Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>INTRODUÇÃO À TEOLOGIA</p><p>AULA 5</p><p>Prof.ª Eliane Hubner da Silva Rodrigues</p><p>2</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Durante o tempo, a teologia cristã se expressou de diversas formas,</p><p>agindo em paralelo às constantes evoluções do pensamento humano e aos</p><p>novos problemas levantados na sociedade. Isso significa que a teologia busca,</p><p>desde seus primórdios, inserir o evangelho em diferentes culturas, renovando e</p><p>fortalecendo-o para as novas necessidades sociais.</p><p>Devido a essas mudanças, nos interessa saber as origens de cada</p><p>período, suas características predominantes e seus representantes. O conteúdo</p><p>aqui abordado tem caráter sintético e introdutório, logo, não buscamos</p><p>apresentar toda a riqueza de detalhes que cada momento histórico leva consigo,</p><p>e que seguramente são significativos para o estudo teológico. O intuito é,</p><p>precisamente, fornecer material que sirva de base para a compreensão da</p><p>evolução teológica, por meio das diferentes escolas, e, por que não, despertar o</p><p>interesse pelo estudo da história da igreja. (Libanio; Murad, 2003, p. 112)</p><p>TEMA 1 – A ORIGEM DA TEOLOGIA CRISTÃ</p><p>A história da teologia crista nasce com a primeira geração cristã, durante</p><p>o século I, que buscava constituir e implementar a igreja de Cristo na sociedade</p><p>por meio da fé em Cristo ressurreto, bem como em sua vida e morte. Esta</p><p>compilação de escritos históricos que dizem sobre a trajetória de Jesus e</p><p>tentavam explicar a sua importância, é o que hoje chamamos de Novo</p><p>Testamento. (Libanio; Murad, 2003, p. 112)</p><p>1.1 Novo Testamento</p><p>Se a Sagrada Escritura é a fonte da teologia, como pode ser o Novo</p><p>Testamento, parte integrante da Bíblia e caracterizadora de sua</p><p>identidade cristã, também teologia? (Libanio; Murad, 2003, p. 112).</p><p>Devemos inicialmente estar cientes de que o que estudamos, hoje, é um</p><p>reflexo de dois mil anos de estudos teológicos. Com isso, é fundamental que se</p><p>entenda que, para a igreja primitiva, o Novo Testamento é o modelo que</p><p>fundamenta o fazer teologia; é sua base indiscutível:</p><p>No Novo Testamento existe uma teologia, suscitada pelo próprio</p><p>revelar-se divino e caracterizada pelas diversas situações de vida em</p><p>que a mensagem foi acolhida e transmitida, uma história da verdade</p><p>revelada originária (...) O Evangelho originário e frontal, cumprimento</p><p>das promessas divinas e promessa inquietante de um novo e ulterior</p><p>3</p><p>cumprimento, entra nesta história real para expressar-se em</p><p>palavras dos homens e tornar-se assim acessível a cada um [...]. Todos</p><p>o processo formativo das teologias neotestamentárias poder-se-ia</p><p>resumir no esforço de passar da teologia da Palavra às palavras que</p><p>fielmente a veiculem, a fim de que destas palavras se possa passar</p><p>sempre de novo, sob a ação do Espírito, à experiência vivificante do</p><p>encontro com a Palavra do advento divino.” (Forte, citado por Libanio;</p><p>Murad, 2003, p. 113).</p><p>A Palavra de Deus é a ponte entre a teologia das primeiras comunidades</p><p>e a sociedade da época, que, por meio da Palavra, descobre o Filho, Palavra</p><p>encarnada de Deus (Libanio; Murad, 2003, p. 113).</p><p>TEMA 2 – PATRÍSTICA</p><p>Após a vida dos apóstolos de Jesus, ergue-se o desafio de consolidar o</p><p>cristianismo em resposta à difusão da cultura grega pelo oriente, e à</p><p>desvalorização da fé cristã. Após um difícil período de perseguição política, o</p><p>Império Romano reconhece o cristianismo, e isso culmina num súbito</p><p>crescimento da demanda de ensino cristão. (Libanio; Murad, 2003, p. 116)</p><p>Imersa em uma nova cultura ocidental, a teologia feita pelos padres corria</p><p>o risco de subverter-se perante o sistema político vigente, e secularizar-se por</p><p>meio da busca de poder, ou de ver diluída a doutrina cristã em um pensamento</p><p>helenístico. Com o passar do tempo, diversos grupos radicais se levantam contra</p><p>o cristianismo, de forma a descaracterizá-lo; porém, isso fortalece a teologia,</p><p>fazendo com que certos estudiosos – inclusive Agostinho de Hipona, que se</p><p>destaca com sua produção na época – tivessem cada vez mais precisão</p><p>argumentativa e linguística à luz da Palavra. (Libanio; Murad, 2003, p. 116)</p><p>2.1 Características</p><p>Neste momento, a máxima do pensamento teológico se dá pela frase “crer</p><p>para entender, entender para crer”. A compreensão por meio da inteligência e</p><p>do conhecimento profano do mundo não é dissociada da fé em Cristo. (Libanio;</p><p>Murad, 2003, p. 118)</p><p>Segundo Boff (1998, p. 629), os padres viviam uma espécie de</p><p>“contemplação intelectual”, enfatizando a intuição provinda da intimidade com</p><p>Deus. Já na prática teológica desse período, a teologia assume quatro preceitos:</p><p>base bíblica; prática litúrgica; teologia crístico-eclesial; imersão cultural e</p><p>pluralidade. (Libanio; Murad, 2003, p. 118)</p><p>4</p><p>2.1.1 Base Bíblica</p><p>Os teólogos entendem, neste momento, que a Escritura, sendo a Palavra</p><p>de Deus, é a base da leitura teológica, devendo pertencer a todas as esferas da</p><p>vida em comunidade. A teologia patrística começava a entender o texto bíblico</p><p>segundo uma interpretação alegórica, utilizando de simbolismos para</p><p>entendimento da Palavra. (Libanio; Murad, 2003, p. 119)</p><p>2.1.2 Liturgia</p><p>A prática litúrgica, ou seja, o rito de culto à Deus, é essencialmente</p><p>teologia porque reproduz a Palavra de Deus e a expressão completa da fé cristã,</p><p>uma vez que explica seu conteúdo pela expressão de louvor e pela adesão a</p><p>Deus. (Libanio; Murad, 2003, p. 121)</p><p>2.1.3 Crística e eclesial</p><p>Jesus Cristo é o centro do cosmos segundo a visão teológica dos padres;</p><p>segundo a Sua imagem, foram feitos os seres humanos. Cristo compõe a Igreja</p><p>de Deus e é a chave para a interpretação do conhecimento das escrituras.</p><p>(Libanio; Murad, 2003, p. 122).</p><p>2.1.4 Inculturada e plural</p><p>Na época, a Igreja passava por um período de expansão, e por isso era</p><p>necessário que houvesse posicionamentos criativos que dialogassem de forma</p><p>atrativa em uma sociedade rica em culturas. Com base nisso, pensadores e</p><p>teólogos, como os padres gregos e o próprio Agostinho, inserem o discurso</p><p>teológico em pautas da cultura helenística, para responder a questões da</p><p>comunidade eclesial inseridas nos mais diversos contextos. Com base nessas</p><p>discussões e pluralidades de pensamento, nascem problemáticas que persistem</p><p>até hoje (Libanio; Murad, 2003, p. 123).</p><p>TEMA 3 – ESCOLÁSTICA</p><p>A partir da Idade Média, a teologia Escolástica é a principal corrente de</p><p>pensamento teológico, tendo perdurado oito séculos. Inicialmente, ainda se</p><p>baseava em Agostinho, porém passa a incorporar o pensamento do filósofo</p><p>5</p><p>Aristóteles na teologia, sendo possível dividir a Escolástica em três momentos</p><p>(Libanio; Murad, 2003, p. 127).</p><p>3.1 A primeira fase escolástica</p><p>A primeira fase é compreendida do século VII ao século X. A reflexão</p><p>teológica é feita em um ambiente rural feudal, de forma limitada, por meio da</p><p>leitura e comentário da Escritura sob olhar de fragmentos da Patrística, mas que</p><p>perdem seu valor por ficarem fora de contexto. (Libanio; Murad, 2003, p. 127)</p><p>3.2 A segunda fase escolástica</p><p>A partir do século X, mudanças significativas acontecem na sociedade e</p><p>na Igreja. Começam a se formar as primeiras universidades, as comunas e</p><p>corporações de ofício, e cada avanço impulsiona a teologia de alguma forma</p><p>(Libanio; Murad, 2003, p. 128).</p><p>No século XII, há descobertas importantes do ramo da filosofia, que</p><p>moldam o pensamento da época, levando ao questionamento do que até ali era</p><p>certo e seguro. Há uma busca inquieta por distinções esclarecedoras, em que a</p><p>fé buscava inteligência: era sim ou não, não poderia haver meio termo. (Libanio;</p><p>Murad, 2003, p. 128).</p><p>3.3 A terceira fase escolástica</p><p>Neste momento final, no início do século XIII, a prática é feita de forma</p><p>acadêmica, ligada à vida urbana e às universidades, e a doutrina sagrada é</p><p>colocada ao lado de outras ciências e artes da academia (Libanio; Murad, 2003,</p><p>p. 130).</p><p>Aos poucos, a teologia dissocia-se</p><p>do profano e a crença distancia-se da</p><p>compreensão. Fica mais evidente a importância de conhecer e não só decorar o</p><p>conhecimento. O principal nome nesse período é Tomás de Aquino, que</p><p>estabelece, em sua obra Suma teológica, conteúdo que orienta o fazer teológico</p><p>por séculos a partir de então (Libanio; Murad, 2003, p. 130).</p><p>Após esses momentos, entende-se que a característica principal dessa</p><p>corrente teológica é que a crença é acompanhada da compreensão, e</p><p>sistematizada por meio de uma relação entre afirmação e negação. É o resultado</p><p>6</p><p>entre a busca por entender a ciência de Deus e a ciência dos homens (Libanio;</p><p>Murad, 2003, p. 131).</p><p>Essa conversa entre teologia e filosofia, de forma intensiva, amplia os</p><p>horizontes da teologia, fazendo-a entender melhor alguns dados da fé, porém a</p><p>faz de forma pouco espiritual. Há muito conceito e abstração, em um discurso</p><p>baseado em métodos científico-racionais; por isso, abre-se uma lacuna entre a</p><p>vida da Igreja e a teologia (Libanio; Murad, 2003, p. 135).</p><p>TEMA 4 – MANUALÍSTICA</p><p>Com a chegada dos séculos XIV e XV, novas ideias começam a aparecer,</p><p>como o capitalismo mercantil, a supremacia do pensamento racional e o</p><p>humanismo renascentista. Todas elas apresentam um caminho para o</p><p>pensamento da sociedade e, com isso, há subjetivismo e individualismo</p><p>característicos da época (Libanio; Murad, 2003, p. 135).</p><p>A Reforma Protestante, liderada por Lutero no século XVI, é um ponto</p><p>chave na transição da prática teológica primitiva para a moderna, pois, com ela,</p><p>há também a Contrarreforma, resultado de um novo afervoramento por parte dos</p><p>clérigos, o que perdura até o século XVII (Libanio; Murad, 2003, p. 136).</p><p>Depois, chegamos ao século XVIII, quando o capitalismo se consolida. O</p><p>período é marcado por diversas revoluções, acompanhadas de mudanças na</p><p>relação entre campo e cidade, além do surgimento de nomes conhecidos na</p><p>filosofia moderna, como Kant, Marx e Hegel, e consequentemente o</p><p>aparecimento do movimento socialista. A Igreja se posiciona de forma contrária</p><p>às pretensões filosóficas da modernidade, e não há diálogo com o mundo</p><p>moderno (Libanio; Murad, 2003, p. 136).</p><p>Uma característica marcante desse período é a predominância do ensino</p><p>pelo magistério, que buscava eliminar o dissenso causado pela Reforma</p><p>Protestante, por meio de um posicionamento autoritário, que não buscava tanto</p><p>uma compreensão, mas sim a homogeneidade no pensamento (Libanio; Murad,</p><p>p. 137).</p><p>A teologia se desenvolve em três grandes áreas. A primeira, denominada</p><p>fundamental, buscava dar razão à vida de Jesus Cristo e ao testemunho da</p><p>Igreja. A segunda, dogmática, trata sistematicamente dos ensinamentos</p><p>originais revelados por Deus por meio da sua Palavra. E a terceira, moral, se</p><p>estrutura sob os dez mandamentos e as leis divinas, naturais e positivas. Na</p><p>7</p><p>busca pela uniformização da teologia, há um distanciamento da pastoral para</p><p>com os povos a serem evangelizados, o que dificulta o processo de</p><p>evangelização das Américas e da África (Libanio; Murad, 2003, p. 138).</p><p>TEMA 5 – TEOLOGIA MODERNA</p><p>Após um período cinzento de estagnação da teologia, algumas escolas</p><p>do século XIX, como a Escola Romana e a de Tübingen, se posicionam de forma</p><p>diferente ao sistema vigente, trazendo de volta o questionamento ao cotidiano</p><p>teológico, e caminhando aos poucos para o novo pensamento da modernidade</p><p>(Libanio; Murad, 2003, p. 140).</p><p>Já no início do século XX, há um avanço no estudo da história da Igreja e</p><p>seus dogmas, que resulta em livros, dicionários e revistas de estudo, que os</p><p>modernistas usariam para propor reformulações de diversos conceitos que</p><p>pudessem dialogar com novos conhecimentos humanos. Essas propostas não</p><p>seriam bem recebidas pela Igreja oficial, que reprime o movimento por seu</p><p>caráter renovador (Libanio; Murad, 2003, p. 141).</p><p>No período entre as Grandes Guerras (1918-1939), retoma-se a</p><p>discussão com maior senso crítico sobre as problemáticas humanas cotidianas,</p><p>à medida que as relações sociais vão modificando em caráter (Libanio; Murad,</p><p>2003, p. 144)</p><p>O olhar volta-se para a pregação vívida, que enfatiza a salvação, após um</p><p>período de formação de teólogos frios e demasiadamente teóricos; agora</p><p>importa o contexto, valoriza-se o instrumento pedagógico para transmitir uma</p><p>mensagem mais característica do coração do que do intelecto; assim, aos</p><p>poucos a teologia evoluía, conseguindo acompanhar as mudanças sociais até</p><p>os tempos atuais (Libanio; Murad, 2003, p. 147).</p><p>NA PRÁTICA</p><p>O teólogo deve conhecer a história para que entenda o processo evolutivo</p><p>da prática teológica, e assim escolha caminhos viáveis e saiba reconhecer</p><p>caminhos perigosos pela jornada da fé.</p><p>Tome um tempo para pesquisar mais a fundo sobre os grandes nomes</p><p>citados nesta aula, como Agostinho de Hipona, Tomás de Aquino e Lutero, pois</p><p>8</p><p>são figuras notáveis durante a história da teologia, e suas obras servem de apoio</p><p>para discussões contemporâneas.</p><p>FINALIZANDO</p><p>Depois desta aula, o aluno deverá ser capaz de discernir sinteticamente</p><p>os diferentes momentos históricos apresentados da teologia – Igreja Primitiva,</p><p>Patrística, Escolástica, Manualística e Moderna –, bem como seus principais</p><p>acontecimentos e características.</p><p>Encorajamos o aluno à pesquisa e investigação mais profundas acerca</p><p>dos temas tratados, seja da história completa de cada escola, ou de seus</p><p>principais representantes.</p><p>Estimula-se o aluno a fazer um paralelo com as problemáticas ocorridas</p><p>durante a história e o que acontece nos tempos atuais, para daí observar a</p><p>importância do estudo de história: olhar para o passado, para entender o</p><p>presente, e saber construir o futuro.</p><p>9</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BOFF, C. Teoria do método teológico. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.</p><p>LIBANIO, J. B.; MURAD, A. Introdução à teologia: Perfil, Enfoques, Tarefas.</p><p>São Paulo: Edições Loyola, 2003.</p>

Mais conteúdos dessa disciplina