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<p>3 UNIDADE - ENFOQUE SISTÊMICO E CONTINGENCIAL</p><p>Aula 1 - Teoria dos Sistemas</p><p>A palavra "sistema" refere-se a um conjunto de partes coordenadas que trabalham juntas para alcançar determinados resultados.</p><p>A Teoria dos Sistemas, proposta por Ludwig von Bertalanffy, adota uma abordagem mais holística, analisando tanto os aspectos internos quanto externos das organizações. Essa teoria vê as organizações como sistemas compostos por partes interconectadas e enfatiza a importância de entender a organização como um todo integrado.</p><p>Os sistemas são formados por dois tipos principais de elementos:</p><p>· Físicos: Incluem pessoas, máquinas, equipamentos, peças e instalações.</p><p>· Conceituais: Incluem conceitos, ideias, símbolos, procedimentos, regras e manifestações.</p><p>Esses elementos se organizam em três partes principais, representando um modelo de produção:</p><p>· Entradas (Inputs): Recursos ou insumos que entram no sistema.</p><p>· Transformação (Processo): A etapa onde as entradas são processadas ou transformadas.</p><p>· Saídas (Outputs): Resultados ou produtos gerados pelo sistema.</p><p>Os sistemas organizacionais têm quatro partes principais:</p><p>· Entradas: Insumos recebidos, como matéria-prima e mão de obra.</p><p>· Processamento: Transformação desses insumos em produtos ou serviços.</p><p>· Saídas: Resultados, como produtos, serviços e impactos para o ambiente.</p><p>· Feedback: Retorno de informações que ajusta o sistema, influenciando futuros processos.</p><p>Além dos elementos básicos dos sistemas, a Teoria Geral dos Sistemas inclui outros conceitos importantes:</p><p>· Fluxo: Informações, materiais e energia entram no sistema, são processados e saem como produtos ou serviços.</p><p>· Entropia Negativa: Em vez de se deteriorar, o sistema usa o feedback para melhorar e renovar-se, combatendo a tendência natural de desordem.</p><p>· Homeostase: A capacidade do sistema de manter um equilíbrio estável por meio de ajustes contínuos, similar ao equilíbrio celular em biologia.</p><p>· Sinergia: A cooperação entre partes de um sistema faz com que o resultado global seja maior que a soma das partes individuais.</p><p>· Limite de Sistema ou Fronteira: Cada sistema tem um limite que o separa do ambiente externo. Sistemas abertos possuem limites mais flexíveis.</p><p>Na Administração Sistêmica, importância dos sistemas de informação e comunicação, comparados ao sangue no corpo humano, para o gerenciamento eficiente e a tomada de decisões.</p><p>Aplicar a teoria dos sistemas na administração envolve gerenciamento, tomada de decisões e comunicação eficazes. A teoria não fornece orientações práticas específicas e pode não se adequar totalmente às ciências sociais devido à falta de consideração de fatores como conflitos e poder.</p><p>Aula 2 - Teoria da Contingência</p><p>A Teoria da Contingência, surgida na década de 1970, afirma que não há uma única abordagem universal para administração. Em vez disso, a administração deve se adaptar às circunstâncias específicas e ao ambiente externo da organização.</p><p>Os administradores devem analisar as condições atuais e ajustar suas técnicas conforme necessário. A teoria também investiga como características internas e externas influenciam a eficácia organizacional, como exemplificado pelos estudos de Joan Woodward sobre a relação entre tecnologia e estrutura organizacional.</p><p>Relação entre tecnologia e estrutura organizacional</p><p>Dois tipos de sistemas organizacionais, de acordo com Tom Burns:</p><p>Sistemas Mecânicos: Adequados para ambientes estáveis. Características incluem:</p><p>· Funções claramente divididas.</p><p>· Hierarquia rígida com controle centralizado.</p><p>· Comunicação vertical entre superiores e subordinados.</p><p>· Ênfase na lealdade e obediência.</p><p>· Controles burocráticos.</p><p>Sistemas Orgânicos: Adequados para ambientes dinâmicos e mutáveis. Características incluem:</p><p>· Ajuste contínuo e redefinição de tarefas.</p><p>· Mudanças são vistas como naturais.</p><p>· Valorização da expertise técnica.</p><p>· Ambiente que estimula a criatividade.</p><p>· Administração descentralizada e autonomia controlada.</p><p>· Comunicação e interação entre todos os níveis.</p><p>· Alto comprometimento com os objetivos.</p><p>Outros fatores que influenciam as organizações incluem:</p><p>· Incerteza e Complexidade do Ambiente Externo: Ambientes estáveis exigem estruturas rígidas, enquanto ambientes turbulentos pedem flexibilidade.</p><p>· Tamanho da Organização: Maior tamanho demanda estruturas e coordenação mais complexas.</p><p>· Complexidade das Tarefas: Tarefas complexas exigem mais coordenação e estruturas mais elaboradas.</p><p>· Características do Ambiente Interno: Pontos fortes e fracos internos também influenciam as estratégias adotadas.</p><p>O enfoque contingencial, como a Teoria Sistêmica, amplia a perspectiva das organizações, incentivando uma visão integrada que considera tanto o ambiente interno quanto o externo. As organizações devem ajustar-se constantemente e inovar para gerir eficazmente, reconhecendo que não há soluções universais e que a administração deve ser adaptativa e crítica.</p><p>Aula 3 - Cultura Organizacional</p><p>O conceito de Cultura Organizacional divulgado com o artigo de 1980 da Business Week, “Cultura Corporativa. Em 1983, a Administrative Science Quarterly dedicou uma sessão especial ao tema, que se tornou um foco importante de estudo nos EUA. No Brasil, o conceito foi aprofundado a partir de 1991 com o lançamento do livro "Cultura Organizacional – Formação, Tipologia e Impactos" pela professora Maria Esther de Freitas.</p><p>Na antropologia, cultura é:</p><p>· Meio para atender necessidades biológicas e psicológicas.</p><p>· Sistema de cognições e significados compartilhados.</p><p>· Conjunto de símbolos que precisam ser interpretados.</p><p>· Projeção das estruturas universais da mente.</p><p>Linda Smircich (1983) define cultura organizacional de duas formas:</p><p>· Como característica: A cultura da organização muda com o tempo.</p><p>· Como essência: A organização é definida pela cultura de seus membros.</p><p>A cultura organizacional se manifesta através de linguagem, símbolos, histórias, rituais, valores e elementos físicos como arquitetura e decoração, definindo a identidade da organização interna e externamente.</p><p>Edgar Schein (1985) descreve a cultura organizacional em três níveis:</p><p>Nível 1 - Simbólico: Aspectos visíveis como tecnologia e arte.</p><p>Nível 2 - Normas e Valores: Normas e valores que orientam comportamentos.</p><p>Nível 3 - Pressupostos: Crenças fundamentais sobre a existência e interação com o ambiente.</p><p>Teoria antropológica – define que o homem resulta no meio cultural em que foi socializado, herdando dos antepassados. Estruturas antropológicas são significados socialmente estabelecidos que formam os elementos da cultura. Esses elementos incluem:</p><p>· Artefatos: Itens físicos como arquitetura, veículos, roupas e produtos utilizados pelas pessoas.</p><p>· Tecnologia: Conhecimentos e métodos empregados para resolver problemas em contextos pessoais e organizacionais.</p><p>· Símbolos: Comportamentos e objetos que transmitem mensagens e significados culturais, incluindo cerimônias, rituais, imagens, hábitos e linguagem, que tornam a cultura organizacional mais concreta e coesa.</p><p>· Valores: Definem o que é considerado importante para o sucesso, influenciando normas de conduta e comportamento nas organizações, como o tratamento entre chefes e funcionários, e o relacionamento com clientes.</p><p>· Normas: Regras que determinam o comportamento esperado e aceito dentro da organização.</p><p>· Processo de Comunicação: Rede de relações e interação que envolve a troca de mensagens e comportamentos não verbais.</p><p>Dinâmica da Cultura Organizacional</p><p>Classes de culturas organizacionais:</p><p>· Cultura do Poder: poder centralizado e representado como uma teia.</p><p>· Cultura de Papéis: Foca em regras e na posição, não no indivíduo.</p><p>· Cultura da Tarefa: Representada por uma rede, enfatiza flexibilidade e criatividade.</p><p>· Cultura da Pessoa: Centrada no indivíduo, com grupos que tomam decisões baseadas em seus próprios interesses.</p><p>Disfunções que prejudicam a capacidade de resolver problemas de convivência interna e de adaptação externa. São desvios de comportamento coletivo que degenera os princípios organizacionais. São algumas possíveis disfunções:</p><p>Para manter a eficiência, as organizações devem:</p><p>· Conhecer e promover sua cultura.</p><p>· Socializar novos funcionários.</p><p>· Manter fidelidade aos valores e crenças, mas também ser flexíveis para atingir objetivos.</p><p>· Identificar necessidades de mudança e adaptar-se.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p>

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