Prévia do material em texto
<p>1466 Parte 2 Distúrbios de Sistemas Específicos do Corpo para rica em uma carboidratos solúveis no final da gestação 160 dias de na sensibilidade à insulina dos contribuiu licos ao longo Está claro que há possíveis efeitos potros aos prazo ção a dietas (vários dias) leve a desfechos ção pré-natal", da vida, secundários a esse efeito da projetadas para atender do às de que podem contribuir para "programa- Há algumas evidências pode tardio maneira doenças metabolizar programação desenvolvimento afetar a metabólicas.931 Essa o abordagem, sobretudo em relação que à tes de capacidade do neonato de pré-natal glicêmico apropriado, está associada a cações e melhores menores ambiente placentário adequada no ambiente clínico; os nutrien- A primeira etapa no desenvolvimento tência à insulina e intolerância comprometido a podem apresentar potros de resis- um cional envolve a seleção da de via de bolismo da gestação é essencial para o amadurecimento final no término Como já discutido, o aumento do cortisol fetal razões. suporte Em nutricional lugar, por este via enteral é preferido primeiro o meio logicamente correto de Em mais nutrição. energético, e muitos potros prematuros do meta- segundo intestinal é parcialmente dependente dos bólicas de responder normalmente às fetal; portanto, são por incapazes esse aumento na concentração de cortisol não passam produtos para a obtenção de energia e nutrientes. Uma pleta da função gastrintestinal é necessária antes ção das pós-natais. A complicada mudanças meta- do suporte nutricional enteral. Isso inclui ausculta da reservas endógenas de energia, e o pela diminui- verificação de refluxo gástrico e, de amamentação, por fraqueza, depressão levantar, comprometimento e/ou dificuldade ultrassonografia abdominal para a avaliação da se de são comuns nesses potros. Após dimensões intestinais. Potros com evidências de ção nutrientes pelas vias enteral ou a administra- trintestinal, como refluxo gástrico, distensão da potros sejam intolerantes a carboidratos que diminuição esses parenteral, é por provável da espessura da parede intestinal e íleo, dificilmente da produção endógena de insulina, causa alimentação enteral. Uma abordagem conservadora toleram têmica, causa hiperglicemia profunda. Os potros com inflamação o que sis- mentação enteral também é indicada a potros prematuros para sentar hiperglicemia por resistência à insulina e intolerância apre- como a associada à septicemia, também podem imaturos, passíveis de apresentar desenvolvimento do trato gastrintestinal. Potros com síndrome de asfixia a de carboidratos. manejo desses potros pode exigir soluções tal podem ser intolerantes à alimentação enteral por nutrição parenteral contendo lipídios e/ou a administra- íleo e da disfunção decorrente de lesão isquêmica intestinal ção de insulina exógena para obter aporte calórico adequado. enteral. É altamente digerível e, é evidente, possui leite de égua é o substrato preferido para A determinação das verdadeiras necessidades calóricas do potro com doença clínica é um dos maiores desafios no correto de nutrientes para o crescimento e desenvolvimento equilibrio normais. Os substitutos comerciais de leite de égua podem planejamento de uma estratégia nutricional. Historicamente, utilizados, mas são produtos de origem bovina e têm acreditava-se que a doença crítica criava uma situação "hiper- bilidade menor. Isso aumenta o risco de disfunção intestinal metabólica", em que o paciente tinha maiores requerimentos associada à alimentação enteral. leite de vaca semidesnatado calóricos em razão do maior consumo de energia dos tecidos. (2% de gordura) com adição de 20 g/l de dextrose (equivalente No entanto, os requerimentos calóricos do potro doente não a 40 ml de solução de dextrose a 50% por litro) usado parecem ser tão grandes quanto se porque há uma na ausência de leite de égua ou Os potros que redução na taxa metabólica geral por diminuição do nível conseguem mamar podem ser alimentados com mamadeira, teliais de atividade e redução temporária na taxa de crescimento. tigela ou sonda nasogástrica. Muitos potros doentes e em A calorimetria indireta de potros neonatos com doença clínica decúbito têm reflexo de sucção fraco e/ou descoordenado demonstrou que o seu requerimento calórico em repouso é de assim, devem receber leite por sonda de alimentação. nutrição apenas 45 a 50 kcal/kg/dia, ou seja, um terço daquela observada O uso de uma sonda permanente de pequeno ali- de nutrição em potros normais, ativos, em À medida mentação de pequenos volumes em intervalos frequentes (p.ex., basal e que esses potros se recuperam, os seus requerimentos calóricos a cada 20 minutos) são preferíveis à passagem repetida de uma em estado aumentam de modo gradual para cerca de 65 a 70 kcal/kg/dia, sonda nasogástrica em intervalos de 1 a 2 horas. Os grandes lactente similar ao observado em potros controle de mesma bolus podem sobrecarregar a capacidade digestiva, e colocação ção paren repetida de uma sonda gástrica é um estresse desnecessário para de desnut No neonato em estado crítico, pode ser preferível buscar uma abordagem hipocalórica para tentar evitar que o potro o potro. Outra vantagem das sondas permanentes de pequeno ciais. As calibre é a não interferência na alimentação voluntária e na sadas pr entre em estado catabólico grave; no entanto, é preciso aceitar que nem todas as necessidades nutricionais do paciente podem ingestão de água. Assim, a sonda pode ser mantida enquanto secundá ser atendidas.935,936 De fato, o suporte nutricional agressivo pode potro faz a transição para voltar a mamar da égua. A sonda de hipertri causar superalimentação, cujos riscos facilmente superam os alimentação deve ser inserida com o potro em decúbito esternal possíveis benefícios da nutrição. A administração excessiva de e o posicionamento correto no deve ser confirmado por carboidratos aumenta a geração de dióxido de carbono e pode radiografia ou endoscopia. A sonda pode ser presa às narinas verifi- piorar a hipercapnia em potros com função respiratória com- externas por suturas. A cada alimentação, é importante car se a sonda ainda está no lugar e se não há refluxo. 0 potro prometida. A administração excessiva de carboidratos também deve ficar em decúbito esternal ou em pé durante a alimentação. causa hiperglicemia, considerada um estímulo leite deve ser administrado por fluxo de gravidade, seguido sonda. de rio, e foi associada à piora do desfecho em condições críticas em seres humanos.937,938 A superalimentação de proteínas aumenta uma pequena quantidade de água limpa para enxaguar a aspi- o catabolismo proteico e pode levar à potencialização e/ou ao A sonda deve ser fechada entre as mamadas para evitar risco desenvolvimento de A administração excessiva de ração de ar e trocada a cada 1 a 2 dias para reduzir 0 lipídios pode causar Ao contrário dos infecção do trato gastrintestinal. A taxa inicial sugerida de administração de leite riscos de superalimentação, há poucas evidências em pacien- tes humanos de que o suporte nutricional hipocalórico a curto 3 ml/kg de peso corporal por hora, ou 100 a 150</p>