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<p>1</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Ementa</p><p> Tipos de Pontes e Viadutos;</p><p> Trem-tipo e Veículo-tipo;</p><p> Normas técnicas de projeto de pontes;</p><p> Pontes em arco, estaiadas, suspensas e treliçadas;</p><p> Cálculo estrutural da infraestrutura, megaestrutura e superestrutura das pontes;</p><p> Aparelhos de apoio;</p><p> Manutenção das pontes;</p><p> Estruturas de aeroportos, usinas hidrelétricas e metrôs.</p><p>Objetivos Gerais</p><p> Apresentar os conceitos básicos à elaboração de projetos executivos de estruturas</p><p>de grande porte em obras civis – pontes, viadutos, lajes de pistas de aeroportos</p><p>internacionais, estruturas de Usinas Hidrelétricas e de estações de metrôs.</p><p>2</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Objetivos Específicos</p><p> Capacitar o aluno para a elaboração de projetos estruturais de pontes, viadutos,</p><p>aeroportos, usinas hidrelétricas e metrôs, de modo que este esteja habilitado para</p><p>a responsabilidade profissional por suas estruturas.</p><p>Competências</p><p>✓ Desenvolver a capacidade de formular e conceber soluções na área de Engenharia</p><p>Civil, analisando e compreendendo as necessidades dos usuários e seu contexto;</p><p>✓ Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos e tecnológicos à Engenharia Civil;</p><p>✓ Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica;</p><p>✓ Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares;</p><p>✓ Utilizar conhecimentos técnicos para conceber e projetar obras civis;</p><p>✓ Integrar conhecimentos para planejar, supervisionar, elaborar, coordenar e</p><p>executar projetos e serviços de Engª Civil;</p><p>3</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>4</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Competências (cont.)</p><p>✓ Identificar, formular e resolver problemas de Engenharia Civil;</p><p>✓ Desenvolver e utilizar novas ferramentas e técnicas para aplicação na área de</p><p>Engenharia Civil;</p><p>✓ Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos de Engenharia Civil;</p><p>✓ Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;</p><p>✓ Desenvolver atribuição técnica e gerencial para se responsabilizar legalmente por</p><p>projetos e gerenciamento de obras no âmbito de sua especialização.</p><p>5</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Conteúdo Programático</p><p>1. Introdução;</p><p>2. Projeto geométrico das pontes e viadutos;</p><p>3. Cálculo estrutural da infraestrutura das pontes: Tubulões, Estacas e Sapatas;</p><p>4. Cálculo estrutural da meso-estrutura das pontes;</p><p>5. Cálculo estrutural do tabuleiro das pontes rodoviárias e ferroviárias;</p><p>6. Dimensionamento dos encontros e dos aparelhos de apoio;</p><p>7. Dimensionamento de lajes protendidas de aeroportos internacionais;</p><p>8. Dimensionamento estrutural de tomadas d’água, casas de força e vertedouros de</p><p>usinas hidrelétricas;</p><p>9. Dimensionamento estrutural de obras subterrâneas de estações de metrôs.</p><p>6</p><p>Título: INFRAESTRUTURA DE PONTES DE VIGAS</p><p>Autores: FREITAS, Moacyr de</p><p>Editora: Blucher</p><p>Edição: 1ª (1º de janeiro de 2001)</p><p>Encadernação: Capa comum (brochura)</p><p>Nº de Páginas 104</p><p>Idioma: Português</p><p>ISBN-10: 9788521202905</p><p>ISBN-13: 978-8521202905</p><p>Preço (aprox.): R$ 48,00</p><p>Informações: Aborda um método geral de cálculo para a</p><p>distribuição de ações horizontais que agem na superestrutura de</p><p>pontes de vigas – nos elementos que constituem a respectiva</p><p>infraestrutura. Pela obrigatoriedade do estudo para o projeto</p><p>estrutural desses elementos, pretende-se que o texto represente</p><p>uma contribuição adicional à sua solução, por sua importância</p><p>para os profissionais dedicados ao projeto desse tipo de pontes.</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>7</p><p>Título: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CONSTRUÇÃO DE</p><p>PONTES DE CONCRETO</p><p>Autores: LEONHARDT, Fritz</p><p>Editora: Interciência</p><p>Edição: 1ª (2 de janeiro de 1979)</p><p>Encadernação: Capa comum (brochura)</p><p>Nº de Páginas 242</p><p>Idioma: Português</p><p>ISBN-10: 8571933375</p><p>ISBN-13: 978-8571933378</p><p>Preço (aprox.): R$ 105,00</p><p>Informações: A obra trata das pontes de concreto armado e</p><p>protendido, que tiveram um excepcional desenvolvimento nas</p><p>últimas décadas. O autor tem grande experiência específica sobre</p><p>o assunto, tendo contribuído através de numerosas inovações. O</p><p>surgimento do concreto protendido trouxe novas possibilidades à</p><p>construção de pontes, ampliando seu campo de aplicação.</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>8</p><p>Título: PONTES DE CONCRETO ARMADO</p><p>Autores: MARCHETTI, Osvaldemar</p><p>Editora: Blucher</p><p>Edição: 2ª (11 de maio de 2018)</p><p>Encadernação: Capa comum (brochura)</p><p>Nº de Páginas 246</p><p>Idioma: Português</p><p>ISBN-10: 9788521212782</p><p>ISBN-13: 978-8521212782</p><p>Preço (aprox.): R$ 55,00</p><p>Informações: Voltada a estudantes de Engª Civil, Arquitetura,</p><p>tecnólogos e profissionais de áreas correlatas, a obra abrange os</p><p>conceitos básicos de estabilidade a deslizamento e tombamento,</p><p>empuxos de terra e cálculo de armaduras, entre outros temas. O</p><p>texto usa recursos como ilustrações dos detalhes das armaduras e</p><p>tabelas relativas, apresentando os passos necessários para se</p><p>chegar ao resultado final de uma ponte de concreto armado.</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>9</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Bibliografia Complementar</p><p>SANTOS, A. “Estruturas Metálicas. Projeto e Detalhes para Fabricação”, Editora Mc</p><p>Graw-Hill, São Paulo, 1977.</p><p>SORIANO, HUMBERTO LIMA; “Análise das Estruturas: Método”, Editora Ciência</p><p>Moderna”, Editora Ciência Moderna, São Paulo, 2006.</p><p>SORIANO, HUMBERTO LIMA; “Método de Elementos Finitos em Análise de</p><p>Estruturas”, Editora Ciência Moderna, São Paulo, 2003.</p><p>CARVALHO, R.C.; PINHEIROS, L.M.; “Cálculo e Detalhamento de Estruturas</p><p>de Concreto Armado”, Volumes 1 e 2, Editora PINI, São Paulo, 2004.</p><p>PFEIL, W, PFEIL, M. “Estruturas de Aço - Dimensionamento Prático”,</p><p>Editora LTC, Rio de Janeiro, 2021.</p><p>10</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Esse processo tem como ponto de partida as condições locais onde a obra deve ser</p><p>implantada (topografia, geologia, condições climáticas, tráfego, etc.), tendo-se ainda</p><p>em consideração materiais e técnicas construtivas disponíveis, os tipos estruturais</p><p>e as teorias conhecidas, e que procura resultar em uma obra que atenda às funções</p><p>previamente definidas, com uma série de qualidades especificadas.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>O projeto de uma ponte ou de uma grande estrutura resulta de um processo criativo</p><p>constituído da concepção e avaliação de uma sequência de alternativas, em que</p><p>cada uma procura melhorar a alternativa anterior, até que se obtenha uma solução</p><p>suficientemente boa para ser construída.</p><p>Assim, é preciso que a obra, além de atender às funções para que foi construída,</p><p>seja suficientemente segura, econômica e estética.</p><p>11</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Tal processo criativo não termina no projeto, mas estende-se à execução e inclusive à</p><p>manutenção, pois toda ponte acaba sendo única sob certos aspectos, senão muitos.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>Entende-se aqui por segura toda obra que tem probabilidade aceitável de</p><p>manter suas características ao longo da vida útil e que sinaliza ao requerer</p><p>manutenção.</p><p>Outro quesito muito importante do ponto de vista urbanístico é o aspecto estético.</p><p>Estética é uma obra agradável de ser observada, bem inserida no local de</p><p>implantação, que harmoniza com seu entorno.</p><p>Econômica é a solução que satisfaz as funções segurança e estética com um</p><p>custo próximo do previsto.</p><p>12</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino</p><p>Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 1 – Vista inferior de cabeceira da Ponte Octávio</p><p>Frias de Oliveira, com seus 1.668 metros de</p><p>comprimento, sobre o Rio Pinheiros, em</p><p>São Paulo – SP. É conhecida popularmente</p><p>como “Ponte Estaiada”.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>Em função desse processo criativo e da importância estética do produto final, as</p><p>pontes e grandes estruturas são usualmente chamadas "Obras de Arte".</p><p>Para se ter uma ideia da evolução dos materiais e técnicas aplicadas à construção</p><p>das pontes, apresenta-se mais adiante um</p><p>breve histórico da evolução das pontes.</p><p>13</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 2 – Vista noturna da Ponte Octávio Frias de Oliveira, a “Ponte Estaiada”, em São Paulo – SP.</p><p>1. Introdução</p><p>Imagem 3 – Ponte Danhe – A maior ponte de alvenaria (pedra) do mundo, na província de Shanxi, na China.</p><p>14</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1. Ponte</p><p>Ponte é uma construção destinada a estabelecer a continuidade de uma via, sendo</p><p>esta de qualquer natureza.</p><p>Nos casos mais comuns, e que serão aqui tratados, essa via a ter continuidade é uma</p><p>rodovia, uma ferrovia, ou uma passagem para pedestres.</p><p>Os obstáculos a serem transpostos podem ser de natureza diversa, e em função dessa</p><p>natureza são associadas as seguintes denominações:</p><p>Ponte – Denomina-se ponte, propriamente dita, a transposição de um obstáculo</p><p>quando este é constituído de curso de água ou outra superfície líquida –</p><p>como, por exemplo, um lago ou um braço de mar (Fig. 1);</p><p>Viaduto – Nos casos em que o obstáculo é um vale ou uma via (Fig. 2).</p><p>15</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>16</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1. Ponte</p><p>17</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1. Ponte</p><p>Os viadutos, por sua vez, podem receber as seguintes denominações, em função de</p><p>suas particularidades:</p><p>Viaduto de acesso – Viaduto que serve para dar acesso a uma ponte (Fig. 3);</p><p>18</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 4 – Esquema de viaduto</p><p>de meia encosta.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1. Ponte</p><p>Viaduto de meia encosta – Minimiza a movimentação de solo em encostas íngremes</p><p>(Fig.4a), ou serve de alternativa ao emprego de muro de arrimo ou similar (Fig.4b).</p><p>19</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 4 – Esquema de viaduto</p><p>de meia encosta.</p><p>Imagem 4 –</p><p>Desmoronamento</p><p>parcial da pista de</p><p>rolamento de uma</p><p>rodovia.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1. Ponte</p><p>Viaduto de meia encosta – Na imagem à direita tem-se</p><p>o desmoronamento de um trecho aterrado de rodovia –</p><p>risco que pode ser minimizado com a construção de um</p><p>viaduto de meia encosta.</p><p>20</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 5 –</p><p>Desmoronamento</p><p>parcial da pista de</p><p>rolamento da Via</p><p>Anchieta (SP).</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1. Ponte</p><p>Viaduto de meia encosta</p><p>21</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 5 – Esquema ilustrativo de galeria.</p><p>Características de ponte</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1. Ponte</p><p>Um outro tipo de construção que, em determinadas situações, pode se enquadrar na</p><p>categoria de pontes, são as galerias.</p><p>Galerias (Bueiros) – São obras completa ou parcialmente enterradas que compõem o</p><p>sistema de drenagem, permanente ou não, das vias; ou obras destinadas a passagens</p><p>inferiores.</p><p>22</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1. Ponte</p><p>Galerias (Bueiros) – Cont.</p><p>Na situação ilustrada na Fig. 5a a galeria apresenta as características das pontes,</p><p>enquanto que na Fig. 5b tem uma outra situação em que as características fogem</p><p>muito daquelas apresentadas pelas pontes.</p><p>Evidentemente, existem situações intermediárias, para as quais, o porte e a altura de</p><p>terra sobre a galeria conferem a este tipo de obra características que as aproximam</p><p>mais ou menos das pontes.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1a. Pontes – Principais Tipos</p><p>23</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Tipo Definição e Aplicações Aspecto</p><p>Ponte em laje As pontes em concreto armado são estruturas que, assim</p><p>como as edificações, podem possuir lajes, vigas, pilares e</p><p>fundação.</p><p>A ponte em laje é um sistema construtivo de pontes no qual</p><p>não há vigas para apoiar as lajes. É utilizada em pequenos</p><p>vãos e alturas, proporcionando uma execução rápida.</p><p>Ponte em viga</p><p>apoiada</p><p>À medida que os vãos a serem vencidos pelas pontes crescem,</p><p>sua estrutura necessita de mais elementos, evoluindo do tipo</p><p>anterior com a inserção de vigas nas pontes.</p><p>A ponte em viga possui 4 variantes, a primeira delas é a viga</p><p>biapoiada, indicada para vãos de até 20 metros.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1a. Pontes – Principais Tipos</p><p>24</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Tipo – Viga apoiada Definição e Aplicações Aspecto</p><p>• Ponte em viga</p><p>biapoiada</p><p>Indicada para vãos de até 20 metros.</p><p>• Pte. c/ extremos</p><p>em balanço</p><p>Vãos maiores que 20 [m] requerem estruturas muito grandes</p><p>para combater as flechas geradas. Com isso, a 2ª variante,</p><p>com extremos em balanço, redistribui os esforços da viga.</p><p>• Pontes com</p><p>vigas contínuas</p><p>Para vãos ainda maiores, s/ restrição de pilares, a 3ª variante,</p><p>com vigas contínuas, pode ser usada em pontes de grandes</p><p>extensões, porém limitará o tráfego marítimo da região.</p><p>• Pontes de vigas</p><p>Gerber</p><p>Uma 4ª opção é o uso de vigas Gerber. Tendo os apoios na</p><p>zona de momento fletor nulo, os esforços se distribuem como</p><p>em uma viga contínua, sem problemas de recalque diferencial.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1a. Pontes – Principais Tipos</p><p>25</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Tipo Definição e Aplicações Aspecto</p><p>Ponte em quadros</p><p>rígidos</p><p>Na ponte em quadro rígido, as vigas e pilares estão engastados</p><p>entre si, permitindo que os pilares sejam mais esbeltos (menor</p><p>seção) para vencer grandes alturas.</p><p>Como são estruturas muitos rígidas, essa solução não pode ser</p><p>adotada em locais onde se preveem recalques diferenciais.</p><p>Ponte em estrado</p><p>celular</p><p>Em ambientes urbanos, há situações que requerem grandes</p><p>vãos (sendo no entanto a altura disponível para se trabalhar</p><p>bem limitada), ou é requerida uma ponte em curva.</p><p>A ponte em estrado celular é composta de uma laje superior e</p><p>outra inferior, interligadas por paredes de concreto. A seção</p><p>transversal tem grande rigidez à torção, ideal para fazer curvas.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1a. Pontes – Principais Tipos</p><p>26</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Tipo Definição e Aplicações Aspecto</p><p>Ponte em arco Qdo o vão a vencer torna uma ponte em vigas muito pesada, a</p><p>opção é a ponte em arco, indicada para vale e solo rochoso, de</p><p>bom assentamento para fundação. O arco pode ter 3 posições</p><p>relativa/e ao tabuleiro: o tabuleiro inferior (a) é indicado para</p><p>vão menores que o tabuleiro superior (b); a configuração</p><p>intermediária (c) é incomum devido a problemas construtivos.</p><p>Ponte pênsil (ou</p><p>suspensa)</p><p>Para grandes vãos, viabilizada pela evolução da engenharia.</p><p>A estrutura consiste de torres de ancoragem ligadas por um</p><p>cabo parabólico. Desse cabo, saem tirantes que sustentam</p><p>o</p><p>tabuleiro da ponte, de modo que o tabuleiro fica “pendurado”</p><p>por cabos. O problema é o baixo peso: em caso de ações fortes</p><p>de vento, a estrutura se torna instável, podendo sofrer colapso.</p><p>(b)</p><p>(c)</p><p>(a)</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.1a. Pontes – Principais Tipos</p><p>27</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Tipo Definição e Aplicações Aspecto</p><p>Ponte estaiada Diferente do modelo anterior, na ponte estaiada o tabuleiro e a</p><p>torre de sustentação são ligados diretamente através dos</p><p>cabos. Esse sistema apresenta alta resistência a torção, o que</p><p>reduz possíveis efeitos de cargas de vento e viabiliza curvas na</p><p>estrutura da ponte.</p><p>Ponte treliçada As pontes treliçadas, em geral metálicas, são capazes de vencer</p><p>grandes vãos, sendo também aplicadas quando se precisa ter</p><p>um estrado móvel, para a passagem de navios, por exemplo.</p><p>O posicionamento do tabuleiro em relação a treliça pode ter as</p><p>mesmas configurações apresentadas para ponte em arco.</p><p>Superestrutura</p><p>Mesoestrutura</p><p>(Estrutura Intermediária)</p><p>Sub-estrutura/</p><p>Infraestrutura</p><p>(Estrutura inferior)</p><p>28</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 6 – Elementos de uma ponte – Estruturas.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.2. Elementos de uma Ponte</p><p>29</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 7 – Elementos de uma ponte.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.2. Elementos de uma Ponte</p><p>30</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 8 – Elementos de uma ponte.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.2. Elementos de uma Ponte</p><p>31</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 9 – Elementos de uma ponte.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.2. Elementos</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>32</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Denominação em Português Denominação em Inglês Nota explicativa</p><p>Ponte fluvial Bridge Crossing a river –</p><p>Ponte sobre córrego / pontiIhão Bridge Crossing a stream –</p><p>Ponte de acesso Approach bridge Ponte sobre a região inundável de um rio</p><p>ou destinada a atingir a altura livre exigida.</p><p>Ponte sobre um vale Valley bridge</p><p>Ponte em encosta Bridge along valley flank Ponte na encosta de um vale.</p><p>Viaduto Overpass-crossing Ponte sobre uma via de tráfego.</p><p>Viaduto de passagem inferior Underpass-crossing Ponte sob uma via de tráfego</p><p>Ponte em via elevada Elevated highway-bridge Ponte sobre vias urbanas ou sobre linhas</p><p>férreas</p><p>Ponte sobre caminhos rurais – –</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>33</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Designações de acordo com o</p><p>tipo de tráfego a ser suportado</p><p>Denominação em Inglês Nota explicativa</p><p>Ponte rodoviária Highway bridge –</p><p>Ponte de autoestrada Freeway bridge –</p><p>Ponte para pedestres Pedestrian bridge –</p><p>Ponte ferroviária Railway bridge –</p><p>Ponte em canal Channel bridge –</p><p>Aqueduto Aqueduct –</p><p>Ponte de tubulação Pipe Line bridge –</p><p>Ponte de correia transportadora Conveyor bridge –</p><p>–</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>34</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Designações de acordo com o</p><p>sistema estrutural</p><p>Denominação em Inglês Nota explicativa</p><p>Ponte em viga Beam bridge</p><p>Ponte em arco Arch bridge</p><p>Ponte pênsil Suspension bridge</p><p>Ponte estaiada Cable-stayed bridge</p><p>Ponte em viga suportada por</p><p>arco (viga Langer)</p><p>Arch-supported beam</p><p>Ponte pênsil autêntica Suspension bridge Ponte pênsil onde os cabos são ancorados</p><p>em blocos de ancoragem.</p><p>Ponte pênsil enrijecida Self-anchored suspension</p><p>bridge</p><p>Ponte pênsil onde os cabos são ancorados</p><p>nas vigas.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>35</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Designações de acordo com o</p><p>sistema estrutural</p><p>Denominação em Inglês Nota explicativa</p><p>Ponte com tabuleiro superior Deck bridge Ponte c/ as faixas de tráfego sobre as vigas.</p><p>Ponte com tabuleiro rebaixado Trough bridge Ponte com as faixas de tráfego rebaixadas</p><p>entre as vigas.</p><p>Superestrutura Superstructure A estrutura propriamente dita da ponte.</p><p>Infraestrutura Substructure Conceito coletivo aplicado aos encontros,</p><p>pilares, apoios, etc.</p><p>Encontro Abutment Estrutura de fechamento nas extremidades</p><p>da ponte.</p><p>0s encontros se constituem de:</p><p>- Apoio da ponte</p><p>- Muro de testa</p><p>- Alas</p><p>Bridge seat</p><p>Bearing wall, breast wall</p><p>Wing wall</p><p>–</p><p>–</p><p>–</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>36</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Designações de acordo com o</p><p>sistema estrutural</p><p>Denominação em Inglês Nota explicativa</p><p>Pilar de ponte Pier Os pilares da ponte apoiam a estrutura</p><p>entre os encontros.</p><p>Pilar Column –</p><p>Fundação Foundation, footing –</p><p>Laje do tabuleiro Roadway slab –</p><p>Viga principal ou longarina Main girder</p><p>Viga T T-beam</p><p>Viga em caixão / em seção celular Box girder</p><p>Transversina Transverse beam, cross</p><p>girder</p><p>Enrijecem as vigas principais / distribuem a</p><p>carga p/ outras vigas principais (encontros).</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>37</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Designações de acordo com o</p><p>sistema estrutural</p><p>Denominação em Inglês Nota explicativa</p><p>Diafragma Diaphragm –</p><p>Transversina de extremidade End cross beam –</p><p>Tabuleiro Deck structure Vigas longitudinais, transversinas e lajes</p><p>entre vigas principais.</p><p>Viga de acabamento Facia beam Elemto de acabamento externo da ponte.</p><p>Capeamento – Placa (concreto) disposta sobre o tabuleiro,</p><p>do guarda-roda até a viga de acabamento.</p><p>Muro de testa (a) Breast wall –</p><p>Apoio da ponte (b) em pilares ou</p><p>em encontros</p><p>Bearing chair, bridge seat –</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>38</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Designações de acordo com o</p><p>sistema estrutural</p><p>Denominação em Inglês Nota explicativa</p><p>Aparelho de apoio Bearing Transfere as cargas da superestrutura aos</p><p>encontros e aos pilares.</p><p>Aparelho de apoio, fixo Fixed bearing Não permite movimento longitudinal ou</p><p>transversal entre a super e a infraestrutura.</p><p>Aparelho de apoio, móvel Movable bearing,</p><p>expansion bearing</p><p>O movimento é permitido por meio de</p><p>deslizamento ou por rolos.</p><p>Aparelho de apoio, deslizante Sliding bearing –</p><p>Aparelho de apoio de rolos Roller bearing –</p><p>Aparelho de apoio tipo pêndulo Pendulum bearing Realizado por meio de um pilar – em</p><p>pêndulo, por exemplo.</p><p>39</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Designações de acordo com o</p><p>sistema estrutural</p><p>Denominação em Inglês Nota explicativa</p><p>Pilar em pêndulo (balanço) Rocking bridge pier –</p><p>Aparelho de apoio linear Linear bearing Permite movimento de rotação da</p><p>superestrutura em torno de uma linha.</p><p>Aparelho de apoio puntual Point bearing Permite movimento de rotação da</p><p>superestrutura em qualquer direção em</p><p>torno de um ponto (teoricamente).</p><p>Dispositivo de transição em</p><p>juntas</p><p>Expansion joint, movable</p><p>joint</p><p>Dispositivo de transição do tabuleiro entre</p><p>encontro e superestrutura ou nas juntas da</p><p>superestrutura, cobertura da junta e</p><p>absorção dos movtos relativos da estrutura.</p><p>Vedação Sealing Camada impermeabilizante entre a laje</p><p>estrutural e o revestimento do tabuleiro.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>40</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Designações de acordo com o</p><p>sistema estrutural</p><p>Denominação em Inglês Nota explicativa</p><p>Guarda-corpo Guardrail –</p><p>Corrimão Handrail –</p><p>Guarda-roda (ou meio-fio) Curb –</p><p>Drenagem Drainage –</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>41</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 9 – Elementos de uma ponte.</p><p>Fig. 10 – a) Coluna segmentar DCR (Dissipative Controlled Rocking) & b) DCR combinado e balanço do</p><p>bloco de estacas. Em a) os dispositivos dissipativos, através da junta superior, se comportam</p><p>inelasticamente p/ carregamentos maiores que o carga de projeto, enquanto que, em b) o balanço</p><p>do bloco só é ativado p/ cargas maiores que a carga de projeto.</p><p>1. Introdução</p><p>1.1. Definições</p><p>1.1.2. Elementos</p><p>* Rocking bridge piers</p><p>42</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 11 – Detalhe da obra Ponte de Macacos, de Theodore Waddell.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>As primeiras pontes surgiram de forma natural, pela queda de troncos das árvores sobre</p><p>os rios, criando a possibilidade de passagens à outra margem.</p><p>O homem aperfeiçoou os “incidentes” naturais, e passou a criar outras pontes feitas de</p><p>troncos, pedras e pranchas, associando-as a outros recursos naturais, como cipós,</p><p>cordas, pedras e travas feitas com pedaços de madeira, para que estas não fossem</p><p>derrubadas facilmente, assim permitindo a ida ao destino e a volta deste.</p><p>Eram pontes naturais, instintivas, que imitavam o que</p><p>existia na natureza.</p><p>Pode-se apresentar um histórico das pontes a partir dos</p><p>materiais empregados na sua construção.</p><p>43</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Img. 16 – Ponte sobre o Arroio – Walla,</p><p>em Dartmoor, Inglaterra.</p><p>Fig. 12 – Ponte de pedra</p><p>pré-histórica.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.1. Pré-História</p><p>Estruturas de pedra</p><p>Estruturas de Madeira</p><p>Essas estruturas ficaram sem registro por problema de durabilidade à época.</p><p>44</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 17 – Ponte de pedra de construção típica pré-histórica.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.1. Pré-História</p><p>Estruturas de pedra</p><p>45</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.2. Idade Antiga</p><p>Estruturas de pedra</p><p> Os chineses e os romanos construíam abóbadas de</p><p>pedra, já antes de Cristo.</p><p> Entre os romanos, a arte da forma (arcos semicirculares de até 30m de vão) e do</p><p>trabalho em pedra teve um grande desenvolvimento. São exemplos a Ponte dos Anjos,</p><p>de Adriano, sobre o Tiber, em Roma, e a Ponte Pietra em Verona).</p><p> Vales inteiros eram vencidos por estes insignes mestres construtores para conduzir</p><p>suas canalizações de água (Pont du Gard, em Nímes, sul da França, 180 D.C.).</p><p> Também os turcos construíram, desde cedo, pontes de pedra de grandes vãos,</p><p>embora, em sua maioria, na forma de arco gótico aliviado.</p><p>Empuxo se equilibra no</p><p>extremo contra encosta</p><p>ou bloco</p><p>46</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Figura 13 – Aqueduto romano de pedra.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.2. Idade Antiga</p><p>Estruturas de pedra</p><p>47</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 18 – Ponte de Alcântara, Espanha (106 d.C.).</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.2. Idade Antiga</p><p>Estruturas de pedra</p><p>48</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 19 – Aqueduto romano Água Alexandrina, construído sob o reinado de Alexandre Severo no Séc. III.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.2. Idade Antiga</p><p>Estruturas de pedra</p><p>2,17</p><p>Empuxo se</p><p>equilibra contra</p><p>os blocos</p><p>49</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Figura 14a – Arcos de pedra empregados na Idade Média. Img. 20 – Pte. Rakotzbrücke, Alemanha.</p><p>Trajetória das</p><p>resultantes das</p><p>cargas</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.3. Idade Média</p><p>Estruturas de pedra</p><p>50</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 21 – Ponte da Idade Média com arcos de pedra.</p><p>Fig. 14b – Pte. em arco de pedra (Ide Média).</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.3. Idade Média</p><p>Estruturas de pedra</p><p>51</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 22 – Ponte Rakotzbrücke – Alemanha.</p><p>2,17</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.3. Idade Média</p><p>Estruturas de pedra</p><p>52</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>2,17</p><p>Imagem 23 – Ponte Rakotzbrücke – Alemanha.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.3. Idade Média</p><p>Estruturas de pedra</p><p>53</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imgs. 24–27 – Pontes da Idade Média.</p><p>①</p><p>②</p><p>③</p><p>④</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.3. Idade Média</p><p>Estruturas de pedra</p><p>Ainda na Idade Média, as abóbadas foram passando</p><p>a ser mais “abatidas”, com vãos de até 50 metros.</p><p>Exemplos:</p><p> Ponte Scaligero, em Verona (1354) – ①;</p><p> Ponte Vecchio em Florença – ②;</p><p> Ponte sobre o Ródano, em Avignon – França – ③;</p><p> Ponte sobre o Danúbio em Regensburg;</p><p> Ponte Karls, em Praga – República Tcheca – ④;</p><p> Ponte sobre o Meno em Würzburg – Alemanha.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.4. Século XVIII até a Atualidade</p><p>Na segunda metade do século XVIII sugiram as pontes de ferro fundido em forma</p><p>de arco.</p><p>Já em 1750, os chineses haviam construído a primeira ponte pênsil com elos.</p><p>Com o advento das ferrovias, construíram-se grandes pontes para suportar cargas</p><p>pesadas.</p><p>Impressionantes pontes de pedra venciam vales inteiros como, por exemplo, a ponte</p><p>sobre o Gõltschtal em Sachsen, com 578 [m] de comprimento e 78 [m] de altura. Como</p><p>novos materiais de construção surgiram o ferro forjado e o aço.</p><p>Em 1846, o filho do inventor da locomotiva, Robert Stçphenson, construiu a Ponte</p><p>Britannia, a primeira grande ponte em viga (seção celular de ferro forjado) com 141</p><p>[m] de vão sobre o estreito de Menai, na Inglaterra.</p><p>54</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.4. Século XVIII até a Atualidade</p><p>Logo depois, surgiram grandes pontes em treliças metálicas como, em 1850, a</p><p>ponte sobre o Vístula em Dirschau, com 6 vãos de 124m cada um.</p><p>Começaram a surgir as pontes pênseis e as pontes em treliça.</p><p>Vãos enormes foram vencidos por meio de gigantescas pontes em balanço, como a</p><p>ponte ferroviária sobre o Firth of Forth, na Escócia, com vãos de 512 [m] (1883/90).</p><p>A partir de 1900 começaram a surgir as primeiras pontes com um novo material de</p><p>construção: o concreto.</p><p>Executaram-se, de início, arcos triarticulados, em que o concreto apenas substituía</p><p>a pedra como material de construção.</p><p>O concreto armado, naquela época denominado "concreto de ferro", foi inicialmente</p><p>utilizado para lajes de tabuleiros, logo depois para nervuras de arcos, etc. 55</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.4. Século XVIII até a Atualidade</p><p>Somente em 1912, é que se começou a adotar pontes em viga e pontes em pórtico,</p><p>porém, apenas para vãos de até 30 [m].</p><p>Simultaneamente, as pontes em arco de concreto armado atingiam dimensões cada</p><p>vez maiores.</p><p>Em 1941-45 foi construída, na Suécia, a ponte de Sandõ com 280 [m] de vão livre.</p><p>As primeiras pontes de concreto protendido surgiram por volta de 1938, tendo no</p><p>entanto seu desenvolvimento interrompido em razão da guerra.</p><p>Logo após 1948, o concreto protendido conquistou a construção</p><p>de pontes, quando</p><p>então começaram a ser construídas, preferencialmente, vigas de concreto protendido</p><p>com até 230 [m] de vão.</p><p>56</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>57</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Img. 28 – Ponte (de cabos) Pasco-Kennewick Img. 29 – Ponte em Brotonne – França.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>1.2.4. Século XVIII até a Atualidade</p><p>Com cabos inclinados já se havia atingido, em 1977, vãos de cerca de 300 [m] (Ponte</p><p>Pasco-Kennewick, sobre o rio Columbia, projeto de F. Leonhardt e a ponte sobre o</p><p>Sena, em Brotonne, projeto de Jean Muller).</p><p>58</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes – Linha do Tempo</p><p>Ano: 1758 – Ponte de madeira construída sobre o Rio Reno,</p><p>em Grubenmann, Alemanha. Vão de 118 [m].</p><p>1779 – Ponte em arco treliçado de ferro fundido (liga</p><p>FeC 2,0 a 5,0 %) sobre o Rio Severn – Inglaterra.</p><p>Vão de 30 [m]. Material frágil.</p><p>1819 – Ponte Pênsil Menai, no País de Gales, com 175</p><p>[m] de vão. Ferro laminado (liga FeC < 0,2% +</p><p>3%). Material mais maleável.</p><p>1824 – Ponte em Cimento Portland. J. Aspdin, Inglaterra.</p><p>1860 – Inicia-se a produção de aço na Inglaterra.</p><p>1861 – Primeiras ideias de concreto armado. Monier,</p><p>Coignet – França.</p><p>59</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes – Linha do Tempo</p><p>Ano: 1890 – Pontes ferroviárias construídas sobre o Firth of</p><p>Forth (estuário do Rio Forth), na Escócia. Treliça</p><p>de aço (liga FeC < 1,5%). Vão de 512 [m].</p><p>Material dúctil, mas mais sensível à corrosão.</p><p>1900 – Foi formulada a Teoria do Concreto Armado, por</p><p>Emil Mörsch – Alemanha.</p><p>1928 – O concreto protendido é viabilizado por Eugène</p><p>Freyssinet, c/ aço de alta resistência a compensar</p><p>a retração e deformação lenta do concreto.</p><p>1930 – A Ponte Emílio Baumgart usa pela primeira vez o</p><p>processo de construção com balanços sucessivos</p><p>em uma ponte em concreto armado. Construída</p><p>sobre o Rio Peixe, em Sta. Catarina. Vão: 68 [m].</p><p>60</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes – Linha do Tempo</p><p>Ano: 1930 – A Ponte Emílio Baumgart usa pela primeira vez o</p><p>processo de construção com balanços sucessivos</p><p>em uma ponte em concreto armado. Construída</p><p>sobre o Rio Peixe, em Sta. Catarina. Vão: 68 [m].</p><p>* O que é o sistema de balanços sucessivos?</p><p>O sistema de balanços sucessivos (ou balanço progressivo, ou</p><p>avanço sucessivo), foi criado nos anos 1930 pelo engenheiro</p><p>Emilio Baumgart para o projeto da ponte sobre o Rio do Peixe,</p><p>em Santa Catarina.</p><p>Esse método de construção se baseia na execução da estrutura</p><p>em aduelas – segmentos de concreto com 3,0 a 10,0 [m] de</p><p>comprimento. Partindo-se de um pilar de suporte central, as</p><p>aduelas avançam em balanços até cobrir todo o vão necessário.</p><p>61</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Img. 41 – Montagem: aduelas pré-moldadas</p><p>de concreto.</p><p>Fig. 17 – Tipos de execução com aduelas pré-moldadas</p><p>(balanços sucessivos).1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes</p><p>Ano: 1930 – A Ponte Emílio Baumgart</p><p>* Sistema de balanços sucessivos</p><p>62</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 18 – Aduela típica pré-moldada de concreto.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes – Linha do Tempo</p><p>Ano: 1930 – A Ponte Emílio Baumgart</p><p>* Sistema de balanços sucessivos</p><p>63</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 42 – Ponte de Pierrelatte (La Garde - Adhémar, 1952), construída sobre o canal Donzère-Mondragon.</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes – Linha do Tempo</p><p>Ano: 1945 – Primeira obra em concreto protendido (protensão</p><p>posterior). Luzancy, França. Vão: 55 [m].</p><p>1952 – Ponte Pierrelatte, sobre o canal Donzère-Mondragon,</p><p>França. Vão: 81[m]. 1ª obra estaiada moderna.</p><p>64</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução Histórica das Pontes – Linha do Tempo</p><p>Atualmente: Como referência, seguem alguns dos maiores vãos existentes hoje:</p><p>Viga de concreto: 301 [m] (Stolmasundet – Noruega, 1998)</p><p>Viga de aço: 300 [m] (Rio-Niterói – Brasil, 1974)</p><p>Treliça de aço: 549 [m] (Quebec – Canadá, 1917)</p><p>Arco de concreto: 390 [m] (Krk, Croácia, 1980)</p><p>Arco de aço: 510 [m] (New River Gorge – USA, 1977)</p><p>Estaiada de concreto: 530 [m] (Skarnsund – Noruega, 1991)</p><p>Estaiada de aço: 404 [m] (Saint Nazaire – França, 1998)</p><p>Estaiada de aço/concreto: 890 [m] (Tatara – Japão, 1999)</p><p>Pênsil de aço: 1991 [m] (Akashi-kaikyo – Japão,1998)</p><p>65</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 43 – Ponte Stolmasundet, Noruega (1998) | Concreto. Vão: 301</p><p>[m].</p><p>Imagem 44 – Ponte Rio-Niterói, RJ – BR (1974) | Aço. Vão: 300 [m].</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução</p><p>66</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Img. 45 – Ponte de Quebec, Canadá (1917) | Treliça de aço. Vão: 549 [m].</p><p>Img. 46 – Ponte de Krk, Croácia (1980) | Arco de concreto. Vão: 390 [m].</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução</p><p>67</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Img. 47 – Ponte New River Gorge – EUA (1977) | Arco aço. Vão: 510 [m].</p><p>Img. 48 – Pte. Skarnsund, Noruega (1991) | Estaiada concreto. V.: 530 [m].</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução</p><p>68</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Img. 49 – Pte. Saint Nazaire – França (1998) | Estaiada aço. V = 404 [m].</p><p>Img. 50 – Pte. Tatara, Japão (1999) | Estaiada aço-concreto. Vão: 890 [m].</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução</p><p>69</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 51 –</p><p>Pte. Akashi-kaikyo –</p><p>Japão (1998) | Pênsil,</p><p>aço. Vão 1990 [m].</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução</p><p>70</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Img. 52 – Ponte Akashi-kaikyo – Japão (1998) | Pênsil, aço. Vão 1990 [m].</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Evolução</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas – Como Suportam Terremotos?</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>A ponte grega Rion-Antirion (oficialmente Ponte Charilaos-Trikoupis, em homenagem</p><p>ao estadista que a imaginou) é a 2ª maior ponte estaiada do mundo. Atravessando o</p><p>golfo de Corinto, liga a cidade de Rio (no Peloponeso) a Antírio, na Grécia continental.</p><p>Projetada pelo arquiteto francês Berdj Mikaelian, possui cerca de 2880 [m] de</p><p>extensão e 27 [m] de largura, com 6 faixas de rodagem (2 em cada sentido e 2 de</p><p>emergência) além de outra para pedestres e ciclistas.</p><p>O projeto da ponte Rion-Antirion, e mesmo sua construção – essa realizada pelas</p><p>empresas de engenharia estrutural VINCI e INGEROP (ambas francesas), DOMI e</p><p>DENCO (ambas gregas) e também pela empresa canadense Buckland Taylor, foi</p><p>particularmente desafiador, dadas as condições locais bastante adversas.</p><p>71</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia</p><p>72</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>73</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas – Como Suportam Terremotos?</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>As condições locais desafiadoras:</p><p>A ponte atravessa algumas das falhas sísmicas</p><p>mais ativas da Europa;</p><p>A ponte está situada em um corredor de ventos</p><p>fortes;</p><p>Não há nenhuma base sólida no fundo do mar</p><p>onde assentá-la;</p><p>Em virtude da ação do limite divergente das</p><p>placas tectônicas, uma costa vem se afastando</p><p>da outra cerca de 30 milímetros ao ano.</p><p>74</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Isso foi posto à prova em 2008, quando a área</p><p>foi atingida por um tremor que derrubou prédios</p><p>a até 25 [km] de distância.</p><p>‒ A ponte, no entanto, permaneceu de fato ilesa,</p><p>permitindo que os serviços de emergência </p><p>passassem normalmente.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas – Como Suportam Terremotos?</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>“A Ponte Rion-Antirion teve que superar uma combinação excepcional de condições</p><p>ambientais adversas.” – Institution of Civil Engineers – UK</p><p>A ponte foi concebida e construída para resistir a terremotos de até 7,4 na</p><p>escala Richter.</p><p>75</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas – Como Suportam Terremotos?</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Viga, Arco, Suspensão ou Estaiada?</p><p>O primeiro desafio: inicialmente não se sabia como seriam lançadas as fundações, em</p><p>águas de até 65 [m] de profundidade. Isso nunca tinha sido feito antes.</p><p>Em suma, teria de ser uma obra de engenharia excepcional, mas teria que estar em</p><p>conformidade com um dos 4 projetos padrão – viga, arco, suspensão ou estaiada.</p><p>76</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Viga, Arco, Suspensão ou Estaiada? (cont.)</p><p>Viga: Embora as pontes de vigas sejam normalmente usadas para cruzamentos</p><p>mais longos e devam ser apoiadas por baixo, elas também bloqueiam o</p><p>tráfego de navios e, portanto, não atenderiam à necessidade.</p><p>Arco: Uma ponte em arco, por outro lado, permitiria a passagem de navios,</p><p>mas também seria muito longa – quatro vezes mais do que qualquer</p><p>ponte em arco existente, para ser mais preciso. Então os arcos também</p><p>estavam fora.</p><p>Suspensão: A terceira opção, ponte suspensa (pênsil) – onde os cabos se estendem e</p><p>sustentam uma estrada – foi descartada por ser muito cara.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Viga, Arco, Suspensão ou Estaiada? (cont.)</p><p>Tudo isso significava que havia realmente apenas uma opção, uma ponte estaiada –</p><p>ou seja, sustentada por cabos pendurados diretamente nas torres de suporte.</p><p>Porém, nenhuma ponte construída até então teria atendido às condições especiais e</p><p>exigentes do Golfo de Corinto.</p><p>Mobilidade da Ponte</p><p>Feita a sondagem do leito, descobriu-se que o fundo do mar abaixo da travessia era</p><p>composto de areia e lodo, e assim parecia impossível construir fundações.</p><p> O problema foi agravado pelo risco muito real de terremotos. Os tremores podem</p><p>transformar o solo mole em líquido, em um processo chamado liquefação do solo.</p><p>77</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Mobilidade da Ponte (cont.)</p><p>O efeito de liquefação de solo mole sob abalos sísmicos poderia acarretar eventos</p><p>catastróficos nesse caso.</p><p>A resposta a esse desafio veio da natureza – mais especificamente, de um tipo de</p><p>grama chamada vetiver, que é usada como proteção contra a erosão</p><p> Observou-se anteriormente que, quando crescia nas margens dos rios, tinha o</p><p>efeito de estabilizar o solo ao seu redor).</p><p>Seguindo essa mesma lógica para fins de estabilização do solo na fundação da ponte,</p><p>foi proposta pela construtora VINCI a instalação de 200 estacas de aço cravadas na</p><p>areia, sob os pilares da ponte, cada qual com pelo menos 25 [m] de comprimento.</p><p>78</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>79</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Embora as estacas propostas não alcançassem</p><p>o mar acima e a ponte não repousasse sobre</p><p>elas, ficando mais de um metro acima – essas</p><p>ainda deveriam poder ser capazes de impedir</p><p>a liquefação do solo.</p><p>Essa era a primeira vez que esse tipo de reforço</p><p>estaria sendo aplicado a uma ponte – e, se</p><p>bem-sucedido, seria uma solução tão elegante</p><p>quanto inovadora.</p><p>Fig. 22 – Esquema de um pilar da ponte.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Mobilidade da Ponte (cont.)</p><p>80</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Figs. 23 e 24 / Img.(Fig.) 59 – Ponte Rion-Antirion – Esquema de um pilar com destaque para sua fundação.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Mobilidade da Ponte (cont.)</p><p>81</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Mas essa abordagem levou a outra questão:</p><p>– Se cravar aquele conjunto de estacas de aço</p><p>no leito arenoso sob cada pilar pudesse de fato</p><p>impedi-los de afundar sob um terremoto, como</p><p>esses pilares seriam impedidos de tombar?</p><p>– Tal evento poderia fazer com que o tabuleiro</p><p>da ponte se movesse de um lado para outro,</p><p>possivelmente ao ponto de derrubar os pilares</p><p>por dentro dos quais passaria (conf. o projeto)?</p><p>Img. 60 – O tabuleiro através dos pilares.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Mobilidade da Ponte (cont.)</p><p>82</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Sob o estresse de um terremoto, precisariam se</p><p>mover livremente de um lado para o outro.</p><p>Para tal, planejou-se depositar no solo ao redor</p><p>de cada pilar uma espessa camada de cascalho</p><p>ao invés de areia, permitindo que os mesmos</p><p>se movessem – eventualmente se depositaria</p><p>cascalho suficiente para cobrir dois campos de</p><p>futebol, com até 3 [m] de profundidade.</p><p>Fig. 26 – Fundação dos pilares da ponte.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Mobilidade da Ponte (cont.)</p><p>Os 4 pilares seriam, na verdade, estruturas ocas, pesando 171.000 toneladas cada um.</p><p>83</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Ainda havia a questão do comportamento do</p><p>tabuleiro no caso de um desastre natural.</p><p>Na essência, o tabuleiro iria precisar se mover</p><p>separadamente dos pilares, para não empenar.</p><p>Assim como uma rede a princípio isola você do</p><p>movimento externo em um navio, a estrutura</p><p>do tabuleiro da ponte deveria trabalhar como</p><p>se fosse uma espécie de pêndulo, liberada do</p><p>estresse máximo da estrutura principal.</p><p>Img. 61 – Construção de um pilar da ponte.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Na Pista</p><p>84</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Mas essa solução de balanço livre do tabuleiro</p><p>levantou outra questão:</p><p>– Se o tabuleiro da ponte fosse completamente</p><p>livre para se mover, poderia então facilmente</p><p>balançar demais, eventualmente atingindo os</p><p>braços dos pilares.</p><p>Além disso, como a área ao redor da ponte</p><p>está sujeita a ventos fortes, isso poderia fazer</p><p>a ponte balançar, tornando-a intransponível.</p><p>Img. 62 – Ponte Rion-Antirion - Construção.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Na Pista (cont.)</p><p>85</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imagem 63 – Ponte Rion-Antirion - Construção.</p><p>86</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Nesse caso, a solução foi o uso de amortecedores viscosos –</p><p>agindo como um freio, essas</p><p>estruturas semelhantes a pistões</p><p>sob a ponte absorveriam a pressão.</p><p>– Preenchidos com óleo, seriam os maiores do mundo –</p><p>porém, só seriam ativados quando os suportes que sustentam</p><p>a ponte ainda cedessem em caso de terremoto.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Na Pista (cont.)</p><p>Assim, os engenheiros precisariam de uma solução que permitisse que o tabuleiro da</p><p>estrada se movesse no caso de um terremoto, mas também fosse mantido no lugar,</p><p>não afetado por ventos fortes em todos os outros momentos.</p><p>87</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 27 – Pte. Rion-Antirion | Sistema de amortecimento viscoso.</p><p>No final, essa inovação acabou</p><p>por ser testada antes mesmo do</p><p>planejado – em 14/08/2003, um</p><p>terremoto de 6,2 ptos. na escala</p><p>Richter atingiu a ponte.</p><p>Surpreendentemente, a ponte –</p><p>ainda incompleta – permaneceu</p><p>intacta, com todas as suas seções</p><p>parcialmente construídas ilesas.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Na Pista (cont.)</p><p>88</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 28 – Amortecedores viscosos dotados de limitadores fusíveis.</p><p>– “Os limitadores fusíveis são projetados para</p><p>ceder sob um terremoto, deixando assim os</p><p>amortecedores viscosos livres para dissipar a</p><p>energia induzida pelo terremoto na estrutura.</p><p>Após o evento sísmico, novos fusíveis podem</p><p>ser reinstalados em algumas semanas”.</p><p>– Institution of Civil Engineers – UK</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Na Pista (cont.)</p><p>89</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 29 – Pte. Rion-Antirion – Pilar de transição.</p><p>Img. 64 – Ponte Rion-Antirion – Configuração</p><p>típica de ancoragem de amortecedor.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>90</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 31 – Filetes helicoidais em cabos de aço.</p><p>Os muitos cabos (estais) da ponte podem</p><p>ainda ser afetados pelo vento, estando sujeitos a movimentos perigosos,</p><p>em decorrência de um fenômeno ainda pouco conhecido, chamado de</p><p>desprendimento de vórtices.</p><p>Para mitigar esse efeito, componentes denominados</p><p>filetes helicoidais seriam adicionadas aos estais.</p><p>O filete helicoidal é uma tira metálica enrolada</p><p>em forma helicoidal em torno dos cabos (nesse</p><p>caso), para evitar o desprendimento de vórtices.</p><p>Fig. 30 – Efeito de desprendimento de vórtex.</p><p>VENTO</p><p>Cabo ou outro elemento</p><p>esbelto de seção circular</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Vento e Vórtices</p><p>91</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 32 – Filetes helicoidais em</p><p>cabos de aço (3 filetes).</p><p>Fig. 33 – Oscilação lateral como efeito do</p><p>desprendimento de vórtex com a</p><p>incidência de vento em elemento</p><p>esbelto de seção circular.</p><p>Cabo ou outro elemento esbelto de seção circular</p><p>protegido contra o desprendimento de vórtex</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Vento e Vórtices</p><p>92</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Img. 65 – Cabos de ponte dotados de filetes helicoidais de diferentes</p><p>orientações relativa/e ao ângulo de incidência de vento. Img. 66 – Chaminé industrial.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>93</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imgs. 69, 70 e 71 – Malhas de cabos: mesmo ângulo de hélices, três densidades (nº de hélices) diferentes.</p><p>Outras soluções usuais para evitar o desprendimento de vórtex, além dos</p><p>filetes helicoidais, são as estriais helicoidais (helical strakes) – Imagens</p><p>67 e 68 – e as malhas de cabos – Imagens 69, 70 e 71.</p><p>Img. 67</p><p>Img. 68 – Estria helicoidal.</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Vento e Vórtices (cont.)</p><p>94</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p> A estrutura, portanto, precisaria de algumas</p><p>das maiores juntas de expansão do mundo</p><p>– que permitiriam assim que as duas costas</p><p>se afastassem no total em até 5 metros uma</p><p>da outra sem problemas para a ponte e</p><p>seus encontros.</p><p>Fig. 34 – Junta de expansão do tipo instalado na ponte Rion-Antirion (Maurer Söhne).</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Expansão e Mobilidade</p><p>Na particularidade final deste projeto, há o fato de em cada extremidade da ponte</p><p>existir alguma movimentação “entre a Grécia Central e o Peloponeso, chegando esta</p><p>a atingir vários milímetros por ano”.</p><p>95</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p> O conjunto de junta de expansão utilizado</p><p>nas extremidades da ponte consiste em</p><p>25 barras de expansão que, em conjunto,</p><p>são aptas a acomodar um afastamento</p><p>de até 2.500 [mm] entre os extremos em</p><p>que se conecta.</p><p>Fig. 34 – Junta de expansão do tipo instalado na ponte Rion-Antirion (Maurer Söhne).</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Expansão e Mobilidade</p><p>A alta atividade sísmica registrada na região exigia um sistema de junta de dilatação</p><p>que pudesse acomodar valores de movimento muito altos em altas velocidades.</p><p>96</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Fig. 35 – Liberação do sistema de caixa de fusíveis longitudinal (Maurer Söhne).</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>Expansão e Mobilidade</p><p>Excepcionalmente, amplitudes maiores serão compensadas por um sistema adicional</p><p>denominado caixa fusível, que libera uma expansão longitudinal extra na estrutura</p><p>do tabuleiro da ponte – apesar de provocar uma descontinuidade na pavimentação</p><p>da via, garante o vínculo vital da estrutura para o tráfego de veículos de emergência.</p><p>97</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Imgs. 72 e 73 – Instalação de um sistema de junta de expansão na ponte Rion-Antirion (Maurer Söhne).</p><p>5,4</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1. Introdução</p><p>1.3. ADENDO: Pontes Antissísmicas</p><p>1.3.1. A Ponte Rion-Antirion</p><p>O investimento</p><p>Um projeto bem concebido, elaborado e executado deve necessariamente incluir o</p><p>aspecto de sua viabilidade econômica.</p><p>No caso da ponte Rion-Antirion, as receitas provém das tarifas de pedágio cobradas</p><p>no tráfego diário, tendo sido fixadas a partir de uma projeção de montante suficiente</p><p>para que a concessionária pudesse operar e manter o empreendimento com uma</p><p>margem de lucro e ainda gerando recursos para a sua amortização.</p><p>A seguir são apresentados os principais indicadores e dados gerais concernentes ao</p><p>projeto da ponte Rion-Antirion.</p><p>98</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>99</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p><p>Ponte Rion-Antirion – DADOS E FATOS</p><p>Localização Patra – Grécia</p><p>Proprietário República da Grécia</p><p>Concessionária Gefyra SA (35 anos)</p><p>Empreiteiro Kinopraxia Gefyra SA</p><p>Projeto Ingérop, Domi – Ponte estaiada de 3 vãos</p><p>Consultores Faber Maunsell, Buckland & Taylor</p><p>Investimento total 750 milhões de euros | Contribuições – República da Grécia (40%), Banco</p><p>Europeu de Investimento (50%), acionistas da Gefyra SA (10%)</p><p>Utilização Travessia de estrada</p><p>Comprimento total 2.880 [m]</p><p>Largura da superestrutura 27,20 [m]</p><p>Vãos principais 3 x 560 [m]</p><p>Cargas de projeto para eventos Terremoto – magnitude 7,4</p><p>Impacto de navio – 180.000 toneladas a 18 nós</p><p>Vento forte – até 250 [km/h]</p><p>100</p><p>Instituto Itapetiningano de Ensino Superior 57B1 – PONTES E GRANDES ESTRUTURAS Prof. Walter R. Serrano</p>

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