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<p>Princípios da Administração Pública</p><p>Os princípios da Administração Pública são fundamentais para guiar a atuação dos agentes</p><p>públicos e assegurar que a gestão pública seja realizada de maneira ética, eficiente e</p><p>transparente. Esses princípios estão previstos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988</p><p>e são conhecidos pelo acrônimo LIMPE, que representa os princípios da Legalidade,</p><p>Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. A seguir, uma explicação mais</p><p>detalhada de cada um:</p><p>1. Princípio da Legalidade</p><p>O princípio da legalidade estabelece que a Administração Pública só pode atuar conforme</p><p>previsto em lei. Enquanto os particulares podem fazer tudo o que a lei não proíbe, a</p><p>Administração só pode fazer o que a lei permite ou determina. Isso significa que os atos dos</p><p>agentes públicos devem estar sempre amparados pela legislação vigente, garantindo</p><p>segurança jurídica e evitando arbitrariedades. A legalidade é o fundamento do Estado de</p><p>Direito, assegurando que o poder público não ultrapasse seus limites legais.</p><p>2. Princípio da Impessoalidade</p><p>O princípio da impessoalidade exige que os atos administrativos sejam praticados com</p><p>objetividade, visando ao interesse público e não ao interesse pessoal de qualquer agente ou</p><p>grupo. Ele impede favoritismos e perseguições, garantindo que a administração trate todos</p><p>de forma igualitária. Além disso, esse princípio também proíbe a promoção pessoal de</p><p>agentes públicos em obras, serviços e programas governamentais, assegurando que a</p><p>administração se mantenha neutra e imparcial.</p><p>3. Princípio da Moralidade</p><p>O princípio da moralidade implica que, além de seguir a lei, os agentes públicos devem</p><p>atuar com ética e honestidade. A moralidade administrativa envolve condutas que vão além</p><p>do cumprimento estrito da legalidade, exigindo uma atuação baseada na integridade,</p><p>lealdade e transparência. Esse princípio protege a sociedade contra abusos de poder e</p><p>comportamentos inadequados, permitindo, inclusive, o controle judicial de atos</p><p>administrativos que, embora legais, sejam imorais.</p><p>4. Princípio da Publicidade</p><p>O princípio da publicidade estabelece que os atos da Administração Pública devem ser</p><p>transparentes e acessíveis ao público. Ele garante o direito dos cidadãos à informação e</p><p>possibilita o controle social sobre a atividade administrativa. A publicidade é essencial para</p><p>a democracia, pois permite que a sociedade acompanhe e fiscalize as ações do governo.</p><p>No entanto, esse princípio não é absoluto, pois há situações em que a divulgação pode ser</p><p>restrita, como nos casos de sigilo necessários à segurança do Estado ou à proteção de</p><p>informações pessoais.</p><p>5. Princípio da Eficiência</p><p>O princípio da eficiência determina que a Administração Pública deve buscar a melhor</p><p>utilização dos recursos disponíveis, garantindo serviços de qualidade e resultados positivos</p><p>para a sociedade. A eficiência administrativa envolve a otimização de processos, a</p><p>capacitação de servidores e a adoção de práticas que maximizem a produtividade e</p><p>minimizem o desperdício. A Emenda Constitucional nº 19/1998, que introduziu esse</p><p>princípio na Constituição, reforça a necessidade de uma gestão pública moderna e</p><p>orientada a resultados.</p>