas, proteína e demais nutrientes essenciais à</p><p>manutenção orgânica do bebê.</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>A genitora deve ser orientada e estimulada a ofertar o aleitamento a livre deman-</p><p>da, pois, além da oferta de nutrientes, ocorre o aumento de peso da criança. Se a</p><p>criança não pode sugar o peito em sua residência, mas pode deglutir, a genitora</p><p>pode ordenhar e ofertar em um copinho (por exemplo) ou outro leite, como a</p><p>fórmula. Se isso ainda não for possível, deve-se ofertar à criança de 30 a 50 mL</p><p>de água com açúcar antes de ser transferida a uma unidade de saúde.</p><p>Figura 5 - Aleitamento materno como prevenção na hipoglicemia</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta uma criança em aleitamento materno em mama direita da genitora.</p><p>Fim da descrição.</p><p>Para preparar a água com açúcar, deve-se dissolver quatro colheres de chá de</p><p>açúcar (20 g) em um copo com 200 mL de água.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Se a criança não pode deglutir nem sugar o peito materno, na unidade de saúde,</p><p>deverão ser ofertados 50 mL de leite ou água com açúcar por uma sonda orogás-</p><p>trica. Se for possível, administrar solução intravenosa (IV) com soro glicosado a</p><p>10% (80–100 mL/kg/dia). Poderá ocorrer melhor reposição glicêmica e estabi-</p><p>lização do metabolismo do carboidrato em déficit.</p><p>A observação clínica é o ponto-chave para que ocorra uma melhor ação es-</p><p>tratégica do caso da criança. Para que se identifique o que a criança apresenta,</p><p>é necessário sensibilidade e raciocínio clínico. Eis o desafio dos profissionais</p><p>de saúde, aprender a identificar por meio dos sinais e sintomas e chegar a um</p><p>diagnóstico do que a criança apresenta.</p><p>Por meio de intervenções direcionadas e monitoramento contínuo, os profissio-</p><p>nais de enfermagem contribuem significativamente para a recuperação e prevenção</p><p>de complicações, promovendo, assim, o desenvolvimento saudável desses pacientes</p><p>vulneráveis. Além disso, desempenham papel educativo, orientando os pais sobre</p><p>cuidados domiciliares, prevenção de doenças e sinais de alerta. Essa abordagem ho-</p><p>lística contribui para a recuperação e o bem-estar geral do paciente pediátrico.</p><p>Gostou do que discutimos até aqui? Tenho mais para conversar com você sobre</p><p>esse tema, vamos lá?! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do am-</p><p>biente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>É preciso uma formação acadêmica eficaz, com aprimoramentos constantes, para</p><p>que o profissional saiba realizar sua assistência em saúde de forma direcionada.</p><p>Estudar anatomia, fisiologia, patologia, microbiologia, farmacologia, semiologia</p><p>e fundamentos da profissão é essencial para exercer um excelente trabalho.</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>Mesmo com uma formação sólida, não se descarta a necessidade de o profis-</p><p>sional manter-se sempre atualizado, buscar meios de conhecer as melhores es-</p><p>tratégias clínicas para o atendimento às crianças enfermas, estar sempre atento</p><p>aos estudos teóricos e empíricos que oferecem possibilidades mais eficazes para</p><p>o devido atendimento às crianças.</p><p>Fica esse desafio para você, para que possa revisar todos os conceitos discipli-</p><p>nares e as boas práticas clínicas, buscando aperfeiçoar-se para que possa prestar</p><p>cuidado com qualidade, principalmente quando se fala na enfermagem, que</p><p>lida com vidas em seu dia a dia. Isso porque ser enfermeiro vai além do título</p><p>acadêmico, tem que realmente amar o que faz e realizar, com maestria, aquilo</p><p>que se propuser a fazer, em especial na pediatria, que é um público que precisa</p><p>de nossa sensibilidade e olhar.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>1. Os analgésicos/antitérmicos são frequentemente utilizados em crianças, principalmente</p><p>devido ao fato de a febre ser uma manifestação comum nessa fase. O profissional de saúde</p><p>deve atentar-se para os sinais de febre, intervindo de forma rápida</p><p>e direcionada (SBP, 2021).</p><p>Qual o único antitérmico mais seguro a menores de um mês de vida?</p><p>a) Prednisona.</p><p>b) AAS.</p><p>c) Cetoprofeno.</p><p>d) Paracetamol.</p><p>e) Miconazol.</p><p>2. A estratégia AIDPI busca reduzir não somente as mortes, mas também a frequência e gra-</p><p>vidade de doenças, evitando sequelas e contribuindo, assim, para um crescimento e de-</p><p>senvolvimento saudáveis da criança menor de cinco anos. Combina aspectos específicos</p><p>voltados para um manejo melhor da criança doente com aspectos nutricionais, imunização</p><p>e outros fatores importantes, que estão envolvidos na saúde da criança, incluindo a saúde</p><p>materna (BRASIL, 2017).</p><p>Sobre a oferta de líquidos à criança no Plano A orientadas à mãe da criança, analise as</p><p>afirmativas a seguir:</p><p>I - Amamentar com frequência e por tempo mais longo a cada vez.</p><p>II - Se a criança se alimenta exclusivamente de leite materno, não se pode dar SRO além</p><p>do leite materno.</p><p>III - Se a criança estiver em regime exclusivo de leite materno, dar um ou mais dos seguintes</p><p>itens: solução SRO, líquidos caseiros (tais como caldos, soro caseiro) ou água potável.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>4</p><p>4</p><p>3. O manual AIDPI apresenta situações possíveis assistenciais que possam acontecer na crian-</p><p>ça, dentre elas, está a diarreia e desidratação, em que apresenta planos de cuidados para</p><p>resolução do caso na atenção básica ou dar seguimento a outros níveis de atenção em</p><p>saúde (BRASIL, 2017).</p><p>Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta</p><p>entre elas:</p><p>I - O Plano B no AIDPI pediátrico refere que, em casos de diarreia e desidratação, deve-se</p><p>tratar com soro de reidratação oral (SRO).</p><p>PORQUE</p><p>II - As crianças com desidratação podem apresentar gravidade: letárgica ou inconsciente;</p><p>olhos fundos; não consegue beber ou bebe muito mal; e sinal da prega, em que a pele</p><p>volta muito lentamente ao estado anterior.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:</p><p>a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>e) As asserções I e II são falsas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>4</p><p>5</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Manual AIDPI Neonatal: quadro de procedimentos. 5. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.</p><p>BRASIL. Manual de quadros de procedimentos: AIDPI criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Minis-</p><p>tério da Saúde, 2017.</p><p>HIGUCHI, C. H. Atenção integrada às doenças prevalentes na infância (AIDPI) na prática de enfermei-</p><p>ros egressos da USP. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 32, n. 2, jun. 2011. Acesso em:</p><p>https://www.scielo.br/j/rgenf/a/Q3WWPcS5vc8tyVsCFgsGRVt/. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>SANTOS, I. L. F. dos; GAÍVA, M. A. M.; SALGE, A. K. M. Utilização da Estratégia de Atenção Integra-</p><p>da às Doenças Prevalentes na Infância. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 20, 2018.</p><p>SANTOS, M. G. dos; SANTOS, S. G. dos. A incessão da AIDPI no contexto da atenção primária em</p><p>saúde entre os anos de 2011 e 2019: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Development,</p><p>Curitiba, v. 7, n. 6, jun. 2021. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/</p><p>BRJD/article/view/32030. Acesso em 15 mar. 2024.</p><p>SBP – SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. São</p><p>Paulo: SBP, 2017. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/</p><p>Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>SBP – SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manejo da Febre Aguda. Departamentos Cientí-</p><p>ficos de Pediatria Ambulatorial e de Infectologia (2019-2021), 2021. São Paulo: SBP, 2021. Disponí-</p><p>vel em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23229c-DC_Manejo_da_febre_aguda.</p><p>pdf. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23229c-DC_Manejo_da_febre_aguda.pdf</p><p>https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23229c-DC_Manejo_da_febre_aguda.pdf</p><p>1. Opção D. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (2021), o paracetamol é o único anti-</p><p>térmico recomendado para febre em menores de 1 mês.</p><p>2. Opção A. Segundo o AIDPI pediátrico, no Plano A, deve-se dar líquidos adicionais (tanto</p><p>quanto a criança aceitar). Recomendar à mãe a amamentar com frequência e por tempo</p><p>mais longo a cada vez. Se a criança se alimenta exclusivamente de leite materno, pode-se</p><p>dar SRO além do leite materno. Se a criança não estiver em regime exclusivo de leite ma-</p><p>terno, dar um ou mais dos seguintes itens: solução SRO, líquidos caseiros (tais como caldos,</p><p>soro caseiro) ou água potável. Em situações nas quais não há acesso à água própria para o</p><p>consumo, recomenda-se fervura da água durante 20 minutos ou tratamento com duas gotas</p><p>de hipoclorito de sódio para cada litro de água. As frases grifadas referem-se à explicação</p><p>de erro nas afirmativas II e III. Portanto, a única afirmativa correta é a I.</p><p>3. Opção A. Ambas as alternativas constam no manual AIDPI pediátrico, na ação contra diar-</p><p>reias na infância.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>UNIDADE 3</p><p>MINHAS METAS</p><p>PREVENÇÃO DE AGRAVOS DE</p><p>SAÚDE PREVALENTES NA INFÂNCIA</p><p>Conhecer os aspectos desencadeadores de doença na infância.</p><p>Compreender as principais doenças que ocorrem na infância.</p><p>Conhecer os métodos preventivos das doenças na criança.</p><p>Identificar a importância da tecnologia das vacinas na prevenção de patologias.</p><p>Analisar as principais vacinas aplicadas na infância.</p><p>Abordar a importância da prevenção de doenças por meio da alimentação saudável</p><p>infantil e os nutrientes que a englobam.</p><p>Entender sobre as causas das doenças causadas pelo saneamento básico e os modos</p><p>de prevenção.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>O processo saúde-doença é algo a ser observado pelas equipes de todos os níveis</p><p>de atenção que assistem a criança. Após a descoberta da microscopia, o mundo</p><p>passou a ter uma visão diferente quanto à causa das doenças que ocorriam em</p><p>cada época, como a varíola, a peste bubônica e a febre amarela.</p><p>A prevenção é o pilar para que as doenças oportunistas não se disseminem na</p><p>população em geral, como vale citar a ação que o saneamento básico efetivo oca-</p><p>siona e a estratégia de vacinação que hoje é uma das melhores do mundo contra</p><p>patógenos que podem causar mortalidade (PARANHOS; PINA; MELO, 2011).</p><p>Quando se realiza a prevenção, reduzimos a taxa de internamentos; por</p><p>exemplo, em unidades de terapia intensiva neonatal, há menor chance de ad-</p><p>quirir infecções secundárias, entre outros (TAMMEZ, 2017)</p><p>Alguns fatores interferem no processo de saúde da criança. analisemos a</p><p>seguinte situação: criança, vivendo em situação de vulnerabilidade social, sem</p><p>saneamento básico e alimentação nada saudável. Existe possibilidade para o</p><p>adoecimento? Vamos a outro exemplo: crianças sem as vacinas preconizadas</p><p>em sua faixa etária têm maior chance de mortalidade e adoecimento severo em</p><p>comparação às que recebem a vacina? Veja a importância que a prevenção oca-</p><p>siona na saúde da criança, e é nesse olhar que debruçarmos nessa temática.</p><p>Estudante, convido-o a acessar o podcast Prevenir as doenças oportunistas na in-</p><p>fância, é possível? Isso o auxiliará no processo de aprendizagem. Recursos de mí-</p><p>dia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>A maioria das doenças são preveníveis e multifatoriais. As medidas preventivas são</p><p>estratégias utilizadas em saúde pública para combatê-las e manter a saúde da</p><p>criança e do meio onde vive. Segue um artigo científico denominado Prevenção de</p><p>doenças prevalentes na infância na APS, o qual complementará seu conhecimento.</p><p>https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/27953.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/27953</p><p>TEMA</p><p>DE APRENDIZAGEM 7</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>AS VACINAS COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO</p><p>NA SAÚDE DA CRIANÇA</p><p>As vacinas são modos de prevenção contra doenças</p><p>oportunistas tanto em adultos quanto em crianças.</p><p>Elas promovem resposta imunológica ao adentra-</p><p>rem no organismo ocasionando efeito estimulató-</p><p>rio das células de defesa, culminando em proteção</p><p>corporal contra patógenos.</p><p>O programa nacional de imunizações (PNI) surgiu com o intuito de pre-</p><p>venir a mortalidade infantil que era muito incidente antes da criação do SUS,</p><p>em 1988. Uma das doenças que mais afetava as crianças nesse período era a</p><p>poliomielite, também conhecida como paralisia infantil.</p><p>As vacinas</p><p>são modos</p><p>de prevenção</p><p>contra doenças</p><p>oportunistas</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>O PNI conta com um rol de vacinas, sendo a grande maioria aplicada na infân-</p><p>cia, pois, nesse período, o sistema imunológico está em desenvolvimento e necessita</p><p>de estímulo para conter invasão de microrganismo oportunista. Atualmente, estão</p><p>disponíveis imunobiológicos, imunoglobulinas e soros, de forma gratuita, pelo Sis-</p><p>tema Único de Saúde (SUS). As vacinas protegem inúmeras doenças, sendo a grande</p><p>maioria desses imunobiológicos administrados na infância, como forma preventiva.</p><p>As vacinas apresentam tecnologias de resposta imunológica, como as inativadas</p><p>ou atenuadas. Nas vacinas atenuadas, o microrganismo está “vivo”, mas com carac-</p><p>terística de enfraquecido, justamente para não desencadear a doença. Já as vacinas</p><p>inativadas o microrganismo está “morto”, mas seus fragmentos contidos na vacina</p><p>ocasionam resposta imunológica e menos reações se comparado a vacinas atenuadas.</p><p>Neste tema, teceremos cada uma das vacinas e doenças que elas previnem.</p><p>Vacina Bacilo Calmette Guérri (BCG)</p><p>A vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) é indicada para prevenir as formas</p><p>graves de Tuberculose (Miliar e Meníngea). As doenças respiratórias são uma</p><p>das preocupações dos profissionais de saúde quanto à criança, pois sua maior</p><p>incidência é nessa faixa etária.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>A vacina BCG é aplicada o mais precocemente possível, preferencialmente nas</p><p>primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Existem algumas</p><p>recomendações a serem seguidas, tal como: peso superior a 2 kg; caso a criança</p><p>não tenha atingido esse valor, deverá ser adiada até atingir o peso preconizado.</p><p>Na rotina dos serviços de saúde, a vacina é disponibilizada para crianças de até</p><p>quatro anos, 11 meses e 29 dias, ainda não vacinadas (BRASIL, 2024).</p><p>Sua administração deve ser realizada em via intradérmica. O volume da dose e</p><p>a via de administração dependerão do laboratório produtor. O Laboratório Sérum</p><p>Institute of India preconiza a aplicação de 0,05 mL em crianças recém-nascidas até</p><p>11 meses e 29 dias e 0,1 mL para pessoas a partir de um ano de idade, via intradér-</p><p>mica. Já o laboratório FAP: 0,1 mL via intradérmica (BRASIL, 2024).</p><p>Vacina da Poliomielite (VIP e *VOP)</p><p>A paralisia infantil é causada pelo poliovírus, que ocasiona paralisia muscular,</p><p>sendo comum em membros inferiores. Esse vírus é transmitido por contato di-</p><p>reto entre pessoas e objetos contaminados. No calendário vacinal, há disponíveis</p><p>duas vacinas para essa doença, a vacina inativada da poliomielite (VIP) e a vacina</p><p>oral da poliomielite (VOP) com esquema predefinido.</p><p>O profissional deve realizar o esquema vacinal da vacina VIP da seguinte</p><p>forma: administrar trê doses aos dois, quatro e seis meses de idade, com inter-</p><p>valo de 60 dias entre as doses. O intervalo mínimo é de 30 dias entre as doses.</p><p>Volume da dose e via de administração: 0,5 mL, via intramuscular. Particulari-</p><p>dades: crianças até quatro anos, 11 meses e 29 dias: sem comprovação vacinal:</p><p>administrar três doses da VIP, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo</p><p>de 30 dias (BRASIL, 2024).</p><p>1</p><p>5</p><p>4</p><p>Vacina meningocócica</p><p>A vacina meningocócica C previne a meningite causada pela Neisseria Menin-</p><p>gitidis do sorogrupo C. Sua transmissão acontece por contato direto, de pessoa a</p><p>pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas. Segundo Brasil</p><p>(2024), o esquema da vacina meningocócica C é administrar duas doses aos três</p><p>e cinco meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30</p><p>dias. O volume da dose equivale a 0,5 mL, via intramuscular (BRASIL, 2024).</p><p>Vacina triviral e tetraviral</p><p>As vacinas tri e tetra viral tem algo em comum, a presença dos componentes</p><p>sarampo, caxumba e rubéola. Porém a vacina tetra apresenta um quarto com-</p><p>ponente, chamado varicela, sendo esse responsável pela prevenção da doença</p><p>chamada catapora.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Segundo Brasil (2024), o esquema para administrar a primeira dose é aos 12</p><p>meses de idade. Deve-se completar o esquema de vacinação contra o sarampo, a</p><p>caxumba e a rubéola com a vacina tetraviral aos 15 meses de idade (correspon-</p><p>de à segunda dose da vacina tríplice viral e à primeira dose da vacina varicela).</p><p>Volume da dose e via de administração: 0,5 mL, via subcutânea.</p><p>Vacina das hepatites B e A</p><p>A hepatite viral B é causada por um vírus pertencente à família Hepadnaviridae,</p><p>a forma de transmissão do vírus da hepatite B (HBV) está relacionada a relações</p><p>sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada ou mãe infectada para o</p><p>filho, durante a gestação e o parto.</p><p>SARAMPO</p><p>É uma doença infectocontagiosa causada por um vírus chamado Morbillivirus.</p><p>CAXUMBA</p><p>É uma infecção viral aguda e contagiosa, causada por um vírus RNA da família</p><p>Paramyxoviridae.</p><p>RUBÉOLA</p><p>É uma doença viral que causa erupção cutânea na criança, vírus do gênero Rubivirus,</p><p>da família Togaviridae.</p><p>VARICELA</p><p>Presente na vacina tetraviral, protege contra o vírus Varicela-Zoster, o qual ocasiona</p><p>lesões de pele (como as vesículas) e, também, prurido tegumentar. Sendo mais recor-</p><p>rente em crianças.</p><p>Vamos tecer cada doença presente nessas vacinas:</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV). Na hepatite, a transmis-</p><p>são é fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem grande relação com ali-</p><p>mentos ou água inseguros, saneamento básico precário e déficit de higiene pessoal.</p><p>A vacina da hepatite B deverá ser administrada uma dose ao nascer, o mais</p><p>precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras</p><p>12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. As demais são aplicadas na</p><p>vacina pentavalente, no esquema 2, 4 e 6 meses de vida da criança. O volume</p><p>da dose é de 0,5 ml (< 19 anos) ou 1 ml (> 20anos), a depender do laboratório</p><p>produtor e/ou da idade que será administrada, e a via de administração é intra-</p><p>muscular (BRASIL, 2024). A vacina da hepatite A deverá ser administrada aos</p><p>15 meses, com dose única de 0,5 ml por via intramuscular, em vasto lateral da</p><p>coxa (BRASIL, 2024).</p><p>Vacina Influenza</p><p>A gripe é uma infecção aguda que atinge o sistema respiratório, ocasionando</p><p>sintomas, como coriza e, possivelmente, quadro febril. A vacina para essa doença</p><p>é denominada influenza e está disponível nas unidades básicas de saúde do SUS.</p><p>Na rotina, essa vacina é aplicada em crianças e adultos para melhor proteção,</p><p>devido ao quadro respiratório grave que possa causar, reduzindo o número de</p><p>internações hospitalares.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Veja, a seguir, o esquema vacinal influenza na pediatria:</p><p>IDADE</p><p>NÚMERO DE</p><p>DOSES</p><p>VOLUME POR</p><p>DOSE</p><p>OBSERVAÇÕES</p><p>Crianças de</p><p>6 meses a 2</p><p>anos de idade</p><p>1 ou 2 doses* 0,25 ml</p><p>Intervalo mínimo de quatro</p><p>semanas. Operacionalmente</p><p>30 dias após receber a 1ª</p><p>dose. Deverão ser aplicadas</p><p>duas doses para crianças</p><p>vacinadas pela primeira vez.</p><p>Crianças de</p><p>3 a 8 anos de</p><p>idade</p><p>1 ou 2 doses* 0,5 ml</p><p>Intervalo mínimo de quatro</p><p>semanas. Operacionalmente</p><p>30 dias após receber a 1ª</p><p>dose. Deverão ser aplicadas</p><p>duas doses para crianças</p><p>vacinadas pela primeira vez.</p><p>Pessoas a</p><p>partir de 9</p><p>anos de idade</p><p>Dose única 0,5 ml</p><p>Quadro 1 - Esquema vacinal da vacina influenza na infância / Fonte: adaptado de Brasil (2023).</p><p>Esse esquema vacinal</p><p>contempla crianças a partir dos 6 meses de vida e segue as</p><p>demais faixas etárias.</p><p>Vacina rotavírus humano</p><p>A vacina rotavírus humana previne contra as gastroenterites na infância, causa</p><p>mais comum de diarreia grave em lactentes e pré-escolares. As infecções por</p><p>rotavírus, ainda, são responsáveis pela mortalidade infantil, principalmente em</p><p>países onde a nutrição e os cuidados com a saúde, ainda, não são satisfatórios.</p><p>A vacina é do tipo oral, e o esquema segue da seguinte forma: administrar</p><p>duas doses, aos dois e quatro meses de idade. Volume da dose e via de adminis-</p><p>tração: 1,5 mL (administrar todo o conteúdo da bisnaga), exclusivamente por</p><p>via oral (BRASIL, 2024).</p><p>1</p><p>5</p><p>8</p><p>A primeira dose pode ser antecipada para um mês e 15 dias até três meses e</p><p>15 dias. A segunda dose pode ser administrada a partir de três meses e 15 dias</p><p>até sete meses e 29 dias (BRASIL, 2024).</p><p>Vacina pentavalente</p><p>A vacina pentavalente oferece proteção contra difteria, tétano, coqueluche, Hae-</p><p>mophilus influenzae B e hepatite B.</p><p>A difteria é uma doença transmissível causada por bactéria (Corynebacte-</p><p>rium diphtheriae) que atinge as amígdalas, a faringe, a laringe, o nariz e, ocasio-</p><p>nalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. O tétano é uma doença</p><p>grave, não contagiosa, causada por uma bactéria (clostridium tetani) que é en-</p><p>contrada na natureza. Pode causar rigidez muscular.</p><p>Coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível, causada pela bactéria</p><p>Bordetella pertussis, que causa crises incontroláveis de tosse seca, sendo severa</p><p>em crianças. Haemoplhilus influenzae B é uma bactéria de doença grave em</p><p>menores de cinco anos. A bactéria reside na faringe do portador, podendo ser</p><p>transmitida por via respiratória (gotículas de saliva e secreções), por meio de tos-</p><p>se e espirros. Seu esquema consiste em administrar três doses, aos dois, quatro e</p><p>seis meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. A</p><p>terceira dose não deverá ser administrada antes dos seis meses de idade. Volume</p><p>da dose e via de administração: 0,5 mL, por via intramuscular (BRASIL, 2024).</p><p>Vacina difteria, tétano e Pertussis (DTP)</p><p>A vacina DTP é um reforço da vacina pentavalente. O primeiro reforço deverá ser</p><p>administrado aos 15 meses de idade, e o segundo, aos quatro anos de idade. O volu-</p><p>me da dose e via de administração: 0,5 mL, por via intramuscular (BRASIL, 2024).</p><p>Vacina febre amarela</p><p>A faixa etária contemplada da vacina febre amarela em crianças é entre nove</p><p>meses e quatro anos de idade. O profissional de enfermagem deve administrar</p><p>uma dose em cada idade preconizada. O volume da dose é de 0,5 mL e a via de</p><p>administração é a região subcutânea. A agulha a ser utilizada é a 13x4,5.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>A NUTRIÇÃO INFANTIL E PREVENÇÃO DE DOENÇAS</p><p>OPORTUNISTAS</p><p>A nutrição é um dos fatores em discussão quanto ao cuidado à criança, pois influencia</p><p>em seu bem-estar e em sua disposição diária. Vitaminas, sais minerais e nutrientes</p><p>fornecem energia para a vida. Sabemos das problemáticas vivenciadas na saúde pú-</p><p>blica, como a falta de alimento nas famílias em vulnerabilidade, e isso repercute na</p><p>saúde da criança e, consequentemente, nos seus crescimento e desenvolvimento.</p><p>Todas essas vacinas foram inseridas no calendário de vacinas, devido a estudos</p><p>epidemiológicos de incidência de casos e à recorrência nas regiões de saúde</p><p>do Brasil. Todas previnem as doenças para as quais foram feitas. Os insumos</p><p>necessários para administrar as vacinas são: algodão, seringa de 3 mL, descartex</p><p>(caixa para descarte de perfuro-cortante) e impressos para anotação das</p><p>vacinas aplicadas. As agulhas de tamanhos diferenciados para cada público,</p><p>como 25x7mm (intramuscular no adulto), 20x5,5mm (intramuscular na criança) e</p><p>13x4,5mm (subcutânea em ambos os públicos).</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Vamos compreender os nutrientes na formação da criança:</p><p>Vitaminas</p><p>As vitaminas auxiliam no metabolismo corporal. A vitamina B12 tem participa-</p><p>ção direta na produção de energia para o corpo. A vitamina D auxilia o cálcio no</p><p>fortalecimento dos ossos e dentes, como no crescimento infantil. Já a vitamina</p><p>A, ainda, desempenha uma função de renovação celular e auxilia na imunidade</p><p>do corpo, encontrado, por exemplo, na cenoura.</p><p>Quando se fala do complexo B, como B1, B6, B7, B9 e B12, essas vitaminas</p><p>participam na produção de energia, estando presente em cereais e folhas verdes,</p><p>tal como: alface, couve etc. A vitamina E é uma das principais responsáveis pela</p><p>ação de renovação tegumentar e, ainda, conta com efeito antioxidante e ajuda</p><p>a combater os radicais livres. Está presente em vegetais folhosos e na banana. A</p><p>vitamina C está ligada ao processo de defesa do organismo. Uma aliada na pre-</p><p>venção de doenças oportunistas. Essa vitamina está presente em frutas cítricas,</p><p>como a laranja, o limão e a acerola. Também, encontra-se no morango e kiwi.</p><p>Mineral</p><p>Ferro</p><p>Um elemento fundamental no carreamento do oxigênio na hemoglobina das</p><p>hemácias. Sua ausência ou déficit ocasiona a anemia ferropriva. Encontra-se</p><p>na natureza nas carnes vermelhas; nos peixes; na carne de frango; no feijão e na</p><p>lentilha; no brócolis; nos ovos; e na beterraba.</p><p>Zinco</p><p>É um elemento fundamental para o cérebro, pois auxilia na memória, na cogni-</p><p>ção e no aprendizado. Está presente em leguminosas em geral, como no feijão,</p><p>nos cereais e nos ovos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>SANEAMENTO BÁSICO E PREVENÇÃO</p><p>DE DOENÇAS NA INFÂNCIA</p><p>As doenças endêmicas são parte de um amplo estudo da epidemiologia na saúde</p><p>pública. São feitas avaliações de fatores que podem ocasionar doenças na co-</p><p>munidade e que, muitas vezes, estão relacionados à falta de saneamento básico</p><p>ou sua precariedade. Pode-se citar algumas doenças que fazem parte da falta de</p><p>cuidados simples, como: dengue, esquistossomose, influenza e gastroenterites.</p><p>Sendo de relevância pública medidas profiláticas para o combate de seu surgi-</p><p>mento. Vamos estudar cada uma delas de forma abrangente:</p><p>Dengue</p><p>A dengue é uma doença viral, em que se pode apresentar assintomática ou pode</p><p>desencadear febre. O vírus da dengue pertence à família dos flavivírus e são co-</p><p>nhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. O seu vetor transmissor da doença é o mos-</p><p>quito Aedes aegypti. Sinais de alarme na dengue são manchas vermelhas na pele,</p><p>sangramentos nasal ou gengival; dor abdominal intensa; e vômitos persistentes.</p><p>Isso pode sugerir uma possível dengue hemorrágica. A medida profilática deve-se</p><p>concentrar em ingesta hídrica abundante e repouso. A medicação é apenas nos</p><p>casos sintomáticos de febre ou dor, como os analgésicos e antitérmicos (parace-</p><p>tamol e dipirona). Deve ser evitado os salicilatos, como o ácido acetilsalicílico</p><p>(AAS), devido ao risco de hemorragia.</p><p>Esquistossomose</p><p>A esquistossomose, também conhecida como doença do caramujo, ou “barriga</p><p>d’água”, é de causa parasitária, diretamente relacionada ao saneamento precário,</p><p>causada pelo Schistosoma mansoni. As crianças são suscetíveis de adquirir</p><p>essa doença pelo fato de brincarem em zonas que contenham água abundante,</p><p>como rios e lagos. O caramujo é o vetor transmissor dessa doença, que pode</p><p>acontecer em crianças com maior frequência. Os principais sintomas na fase</p><p>aguda da doença são:</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>■ Quadro febril.</p><p>■ Cefaleia.</p><p>■ Calafrios.</p><p>■ Sudorese.</p><p>■ Fraqueza.</p><p>■ Inapetência.</p><p>■ Mialgia.</p><p>■ Diarreia.</p><p>Os cuidados referentes à essa temática é a oferta de água potável tratada e, tam-</p><p>bém, uso da medicação praziquantel, ofertada gratuitamente pelo Sistema Único</p><p>de Saúde (SUS).</p><p>Gripe</p><p>Doença sazonal que afeta a população e tem maior grau de disseminação por via</p><p>inalatória. A criança pode apresentar sintomas mais expressivos, como dispneia,</p><p>dor de garganta, tosse, cefaleia e mialgia. A gripe é uma doença viral que regride</p><p>com cuidados simples, tais como: ingesta hídrica, descanso e medicações para</p><p>sintomas. A família da criança deve, além desses cuidados, realizar o uso de</p><p>máscara e limpeza asséptica</p><p>das mãos para evitar a propagação.</p><p>Gastroenterites</p><p>As doenças diarreicas foram fatores etiológicos de morbimortalidade infantil</p><p>até antes do século XX. Após a inserção da terapia intravenosa, houve melhora</p><p>significativa e redução desses indicadores. As doenças gastroentéricas podem</p><p>ser ocasionadas por microrganismos, como bactérias, vírus e protozoários, sen-</p><p>do necessário avaliar a clínica sintomatológica. Hoje, há vacinas para esse tipo</p><p>de vírus causador de gastroenterites, como o rotavírus humano. Essa vacina é</p><p>aplicada na infância aos dois e quatro meses ou antecipada um mês de 15 dias</p><p>e após, no mínimo, 30 dias para aplicar a segunda dose. Essa vacina poderá ser</p><p>aplicada no SUS em até sete meses e 29 dias.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>As doenças oportunistas preveníveis devem ser combatidas em primeiro lugar</p><p>pela modalidade preventiva, para, depois, seguir a parte curativa. E o grande</p><p>desafio é esse de iniciar dessa base. Hoje, sabemos que a ciência evoluiu, mas nem</p><p>todos os profissionais estão preparados para assistir a criança, sendo necessário</p><p>o estudo constante e direcionado.</p><p>A prevenção de agravos de saúde prevalentes na infância está intimamente</p><p>relacionada ao estudo epidemiológico para chegar ao modo profilático. Os profis-</p><p>sionais devem criar estratégias de alcance de metas contra doenças oportunistas,</p><p>sendo elas as vacinas e medidas de higiene como as mais evidenciadas na atuali-</p><p>dade. Os órgãos de saúde devem trabalhar em conjunto com as equipes de saúde</p><p>para combater as doenças na infância, para que ocorra diminuição da incidência</p><p>de casos, sendo as doenças respiratórias e gastroentéricas as mais recorrentes.</p><p>Olá! Agora, quero o convidar a assistir nosso vídeo e enriquecer seus estudos. Nes-</p><p>te vídeo, falaremos a respeito de temas relevantes para a área. Recursos de mídia</p><p>disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>Com as estratégias de campanhas de vacinação, limpeza nas comunidades,</p><p>implementação da política de alimentação saudável, será possível uma real</p><p>mudança epidemiológica e redução de doenças na infância e nos demais públicos.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>1. No Sistema Único de Saúde (SUS), temos disponíveis inúmeras vacinas capazes de estimu-</p><p>lar o sistema imunológico para proteção corporal. No rol de vacinas, temos uma indicada</p><p>para prevenir as formas graves de Tuberculose (Miliar e Meníngea). Ela deverá ser, prefe-</p><p>rencialmente, aplicada ao nascer, dose única, na maternidade (BRASIL, 2014).</p><p>Sobre os imunobiológicos do Sistema Único de Saúde (SUS), qual a vacina supracitada no</p><p>texto em questão?</p><p>a) Pentavalente.</p><p>b) Rotavírus.</p><p>c) Hepatite A.</p><p>d) BCG.</p><p>e) Varicela.</p><p>2. As vacinas proporcionam estímulos ao sistema imunológico contra doenças oportunistas.</p><p>Essa tecnologia tem auxiliado a salvar inúmeras vidas e reduzido a incidência de patologias</p><p>graves e o número de internamento em hospitais (BRASIL, 2014).</p><p>Sobre a vacina BCG, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I - A comprovação da vacinação com BCG é feita por meio do registro no cartão, ou ca-</p><p>derneta, de vacinação, da identificação da cicatriz vacinal ou da palpação de nódulo no</p><p>deltoide direito, na ausência de cicatriz.</p><p>II - Em crianças nascidas com peso inferior a 2 kg, adiar a vacinação até que atinjam esse peso.</p><p>III - Na rotina dos serviços de saúde, a vacina é disponibilizada para crianças até quatro anos,</p><p>11 meses e 29 dias, ainda não vacinadas.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>3. A vacina difteria, tétano e pertussis (DTP) protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche.</p><p>É indicada para a vacinação de crianças menores de sete anos de idade como dose de</p><p>reforço do esquema básico da vacina penta (BRASIL, 2014).</p><p>Sobre a vacina DTP, assinale a alternativa correta:</p><p>a) Administrar dois reforços, o primeiro aos 15 meses de idade e o segundo aos quatro</p><p>anos de idade.</p><p>b) O volume da vacina a ser administrado é de 1,5 mL.</p><p>c) Se o esquema básico não for iniciado ou completado até a idade de oito anos, 11 meses</p><p>e 29 dias, as doses necessárias serão administradas com a vacina adsorvida difteria e</p><p>tétano adulto (dT).</p><p>d) A vacina é administrada por via intradérmica profunda.</p><p>e) Deve ser administrada na região glútea em razão da maior quantidade de tecido adi-</p><p>poso, situação em que a vacina é inoculada no interior do músculo.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.</p><p>BRASIL. Manual de quadros de procedimentos: AIDPI criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Minis-</p><p>tério da Saúde, 2017.</p><p>BRASIL. Informe técnico operacional da vacina influenza. Brasília: Ministério da Saúde, 2023.</p><p>Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-na-</p><p>cional-de-vacinacao/arquivos/informe-tecnico-operacional-de-vacinacao-contra-a-influen-</p><p>za-2023. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Instrução normativa do calendário nacional de vacinação 2024. Brasília: Ministério da</p><p>saúde, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/instru-</p><p>cao-normativa-calendario-nacional-de-vacinacao-2024.pdf. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>MAIA, E. C.; PESSOA, F. S.; SOARES, W. L. Saúde da criança e a saúde da família: agravos e</p><p>doenças prevalentes na infância. São Luís: Universidade Federal do Maranhão, 2014. Disponível</p><p>em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/1655/1/Mod6.Un2.pdf. Acesso em: Acesso</p><p>em15 mar. 2024.</p><p>PARANHOS, V. D.; PINA, J. C.; MELLO, D. F. Atenção integrada às doenças prevalentes na infância</p><p>e o enfoque nos cuidadores: revisão integrativa da literatura. Rev . Latino-Am . Enfermagem, v.</p><p>19, n. 1, jan./fev. 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/is_digital/is_0211/pdfs/</p><p>IS31(2)048.pdf. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>TAMEZ, R. N. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. Rio de</p><p>Janeiro: Guanabara Koonga, 2017.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/arquivos/informe-tecnico-operacional-de-vacinacao-contra-a-influenza-2023</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/arquivos/informe-tecnico-operacional-de-vacinacao-contra-a-influenza-2023</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/arquivos/informe-tecnico-operacional-de-vacinacao-contra-a-influenza-2023</p><p>https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/1655/1/Mod6.Un2.pdf</p><p>1. Opção D. A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guérin) é apresentada sob a forma liofilizada</p><p>em ampola multidose, acompanhada da ampola do diluente específico para a vacina. A</p><p>composição da vacina é preparada com bacilos vivos, a partir de cepas do Mycobacterium</p><p>bovis, atenuadas com glutamato de sódio. A subcepa utilizada no Brasil é a Moreau-Rio de</p><p>Janeiro, mantida sob sistema de lote-semente no Status Serum Institut de Copenhagen, na</p><p>Dinamarca. A Indicação da vacina é para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e</p><p>meníngea) (BRASIL, 2014).</p><p>2. Opção E. Todas as afirmativas estão corretas, segundo Brasil (2014) e as normativas atuais</p><p>do Programa Nacional de Imunização (PNI).</p><p>3. Opção A. A alternativa B está incorreta, o volume da vacina a ser administrado é de 0,5 mL.</p><p>A alternativa C está incorreta, se o esquema básico não for iniciado ou completado até</p><p>a idade de seis anos, 11 meses e 29 dias, as doses necessárias serão administradas com</p><p>a vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT). A alternativa D está incorreta, a vacina é</p><p>administrada por via Intramuscular profunda. A alternativa E está incorreta, deve-se evitar</p><p>administrar na região glútea em razão da maior quantidade de tecido adiposo, situação</p><p>em que a vacina não é inoculada no interior do músculo.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>MINHAS METAS</p><p>PROMOÇÃO E PROTEÇÃO</p><p>DA SAÚDE INFANTIL</p><p>Conhecer os conceitos de</p><p>promoção e proteção em saúde.</p><p>Analisar as medidas de proteção e promoção na saúde da criança.</p><p>Identificar a importância da IHAC na promoção da saúde da criança em maternidades.</p><p>Abordar a importância do aleitamento materno na saúde do neonato e lactente.</p><p>Abordar a importância da estratégia método canguru na promoção da saúde de</p><p>prematuros de baixo peso.</p><p>Conhecer a importância da rede cegonha no cuidado neonatal em maternidades e na</p><p>atenção básica.</p><p>Conhecer o papel da enfermagem na promoção e proteção da saúde de neonatos</p><p>e lactentes.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>As palavras “promoção” e “proteção” se complemen-</p><p>tam nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde</p><p>(SUS). Promover a saúde é bem mais que prevenir</p><p>doenças, é buscar a melhoria da qualidade de vida da</p><p>população. Já a proteção em saúde refere-se à defesa</p><p>dos direitos dos usuários do SUS a uma assistência</p><p>em saúde de qualidade, livre de danos e centrada em sua recuperação.</p><p>A saúde da criança é um dos temas de maior discussão pelas equipes das</p><p>unidades de atenção primária (APS), pois apresenta maior possibilidade de</p><p>agravos em saúde, ocasionado, principalmente, por doenças de causa preve-</p><p>nível (MOURA et al., 2023).</p><p>Os profissionais da APS deverão se ater a realizar atividades educativas intra</p><p>e extramuros da unidade e conscientizar pais e responsáveis da criança quanto</p><p>às medidas profiláticas relacionadas, por exemplo, a alimentação saudável e o</p><p>saneamento sanitário ideal.</p><p>Na atenção hospitalar, deve-se realizar ambas as ações promoção e pro-</p><p>teção e incluir a família nesse processo, pois é ela que dará continuidade do</p><p>cuidado em casa. Pode-se citar crianças em terapia intensiva neonatal. Como</p><p>prevenir que esses recém-nascidos mantenham o peso ideal? A resposta está</p><p>em oferecer orientações sobre os benefícios do aleitamento materno e da pega</p><p>correta da mama da genitora.</p><p>Estudante, convido você a ouvir o podcast que tem como tema: como o en-</p><p>fermeiro realiza promoção em saúde em seu ambiente de trabalho relaciona-</p><p>da à criança? Esse podcast lhe proporcionará uma visão ampla do processo de</p><p>trabalho da enfermagem. Assista-o e aperfeiçoe seus conhecimentos da área</p><p>neonatal e pediátrica! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do</p><p>ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>As palavras</p><p>“promoção” e</p><p>“proteção” se</p><p>complementam nos</p><p>serviços de saúde</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO À SAÚDE DA</p><p>CRIANÇA NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE</p><p>A promoção e proteção em saúde estão presentes na Constituição Federal (CF)</p><p>e faz parte do alicerce do SUS, segundo o Art. 196, da CF/1988, o qual refere</p><p>que saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas</p><p>sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agra-</p><p>vos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,</p><p>proteção e recuperação.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>O aleitamento materno é uma das medidas de suma relevância para a promoção e</p><p>proteção infantil. Confira um artigo científico com o tema: benefícios do aleitamento</p><p>materno para a mulher e o recém-nascido. Ele reforçará seu conhecimento do</p><p>assunto tratado! Leia e amplie seu conhecimento.</p><p>https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11208/11055.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11208/11055</p><p>Promover e proteger a saúde da criança são algo amplo e necessita do olhar de</p><p>vários atores, como: entes federados (Ministério da Saúde, estados e municípios),</p><p>profissionais de saúde e famílias. Existem estratégias implementadas pelo SUS</p><p>que reforçam a promoção, proteção e recuperação da criança. Estas têm por</p><p>objetivo assegurar os direitos das crianças em qualquer circunstância.</p><p>As políticas públicas são fundamentais nesse processo, pode-se citar a Rede</p><p>Cegonha, que assegura o cuidado à gestante, parturiente, recém-nascido e lactente,</p><p>seja nas maternidades, seja nas unidades de atenção primária em saúde; a estratégia</p><p>canguru, que realiza o cuidado ao prematuro, aumentando a taxa de sobrevida em</p><p>unidades de internação neonatal; e a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC),</p><p>que realiza a promoção do aleitamento materno nas unidades de maternidade</p><p>como forma de proteção contra infecção oportunista e desnutrição infantil.</p><p>As políticas públicas de saúde da criança alicerçam estratégias de promoção</p><p>e proteção da saúde antes do nascimento e segue adiante após o período pós-natal.</p><p>O Ministério da Saúde apresenta estratégias que asseguram o cuidar da criança,</p><p>seja na atenção primária, seja na secundária à saúde, como as já citadas: IHAC,</p><p>Rede Cegonha e Método Canguru. Ambas previnem a desnutrição infantil,</p><p>alicerçam o vínculo materno infantil e promovem a recuperação em saúde da</p><p>criança em diversos segmentos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Política Rede Cegonha no cuidar da criança</p><p>Figura 1 - Assistência à parturiente e ao recém-nascido na rede cegonha</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta parturiente recebendo assistência de uma profissional de saúde com</p><p>massagens relaxantes na região lombar para alívio de dor no processo de parto. Fim da descrição.</p><p>A Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011, institui, no âmbito do Sistema</p><p>Único de Saúde (SUS), a Rede Cegonha. Essa ação consiste numa rede de cui-</p><p>dados que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à</p><p>atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério bem como à criança o</p><p>direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento ideais. Em</p><p>seu Art. 3°, encontram-se descritos os objetivos da Rede Cegonha, conforme</p><p>demonstrado na tabela a seguir:</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>A neonatologia e a pediatria são uma das áreas abrangidas na rede cegonha, que</p><p>visam um cuidado integral à criança livre de danos. O profissional de enfermagem</p><p>é um dos protagonistas nesse processo, pois acompanha todo o processo de desen-</p><p>volvimento e crescimento da criança.</p><p>A enfermagem deve orientar os pais quanto aos cuidados neonatais que vi-</p><p>sam à promoção e proteção da criança em relação a problemas relacionados</p><p>à falta da homeostase metabólica e térmica, como: uso de</p><p>gorros e cobertor, para que ocorra o equilíbrio térmico</p><p>corporal do neonato; banhos em tempo oportuno;</p><p>higiene perineal adequado, evitando derma-</p><p>tite de fraldas, ocasionada pela inconti-</p><p>nência fecal e urinária fisiológica do</p><p>recém-nascido; vigilância do bebê</p><p>na residência, evitando asfixia</p><p>por diversas causas; e orien-</p><p>tação quanto à importância</p><p>do aleitamento materno e</p><p>pega correta da mama.</p><p>DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS DA REDE CEGONHA</p><p>I -</p><p>Fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e</p><p>à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao cresci-</p><p>mento e ao desenvolvimento da criança de zero aos vinte e quatro meses.</p><p>II -</p><p>Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que esta garanta</p><p>acesso, acolhimento e resolutividade.</p><p>III - Reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal.</p><p>Tabela 1 - Objetivos da Rede Cegonha / Fonte: Brasil (2011, on-line).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Além de preconizar o cuidado em sala de parto, a rede cegonha, também, preco-</p><p>niza o cuidado em unidades de atenção primária por meio da consulta de pueri-</p><p>cultura. Os enfermeiros devem acompanhar o crescimento e desenvolvimento da</p><p>criança e ensinar aos pais como devem observar qualquer alteração na criança.</p><p>Na puericultura, deve-se avaliar o estado vacinal das crianças, pois elas evi-</p><p>tam doenças evitáveis na atualidade, como meningites, pneumonias, doenças</p><p>causadoras de gastroenterites, entre outras. As vacinas apresentam a capacidade</p><p>de proteger as crianças e reduzem o número de internações em unidades pediá-</p><p>tricas. Deve-se sensibilizar genitores e família quanto ao cuidado à criança, pois</p><p>isso evita diversas circunstâncias geradoras de problemáticas na criança.</p><p>saúde, a citar médicos e enfermeiros,</p><p>houve uma repercussão e mudança na atenção à criança. As unidades de saúde</p><p>propuseram assistir o público pediátrico em seus serviços de saúde reduzindo o</p><p>índice de mortalidade infantil que outrora era negligenciada.</p><p>E é nesse viés que as políticas públicas de saúde da criança emergiram com</p><p>o propósito de fortalecer a causa e alicerçar o compromisso nas esferas governa-</p><p>mentais sobre o cuidar na infância.</p><p>Na atualidade, a PNAISC tem sido utilizada como norteadora do cuidar e tem</p><p>se observado mudanças significativas, como a implementação de outras políti-</p><p>cas alinhadas à saúde da criança, tal como a Rede de Atenção à Saúde Materna,</p><p>Neonatal e Infantil (Rede Cegonha), que fortalece o vínculo da díade mãe e bebê</p><p>nos serviços de saúde, e o Programa Intersetorial Brasil Carinhoso, que mantém</p><p>o desenvolvimento da educação e segurança alimentar e nutricional infantil.</p><p>1</p><p>1</p><p>As vulnerabilidades fazem parte da realidade brasileira, como a desnutrição</p><p>infantil, e isso tem sido alvo das políticas públicas do Brasil. A desnutrição está</p><p>relacionada a fatores intrínsecos e extrínsecos, como fator metabólico ou défi-</p><p>cit de alimento no lar da criança, respectivamente. Esse último é o mais incidente,</p><p>ocasionando inúmeras problemáticas de saúde na infância, tais como raquitismo</p><p>e beribéri, que são doenças de déficit vitamínico corporal.</p><p>Sem esses nutrientes, a criança apresenta perda da mineralização óssea, evi-</p><p>denciada no raquitismo, sendo ocasionada pela deficiência de vitamina D. Em</p><p>contrapartida, no beribéri, ocorre a deficiência de vitamina B1, que é responsável</p><p>pela função energética do corpo. Em sua insuficiência, a criança apresenta fra-</p><p>queza e dificuldades respiratórias.</p><p>Outro exemplo de vulnerabilidade evidenciada é a falta de moradia. A Uni-</p><p>cef tem se mostrado em alerta quanto a esses fatores sociais, pois repercute na</p><p>saúde da criança. A falta de moradia e saneamento ocasiona a disseminação de</p><p>doenças oportunistas, tais como esquistossomose, malária, hepatite e cólera.</p><p>Essas doenças são ocasionadas pela exposição da criança a ambientes inóspitos,</p><p>sem saneamento básico ou sem água tratada.</p><p>A esquistossomose, ou popularmente conhecida como “barriga d’água”, por</p><p>exemplo, é uma doença parasitária, diretamente relacionada ao saneamento</p><p>precário, causada pelo agente etiológico Schistosoma mansoni. Seu vetor são</p><p>caramujos que liberam as larvas na água de rios e lagos sendo propício a crian-</p><p>ças no banho inadvertido ou a ingestão dela, adquirindo, assim, essa condição</p><p>clínica. Essa doença pode ocasionar na criança sinais de febre, cefaleia, sudorese,</p><p>inapetência e mialgia, necessitando, assim, de assistência das equipes de saúde.</p><p>A cólera é causada pela ação da toxina liberada por dois sorogrupos específicos da</p><p>bactéria Vibrio cholerae, que age nas paredes intestinais provocando diarreia aquosa,</p><p>desidratação e perda de eletrólitos. Na infância, é considerada grave, pois provoca</p><p>choque hipovolêmico (diminuição da quantidade de sangue circulante no corpo),</p><p>fraqueza corporal e hipoglicemia (perda de glicose), com convulsões e coma em</p><p>crianças. A doença está ligada diretamente ao saneamento básico e à higiene.</p><p>A criança que se encontra exposta a essas doenças oportunistas propicia, muitas</p><p>vezes, a hospitalização, sendo que ações governamentais em saneamento básico e</p><p>ação intersetorial entre os entes federados mudariam a condição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Sobre a questão de violência doméstica à criança, em estudos relacionados ao pe-</p><p>ríodo Colonial brasileiro, o histórico evidenciado era de crianças amedrontadas</p><p>e castigadas fisicamente, sendo submetidas à ordem dos genitores sem direitos</p><p>assegurados à época. A criança não tinha voz e era tratada como um ser sem</p><p>muita significância para a sociedade da época.</p><p>No Brasil, ainda nos dias atuais do século XXI, ocorre agressão a crianças. A</p><p>agressão é subdividida de acordo com a circunstância física, psicológica, sexual</p><p>e negligência.</p><p>A maioria dos casos de violência acontecem no contexto familiar, mas pode</p><p>acontecer fora a ele, como em escolas ou na sociedade em geral. A criança po-</p><p>derá apresentar os sinais de que sofre a violência, como medo excessivo, choro</p><p>constante, repulsa ao toque corporal e automutilação, como é evidenciado em</p><p>casos de violência sexual.</p><p>Para melhor compreensão sobre o tema, segue um quadro explicativo sobre</p><p>os tipos de violência contra a criança e sua característica definidora.</p><p>TIPO DE</p><p>VIOLÊNCIA À</p><p>CRIANÇA</p><p>CARACTERÍSTICA QUE A DEFINE</p><p>FÍSICA</p><p>Caracterizada por ato violento com uso da força física intencional,</p><p>a exemplo: agredir a criança com o uso de instrumentos, como</p><p>sandálias, cintos e cigarro na pele da criança.</p><p>PSICOLÓGICA</p><p>Toda ação que coloca em risco ou causa dano à autoestima, a</p><p>exemplo de palavras para denegrir, como burro e imprestável.</p><p>SEXUAL</p><p>Todo ato sexual com intenção de estimular a criança e, com isso,</p><p>obter satisfação sexual, a exemplo: tocar em genitália sem con-</p><p>sentimento e/ou uso da força física do agressor.</p><p>NEGLIGÊNCIA</p><p>Omissão dos adultos responsáveis pela criança, não provendo</p><p>as necessidades básicas: físico, emocional e social, tal como: não</p><p>banhar a criança, não ofertar alimentação e não inserir a criança na</p><p>escola sem justificativa plausível.</p><p>Quadro 2 - Tipos de violência contra criança e adolescente / Fonte: a autora.</p><p>1</p><p>8</p><p>Esses tipos de violência culminam em traumas psicológicos à criança, e esta</p><p>poderá se tornar um adulto adoecido que necessitará de assistência em saúde</p><p>como recurso de cuidado em saúde.</p><p>No Brasil, já existem leis que protegem a criança contra violência. Elas são</p><p>fundamental importância para punir os responsáveis por tais atos criminosos</p><p>que infringem direitos primordiais da criança, que são a vida e a proteção.</p><p>A Lei nº 14.344, de 24 de maio de 2022, batizada de Lei Henry Borel, es-</p><p>tabelece medidas protetivas específicas para crianças e adolescentes vítimas de</p><p>violência doméstica e familiar e considera crime hediondo o assassinato de me-</p><p>nores de 14 anos. Também, pode-se citar a Lei nº 13.010, de 26 de junho de 2014,</p><p>conhecida como Lei Menino Bernardo, que estabelece o direito de crianças e</p><p>adolescentes serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tra-</p><p>tamento cruel ou degradante, o que reforça a proteção da criança aos agressores</p><p>sob olhar jurídico.</p><p>Ao identificar a violência, o profissional de saúde deverá notificar as auto-</p><p>ridades competentes sobre o ocorrido. A criança deverá ser acompanhada pela</p><p>equipe de assistência social e psicologia, sendo protegida pelas autoridades ju-</p><p>diciais contra seus agressores.</p><p>As equipes das demais redes de atenção em saúde, também, deverão</p><p>prestar assistência à criança vítima de violência, promovendo o cuidado e</p><p>protegendo-a. Deverá ainda realizar a notificação compulsória, disponível</p><p>pelo Ministério da Saúde, sobre esse agravo e informada no sistema de infor-</p><p>mação de agravos de notificação (SINAN) para monitoramento das esferas</p><p>municipal, estadual e, principalmente, federal.</p><p>Acesse o link referente à ficha de notificação, investigação individual, violência</p><p>doméstica sexual e outras violências interpessoais. https://bvsms.saude.gov.br/</p><p>bvs/folder/ficha_notificacao_violencia_domestica.pdf.</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14344.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13010.htm</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/ficha_notificacao_violencia_domestica.pdf</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/ficha_notificacao_violencia_domestica.pdf</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Após todas essas discussões, fica explícito que se faz necessário fortalecer as po-</p><p>líticas públicas para que elas funcionem. Isso acarreta em mudanças positivas no</p><p>cuidar da criança e de suas famílias.</p><p>As políticas de atenção à saúde da criança reforçam o conceito de cuidar por</p><p>parte das esferas federal, estadual e municipal, tendo em vista a amplitude</p><p>Figura 2 - Assistência ao recém-nascido pela enfermagem</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um recém-nascido chorando após o nascimento, na sala de parto. Ele</p><p>está recebendo os cuidados da equipe de enfermagem no pós-nascimento. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Norma de Atenção Humanizada do Recém-Nascido</p><p>de Baixo Peso — Método Canguru</p><p>O método canguru é um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro com</p><p>baixo peso, internado na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal. Esse méto-</p><p>do é voltado para o cuidado humanizado, que reúne estratégias de intervenção</p><p>biopsicossocial a recém-nascidos e genitores (BRASIL, 2017).</p><p>O método canguru tem como foco a promoção do aleitamento materno</p><p>como prioridade, o estímulo ao contato pele a pele precoce da criança e seus</p><p>genitores. O método é denominado dessa maneira devido à posição adotada no</p><p>manejo de cuidar, que consiste em manter o recém-nascido de baixo peso em</p><p>contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito dos pais, posição canguru.</p><p>Figura 3 - Recém-nascido</p><p>e o método canguru</p><p>Descrição da Imagem: a figura</p><p>apresenta um recém-nascido em</p><p>posição vertical em contato pele</p><p>a pele ao corpo de sua genitora.</p><p>Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>O método canguru apresenta três etapas que deverão ser observadas em sua</p><p>implementação nas unidades neonatais.</p><p>■ Etapa 1: refere-se ao acolhimento dos pais e cuidado ao neonato.</p><p>■ Etapa 2: refere-se ao suporte dos profissionais à genitora quanto ao ma-</p><p>nejo ao recém-nascido e à estabilidade de peso ideal do neonato.</p><p>■ Etapa 3: o bebê vai para casa e é acompanhado com sua família, pelo Am-</p><p>bulatório do Método Canguru, situado em seu hospital de origem. Todos,</p><p>também, passam a ser acompanhados na Unidade Básica de Saúde, no</p><p>cuidado compartilhado até atingir o peso de 2,5kg.</p><p>Figura 4: Cuidado ao recém-nascido pelo método canguru</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um genitor segurando nos braços, em decúbito ventral, seu filho</p><p>recém-nascido, que se apresenta dormindo. Fim da descrição.</p><p>A família do neonato deverá ser orientada quanto aos cuidados no pós-alta do</p><p>método canguru, que se deve procurar manter o peso ideal do recém-nascido,</p><p>monitorar qualquer sinal de anormalidade e manter o vínculo com a unidade de</p><p>saúde para monitorização contínua do estado do bebê.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança)</p><p>Em 1995, surgiu a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), que vai ao</p><p>encontro do fortalecimento do parto humanizado, do aleitamento materno e,</p><p>consequentemente, da redução de doenças por causas evitáveis.</p><p>O aleitamento é uma das estratégias ouro na assistência em saúde a re-</p><p>cém-nascidos e lactentes por parte do Ministério da Saúde do Brasil. O leite</p><p>materno apresenta, em sua composição, inúmeros benefícios para a criança,</p><p>como nutrição sem custos, e estimula a imunidade infantil.</p><p>Sobre os objetivos da IHAC, esta reforça a seguinte conceituação: reduzir</p><p>a morbimortalidade infantil, capacitar profissionais de saúde para o ensino da</p><p>amamentação correta e orientar aos genitores quanto a problemáticas que podem</p><p>ser evidenciadas com o desmame precoce. Para se tornar Amigo da Criança, o</p><p>hospital deverá cumprir os dez passos do aleitamento de sucesso descritos na</p><p>Portaria nº 1.153, de 22 de maio de 2014, conforme descritos na tabela a seguir:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>PASSOS DEFINIÇÃO</p><p>Passo 1</p><p>Ter uma política de aleitamento materno escrita que seja rotineiramen-</p><p>te transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.</p><p>Passo 2</p><p>Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias</p><p>para implementar esta política.</p><p>Passo 3</p><p>Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleita-</p><p>mento materno.</p><p>Passo 4</p><p>Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após</p><p>o nascimento; conforme nova interpretação: colocar os bebês em contato</p><p>pele a pele com suas mães, imediatamente após o parto, por pelo menos</p><p>uma hora e orientar a mãe a identificar se o bebê mostra sinais de que</p><p>está querendo ser amamentado, oferecendo ajuda se necessário.</p><p>Passo 5</p><p>Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação mesmo</p><p>se vierem a ser separadas dos filhos.</p><p>Passo 6</p><p>Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o lei-</p><p>te materno, a não ser que haja indicação médica e/ou de nutricionista.</p><p>Passo 7</p><p>Praticar o alojamento conjunto, permitir que mães e recém-nascidos</p><p>permaneçam juntos 24 (vinte e quatro) horas por dia.</p><p>Passo 8 Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda.</p><p>Passo 9 Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a recém-nascidos e lactentes.</p><p>Passo 10</p><p>Promover a formação de grupos de apoio à amamentação e encami-</p><p>nhar as mães a esses grupos quando da alta da maternidade, con-</p><p>forme nova interpretação, e encaminhar as mães a grupos ou outros</p><p>serviços de apoio à amamentação, após a alta.</p><p>Tabela 2 - Dez passos para o sucesso do aleitamento materno / Fonte: Brasil (2014, on-line).</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>A Portaria nº 1.153, de 22 de maio de 2014, que redefine os critérios de habilitação</p><p>da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), como estratégia de promoção,</p><p>proteção e apoio ao aleitamento materno e à saúde integral da criança e da mu-</p><p>lher, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em seu Art. 4º, afirma que:</p><p>“ Os Hospitais Amigos da Criança adotarão ações educativas articu-</p><p>ladas com a Atenção Básica, de modo a informar à mulher sobre a</p><p>assistência que lhe é devida, do pré-natal ao puerpério, visando ao</p><p>estímulo das ‘Boas Práticas de Atenção ao Parto e ao Nascimento’, na</p><p>forma da Recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)</p><p>no Atendimento ao Parto Normal (BRASIL, 2014, on-line).</p><p>A estratégia IHAC reforça ainda a garantia de livre acesso à mãe e ao pai e per-</p><p>manência dos genitores, junto ao recém-nascido, durante todo o momento da</p><p>unidade hospitalar, respeitada pela equipe de saúde, conforme Portaria nº 930,</p><p>de 10 de maio de 2012.</p><p>O aleitamento materno na promoção e proteção</p><p>da saúde do recém-nascido e lactente</p><p>O Ministério da Saúde do Brasil preconiza o aleitamento materno exclusivo nos</p><p>primeiros seis meses, excluindo a oferta de chás e outros alimentos a serem ad-</p><p>ministrados à criança. O bebê deve receber, exclusivamente, o leite materno, pois</p><p>seu intestino encontra-se imaturo contra infecções oportunistas do meio externo,</p><p>do tipo alimentar; portanto, essa medida está relacionada a fatores de proteção</p><p>gastrointestinal e demais sistemas orgânicos.</p><p>O leite materno pode ser ofertado até os dois anos de idade ou mais, a depen-</p><p>der do lactente e, também, da genitora. A fórmula láctea é uma situação à parte,</p><p>devendo ser avaliada, por médicos, sua indicação clínica e orientada quanto às</p><p>formas de realizá-la na residência do recém-nascido e lactente.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>A amamentação deve ser prazerosa e sua forma correta deve ser ensinada desde</p><p>o pré-natal até o pós-parto. Nas maternidades, isso, também, é possível, graças</p><p>ao ensino dos profissionais de saúde, como a enfermagem.</p><p>A pega correta deve ser da seguinte forma: o bebê deve estar virado para a</p><p>mãe, bem junto de seu corpo, bem apoiado e com os braços livres. A cabeça do</p><p>bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo. O bebê</p><p>deve ser colocado para sugar quando ele abrir bem a boca. Quando o bebê pega</p><p>bem o peito, o queixo encosta na mama, os lábios ficam virados para fora, o nariz</p><p>fica livre e aparece mais aréola (parte escura em volta do mamilo) na parte de</p><p>cima da boca do que na de baixo. Deve-se respeitar o tempo do bebê em seu ritmo</p><p>de mamar. Fazendo essas medidas, evitam-se fissuras mamárias e o abandono</p><p>do aleitamento materno, que é algo recorrente em mães que não têm apoio dos</p><p>profissionais de saúde e da família de forma ativa.</p><p>Figura 5 - Aleitamento materno</p><p>Descrição da Imagem: a fi-</p><p>gura mostra um lactente com</p><p>sua genitora em aleitamento</p><p>materno em mama direita. Fim</p><p>da descrição.</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>A tecnologia da informação ocasionou grande impacto na sociedade, pois as</p><p>informações prestadas na internet podem, ou não, ser úteis a depender de quem</p><p>a usa, como a prática do aleitamento materno. Ainda hoje, observa-se uma alta</p><p>taxa de abandono do aleitamento exclusivo, e isso demonstra outras problemá-</p><p>ticas que a desencadeiam, como crianças com baixo peso pós-nascimento. Uma</p><p>das causas do abandono está relacionada à falta de orientação no pré-natal da</p><p>genitora e, consequentemente, isso se refletirá no bem-estar nutricional e sistê-</p><p>mico do recém-nascido.</p><p>A NBCAL refere-se à Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lacten-</p><p>tes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL), estando na Lei nº 11.265, de 3 de janeiro</p><p>de 2006 (veja na íntegra). Ela é um conjunto de regulamentações sobre a promo-</p><p>ção comercial e a rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém-nascidos e</p><p>crianças de até três anos de idade, como, leites, papinhas, chupetas e mamadeiras.</p><p>O objetivo da NBCAL é assegurar o uso apropriado desses produtos de forma que</p><p>não haja interferência na prática do aleitamento materno.</p><p>https://www.ibfan.org.br/site/nbcal.</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11265.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11265.htm</p><p>https://www.ibfan.org.br/site/nbcal</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Estudante, é necessário ter um olhar amplo sobre o papel do enfermeiro</p><p>na promoção do aleitamento materno. Não se pode deixar de realizar essas</p><p>orientações de forma precoce, como no pré-natal. Sem essas orientações, tere-</p><p>mos inúmeros casos de desnutrição infantil, tal como criança com baixo peso ao</p><p>nascer, e isso demanda custos e inúmeros problemas que poderiam ser evitados.</p><p>Em suas atividades profissionais, realize práticas de promoção em saúde no</p><p>aleitamento materno. Incentive suas pacientes a ofertarem o aleitamento mater-</p><p>no exclusivo até os seis meses. Faça rodas de conversa e implemente estratégias</p><p>que possam reduzir altos índices de baixa adesão. Você é o protagonista da sua</p><p>profissão e poderá proteger a saúde da criança seja onde estiver em sua prática</p><p>profissional! Seja a diferença na Enfermagem!</p><p>Além da relevância da amamentação materna</p><p>citada anteriormente, vale destacar, a fim de conclu-</p><p>são, que programas, como Rede Cegonha, Método</p><p>Canguru e Iniciativa Hospital Amigo da Criança,</p><p>desempenham papel crucial na promoção da saú-</p><p>de materno-infantil . A Rede Cegonha visa garantir assistência humanizada e</p><p>integral à gestante e ao recém-nascido, desde o pré-natal até o pós-parto, com</p><p>foco na redução da mortalidade materna e neonatal. O Método Canguru oferece</p><p>cuidado intensivo e humanizado aos bebês prematuros, promovendo o contato</p><p>pele a pele com os pais para favorecer seu desenvolvimento e recuperação. Já a</p><p>Iniciativa Hospital Amigo da Criança promove práticas de amamentação, cuida-</p><p>do e acolhimento adequados no ambiente hospitalar, visando melhorar a saúde</p><p>e o bem-estar da criança e de sua família. Esses programas contribuem significa-</p><p>tivamente para a redução de complicações relacionadas à gravidez, ao parto e ao</p><p>pós-parto, além de promoverem um início saudável e feliz para a vida do bebê.</p><p>Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este</p><p>tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual</p><p>de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>Desempenham</p><p>papel crucial na</p><p>promoção da saúde</p><p>materno-infantil</p><p>1</p><p>8</p><p>4</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>É crucial que o enfermeiro tenha conhecimento sobre promoção e proteção da</p><p>saúde infantil para garantir o bem-estar das crianças e prevenir doenças desde</p><p>os primeiros anos de vida. Esse conhecimento permite a identificação precoce</p><p>de problemas de saúde, a promoção de hábitos saudáveis e o fornecimento de</p><p>orientações aos pais para cuidados adequados.</p><p>A atuação da enfermagem em programas, como Rede Cegonha, Método</p><p>Canguru e Iniciativa Hospital Amigo da Criança, é fundamental para garantir</p><p>uma assistência de qualidade à mãe e ao bebê. Na Rede Cegonha, os enfermeiros</p><p>desempenham papeis essenciais na promoção do pré-natal de qualidade, no</p><p>acompanhamento do parto e no cuidado pós-parto, visando reduzir a morta-</p><p>lidade materna e neonatal. No Método Canguru, os enfermeiros são responsá-</p><p>veis por implementar e monitorar o cuidado humanizado e baseado no contato</p><p>pele a pele entre o recém-nascido prematuro e seus pais, contribuindo para sua</p><p>recuperação e seu desenvolvimento. Já na Iniciativa Hospital Amigo da Criança,</p><p>os enfermeiros trabalham para promover a amamentação exclusiva, proporcio-</p><p>nar um ambiente acolhedor e garantir práticas de cuidado adequadas às necessi-</p><p>dades do bebê e da mãe, promovendo, assim, a saúde e o bem-estar infantil.</p><p>Em todas essas iniciativas, a enfermagem desempenha papel</p><p>fundamental na promoção da saúde materno-infantil e</p><p>na melhoria dos indicadores de saúde relacionados</p><p>à gestação, ao parto e ao puerpério.</p><p>No mercado de trabalho, o profissional</p><p>com esse conhecimento é valorizado por sua</p><p>capacidade de oferecer cuidados especia-</p><p>lizados e preventivos às crianças, contri-</p><p>buindo para a saúde e o desenvolvimento</p><p>saudável da população infantil, sendo es-</p><p>senciais em diferentes áreas da saúde in-</p><p>fantil, como hospitais, clínicas, unidades de</p><p>saúde da família e escolas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>5</p><p>1. A Rede Cegonha é uma das estratégias de cuidado materno infantil do Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS). A criança é um dos focos, pois um de seus objetivos é reduzir a taxa de mor-</p><p>talidade infantil precocemente e proteger contra agravos em saúde (BRASIL, 2011).</p><p>Sobre os objetivos da rede cegonha, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I - Fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde</p><p>da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desen-</p><p>volvimento da criança de zero aos 24 meses.</p><p>II - Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que essa garanta acesso,</p><p>acolhimento e resolutividade.</p><p>III - Reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>2. Os dez passos para o sucesso do aleitamento materno, propostos pela Organização Mundial</p><p>da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), tem como foco</p><p>promover e proteger a saúde da criança no aspecto nutricional e incentivar o aleitamento ma-</p><p>terno às genitoras de forma que as sensibilize sobre a importância da prática (BRASIL, 2014).</p><p>Qual das alternativas a seguir encontra-se o passo do “sucesso do aleitamento materno”,</p><p>presente na Portaria da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), nº 1.153, de 22 de maio</p><p>de 2014, que se refere à seguinte afirmação:</p><p>“Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento,</p><p>conforme nova interpretação, e colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães,</p><p>imediatamente após o parto, por pelo menos uma hora e orientar a mãe a identificar se o</p><p>bebê mostra sinais que está querendo ser amamentado, oferecendo ajuda se necessário”.</p><p>a) Passo 1.</p><p>b) Passo 3.</p><p>c) Passo 4.</p><p>d) Passo 5.</p><p>e) Passo 6.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>3. A segunda etapa do método canguru é realizada na Unidade de Cuidados Intermediários</p><p>Canguru (UCINCa), garantindo todos os processos de cuidado já iniciados na primeira etapa,</p><p>com especial atenção ao aleitamento materno (BRASIL, 201).</p><p>Segundo Brasil (2017), quais os critérios de elegibilidade da segunda etapa do método canguru?</p><p>I - O recém-nascido deverá ter nutrição enteral plena e peso mínimo de 250 gramas.</p><p>II - O recém-nascido deverá ter estabilidade clínica.</p><p>III - A mãe necessita ter apoio familiar para sua permanência no hospital em período integral.</p><p>IV - Reconhecimento materno dos sinais de comunicação do filho relativos ao conforto, ao</p><p>estresse, à respiração etc.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e IV, apenas.</p><p>b) II e III, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) II, III e IV, apenas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,</p><p>DF: Presidência da República, [2022].</p><p>BRASIL. Portaria nº 1 .459, de 24 de junho de 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/</p><p>bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Portaria nº 1 .153, de 22 de maio de 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/</p><p>bvs/saudelegis/gm/2014/prt1153_22_05_2014.html. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Atenção humanizada ao recém-nascido: Método Canguru. Manual técnico Brasília:</p><p>Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/aten-</p><p>cao_humanizada_metodo_canguru_manual_3ed.pdf. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Método canguru: diretrizes do cuidado. 31 ago. 2018. Disponível em: https://portalde-</p><p>boaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido/metodo-canguru-diretrizes-do-cuidado/.</p><p>Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>MOURA et al. Estratégias de promoção da saúde na primeira infância: tecendo redes locais.</p><p>SAÚDE DEBATE, Rio de janeiro, v. 46, n. especial 5, p. 45-56, dez. 2022. Disponível em: https://</p><p>www.scielosp.org/pdf/sdeb/2022.v46nspe5/45-56/pt. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>1</p><p>8</p><p>8</p><p>1. Opção E. Todas as alternativas estão corretas.</p><p>2. Opção C. Passo 1: ter uma Política de Aleitamento Materno, que seja rotineiramente trans-</p><p>mitida a toda equipe de cuidados de saúde; Passo 3: informar todas as gestantes sobre os</p><p>benefícios e o manejo do aleitamento materno; Passo 4: ajudar as mães a iniciar o aleitamento</p><p>materno na primeira meia hora após o nascimento, conforme nova interpretação, e colocar</p><p>os bebês em contato pele a pele com suas mães, imediatamente após o parto, por pelo</p><p>menos uma hora e orientar a mãe a identificar se o bebê mostra sinais que está querendo ser</p><p>amamentado, oferecendo ajuda se necessário; Passo 5: mostrar às mães como amamentar</p><p>e como manter a lactação mesmo se vierem a ser separadas dos filhos; Passo 6: não ofere-</p><p>cer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja</p><p>indicação médica e/ou de nutricionista.</p><p>3. Opção E. A única afirmativa incorreta é a I, pois o recém-nascido deverá ter estabilidade</p><p>clínica, nutrição enteral plena e peso mínimo de 1.250 gramas para ser elegível a etapa 2</p><p>(BRASIL, 2017).</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>8</p><p>9</p><p>MINHAS METAS</p><p>ATENÇÃO À CRIANÇA COM</p><p>NECESSIDADES ESPECIAIS</p><p>Conhecer o conceito de crianças com necessidades especiais (CRIANES);</p><p>Analisar os aspectos norteadores das CRIANES.</p><p>Conhecer a tipologia evidenciada nas CRIANES.</p><p>Compreender os principais distúrbios do neurodesenvolvimento.</p><p>Ampliar o conhecimento sobre o transtorno do espectro autista (TEA).</p><p>Ampliar o conhecimento sobre o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).</p><p>Identificar a importância da equipe multiprofissional e de enfermagem no cuidado a CRIANES.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A denominação CRIANES refere-se a Crianças com Necessidades Especiais de</p><p>Saúde, a qual, em sua primeira utilização, foi com a evidência das singularidades</p><p>de comportamento e situações específicas na criança em alguns estudos.</p><p>Surge, então, a seguinte pergunta: as crianças com necessidades especiais são</p><p>somente as que apresentam alteração neurocognitiva? A resposta é não! Isso</p><p>porque existem outras formas de conceituação, como crianças com déficit motor.</p><p>O processo de cuidar dessas crianças é abrangente, requer um olhar da equipe</p><p>multiprofissional para acompanhar todo o processo assistencial. Dentre os inte-</p><p>grantes da equipe de saúde que assiste as crianças com necessidades especiais de</p><p>saúde, estão: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas</p><p>ocupacionais, entre outros.</p><p>No decorrer de nossas discussões, você terá oportunidade de obter uma base</p><p>teórica sobre o atendimento da enfermagem às Crianças com Necessidades Es-</p><p>peciais de Saúde, que o conduzirá a importantes reflexões sobre o atendimento</p><p>e cuidado que devem ser dispensados a esse público.</p><p>Esse contexto nos induz às indagações: qual o papel da enfermagem no cuidado às</p><p>CRIANES? Quais aspectos nesse atendimento precisam de maior atenção? O que a</p><p>enfermagem necessita conhecer sobre as condições específicas das CRIANES para</p><p>ofertar um atendimento eficaz e humanizado?</p><p>Estudante, convido-o a ouvir o podcast que tem como tema: a enfermagem e</p><p>as crianças com necessidades especiais, quais as medidas de promoção, pre-</p><p>venção e recuperação a esse público? Vamos juntos refletir sobre esse tema?</p><p>Dê o play! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>CRIANES</p><p>A denominação CRIANES significa Crianças com Necessidades Especiais em</p><p>Saúde. Essa conceituação é brasileira, mas foi citada, pela primeira vez, em 1998,</p><p>pelo Maternal and Health Children Bureau, nos EUA, como Children with Special</p><p>Health Care Needs (CSHCN), por McPherson e colaboradores (CRUZ et al., 2017).</p><p>As crianças com necessidades especiais apresentam as seguintes caracterís-</p><p>ticas: quadro clínico complexo com condições crônicas; múltiplas dependências,</p><p>como problemas cognitivos e/ou de neurodesenvolvimento; e dependência de</p><p>cuidado de tecnologias e de medicamentos (CRUZ et al., 2017). Sobre a concei-</p><p>tuação ampla de CRIANES, Figueiredo, Sousa e Gomes (2016, p. 2) afirmam que:</p><p>“ As crianças e os adolescentes com necessidades especiais de saúde</p><p>são aqueles que apresentam riscos maiores de possuírem condi-</p><p>ções físicas, de comportamento, desenvolvimento ou emocional</p><p>crônicas. Atualmente, essas pessoas representam um novo perfil de</p><p>clientela com necessidades diversificadas em saúde, sobretudo no</p><p>que diz respeito a serviços especializados para prover suas deman-</p><p>das e equipe multiprofissional qualificada, que forneça atendimento</p><p>interdisciplinar para eles e a suas famílias.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Estudante, para iniciar o seu processo de estudo sobre essa temática, indico o</p><p>artigo com o seguinte tema: Percepção do enfermeiro sobre assistência às crianças</p><p>com necessidades especiais de saúde na Atenção Primária. Aproveite a leitura e</p><p>retire o máximo possível de conhecimento para que possa compreender, de forma</p><p>ampla, este tema de aprendizagem.</p><p>http://www.revenf.bvs.br/pdf/reme/v24/1415-2762-reme-24-e1277.pdf.</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>http://www.revenf.bvs.br/pdf/reme/v24/1415-2762-reme-24-e1277.pdf</p><p>Segundo Barreiros, Gomes e Mendes Junior (2020), as CRIANES apresentam</p><p>tipologia de cuidados classificada em seis conjuntos, descritos na tabela a seguir.</p><p>TIPO DEFINIÇÃO</p><p>CUIDADOS EM RELAÇÃO</p><p>AO DESENVOLVIMENTO</p><p>Inclui aquelas que apresentam alguma doença neuro-</p><p>muscular que necessitam de reabilitação psicomotora</p><p>e apoio social.</p><p>CUIDADOS</p><p>TECNOLÓGICOS</p><p>Crianças que fazem uso de dispositivos mantenedores</p><p>da vida, como gastrostomia, traqueostomia, cateter</p><p>semi-implantado etc.</p><p>CUIDADOS</p><p>MEDICAMENTOSOS</p><p>Estão as farmacodependentes, ou seja, as que fazem</p><p>uso contínuo de medicações, tais como cardiotônicos,</p><p>anticonvulsivantes, antirretrovirais etc.</p><p>CUIDADOS HABITUAIS</p><p>MODIFICADOS</p><p>As que precisam de tecnologias adaptativas nos cui-</p><p>dados cotidianos e nas atividades de vida diária para</p><p>locomoverem-se, alimentarem-se, arrumarem-se, no</p><p>uso do toalete etc.</p><p>CUIDADOS MISTOS</p><p>Há uma combinação de uma ou mais demandas, ex-</p><p>cluindo-se a tecnológica.</p><p>CUIDADOS CLINICAMENTE</p><p>COMPLEXOS</p><p>Há uma combinação de todas as anteriores incluindo o</p><p>manejo de tecnologias de suporte de vida.</p><p>Tabela 1 - Tipologia de cuidados a crianças com necessidades especiais</p><p>Fonte: adaptada de Barreiros, Gomes e Mendes Junior (2020).</p><p>As doenças relacionadas ao neurodesenvolvimento, genético ou motor, estão</p><p>em maior incidência na infância. Segundo Machado et al. (2022), estudos</p><p>apontam que 10% das crianças nascem com algum tipo de deficiência (física,</p><p>mental,</p><p>auditiva, intelectual ou múltipla), necessitando de cuidados que aten-</p><p>dam às suas especificidades, e, desse percentual, 3% necessitam de reabilitação</p><p>nos serviços de saúde.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>As necessidades físicas, por exemplo, são discutidas não somente no campo saú-</p><p>de, mas também na área da educação. A inclusão é necessária e deve ser garantida</p><p>nesses ambientes. Uma das formas de ampliar a inclusão é inserir as políticas de</p><p>linguagens e códigos nas escolas e unidades de saúde. Para isso, é necessária a</p><p>implementação da linguagem de libras e braille na ampliação comunicativa entre</p><p>profissionais e crianças com deficiência auditiva e visual. Deve-se frisar, também,</p><p>que é necessário observar a parte ambiental no quesito de acessibilidade, em</p><p>que deve haver rampas de acesso a crianças cadeirantes em todos os ambientes,</p><p>escolar, unidades de saúde, entre outros.</p><p>CRIANÇAS COM ALTERAÇÕES NO NEURODESENVOLVIMENTO</p><p>A alteração do neurodesenvolvimento na infância tem crescido cada vez mais</p><p>no século XXI, principalmente, pelo amplo estudo na área e no diagnóstico médico</p><p>precoce. As alterações relacionadas ao neurodesenvolvimento mais recorrentes</p><p>na criança são: transtorno do espectro autista (TEA) e o transtorno do déficit de</p><p>atenção com hiperatividade (TDAH). Essas crianças precisam de um acompanha-</p><p>mento contínuo da equipe multiprofissional, pois repercute em todos os aspectos</p><p>norteadores, como biológico, psicológico e social de crianças e seus cuidadores.</p><p>1</p><p>9</p><p>4</p><p>Transtorno do Espectro Autista (TEA)</p><p>Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o transtorno do espectro</p><p>autista (TEA) se refere a uma série de condições que afetam áreas relacionadas</p><p>ao neurodesenvolvimento , como a cognição, a sociali-</p><p>zação, a comunicação, e, em alguns casos, evidenciam</p><p>alterações motoras, como movimentos estereotipados.</p><p>A OMS, ainda, refere que um a cada 160 crianças</p><p>apresentam a TEA. Essa condição clínica inicia-se</p><p>na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos</p><p>casos, os sinais e sintomas tornam-se aparentes durante os primeiros cinco anos</p><p>de vida. Ainda não se sabe ao certo sua etiologia específica, mas sabe-se que está</p><p>relacionada a fatores genéticos em sua maioria, mas também a fatores ambientais.</p><p>Condições que afetam</p><p>áreas relacionadas ao</p><p>neurodesenvolvimento</p><p>Figura 1 - Laço símbolo da TEA</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um laço em formato de quebra-cabeça, símbolo que caracteriza a luta</p><p>pelos direitos dos pacientes que apresentam o transtorno do espectro autismo (TEA). Fim da descrição.</p><p>O TEA é extremamente variável acerca das áreas cerebrais que ele atinge, estenden-</p><p>do-se de comprometimento entre extremos, como déficit intelectual baixo (grau</p><p>de comprometimento neurocognitivo), até níveis superiores de intelectualidade.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Segundo Ribeiro e Marteleto (2023), o Manual Diagnóstico e Estatístico de</p><p>Transtorno mentais (DSM- 5) é uma das literaturas que adota uma linguagem</p><p>padrão para classificar alterações mentais. O transtorno do espectro autista (TEA)</p><p>é um deles e será classificado segundo as evidências apresentadas: Nível 1- grau</p><p>leve, em que necessita de pouco suporte; Nível 2- grau moderado, precisando de</p><p>suporte; e Nível 3 - grau severo, precisam de maior suporte e apoio.</p><p>São sinais clínicos que podem ser evidenciados na criança com TEA: movi-</p><p>mentos motores estereotipados (repetitivos); prejuízos na comunicação, como a</p><p>verbalização; e interação social prejudicada, podendo ocorrer retração do indi-</p><p>víduo em situações de socialização (FERNANDES; TOMAZELLI; GIRIANELLI,</p><p>2020). Indivíduos com o TEA poderão apresentar outras condições concomitan-</p><p>tes, como: transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), epilepsia,</p><p>depressão e ansiedade (FERNANDES; TOMAZELLI; GIRIANELLI, 2020).</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>A descoberta dessa condição é comum nos acompanhamentos da puericultura,</p><p>em que é observado, além do crescimento da criança, o seu desenvolvimento</p><p>neurológico, por meio dos marcos do desenvolvimento.</p><p>Crianças, adolescentes e, também, adultos com diagnóstico concretizado</p><p>deverão realizar um acompanhamento especializado. No caso de crianças, um</p><p>neuropediatra é o profissional capacitado a fechar tal diagnóstico e indicar a</p><p>terapêutica para cada caso.</p><p>O enfermeiro, também, é protagonista nesse cuidado, pois poderá imple-</p><p>mentar uma assistência integrativa e poderá identificar precocemente os sinais</p><p>de alteração na criança por meio da consulta de enfermagem em puericultura,</p><p>pois os sinais de desordem no “neurodesenvolvimento da criança podem ser</p><p>percebidos nos primeiros meses de vida” (BRASIL, 2014, p. 17).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Segue uma tabela sobre os sinais que poderão indicar o TEA na avaliação da</p><p>puericultura, segundo o Ministério da Saúde Brasileiro:</p><p>ALTERAÇÃO APRESENTADA NO TEA</p><p>1 Atraso anormal na fala.</p><p>2 Demonstrar desinteresse pelas pessoas e pelos objetos ao redor.</p><p>3</p><p>Apresenta dificuldades em participar de atividades e brincadeiras em grupo,</p><p>preferindo sempre fazer tarefas sozinho.</p><p>4 Não conseguir interpretar gestos e expressões faciais.</p><p>5</p><p>Ter dificuldade para combinar palavras em frases ou repetir a mesma frase ou</p><p>palavra com frequência.</p><p>6 Apresentar falta de filtro social (sinceridade excessiva).</p><p>7 Sentir incômodo diante de ambientes e situações sociais.</p><p>8 Ter seletividade em relação a cheiro, sabor e textura de alimentos.</p><p>9</p><p>Apresentar movimentos repetitivos e incomuns, como balançar o corpo para</p><p>frente e para trás, bater as mãos, coçar algumas partes do corpo (como ouvi-</p><p>dos, olhos e nariz), girar em torno de si, pular de forma repentina, reorganizar</p><p>objetos em fileiras ou em cores.</p><p>10</p><p>Mostrar interesse obsessivo por assuntos considerados incomuns ou excên-</p><p>tricos, como biologia, paleontologia, tecnologia, datas, números, entre outros.</p><p>11 Ter problemas gastrointestinais ocasionados por quadros de ansiedade.</p><p>Tabela 2 - Alterações clínicas apresentadas pela criança com TEA / Fonte: adaptada de Brasil (2023).</p><p>1</p><p>9</p><p>8</p><p>Ao observar esses sinais na criança, o enfermeiro deve dar seguimento à observa-</p><p>ção dessas alterações. Se persistem nas demais consultas de enfermagem, deverá</p><p>ser encaminhada ao profissional médico para que ocorra o diagnóstico preciso.</p><p>Crianças com o TEA deverão ser acompanhadas por outros profissionais da</p><p>equipe multidisciplinar, como fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes</p><p>sociais, entre outros, como forma de ampliação do cuidado em saúde. Esses profis-</p><p>sionais utilizam atividades lúdicas e recursos de aprendizagem para desenvolver a</p><p>criança com o transtorno do espectro autista, como: pintar, desenhar, montagem</p><p>de brinquedos, jogos de memória, quebra*cabeça e contação de história.</p><p>Figura 2 - A família no cuidado à criança autista</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta uma criança autista com sua genitora. A criança está em atividade de</p><p>estímulo cognitivo, como pegar objetos (carrinho) e montar peças de brinquedo. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>O diagnóstico não é algo fácil e tão aceitável nas famílias, sendo necessário atenção</p><p>especial por parte das equipes de saúde em acolher os pais e demais familiares ou</p><p>responsáveis da criança com TEA, pois eles são os protagonistas do cuidado do-</p><p>miciliar e necessitam de suporte e orientação quanto à atenção à criança autista.</p><p>Segue a indicação do artigo científico Abordagem psicofarmacológica no transtor-</p><p>no do espectro autista: uma revisão narrativa, para ampliar seus estudos sobre a</p><p>parte medicamentosa do TEA. Aproveite a leitura e se aperfeiçoe!</p><p>http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cpdd/v19n2/v19n2a04.pdf.</p><p>EU INDICO</p><p>A Medida farmacológica é importante no controle de sintomas evidenciados</p><p>no transtorno, mas somente ela não basta na terapêutica. É necessário, também,</p><p>o uso de medidas não farmacológicas, como terapias comportamentais, entre</p><p>outras, para que a criança com TEA apresente</p><p>melhora em seu quadro clínico. A</p><p>equipe multiprofissional é importante nesse processo, pois acompanhará todo o</p><p>processo de cuidado, tendo em vista promover a qualidade de vida dessas crian-</p><p>ças no contexto onde elas vivem.</p><p>Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)</p><p>O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é uma condição</p><p>neurodesenvolvimental que se manifesta por sintomas, como dificuldade de con-</p><p>centração em tarefas cotidianas, agitação e impulsividade (SENO, 2010). Esses sin-</p><p>tomas podem surgir na fase infantil e persistir ao longo da vida do indivíduo. Sua</p><p>origem está associada tanto a influências genéticas quanto ambientais (SENO, 2010).</p><p>Segundo Braga et al. (2022), o TDAH na infância pode se apresentar de algumas</p><p>maneiras, como: criança com sinais de desatenção às atividades diárias;</p><p>apresentar sinais de hiperatividade, como a falta de quietação, em que se</p><p>observa movimento motor excessivo.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cpdd/v19n2/v19n2a04.pdf</p><p>O mesmo autor supracitado refere ainda que o TDAH não afeta a capacidade</p><p>intelectual dos indivíduos, entretanto pode os sinais de inquietação e desaten-</p><p>ção dificultar o processo de aprendizagem nas crianças (BRAGA et al., 2022).</p><p>A seguir, vejamos um exemplo de desatenção em uma criança.</p><p>Figura 3 - Criança e TDAH</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta uma criança com sua genitora apresentando desatenção em uma</p><p>atividade de leitura do alfabeto em um tablet. Fim da descrição.</p><p>O TDAH deve ser tratado de modo amplo, pela equipe multiprofissional de saúde,</p><p>combinado com ações farmacológicas e não farmacológicas, tal como: me-</p><p>dicamentos prescritos pelo profissional neurologista/neuropediatra, psicoterapia</p><p>(psicólogos e terapeutas ocupacionais) e fonoaudiologia (quando houver alterações</p><p>de fala). No diagnóstico de TDAH, a recomendação medicamentosa é o metilfe-</p><p>nidato, conhecido como ritalina. A atividade farmacológica consiste na ação que</p><p>engloba a inibição da recaptação de dopamina e noradrenalina, neurotransmissores</p><p>capazes de transmitir informações entre células (ANDRADE et al., 2018).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>A psicoterapia é uma intervenção indispensável para o tratamento bem-suce-</p><p>dido de crianças com TDAH, pois promove o amadurecimento neuroinfantil.</p><p>Aliada com a medida farmacológica, a criança com TDAH pode apresentar me-</p><p>lhora nos sintomas comuns do transtorno. A exemplo, tem-se a terapia cognitivo</p><p>comportamental (TCC).</p><p>Crianças em uso da ritalina podem apresentar como efeito adverso diminuição do</p><p>apetite e problemas de sono, além de outros sintomas, como: irritabilidade e náuseas.</p><p>Portanto, deve-se ter atenção a tais sintomas, e o prescritor deve estar ciente do risco-</p><p>benefício da medicação e da dosagem correta (ANDRADE et al., 2018).</p><p>Figura 4 - Criança com TDAH em psicoterapia</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta uma criança em sessão terapêutica com os braços cruzados em cima de</p><p>uma mesa, desatenta às peças de montar, coloridas, acompanhada por um profissional de saúde. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Além do quesito saúde, é necessário o acompanhamento escolar dessas crianças</p><p>por meio dos profissionais da educação, pois são eles quem realizam a detecção</p><p>precoce no ambiente de estudo, como professores e psicopedagogos. Esses pro-</p><p>fissionais são de suma relevância no processo de cuidar da criança com TDAH,</p><p>junto à equipe de saúde, formando parcerias para que a criança seja acolhida e</p><p>tenha melhor qualidade de vida e aprendizagem.</p><p>De modo geral, sabe-se que existem inúmeras alterações genéticas no mundo,</p><p>e elas influenciam os aspectos biopsicossociais da criança e de suas famílias.</p><p>Existem crianças que apresentam necessidades especiais, como crianças surdas e</p><p>mudas, e isso é um fator a ser analisado pelo profissional de saúde ao atendê-las.</p><p>A linguagem de sinais, chamada libras e braille, podem auxiliar no processo</p><p>de comunicação entre profissional e paciente que apresenta essas condições. É</p><p>necessário realizar o curso específico, pois isso humaniza o cuidar e torna inclu-</p><p>siva e qualificada a assistência em saúde no processo de trabalho com crianças</p><p>de necessidades especiais.</p><p>Sabe-se que a maioria dos profissionais da saúde não apresentam essa habi-</p><p>lidade, sendo de suma relevância sua inserção em grades curriculares dos cur-</p><p>sos, seja de graduação, pós-graduação ou demais, pois facilita a compreensão</p><p>na anamnese da criança para se chegar a um consenso clínico mais assertivo. A</p><p>educação da linguagem de sinais promove facilidade no processo de cuidar, seja</p><p>da criança, seja de sua família.</p><p>A enfermagem, frente ao cuidado de crianças com necessidades especiais, é algo</p><p>desafiador e, como forma de ampliar seu conhecimento sobre o tema, segue um</p><p>artigo que trata sobre Assistência de enfermagem a crianças/adolescentes com ne-</p><p>cessidades especiais de saúde hospitalizadas em unidade pediátrica. A enfermagem</p><p>no cuidado a CRIANES apresenta inúmeras vertentes de assistência, e, nesse artigo,</p><p>você verá uma delas, para ampliar sua visão de conhecimento sobre esse tema.</p><p>https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13054.</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13054</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Em suma, o atendimento da enfermagem na atenção à criança com necessida-</p><p>des especiais é crucial para garantir que essas crianças recebam cuidados adequados</p><p>e personalizados. Os enfermeiros desempenham papel fundamental na avaliação</p><p>das necessidades de saúde dessas crianças, no planejamento e na implementação</p><p>de cuidados específicos e na promoção do bem-estar geral. Eles trabalham em</p><p>estreita colaboração com outros profissionais de saúde e famílias para garantir que</p><p>o ambiente seja favorável e inclusivo, proporcionando o suporte necessário para o</p><p>desenvolvimento físico, emocional e social das crianças com necessidades especiais.</p><p>Estudante, estamos chegando ao fim desta jornada de estudos. Essa temática faz</p><p>parte do dia a dia do enfermeiro em sua assistência em saúde à criança. Leia bastante</p><p>livros e demais literaturas para compor seu conhecimento. Cuidar da criança exige</p><p>aperfeiçoamento contínuo, principalmente, as que demandam cuidados especiais!</p><p>Use todo o recurso possível disponível nesta obra ao seu favor e de seu futuro paciente!</p><p>Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este</p><p>tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual</p><p>de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>É fundamental que o profissional de enfermagem tenha conhecimento sobre o aten-</p><p>dimento à criança com necessidades especiais, pois isso permite uma prestação</p><p>de cuidados mais eficaz e personalizada. O conhecimento nessa área capacita o</p><p>enfermeiro a compreender as necessidades específicas dessas crianças, adaptar os</p><p>cuidados de acordo com suas condições individuais e oferecer um suporte adequado</p><p>para elas e suas famílias. Além disso, o enfermeiro pode contribuir para a promoção</p><p>da inclusão e da qualidade de vida dessas crianças, atuando como agente de apoio e</p><p>advocacia em suas interações com outros profissionais</p><p>de saúde e na comunidade em geral. Ter competência</p><p>nesse campo é essencial para garantir um atendimen-</p><p>to holístico e humanizado, que leve em consideração</p><p>as particularidades de cada criança e sua família.</p><p>Contribuir para</p><p>a promoção da</p><p>inclusão e da</p><p>qualidade de vida</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>O mercado de trabalho valoriza significativamente os profissionais de enferma-</p><p>gem que possuem conhecimento sobre a atenção à criança com necessidades</p><p>especiais. Esses profissionais são vistos como essenciais e altamente qualificados</p><p>para lidar com situações complexas e desafiadoras, demonstrando uma com-</p><p>preensão profunda das necessidades específicas dessas crianças e suas famílias.</p><p>Ter conhecimento nessa área é um diferencial importante, pois permite que o</p><p>enfermeiro ofereça um atendimento mais abrangente, personalizado e inclusivo,</p><p>promovendo o bem-estar e a qualidade</p><p>de vida dessas crianças em diversos con-</p><p>textos de cuidado, seja em hospitais, clínicas, escolas ou na comunidade em geral.</p><p>Esses profissionais são reconhecidos por sua capacidade de adaptação, empatia</p><p>e habilidades de comunicação, tornando-se peças-chave na equipe de saúde que</p><p>trabalha em prol da saúde e do desenvolvimento dessas crianças.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>1. O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) está classificado na categoria</p><p>de transtornos hipercinéticos, descrito como “grupo de transtornos caracterizados por início</p><p>precoce – habitualmente durante os cinco primeiros anos de vida –, falta de perseverança</p><p>nas atividades que exigem envolvimento cognitivo e tendência a passar de uma atividade</p><p>a outra sem acabar nenhuma, associadas a uma atividade global desorganizada, incoor-</p><p>denada e excessiva (SENO, 2010, p. 2).</p><p>Sobre o TDAH, analise as seguintes afirmativas:</p><p>I - O TDAH acompanha frequentemente um déficit cognitivo e um retardo específico do</p><p>desenvolvimento da motricidade e da linguagem.</p><p>II - As complicações secundárias incluem um comportamento dissocial e uma perda</p><p>de autoestima.</p><p>III - As crianças hipercinéticas são frequentemente imprudentes e impulsivas, sujeitas a aci-</p><p>dentes e incorrem em problemas disciplinares mais por infrações não premeditadas de</p><p>regras do que por desafio deliberado.</p><p>IV - Suas relações com os adultos são frequentemente marcadas por uma ausência de ini-</p><p>bição social, com presença de cautela e reserva normais.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II e IV, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) I, II, III e IV.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>2. O TDAH vem sendo considerado pelos educadores como fator preocupante, principalmente</p><p>na fase escolar. Num período onde a criança inicia seu contato com a leitura e escrita, é</p><p>necessário que mantenha sua atenção e concentração sustentados, a fim de que os obje-</p><p>tivos pedagógicos propostos possam ser alcançados (SENO, 2010).</p><p>Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação pro-</p><p>posta entre elas:</p><p>I - Uma vez diagnosticado o TDAH, o aluno deve ser considerado uma criança com neces-</p><p>sidades educacionais especiais.</p><p>PORQUE</p><p>II - para que se tenham garantidas as mesma oportunidade de aprender que os demais cole-</p><p>gas de sala de aula, serão necessárias algumas adaptações visando diminuir a ocorrência</p><p>dos comportamentos indesejáveis que possam prejudicar seu progresso pedagógico:</p><p>sentar o aluno na primeira carteira e distante da porta ou janela; reduzir o número de</p><p>alunos em sala de aula; procurar manter uma rotina diária; propor atividades pouco ex-</p><p>tensas; intercalar momentos de explicação com os exercícios práticos; utilizar estratégias</p><p>atrativas; explicar detalhadamente a proposta; tentar manter o máximo de silêncio pos-</p><p>sível; orientar a família sobre o transtorno; e evitar situações que provoquem a distração.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:</p><p>a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>e) As asserções I e II são falsas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>3. A denominação CRIANES significa Crianças com Necessidades Especiais em Saúde. Essa</p><p>conceituação é brasileira, mas foi citada, pela primeira vez, em 1998, pelo Maternal and</p><p>Health Children Bureau, nos EUA, como Children with Special Health Care Needs (CSHCN)</p><p>por McPherson e colaboradores (Cruz et al., 2017).</p><p>Segundo Barreiros, Gomes e Mendes Junior (2020), as CRIANES apresentam tipologia de</p><p>cuidados classificada em seis conjuntos, marque a alternativa que os apresenta:</p><p>I - Cuidados em relação ao desenvolvimento.</p><p>II - Cuidados medicamentosos.</p><p>III - Cuidados tecnológicos.</p><p>IV - Cuidados clinicamente incomplexos.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e IV, apenas.</p><p>b) II e III, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) II, III e IV, apenas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ANDRADE L. S. et al. Ritalina uma droga que ameaça a inteligência. Revista de Medicina e Saú-</p><p>de de Brasilia, v. 7, n. 1, 2018. Disponível em: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rmsbr/arti-</p><p>cle/view/8810. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>BARREIROS, C. F. C.; GOMES, M. A. de S. M.; MENDES JUNIOR, S. C. do S. Criança com necessida-</p><p>des especiais de saúde: desafios do sistema único de saúde no século XXI. Rev . Bras . Enferm .,</p><p>2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/tjcjqDwWxrd48mkSkc6nw8s/?forma-</p><p>t=pdf&lang=pt. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>BRAGA et al. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças: uma revisão biblio-</p><p>gráfica. Research, Society and Development, v. 11, n. 16, 2022.</p><p>BRASIL. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Es-</p><p>pectro do Autismo (TEA). Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: ht-</p><p>tps://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gt-</p><p>f-escriba-sesa@1be280d4-655f-4f58-b911-91f3200d4ce2&emPg=true. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade – TDAH. 2014. https://bvsms.sau-</p><p>de.gov.br/transtorno-do-deficit-de-atencao-com-hiperatividade-tdah/. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Transtorno do Espectro Autista – TEA (autismo). 2023. https://bvsms.saude.gov.br/</p><p>transtorno-do-espectro-autista-tea-autismo/. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>CRUZ, C. T. et al. Atenção à criança com necessidades especiais de cuidados contínuos e com-</p><p>plexos: percepção da enfermagem. REME, 2017. Disponível em: http://www.revenf.bvs.br/pdf/</p><p>reme/v21/1415-2762-reme-20170015.pdf. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>FERNANDES, C. S.; TOMAZELLI, J.; GIRIANELLI, V. R. Diagnóstico de autismo no século XXI: evo-</p><p>lução dos domínios nas categorizações nosológicas. Psicologia USP, v. 31, 2020. Disponível em:</p><p>https://www.scielo.br/j/pusp/a/4W4CXjDCTH7G7nGXVPk7ShK/?format=pdf&lang=pt. Acesso</p><p>em: 18 mar. 2024.</p><p>FIGUEIREDO, S. V.; SOUSA, A. C. C.; GOMES, I. L. V. Menores com necessidades especiais de saú-</p><p>de e familiares: implicações para a Enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, jan./fev.</p><p>2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/3Lfz3tjsqvcQrqbL4CN8Chw/?format=p-</p><p>df&lang=pt. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>MACHADO, M. G. de O. et al. Assistência de enfermagem à criança com necessidades especiais</p><p>de saúde. Revista de Enfermagem da UFPI, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/in-</p><p>dex.php/reufpi/article/view/2811. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>https://www.scielo.br/j/reben/a/tjcjqDwWxrd48mkSkc6nw8s/?format=pdf&lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/reben/a/tjcjqDwWxrd48mkSkc6nw8s/?format=pdf&lang=pt</p><p>http://www.revenf.bvs.br/pdf/reme/v21/1415-2762-reme-20170015.pdf</p><p>http://www.revenf.bvs.br/pdf/reme/v21/1415-2762-reme-20170015.pdf</p><p>https://www.scielo.br/j/pusp/a/4W4CXjDCTH7G7nGXVPk7ShK/?format=pdf&lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/reben/a/3Lfz3tjsqvcQrqbL4CN8Chw/?format=pdf&lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/reben/a/3Lfz3tjsqvcQrqbL4CN8Chw/?format=pdf&lang=pt</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>OLIVEIRA, J. P. de. et al. Assistência de enfermagem a crianças/adolescentes com necessidades</p><p>especiais de saúde internados em unidade pediátrica. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimen-</p><p>to, v. 3, 2021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13054. Acesso</p><p>em: 18 mar. 2024.</p><p>RIBEIRO, N. C. R.; MARTELETO, R. M. O manual diagnóstico e estatístico de transtorno mentais</p><p>enquanto um dispositivo infocomunicacional. Encontros Bibli, Florianópolis, v. 28, 2023. Dispo-</p><p>nível em : https://www.scielo.br/j/eb/a/c9V4fxSpWPSgkxsgBmPHn5v/?format=pdf&lang=pt.</p><p>Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>SENO, M. P. Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Rev . Psicopedagogia, v. 27, n. 84,</p><p>p. 334-343, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v27n84/v27n84a03.</p><p>pdf. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>TOSO, B. R. G. de O. et al. Atenção</p><p>à Criança com Necessidades Especiais de Saúde (CRIA-</p><p>NES) no Brasil. Painéis de Discussão, 2020. Disponível em: https://ciaiq.org/wp-content/</p><p>uploads/2020/03/Proposta1_CIAIQ2020_Painel_AtencaoCriancaNES_PT_VARIOS.pdf. Acesso</p><p>em: 18 mar. 2024.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v27n84/v27n84a03.pdf</p><p>http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v27n84/v27n84a03.pdf</p><p>1. Opção D. A única afirmativa incorreta é a IV, pois, de acordo com a obra citada (SENO, 2010)</p><p>e as argumentações apresentadas no tema de aprendizagem, não é verídica a afirmação IV.</p><p>Suas relações com os adultos são frequentemente marcadas por uma ausência de inibição</p><p>social, com falta de cautela e reserva normais.</p><p>2. Opção A. Ambas as afirmativas estão corretas, pois, segundo Seno (2010), uma vez diagnosti-</p><p>cado o TDAH, esse aluno deve ser considerado como uma criança com necessidades educa-</p><p>cionais especiais, pois, para que tenha garantidas as mesmas oportunidades de aprender que</p><p>os demais colegas de sala de aula, serão necessárias algumas adaptações visando diminuir</p><p>a ocorrência dos comportamentos indesejáveis que possam prejudicar seu progresso peda-</p><p>gógico: sentar o aluno na primeira carteira e distante da porta ou janela; reduzir o número de</p><p>alunos em sala de aula; procurar manter uma rotina diária; propor atividades pouco extensas;</p><p>intercalar momentos de explicação com os exercícios práticos; utilizar estratégias atrativas;</p><p>explicar detalhadamente a proposta; tentar manter o máximo de silêncio possível; orientar</p><p>a família sobre o transtorno; e evitar situações que provoquem a distração.</p><p>3. Opção D. A única afirmativa incorreta é a IV, que cita, segundo Barreiros, Gomes e Mendes</p><p>Junior (2020), cuidados clinicamente incomplexos. Porém a palavra correta é “complexo”,</p><p>presente no artigo Criança com necessidades especiais de saúde: desafios do sistema único</p><p>de saúde no século XXI.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>unidade 1</p><p>SITUAÇÃO POLÍTICA, SOCIAL</p><p>E DE SAÚDE DA CRIANÇA NO</p><p>BRASIL E NO MUNDO</p><p>HISTÓRIA, CONCEITOS E PRESSUPOSTOS DA ENFERMAGEM NEONATOLÓGICA E PEDIÁTRICA</p><p>ASSISTÊNCIA DE</p><p>ENFERMAGEM NA SALA</p><p>DE PARTO AO RECÉM-NASCIDO</p><p>unidade 2</p><p>CONSULTA DE ENFERMAGEM EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA</p><p>CONSULTA DE ENFERMAGEM</p><p>NA PUERICULTURA</p><p>ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS DOENÇAS E INTERCORRÊNCIAS PREVALENTES DO RECÉM-NASCIDO E DA CRIANÇA</p><p>unidade 3</p><p>PREVENÇÃO DE AGRAVOS DE SAÚDE PREVALENTES NA INFÂNCIA</p><p>PROMOÇÃO E PROTEÇÃO</p><p>DA SAÚDE INFANTIL</p><p>ATENÇÃO À CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS</p><p>Button 28:</p><p>Forms - Uniasselvi:</p><p>Button 4:</p><p>Button 5:</p><p>das</p><p>ações e dos serviços de saúde direcionada à criança. Essas problemáticas a se-</p><p>rem vencidas (como a redução da mortalidade infantil, a ampliação da ação das</p><p>equipes de saúde à criança, especialmente as que se encontram em situação de</p><p>vulnerabilidade social, o apoio às políticas públicas de proteção aos direitos das</p><p>crianças e a redução das disparidades sociais) precisam de atenção especial por</p><p>parte dos órgãos públicos, para que haja melhor qualidade de vida a esse público</p><p>e, consequentemente, sua resolução.</p><p>Gostou do que discutimos até aqui? Tenho mais para conversar com você sobre</p><p>esse tema, vamos lá?! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do am-</p><p>biente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>1</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>O profissional da saúde tem como objetivo o cuidar,</p><p>e é nesse foco que as profissões nessa área têm, cada</p><p>vez mais, ampliado seus conhecimentos ao prestar</p><p>assistência à saúde da criança. Vale ressaltar que o</p><p>conhecimento não se esgota, é contínuo e evolutivo , exigindo cada vez mais</p><p>do profissional a prestação de assistência baseada na ciência e alicerçada nas</p><p>políticas públicas em saúde.</p><p>A saúde da criança é uma área que exige do profissional uma visão ampla dos</p><p>aspectos biológicos, sociais e psíquicos, cabendo ao profissional da saúde maior</p><p>sensibilidade humanística e técnico-científica ao manejar com esse público.</p><p>O conhecimento das políticas de atenção à saúde da criança, também, é cru-</p><p>cial para o profissional de saúde, pois promove intervenções eficazes e favorece</p><p>a integralidade da assistência, considerando não apenas a cura de doenças, mas</p><p>também a prevenção e a promoção do bem-estar, alinhadas aos princípios de</p><p>cuidado centrado na criança e na família. Ainda, esse conhecimento permite</p><p>que os profissionais se adaptem a mudanças nas diretrizes de saúde e incorpo-</p><p>rem avanços científicos e tecnológicos em suas práticas, garantindo cuidados</p><p>atualizados e baseados em evidências.</p><p>Assim, a integração das políticas de atenção à saúde da criança, na prática</p><p>profissional, não apenas fortalece a qualidade da assistência, mas também con-</p><p>tribui para a construção de um sistema de saúde mais eficiente e orientado para</p><p>resultados positivos no desenvolvimento infantil.</p><p>Conhecimento</p><p>não se esgota, é</p><p>contínuo e evolutivo</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1. A PNAISC aborda a temática de cuidado centrado na criança, com enfoque em práticas</p><p>acolhedoras e redução de vulnerabilidades (BRASIL, 2018).</p><p>BRASIL. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: orientações para implementação</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2018.</p><p>Sobre a política nacional de atenção integral à criança (PNAISC), quantos eixos estratégicos</p><p>são definidos no documento de 2018 da PNAISC?</p><p>a) 4.</p><p>b) 17.</p><p>c) 8.</p><p>d) 12.</p><p>e) 7.</p><p>2. O conceito de infância é singular e único. É nessa fase em que compreendemos o processo</p><p>de crescimento e desenvolvimento do ser humano.</p><p>BRASIL. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: orientações para implementação</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2018.</p><p>O Ministério da Saúde, para efeitos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da</p><p>Criança (Pnaisc), segue o conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera:</p><p>I - “Criança” se refere à a pessoa na faixa etária de zero a nove anos, ou seja, de zero até</p><p>completar dez anos ou 120 meses.</p><p>II - “Primeira infância” se refere à pessoa de zero a cinco anos, ou seja, de zero até completar</p><p>seis anos ou 72 meses.</p><p>III - “Criança” se refere à pessoa na faixa etária de zero a 14 anos e primeira infância se refere</p><p>à pessoa de zero a oito anos de vida.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>3. As políticas públicas embasam gestores e profissionais de saúde no cuidar de indivíduos</p><p>e famílias. Pode-se citar, dentre eles, a saúde da criança.</p><p>BRASIL. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: orientações para implementação</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2018.</p><p>Marque a alternativa que corresponde a um dos princípios da Política Nacional de Atenção</p><p>Integral à Saúde da Criança ( PNAISC):</p><p>a) Direito à vida e à saúde.</p><p>b) Prioridade absoluta do adulto.</p><p>c) Gestão e controle social somente estadual.</p><p>d) Transversalidade, autonomia e protagonismo dos sujeitos.</p><p>e) Clínica Ampliada.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ARAÚJO, J. P. et al. História da saúde da criança: conquistas, políticas e perspectivas. Revista</p><p>Brasileira de Enfermagem, v. 67, n. 6, nov./dez. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/</p><p>reben/a/rBsdPF8xx9Sjm6vwX7JLYzx/#. Acesso em: 26 fez. 2024.</p><p>BRASIL. Portaria nº 1 .130, de 5 de agosto de 2015. Institui a Política Nacional de Atenção Inte-</p><p>gral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em:</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1130_05_08_2015.html. Acesso em:</p><p>26 fev. 2024.</p><p>BRASIL. Guia de orientações para o Método Canguru na Atenção Básica: cuidado comparti-</p><p>lhado. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.</p><p>BRASIL. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: orientações para imple-</p><p>mentação Brasília: Ministério da Saúde, 2018.</p><p>UNICEF. Situação das crianças e dos adolescentes no Brasil. [202?]. Disponível em: https://</p><p>www.unicef.org/brazil/situacao-das-criancas-e-dos-adolescentes-no-brasil#:~:text=Uma%20</p><p>em%20cada%20tr%C3%AAs%20crian%C3%A7as,com%20o%20Minist%C3%A9rio%20da%20Sa%-</p><p>C3%BAde. Acesso em: 25 fev. 2024.</p><p>1</p><p>4</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1130_05_08_2015.html</p><p>1. Opção E. Segundo Brasil (2018) são sete eixos apresentados pela política nacional de atenção</p><p>integral a criança (PNAISC), sendo eles: eixo Estratégico I — Atenção Humanizada e Qualifi-</p><p>cada à Gestação, ao Parto, ao Nascimento e ao Recém-Nascido; eixo Estratégico II — Alei-</p><p>tamento Materno e Alimentação Complementar Saudável; eixo Estratégico III — Promoção</p><p>e Acompanhamento do Crescimento e do Desenvolvimento Integral; — eixo Estratégico IV</p><p>— Atenção Integral a Crianças com Agravos Prevalentes na Infância e com Doenças Crônicas;</p><p>eixo Estratégico V — Atenção Integral à Criança em Situação de Violências, Prevenção de</p><p>Acidentes e Promoção da Cultura de Paz; eixo Estratégico VI — Atenção à Saúde de Crianças</p><p>com Deficiência ou em Situações Específicas e de Vulnerabilidade; Eixo Estratégico VII —</p><p>Vigilância e Prevenção do Óbito Infantil, Fetal e Materno.</p><p>2. Opção C. O Ministério da Saúde, para efeitos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde</p><p>da Criança (PNAISC), segue o conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS), que consi-</p><p>dera: “Criança” a pessoa na faixa etária de zero a nove anos, ou seja, de zero até completar</p><p>dez anos ou 120 meses; “Primeira infância” se refere à pessoa de zero a cinco anos, ou seja,</p><p>de zero até completar seis anos ou 72 meses (BRASIL, 2018).</p><p>3. Opção A. A PNAISC apresenta oito princípios (BRASIL, 2018): 1) direito à vida e à saúde; 2)</p><p>prioridade absoluta da criança; 3) acesso universal à saúde; 4) integralidade do cuidado; 5)</p><p>equidade em saúde; 6) ambiente facilitador à vida; 7) humanização da atenção; e 8) gestão</p><p>participativa e controle social. A afirmativa D refere-se aos princípios da política nacional de</p><p>humanização (PNH), e a afirmativa E, a uma das diretrizes da PNH.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>5</p><p>MINHAS METAS</p><p>HISTÓRIA, CONCEITOS E</p><p>PRESSUPOSTOS DA ENFERMAGEM</p><p>NEONATOLÓGICA E PEDIÁTRICA</p><p>Conhecer os aspectos históricos da criança no mundo.</p><p>Identificar os marcos importantes da pediatria.</p><p>Analisar os fatores contribuintes para a ciência pediátrica.</p><p>Conhecer o surgimento da puericultura.</p><p>Conhecer tecnologias que surgiram por meio da ciência pediátrica.</p><p>Abranger os conhecimentos sobre pediatria e neonatologia.</p><p>Proporcionar uma visão crítica sobre os cuidados à criança.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A área pediátrica não era algo a ser observado pela comunidade acadêmica. Desde</p><p>os primórdios da humanidade, os cuidados</p><p>em saúde eram centrados em adultos,</p><p>deixando de lado recém-nascidos, lactentes e demais faixas etárias da infância.</p><p>Essa visão começou a mudar após inúmeros profissionais, como médicos</p><p>e enfermeiros, terem levantado a bandeira do cuidado à saúde da criança. Isso</p><p>culminou no surgimento da ciência pediátrica e neonatal.</p><p>O cuidado da criança, na atualidade, vai desde o cuidado da equipe de atenção</p><p>primária até a terciária. Hoje, as unidades de saúde detêm tecnologia de ponta</p><p>como recurso para prestar essa atenção de forma direcionada e abrangente.</p><p>A pediatria é o ramo do conhecimento que tem como enfoque a criança em suas</p><p>diversas fases. Isso engloba o nascimento, ou fase neonatal, que compreende de zero</p><p>a 28 dias de vida; fase de lactente, compreende 29 dias a um ano; bebê, ou toddler,</p><p>um ano a três anos; pré-escolar de três a seis anos; e escolar de seis a dez anos. O</p><p>prematuro compreende o recém-nascido (com menos de 37 semanas gestacionais).</p><p>Ouça o nosso podcast que fala sobre a evolução das ciências pediátricas e a im-</p><p>portância do enfermeiro no cuidar da criança. Não perca essa oportunidade de</p><p>compreender um pouco mais sobre essa transformação para imergir nas nossas</p><p>discussões posteriores. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do</p><p>ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>Foram muitos marcos para que se chegasse às ciências pediátricas. Muitos es-</p><p>tudos foram publicados e profissionais de saúde dispostos a mudar a realidade</p><p>das crianças. Todos eles contribuíram para que, hoje, pudéssemos ter serviços</p><p>especializados na saúde da criança.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>ASPECTOS HISTÓRICOS DA NEONATOLOGIA E PEDIATRIA</p><p>Entender os aspectos históricos da neonatologia e pediatria é fundamental para</p><p>contextualizar a evolução dessas áreas ao longo do tempo. Desde os primeiros</p><p>registros da medicina até os avanços tecnológicos e científicos contemporâneos, a</p><p>história dessas especialidades médicas revela não apenas o progresso no cuidado</p><p>com recém-nascidos e crianças, mas também os desafios enfrentados e supera-</p><p>dos ao longo dos séculos. Essa compreensão histórica é essencial para orientar</p><p>as práticas atual e futura, garantindo um atendimento de qualidade e eficaz aos</p><p>pacientes pediátricos.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Estudante, acesse a cartilha do Ministério da Saúde do Brasil sobre os principais pontos</p><p>dos aspectos históricos das ciências pediátricas para agregar em seu conhecimento.</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/70_anos_historia_saude_crianca.pdf.</p><p>1</p><p>8</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/70_anos_historia_saude_crianca.pdf</p><p>História da pediatria no mundo</p><p>A pediatria como especialidade emerge desde os primórdios da humanidade e</p><p>se desenvolveu ao longo do tempo por meio de inúmeros profissionais que se</p><p>propuseram a estudar essa ciência.</p><p>A história do nascimento e assistência ao parto tem como protagonista as</p><p>parteiras. Essas mulheres exerciam o papel de realizar o cuidado à mulher no</p><p>momento do parto, mas também realizava os cuidados ao recém-nascido, como</p><p>o banho, proteção térmica e aleitamento materno, de forma empírica até então.</p><p>Em estudos paleontológicos, houve um entendimento sobre o estado das</p><p>crianças do passado. Eles permitiram reconhecer o raquitismo e a hidrocefalia</p><p>como patologias frequentes. Acreditava-se que as más formações congênitas sig-</p><p>nificavam maus presságios, ou seja, má sorte a famílias e reinos.</p><p>Nos estudos da civilização Hebraica, há dois mil anos a.C., consta o registo</p><p>na bíblia sagrada de algumas patologias neonatais: anemia; plétora, em que se</p><p>observa um neonato vermelho arroxeado intenso observado no recém-nascido,</p><p>decorrente de um aumento do hematócrito sanguíneo; e atrésia anal, que é defeito</p><p>congênito, resultando em fechamento total, parcial do orifício anal ou a existência</p><p>do canal anal em rota anormal das fezes, como o seu desvio no canal vaginal.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Os hebraicos, também, contribuíram com a primeira descrição histórica da he-</p><p>mofilia, que é um distúrbio genético e hereditário que afeta a coagulação do</p><p>sangue. Os hebraicos contraindicavam a circuncisão, que é a retirada do prepúcio</p><p>dos homens, sendo, nesses casos, normalmente, efetuada no oitavo dia de vida,</p><p>como descrito no livro bíblico de Gênesis.</p><p>Desde os antigos textos bíblicos, há dois mil anos a.C., já era feita a reani-</p><p>mação do recém-nascido por meio de uma diversidade de técnicas, como: a</p><p>respiração boca-a-boca direta sem nenhum equipamento de barreira de secre-</p><p>ções. Eles realizavam o balanço e o espancamento; o mergulho alternadamente</p><p>em tinas de água quente e fria; a insuflação de fumo de tabaco, por meio de um</p><p>tubo de enema; a injeção subcutânea de whisky irlandês misturada em tintura</p><p>de beladona; e a ministração de drogas estimulantes, entre outras.</p><p>Os povos Indianos contribuíram com a ciências pediátricas, por meio dos</p><p>escritos brâmanes (século 500 a.C.), que relataram sobre a importância da higiene</p><p>infantil nas avaliações médicas.</p><p>Os estudos de luxação congênita emergiram da era Hipocrática (460 a.C.</p><p>a 370 a.C.), o qual descrevia que, quando a luxação é congênita, o osso mais</p><p>próximo da lesão fica mais curto e interfere nos demais que o ligam.</p><p>Segundo os aspectos históricos, os papiros de ebers (século XVI a.C.) são es-</p><p>critas que trazem relatos sobre crianças. Na cultura egípcia, observa-se a prática</p><p>de aleitamento materno por amas de leite, o qual é contraindicado pelas políticas</p><p>públicas do Brasil. A doação de leite somente acontece em centros de referência,</p><p>que captam esse leite, triam-no e o liberam após análise minuciosa.</p><p>1</p><p>1</p><p>No âmbito das doenças comuns em crianças, Rhazès (865–923) e Avicena (980–</p><p>1037) contribuíram em seus estudos ao Ocidente relatando sobre os primeiros</p><p>tratados de patologia infantil.</p><p>No século II, Sorano de Éfeso (98–117) escreveu um livro de ginecologia</p><p>que incluía um número considerável de capítulos dedicados a estudos notáveis</p><p>sobre os cuidados neonatais e a lactentes, tais como a oferta do aleitamento e a</p><p>higiene da criança.</p><p>Em Nuremberg (1331), surgiu o primeiro estabelecimento de acolhimento</p><p>de mulheres grávidas e órfãos, em que se teve melhor olhar em relação à questão</p><p>social pediátrica, que era desassistida.</p><p>Entre os povos pré-Colombianos, em meados do século XV, eram frequen-</p><p>tes as deformidades intencionais do crânio no sentido de um achatamento lateral</p><p>com alongamento em altura e a indução artificial de estrabismo como sinal de</p><p>distinção, algo cultural desses povos, como uma marca registrada.</p><p>O século XVII caracterizou-se pelo surgimento dos estudos de fisiologia,</p><p>microscopia, histologia e embriologia e da descrição de patologias clínicas, tais</p><p>como a difteria, a escarlatina, a rubéola, o sarampo, a varíola e a varicela. Essas</p><p>ciências contribuíram para o desenvolvimento da medicina e, em seguida, a des-</p><p>coberta do tratamento.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>O termo puericultura, etimologicamente, significa</p><p>puer: criança, e cultura: criação. A palavra cultura foi</p><p>utilizada, pela primeira vez, pelo suíço Jacques Balle-</p><p>xserd, em 1762, e é utilizada até os dias atuais. A pue-</p><p>ricultura no Brasil foi abrangida pelo filho de Carlos</p><p>Arthur Moncorvo de Figueiredo (1871–1944), que tem o mesmo objetivo até os</p><p>dias atuais de assegurar o melhor crescimento e desenvolvimento infantil .</p><p>A introdução da vacina por Edward Jenner ocorreu em 1796. Seus estudos</p><p>culminaram com o surgimento da vacina contra a varíola. A forma liofilizada</p><p>(formato em pó para diluição) surgiu apenas em 1917.</p><p>Século XIX: início da evolução científica da pediatria</p><p>Foi a partir do século XIX que observamos mudanças significativas na história</p><p>da pediatria, pois foi nesse período em que a ciência evoluiu e transformou a</p><p>humanidade por meio dos estudos na área infantil.</p><p>No século XIX, houve melhor qualificação dos profissionais médicos, das</p><p>parteiras e do desenvolvimento das</p><p>técnicas de cuidados ao parto, principalmente</p><p>com o avanço da fisiologia e anatomia.</p><p>Charles-Michael Billard (1800 –1832) publicou o primeiro texto sistemáti-</p><p>co clínico patológico sobre o recém-nascido, Traité des Maladies des Enfants</p><p>Nouveau-Nés et à la Mamelle (1818), sendo considerado um dos pioneiros da</p><p>medicina neonatal.</p><p>Florence Nightingale (1820–1910), a precursora da enfermagem mundial,</p><p>contribui para a ciência pediátrica, Ela descreveu que os cuidados promocionais</p><p>de saúde são fundamentais para a manutenção do bem-estar da criança, evitando</p><p>a mortalidade que ela vivenciou em Londres, na Inglaterra.</p><p>James Blundell (1834) recomendava a insuflação pulmonar por meio da aplicação</p><p>de um cateter endotraqueal em prata como método de oferta ventilatória a criança.</p><p>Assegurar o melhor</p><p>crescimento e</p><p>desenvolvimento</p><p>infantil</p><p>1</p><p>1</p><p>https://www.sbp.com.br/academia-brasileira-de-pediatria/institucional/quadro-de-titulares/carlos-arthur-moncorvo-filho/</p><p>Pierre Budin (1846–1907) foi considerado o criador da Neonatologia moderna,</p><p>termo que viria a ser introduzido na nomenclatura médica somente em 1963 por</p><p>Alexander Schaffer. A neonatologia teve seu marco inicial com o obstetra francês</p><p>Pierre Budin, que estendeu sua preocupação com os recém-nascidos além das salas</p><p>de parto. Budin criou um ambulatório de puericultura no Hospital Charité, em Pa-</p><p>ris, no ano de 1892. Seus métodos passaram a formar a base da medicina neonatal,</p><p>além de ter sido o autor da primeira publicação sobre a prematuridade, em 1888.</p><p>Budin e colaboradores (1846–1907), ainda, recomendaram a alimentação do</p><p>recém-nascido por sonda nasal como forma de realizar a nutrição de recém-nas-</p><p>cidos. Tarnier (1828–1897) complementou os estudos da nutrição invasiva e fez</p><p>a apologia do aleitamento materno e da nutrição do prematuro por intubação</p><p>nasal e oral. A nutrição parenteral emergiu somente na década de 1980.</p><p>Bouchet (1865–1883) é autor do Tratado prático das doenças dos recém-nas-</p><p>cidos, lactentes e da segunda infância, e Variot (1900–1908), autor de várias pu-</p><p>blicações sobre nutrição, higiene e doenças dos lactentes.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>A ciência pediátrica ultrapassou as fronteiras da Europa e se direcionou a</p><p>outros continentes, como América, citando os Estados Unidos, em 1870, que</p><p>sofreu a influência alemã, no fim do século XIX, e francesa, no começo do século</p><p>seguinte, e no Brasil, em 1882, por Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo.</p><p>Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo (1846–1901) é considerado o pai da</p><p>Pediatria Brasileira. Esse médico realizou a implantação da pediatria como ciên-</p><p>cia no país, em 1882. Dr. Arthur iniciou suas práticas na cidade do Rio de Janeiro</p><p>e era membro da Academia de Medicina de Paris, o qual, por meio de sua vivên-</p><p>cia, publicou vários estudos sobre a temática, sendo pioneiro na implementação</p><p>da pediatria como área de abrangência, nos cursos de medicina da sua época.</p><p>O médico Carlos Arthur Moncorvo observou em sua vivência clínica que</p><p>a avaliação da criança era desprovida de semiologia específica e de terapêutica</p><p>adequada. Em 1882, implantou no andar térreo do Arquivo Público, com a pre-</p><p>sença do Imperador D. Pedro II, o primeiro serviço de moléstias de crianças no</p><p>Brasil, um marco no cuidado à criança na saúde pública brasileira.</p><p>A construção do primeiro hospital infantil em Paris, em 1802, também,</p><p>foi considerada o marco inicial da pediatria no mundo e foi dessa mesma nacio-</p><p>nalidade que emergiu o conceito de puericultura.</p><p>Os primeiros médicos pediatras no Brasil, no século XIX, argumentavam que</p><p>a criança não era um “miniadulto”, observava-se que era necessário um cuidado</p><p>especializado na assistência em saúde a esse público.</p><p>Em 1888, Karl Siegmend Credé introduziu, na prática clínica, o nitrato de</p><p>prata a 2%, na prevenção da conjuntivite neonatal, também conhecido como</p><p>método crede. Esse método é rotineiro nas maternidades, e ele, hoje em dia, conta</p><p>com substâncias melhores no cuidado neonatal, como: eritromicina, tetraciclina</p><p>e a povidona (colírio).</p><p>No final do século XIX, foram realizadas ações que visavam reduzir a elevada</p><p>mortalidade infantil de crianças nascidas vivas, tendo como meta a prevenção de</p><p>óbitos ocasionados por gastroenterites ou distúrbios respiratórios.</p><p>1</p><p>4</p><p>https://www.sbp.com.br/academia-brasileira-de-pediatria/patronos-e-titulares/carlos-arthur-moncorvo-de-figueiredo/</p><p>Julius Hesse e Evelyn Lundeen (1922), no Michael Reese Hospital (Chicago), pre-</p><p>conizou a manipulação mínima do recém-nascido, devido à neuroproteção, e a</p><p>lavagem frequente das mãos, de forma adequada e específica, na unidade de cui-</p><p>dados do recém-nascido. Sabe-se que essas medidas reduzem o índice de infec-</p><p>ções em unidades de internação neonatal. Hoje, sabe-se que a lavagem das mãos</p><p>reduz a microbiota transitória da pele, evitando infecção cruzada entre pacientes,</p><p>principalmente na terapia intensiva, onde o risco de doenças oportunistas é maior.</p><p>Em 1927, o Abrigo-Hospital Artur Bernardes passou a ter a obrigatoriedade</p><p>de acompanhamento das mães junto a seus filhos em internamento. Isso pro-</p><p>porcionou a redução de depressão infantil nos hospitais, sendo adotado como</p><p>cuidado humanizado na assistência à saúde nos dias atuais.</p><p>No período da II Guerra Mundial (1939–1945), ocorreram descobertas</p><p>sobre patologias na prematuridade. Os pediatras se dedicaram ao estudo e, em</p><p>colaboração com patologistas, identificaram a doença da membrana hialina. Essa</p><p>é uma situação clínica relacionada com a imaturidade pulmonar na síntese do</p><p>surfactante pulmonar.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Na década de 1950, ocorreu a introdução da fototerapia para o tratamento</p><p>da hiperbilirrubinemia neonatal, condição clínica ocasionada pela imaturidade</p><p>hepática, por exemplo,ocasionando icterícia (amarelamento da pele) e, em ex-</p><p>cesso, podendo ocorrer o aparecimento de Kernicterus.</p><p>Diamond e colaboradores (1951) descrevem como entidade nosológica única</p><p>a eritroblastose fetal, que se refere à doença Hemolítica Perinatal (DHPN) e se</p><p>manifesta quando mãe e bebê possuem sangue incompatível (fator RH). Em</p><p>complementação a essa informação, houve o surgimento do procedimento de</p><p>cateterização da veia umbilical para a exsanguíneo transfusão, nessa condição.</p><p>Diamond e colaboradores (1951), também, contribuíram nos estudos que</p><p>descrevem os efeitos nocivos da hipotermia como desordem metabólica, necessi-</p><p>tando de assistência, como no caso de prematuros que precisam usar incubadora.</p><p>História da avaliação do bem-estar neonatal</p><p>Em 1953, Virgínia Apgar criou o método de avaliação do estado do recém-nascido</p><p>do 1º ao 5º minuto de nascimento. Esse método chamado escore de apgar descreve</p><p>o estado de vitalidade da criança após seu nascimento. A avaliação consiste em</p><p>analisar cor, frequência cardíaca, respiração, irritabilidade reflexa e tônus muscular.</p><p>Cada item recebe uma nota de zero a dois, podendo somar até dez pontos.</p><p>A maioria dos bebês, no escore de apgar, nasce em ótimas condições, com</p><p>nota geral de oito a dez. Abaixo disso, os índices revelam dificuldades: 7 (leve),</p><p>de 4 a 6 (moderada) e de 0 a 3 (grave). Bebês com 8–10 pontos, no primeiro e</p><p>quinto minuto, seguirão a rotina de cuidados gerais. Bebês entre 7 e 4 precisam</p><p>de suporte avançado de cuidados, como na asfixia, uso de suporte ventilatório</p><p>de oxigenoterapia. Já escores abaixo de 3 necessitam de reanimação neonatal e</p><p>cuidados avançados na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN).</p><p>Surgimento da UTI neonatal em âmbito brasileiro</p><p>Na década de 1970, assistiu-se ao aparecimento das unidades intensivas neona-</p><p>tais, com o trabalho de profissionais capacitados a assistir esse público de forma</p><p>direcionada. Nessas unidades, foram implementados, por exemplo, o tratamento</p><p>com ventilação invasiva associada à pressão positiva de vias aéreas.</p><p>1</p><p>1</p><p>Nesse mesmo período, também, houve a inserção de avaliação das gasometrias</p><p>nessas unidades, que consiste em realizar a retirada de sangue, preferencialmente</p><p>arterial, a fim de identificar o teor de oxigenação sanguínea e o teor de eletrólitos</p><p>corporais, tal como bicarbonato de sódio como forma de rastrear patologias.</p><p>Outra conduta adotada a partir da década de 1970, no ramo da assistência</p><p>neonatal, foi a implementação da ministração de glicocorticóides à parturiente</p><p>nas primeiras horas antes do parto, ainda na década de 1970. Essa medida tinha</p><p>como objetivo promover a estimulação da maturidade pulmonar fetal. Também,</p><p>ocorreu, na década 1990, a introdução do surfactante exógeno, que tinha como</p><p>finalidade maturar o pulmão do recém-nascido.</p><p>Na década de 1980, introduziu-se a oxigenação extracorpórea por membra-</p><p>na nas situações de falência pulmonar. Essa tecnologia proporciona tempo para</p><p>descanso pulmonar e/ou cardíaco para recuperação em situações de estresse por</p><p>fatores intrínsecos ou extrínsecos.</p><p>ASPECTOS HISTÓRICOS DA TECNOLOGIA NA PEDIATRIA</p><p>A tecnologia é uma aliada na sobrevida de recém-nascidos, especialmente pre-</p><p>maturos. A evolução da ciência pode influenciar na redução da mortalidade bem</p><p>evidente antes do século XX. Algumas terapias utilizadas na neonatologia foram</p><p>inventadas por pesquisadores para revolucionar, sendo presentes em unidades</p><p>neonatais. Pode-se citar incubadora neonatal, que foi feita com o intuito de ma-</p><p>nutenção homeotérmica da criança</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Incubadora neonatal</p><p>Figura 1 - Incubadora Neonatal</p><p>Descrição da Imagem: bebê recém-nascido com fralda, touca na cabeça e fitas de identificação nos pés. Visivel-</p><p>mente, ele está em uma incubadora neonatal. Fim da descrição.</p><p>No final do século XIX, ocorreu evolução na área obstétrica e neonatal, como o</p><p>surgimento das incubadoras. Os aspectos históricos sobre as incubadoras emer-</p><p>giram do século XIX, em que um funcionário do zoológico de Paris desenvolveu,</p><p>a pedido do professor e obstetra parisiense, Stephane Etienne Tarnier, uma incu-</p><p>badora semelhante a uma chocadeira de ovos de galinha. Em 1880, o professor</p><p>apresentou essa incubadora, que foi instalada na Maternidade de Paris.</p><p>As incubadoras estavam sendo utilizadas no tratamento de crianças prema-</p><p>turas com sucesso por Martin Coney, sendo esse aluno de Budin o denominado</p><p>criador da neonatologia moderna. Essa tecnologia foi encaminhada aos Estados</p><p>Unidos, em 1896, onde foi aperfeiçoada e direcionada a oferecer cuidados espe-</p><p>cializados a crianças prematuras.</p><p>A função primordial da incubadora neonatal é a manutenção térmica da</p><p>criança. Além disso, ela proporciona a manutenção metabólica do organismo</p><p>do recém-nascido.</p><p>1</p><p>8</p><p>Vale ressaltar que a Tarnier coube a idealização da primeira incubadora (1878),</p><p>mas ela foi aperfeiçoada por Budin em termos de implementação de normativas</p><p>de cuidados com o instrumento, tal como a realização de limpeza rotineira da</p><p>incubadora, da higiene e de nutrição do recém-nascido.</p><p>Ventilação Mecânica na neonatologia</p><p>A ventilação pulmonar foi descrita, pela primeira vez, por Hoerder (1909), mas</p><p>foi August Ritter von Reuss que apresentou a descrição da ventilação com pressão</p><p>positiva contínua, que, atualmente, chamamos de ventilação por pressão positiva</p><p>(VPP), em que ocorre a oferta de oxigênio ao paciente que apresente seu déficit.</p><p>A ventilação mecânica é um dos recursos mais evidentes em terapia inten-</p><p>siva neonatal, pois realiza a manutenção da função pulmonar e, consequente-</p><p>mente, leva à oxigenação das células. A equipe de enfermagem deve estar atenta</p><p>se ocorre oferta ventilatória adequada e se o sistema é manuseado de forma</p><p>asséptica. Isso culmina em menos incidência a infecções e, consequentemente,</p><p>em uma possível sepse neonatal.</p><p>Fototerapia no tratamento da hiperbilirrubinemia neonatal</p><p>A tecnologia de fototerapia é a mais usual nos casos de hiperbilirrubinemia neo-</p><p>natal. Ela está relacionada ao aumento da bilirrubina no recém-nascido, eviden-</p><p>ciado pelo surgimento de pele ictérica no neonato.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>A ideia da utilização do aparelho de fototerapia surgiu na década de 1950 pela</p><p>observação de uma enfermeira, J. Ward, chefe da unidade de prematuros de um</p><p>hospital na Inglaterra. J. Ward percebeu que as crianças diminuíram o tom ama-</p><p>relado da pele quando expostas à luz solar, quando dormiam próximas da janela</p><p>ou tomavam banho de sol no jardim do Rockford General Hospital, na cidade</p><p>de Essex. A primeira referência escrita sobre a icterícia não patológica data de</p><p>1973 e se deve a Bartolomeu Metlinger.</p><p>A hiperbilirrubinemia acontece devido ao acúmulo de bilirrubina nos tecidos,</p><p>geralmente por alteração hepática. Ao usar a fototerapia, a criança tende a de-</p><p>gradar a bilirrubina conjugada ao tegumento, que entra na corrente sanguínea e é</p><p>eliminada em forma solúvel, no sistema renal. Em modo patológico, pode chegar</p><p>ao quadro de kernicterus, ocasionando alterações neurológicas ao recém-nascido.</p><p>Crianças nesse tratamento precisam de cuidados especiais, como cobertura</p><p>em região ocular, para se proteger da incidência da luz de fototerapia, mudança</p><p>de decúbito e despido, para que a luz chegue nas áreas ictéricas, ingesta hídrica</p><p>e aleitamento materno em livre demanda; a luz não pode estar muito próxima</p><p>para não ocasionar bronzeamento no neonato.</p><p>Figura 2 - Fototerapia</p><p>Descrição da Imagem: bebê em berço hospitalar. Ele está com venda nos olhos, com uma forte luz azul acima</p><p>dele. Fim da descrição.</p><p>4</p><p>1</p><p>ENFERMAGEM PEDIÁTRICA E NEONATAL NA ATUALIDADE</p><p>A pediatria avançou consideravelmente. A tecnologia proporcionou essa maior abran-</p><p>gência e auxiliou a salvar inúmeras crianças, principalmente por causas evitáveis, como</p><p>a hipotermia, que é um dos fatores de alteração homeostática de recém-nascidos pre-</p><p>maturos que se encontram em incubadoras para manutenção térmica e metabólica.</p><p>Além das incubadoras, outras tecnologias surgiram como instrumentos de</p><p>cuidado em saúde. Pode-se citar: os cateteres venosos, que emergiram com a função</p><p>de repor fluidos no organismo, como o soro fisiológico a 0,9%; as sondas vesicais e</p><p>nutricionais, que foram inventadas como métodos de acesso invasivo para realizar</p><p>ações de cuidado de oferta de nutrientes ao paciente que não consegue deglutir</p><p>independentemente (sondas nutricionais), e as vesicais como forma de eliminação</p><p>de diurese e balanço hídrico, que auxilia a identificar anormalidades a nível renal;</p><p>o tubo endotraqueal, que surgiu com a finalidade de manter, invasivamente, a oxi-</p><p>genação pulmonar; e a bomba de infusão, equipamento tecnológico para controle</p><p>de infusão de medicamentos e fluidos em via endovenosa do paciente.</p><p>Cateteres venosos na pediatria e neonatologia</p><p>Sobre cateteres venosos, teceremos um dos mais específicos em UTI neonatal,</p><p>denominado PICC. O cateter central de inserção periférica (PICC) veio contri-</p><p>buir com a atenção à terapêutica de infusão vascular. Esse cateter evita múltiplas</p><p>punções venosas no neonato e na criança, proporcionando conforto e proteção</p><p>neural e orgânica da criança.</p><p>O PICC tem íntima história de surgimento em unidades neonatais e, hoje,</p><p>tem como função manter a soroterapia, a nutrição e a administração de medi-</p><p>camentos em unidades de maternidade e terapia intensiva pediátrica e neonatal.</p><p>O cateter PICC surgiu com a necessidade de uso nos recém-nascidos e nas</p><p>crianças hospitalizadas que necessitam de terapia intravenosa por tempo prolon-</p><p>gado. Sua implementação aconteceu em 1970, em unidades de terapia intensiva</p><p>neonatal, com a finalidade de administrar dieta parenteral. Porém somente che-</p><p>gou ao Brasil em 1990, com sua regulamentação de inserção, manejo, manuten-</p><p>ção e retirada por enfermeiros, na Resolução COFEN nº 258, de 12 de julho de</p><p>2001, após ter sido submetido à qualificação e/ou capacitação profissional para</p><p>tal procedimento, pois requer competência técnico-científica para realizá-lo.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Por fim, há disponível, nas unidades neonatais, o cateter de inserção umbi-</p><p>lical. Esse cateter surgiu como opção na terapia de infusão de fluidos e</p><p>medica-</p><p>ções. Essa via é exclusiva na neonatologia e somente poderá ser mantida por, no</p><p>máximo, cinco dias. O dispositivo poderá ser inserido em salas de parto, nos</p><p>casos de reanimação neonatal, para infusão de fluidos, ou na unidade de terapia</p><p>intensiva neonatal. A responsabilidade da manutenção e do cuidado é da equi-</p><p>pe de enfermagem. Sua retirada acontece por meio da indicação do médico ou</p><p>enfermeiro habilitado nesse procedimento.</p><p>Leia a resolução de enfermagem COFEN 388, de 18 de outubro de 2011, que</p><p>normatiza a execução, pelo enfermeiro, do acesso venoso, via cateterismo um-</p><p>bilical, habilitando-o a realizar esse procedimento na íntegra. Isso lhe proporcio-</p><p>nará maior conhecimento sobre o que estudamos anteriormente e sobre um dos</p><p>procedimentos que você poderá realizar.</p><p>https://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-3882011/.</p><p>EU INDICO</p><p>De modo geral, é fundamental que os profissionais de enfermagem adquiram co-</p><p>nhecimentos sólidos sobre a história, os conceitos e os pressupostos da enfermagem</p><p>neonatológica e pediátrica. Essa compreensão proporciona uma base essencial para o</p><p>cuidado eficaz e compassivo de bebês e crianças, permitindo que os enfermeiros en-</p><p>tendam não apenas as necessidades clínicas específicas desses pacientes, mas também</p><p>as complexidades emocionais e familiares envolvidas. Conhecer a evolução da enfer-</p><p>magem nessas áreas, seus princípios e suas abordagens</p><p>terapêuticas ajuda os profissionais a fornecerem um</p><p>cuidado holístico e centrado no paciente , promoven-</p><p>do melhores resultados de saúde e bem-estar infantil.</p><p>Gostou do que discutimos até aqui? Tenho mais para conversar com você sobre</p><p>esse tema, vamos lá?! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do am-</p><p>biente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>Um cuidado</p><p>holístico e centrado</p><p>no paciente</p><p>4</p><p>1</p><p>https://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-3882011/</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Conhecer o processo histórico, refletir sobre os acontecimentos passados e pla-</p><p>nejar o futuro nos faz pensar sobre o presente. A contribuição da história está in-</p><p>timamente relacionada a mudanças de paradigmas na assistência em saúde. Para</p><p>a pediatria se tornar o que é hoje, houve inúmeras evoluções, principalmente no</p><p>aspecto de tecnologia. A tecnologia veio para acrescentar no cuidado à criança,</p><p>aumentar a sobrevida dos recém-nascidos, a exemplo dos prematuros. No entan-</p><p>to, ainda, enfrentamos desafios, como a falta de preparo de alguns profissionais</p><p>e a necessidade contínua de aprimoramento e atualização.</p><p>Para o futuro profissional da enfermagem, isso significa buscar constante-</p><p>mente o aperfeiçoamento, utilizar a tecnologia de forma inteligente e aplicar o</p><p>conhecimento em benefício dos pacientes. Desde o cuidado aos recém-nascidos</p><p>até o apoio às famílias, é crucial buscar a excelência na assistência em saúde e</p><p>continuar evoluindo profissionalmente para enfrentar os desafios com eficácia.</p><p>É primordial que o profissional da enfermagem domine os aspectos fun-</p><p>damentais da enfermagem neonatologia e pediátrica, pois enfrentará diversas</p><p>situações práticas em seu campo de atuação. Dominar a história, os conceitos e os</p><p>pressupostos dessas áreas da enfermagem são essenciais para lidar com destreza</p><p>e eficiência com os desafios e garantir um cuidado de excelência.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>1. A introdução da vacina por Edward Jenner ocorreu em 1796. Seus estudos culminaram com</p><p>o surgimento de vacina para combater a doença da época (FERRAZ; GUIMARÃES, [s. d.]).</p><p>FERRAZ, A. R.; GUIMARÃES, H. História da Neonatologia no Mundo. [S. l.: s. n.], [s. d.]. Disponível em:</p><p>https://www.spneonatologia.pt/wp-content/uploads/2016/11/historia_da_neonatologia_no_mundo.</p><p>pdf. Acesso em: 26 fev. 2024.</p><p>Sobre a vacina criada por Jenner, como ela se chama?</p><p>a) Dengue.</p><p>b) Febre amarela.</p><p>c) Varíola.</p><p>d) Covid -19.</p><p>e) Varicela.</p><p>2. Em 1888, Karl Siegmend Credé introduziu o conhecido método crede. Na prática clínica, o</p><p>nitrato de prata a 2% encontra-se na rotina das maternidades direcionada a recém-nascidos</p><p>(FERRAZ; GUIMARÃES, [s. d.]).</p><p>FERRAZ, A. R.; GUIMARÃES, H. História da Neonatologia no Mundo. [S. l.: s. n.], [s. d.]. Disponível em:</p><p>https://www.spneonatologia.pt/wp-content/uploads/2016/11/historia_da_neonatologia_no_mundo.</p><p>pdf. Acesso em: 26 fev. 2024.</p><p>Sobre esse método, qual sua finalidade na neonatologia?</p><p>a) Prevenção da conjuntivite neonatal.</p><p>b) Prevenção de problemas hepáticos.</p><p>c) Prevenção de problemas hematológicos.</p><p>d) Prevenção de problemas relacionados ao sistema renal.</p><p>e) Prevenção de problemas neuropsicomotores.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>4</p><p>4</p><p>3. A civilização contraindicava a circuncisão, que é a retirada do prepúcio dos homens, sendo,</p><p>nesses casos, normalmente, efetuada no oitavo dia de vida, como descrito no livro bíblico</p><p>de Gênesis em pessoas com problemas hematológicos (FERRAZ; GUIMARÃES, [s. d.]).</p><p>FERRAZ, A. R.; GUIMARÃES, H. História da Neonatologia no Mundo. [S. l.: s. n.], [s. d.]. Disponível em:</p><p>https://www.spneonatologia.pt/wp-content/uploads/2016/11/historia_da_neonatologia_no_mundo.</p><p>pdf. Acesso em: 26 fev. 2024.</p><p>Sobre a civilização que preconizava no oitavo dia de vida a circuncisão como medida de</p><p>cultura em seu povo, assinale a alternativa que a corresponde:</p><p>a) Povo hebreu.</p><p>b) Povo brâmane e japonês.</p><p>c) Povo americano.</p><p>d) Povo sulino.</p><p>e) Povo europeu.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>4</p><p>5</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CARDOSO, F. M. V. D.; SOUSA, M. do C. M. P. e. Ensino de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediá-</p><p>trica: importância da interdisciplinaridade na sua evolução. História da Ciência e do Ensino. v.</p><p>20, p. 352-360, 2019. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/hcensino/article/do-</p><p>wnload/44783/31002/134180. Acesso em: 26 fev. 2024.</p><p>EBSERH. Procedimentos invasivos em pediatria. Brasília: EBSERH, 2023. Acesso em: 26 fev.</p><p>2024. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudes-</p><p>te/hc-uftm/documentos/manuais/MA.UTIPN.001ProcedimentosInvasivosemNeonatologiae-</p><p>Pediatria.pdf. Acesso em: 26 fev. 2024.</p><p>FERRAZ, A. R.; GUIMARÃES, H. História da Neonatologia no Mundo. [S. l.: s. n.], [s. d.]. Disponível</p><p>em: https://www.spneonatologia.pt/wp-content/uploads/2016/11/historia_da_neonatologia_</p><p>no_mundo.pdf. Acesso em: 26 fev. 2024.</p><p>RODRIGUES, R. G.; OLIVEIRA, I. C. S. Os primórdios da assistência aos recém-nascidos no exte-</p><p>rior e no Brasil: perspectivas para o saber de enfermagem na neonatologia (1870-1903). Revista</p><p>Eletrônica de Enfermagem, v. 6, n. 2, 2004. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fen/article/</p><p>view/809/923. Acesso em: 26 fev. 2024.</p><p>OLIVEIRA, I. C. S.; RODRIGUES, R. G. Assistência ao recém-nascido: perspectivas para o saber</p><p>de enfermagem em neonatologia (1937-1979). Texto & contexto - Enfermagem, v. 14, n. 4, dez.</p><p>2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/scD7JKSGzrxwBVdLk7BqQtw/. Acesso em:</p><p>26 fev. 2024.</p><p>OLIVEIRA, R. de. et al. Cateter central de inserção periférica em pediatria e neonatologia: pos-</p><p>sibilidades de sistematização em hospital universitário. Esc . Anna Nery, v. 18, n. 3, p. 379-385,</p><p>2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/sLmgQQLnxZJ4pdyvZdjkw9c/?format=p-</p><p>df&lang=pt. Acesso em: 26 fev. 2024.</p><p>TONELLI, E. Primórdios da pediatria brasileira. Revista Médica de Minas Gerais, v. 22, n. 1, p.</p><p>1-128, 2012. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Carlos_Arthur_</p><p>Moncorvo_de_Figueiredo_-_Primordios_da_Pediatria__Dr._Edward_Tonelli_.pdf. Acesso em:</p><p>26 fev. 2024.</p><p>4</p><p>1</p><p>1. Opção C. A vacina criada por Jenner foi a vacina contra a varíola em meados de 1796.</p><p>2. Opção A. Em 1888, Karl Siegmend Credé introduziu, na prática clínica, o nitrato de prata a</p><p>2%, na prevenção da conjuntivite neonatal, ou oftalmia gonocócica, também, conhecido</p><p>como método crede. Esse método é rotineiro nas maternidades, e ele, hoje em dia, conta</p><p>com substâncias melhores no cuidado neonatal, como eritromicina, tetraciclina e povidona</p><p>(colírio). Portanto,</p><p>3. Opção A. Os hebraicos, também, contribuíram com a primeira descrição histórica da</p><p>hemofilia, que é um distúrbio</p><p>genético e hereditário que afeta a coagulação do sangue.</p><p>Os hebraicos contraindicavam a circuncisão, que é a retirada do prepúcio dos homens,</p><p>sendo, nesses casos, normalmente, efetuada no oitavo dia de vida, como descrito no</p><p>livro bíblico de Gênesis.</p><p>GABARITO</p><p>4</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>ASSISTÊNCIA DE</p><p>ENFERMAGEM NA SALA</p><p>DE PARTO AO RECÉM-NASCIDO</p><p>Conhecer a competência da enfermagem em sala de parto.</p><p>Identificar os cuidados a recém-nascidos em maternidades.</p><p>Abordar os fatores interferentes do cuidado a neonatos em sala de parto.</p><p>Analisar cada procedimento realizado ao neonato.</p><p>Conhecer a intervenção da equipe de saúde em casos de reanimação neonatal</p><p>em sala de parto.</p><p>Detectar as avaliações que o enfermeiro realiza em sala de parto, como o apgar e</p><p>outros de relevância.</p><p>Compreender a importância do cuidado de enfermagem em salas de parto.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3</p><p>4</p><p>8</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A sala de parto é o local das maternidades onde ocorre o nascimento, seja ele</p><p>natural (parto vaginal), seja cesáreo (parto cirúrgico), e compreender o processo</p><p>de nascimento é algo singular, pois emerge inúmeras emoções, tanto da família</p><p>quanto dos profissionais que o assistem.</p><p>As maternidades fazem parte da política da</p><p>rede cegonha, que tem como objetivo o cuidado</p><p>de qualidade e humanizado a todas as mulheres e</p><p>crianças . Essa estratégia visa reduzir os índices de</p><p>mortalidade ao nascimento, como na ação Quali-</p><p>neo do Ministério da Saúde em parceria com a Fun-</p><p>dação Oswaldo Cruz ( FioCruz).</p><p>Cuidado de</p><p>qualidade e</p><p>humanizado a</p><p>todas as mulheres</p><p>e crianças</p><p>Convido você a assistir ao podcast que retrata sobre A enfermagem no contexto</p><p>do cuidado a recém-nascidos em salas de parto. Não perca esse tema de suma</p><p>importância clínica na assistência de enfermagem em saúde da criança. Recursos</p><p>de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>Os cuidados com a criança entram num contexto amplo, desde os fatores internos</p><p>quanto externos. As ações e avaliações em saúde baseiam-se de acordo com o</p><p>que é evidenciado pela criança assim que nasce, como a respiração, a frequên-</p><p>cia cardíaca, o tônus muscular e a estabilidade glicêmica e térmica. Todas essas</p><p>avaliações indicam o estado de saúde da criança para que o profissional de saúde</p><p>possa tomar uma conduta mais assertiva.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CENTRO DE PARTO</p><p>NORMAL (CPN)</p><p>Segundo Medina et al. (2023), a criação dos Centros de Parto Normal (CPN) em</p><p>São Paulo, em 1998, foi o marco da mudança no modelo de atenção ao processo</p><p>de parto no Brasil, sendo esse um local seguro que oferece cuidados centrados</p><p>na mãe e no bebê, com assistência de qualidade.</p><p>Santos Filho e Souza (2021) descrevem que a sala de parto é o espaço nas</p><p>instalações hospitalares dedicado ao momento do nascimento, seja por via na-</p><p>tural, seja por meio de cesariana, e que entender esse processo de nascimento é</p><p>único, pois é marcado por uma gama de emoções intensas, tanto por parte da</p><p>família, que aguarda ansiosamente, quanto pelos profissionais de saúde, que estão</p><p>presentes para assistir e garantir um parto seguro.</p><p>A enfermagem, em seu processo de trabalho em sala de parto, promove inú-</p><p>meros cuidados ao binômio mãe-bebê. A equipe deve estar pronta para prestar</p><p>um cuidado acolhedor, seguro, humanizado e livre de danos.</p><p>As maternidades do Brasil encontram-se em alinhamento com a rede cegonha,</p><p>em que se preconiza tanto o cuidado à parturiente quanto ao recém-nascido (RN).</p><p>Esses cuidados visam à manutenção de saúde e à estabilidade dos parâmetros fi-</p><p>siológicos, como o controle de possível hipotermia e prevenção de hipoglicemia</p><p>ao nascer. Essas condições afetam intimamente o metabolismo do recém-nascido.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Para dar seguimento em nossa conversa sobre essa temática, segue um artigo</p><p>científico, denominado Assistência de enfermagem ao recém-nascido na sala de</p><p>parto, que resgatará alguns aspectos de conhecimento comum, para darmos os</p><p>passos rumo ao conteúdo a ser estudado. https://revistaft.com.br/assistencia-de-</p><p>enfermagem-ao-recem-nascido-na-sala-de-parto/.</p><p>5</p><p>1</p><p>https://revistaft.com.br/assistencia-de-enfermagem-ao-recem-nascido-na-sala-de-parto/</p><p>https://revistaft.com.br/assistencia-de-enfermagem-ao-recem-nascido-na-sala-de-parto/</p><p>Ao nascer, a criança deverá estar em ambiente termoneutro. Nos manuais do</p><p>Ministério da Saúde, é preconizada uma temperatura ambiente na maternidade</p><p>em média de 25°C. Sendo necessária, também, a implementação de uso de rou-</p><p>pa e gorro em região de fontanelas, pois, se estiverem sem essa medida, poderá</p><p>ocorrer perda de calor. Neonatos com hipotermia apresentam cianose de extre-</p><p>midades, então, poderá ser implementado o contato pele a pele para aquecimento</p><p>do recém-nascido, de forma natural, no corpo da mãe, e, também, é promovido</p><p>o alicerçamento de vínculo do binômio.</p><p>Ainda no CPN, os recém-nascidos recebem cuidados estabelecidos para sua</p><p>homeostase corporal, e esses cuidados são realizados em sua maioria pela en-</p><p>fermagem, conforme descrito a seguir por Rezer, Silva e Faustino (2022, s.p.).</p><p>“ Os cuidados imediatos são aqueles realizados logo após o nascimento</p><p>da criança, envolve o primeiro contato do RN com a mãe, cuidados</p><p>com cordão umbilical (clampeamento tardio e corte), estímulo do pri-</p><p>meiro aleitamento materno, realização do índice de Apgar do primeiro,</p><p>quinto e décimo minutos e procedimentos assistenciais no exame físico</p><p>simplificado, aplicação da vacina da Hepatite B, aplicação do nitrato de</p><p>prata, vitamina K e aspiração da boca e nariz quando necessário.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>O banho do RN deve ser feito nos cuidados mediatos, pois a prioridade deve ser ao</p><p>controle térmico, aleitamento materno e alicerçamento de vínculo entre o binômio.</p><p>O banho do neonato deve ser humanizado, a água deve estar em temperatura ideal</p><p>e sem a retirada total do vérnix caseoso, que é uma substância esbranquiçada que</p><p>confere proteção térmica e que se encontra aderido à pele do neonato.</p><p>Figura 1 - Banho do RN e cuidado com o vérnix caseoso</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um recém-nascido em sala de parto recebendo os cuidados imediatos</p><p>pós-nascimento. Na imagem em questão, está ocorrendo, pelo profissional de enfermagem, a limpeza ocular com</p><p>gaze estéril. Fim da descrição.</p><p>A hipoglicemia é uma condição clínica que, também, pode afetar o recém-nasci-</p><p>do em sala de parto. Os sinais que a indicam são neonatos torporosos ou letárgi-</p><p>cos. Medida simples de reversão da hipoglicemia no neonato é a implementação</p><p>da amamentação ao nascer, que deverá ser implementada nos serviços de saúde</p><p>onde ocorra o cuidado. A amamentação, além de ser protetora com a presença</p><p>de IgA, também, ocasiona nutrição e elevação dos níveis de glicose, aumentan-</p><p>do, assim, os índices glicêmicos na corrente sanguínea. Caso essas medidas não</p><p>proporcionem resolução, deverá ser administrada por via endovenosa, sob forma</p><p>de soro glicosado, conforme prescrição médica.</p><p>5</p><p>1</p><p>A detecção da hipoglicemia é feita de forma clínica (inspeção), complemen-</p><p>tado com o uso de glicosímetro. Esse aparelho identifica os níveis endógenos</p><p>periféricos da glicemia capilar. Sua forma de realização em recém-nascidos é a</p><p>punção em região lateral do calcâneo com lanceta, após isso, faz-se a leitura</p><p>do resultado que se encontra em miligramas por decilitro (mg/dl). Resultados de</p><p>“HI” indicam níveis altos de glicemia, e “LO”, níveis baixos de glicemia.</p><p>Figura 2 - Local de punção com lanceta para glicemia capilar</p><p>Descrição da Imagem: na figura, observa-se região plantar de ambos os pés de um recém-nascido, em que, em</p><p>cada lateralidade de calcâneo, é feita a punção para glicemia capilar periférica. Fim da descrição.</p><p>O profissional de enfermagem deve estar atento aos sinais de problemas meta-</p><p>bólicos no recém-nascido, pois poderá ser necessário medidas mais invasivas</p><p>quando o aleitamento</p>

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