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19/12/12 1 1 Estrutura e replicação do DNA – Met. Ácidos Nucleicos I 2 Anúncios Ø Bioquímica Ilustrada: Pamela Champe & Richard Harvey; 2a. Edição, Cap. 30, p. 363 a 377 (até o final do ítem H. replicação do DNA eucariótico, inclusive) Ø Bioquímica Ilustrada: Pamela Champe, R.Harvey, D. Ferrier. Cap. 29, p.393-412, 3a. edição Ø Bioquímica, 4a. Ed., 1996 Lubert Stryer l Páginas 771 e 772 3 Objetivos Ø Reconhecer as diferenças na origem de replicação entre procarióticos e eucarióticos Ø Reconhecer a função das proteínas e enzima envolvidas na separação das hélices de DNA, e todos os eventos envolvidos na replicação de DNA Ø Compreeder com riqueza de detalhes a forquilha de replicação do DNA Ø Identificar as principais diferenças entre a replicação de DNA em procarióticos em relação a eucarióticos Ø Identificar drogas que interferem com a replicação do DNA e seus mecanismos de ação 4 Tópicos Ø I – Visão Geral Ø II – Estrutura do DNA Ø III – Etapas da síntese do DNA procariótico 19/12/12 2 9 I - Visão geral Ø Ácidos nucleicos: responsáveis pelo armazenamento da informação genética Ø Tipos de ácidos nucleicos: Ø Ácido desoxiribonucleico – DNA Ø Ácido ribonucleico - RNA Ø Localiza-se no núcleo, mitocôndria e cloroplastos Ø Células procarióticas: não possuem núcleo: DNA localiza-se em um cromossomo, e na forma de plasmídeo (DNA extracromossômico). Ø Para a perpetuação dos seres vivos o DNA deve ser capaz de se replicar e fazer com que a informação genética seja expressa seletivamente – exemplo: ao longo do densenvolvimento embrionário até a fase adulta, diferentes genes são necessários em diferentes momentos Ø O RNA participa na expressão desta informação genética 10 Resumo das Funções do DNA 11 II – Estrutura do DNA Ø DNA é um polidesoxiribonucleotídeo Ø Formado por muitos monodesoxiribonucleotídeos Ø Pode apresentar-se com fita simples em alguns vírus Ø Encontrado freqüêntemente com fita dupla Ø Em EUCARIÓTICOS: l Associado a proteínas formando as NÚCLEOPROTEÍNAS • Localizados no NÚCLEO Ø Em PROCARIÓTICOS: l Complexo DNA-proteína está presente no nucleóide 12 Ø DNA possui POLARIDADE: l Uma extremidade 5’ não ligada a nenhum nucleotídeo l Uma extremidade 3’ também livre Ø NUCLEASES: l Desoxiribonucleases: clivam ligações fosfodiéster do DNA l Ribonucleases: RNA Ø DUPLA HÉLICE: l Em torno de um eixo comum l Cadeias ANTIPARALELAS: 5’terminal de uma fita parea 3’ da outra fita 19/12/12 3 13 Ø DUPLA HÉLICE (forma clássica “B” Watson & Crick”): l Esqueleto hidrofílico da ribose -> localiza-se parte externa da cadeia l Bases (hidrofóbicas) -> na parte interna da cadeia Ø ACTINOMICINA D: l Droga anti-câncer que se intercala na fenda menor da dupla hélice tem um efeito CITOTÓXICO na célula l Interfere na síntese de DNA ou RNA 14 Por conveção: seqüência escrita 5’ para 3’ 15 ACTINOMICINA D: Anti-câncer 16 • Dada a seqüência de bases de uma cadeia é possível determinar a seqüência de bases da outra cadeia • Pontes e H mantém as bases juntas • PONTES DE HIDROGÊNIO, mais as INTERAÇÕES HIDROFÓBICAS entre as base fixas mantém a estrutura da dupla hélice 19/12/12 4 17 PONTES DE HIDROGÊNIO 2 3 18 DESNATURAÇÃO DO DNA: SEPARAÇÃO DA DUPLA HÉLICE • Ocorre por alteração de pH e por aumento da temperatura • A estrutura helical é perdida e as fitas DNA se separam TEMPERATURA DE DESNATURAÇÃO (Tm = melting temperature): Temperatura na qual a metade da estrutura helical é perdida. ABOSORBÂNCIA A 260 nm: DNA SIMPLES: MAIOR absrobância FITA DUPLA: MENOR absorbância Seqüências ricas em CG precisam maior temperatura para desnaturar. Tem maior número de pontes de H 19 • Z: hélice voltada para a esquerda; • ~12 pb por volta de 360º; • Ribose “faz ZigueZagues”; • B: descrita por Watson e Crick 1953; • hélice voltada para a direita; • ~10 pb por volta de 360º. • B: Forma predominante do DNA cromossômico • Transições entre as formas helicoidas podem desempenhar papel importante na regulação da expressão gênica FORMA CLÁSSICA 20 Plasmídios Ø São móléculas de DNA extracromossômico que as bactérias possuem Ø Servem para transporte de informação genética Ø Tem replicação sincronizada ou não com a replicação de DNA cromossômico Ø Facilitam a transferência de informação genética de uma bactéira para outra Ø Carregam genes que codificam resistência bacteriana a antibióticos Ø São utlizados como vetores na tecnologia de DNA recombinante (clonagem). 19/12/12 5 21 22 SEMICONSERVATIVA: apesar das fitas parentais se separarem, as fitas parentais permanecem conservadas intactas complementando as duas novas fitas. III - Síntese DNA Procariótico 23 Origem de replicação (ori) Ø Polimerases: usam DNA de fita simples como molde – necessidade de separação das fitas Ø Procarióticos: Ori de replicação em uma única seqüência de nucleotídeos – genoma pequeno Ø Eucarióticos: replicação tem origem em múltipolo locais – genoma grande l Em em locais ricos em A e T, menos pontes de hidrogênio, facilita a separação da dupla hélice l Múltiplas origens – favorece mecanismo de replicação rápida **DESENHO DA FORQUILHA 24 FORQUILHA DE REPLICAÇÃO Proteína DnaA: 20-50 monômeros se ligam a origem de replicação e separam as fitas; requer ATP DnaA DnaA DnaA DnaA 19/12/12 6 25 Formação da forquilha de replicação Ø Complexo de proteínas denominadas “complexo de formação” reconhecem a origem de replicação Ø Função do complexo: l Reconhecer a origem de replicação l Separar e manter as fitas de DNA separadas l Desenrolar o DNA além da forquilha de replicação 26 Proteínas do complexo de formação Ø DnaA: 20-50 monônomers se ligam a nucleotídeos específicos da ORI rep. (rica em bases AT). l Separam as fitas de DNA utilizando ATP Ø SSB: Proteínas de ligação de DNA de fita simples l Ligam-se somente ao DNA de fita simples l Ligam-se cooperativamente: a ligação de uma SSB favorece a ligação de outras l Não apresentam atividade enzimática l Mantém as fitas de DNA separadas l Protegem o DNA das nucleases que clivam DNA de fita simples l Favorecem a apresentação do MOLDE de DNA de fita simples 27 Proteínas do complexo de formação Ø DNA helicases: l Ligam-se ao DNA de fita simples próximo a forquilha de replicação l Movem-se em direção à cadeia de fita dupla forçando as fitas a se separarem l E desenrolando a dupla hélice de DNA l Consumindo ATP l Uma vez as fitas separadas, as SSB ligam-se para estabilizar a fita simples 28 19/12/12 7 29 Problema do superdobramento **demonstrar com uma fita • Superdobramento positivo: Contém MAIS voltas na hélice em relação ao DNA relaxado • Superdobramento negativo: Contém MENOS voltas na hélice em relação ao DNA relaxado 30 Ø Opções: l Cromossomo inteiro girar • Problema: gastaria muita energia e causaria deformação na molécula l Acumular superdobramento positivo • Problema: interfere com o desenrolar da dupla hélice durante a replicação do DNA Problema do superdobramento 31 Solução do Superdobramento Ø TOPOISOMERASE DO TIPO I l Tem atividade NUCLEASE: corta fita DNA l Tem atividade LIGASE: liga a fita cortada l Não requer ATP l Cria uma “quebra” transitória de uma fita. A fita intacta gira na ligação fosfodiéstes oposta à quebra l Relaxam os superdobramentos POSITIVOS 32 19/12/12 8 33 SUPERDOBRAMENTO + RELAXADO 34 35 Solução do Superdobramento Ø TOPOISOMERASE DO TIPO II l Fazem uma quebra transitória nas fitas da dupla hélice l Provoca um estiramento da dupla hélice de DNA para passar através da quebra l Alivia superdobramentosNEGATIVOS e POSITIVOS l Não requer ATP 36 19/12/12 9 37 38 DNA GIRASE Ø Topoisomerase do Tipo II da E. coli Ø Propriedade incomum: l Introduz superdobramento NEGATIVO no DNA em repouso – facilita a replicação futura do DNA l O superd. NEG vai neutralizar o superd. POS Ø É alvo de um grupo de agentes antimicrobianos denominados de QUINOLONAS – sem a sua função, a bactéria não consegue prosseguir com a duplicação do DNA e cessa de se multiplicar. Ø Sua atividade requer ATP 39 Direção da replicação de DNA DNA polimerase: • lê o molde de DNA sentido 3’-> 5’ • Sintetiza DNA sentido 5’-> 3’ As duas fitas novas de DNA crescem em direção oposta FITA LIDER: copiada em direção a forquilha de replicação FITA ATRASADA: copiada em direção oposta a forquilha de replicação. Resulta em muitos Fragmentos de Okazaki. 40 Primer de RNA Ø PRIMASE: é uma enzima RNA polimerase que sintetiza fitas curtas de RNA (~10 nucleotídeo); Ø Função do primer RNA: fornece uma região curta de fita dupla com uma oxidrila livre no terminal 3’ para possibilitar a enzima DNA polimerase III iniciar a síntese de RNA; 19/12/12 10 41 PRIMOSSOMO Ø Formado por um complexo de proteína + a primase Ø Liga-se a fita simples de DNA, deslocando as SSB Ø Move-se no sentido 5’->3’, junto a fita atrasada Ø Nota: move-se em direção oposta a síntese de DNA Ø Na fita líder apenas 1 primer de RNA é necessário, na atrasada, vários são necessários 42 DNA Polimerase III Ø Alonga a cadeia de DNA: l Atividade polimerase 5’ -> 3’ Ø Corrige erros de base da nova cadeia DNA l Atividade exonuclease 3’ -> 5’, mas requer base incorreta na extremidade 3’ l Não tem atividade exonuclease 5’ -> 3’ (DNA pol. I tem) Ø Identifica e remove o nucleotídeo incorreto e o substitui pelo correto Ø É uma exonuclease pois degrada o DNA somente pela extremidade e não internamente como as endonucleases 43 3’-> 5’ exonuclease Esta atividade não degrada nucleotídeos pareados corretamente 44 DNA Polimerase I Ø Atividade de POLIMERASE 5’-> 3’: l preeche o espaço deixado pelo primer de RNA Ø Atividade de EXONUCLEASE: l 5’-> 3’: • remove primer de RNA e sintetiza novo DNA no espaço. • Remove nucleotideos apropriadamente pareados (um de cada vez). • Remove grupos de nucleotídeos alterado (1 a 10 nucleot.) l Importante no reparo de DNA danificado l 3’-> 5’: corrige erros de base • A remoção/síntese/correção ocorre um nucleotídeo de cada vez. 19/12/12 11 Ø Fragmento Klenow: é o produto da digestão da DNA polimerase I pela protease subtilisina (origem: Bacillus subtilis) resultando em um fragmento com atividades: Ø de polimerase 5'-> 3’, e Ø de exonuclease 3'->5’. 45 46 Figura 30.10 (Garret & Grishman): Este é um modelo da interação do fragmento Klenow com o DNA. a) A terminação 3’ do primer e da cadeia em alongamento localizada no sítio ativo de polimerase. b) A terminação 3’ está voltada no sítio ativo de exonuclease 3’. A proteína tem que deslizar sobre o DNA para mudar a extremidade 3’ da cadeia em alongamento de um sítio ativo para outro. Portanto, a atividade de polimerase e de correção da extremindade 3’ podem ocorrer sem a dissociação do DNA do fragmento Klenow. 47 Demonstração da atividade 3’ 5’ da enzima DNA Polimerase I corrigindo erros da atividade de polimerase Garret & Grhishman 48 DNA Ligase Ø Tem a função de unir o DNA sintetizado pela DNA polimerase III com o DNA sintetizado pela DNA polimerase I Ø Une o grupo 5’ fosfato da cadeia sintetizada pela Pol. III com o grupo 3’oxidrila da cadeia sintetizada pela Pol. I 19/12/12 12 49 5’ 3’ Detalhe da Síntese de DNA 50 FORQUILHA DE REPLICAÇÃO PRIMOSSOMO: proteínas + primase 51 Fragmento de Okazaki: são os fragmentos recém sintetizados, na fita atrasada. Estes fragmentos de DNA estão entre os primer de RNA sintetizados pela Primase. 52 Replicação do DNA Eucariótico Ø Apresenta proteínas de ligação de fita simples (=proc.) Ø Apresenta helicases depentente de ATP (=proc.) Ø DNA polimerase é designada em letras gregas (e não números romanos) 19/12/12 13 53 Replicação do DNA Eucariótico 5 CLASSES DE DNA POLIMERASE EUCARIÓTICAS Ø Pol alfa: l tem atividade de primase: sintetiza os primers de RNA l Inicia a síntese de DNA, adicionando um pequeno pedaço ao primer de RNA Ø Pol delta: l completa a síntese de DNA na fita líder e alonga cada um dos fragmentos de Okazaki l Edita (corrige erros) o DNA recém sintetizado através da atividade 3’->5’exo Ø Pol épsilon: l Envolvida no reparo do DNA Ø Pol beta: envolvida no reparo do DNA Ø Pol gama: replica DNA mitocondrial 54 55 Ø Após a remoção da primer de RNA da extremidade 5’ final do DNA da fita descontínua (atrasada) não existe maneira de preecher a lacuna remanescente com DNA. A telomerase é um tipo especial de transcriptase reversa, que carrega sua própria molécula de RNA de aproximadamente 150 nucleotídeos. Nesse RNA estão cópias da seqüência A/C complementar a T/ G, presentes na extreminade dos cromossomos. Ø Nas células que estão sofrendo processo de envelhecimento (senescência), as extremidades dos seus cromossomos tornam-se um pouco menores a cada divisão celular, até que os telômeros desapareçam e o DNA essencial para a função celular seja degradado (ataque de nucleases) - fenômeno relacionado ao envelhecimento e morte celular. Ø As células que não envelhecem (exemplo: células da linha germinativa e células cancerosas) contém uma enzima chamada telomerase, que é responsável por refazer as extremidades perdidas. TELOMERASE 56 Telomerase: 19/12/12 14 57 http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.steve.gb.com/images/science/telomerase.png&imgrefurl=http://www.steve.gb.com/science/ dna_replication.html&h=557&w=664&sz=16&hl=pt-BR&start=19&tbnid=jqOh71tGBKBzqM:&tbnh=116&tbnw=138&prev=/images%3Fq%3Dtelomerase%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR %26lr%3D%26sa%3DG - 19 nov 2006. 58 Transcriptase reversa Ø Os retrovírus, como por exemplo o HIV, tem seu genoma na forma de uma molécula de RNA de fita simples. Após a infecção de uma célula hospedeira, a enzima viral TRANSCRIPTASE REVERSA (TR) usa o RNA como molde para a síntese do DNA viral o qual torna-se então integrado aos cromossomos do hospedeiro. A transcriptase reversa move-se ao longo do molde de RNA no sentido 3’ --> 5’ sintetizando o RNA no sentido 5’ --> 3’. A TR não edita possíveis erros o que explica a alta taxa de mutação destes vírus. Ø Pacientes com HIV normalmente são tratados com inibidores nucleosídicos ou não-nucleosídicos da transcriptase reversa, juntamente com inibidores de protease (os quais inbem outras enzimas de maturação do HIV), produzindo assim uma mistura (coquetel) que requer que o vírus desenvolva uma resistência múltipla para continuar a replicar-se. 59 Análogos de nucleosídeos Ø ddi: 2,3 diddesoxiinosina Ø Conversão da ribose em outro açúcar como a arabinose Ø Citosina arabinosideo (citarabina, araC): quimioterapia anti-câncer Ø Adenina arabinosideo (vidarabina, araA): antiviral Ø Zidovudina (AZT): termina o alongamento da cadeia de DNA - anti-HIV
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