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<p>O EVANGELHO DO</p><p>REINO</p><p>por T. Austin-Sparks</p><p>O Evangelho do Reino</p><p>por T. Austin-Sparks</p><p>Capítulo 1 - O Reino de Deus</p><p>"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em</p><p>testemunho a todas as nações, e então virá o fim" (Mateus 24:14).</p><p>Cobrindo e abrangendo tudo o mais na Bíblia, e especialmente no Novo</p><p>Testamento, está a frase: "o reino de Deus". "João Batista [apareceu],</p><p>pregando, dizendo... o reino dos céus está próximo" (Mateus 3:1,2).</p><p>Jesus pregou e ensinou ele, e disse que tinha chegado (Mat. 4:17).</p><p>Antes da Sua transfiguração Ele dissera que haviam alguns lá que não</p><p>provariam a morte até que vissem o Reino vindo em poder (Marcos</p><p>9:1). Após a Sua ressurreição Ele falou com os Seus discípulos sobre o</p><p>Reino (Atos 1:3).</p><p>Este era também o tema dos apóstolos. Paulo mesmo falou dele até a</p><p>hora do seu encarceramento para os que estavam em Roma: até ao</p><p>fim, 'pregando o reino de Deus, e as coisas pertencentes ao Senhor</p><p>Jesus Cristo', (Atos 28:31). A carta aos Hebreus é resumida numa</p><p>frase: "Pelo que, recebendo nós um reino que não pode ser abalado..."</p><p>(Heb. 12:28) literalmente, 'no decurso de receber um reino que não</p><p>pode ser abalado'. Isso explica tudo que está nessa carta. E o livro do</p><p>Apocalipse em si pode ser reunido numa sentença: "Agora é chegado...</p><p>o reino do nosso Deus..." (AP. 12:10).</p><p>Tudo isso equivale a uma declaração muito cheia, forte e abrangente,</p><p>e é portanto, certamente necessário para nós familiarizarmos com o</p><p>significado do Reino de Deus. No inicio, portanto, vamos gastar um</p><p>pouco de tempo definindo o Reino de Deus, pois devemos ser claros</p><p>neste assunto da definição.</p><p>UMA DEFINIÇÃO</p><p>O que é o reino de Deus? Geralmente é acordado que a palavra 'reino'</p><p>não é uma tradução muito boa da palavra grega que está por trás. O</p><p>significado à raiz da palavra original traduzida 'reino' nas nossas Bíblias</p><p>inglesas é 'governo soberano', ou 'reinado', de modo que deveria ser</p><p>mais corretamente traduzido 'o governo soberano de Deus', e devemos</p><p>ter isso em mente o tempo todo. Nós continuaremos usando a palavra</p><p>'reino', pois acharemos difícil fugir dela, mas que fique claro que,</p><p>quando usarmos a palavra 'reino' nesta conexão, estamos pensando e</p><p>falando sobre o governo soberano ou reinado de Deus.</p><p>Agora, à luz do ensino do Novo Testamento, isto tem três aspectos.</p><p>https://www.austin-sparks.net/portugues/books/004870.html</p><p>Primeiramente, significa o governo real de Deus. Depois, isto conduz</p><p>para uma ordem ou natureza de coisas características Daquele que</p><p>governa. Perceba como é para ser: Uma coisa CONDUZ à outra. Esta</p><p>última condição não está sempre presente. Deus governa: isso é um</p><p>fato em si; mas é um governo soberano sobre uma área muito ampla</p><p>na qual não há nada característico de Deus, nada que estabeleça a</p><p>natureza de Deus. Mas o fato e verdade de Deus governando CONDUZ</p><p>à seguinte coisa, e essa é uma ordem que toma seu caráter Daquele</p><p>que governa. Isso é ao que pretende-se conduzir, e no Novo</p><p>Testamento você descobrirá que isso tem um lugar importante, como</p><p>veremos mais tarde.</p><p>E a seguir, avançando mais uma fase, o reinado soberano ou governo</p><p>de Deus conduz a uma esfera real na qual essa ordem e natureza</p><p>opera, e é expressa. Isto é algo no qual podemos entrar, mas você não</p><p>pode entrar à parte das outras duas coisas; o fato do Seu absoluto</p><p>Senhorio, e o fato de que você, por uma obra poderosa de Deus, tem</p><p>se tornado um 'participante da natureza Divina' (2 Pedro 1:4) - a</p><p>própria natureza de Deus tem sido introduzida e uma nova ordem de</p><p>coisas têm sido criadas.</p><p>Essa é a definição do Reino de Deus. É muito importante, porque</p><p>espero que você seja conduzido a uma nova leitura de tudo que está</p><p>na Palavra sobre o Reino, e você ficará confuso a menos que você</p><p>tenha claramente compreendido essa definição em seu triplo aspecto.</p><p>Não é preciso dizer que o 'Reino de Deus' e o 'Reino do Céu' não são</p><p>em nenhum sentido duas coisas diferentes. Mateus prefere o 'Reino do</p><p>Céu'. Existe uma razão muito boa por que Mateus preferia o título</p><p>'Reino do Céu', o governo soberano do Céu - ou melhor dos céus, pois</p><p>a palavra não está no singular, está no plural. Marcos, Lucas e João</p><p>sempre o chama o 'Reino de Deus' - de novo, por razões muito boas,</p><p>nas quais lhe deixo cavar. Mas os dois títulos indicam a mesma coisa.</p><p>O REINO DE DEUS PRESENTE</p><p>Agora, somos expressamente informados por João Batista e pelo</p><p>próprio Senhor que o Reino de Deus ou do Céu estava 'próximo', estava</p><p>'perto', era "chegado". Numa ocasião o Senhor colocou assim "... é</p><p>chegado a vocês" (Lucas 10:9) em outra ocasião, "... está no vosso</p><p>meio", ou "dentro de vós" (Lucas 17:21). E, como já temos citado,</p><p>antes da Sua transfiguração o Senhor disse, 'alguns dos que aqui estão</p><p>durante suas vidas o verão vindo em poder'. De modo que somos</p><p>informados que é presente. Porém, talvez não percebemos o quanto</p><p>paira sobre essa declaração. Um sistema inteiro de ensino tem surgido</p><p>que diz que o Reino foi suspendido e entrará com a era judaica mais</p><p>tarde. Mas João disse, 'está próximo'. Jesus disse, 'é chegado'. Jesus</p><p>disse, ' Vocês o verão vindo em poder durante suas vidas', e, 'O Reino</p><p>está no vosso meio' - 'ESTÁ no vosso meio'. É presente.</p><p>Mas aqui surge uma questão. Se o governo soberano de Deus e dos</p><p>céus é universal e eterno, como a Bíblia declara que é - no livro de</p><p>Daniel a frase que governa tudo é "Os céus SIM governam" - de que</p><p>maneira é mais particularmente assim nesta dispensação? Deus é o</p><p>Governador do universo, e sempre foi e será. De que forma Ele é mais</p><p>governador nesta dispensação que em qualquer outro tempo? Em</p><p>outras palavras, de que maneira o reino está próximo, ou é chegado,</p><p>NESTA dispensação? E a resposta é muito completa, muito abrangente</p><p>e muito maravilhosa.</p><p>O Reino de Deus era sempre, por designação Divina, a herança do Filho</p><p>de Deus. Deus propus esse Reino para o Seu Filho como a Sua herança.</p><p>Através Dele, por Ele, Ele fez todas as coisas, e para Ele eram todas as</p><p>coisas criadas (Rom. 13:36; Col. 1:16). Mas, igualmente, a intenção</p><p>era para que fosse do homem em união com o Filho de Deus. Existe</p><p>muito sobre isso. "Que é o homem mortal para que te lembres dele? E</p><p>o filho do homem, para que o visites?... Fazes com que ele tenha</p><p>domínio..." (Sal. 8:4,6). "Não temais, ó pequeno rebanho, porque a</p><p>vosso Pai agradou dar-vos o reino" (Lucas 12:32). Isto não é algo</p><p>adicional. Estava eternamente no pensamento de Deus para o homem,</p><p>para ser realizado através da união com o Seu Filho. O homem estava</p><p>no cenário desde o princípio - o homem foi criado para esse mesmo</p><p>propósito.</p><p>E essa mesma verdade abre a porta para a tragédia. Pelo ato do</p><p>homem e pelo consentimento do homem, pela rebelião do homem</p><p>contra a expressa vontade de Deus, o Reino passou para as mãos do</p><p>usurpador. Sim: o domínio sobre este mundo passou para as mãos</p><p>daquele que é, designado até pelo Senhor Jesus mesmo, 'o príncipe</p><p>deste mundo' (João 14;30), e por Paulo 'o deus deste século' (2 Cor.</p><p>4:4). Foi alienado do seu legítimo Herdeiro - e do homem em união</p><p>com Cristo como um coerdeiro - entrou em alienação, o qual</p><p>demandava restauração. Entrou em inimizade contra Deus, o qual</p><p>demandava reconciliação. Entrou em cativeiro, demandando</p><p>libertação. Entrou em ruína moral, demandando reconstituição. Há a</p><p>resposta para a questão sobre o porquê o Reino nesta dispensação tem</p><p>um significado particular.</p><p>O REINO PRÓXIMO COM A VINDA DO HERDEIRO</p><p>Assim, você vê, o Reino, ou o governo, em todo seu significado como</p><p>o temos definido, chegou com a aparição do seu legítimo Herdeiro. Esta</p><p>dispensação é abrangida e dominada pelo fato de o Filho de Deus ter</p><p>se encarnado. Como o Herdeiro de todas as coisas, Ele veio para salvar</p><p>o que se tinha perdido - e era um imenso 'o'. Então, o Reino ou o</p><p>governo soberano entrou nesta dispensação, nesta particular e peculiar</p><p>maneira, com a Pessoa de Jesus</p><p>em verdade, um lugar caracterizado por</p><p>como Deus é; e significa que todos os nossos interesses são para trazer</p><p>Ele, quanto ao que Ele é verdadeiramente, para cada situação na vida.</p><p>Não estou exagerando com esta palavra. A Sua justiça, o Seu caráter,</p><p>a Sua semelhança, o que Ele é em si mesmo: faça tudo para que ISSO</p><p>esteja em primeiro lugar, e então você achará o Senhor aí mesmo em</p><p>todo o Seu governo soberano a seu favor. Desculpe a simplicidade</p><p>disto, mas estamos acostumados a citar esta passagem tão</p><p>superficialmente - 'Buscai primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, e</p><p>todas estas coisas lhe serão acrescentadas'. Sim, mas o que significa?</p><p>É pedagogia aplicada, e razão pela qual o Senhor Jesus a guardou para</p><p>os discípulos. É totalmente absurdo exortar homens não salvos para</p><p>viver jus ao Sermão do Monte. Isto não é uma regra de vida para o</p><p>não convertido. É impossível lhes entregar isso. Isto é uma base de</p><p>vida prática quotidiana para os filhos do Reino.</p><p>O REINO DE DEUS CONTRA O REINO DO INIMIGO</p><p>Mas há sempre escondido nas proximidades imediatas um outro reino,</p><p>um outro governo, um outro domínio, um outro deus, e o objetivo</p><p>desse outro reino é sujeitar o povo de Deus na servidão, em</p><p>escravidão, segurá-los em trabalho árduo. A sua mente terá saído</p><p>disparada de volta para Egito. Você lembra que diz que ISRAEL estava</p><p>em Egito. Pense por um momento. Isra-el - príncipe com Deus. A nação</p><p>eram os filhos de Israel, e eles estavam em escravidão, em servidão,</p><p>em fadiga, em trabalho cansativo no Egito. É um quadro. As leis do</p><p>governo de Deus são destinadas para a nossa emancipação, nossa</p><p>libertação, nossa liberdade, nosso descanso, nossa prosperidade, e lá</p><p>está a sombra deste outro governo sempre perto. Não satisfeito com</p><p>subjugar este pobre mundo no seu governo abominável, procura acima</p><p>de tudo, interferir nos filhos de Deus e levá-los para escravidão penosa.</p><p>Muitos, muitos filhos de Deus estão lá, nas fadigas da ansiedade, no</p><p>terrível domínio deste outro reino que rouba a Deus da Sua glória no</p><p>Seu povo, que difama Deus no próprio aspecto dos Seus filhos -</p><p>ansiosos, sobrecarregados, preocupados, inquietos - filhos de Deus!</p><p>Que contradição! Parece que alguns filhos de Deus têm entrado numa</p><p>terrível conspiração com eles mesmos para nunca sorrir, com medo de</p><p>abandonar alguma espiritualidade. É um assunto muito grave. A ideia</p><p>de Deus para o Seu povo é que eles sejam um povo emancipado e</p><p>livre, e isso não significa somente liberdade do juízo e condenação, e</p><p>da penalidade do pecado, mas liberdade desta tirania do coração</p><p>ansioso e face melancólica.</p><p>Veja do que o diabo está à procura. Esta lei da soberania é de profundo,</p><p>profundo significado e de extenso efeito. Isto outro é um outro reino,</p><p>um outro governo, muito diferente. Um dos principais objetivos desse</p><p>outro reino e governo é levar os próprios filhos comprados com sangue</p><p>de Deus para um cuidado ansioso, negar a mesma redenção que Deus</p><p>forjou para eles em Cristo. E portanto, para derrotar o diabo em si,</p><p>para destruir o poder do seu governo - 'Buscai em primeiro lugar o</p><p>governo de Deus, e a Sua justiça', e Ele assumirá a responsabilidade e</p><p>livrará você do seu cuidado desnecessário. É isso prático? É isso</p><p>importante? Bem, Jesus veio para trazer este Reino - este governo e</p><p>este regime - e para desfazer o outro reino.</p><p>Então, certamente vem com a força de um significado tremendo:</p><p>'Buscai em primeiro lugar - dê prioridade a - o governo soberano de</p><p>Deus, e a Sua justiça - Seu caráter, natureza - e todas estas coisas lhe</p><p>serão acrescentadas'.</p><p>Capítulo 5 - A Proclamação do Reino</p><p>"E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para</p><p>testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" (Mateus 24:14).</p><p>Analisemos primeiramente este versículo, observando suas palavras</p><p>específicas.</p><p>https://www.austin-sparks.net/portugues/books/004907.html</p><p>'Este Evangelho [literalmente, 'boas novas'] do Reino [literalmente, 'o</p><p>reinado real'] será pregado [esta particular palavra significa</p><p>'proclamado', 'anunciado', 'aclamado'] por todo o mundo [=toda a</p><p>terra habitada ou habitável] para testemunho [=como testemunha: Dr.</p><p>Weymouth na sua versão traduz essa frase - 'para estabelecer a</p><p>evidência']'.</p><p>Agora, com essa análise, construamos tudo na sua completa</p><p>declaração literal:</p><p>'Estas boas novas do reinado real será aclamado por toda a terra</p><p>habitada, para estabelecer a evidência por todo o mundo. Então, virá</p><p>o fim'.</p><p>É um versículo impressionante, pois abrange nada menos do que a</p><p>inteira missão, obra, significado e propósito da pessoa, encarnação,</p><p>vida, morte, ressurreição e exaltação de Jesus Cristo, e concretiza isso</p><p>como o próprio significado e assunto da Sua Igreja. É realmente um</p><p>versículo muito abrangente.</p><p>Mas devemos ficar por trás desta tremenda declaração, e tentar entrar.</p><p>É então, para ser compreendido, que o que é chamado o Evangelho,</p><p>as boas novas - tudo que o Cristianismo tem a dizer e dar - é definido</p><p>em termos de um Reino, um governo soberano, o funcionamento de</p><p>uma Realeza. É claro, estamos tão familiarizados com a linguagem e</p><p>com a ideia que provavelmente nunca temos realmente parado para</p><p>pensar o que significa isso. Por que o Cristianismo não é referido como</p><p>outra coisa - 'este evangelho do estado comunal', 'este evangelho do</p><p>estado social', ou alguma outra designação? É chamado 'o evangelho</p><p>do governo soberano, o reinado real'; em outras palavras, o evangelho</p><p>da Realeza de Jesus Cristo. É isso, e nada menos e nada mais do que</p><p>isso.</p><p>A ORIGEM CELESTIAL DA REALEZA DE CRISTO</p><p>E isso nos leva a uma nova indagação e investigação. Onde essa ideia</p><p>se originou e provêm? Ora, é muito difícil localizar a ideia da realeza</p><p>no que respeita ao homem. Não sabemos quem foi a primeira pessoa</p><p>a ter o título de rei. Nós podemos ver a ideia em sua forma primitiva</p><p>evoluindo, em desenvolvimento, até que alcançou a posição completa</p><p>da monarquia; voltaremos a isso num momento. Mas o que sabemos</p><p>da Bíblia é que isto não começou com o homem em absoluto. Começou</p><p>no Céu com Deus. A ideia do reinado real, governo soberano, estava</p><p>com Deus, e foi transmitida ao Seu Filho Jesus Cristo antes que este</p><p>mundo fosse criado, e antes que houvesse algo semelhante a uma</p><p>realiza na terra, nem em princípio ou em realidade. A Bíblia nos conta</p><p>que Deus designou o Seu Filho Jesus Cristo como o Herdeiro de todas</p><p>as coisas (Heb 1:2), e que Deus fala do Seu Filho como o Seu Rei.</p><p>Aparece num dos salmos, onde Deus está falando: "Eu, porém, ungi o</p><p>meu Rei sobre o meu santo monte de Sião" (Sal. 2:6). Essa é uma</p><p>expressão profética a respeito do Senhor Jesus, como você bem sabe.</p><p>A ideia da realeza originou-se com Deus e estava centrada no Seu Filho</p><p>Jesus Cristo.</p><p>UM OUTRO REI</p><p>O seguinte que a Bíblia nos faz conhecer é que alguém ficou com</p><p>ciumes disso. O maior ser criado dentre as hostes angelicais achou</p><p>ciumes do Filho de Deus no seu coração e permitiu que esses ciumes</p><p>tomassem tanta conta dele que ele projetou um plano, uma</p><p>maquinação e um movimento para suplantar o Filho de Deus e obter</p><p>esse governo em si mesmo e para si mesmo. Essa revolta contra a</p><p>determinação de Deus concernindo o Seu Filho teve lugar em algum</p><p>lugar fora deste mundo, antes que a presente ordem da criação fosse</p><p>trazida à existência; mas Deus procedeu de acordo ao plano e de</p><p>acordo ao propósito, e através da instrumentalidade do Seu Filho, criou</p><p>este mundo para ser a esfera do domínio do Seu Filho; e nele Ele</p><p>colocou o homem.</p><p>A seguinte coisa foi que este ser que tinha sido, pela sua revolta, a sua</p><p>rebelião, expulso do Céu, achou em seguida caminho para a esfera do</p><p>Rei designado e predestinado por Deus. Pela história é conhecido, por</p><p>enquanto, por como ele obteve o seu objetivo através de um plano</p><p>sútil de engano profundamente estabelecido - a sua atração à vida da</p><p>alma do homem. Ele obteve o seu objetivo ao ganhar o homem para</p><p>si; e assim</p><p>se tornou, por enquanto - como mesmo Jesus reconheceu</p><p>e admitiu ele ser 'o príncipe deste mundo' (João 12:31, etc.) embora o</p><p>seja ilegitimamente. Aí você tem a raiz de todo o assunto, o pano de</p><p>fundo da nossa passagem da Escritura.</p><p>A VITORIA DO REI DE DEUS</p><p>É claro, Deus não irá tolerar isso para sempre. A sua intenção não irá</p><p>ser estragada, nem o Seu Filho irá ser privado da Sua herança. A</p><p>história da encarnação encontra a sua explicação lá: era a vinda do</p><p>Filho de Deus neste mundo na carne para assumir todo este assunto</p><p>da intenção de Deus, e da Sua própria (do Filho) herança, e do lugar</p><p>do homem nessa herança, e combater até um glorioso triunfo final. E</p><p>vendo que não era algo oficial, mas um assunto espiritual e moral, foi</p><p>direito para a profundidade das coisas - na mesma natureza do pecado</p><p>e maldade, do qual tudo veio. Se concentrou e lidou com todo esse</p><p>mal, como é personificado no maligno em si. Jesus o enfrentou, Ele</p><p>aceitou a batalha do governo eterno, do reinado real, e combateu todos</p><p>os seus implicados até um resultado vitorioso. 'Pela Sua Cruz Ele</p><p>triunfou', e na Sua Cruz Ele "despojou os principados e as potestades,</p><p>publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz" (Col.</p><p>2:15). Ele arrancou o cetro das mãos do usurpador, e expulsou, como</p><p>Ele disse, o príncipe deste mundo (João 12:31); e, ressuscitando</p><p>triunfante dentre os mortos e do sepulcro, recebeu às mãos do Seu Pai</p><p>o Reino, juntamente com 'toda a autoridade no Céu e na terra' (Mat.</p><p>28:18), 'o Nome que está acima de todo nome' (Fili. 2:9), e o lugar</p><p>'acima de todo poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir'</p><p>(Ef. 1:21). Esse é o grande drama que a Bíblia contém e estabelece; e</p><p>disso surge o que é chamado o Evangelho, as boas novas - as boas</p><p>novas do Seu reinado real em virtude de tudo que Ele fez.</p><p>A NECESSIDADE DO REINADO HUMANO</p><p>Agora voltemos para o lado humano, a história do reinado, domínio. É</p><p>bastante claro que começou numa maneira muito simples.</p><p>Primeiramente o princípio foi achado expresso numa família. Problemas</p><p>na família têm uma longa e remota história. Parece que quase</p><p>imediatamente que houve a família lá houveram problemas, e alguém</p><p>na família tinha que assumir a autoridade. Os primeiros reis, embora</p><p>eles não fossem chamados assim, eram cabeças das famílias. Daí, as</p><p>suas autoridades se estendeu até a tribo, e da tribo para as tribos, e</p><p>das tribos para a nação. E depois, até onde eles conseguiam, eles</p><p>tentavam obter o reinado sobre várias nações, e finalmente sobre</p><p>todas as nações.</p><p>Mas a nossa questão é esta. Esta situação ocorreu por motivo de</p><p>circunstâncias e da necessidade do homem. Um governante ou regente</p><p>- um rei em princípio ou em nome - era uma necessidade, pois alguém</p><p>tinha que tomar decisões nos problemas do homem e decidir nos</p><p>assuntos de conflito, seja em famílias ou tribos ou nações; alguém</p><p>tinha que dar o veredito do certo e errado. Por causa de novas</p><p>circunstâncias de conflito no mundo, antagonismo colocando pessoas</p><p>contra pessoas, tribo contra tribo, nação contra nação, alguém tem</p><p>que assumir a causa e comandar em guerra para a vitória. Pois paz</p><p>não era o estado normal das coisas, mas 'desassossego' - qualquer</p><p>coisa menos paz - alguém devia assumir a responsabilidade da</p><p>tentativa para proporcionar ao homem paz, para garantir a paz e</p><p>estabelecê-la.</p><p>Assim, o reinado tem como seus componentes, estas ideias de</p><p>adjudicar, de julgar, de determinar o certo e o errado, de comandar</p><p>contra o que ameaça o bem-estar do homem, e a própria integração</p><p>do homem, e de estabelecer paz. Existem componentes do reinado,</p><p>como encontramos no seu desenvolvimento. O reinado existe por</p><p>causa das condições existentes, algo estabelecido contra eles. Isto nos</p><p>dá o pano de fundo e o princípio do assunto.</p><p>REI DE JUSTIÇA</p><p>Numa esfera distante, muito mais distante do que o temporal e o</p><p>terreno, o Senhor Jesus, como Rei de Deus, assumiu essas mesmas</p><p>questões. São componentes do Seu Reinado. Neste mundo tudo deu</p><p>errado; um estado de anarquia e iniquidade - de 'desigualdade',</p><p>deslealdade, erro de homem a homem - prevalece. É o que a Bíblia</p><p>resume numa palavra: injustiça. Afeta todos os tratos do homem com</p><p>o homem, todos os relacionamentos e transações humanas. O sistema</p><p>inteiro do relacionamento humano simplesmente não está certo; não é</p><p>reto, não é 'justo e honesto' - é injusto. Toda a questão da injustiça</p><p>está ligada a este assunto do Reinado; e é portanto, muito significativo</p><p>que, num dia em que, nessa nação traçada de Israel, o Reinado, o</p><p>governo soberano, o governo real de Deus intencionava ser exibido,</p><p>existiu o pior estado de injustiça.</p><p>Mas no meio de tudo - toda esta injustiça, sim, mesmo a dos próprios</p><p>reis - um profeta se levanta e grita: "Eis aí está que reinará um rei com</p><p>justiça"! (Isa. 32:1). Um raio de luz é lançado direto para Aquele que</p><p>estava vindo. Sabemos que o Senhor Jesus, na Sua vida e morte,</p><p>assumiu toda esta questão da justiça - em primeiro lugar como estando</p><p>relacionado com os direitos de Deus. O Seu primeiro objetivo, a Sua</p><p>primeira tarefa, era trazer a Deus Seus direitos, o que lhe é devido,</p><p>para consertar as coisas com Deus no que se refere ao homem. Quanto</p><p>Evangelho é contido nisso! Toda a carta maravilhosa de Paulo aos</p><p>Romanos é reunida nessa ideia de Deus requerendo justiça, do homem</p><p>sendo incapaz de Lhe fornecer isso, e Jesus Cristo entrando na brecha</p><p>para fazê-lo no meio dos homens, e onde este reinado real de Jesus</p><p>Cristo for achado no coração dos homens você tem justiça, verdade e</p><p>equidade, 'igualdade e honestidade' e justiça - tudo isso se entende</p><p>por justiça. Ele 'reina em justiça'.</p><p>REI DE PAZ</p><p>Então, quanto a este assunto do conflito, vai além das guerras entre</p><p>os homens. Donde vem todas estas guerras? Elas emanam do Maligno</p><p>que abalou este universo com conflito, discórdia, luta, ódio, malicia.</p><p>Esta grande guerra no universo é primeiramente espiritual, antes de</p><p>se tornar temporal, e foi de Satanás que surgiu. Sabemos bastante</p><p>bem que está aqui. Sabemos que nos nossos corações; antes de Cristo</p><p>os tomar como o Seu trono, não há paz, não há paz lá à parte de Ele.</p><p>Sabemos tudo sobre discórdia e luta dentro de nós mesmos; sabemos,</p><p>também, que é a coisa mais difícil é conviver com outras pessoas por</p><p>muito tempo sem achar alguma discórdia. Talvez, cristãos, mais do</p><p>que ninguém, sentem os antagonismos que estão ao exterior. Satanás</p><p>tem concentrado as suas forças e atenção especialmente em cristãos,</p><p>para destruir o testemunho do que Jesus fizera; para estragar este</p><p>governo real reduzindo e enfraquecendo seu significado de unicidade,</p><p>comunhão, unidade. A comunhão e unidade é uma verdadeira batalha</p><p>em qualquer esfera, mas provavelmente maior entre cristãos do que</p><p>em qualquer lugar.</p><p>Mas há um Rei para comandar nessa batalha. Este governo real</p><p>significa que não é preciso haver este estado das coisas, mas pode</p><p>haver vitória sobre a luta e discórdias humanas, e divisões,</p><p>antagonismos, malícia e tudo isto. Ele obteve a vitória sobre a obra</p><p>terrível de Satanás que era despedaçar este universo e criar uma</p><p>grande esfera de conflito. Cristo, somos informados, tem "feito a paz</p><p>pelo sangue da sua cruz" (Col:20). A ideia de um Rei era, dentro do</p><p>possível, manter e estabelecer a paz. Nenhum rei conseguiu isso por</p><p>muito tempo, ou apenas dentro de uma esfera limitada, mas Cristo</p><p>entrou nesse reino hostil, avançou para a batalha, e garantiu a paz.</p><p>Aqui, também, embora conheçamos naturalmente nos nossos corações</p><p>os elementos da luta, discórdia e guerra, em Cristo conhecemos o outro</p><p>lado. Sabemos que Ele trouce o Seu reino de paz aos nossos corações.</p><p>"Temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Rom.</p><p>5:1), e a paz de Deus que excede de todo entendimento, guardará os</p><p>nossos corações (Fili. 4:7), mas enquanto haja muito mais necessário,</p><p>e tenhamos que sempre estar atentos e sempre permanecermos</p><p>na</p><p>Sua vitória neste assunto, no entanto, existe o fato glorioso de que</p><p>conhecemos algo de uma comunhão, uma comunhão abençoada e</p><p>maravilhosa entre nós como o povo de Deus, o qual é único, o qual</p><p>não é conhecido deste tipo em qualquer outro lugar em todo o</p><p>universo. A coisa mais preciosa e abençoada que os cristãos têm</p><p>herdado através do Senhorio soberano de Jesus Cristo nos seus</p><p>corações é a comunhão de um com o outro. Quanto há ligado a isso!</p><p>Quanto devemos um ao outro em Cristo, quanto necessitamos um do</p><p>outro, quão impossível é se dar bem sem o outro justamente porque</p><p>Deus está contra darmos bem sem o outro. Descobrimos que</p><p>tentarmos nos dar bem uns sem os outros simplesmente envolvemos</p><p>o Senhor em controvérsia conosco.</p><p>Justiça e paz - estes são os elementos do Seu reinado. O inimigo é</p><p>derrotado, seus cativos e vítimas são libertadas, a paz é estabelecida;</p><p>enquanto o guardião de dentro encarrega-se da questão do</p><p>estabelecimento da justiça. Tudo isto é a nossa necessidade, assim</p><p>como sempre foi, e Ele a satisfez completamente, plenamente. Ora,</p><p>isso tudo está enquadrado nesta maravilhosa palavra 'Evangelho' -</p><p>boas novas. Mas existem multidões - talvez até haja alguém lendo este</p><p>texto - que não conhecem esta obra maravilhosa que Jesus Cristo fez,</p><p>que não estão no benefício e alegria da paz com Deus, e da paz nos</p><p>seus próprios corações, que nós conhecemos. Isto lhes parece muito</p><p>estranho, embora talvez olhem para nós saudosamente e</p><p>invejosamente. Esta comunhão entre cristãos é algo impressionante;</p><p>não é algo fingido, montado ou maquiado. Temos sabido de pessoas</p><p>não salvas entrando em reuniões cristãs, e saindo, se não realmente</p><p>salvas, ainda dizendo um ao outro, 'há uma atmosfera maravilhosa</p><p>aqui. Você sente que estas pessoas têm algo que outros não possuem'.</p><p>Eles falam da impressão feita sobre eles pela comunhão maravilhosa</p><p>do povo de Deus, e isso constitui um testemunho. É, de fato O</p><p>testemunho; é a evidência.</p><p>ESTABELECENDO A EVIDÊNCIA</p><p>Assim sigo imediatamente. Estas boas novas do governo ou reinado</p><p>real, nestes termos dos valores espirituais - vida interior, comunhão</p><p>abençoada, luta vencida, justiça estabelecida - estas boas novas são</p><p>comprometidas à Igreja e aos arautos para levar a todas as nações.</p><p>Mas note que não é só alguém saindo e anunciando as boas novas</p><p>como uma teoria. Temos que tomar posse disto muito fortemente.</p><p>Haveria uma situação muito, muito diferente no mundo hoje, como</p><p>resultado do Cristianismo e evangelização, se este ponto tivesse sido</p><p>mais firmemente e claramente compreendido. Enquanto é a obra do</p><p>arauto fazer a anunciação, a passagem que temos ido considerando</p><p>não termina aqui, com 'Estas boas novas do reinado real serão</p><p>proclamadas em toda a terra habitada'. Não acaba aqui, e é aí onde</p><p>justamente fica a falha e fraqueza. Continua: 'será proclamado...</p><p>COMO TESTEMUNHO'. Tradução de Weymouth, que citei</p><p>anteriormente, nos dá o cerne da questão. Ele diz: 'para estabelecer a</p><p>evidência'. O arauto não está apenas anunciando alguma teoria</p><p>abstrata, ou mesmo um fato, objetivamente. Ele está lá na verdade</p><p>para estabelecer ou prover a evidência de que é o caso.</p><p>Torne para seu Novo Testamento, e o que você tem? Você tem os</p><p>arautos indo para a terra habitada, bem o suficiente: mas o que estão</p><p>fazendo? Estão só andando em alguma cidade e subindo numa</p><p>plataforma e fazendo uma anunciação, e depois indo embora? Fazem</p><p>eles a anunciação, e depois continuam para o seguinte lugar e o</p><p>seguinte lugar e o seguinte lugar, até que eles cobrirem toda a terra</p><p>habitada com a anunciação? Fizeram isso? Certamente não. Eles</p><p>tinham uma melhor apreensão do assunto deles, e ao que o Senhor se</p><p>referia do que isso. O significado que estava nos seus corações e</p><p>mentes ao estar em qualquer lugar era este: 'Algo tem de ser</p><p>estabelecido neste lugar, o qual será uma concreta evidência de que</p><p>Jesus está no trono!' Ao passo que a anunciação de algum ensino,</p><p>alguma verdade objetiva, poderia não ter importado ninguém, quando</p><p>eles entravam nesse solo com aquela ideia e motivo, todo o inferno se</p><p>levantava para dizer, 'Apagaremos essa coisa aqui se pudermos!'</p><p>Assim você tem um apóstolo entrando numa cidade e fazendo a</p><p>proclamação, e o inferno se levantando e mexendo os homens para o</p><p>apedrejar, arrastar ele para fora da cidade, e deixar ele como morto.</p><p>Quando eles tinham se retirado, ele se levanta; e o que ele diz? 'Tenho</p><p>feito a minha anunciação nesta cidade - irei para a seguinte'? Ele volta</p><p>de novo para a cidade, diretamente para lá. Por quê? Ele diz, 'Não</p><p>temos a concreta evidência aqui ainda. Não temos obtido aquilo que é</p><p>a personificação deste testemunho; até que a tenhamos,</p><p>aguentaremos. O diabo não vai conseguir o que quer sobre este</p><p>assunto'.</p><p>E assim, em cada lugar eles deixavam para trás algo que era concreto.</p><p>Não era só uma palavra lançada ao ar. Havia algo lá que era a</p><p>personificação da verdade de que Jesus é Senhor, e de que o reino de</p><p>Satanás não é universal. Foi quebrado aqui e aqui, e naquilo que é</p><p>deixado para trás está a evidência. Leia sobre aquelas igrejas outra</p><p>vez, aqueles vasos da evidência; leia sobre eles. Eles estavam lá</p><p>naquele lugar, perseguidos, assaltados, passando por um tempo muito</p><p>terrível, e no entanto - e no entanto - segurando o terreno: por causa</p><p>de que eles sabiam que se eles não o segurassem, Satanás o teria, e</p><p>eles não estavam permitindo isso. Eles estavam comprometidos com</p><p>este governo real. E então, a proclamação era mais do que uma</p><p>proclamação. Tinha em vista um estabelecimento da evidência, o</p><p>estabelecimento de um testemunho lá. É bom ouvir companhias locais</p><p>do povo do Senhor falando deles mesmos assim: 'Estamos aqui para</p><p>dar um testemunho neste lugar'.</p><p>Ora, ISSO é o propósito dos arautos, ESSA é a função das igrejas. É</p><p>por isso que estamos aqui nesta terra, como cristãos - principalmente,</p><p>que onde quer que estejamos, em casa, no trabalho, ou em qualquer</p><p>lugar, forneçamos a evidência de que Jesus é Senhor. Essa será a</p><p>explicação do sofrimento e da oposição, e de todos os esforços do diabo</p><p>para nos apagar e expulsar. Estamos lá como evidência de algo. Como</p><p>disse tempo atrás, se isto apenas tivesse sido compreendido, mantido</p><p>e entendido desde o começo, teria havido uma situação diferente. A</p><p>pregação do Evangelho parece ter muito amplamente se resolvido em</p><p>transmitir as verdades, as doutrinas, do Cristianismo; mas tem que</p><p>haver algo muito mais do que isso. É preciso que todos os que assim</p><p>se sentiram chamados digam: 'Sim, mas tem que haver evidência</p><p>concreta de que isto é verdadeiro. Deve haver prova positiva sobre</p><p>este assunto, personificado em algo aqui que declare que Jesus é</p><p>Senhor'.</p><p>Tem você estabelecido a evidência? Está você representando isso? Esse</p><p>é o desafio na proclamação do Evangelho. São boas novas, mas essas</p><p>boas novas têm de ser personificadas em algo que constitua a sua</p><p>própria evidência e prova.</p><p>UM DESAFIO PARA CRISTÃOS</p><p>É um desafio para nós como cristãos, é também uma explicação muito</p><p>abençoada e útil. Explica por que razão o diabo nos odeia tão</p><p>intensamente. Explica toda a pressão que ele exerce sobre nós. Explica</p><p>essa provocação, essa provocação terrível, que é sempre o prelúdio</p><p>para alguma atividade do inimigo, 'se apenas pudermos impedir isso,</p><p>estragar isso, em alguma maneira frustrar isso!' Então, é uma</p><p>explicação e uma ajuda saber isso. E é um desafio para nós cristãos,</p><p>que não vamos ser movidos até que o Senhor nos mova. Sim, o Senhor</p><p>pode nos mover, o Senhor pode nos tomar, o Senhor pode nos conduzir</p><p>para longe, mas pela graça de Deus o diabo nunca o fará. Não estamos</p><p>situados onde estamos só pelos nossos próprios interesses, para</p><p>conseguir algo que queremos. Estamos numa posição muito mais séria</p><p>do que essa - em nada menos do que este grande conflito cósmico</p><p>entre os dois príncipes, os dois reis. Estamos lá para estabelecer a</p><p>evidência. É um desafio</p><p>muito grande para nós.</p><p>UM DESAFIO PARA O NÃO SALVO</p><p>Mas é também um desafio para qualquer um lendo este texto que não</p><p>é do Senhor. O desafio é este: Existem só dois reis neste universo. Não</p><p>existe zona neutral neste assunto, não existe 'a terra é de ninguém'</p><p>aqui. Existem somente dois governos, dois reinos; Cristo, o Rei</p><p>eternamente designado de Deus, e o diabo, o antigo usurpador. Nós</p><p>fazemos a declaração, a anunciação para você de que "Jesus Cristo é</p><p>Senhor" (Fil. 2:11). Deus nomeou Ele Senhor, e Ele é Senhor por</p><p>direito da Sua própria conquista do diabo. Cabe a você decidir em qual</p><p>dos dois reinos, esferas e governos você está. Esse é o desafio que tem</p><p>que entrar em toda a terra habitada, e você não pode sair disso.</p><p>Se você não acredita que você está no reino e governo de Satanás, se</p><p>você não está definitivamente comprometido e entregue a Jesus Cristo,</p><p>eu posso lhe dar a mais perfeita e completa prova disso, se você a</p><p>aceitar. Tente sair do reino de Satanás! Tente se tornar um cristão!</p><p>Você perceberá que não acontece e se consegue automaticamente.</p><p>Você logo descobrirá que forças espirituais se levantam, e a coisa se</p><p>torna cheio de complicações e dificuldades. Eles se levantam de dentro</p><p>de você - ou revolta ou antagonismo à ideia, ou surgem questões e</p><p>dúvidas relacionadas, ou medos a respeito. Logo que você entra neste</p><p>assunto você descobre que outras coisas começam a se mover - não</p><p>que você as moveu, mas que elas se movem por si só.</p><p>A ilustração do Velho Testamento disto é Israel, o povo de Deus, em</p><p>Egito. Eles estavam em escravidão, mas as coisas estavam</p><p>relativamente tranquilas até que a ideia de eles saírem do Egito foi</p><p>sugerida. Mas imediatamente que este pensamento de um êxodo de</p><p>Egito começou tomar forma, então as coisas começavam a acontecer.</p><p>Parecia que o reino inteiro estava em agitação, se preparando até o</p><p>furor final para impedir isto. Ora, você continua tranquilamente sem</p><p>pensar em vir para o Senhor Jesus, e, enquanto você pode ter</p><p>perguntas e não ter um tempo agradável consolidado, no entanto, a</p><p>sua vida pode ser comparativamente mais fácil. Mas quando você</p><p>começa a ponderar em vir para o Senhor Jesus e entrar no Seu reinado</p><p>e reino, então você descobre, sem você fazer absolutamente nada, que</p><p>as coisas começam a operar, as coisas estão ocorrendo para parar isso.</p><p>Surgem de dentro, e surgem de fora. Ninguém nasce no Reino do Céu</p><p>sem conflito, sem uma luta; e quão grande luta é para algumas almas</p><p>- uma luta prolongada até que elas o conseguem. Como disse, você</p><p>pode por isto à prova. Você toma uma atitude em direção a Jesus</p><p>Cristo, e você descobrirá que está numa escravidão que você não</p><p>conhecia anteriormente. Está lá, é um fato. Mas, bendito seja Deus, há</p><p>vitória para você com o Senhor Jesus Cristo, para tirar você dessa</p><p>escravidão, diretamente para a Sua vitória.</p><p>Mas o meu objetivo imediato é este. Estamos declarando que Jesus</p><p>Cristo é o Rei de Deus, e que o governo final deste universo é investido</p><p>Nele. Por natureza nós nascemos no outro reino, o reino do Maligno, a</p><p>quem nós pertencemos. A Bíblia diz que somos 'filhos das trevas' e</p><p>'filhos da ira'. Nós somos filhos do diabo por nascimento, pois Adão nos</p><p>colocou a todos no seu poder e na sua mão. Jesus veio para nos</p><p>resgatar, para nos tirar, para nos introduzir no Seu próprio reinado.</p><p>Onde você está? Essa é a questão presente. É anunciado, declarado. É</p><p>uma coisa tremenda, pois o destino eterno depende da sua resposta a</p><p>isto.</p><p>E é algo solene - ó, que os homens o percebam - ter em qualquer</p><p>vizinhança um testemunho, do Senhorio de Jesus Cristo. Todas essas</p><p>áreas irão ser julgadas um dia, porque essa companhia esteve lá com</p><p>este testemunho. Sim, significará juízo. A acusação será: 'Mas você</p><p>sabia que estava lá: O seu lar foi visitado, você foi informado, você foi</p><p>invitado; Jesus Cristo estava bem lá no meio daquele povo. Você não</p><p>o quis ter. Você ou o ignorou, ou se rebelou, ou o repudiou. Mas estava</p><p>lá em evidência. Você não pode dizer que você não sabia'. É uma coisa</p><p>tremenda para Deus plantar num distrito um testemunho vivo do</p><p>Senhorio do Seu Filho. Todos nesse distrito vão ser julgado pelas suas</p><p>atitudes a isso.</p><p>Não entenda mal ou interprete mal. É um assunto espiritual. Este é o</p><p>método de Deus, colocar nas nações algo que seja uma evidência</p><p>estabelecida do grande fato do Senhorio do Seu Filho, e julgar tudo</p><p>pelo mesmo. Parece duro, mas devemos ser fieis, e devemos advertir</p><p>como também implorar. Em amor a sua alma diria, não permaneça sob</p><p>a bandeira do usurpador. Aqui está o Rei de Deus, e nós proclamamos</p><p>a você estas boas novas do Seu governo soberano.</p><p>E quando a evidência disso tenha sido estabelecida, diz esta palavra</p><p>em Mateus, "em toda a terra habitada", o tempo de Deus chegará para</p><p>encerrar a dispensação. Não me vou alargar nisso, mas existe muito</p><p>ligado a isso. A dispensação espera por isso, e portanto, existe uma</p><p>urgência em relação às coisas, porque nós nunca sabemos, num dia</p><p>como este, quando o testemunho terá achado a sua última declaração</p><p>neste mundo. Enquanto que o reino de Satanás está destituindo os</p><p>mensageiros pessoais, eles não podem acabar com o ar. Este</p><p>Evangelho da soberania, está conseguindo chegar ao seu destino, pois</p><p>é, em verdade, soberano.</p><p>Que o Senhor nos ajude como o Seu povo para enfrentar o desafio</p><p>quanto ao verdadeiro significado e propósito de estarmos aqui nesta</p><p>terra. E se você não pertence ao Senhor Jesus, se você não está no</p><p>Seu Reino, que Ele lhe ajude a enfrentar o outro desafio - abandonar</p><p>a falsa bandeira e domínio do usurpador, e procurar a cidadania no</p><p>Reino do nosso Senhor.</p><p>Cristo, o Filho de Deus, o legítimo</p><p>Herdeiro. Também entrou com Ele como o único Redentor da herança,</p><p>O único que poderia redimir, o Parente redentor que sozinho tinha a</p><p>posição, e o direito, e o recurso para redimir - o "Filho do homem". E</p><p>portanto, o Reino chegou na pessoa e a obra do Senhor Jesus, e esta</p><p>frase, "o Reino de Deus", define, explica e resume todo o significado e</p><p>propósito da encarnação e a missão do Senhor Jesus.</p><p>Você diz, por que foi o Filho de Deus feito homem? Por que Ele veio em</p><p>carne? Por que Ele veio para este mundo, e por que depois Ele sofreu,</p><p>e morreu, e ressuscitou? A resposta é: A fim de que o governo</p><p>soberano de Deus pudesse ser recuperado, restaurado, reconstituído,</p><p>lidado com o inimigo e feita a reconciliação, o cativeiro quebrado,</p><p>libertação introduzida. Você certamente recordará muita Escritura em</p><p>apoio disto. "Proclamar a libertação dos cativos..." (Is. 61:1): essa era</p><p>a Sua missão - reconstituir as coisas da sua ruína moral.</p><p>Consideraremos isto mais completamente depois. O que é chamado 'o</p><p>Sermão do Monte' é, como Dr. Campbell Morgan o chama, 'o inteiro</p><p>manifesto' do Reino de Deus: mostra como o Reino de Deus é - a</p><p>constituição dele no princípio moral.</p><p>Então, Ele veio, e Ele terminou a Sua obra para recuperar e assegurar</p><p>a Sua própria herança dada por Deus do Reino; e, ressurgindo dentre</p><p>os mortos, Ele disse: "Toda autoridade me é dada no céu e na terra"</p><p>(Mat. 28:18) - literalmente é, 'tem acabado de me ser dada' - e a partir</p><p>daquele momento toda autoridade é investida no Nome de Jesus. O</p><p>restante do Novo Testamento é a demostração desse fato. O livro dos</p><p>Atos, desde o princípio em diante, estabelece numa maneira muito,</p><p>muito concreta e forte a autoridade do Nome. "Com que poder ou em</p><p>nome de quem...?" Era a interrogação. 'Se você está a perguntar sobre</p><p>o Nome, seja conhecido de vós todos que pelo Nome de Jesus Cristo</p><p>de Nazaré...' (Atos 4:7-10). A autoridade não é somente afirmada pelo</p><p>Senhor Jesus, mas demostrada por Ele no poder do Espírito Santo.</p><p>A MISSÃO DE CRISTO ERA 'CÓSMICA</p><p>Esta herança era algo muito abrangente. A missão do Senhor Jesus</p><p>era, se me permitirem usar a palavra, cósmica: ou seja, não só se</p><p>relacionava à terra como o princípio e o fim. Tinha a ver com toda a</p><p>esfera espiritual na qual esta terra se move. Paulo define isso como:</p><p>'principados, potestades, dominadores das trevas deste século, hostes</p><p>espirituais da maldade nos celestiais' (Ef. 6:12). Existe muito mais</p><p>desse tipo, e isso é o que queremos dizer com 'cósmico'. Vai além do</p><p>terrestre, se você quiser - o inteiro estabelecimento espiritual de tudo</p><p>aqui. Nessa esfera inteira dos céus que foram poluídos e contaminados,</p><p>a missão do Senhor Jesus foi eficaz e efetiva; não foi apenas para o</p><p>homem na terra e para a criação terrena. Somos informados que os</p><p>próprios céus tinham de ser purgados (Jó 15:15; Heb. 9:23). Sim, a</p><p>herança é uma grande herança. Seu governo, Seu governo soberano,</p><p>é algo muito, muito grande. Se estende para as vastas extensões onde</p><p>estas hostes de espíritos malvados têm a sua esfera de operações. Seu</p><p>governo está lá, se estende até lá.</p><p>Mas, é claro, opera também entre os homens. Isso não precisa ser dito,</p><p>e nem certamente enfatizado. Me refiro de novo ao livro dos Atos. Mas</p><p>o livro dos Atos já foi terminado? É o único livro na Bíblia que não tem</p><p>acabado. Simplesmente é interrompido. Como nós gostaríamos saber</p><p>do resto! Mas não, simplesmente se interrompe; deixa Paulo lá nas</p><p>suas cadeias em Roma, não nos conta mais nada. Ah, mas, veja, nunca</p><p>se pretendeu que o livro dos Atos acabasse até o fim desta</p><p>dispensação. Tem continuado pela frente, e ainda está tendo capítulos</p><p>acrescentados a ele, e ainda continua nas mesmas linhas com o mesmo</p><p>significado - o governo soberano do Senhor Jesus e a obtenção da Sua</p><p>herança pela Sua própria autoridade. Mas pela Sua autoridade nada</p><p>virá até Ele. Você e eu sabemos muito bem que não podemos só trazer</p><p>pessoas para o Reino a torto e a direito. Se requer o exercício do</p><p>próprio trono do Senhor Jesus para trazer uma alma pelo novo</p><p>nascimento. E os que estão recebendo o Reino, isto é, os que estão</p><p>ainda 'no decurso de receber' o Reino, sabem muito bem que cada</p><p>polegada deste território é contestado, e que nunca entramos num</p><p>fragmento adicional de nossa herança em Cristo sem algum exercício</p><p>do Seu poder soberano.</p><p>A MISSÃO REDENTORA</p><p>A missão de Cristo também era uma missão redentora. Quão grande</p><p>essa palavra 'redenção' se torna quando vemos ela à luz deste inteiro</p><p>propósito de Deus quanto ao lugar do Seu Filho universalmente. Não</p><p>somente homens e mulheres, mas toda a terra e todo o cosmos,</p><p>remido pelo Sangue de Jesus. O dia virá quando a glória dessa</p><p>redenção será manifesta universalmente.</p><p>UMA MISSÃO RECONSTRUTORA</p><p>A seguir, a missão de Jesus era reconstrutora. Isso, é claro, está</p><p>espalhado por todo o Novo Testamento. O que Ele está fazendo com</p><p>você, comigo, com os Seus que têm se submetido ao Seu governo</p><p>soberano? O que está acontecendo com aqueles de nós que têm se</p><p>submetido ao Senhorio de Deus em Cristo? Nós estamos simplesmente</p><p>sendo reconstruídos, isso é tudo, e nós estamos aprendendo à medida</p><p>em que avançamos na reconstrução que precisamos. As coisas têm</p><p>quebrado, tudo deu errado. Nós não podemos corrigi-las. Algo tem de</p><p>ser feito para reconstruir toda a fabrica. Daí, todos os tratos conosco</p><p>pelo Espírito de Deus, em provações e testes, em aflições,</p><p>adversidades e sofrimentos, são obras reconstrutoras para o Reino de</p><p>Deus. Elas muitas vezes parecem ser obras destrutivas - e é verdade</p><p>que você tem de se livrar de todo o lixo, dos escombros, antes que</p><p>você possa construir; as duas coisas são partes de uma única coisa -</p><p>mas, veja, o recebimento do Reino vem através de aflições.</p><p>Acaso não é declarado bem claramente e definidamente: "pois que por</p><p>muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus" (Atos 14:22)?</p><p>Ora, vai além da ideia de uma esfera primária como interpretando o</p><p>Reino, e veja que as tribulações estão levando você para esse governo</p><p>soberano do Senhor, o qual irá provar ser tão beneficente, tão glorioso,</p><p>tão maravilhoso. Você concorda comigo que seria algo grandioso e</p><p>glorioso se tudo estaria justamente como Deus o teria. Isso é para o</p><p>que Ele está trabalhando com você e comigo. 'Por muitas tribulações</p><p>nos importa entrar no Reino': estamos entrando na herança, estamos</p><p>entrando no governo soberano.</p><p>AS BOAS NOVAS DO REINO</p><p>Tudo isso para a explicação do termo 'o Reino de Deus'. Qual é a</p><p>questão inclusiva? "Este Evangelho do Reino" - 'Estas BOAS NOVAS do</p><p>governo sobreano de Deus'. O governo soberano de Deus são boas</p><p>novas! Isso abrange toda a mensagem dos apóstolos da Igreja para</p><p>esta dispensação. São as boas novas do Reino - as boas novas de que</p><p>o Trono existe e está ocupado e é dominante. As boas novas, para</p><p>começar, no aspecto mais elementar da proclamação, é que há um</p><p>Trono, e nesse Trono está Jesus Cristo; que a autoridade é investida</p><p>Nele, e que essa autoridade é uma coisa muito real: e que o Espírito</p><p>Santo está trabalhando tudo em nós neste mundo em relação à</p><p>autoridade ou Senhorio de Jesus Cristo.</p><p>Tomemos uma ilustração do Velho Testamento - Israel em Babilônia,</p><p>o grande, imenso poder mundial; um povo partido, destruído,</p><p>esmagado, reduzido ao pó, em desespero. "Como, porém, haveríamos</p><p>de entoar o canto do Senhor em terra estranha?" (Sal. 137:4). Eles</p><p>penduraram as harpas nos salgueiros no desespero da situação. Mas</p><p>ouça! Um profeta está falando. "Por amor de vós, enviarei inimigos</p><p>contra a Babilônia e a todos de lá farei embarcar como fugitivos" (Is.</p><p>43:14). "Por amor de vós" - "por amor de vós" - um povo partido,</p><p>esmagado, sem esperança. O derrube e destruição de um dos mais</p><p>poderosos impérios que este mundo já viu tem uma explicação num</p><p>povo pobre, despido, quebrado, cativo.</p><p>Agora atualize isso, e perceba que este Trono está</p><p>operando agora na</p><p>história. Grandes poderes mundiais vão ser destruídos, quebrados e</p><p>desintegrados por causa da Igreja. Anticristo receberá a sua corrente.</p><p>Lhe será permitido 'se exaltar acima de tudo que se chama Deus, se</p><p>assentando no templo de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio</p><p>Deus" (2 Tes. 2:4). Até que ponto alguém ainda pode ir? Anticristo</p><p>receberá liberdade para mesmo chegar até aí. Mas depois ele será</p><p>ferido e destruído pela própria aparição de Cristo mesmo. Para a</p><p>autoridade de Cristo ser exibida em todo seu poder intrínseco, é</p><p>necessário que tudo aquilo seja permitido. Ao diabo lhe é permitido ir</p><p>muito longe, mas por trás está sempre o Trono. O Trono está dizendo,</p><p>"Vai quanto pode, e depois Eu destruirei você completamente'. Essas</p><p>são as boas novas da soberania.</p><p>O que dissemos até aqui é senão uma introdução, mas confio em que</p><p>possa nos ajudar para com um novo entendimento desta frase</p><p>maravilhosa - "o reino de Deus" - e acredito que ficaremos fascinados</p><p>à medida que examinarmos isto mais profundamente. Mas sejamos</p><p>bem claros quanto a isto. Esse Reino veio, esse Reino está presente;</p><p>esse Reino, a despeito de tudo que parece estar trabalhando para o</p><p>contrário, está funcionando. Este que está à destra da Majestade nos</p><p>céus é Senhor, e isto é algo a ser apreendido pela fé, e no qual</p><p>permanecer no dia da provação.</p><p>Pois certamente era essa garantia e confiança, essa certeza, que</p><p>contava para a maravilhosa estabilidade dos Apóstolos e da Igreja no</p><p>princípio, quando parecia tão contrário. Acaso não é isto que nos</p><p>surpreende, e talvez nos deixa perplexos? Aqui está toda esta</p><p>perseguição, todo este martírio, todo este aparente triunfo do mal e</p><p>dos homens maus e do diabo, e no entanto, estas pessoas não se</p><p>curvam interiormente a isso, eles não o aceitam. Sejam eles</p><p>individuais, ou seja a Igreja, eles só não aceitam que isto é a última</p><p>palavra e que isto é o poder supremo. Eles o repudiam, mesmo até a</p><p>morte. Por quê? Não há resposta além desta, que eles chegaram a uma</p><p>posição fixa e final quanto à exaltação do Senhor Jesus no Trono nos</p><p>céus. Era algo estabelecido, e era tão real nos seus corações que nada</p><p>daquilo que poderia lhes fazer poderia em última análise os destruir.</p><p>Eles vão para as suas mortes cantando em triunfo.</p><p>É fácil falar com ligeireza destas coisas: e ainda assim - e ainda assim</p><p>- acaso não é verdade que o Senhor têm reservas especias de graça</p><p>para provações especiais? Se você alguma vez sentiu que você não</p><p>podia superar uma determinada prova, que se você tivesse que encará-</p><p>la, você não conseguiria superá-la, que você estaria assumindo algo</p><p>que você não tem direito de assumir. Se o Senhor chamar você para</p><p>passar pelo fogo ou água, Ele terá uma reserva especial de graça para</p><p>você nisso. E essa graça será do TRONO da graça. "Acheguemo-nos...</p><p>confiadamente junto ao trono da graça, a fim de recebermos</p><p>misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Heb</p><p>4:16). É um trono acima, mediando graça para necessidades e</p><p>sofrimentos em que é requerida.</p><p>Capítulo 2 - O Funcionamento do Reino de Deus</p><p>No capítulo décimo terceiro do Evangelho segundo Mateus, o qual</p><p>podemos tê-lo aberto diante de nós para nos lembrar, achamos o</p><p>funcionamento do Reino ilustrado numa forma sétupla.</p><p>AS PARÁBOLAS DO REINO</p><p>Não me proponho a tentar fazer uma exposição dessa forma sétupla,</p><p>mas simplesmente tirarei do capítulo as características mais</p><p>importantes do funcionamento do governo soberano de Deus. Nós</p><p>temos aqui esse funcionamento ilustrado, no que tem chegado a ser</p><p>chamado 'as parábolas do Reino'. Esse é o título que os homens têm</p><p>dado a elas, mas é bom lembrar qual o título que o Senhor Jesus deu</p><p>a elas 'os mistérios do Reino'.</p><p>A CHAVE PARA AS PARÁBOLAS</p><p>Estas parábolas, ou mistérios, do Reino do Céu são realmente</p><p>impossíveis de entender, exceto à luz da definição do Reino que</p><p>acabamos de dar - isto é, como o governo soberano de Deus. Se você</p><p>as interpretar como indicando primariamente uma esfera ou natureza,</p><p>então você terá ido além da garantia delas, e você certamente entrará</p><p>em confusão. Poucas partes do Novo Testamento têm sido mais alvos</p><p>de controvérsia do que estas parábolas. As várias interpretações que</p><p>têm sido dadas a elas têm dividido estudantes e mestres em escolas</p><p>irreconciliáveis. Nós veremos algo disso à medida que formos</p><p>avançando. É portanto, necessário descobrir a chave para as</p><p>parábolas, a fim de sermos poupados desta confusão e contradição; e</p><p>essa chave sem dúvida jaz na definição do Reino como O GOVERNO</p><p>SOBERANO DE DEUS. Me permita repetir: Não estou embarcando</p><p>numa exposição destas parábolas, mas procurando chegar a algo de</p><p>muita importância e valor para nós mesmos nesta hora.</p><p>A PARÁBOLA DO SEMEADOR</p><p>A primeira é chamada a parábola do semeador (vv. 18-23). O Senhor</p><p>Jesus disse que a semente é a palavra do Reino. "A todos os que ouvem</p><p>a palavra do reino", Ele disse. Ora, traduza isso de novo como 'a</p><p>palavra do governo soberano'. A palavra do governo soberano vai</p><p>adiante. Qual é o resultado? Em grande parte fracasso. O sucesso no</p><p>sentido positivo é muito limitado, comparativamente - alguns trinta,</p><p>alguns sessenta, alguns cem por um. Veja como de impossível é</p><p>conceder ao reino a ideia de uma esfera ou uma natureza. Isso</p><p>implicaria que dentro da esfera em que Deus governa você tem em</p><p>grande parte fracasso. Mas esse não é o ensino da parábola. O ensino</p><p>da parábola é este. A palavra do governo soberano vai adiante, como</p><p>semente; e, não importa se há um grande fracasso na resposta e</p><p>https://www.austin-sparks.net/portugues/books/004875.html</p><p>reação a essa palavra, Deus é bem-sucedido no final com um corpo</p><p>que é produtivo daquilo que é implícito na Palavra.</p><p>Sim, o homem pode falhar. Ele pode receber aparentemente com</p><p>alegria, e depois, tudo pode acabar em nada. Ele pode responder de</p><p>um modo, e parecer que vai dar tudo certo - e depois, por causa das</p><p>dificuldades e adversidades, simplesmente desaparece. Mas, que haja</p><p>fracasso, desapontamento, colapso: não importa - Deus obtém algo na</p><p>Sua soberania. Existe algo que este governo soberano de Deus obtém.</p><p>Veja, esta é uma palavra tremenda da soberania para os</p><p>trabalhadores. Você labuta, você espalha, você dá, você trabalha, você</p><p>trabalha arduamente; mas, se é a palavra do governo soberano em</p><p>verdade genuína, em última análise não pode falhar. Pode haver muito</p><p>desapontamento, mas haverá um resultado que responda à intenção</p><p>Daquele que a deu. Muito simples: mas veja como de importante é</p><p>reconhecer a lei totalmente governante do governo soberano que não</p><p>pode, completamente e finalmente, em última análise ser derrotada.</p><p>Muitos podem parecer sustentar que o trabalho é em vão; mas o</p><p>Senhor está dizendo aqui nesta parábola: 'Não! Quando é uma palavra</p><p>do governo de Deus, não pode no final das contas voltar</p><p>completamente vazia; haverá algo dela resultante'. A soberania está</p><p>governando.</p><p>A PARÁBOLA DO TRIGO E DO JOIO</p><p>A seguinte é a comumente chamada a parábola do trigo e do joio (v.</p><p>23-30). Aqui, da palavra, a ideia passa para pessoas. Não é a palavra</p><p>que é agora semeada - são pessoas que são semeadas. Filhos do Reino</p><p>são semeados na terra, e depois, pela noite o inimigo aparece e semeia</p><p>seus próprios filhos, filhos do seu reino. Eles são os filhos do diabo.</p><p>Seu método adequa-se ao seu objetivo. Seu objetivo sendo</p><p>completamente o de nulificar o que é de Deus, seu método é o de</p><p>imitar. Isso é uma artimanha dessa sabedoria perversa de Satanás -</p><p>filhos imitadores de Deus misturados com verdadeiros filhos de Deus</p><p>com o fim de nulificar. Os servos são representados como indo ao dono</p><p>do campo e dizendo-lhe o que eles acharam lá, e ele diz, 'Ah, um</p><p>inimigo fez isto'. E eles dizem, 'O que você deseja que façamos?'</p><p>'Arrancamos essa outra coisa?'</p><p>Ele replica: 'Não - deixem a soberania ter o seu caminho! Deixem que</p><p>cresçam juntos, e a soberania,</p><p>o governo do Céu, progressivamente</p><p>deixará muito claro qual é qual, e o fim será um processo fácil e seguro.</p><p>Se você começar a fazer isso agora, você não terá a sabedoria do Céu</p><p>para discriminar. Não é da sua conta, e você não tem a faculdade ou</p><p>capacidade para desenredar esta profunda obra do diabo, tentando</p><p>definir o que é verdadeiro e o que é uma imitação. Esse não é o seu</p><p>trabalho, e você não está qualificado para fazê-lo. Somente o Céu pode</p><p>fazer isso. Portanto, deixe isso continuar, e o governo soberano</p><p>manifestará o que é de si próprio, e o que é contrário'.</p><p>É o governo soberano que vai resolver e estabelecer todo este</p><p>problema. Você não pode dizer que o Reino do Céu ou o Reino de Deus</p><p>é como isso que é retratado nesta parábola - uma mistura horrível.</p><p>Não é. O Reino de Deus, o Reino do Céu, é uma coisa, e somente o</p><p>governo soberano de Deus pode pôr para fora em claridade o que é de</p><p>Deus.</p><p>Mas isso acontecerá à medida que avançamos. Podemos confiar no</p><p>governo soberano. Isso é muito prático: funciona assim. Estão aqueles</p><p>que são verdadeiramente filhos de Deus, do Céu; e depois estão</p><p>aqueles que entram - que talvez cantam hinos, usam a fraseologia,</p><p>avançam na mesma maneira, se associam com os do Reino; mas existe</p><p>uma diferença. No fundo, eles realmente não são 'de nós'. Eles são só</p><p>imitações; eles não são reais, não são a coisa genuína. Nós podemos</p><p>discernir, como estes homens discerniram, que existe algo aqui que</p><p>não é a mesma coisa, algo que é alheio, alienígena, estranho. O que</p><p>vamos fazer? Não será melhor expulsá-los, os mandar embora?</p><p>Não, não! Continue o tempo suficiente, e eles irão por si mesmos. As</p><p>duas coisas serão manifestas por si só, e será muito fácil no longo</p><p>prazo. "Eles saíram de nós", disse João, "...para que ficasse manifesto</p><p>que nenhum deles é dos nossos" (1 João 2:19). Isto é um princípio</p><p>celestial, veja - há uma manifestação. É difícil aguentar pacientemente</p><p>as pessoas que você sente que não têm, como dizemos, a raiz do</p><p>assunto nelas - que são só adeptos. Mas, como com a multidão</p><p>misturada que deixou Egito com Israel, o tempo e as provas os</p><p>acharão. Este é o caminho se o Reino, a soberania, operar, e exige</p><p>muita fé, e muita paciência.</p><p>O GRÃO DE MOSTARDA</p><p>A parábola da semente de mostarda (v. 31, 32) é uma das mais difíceis</p><p>de todas, e uma que talvez tem sido a causa de algumas das piores</p><p>interpretações e ensinos. "O reino do céu é como um grão de mostarda,</p><p>que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade,</p><p>a menor de todas as sementes, e, crescida, é a maior das hortaliças, e</p><p>se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus</p><p>ramos". Você realmente acredita, à luz de todas estas outras parábolas</p><p>e do Seu ensino no seu conjunto, que o Senhor Jesus disse, 'Isto é o</p><p>Reino do Céu - o Reino do Céu é semelhante a isso?' Se a interpretação</p><p>comum e popular é para ser aceita, então ficaremos envolvidos em</p><p>verdadeiras dificuldades. Reconhecidamente, a parábola parece</p><p>significar que o Cristianismo ou 'o reino do céu', tem começos muito</p><p>pequenos e depois cresce em grandes dimensões. Pode haver um</p><p>elemento de verdade nisso. O começo em Jerusalém FOI pequeno, e</p><p>no decurso dos séculos o Cristianismo se tornou mundial. Mas é isso</p><p>só o que o Senhor quis dizer com a parábola?</p><p>Existem pelo menos três coisas que nos deteria e nos faria pensar</p><p>novamente, e pensar mais energeticamente.</p><p>Uma é que em outras vezes o Senhor definitivamente usou termos de</p><p>estrita e severa limitação em relação à salvação, o caminho e o</p><p>resultado. Tanto assim que o Seus discípulos ficaram surpreendidos</p><p>proferindo: "Senhor, são poucos os que são salvos?" (Lucas 13:23).</p><p>Ele falou do caminho para a vida sendo estreito, e poucos o achando e</p><p>aceitando: da porta sendo estreita, e poucos entrando por ela (Mat.</p><p>7:13,14). Ele chamou aos Seus discípulos (representativos da Sua</p><p>Igreja) "pequeno rebanho" a quem seria do bom agrado do Pai dar O</p><p>REINO (Lucas 12:32). Existem ideias contrastando entre "espaçoso" e</p><p>"apertado", "amplo" e "estreito", grande e pequeno, popular e</p><p>impopular. Tudo isto não concorda com a interpretação superficial</p><p>usual desta parábola.</p><p>Logo, o que dizer sobre 'as aves do céu'? Usou ele esta metáfora numa</p><p>maneira contraditória? Na parábola do semeador Ele tinha falado disso</p><p>num sentido pejorativo: está Ele empregando os mesmos termos num</p><p>sentido correto e adequado aqui? Isto viola o princípio da consistência</p><p>na inspiração.</p><p>Em terceiro lugar, é GERALMENTE certo que o "grão de mostarda", a</p><p>mais pequena de todas, cresce uma árvore tão grande como é aqui</p><p>descrito? Não, positivamente não é verdade. Se o nosso Senhor viu tal</p><p>coisa - e Ele pode ter visto - e salientá-lo, ele estava salientando algo</p><p>anormal e não natural. Era o suficientemente anormal e antinatural</p><p>para ser salientado.</p><p>Isto nos leva para o fator que é comum de TODAS as parábolas e todos</p><p>os ensinos de Jesus, e dos Apóstolos subsequentemente. Em todas</p><p>estas parábolas existe um elemento seletivo, discriminador,</p><p>contrastador, comparativo, bom e mau. O Reino do Céu é assim: o</p><p>governo soberano é todo abrangente, mas é muito particular, seletivo</p><p>e judicial. Consistência em cada direção demanda que interpretemos</p><p>esta 'árvore' do Cristianismo como um desenvolvimento anormal,</p><p>antinatural, capaz de alojar muitas coisas que não estão em</p><p>conformidade com a verdadeira NATUREZA do Reino. Estas "aves" NÃO</p><p>são o povo nascido do alto, o qual exclusivamente pode ver ou entrar</p><p>no reino (João 3). Elas são todos os acréscimos, os adeptos, os</p><p>parasitas, os vários tipos de pessoas e coisas que se aproveitam do</p><p>Cristianismo, e usam a sua capa, mas não são da sua natureza.</p><p>O Senhor estava fazendo os Seus discípulos perceberem que isto é o</p><p>que aconteceria, e que a soberania levava tudo isto com calma. É bom</p><p>que saibamos que o Senhor previu os desenvolvimentos do</p><p>Cristianismo e suas anormalidades, mas é um grande detrimento que</p><p>o Seu espírito de discernimento e discriminação não tenha jeito com</p><p>muitos cristãos.</p><p>O Novo Testamento, para começar, indica que há alguma coisa</p><p>anormal, ou este tipo de desenvolvimento anormal, sobre a verdadeira</p><p>obra de Deus? Sim indica isso, embora, afinal de contas na soma de</p><p>muitos, muitos séculos haverá 'uma grande multidão que ninguém</p><p>pode contar', haverá, assim que chegarmos cada vez mais perto do</p><p>fim, uma tremenda peneiração e queda*. É definidamente declarado</p><p>que o dia não virá antes da grande apostasia* (2 Tes. 2:3), e que "o</p><p>juízo deve começar pela casa de Deus" (1 Pe. 4:17). Bem, então, se</p><p>isto está correto - uma grande queda - a Bíblia se contradiz. Como</p><p>temos dito, o ensino do Senhor pareceu ficar tão claro para os</p><p>discípulos neste assunto que eles exclamaram: "São poucos os que são</p><p>salvos?" De que se trata o caminho amplo e o estreito? O caminho</p><p>amplo - muitos vão por ele; o caminho estreito - poucos o acham. A</p><p>Bíblia não se contradiz; mas diz que Deus toma conta destas coisas, e</p><p>Deus na Sua soberania as permite. Ele não sai e destrói esta coisa</p><p>estranha popularmente chamado 'Cristianismo'. Isso pode ficar, mas</p><p>Deus na Sua soberania está prosseguindo com o Seu próprio curso</p><p>para conseguir o que Ele está procurando. Embora tudo isto seja</p><p>verdade, o governo soberano de Deus continua, a soberania é</p><p>preservada.</p><p>A PARÁBOLA DO FERMENTO</p><p>O mesmo princípio está implícito na seguinte parábola.</p><p>"O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e</p><p>escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado" (v. 33).</p><p>(a) O FERMENTO</p><p>A interpretação popular é que o fermento é o Cristianismo: o</p><p>Cristianismo sendo tomado pela Igreja e posto no mundo até que tudo</p><p>é levedado - o mundo inteiro é 'levedado' com o Cristianismo. Sugere-</p><p>se que vejamos o mundo salvo pelo mover profundo, silencioso do</p><p>Cristianismo, operando fortemente, profundamente e de maneira</p><p>oculta, como o fermento. É muito fácil dizer esse</p><p>tipo de coisa, mas é</p><p>um raciocínio superficial. À luz da história, e à luz da Palavra de Deus,</p><p>é muito difícil de acreditar.</p><p>Veja novamente. A população mundial é muito mais em excesso da</p><p>população cristã do que em qualquer outro tempo nesta dispensação.</p><p>Depois destes quase vinte séculos do Cristianismo, um imenso número</p><p>sobre uma parte muito grande do mundo nunca tem ouvido ainda o</p><p>Evangelho. Veja isto - 1,200 milhões de 2,000 milhões de pessoas da</p><p>terra não têm ainda conhecimento de Cristo. Logo, o que dizer quanto</p><p>à indescritível revelação da iniquidade em países que tiveram o</p><p>Evangelho há séculos? Poderíamos fazer uma imensa acumulação de</p><p>fatos que destruiriam esta interpretação do fermento para além da</p><p>reconstrução.</p><p>Ora, qual é o significado do fermento? Não creio que o fermento está</p><p>aqui numa categoria diferente da do fermento noutro lugar na Bíblia.</p><p>Consistência da Escritura demanda que interpretemos o fermento</p><p>como a mesma coisa, na mesma luz: e nos outros lugares na Escritura</p><p>o fermento é mau - algo que tem de ser expurgado. Na antiga</p><p>economia eles tinham que ascender as suas lâmpadas na noite da</p><p>Páscoa, e vasculhar a casa para cima e para baixo, cantos e recantos,</p><p>de qualquer fermento e expurgá-lo. A Páscoa não poderia ser comida</p><p>até que houvesse certeza de que não havia nenhum vestígio ou trasto</p><p>de fermento em qualquer lugar. Eles tinham que comer pão ázimo na</p><p>Páscoa. O Senhor Jesus falou do "fermento dos fariseus e saduceus"</p><p>(Mat. 16:6) e "o fermento de Herodes" (Mar. 8:15). E Paulo falou de</p><p>'expurgar o velho fermento' (1 Cor. 5:7). Em todo lugar é algo mau. A</p><p>função ou efeito do fermento é de desintegrar, quebrar, rasgar - toda</p><p>dona de casa sabe disso. E não é diferente aqui: ainda é fermento e</p><p>ainda é mau. Se você dizer que o Reino do Céu, como uma esfera, é</p><p>assim, você está em problemas. Mas o governo soberano de Deus sabe</p><p>tudo sobre este mover profundo, secreto de desintegração, do mal,</p><p>que tem entrado na esfera das coisas Divinas. O Reino do Céu não é</p><p>como uma fermentação alcoólica, de desintegração, putrefação.</p><p>(b) A MULHER</p><p>Somente é necessário olharmos passagens da Escritura como a de</p><p>Apocalipse 2:20-23 ("a mulher Jezabel"), e Apocalipse 17 ("a grande</p><p>prostituta") para perceber que uma "mulher" muitas vezes na Bíblia é</p><p>o simbolo de um sistema. Uma e outra vez tem sido uma mulher, ou</p><p>pessoal ou simbolicamente, que tem corrompido coisas Divinas, ou</p><p>trazido corrupção em relação com elas. Veja Sansão; veja Salomão;</p><p>veja os últimos reis para exemplos. Na mensagem a Tiatira, a</p><p>insinuação do mal e corrupção na Casa de Deus é a causa do mais</p><p>severo juízo - pois é chamado "as coisas profundas de Satanás" (Ap.</p><p>2:24). Que presciência e previsão o nosso Senhor tinha nestas</p><p>parábolas! Mas avancemos.</p><p>(c) TRÊS MEDIDAS</p><p>Três medidas. Lembre que três é o número de Pessoas Divinas e coisas</p><p>Divinas. O mal se espalhou até pela Igreja, de modo que dentro do</p><p>Cristianismo mesmo as próprias Pessoas Divinas têm sido sujeitas a</p><p>questionamentos e dúvidas. Deus mesmo - o Filho, o Espírito - têm</p><p>sido deturpados. Com muitas outras coisas de Deus, o mal tem entrado</p><p>para quebrá-las - para destruir a eficácia e poder delas mediante a</p><p>destruição da solidez delas. O que você vai fazer a esse respeito?</p><p>O governo soberano de Deus toma conta disso - a operação do mal, a</p><p>operação da falsidade, a operação da deturpação e má interpretação</p><p>das coisas de Deus. A história está só cheia disso, como sabemos. Nós</p><p>odiamos termos e rótulos, mas não é só isso que acontecera nos</p><p>últimos cem anos na esfera chamada 'Modernismo' ou 'Liberalismo'?</p><p>Não está o fermento desintegrando as coisas Divinas? A própria Pessoa</p><p>de Jesus Cristo é despojada de Sua Deidade; a própria Palavra de Deus</p><p>é negada da sua autoridade e da sua irrevogabilidade; o próprio</p><p>Espírito Santo é degradado quanto à Sua dignidade como a Pessoa</p><p>Divina; e assim por diante. O Senhor Jesus discerniu o futuro, viu a</p><p>maneira em que as coisas iriam acontecer, e falou assim. Ele estava</p><p>dizendo. 'Esta mesma geração não se irá sem que antes entre todo</p><p>tipo de heresia e erro na esfera das coisas Divinas' - o qual aconteceu.</p><p>Mas o governo soberano continua. Isto não traz confusão e derrota a</p><p>Deus. A sua soberania é maior do que tudo isto. É realmente a única</p><p>maneira de ser consistente tanto com o ensino da Escritura como com</p><p>a própria história. Certamente deve ser pura cegueira ler a história de</p><p>qualquer outra maneira. Como disse, não estou expondo estas</p><p>parábolas, mas tirando o ponto que é comum a todas elas. De vários</p><p>ângulos, de várias e diferentes causas, em diferentes situações, no fim</p><p>do século: qualquer coisa que seja permitida por essa soberania, essa</p><p>soberania será igual a tudo, e no final será completamente vindicada.</p><p>A PARÁBOLA DA REDE</p><p>Chegamos à última parábola, a da grande rede lançada ao mar - o mar</p><p>sempre falando da humanidade - e reunindo uma grande multidão de</p><p>peixes. Sim, a soberania de Deus faz isso: a rede recolhe multidão de</p><p>peixes de toda espécie, e depois a soberania vai trabalhar e separa o</p><p>bom do mau, e no final Deus obtém o que Ele estava procurando desde</p><p>o princípio. Ele finalmente o obteve. Assim é como a soberania opera.</p><p>Exite muita instrução aqui para cristãos e para obreiros cristãos. Se</p><p>nós tivéssemos o nosso caminho, iriamos trabalhar para garantir que</p><p>sempre e somente temos a coisa que é absolutamente, certamente e</p><p>positivamente de acordo à mente de Deus: nós escolheríamos isso, e</p><p>colocaríamos uma cerca ao redor, e montaríamos paredes em volta, e</p><p>o protegeríamos e manteríamos, como uma companhia exclusiva. Mas</p><p>estas parábolas dizem, Não! A soberania do Céu não faz esse tipo de</p><p>coisa. A soberania do Céu permite e tolera muita coisa que em última</p><p>análise será achado não estando de acordo ao Céu. Sim, respeita muita</p><p>coisa; mas está dirigindo seu próprio curso, e, no final, através de tudo,</p><p>Deus terá aquilo sobre o que Ele coloca o Seu coração.</p><p>A ABRANGÊNCIA DO GOVERNO DE DEUS</p><p>Para resumir - veja como de abrangente é este governo de Deus. A</p><p>soberania de Deus é uma das coisas mais problemáticas e perplexas</p><p>para os cristãos, em relação ao que Deus permitirá mesmo até em</p><p>associação com a Sua própria obra. Nós de modo algum faríamos isso.</p><p>Nós seriamos muito, muito específicos. Mas veja como de abrangente</p><p>Deus é. Ele permite muita coisa. Ele não só o permite - Ele até usa</p><p>bastante que provavelmente nós nunca usaríamos, ou que nos faria</p><p>questionar. Ele passa através de coisas na Sua soberania para chegar</p><p>ao Seus fins. É SEU FIM que é o grande testemunho da Sua soberania.</p><p>Nós dizemos: Como Deus conseguirá alguma coisa disto, ou daquilo?</p><p>Bem, Ele consegue, veja todas estas coisas: há alguma coisa possível</p><p>para Deus? O veredito no fim é que Deus soberanamente sim</p><p>conseguiu algo.</p><p>Veja, este é o grande coração e núcleo deste conjunto de ensino e</p><p>revelação do Reino de Deus. Não significa que você e eu não</p><p>precisamos ser sensitivos ao Senhor - isso é completamente outra</p><p>coisa. Lidaremos com isso mais tarde, quando digamos algo sobre o</p><p>Reino e a Igreja. Não significa que, porque vemos que a soberania de</p><p>Deus alcança os Seus fins a despeito de tudo, sejamos descuidados e</p><p>insensitivos à mente do Espírito; para fazer todo tipo de coisas que</p><p>Deus, se Ele tivesse o Seu caminho, não sancionaria. Mas significa que</p><p>esta soberania de Deus vai cobrir uma área grande: vai conseguir seus</p><p>fins através de muitas, muitas maneiras e meios que em si,</p><p>intrinsecamente, não são Dele. É este governo dos céus que está, por</p><p>assim dizer, 'indo em frente com o seu trabalho'.</p><p>Nós, entregues a nós mesmos, somos tão exigentes, tão meticulosos,</p><p>que não deixaríamos margem para a soberania de Deus. O grande</p><p>apelo aqui é: Deixe bastante margem para Deus. Isso é do que se</p><p>trata. Nunca se desespere com qualquer situação como sendo</p><p>definitivamente e absolutamente desesperada. Na presença</p><p>da</p><p>propagação desta coisa má, este fermento - a expansão deste</p><p>Cristianismo anormal, 'esquisito', com suas contradições e</p><p>desapontamentos - somos proibidos por meio desta soberania a</p><p>desistir e dizer que é uma coisa irremediável. Temos que chegar ao</p><p>lugar em que dizemos, cremos e tomamos posição: 'Isso parece ser</p><p>uma situação irremediável, mas Deus pode obter algo disso, e Ele</p><p>obterá'.</p><p>Essas são as boas novas do Reino, o Evangelho do Reino. Sei que</p><p>muitos de vocês que leem estas palavras podem confirmar isto. Você</p><p>conheceu a situação mais terrível e impossível de mistura e desespero.</p><p>Você se desesperou - e depois você tem visto Deus fazer algo. Que</p><p>força e vigor isso dá para o resto da declaração! "Este evangelho do</p><p>Reino será proclamado... para testemunho a todas as nações". Na Sua</p><p>soberania, Deus pode transformar a situação mais desfavorável e nada</p><p>promissora, o maior estado desesperado das coisas, num glorioso</p><p>testemunho. Sim, Ele permite muito, mas Ele governo tudo. E Ele faz</p><p>uso de todo tipo de agências - até do próprio diabo. Isso deve ser</p><p>soberania! "Um inimigo fez isto". Muito bem: nós usaremos o inimigo</p><p>para mostrar o que está certo e o que está errado, para tornar ainda</p><p>mais manifesto o que é de Deus e o que não é. A obra do diabo será</p><p>empregada para esse fim. Esse é o governo do Céu.</p><p>Tudo isto é corroborado posteriormente no Novo Testamento. "As</p><p>coisas que me aconteceram", escreve Paulo (Fili. 1:12) - que coisas</p><p>eram? Eram a obra do diabo. De novo - "Quisemos ir até vós, eu, Paulo,</p><p>não somente uma vez, mas duas; contudo, Satanás nos barrou o</p><p>caminho" (1 Tes. 2:18). Estranho, declaração misteriosa! Sim, o diabo</p><p>está ocupado; "um mensageiro de Satanás" (2 Cor. 12:7) - ele é muito</p><p>ativo. E qual é o veredito no final? "As coisas que me aconteceram têm,</p><p>antes, contribuído para o progresso do evangelho"! Sob a soberania de</p><p>Deus as próprias obras do diabo estão sendo usadas para alcançar o</p><p>objetivo de Deus.</p><p>Provavelmente isso é do conhecimento geral, afirma-se com</p><p>frequência. Mas nós devemos chegar mais definidamente a esta</p><p>posição firmada, que DEUS E CRISTO ESTÃO NO TRONO. Este Reino é</p><p>uma realidade presente. Existem muitas coisas que o contradizem e o</p><p>combatem. Deus não as consome e aniquila: Ele as permite, e depois</p><p>toma posse delas; e o final é que o Seu trono é estabelecido e é</p><p>manifesto que "o seu reino domina sobre tudo" (Sal. 103:19).</p><p>O que estas parábolas nos dizem é isto - que Deus encara os fatos e</p><p>não tem ilusões. Ele encara o fato de que uma grande proporção da</p><p>semeadura da palavra do Reino falhará. Ele encara o fato de que o</p><p>Cristianismo se converterá numa conglomeração anormal, sem</p><p>nenhuma distinção de testemunho. Ele reconhece que haverá uma</p><p>secreta operação escondida do erro, do mal, da falsidade, tudo para</p><p>desintegrar. Ele encara tudo - toda a obra do diabo, toda a obra do</p><p>mal, todo o fracasso do homem - e depois Ele declara a Sua soberania</p><p>sobre tudo. Isso é o que surge aqui. Peçamos força para crermos nisso.</p><p>A OBRA JUDICIAL DE DEUS</p><p>Não tenho dito muito sobre um outro aspecto destas parábolas: isto é,</p><p>que existe uma obra judicial discriminatória acontecendo todo o tempo.</p><p>Não falhe em ver isso. Por meio destas parábolas, Ele está cortando</p><p>uma linha, Ele está discriminando, Ele está agindo judicialmente. Deus</p><p>está só dizendo, 'Tudo está certo - não se preocupe. Se assentem nas</p><p>suas poltronas, sim homens cristãos; se assentem, o Reino está vindo'.</p><p>Não; ao invés - 'Levante, sim homens de Deus!' Deus não é passivo,</p><p>indiferente, descuidado, dizendo, 'Ó, tudo ficará bem, está tudo certo;</p><p>não se preocupe com isso'. Ele não é assim. Ele está agindo, e agirá,</p><p>judicialmente. Ele está realmente colocando as coisas nos seus lugares,</p><p>e dividindo no meio, como Ele faz com as igrejas em Apocalipse. Ele</p><p>está discriminando. Ele está colocando isto aqui e aquilo lá, e dizendo</p><p>que pertencem a duas esferas diferentes. Isso é uma parte da Sua</p><p>soberania.</p><p>Mas o nosso principal ponto é este: O funcionamento do Reino, ou o</p><p>governo, de Deus está a introduzir finalmente o triunfo desse governo.</p><p>Independentemente do que entre, significará o triunfo desse governo.</p><p>O governo do Céu, o governo de Deus, no final sai triunfante.</p><p>Capítulo 3 - O Reino e a Igreja</p><p>"Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia</p><p>e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mateus</p><p>3:1,2).</p><p>"Também eu te digo... edificarei a minha igreja, e as portas do inferno</p><p>não prevalecerão ela" (Mateus 16:18).</p><p>"E, se ele não os atender, dize-o à igreja" (Mateus 18:17).</p><p>É um fato significativo que é no Evangelho segundo Mateus, o qual é</p><p>essencialmente o Evangelho do Reino, que a Igreja é primeiramente</p><p>apresentada no Novo Testamento.</p><p>A DIFERENÇA ENTRE O REINO E A IGREJA</p><p>A primeira pergunta que surge é quanto à diferença que há entre o</p><p>Reino e a Igreja. Qual é a diferença? São duas coisas ou uma? A</p><p>tentativa para provar que são duas coisas inteiramente diferentes tem</p><p>sido feita por um considerável corpo de ensino: que o Reino é uma</p><p>coisa, pertencendo a uma época, que agora nesta dispensação está</p><p>suspendido, mas que entrará com a restauração dos judeus na</p><p>seguinte dispensação, sendo a presente dispensação da Igreja. Se você</p><p>quer acreditar nisso, você terá que fazer muito malabarismo com as</p><p>Escrituras - como tem sido feito. Ao meu entender, esse sistema da</p><p>verdade não é absolutamente suportado pela Escritura em si. No</p><p>entanto, não quero introduzir um elemento controverso ou fonte de</p><p>confusão. Estou simplesmente dizendo que isto é uma questão que</p><p>devemos encarar.</p><p>https://www.austin-sparks.net/portugues/books/004877.html</p><p>Qual é a diferença? São duas coisas? A resposta é realmente Sim e</p><p>Não. Elas não são a mesma coisa, e ainda assim elas são. Isso não lhe</p><p>ajuda muito, eu sei, mas devemos continuar a explicar.</p><p>O governo soberano de Deus e dos céus, que tem chegado a ser</p><p>chamado o Reino, é, em primeiro lugar, como explicamos mais cedo,</p><p>um anúncio, uma proclamação, uma declaração, de um fato Divino:</p><p>isto é, que a soberania de Deus tem sido estabelecida em e através do</p><p>Seu Filho Jesus Cristo NESTA DISPENSAÇÃO, numa nova e imediata</p><p>maneira. Esse fato foi proclamado pela primeira vez, no poder do</p><p>Espírito Santo, no dia de Pentecostes. Deus fez Ele Senhor e Cristo (At.</p><p>2:36). A partir daquele momento, o recado foi anunciado pelas nações</p><p>em círculos cada vez maiores - Jesus Cristo é Senhor! Essa é a primeira</p><p>fase do governo soberano ou do Reino - uma proclamação ou um</p><p>anúncio.</p><p>A seguir, como vimos, é uma atividade. Algo está acontecendo. Quando</p><p>é anunciado, quando a proclamação é feita, algo começa a acontecer.</p><p>O céu é movido, e almas crentes são salvas. O inferno é provocado, e</p><p>os arautos são perseguidos. É uma atividade - não só uma doutrina,</p><p>uma verdade, uma teoria. Este governo soberano ou Reino é uma</p><p>energia poderosa. E assim, de uma apresentação de um fato, se torna</p><p>a exigência de uma resposta, e consequentemente, uma peneiração e</p><p>triagem da humanidade em dois categorias, num dos dois reinos.</p><p>Vimos, ainda, como de abrangente é este governo, se espalhando</p><p>soberanamente sobre tudo, tomando tudo na sua soberania. Até os</p><p>antagonismos e oposições são dominados por esta soberania, e faz</p><p>com que sirvam o fim que visavam derrotar. é tudo abrangente,</p><p>sabendo todo o curso das coisas através da história, como aquelas</p><p>parábolas deixam tão claro. A última parábola em Mateus 13 nos</p><p>conduz até o fim do século, e da primeira - a semeadura da semente,</p><p>a palavra do Reino - através de todas as fases, etapas e variações, e</p><p>tudo que se levanta, até a última, o fim do século, vemos que este</p><p>governo soberano abrangeu o todo, previu e preanunciou exatamente</p><p>o que aconteceria, e como as coisas se desenvolveriam, e como</p><p>tomaria posse de tudo; de modo que no final o governo soberano</p><p>triunfa. Esse é o significa fundamental do</p><p>'Reino'.</p><p>A IGREJA E O FRUTO DO REINO</p><p>O que é a Igreja? Bem, o funcionamento, a atividade, do governo</p><p>soberano opera assim. O efeito do desafio, demanda e peneiração,</p><p>causado pela proclamação, é que o tempo todo certas pessoas são</p><p>achadas gerando a correta reação e resposta, e são assim trazidas para</p><p>o significado do governo soberano: pessoas, ou seja, que</p><p>primeiramente reconhecem, e depois declaram, que Jesus Cristo é</p><p>Senhor. Por enquanto, o governo soberano fez seu trabalho, e depois,</p><p>o fruto dessa atividade soberana nas nações é reunido num corpo</p><p>chamado a Igreja. A Igreja se torna o vaso, o repositório da obra do</p><p>governo soberano de Deus. Reúne em si como vaso, o fruto da</p><p>atividade soberana: de modo que o Reino leva à Igreja, e a Igreja é o</p><p>resultado, a personificação do Reino.</p><p>É interessante destacar no Evangelho de Mateus como de claro isso é,</p><p>se apenas pudermos vê-lo. A última parábola das sete no capítulo 13,</p><p>a parábola da grande rede, nos traz, como disse, até o final do século:</p><p>os anjos são enviados, e o bom é reunido em vasos, mas o mau é</p><p>lançado fora. Agora torne para o capítulo 24, versículo 31, e aqui você</p><p>descobre que o Senhor está definidamente respondendo parte da</p><p>pergunta dos discípulos - "Qual será o final do século?" (v. 3). "Ele</p><p>enviará seus anjos... e eles reunirão os seus escolhidos". Agora,</p><p>capítulo 13, é o descarte do peixe ruim; o capítulo 24 é a reunião do</p><p>bom; e entre os dois, nos capítulos 16 e 18, achamos a Igreja</p><p>introduzida.</p><p>Está claro? A obra do Reino, a atividade do Reino, é a procura, a</p><p>descoberta, desafiando, recebendo, reunindo, trazendo para a Igreja.</p><p>É estranho que não é dito nada sobre o surgimento da Igreja, além de</p><p>- "Eu edificarei a minha igreja"! Nada é dito sobre o ensino da Igreja</p><p>em absoluto. É simplesmente introduzida, quase como se fosse algo</p><p>reconhecido, e depois, o quadro final é dos escolhidos sendo reunidos.</p><p>A Igreja é o fruto e soma dessa primeira atividade do governo soberano</p><p>de Deus. E a Igreja é a 'eleita', a 'escolhida'. Pedro e Paulo falam da</p><p>Igreja nesta mesma linguagem. "Eleitos... segundo a presciência de</p><p>Deus Pai" (1 Pe. 1:1,2). E "ele nos escolheu nele antes da fundação do</p><p>mundo" (Ef. 1:4).</p><p>Confio em que estejamos esclarecidos agora que a Igreja e o Reino</p><p>não são duas coisas, e ainda são. Não são a mesma coisa, e contudo</p><p>são. Se você quiser, são causa e efeito. Se complementam. Em certo</p><p>sentido o governo soberano é algo 'maior' do que a Igreja - isto é, se</p><p>você usar a palavra 'maior' no sentido de dimensões e não de valor</p><p>intrínseco. É bastante abrangente. Como temos visto, toma qualquer</p><p>coisa - quase tudo - até a obra do diabo, o inimigo que semeou os seus</p><p>filhos dentre os filhos de Deus. Este governo soberano é tão expansivo</p><p>e maravilhoso. Mas logo se centra em certos resultados, e os reúne</p><p>numa entidade concreta chamada o Corpo de Cristo. Assim temos</p><p>partida e contrapartida: elas são uma, e no entanto não são uma.</p><p>A Igreja, então, é a personificação do triunfo do Seu governo. Isso não</p><p>é apenas uma declaração do fato ou da verdade - é um testemunho</p><p>glorioso. Diz o que a Igreja é no pensamento de Deus, mas também</p><p>diz o que a Igreja deve ser em si mesma - a própria personificação do</p><p>triunfo do governo soberano de Deus. É claro, é assim, se é a Igreja</p><p>na realidade. Cada um de nós, se realmente estamos na Igreja e da</p><p>Igreja, segundo a concepção do Novo Testamento, é uma</p><p>personificação e uma expressão do triunfo do Seu governo soberano.</p><p>Você pode usar outra frase, se quiser, que apenas define isso - graça</p><p>soberana, pois o Seu governo nesta dispensação é o governo da graça.</p><p>Nós estamos aqui pelo triunfo da graça soberana, e permaneceremos</p><p>aqui nesse terreno somente, e no final seremos achados nessa</p><p>companhia eleita simplesmente por causa do triunfo do Seu governo</p><p>soberano mediante a graça. Essa é a Igreja como o fruto do Reino.</p><p>ATIVIDADE SOBERANA EM RELAÇÃO À PALAVRA</p><p>A seguir, a Igreja é a personificação da atividade soberana em relação</p><p>à palavra do Reino, como é dada pelo Semeador. Embora haja uma</p><p>grande proporção de fracasso e desapontamento, há o trinta, sessenta</p><p>e o cem por um, e a Igreja recebe isso. A Igreja é achada sendo</p><p>composta do triunfo da palavra do Reino. Alguns de nós somos apenas</p><p>'trinta por um' de resultado, alguns um pouco mais, outros talvez</p><p>podem até ser cem por um. De qualquer modo, algo aconteceu, e o</p><p>Senhor obteve algo em nós. Nós queremos que Ele tenha tudo que Ele</p><p>puder ter. Mas isso é justamente o que a Igreja é - é o resultado de</p><p>trinta, sessenta, cem por um da palavra do Reino. É o trigo contra o</p><p>joio, os filhos do Reino contra os filhos do diabo. Damos graças a Deus</p><p>que podemos verdadeiramente afirmar que somos os Seus filhos.</p><p>De novo, a Igreja é a personificação da verdade do pão ázimo. 'Guarda</p><p>a festa' com 'pão ázimo' (1 Cor. 5:8). Espiritualmente isso significa que</p><p>o fermento tem sido expurgado. Louvado seja Deus porque toda a obra</p><p>corruptora, desintegradora do pecado e do mundo têm sido tratada.</p><p>A Igreja toma o princípio interno da árvore - a árvore grande, anormal,</p><p>'excêntrica*', como a chamamos, uma semente de mostarda</p><p>transformando-se numa grande árvore, a qual nunca o faz</p><p>normalmente e naturalmente. Deve ser algo absolutamente anormal</p><p>fazer isso. Mas, em oposição a isso, a Igreja é algo espiritualmente</p><p>normal e saudável. Não existe nada excêntrico nela. O Senhor nos livre</p><p>de tudo que é anormal e tudo que é aberrante*. Peça ao Senhor para</p><p>poupar você de ser aberrante! A Igreja é a coisa verdadeira, a não a</p><p>falsa, como essa grande árvore.</p><p>A Igreja é também o vaso do peixe bom. Provavelmente você não gosta</p><p>de pensar de si mesmo como sendo um peixe! Mas isso é o que a Igreja</p><p>é. Podemos achar que não somos peixes bons - podemos sentir que</p><p>somos peixes muito pobres! - todavia, somos diferentes; existe uma</p><p>diferença.</p><p>E para coroar tudo isto, a Igreja é a "pérola de grande valor", e o</p><p>"tesouro escondido no campo".</p><p>Tudo isto, note-se, está dentro do escopo do ensino sobre o Reino;</p><p>tudo entra no mesmo capítulo nos mistérios ou parábolas do Reino.</p><p>Todas elas resultam em algo positivo, em oposição a algo que é ou</p><p>negativo ou errado; e a Igreja entra e toma tudo que é positivo e</p><p>correto como o fruto da palavra do Reino. A Igreja então se torna a</p><p>escolhida, a eleita, a nação santa, para quem este 'Reino', neste</p><p>sentido, é dado. Não me alargarei sobre isso agora; você recordará as</p><p>Escrituras que tenho citado.</p><p>O ASSENTO DO GOVERNO SOBERANO</p><p>Mas a Igreja não é apenas a personificação do fruto e triunfo do</p><p>governo soberano - é aquilo no qual o imediato poder desse governo é</p><p>centrado e então mediado. O governo soberano de Deus, do Céu, é</p><p>centrado na Igreja. Essa é a primeira grande verdade sobre a Igreja</p><p>naqueles primeiros dias, como primeiramente entra em vigor. Se você</p><p>quiser saber onde achar este governo soberano, regimento, domínio,</p><p>autoridade, de Deus e do Céu, você o achará na Igreja. Está em</p><p>Jerusalém, está em Antioquia, está indo por toda a parte. Deus colocou</p><p>autoridade e poder celestial na Igreja numa maneira peculiar.</p><p>Ó, que a Igreja esteja viva para o significado de sua existência, neste</p><p>sentido - viva para o grande depósito com o qual tem sido confiada,</p><p>como o próprio vaso deste soberano funcionamento, esta atividade</p><p>soberana poderosa e governo de Deus. Esse depósito está aqui.</p><p>Quando as coisas têm sido como deveriam ser, isso é o que</p><p>exatamente tem sido achado na Igreja. Houveram tempos em que</p><p>descrentes vindo caiam com a face no chão, e diziam, "Deus está no</p><p>vosso meio" (1 Cor. 14:24,25). Embora alegres, embora contentes,</p><p>embora muito abençoados em outros aspectos, devia ainda haver algo</p><p>muito terrível sobre a Igreja. "Dos outros, porém, nenhum ousava</p><p>ajuntar-se a eles" (At. 5:13). Ó, que essa proibição da santidade Divina</p><p>possa ser achada na Igreja! A Igreja é o assento desta atividade</p><p>JUDICIAL da</p><p>soberania Divina. Assim é que deve ser.</p><p>O GOVERNO SOBERANO MEDIADO PELA IGREJA</p><p>Mas então, esta soberania é mediada pela Igreja. Sai e diz: "No nome</p><p>de Jesus de Nazaré..." (At. 3:6). 'No NOME de Jesus de Nazaré, te</p><p>ordeno, te digo...' Aqui está a autoridade mediadora, o Reino - palavra</p><p>pobre outra vez - o governo soberano, centrado e operando através da</p><p>Igreja. Assim é como deve ser. A autoridade de Jesus Cristo está na</p><p>Igreja, e é para ser exercida pela Igreja. Mateus 16 deixa isso muito</p><p>claro. "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra</p><p>terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido</p><p>desligado nos céus" (Mat. 16:19). Se isso não é autoridade nos Céus e</p><p>na terra, o que é? Mas é a autoridade Daquele a quem lhe foi dada</p><p>(Mat. 28:18) através da Sua poderosa vitória.</p><p>A EXPRESSÃO DA ORDEM DIVINA E CELESTIAL</p><p>A Igreja é, ainda, aquela na qual o carácter da ordem Divina e celestial,</p><p>e governo, é expresso. Se o Reino de Deus e do Céu tem, como um</p><p>dos seus aspectos e componentes fundamentais, a natureza Dele que</p><p>governa, então isto não é apenas oficial, isto não é apenas eclesiástico</p><p>- isto é espiritual e moral na sua própria natureza. Neste ponto</p><p>devemos estender as nossas meditações e retornar para aqueles três</p><p>grandes capítulos do Evangelho de Mateus, abrangendo o que é</p><p>chamado 'o sermão da montanha'; pois lá há uma revolução de ideias.</p><p>A inteira concepção do poder é transformada. A virtude é preeminente,</p><p>o carácter é predominante. Os verdadeiros valores são identificados no</p><p>que você É, não naquilo que é oficial e organizado. "Bem-aventurados</p><p>os mansos: porque herdarão..." "Bem-aventurados os humildes de</p><p>espírito, porque deles é o reino...".</p><p>Isso abre um campo muito amplo, o qual não podemos tocar agora.</p><p>Mas é tudo reunido nisto, que o Reino é, de uma perspectiva, a</p><p>expressão da natureza, do carácter, Daquele que é soberano, e que</p><p>isso é para ser achado na Igreja. Talvez pensemos do Reino como algo</p><p>muito grande e geral, operando e ativo no mundo inteiro,</p><p>independentemente de qualquer coisa e tudo que é contrário a ele;</p><p>mas não vai parar por aí. Vai trabalhar até que produza uma expressão</p><p>do seu próprio carácter; trabalhará até que tenha esse núcleo que</p><p>expressa o carácter Daquele que está no trono. E é na Igreja que a</p><p>natureza Divina e celestial é achada, e é essa natureza que é soberana.</p><p>Não existe, provavelmente, força maior operando do Céu do que a</p><p>força da mansidão. "A si mesmo se humilhou, tornando-se</p><p>obediente..." (Fili. 2:8); mas o reino inteiro de Satanás foi destruído</p><p>nesse sentido. Os homens não gostam absolutamente nada disso. Aqui</p><p>está a revolução. Mas, observe, é na Igreja que este poder tremendo</p><p>é para ser achado - este estado de ser pobre em espírito, esta</p><p>mansidão, ser perseguidos por amor à justiça, e tudo o resto. Mas nela</p><p>há poder, nela há autoridade. Muitas vezes não é até que você se</p><p>ajoelha, totalmente quebrado quanto ao seu próprio orgulho, que você</p><p>consegue chegar até Deus em absoluta vitória. Essa é a essência do</p><p>Reino ou soberania, e tudo isso é para ser tomado pela Igreja.</p><p>A IGREJA COERDEIRA COM CRISTO</p><p>Só uma breve palavra para concluir. A Igreja é a coerdeira com Cristo</p><p>da herança, o governo soberano, nos séculos vindouros. Nós sabemos</p><p>disto na autoridade da Escritura. A Igreja é herdeira do trono do mundo</p><p>por vir - do lugar administrativo com o Senhor Jesus sobre tudo que</p><p>um acréscimo de si própria. Pois uma cidade pressupõe um país, uma</p><p>metrópole pressupõe um leque mais amplo. A Cidade no meio das</p><p>nações significa que o governo sobre as nações está LÁ, e no final do</p><p>livro de Apocalipse (21:24, 22:2) é onde emite-se todo o assunto.</p><p>Capítulo 4 - A Prioridade do Reino</p><p>"Não andeis ansiosos... qual de vós, por ansioso que esteja... por que</p><p>andais ansiosos? ...Portanto, não vos inquieteis... buscai, pois, em</p><p>primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas as coisas vos serão</p><p>acrescentadas" (Mat. 6:25, 27, 28, 31, 33).</p><p>Lembremos novamente, e mantenhamos claramente diante de nós,</p><p>que o significado fundamental da palavra que fora traduzida na nossa</p><p>palavra inglesa 'reino' é GOVERNO SOBERANO. Imediatamente, então,</p><p>ficará evidente que este versículo 33 que lemos toma um significado e</p><p>valor novo: 'Buscai, pois, em primeiro lugar, o governo soberano de</p><p>Deus, e então consequentemente todas estas coisas serão</p><p>acrescentadas'.</p><p>Observe o contexto. Este versículo é achado mesmo no coração do que</p><p>tem chegado a ser chamado 'o sermão da montanha', o qual abrange</p><p>três capítulos inteiros, 5, 6 e 7 - cento e onze versículos. Este é o</p><p>primeiro de cinco discursos pelo Senhor registrados por Mateus. Você</p><p>perceberá, ainda, que o que há aqui foi dado primariamente para os</p><p>Seus discípulos, quem eram o núcleo desta soberania, este governo,</p><p>este Reino. "Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se</p><p>assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-</p><p>los, dizendo" (Mat. 5:1-2): de modo que é evidente que isto tem a ver</p><p>com os que estão imediatamente e essencialmente dentro do limite e</p><p>significado deste governo soberano. Dr. Campbell Morgan chama esta</p><p>seção: 'Jesus o Rei, a Sua Propaganda e a Enunciação das Leis'. É a</p><p>enunciação das leis do Reino e o Seu Reino, do Governante e o Seu</p><p>governo.</p><p>A LEI DO CORAÇÃO DESCANSA SOB O GOVERNO SOBERANO DE</p><p>DEUS</p><p>Aqui, então, há uma lei do governo soberano de Deus: "Buscai, pois,</p><p>em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos</p><p>serão acrescentadas". Vemos, pelo contexto, que tem a ver com uma</p><p>preocupação inquietante sobre os pormenores nesta vida,</p><p>especialmente o cuidado do amanhã - incidentalmente chegando</p><p>mesmo à raiz de muitos esgotamentos nervosos, de muita neuroses.</p><p>Mas não tentaremos abordar isso agora. Estamos enunciando uma lei,</p><p>uma lei do governo soberano, que fica oposta a esta palavra reiterada</p><p>constantemente - ansiosos, ansiosos, ansiosos. É portanto, a lei do</p><p>https://www.austin-sparks.net/portugues/books/004888.html</p><p>coração que descansa sob o governo soberano de Deus - o coração</p><p>descansa porque você está no Reino. Nossa mentalidade logo visualiza</p><p>uma esfera, um âmbito; mas isso é secundário. Porque você está</p><p>dentro do governo soberano de Deus, "todas estas coisas" estão lá.</p><p>UMA LEI POSITIVA</p><p>Mas observe - não é uma lei passiva. O Senhor Jesus não diz, aqui ou</p><p>em qualquer outro lugar, o que pessoas gentilmente muitas vezes</p><p>dizem - 'Ó, não se preocupe, o Senhor cuidará de você, e tomará conta</p><p>disso. Vai dar tudo certo'. Assim como Ele não disse isso, também não</p><p>diria por outro lado: 'Substitua uma associação de seguros por Deus e</p><p>tudo será resolvido. Nem, para levá-lo para a esfera da religião, Ele</p><p>diz: Entregue-o ao sacerdote, e ele tomará conta disso'; ou: 'Entregue-</p><p>o à igreja, e livre-se de toda a responsabilidade'. O coloco dessa</p><p>maneira, a fim de que possamos chegar mesmo ao que Ele sim diz. De</p><p>uma ou outra forma, devemos chegar ao cerne deste assunto, ao</p><p>significado disto, e por isso nos despimos de qualquer ideia errada ou</p><p>falsa, e de qualquer curso errado. Existem muitas pessoas que pensam</p><p>que, se apenas eles adotassem alguma política (seguros ou outra</p><p>coisa!), ou algum expediente, pela qual a responsabilidade e obrigação</p><p>fosse tirada dos ombros e colocada para eles em algum outro lugar,</p><p>eles descansariam - e não funciona dessa maneira. Você pode ser a</p><p>pessoa mais altamente segurada na criação, e ainda ser a pessoa mais</p><p>ansiosa, a mais preocupada, a mais inquieta. Não há garantia do</p><p>descanso do coração no sentido de suspender a responsabilidade, nem</p><p>no sentido de uma falsa passividade que diz, 'Não se preocupe, vai dar</p><p>tudo certo'. A lei não é passiva.</p><p>Mas observe - É positiva. O Senhor não diz, 'Ó, não se preocupe'. Ele</p><p>diz, 'Buscai, em primeiro lugar...' A lei é muito positiva, perceba.</p><p>'Buscai, em primeiro lugar...' e depois, a responsabilidade será</p><p>assumida,</p><p>depois, será cuidado o outro. 'Buscai, em primeiro lugar, o</p><p>governo soberano, de Deus, e a Sua justiça'. É o princípio positivo de</p><p>vermos à luz de como tudo serve o governo de Deus. Se você apenas</p><p>fizer isso, você entrará no benefício que há aqui. Nossos próprios</p><p>interesses ficam em segundo ou último lugar. Seus interesses vem em</p><p>primeiro lugar, e quando a vida é arranjada nessa base - ORGANIZADA</p><p>nessa base - e mantida nessa base, então o outro se seguirá; Deus</p><p>cuida das outras coisas.</p><p>ORGANIZAÇÃO DELIBERADA DA VIDA</p><p>Disse, quando a vida é ORGANIZADA nessa base. O fato é que para</p><p>alguns de nós leva muito tempo para termos a vida nessa base. É</p><p>somente após termos vivido muito tempo que começamos a</p><p>reorganizar a vida nesta maneira. Bem, melhor tarde do que nunca!</p><p>Mas aqui há uma palavra para os jovens e para os jovens cristãos -</p><p>especialmente para os jovens que estão numa posição de organizar as</p><p>suas vidas de algum modo. Talvez, você tenha acabado de começar a</p><p>vida conjugal juntos, ou estão se preparando para isso. Agora é o</p><p>tempo para organizá-la neste princípio do governo soberano. Agora é</p><p>a oportunidade para tornar desnecessário o ter que desfazer ou</p><p>lamentar muito anos mais tarde. Todas estas leis do governo soberano</p><p>são muito práticas, como você vê, e está é muito prática. Onde</p><p>viveremos? Que tipo de casa teremos? Estas são questões práticas.</p><p>Você deve organizar tudo neste princípio. A coisa que importa e</p><p>governa, e a coisa em relação ao qual tudo agora tem de ser arranjado,</p><p>é: Como serve isto os interesses do governo soberano de Deus?</p><p>Ponha isso primeiro, e você escapará de muita tragedia, como vemos</p><p>em muitos lugares. Ó, uma casa bonita e um bom lar, talvez, mas</p><p>completamente fora da relação com os interesses do Senhor, tanto na</p><p>distância como em outras maneiras. Vai ser um pesadelo, um obstáculo</p><p>e uma limitação; vidas que têm perdido com o Senhor, tanto em</p><p>medida espiritual como em utilidade para Ele, tanto em serviço como</p><p>numa maneira relacionada na Sua Igreja; e assim poderíamos</p><p>estendê-lo. Todo o assunto de se dar bem no mundo, de sucesso ou</p><p>ambição - quanta variedade abrange isto! Ora, a lei e princípio deste</p><p>governo do Céu é que a vida deve ser organizada, em primeiro lugar,</p><p>em relação aos interesses de Deus e governo de Deus. Isto deve vir</p><p>primeiro, e se for, você pode ficar certo de que Deus cuidará dos seus</p><p>interesses. Você certamente não sofrerá no longo prazo. Deus, pelo</p><p>Seu lado, será fiel ao Seu compromisso.</p><p>E depois há o mantenimento da organização, a permanência nessa</p><p>base. É muito fácil ser arrastado por mil e uma coisas. Em questões</p><p>importantes, o tempo todo, o inimigo está tentando de alguma maneira</p><p>ou outra desviar, afastar, inserir algo que toma o lugar dos interesses</p><p>do Senhor. Isto é um assunto grave e sério, chamando a todos para</p><p>ser diligentes, vigilantes e perseverantes. Não é, como disse, de modo</p><p>algum passivo. Não acontecerá simplesmente a torto e a direito.</p><p>"Buscai, em primeiro lugar..."</p><p>BUSCAI PRIMEIRO O REINO</p><p>Agora, essa palavra 'buscai' é enfática. "Buscai, e encontrareis", disse</p><p>o Senhor em outro lugar, "porque... o que busca, encontra" (Mat 7:7-</p><p>8). Aqui é a imagem de alguém dedicando-se com diligência. Buscai:</p><p>se firme nisto, faça disto o seu assunto e continue assim. Busca</p><p>PRIMEIRO - e continue a buscar primeiro - o governo soberano de</p><p>Deus. Tome o curso alternativo - coloque os seus assuntos e interesses</p><p>primeiro - e a interferência será bastante clara, embora o Senhor não</p><p>diga nada explicitamente. Pois Ele está dizendo: 'Você está ansioso.</p><p>POR QUE você está ansioso?' Ele está lidando com pessoas que estão</p><p>'se debatendo com coisas', e a interferência é que se você adotar a</p><p>alternativa de colocar os seus interesses primeiro, então você deverá</p><p>assumir a responsabilidade pelas consequências. Você terá de contar</p><p>com a vida sem o governo soberano de Deus. É algo terrível nunca ser</p><p>capaz de apelar no tribunal de Deus, nunca para achar que o Senhor</p><p>está realmente trabalhando tudo para o bem, resolva a vida você</p><p>mesmo, e mais tarde ou mais cedo você se deparará com algumas</p><p>situações tremendas que você não poderá lidar, e essa é a alternativa</p><p>que muitos têm tão gravemente encontrado.</p><p>"MAS" - nessa palavra há uma inversão, um giro, uma mudança de</p><p>posição - "MAS buscai em primeiro lugar..." É só a questão do governo</p><p>soberano de Deus nos nossos assuntos, na nossa vida, que podemos</p><p>conhecer, desfrutar, provar e acharmos que é verdadeiro. É algo</p><p>maravilhoso finalmente descobrir que era verdadeiro, mesmo quando</p><p>pensavamos que não estava funcionando dessa maneira, e que Deus</p><p>não estava trabalhando nas coisas do nosso interesse, até descobrir</p><p>finalmente que onde Ele parecia menos ativo Ele ainda tinha a situação</p><p>baixo controle. Sim - até viver o tempo suficiente com Deus para ser</p><p>capaz de olhar para trás nas situações que naquele tempo pareciam</p><p>negar que o Senhor estava governando, dominando, e ser capaz de</p><p>ver aquelas coisas eram as mesmas coisas que corriam para o bem. É</p><p>verdade. Talvez, você lê estas palavras se acha hoje numa situação</p><p>onde é difícil traçar a mão soberana de Deus; mas a palavra de Deus</p><p>vigora hoje e o compromisso de Deus é seguro. Ele diz: 'Coloque, em</p><p>primeiro lugar, os Meus interesses, Meu governo, e Eu tomarei conta</p><p>do restante - todas estas coisas lhe serão acrescentadas'.</p><p>Tenhamos certeza de que isto foi entendido. Temos que fazer disto um</p><p>assunto pessoal - pois a ansiedade, é um assunto pessoal, não é? É a</p><p>NOSSA ansiedade, são os NOSSOS problemas e incomodações, são as</p><p>NOSSAS complicações e dificuldades. Tudo é NOSSO. Não é verdade</p><p>que muito disso é desnecessário? - desnecessário porque, enquanto</p><p>vamos aqui ou lá, prosseguimos num serviço, num propósito, para</p><p>negociar alguma coisa, ou para realizar um projeto, não paramos para</p><p>perguntar: 'Ora, quais são os interesses do Senhor podem ser servidos</p><p>nisto?' Impulso, capricho, desejo carnal - o que NÓS gostaríamos -</p><p>todas estas coisas surgem e governam o curso de nossas vidas, e o</p><p>Senhor diz, 'Pare! A primeira coisa é: Onde eu entro? Como vão os</p><p>Meus interesses serem servidos?' Talvez isso pareça muito exigente,</p><p>até legal; mas não é assim - é o caminho para este governo beneficente</p><p>de Deus.</p><p>'Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus, e a Sua justiça'. Aqui há</p><p>duas coisas. Primeiro o reino - o governo soberano de Deus. Buscai em</p><p>primeiro lugar, em outras palavras, aquilo que está relacionado com o</p><p>lugar de Deus na vida: isto é, o Seu governo soberano. Ele é Senhor,</p><p>Ele é Soberano: então primeiro busque o que diz respeito ao Seu lugar.</p><p>Parece muito simples e elementar, mas o lugar de Deus é a coisa mais</p><p>importante. Qual é o lugar que Deus tem nisto? Onde Ele entra? O Seu</p><p>lugar é como Soberano. O Seu governo soberano é o Seu direito.</p><p>BUSCAI PRIMEIRO A SUA JUSTIÇA</p><p>E a seguir, a Sua justiça - aquilo que está relacionado com o caráter</p><p>de Deus. Buscai primeiro aquilo que é como Deus - semelhante a Deus.</p><p>Toda a Bíblia está ocupada com este assunto da justiça e injustiça, e</p><p>justiça é como Deus é, o que pertence a Deus. "Justiça e juízo são a</p><p>base do seu trono" (Sal. 97:2). Injustiça é aquilo que está contra Deus,</p><p>aquilo contra o que o profeta e vidente pronuncia o desagrado e ira de</p><p>Deus. Portanto, quando somos informados do que devemos buscar,</p><p>como primeira prioridade, é (1) o Seu legítimo lugar nas nossas vidas,</p><p>e (2) aquilo que é semelhante a Deus, estamos chegando ao próprio</p><p>âmago desta lei. Significa que você e eu devemos buscar em primeiro</p><p>lugar e a todo o tempo sermos como Cristo, semelhantes a Deus - o</p><p>qual é uma extensão de 'pio'; levar a semelhança, a natureza e caráter</p><p>de Deus na situação; procurar que seja achado aqui uma expressão de</p><p>como Deus é como Ele fora revelado em Jesus Cristo. Significa que é</p><p>o nosso primeiro e principal assunto, garantir que o nosso lar seja um</p><p>lugar onde Deus é conhecido</p>

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