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<p>CRISTÃOS SATÂNICOS</p><p>ADORADORES DE DEUS OU SERVOS DE SATANÁS?</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O livro de apocalipse é um dos livros menos lido entre os cristãos por causa dos</p><p>acontecimentos proféticos que anunciam o fim dos tempos. Suas palavras tem causado</p><p>espanto, admiração, medo, rejeição, ódio e principalmente confusão. E por conta dessas</p><p>dificuldades e paixões geradas por esse misterioso livro, muitos o rejeitam achando que</p><p>se trata de um texto indecifrável. A realidade desses sentimentos e a atitude radical</p><p>demonstrada nessas pessoas, deveria fazer sentido àqueles que não fazem parte do</p><p>corpo de Cristo, porque, na verdade, para um cristão esse livro traz esperança, alegria,</p><p>certeza e satisfação ao ver a glória de que o nosso Senhor não apenas venceu e vencerá,</p><p>mas que Ele é vencedor.</p><p>Das descrições acima sobre as atitudes com respeito a leitura desse livro, creio que o</p><p>que poderia ser verdadeiro para a igreja seja a confusão pelas inúmeras visões sobre</p><p>esse tema. Há tantas escolas de interpretação, tantas linhas de pensamento e tantos</p><p>livros publicados sobre o assunto dentro do contexto evangélico que, realmente, uma</p><p>grande confusão tem sido gerada por inúmeros pensadores que com bom intento, creio,</p><p>tem tentado ajudar a igreja com respeito as suas expectativas sobre a volta do Senhor</p><p>e, diante das circunstâncias difíceis que cada irmão através dos séculos tem sofrido por</p><p>Cristo, acabam cometendo o erro de ver em seus dias o cumprimento das palavras</p><p>proféticas. Essa atitude de grande esperança causou inúmeros problemas e corroborou</p><p>para as dificuldades que enfrentamos hoje ao estudar esse livro.</p><p>Porém, o meu intento nessas palavras não é me enveredar por alguma linha escatológica</p><p>que possa, irresponsavelmente, conflitar com a visão daqueles que estão diante dessas</p><p>letras. Meu objetivo não é presunçoso e nem dogmático, é simples, grave, porém</p><p>simples. Muitas das vezes deixamos esse livro de lado por temermos interpretar de</p><p>forma equivocada algum símbolo que o apóstolo João descreve. Se você, por acaso, não</p><p>visita constantemente essa carta tremendamente revigorante para a igreja sofredora</p><p>por medo ou receio, creio que satanás, o nosso inimigo, teve êxito em sua estratégia de</p><p>afastá-lo de um livro que revela seus planos, sua agenda, o espírito de nossa época e,</p><p>principalmente, a vitória de Cristo sobre a antiga serpente profetizado em Gênesis 3:15.</p><p>Apocalipse é uma carta aberta, e aberta significa que podemos ler, entender e</p><p>interpretar usando todas as leis da hermenêutica para que pisemos em terreno</p><p>confiável. É um livro que fala sobre o futuro? Sim, mas o futuro da igreja que, unida a</p><p>Cristo, toma do futuro de seu salvador como o seu próprio futuro. Nós não temos futuro,</p><p>mas Cristo sim.</p><p>CAPÍTULO 1</p><p>A ADORAÇÃO AO DRAGÃO</p><p>Eu, como qualquer outro leitor, muita das vezes não me apercebo de uma questão séria</p><p>em algum texto da Bíblia, até que uma leitura mais acurada e calma abra meus olhos</p><p>para ver a realidade e seriedade de um texto, que antes não tinha muito sentido e nem</p><p>luz para o entendimento. Pois bem, isso aconteceu ao ler o texto de Apocalipse capítulo</p><p>13. Por muito tempo eu havia lido essa passagem sombria da besta que subia do mar e</p><p>representava o homem da iniquidade que surgiria nos últimos dias para desafiar o</p><p>criador, e nunca tinha me atentado para a profundidade do que o apóstolo João</p><p>escrevera.</p><p>O texto nos fala de um império real e um imperador humano, que terá sobre si a</p><p>natureza de todos os reinos visto por Daniel na sua interpretação do sonho de</p><p>Nabucodonosor e, principalmente, da sua própria visão que teria muitos anos depois.</p><p>No caso do rei da Babilônia, a visão era de uma estátua que se dividia em quatro partes,</p><p>ouro, prata, bronze, ferro e por fim, ferro misturado com barro, que representava os</p><p>quatro impérios humanos que existiriam até os últimos dias. Com Daniel a visão era mais</p><p>terrível, e quatro animais que representavam as quatro partes da estátua de</p><p>Nabucodonosor, apareceram para ele em sonho. O rei da Babilônia havia visto a</p><p>aparência do mundo, mas Daniel viu a verdadeira natureza do mundo. E o profeta pôde</p><p>contemplar a natureza caída do homem, a mesma natureza da serpente que se disfarça</p><p>num belo animal inocente e enganoso, mas, todavia, terrivelmente destruidor. Para</p><p>Nabucodonosor, assim como para todos aqueles que jazem no mundo, é ouro, prata,</p><p>bronze e ferro reluzindo em glória, mas para aqueles que como Daniel tiveram a</p><p>revelação da natureza deste mundo, é três animais ferozes, e o quarto tão terrível que</p><p>Daniel nem sequer conseguiu nomeá-lo.</p><p>E dessa visão podemos concluir que todas as bestas vistas por Daniel fazem parte da</p><p>quarta besta que ressurgirá nos dias finais, cujo o aspecto era tão terrível que terrificava</p><p>aqueles que a contemplavam, segundo a visão do profeta, sendo cada uma delas</p><p>características bestiais do último império que emergirá do mar da revolução e anarquia</p><p>humanos1 e, por fim, se levantará na realidade de um reino que será diferente dos</p><p>demais, cuja a autoridade será delegada pelo próprio satanás ao homem da perdição, e</p><p>devorará toda a terra fazendo-a em pedaços debaixo de seus pés. Sim, sabemos que o</p><p>anticristo, a besta que sobe do mar, será adorado pelos homens, e esse fato está</p><p>relacionado a blasfêmia que cada cabeça desse reino teve e terá. Eles foram e serão</p><p>deuses, e receberam e receberão de um mundo maravilhado a adoração devida</p><p>somente a Deus.</p><p>No entanto, no início do verso 4 nos deparamos com uma situação desconcertante. Sim,</p><p>eles adorarão o anticristo pelo o que ele é, pelo o que ele faz e pelo que terá, porém,</p><p>essa mesma sociedade prestará adoração explícita ao próprio dragão, satanás, lúcifer, a</p><p>antiga serpente. Diz assim o texto:</p><p>Adoraram o dragão, que tinha dado autoridade a besta, e também adoraram a</p><p>besta, dizendo: “Quem é como a besta? Quem pode guerrear contra ele?” Ap</p><p>13:4</p><p>É fácil passar por essas linhas e não prestar a atenção necessária ao que está no verso.</p><p>Mas será chocante quando você perceber que o próprio satanás será adorado em</p><p>pessoa de forma direta, e não intermediada pelo anticristo. Mas é realmente dessa</p><p>forma que o texto é entendido e interpretado por todos os comentaristas? Bem, parece</p><p>que nem todos olham por esse ângulo. Stanley, em seu comentário sobre Apocalipse,</p><p>assim interpreta esse texto:</p><p>A adoração a satanás será feita através da besta. Mas os seus adoradores não</p><p>desconfiarão que o poder e a autoridade da besta vêm do dragão.2</p><p>Seguindo a mesma interpretação de Stanley acima, Simon Kistemaker em seu</p><p>comentário escreve:</p><p>A intenção de João é esclarecer que o culto ao dragão é o mesmo culto à besta,</p><p>isto é, a besta é o instrumento na mão do dragão. Por todo este capítulo o dragão</p><p>é apresentado, porém sempre por trás da cortina; a besta está fazendo o</p><p>trabalho dele.3</p><p>Porém, quando olhamos para o texto, João tem o cuidado de fazer uma distinção</p><p>fundamental escrevendo que tanto o dragão, assim como o anticristo, receberá</p><p>adoração consciente e não inocente de seus súditos. Não há como não ver essa verdade</p><p>tão clara no texto citado. Hernandes Dias Lopes em seu comentário sobre Apocalipse</p><p>corrobora com o que estudaremos e a linha que seguiremos nesse estudo.</p><p>É um tema central no livro de Apocalipse: a noiva está adorando o Cordeiro, e a</p><p>igreja apóstata está adorando o dragão e o anticristo. O mundo está ensaiando</p><p>essa adoração aberta ao anticristo e Satanás. O Satanismo e o ocultismo estão</p><p>em alta: As seitas esotéricas crescem. A Nova Era proclama a chegada de um</p><p>novo tempo, em que o homem vai curvar-se diante do “Maitrea”, o grande líder</p><p>mundial. A adoração de ídolos é uma espécie de adoração de demônios. A</p><p>necromancia é uma adoração de demônios. O grande e último plano do</p><p>anticristo é levar seus súditos a adorarem a Satanás. Esse será o período da</p><p>grande apostasia. Nesse tempo os homens não suportarão a verdade de Deus</p><p>e</p><p>obedecerão a ensinos de demônios. O Humanismo idolátrico, o endeusamento</p><p>do homem e sua consequente veneração é uma prática satânica. Adoração ao</p><p>homem e adoração a Satanás são a mesma cousa.4</p><p>Para não termos dúvidas com respeito ao texto e a ação dessa sociedade dos últimos</p><p>dias, Strong assim define o significado do termo proskuneo, adoração no grego, usado</p><p>nesse texto:</p><p>Um cachorro que lambe a mão do seu mestre. Beijar a mão de alguém em sinal</p><p>de reverência, cair de joelhos e tocar o chão com a testa como uma expressão</p><p>de profunda reverência. Ajoelhar-se, prestar homenagem ou reverência a</p><p>alguém, seja para expressar respeito ou para suplicar. Usado para reverência a</p><p>pessoas e seres de posição superior.5</p><p>Seguindo a lógica natural sem fazer violência ao texto em nossa interpretação, a</p><p>adoração ao dragão será uma adoração consciente de uma geração totalmente</p><p>satisfeita e plenamente realizada pelo anjo caído, a antiga serpente, o libertador dos</p><p>homens. O mundo caminha para essa triste realidade, e o Apocalipse apenas descreve</p><p>o que tem se tornado verdadeiramente claro a cada dia em nossa geração. Aqueles que</p><p>um dia foram iluminados pela luz da razão, renasceram para a liberdade das</p><p>superstições e que viviam zombando dos cristãos que adoravam a Jesus Cristo, adorarão</p><p>àquele que ressuscitará o filho da perdição, e que dirá a todos que o dragão é a luz para</p><p>os homens, o espírito de vida e o salvador da humanidade.</p><p>E essa é a maior tragédia de toda essa secularização de nossa sociedade. Homens que</p><p>foram iniciados na religião humanista e que receberam as ciências espúrias, estão</p><p>gerando não uma geração cética, e sim aberta a crer em qualquer coisa, principalmente</p><p>no dragão. John Mackay entendeu em parte esse problema e disse que “a crença no</p><p>nada não é clímax do processo de secularização. A tragédia de nosso tempo não é o</p><p>ceticismo, mas a fé em qualquer coisa”.6 Na verdade essas duas tragédias andam juntas</p><p>e de mãos dadas. É o ceticismo em Deus que fará com que a sociedade dos dias finais</p><p>seja mais crente até que muitos verdadeiros crentes. Pois, como disse Chesterton,</p><p>“quando um homem volta as costas para Deus não é porque ele não crê em nada, mas</p><p>é que ele crê em tudo”. E essa crença em tudo conduzirá o povo em rebelião a se</p><p>prostrar diante da antiga serpente em adoração.</p><p>Mas como a sociedade chegará a esse ponto de total admiração à serpente ao ponto de</p><p>adorá-lo conscientemente? Parece loucura que a humanidade um dia se dobrará diante</p><p>da antiga serpente e a adorará como o seu deus. No entanto, as correntes de</p><p>pensamento estarão tão distorcidas que essa abominação, por fim, será possível. “O</p><p>terror outrora inspirado pelo mero nome do príncipe das trevas tem sido gradualmente</p><p>dissipado pela negação de sua existência, pelas teorias que incluem em uma redenção</p><p>universal e pela disposição geral de considerá-lo, se existe tal ser, como não totalmente</p><p>mau ou irrecuperável”.7</p><p>Esse movimento rebelde e revolucionário tem se levantado por toda a história humana</p><p>desde os seus princípios, começando por Eva através das palavras maliciosas da</p><p>serpente, seu filho Caim, aquele cujo os ofitas declaram ser o representante espiritual</p><p>mais elevado, passando por Cam, que marca um novo princípio maligno, e se</p><p>estabelecendo na vida e reinado de seu neto, mais conhecido como Ninrode, o fundador</p><p>de Babel, líder guerreiro de uma geração iníqua como ele. E essa adoração direta que</p><p>um dia a serpente recebeu nesses tempos de outrora, retornará na forma dos modernos</p><p>espiritualistas e teosofistas da doutrina gnóstica que, assim como descreve Pember,</p><p>“afirmam que a serpente é o verdadeiro amigo do homem por tê-lo guiado ao que é a</p><p>fonte de todo o poder humano, a árvore do conhecimento”.8</p><p>Mas como tudo isso começou? Quem está por detrás desse movimento rebelde em</p><p>visível processo de expansão? Quais as suas origens? Bem, pra respondermos essas</p><p>perguntas temos que começarmos do início, pois, o início nos responderá sobro o fim.</p><p>CUXE, O PAI DE NINRODE</p><p>A Bíblia registra a descendência dos filhos de Noé após o dilúvio, e essa nova geração</p><p>seria aqueles que teriam o privilégio de cumprir não somente a ordem de serem</p><p>fecundos para se multiplicarem e encherem a terra, mas também cumprirem</p><p>novamente o mandato cultural de subjugar a terra e exercer domínio sobre ela,</p><p>desempenhando de forma justa e temente, as ciências por Deus delegadas a seu pai</p><p>Adão. No entanto, não muito tempo depois, mais precisamente a partir da segunda</p><p>geração pós diluviana, aquele poder conferido aos homens por Deus para tal fim se</p><p>tornou demoníaco, e desafiadoramente aquela geração se uniu formando um só povo</p><p>para confrontar a ordem clara que Deus havia estabelecido. A boa dádiva de Deus aos</p><p>homens havia rapidamente se corrompido e se tornado o pilar da vingança de uma</p><p>geração cujo o coração guardava o rancor contra o que Deus havia feito através do</p><p>dilúvio, e a causa central dessa fragrante rebeldia era o pecado que as muitas águas não</p><p>haviam e nem poderiam ter exterminado da face da terra. Homens malignos e</p><p>poderosos começaram a subjugar outros homens e a exercer domínio sobre os povos,</p><p>trazendo violência, escravidão, morte e idolatria, corrompendo, dessa forma, o mandato</p><p>cultural de Deus.</p><p>É bem no início do novo mundo que o poder, que outrora havia sido usado para</p><p>benefício próprio trazendo o caos que resultou no juízo divino, novamente voltava as</p><p>suas origens, e a cultura desde cedo tomou um rumo que se distanciou daquilo que Deus</p><p>intentava para a nova humanidade. As normas divinas para a construção de uma</p><p>sociedade temente estavam acima da criatura, e toda a criatura estava necessariamente</p><p>sujeito a essas leis. Mas Deus permitiu com que essas ordenanças pudessem ser</p><p>transgredidas por aqueles que detivessem o poder. E essa possibilidade de</p><p>desobediência torna claro o fato de que no mundo há um mandato divino para que todo</p><p>o homem obedeça, sendo a “desobediência uma escolha”, não destronando Deus de</p><p>sua posição soberana, mas tornando o homem totalmente responsável e culpado por</p><p>seus atos rebeldes.</p><p>O primeiro homem a exercer esse poder corrompido após o dilúvio para benefício</p><p>próprio tornando-se demoníaco, foi um descendente de Cam chamado Cuxe. A palavra</p><p>de Deus diz que “estes foram os filhos de Cam: Cuxe, Misrain, Pute e Canaã. (Gn 10:8)</p><p>Canaã havia sido amaldiçoado por Noé e seria o pai das nações iníquas da região que</p><p>seria prometida a Abraão, mas foi precisamente seu irmão que, no início, declarou uma</p><p>insurreição contra as normas divinas ao buscar a sabedoria oculta que descendia dos</p><p>nefilins. O propósito de Cuxe era estabelecer um mundo nos mesmos moldes do mundo</p><p>que havia sido destruído por Deus por causa da rebeldia, e obstinadamente ele ousou</p><p>confrontar a autoridade divina. Cuxe, o filho de Cam, pai de Ninrode, é o personagem</p><p>histórico que aparece como responsável pela perversão religiosa original a partir do</p><p>dilúvio.9 Ele é quem aparece como intérprete e pregador da mentira encoberta da</p><p>serpente, tergiversando assim o entendimento original dos descendentes dos</p><p>sobreviventes do dilúvio.10</p><p>Se olharmos para antes da catástrofe diluviana, a geração de Caim já estava corrompida</p><p>desde a primeira geração, com seu pai aumentando suas transgressões e maldades,</p><p>buscando o prazer egoísta à custa do seu próximo, espalhando a violência e</p><p>influenciando seus seguidores a agirem como ele. Caim não havia se arrependido de seu</p><p>pecado contra Abel, seu irmão, e se rebelou contra o julgamento de Deus construindo</p><p>monumentos para imortalizar seu nome, tendo, como objetivo pessoal, aumentar ao</p><p>máximo a maldade no mundo pré-diluviano.11</p><p>A vida de seu neto Lameque, a terceira geração após a queda, revela o quanto esse ramo</p><p>da descendência de Adão havia se corrompido e se tornado vil, quando, num momento</p><p>de vã glória, ele louvou o seu ato de matar um homem que o feriu</p><p>dizendo que se Caim</p><p>é vingado sete vezes, ele seria vingado setenta vezes sete. Lameque foi declarado o</p><p>primeiro polígamo e a sua descendência foi considerado os pais de algumas ciências</p><p>delegadas a Adão e passadas para Caim, não querendo dizer com esse pioneirismo que</p><p>essas ciências da agropecuária, metalurgia e música são de origens malignas. O correto</p><p>é que essas ciências somente foram desenvolvidas primeiro pelos filhos de Caim porque</p><p>eles foram anteriores aos descendentes de Sete, que também, orientados por seu pai</p><p>Adão, usaram de forma temente e justa essas mesmas ciências, sendo que Adão recebeu</p><p>esse conhecimento divino do mandato cultural quando ainda estava no jardim antes da</p><p>queda.</p><p>Por outro lado, Enoque, o segundo filho de Caim, levou o conhecimento da gramática a</p><p>outros níveis, criando os símbolos sagrados e hieróglifos como um meio de preservar e</p><p>transmitir as “verdades sagradas” de uma maneira mais segura, precisa e eficiente do</p><p>que a forma verbal que era utilizado antes.12 No entanto, no início quando Adão ensinou</p><p>aos dois ramos de sua descendência o conhecimento dessas artes, o ramo de Caim não</p><p>preservou a justiça, e não usou essas artes para a justiça. O mandato cultural foi</p><p>corrompido e, em Enoque, algo mais fez com que um conhecimento oculto, maligno e</p><p>perverso dessas ciências chegassem a níveis inimagináveis, aumentando</p><p>significativamente a maldade e o misticismo nas primeiras gerações. Ele adentrou nas</p><p>ciências misteriosas criando a astrologia, descobrindo o zodíaco e iniciando o culto por</p><p>meio de ritos religiosos, ensinando mistérios sagrados, festivais e sacrifícios ao sol,</p><p>adorando-o e sendo, portanto, conhecido como o primeiro politeísta adorador de</p><p>ídolos.13</p><p>Todo esse conhecimento nefasto e demoníaco, assim como a religião enoquiana e todas</p><p>as suas abominações, foram preservados em escritos cuneiformes antes do diluvio, e</p><p>resistiram as águas do dilúvio, sendo, por fim, encontrados por Cuxe, o primeiro filho de</p><p>Cam, e a segunda geração pós-diluviana. Foi ele quem traduziu os degenerados dados</p><p>dos hieróglifos de Enoque.14</p><p>Cuxe, Rapidamente perverteu a fé que os povos tinham no único Deus criador, pregando</p><p>a doutrina oculta da serpente, espalhando os mistérios da cultura que havia submergido</p><p>nas águas do dilúvio e ressurgindo todos os males repreensíveis que seu avô, Noé, havia</p><p>testemunhado antes do dilúvio e que, agora, retornava pra assombrar o velho justo em</p><p>seus últimos anos. A princípio, todos os povos que estavam nas montanhas na região</p><p>onde a arca havia descido eram monoteístas, crendo no Deus Elohim e prestando-lhe</p><p>culto. Cuxe, porém, espalhou a mensagem que Elohim não era o único Deus. Na</p><p>verdade, havia muitos deuses muito mais poderosos que Elohin. Esses Deuses eram</p><p>benevolentes, enquanto o Deus que havia destruído o mundo tão “desenvolvido” de</p><p>outrora, era um Deus fraco e mau. Aos poucos os corações dos homens foram sendo</p><p>mudados e moldados, e o ocultismo se disseminou novamente entre o povo da planície,</p><p>tendo se estabelecido na figura de seu filho proeminente, Ninrode, que em um golpe de</p><p>gênio diabólico, soube usar dos mistérios ocultos que seu pai Cuxe lhe legou, para</p><p>inflamar uma geração contra a autoridade de Deus seguindo após a sua rebeldia.</p><p>NINRODE, O GRANDE CAÇADOR</p><p>Apenas cem anos após Deus julgar a humanidade por causa de sua obstinada rebelião,</p><p>novamente vemos a maldade tomando proporções iguais aos dias de Gênesis 6. Uma</p><p>nova rebelião estava em curso na história, e um homem encabeçava esse motim contra</p><p>Deus e suas ordenanças, reunindo uma multidão após si com o propósito de declarar</p><p>guerra contra Deus e tudo o que poderia ser objeto de adoração. Mas como isso veio a</p><p>acontecer num espaço tão curto de tempo? Como o povo se deixou enganar por um</p><p>homem tão perverso?</p><p>Após a arca ter pousada em Ararate, o povo permaneceu nas montanhas protegidos do</p><p>que poderia aguardá-los nas planícies logo abaixo. Havia um pensamento entre os</p><p>descendentes de Noé que sair da proteção das montanhas seria loucura, talvez por</p><p>medo dos gigantes ou por outro eminente dilúvio como nos dias de seus antepassados.</p><p>No entanto, Deus havia repetido a Noé e a seus descendentes as mesmas palavras que</p><p>ele falou para o primeiro casal, e com uma promessa adicional de nunca mais destruí-</p><p>los através das águas.</p><p>Mesmo diante dessa inabalável promessa divina, o povo entendeu que unidos seriam</p><p>mais fortes diante dos possíveis inimigos, e viajando com cautela para o leste, se</p><p>estabeleceram na planície de Sinear, a região da Mesopotâmia que hoje corresponde ao</p><p>Iraque. Nesse momento de medo, fraqueza e desesperança, um homem surgiu para unir</p><p>os descendentes de Noé e colocá-los debaixo de seu governo. Ninrode foi o primeiro</p><p>homem a se levantar como um líder soberano, ditatorial e tirânico capaz de doutrinar,</p><p>unir e impor sua vontade inflamando o povo novamente.</p><p>A Bíblia relata que Ninrode foi o primeiro homem poderoso na terra e o mais valente</p><p>entre os caçadores, ganhando proeminência diante de todos, fundando cidades e</p><p>subjugando seus irmãos, impondo sobre todos o regime do medo e caos. Por suas ações</p><p>na caça, espalhou-se um ditado sobre sua pessoa dizendo que Ninrode era um grande</p><p>caçador diante do Senhor. A sua brutalidade, crueldade e malignidade seriam</p><p>registrados nas palavras de Deus como um sinal do que aconteceria de tempos em</p><p>tempos na nossa história, até ganhar à proporção que podemos encontrar no livro de</p><p>Apocalipse na pessoa do anticristo. Ninrode foi o primeiro anticristo do qual o apóstolo</p><p>João menciona em sua carta, que prepararia o caminho para o, artigo definido,</p><p>anticristo.</p><p>Filhinho, esta é a última hora e, assim como vocês ouviram que o anticristo está</p><p>vindo, já agora muitos anticristos têm surgido. Por isso sabemos que esta é a</p><p>última hora. 1 Jo 2:18</p><p>João deixa claro para os seus leitores que os anticristos que surgiram e surgiriam são</p><p>como sombra, anunciando a vinda do rebelde nos últimos dias. Eles são o sinal</p><p>apontando para o futuro trágico da humanidade. Por toda a história podemos perceber</p><p>figuras humanas que se tornaram uma representação, por seu caráter maligno, daquele</p><p>que está profetizado na palavra de Deus desde o princípio, ajuntando após si uma</p><p>grande multidão fascinada por suas palavras e atos que, segundo a profecia de Genesis</p><p>3:15, é a descendência da serpente. E aqui, no princípio, podemos perceber que Ninrode</p><p>se torna uma figura para aquele que está profetizado em todas as religiões e na palavra</p><p>de Deus.</p><p>Esse homem iníquo recebeu de seu pai as ciências espúrias, e começou a ensinar ao</p><p>povo da planície a confiança em si mesmos, nas suas obras e nas suas realizações. Ele</p><p>estava preparando o povo para uma rebelião generalizada, e para isso introduziu a</p><p>adoração aos ídolos, instituindo a religião de Enoque, e fazendo o povo honrar os valores</p><p>pecaminosos do egoísmo e orgulho. Ninrode, com o seu recém descoberto</p><p>conhecimento oculto, inflamou toda uma geração a se rebelar e não se submeter a Deus</p><p>como o único Senhor. Ele queria subir até os céus e se vingar de Deus por ter matado a</p><p>geração iluminada de outrora, impedindo que Deus novamente destruísse a</p><p>humanidade através do dilúvio, chegando ao ponto de fazer uma encenação teatral em</p><p>um evento diante do povo ao atirar flechas para o céu na tentativa de matar Elohim.</p><p>Mas ele, astuto como a serpente, sabia que Deus havia prometido nunca mais destruir</p><p>a humanidade pelo dilúvio, e usou, a seu favor, essa promessa para blasfemar e inflamar</p><p>uma geração no engano, unindo-os em sua rebelião.</p><p>Para incitá-los a seguirem após si em sua rebelião, Ninrode impôs a crença de que o</p><p>povo, junto com ele, poderia buscar o seu próprio futuro e a sua própria felicidade. Se</p><p>compreendermos que no início da recolonização da terra o povo cria em somente um</p><p>único Deus, passaremos a compreender quando e como o politeísmo, assim como o</p><p>panteísmo e o humanismo, surgiram na face da terra. Se a humanidade não precisa de</p><p>um ser externo para ser feliz, então não havia necessidade de honrar tal ser. Ninrode</p><p>diminuiu o poder de Deus, reduzindo-o a um plano inferior, colocando os deuses</p><p>recentemente descobertos e inventados, como deuses maiores que Elohin, aquele que</p><p>havia destruído seus ancestrais por mero capricho.</p><p>Esse homem perverso criou o panteão de deuses que hoje podemos contemplar em</p><p>toda a história humana, principalmente durante o império romano. Usando de seu gênio</p><p>diabólico, Ninrode corrompeu as ciências da retórica e da gramática, persuadindo e</p><p>ensinando o povo nos caminhos dos rebeldes pré-diluvianos, e a olhar para Deus como</p><p>o seu adversário. Diante disso, alguém poderia facilmente entender o quão convidativo</p><p>teria sido disseminar o verdadeiro Deus do universo e seus anjos leais como aqueles</p><p>deuses violentos, maus e intolerantes que conspiraram, como descrito por Enoque, para</p><p>cometer genocídio contra o homem através do dilúvio.15 E foi exatamente isso que</p><p>Ninrode fez, espalhando a mensagem que o Deus ímpio chamado Elohim, escravizou os</p><p>homens na ignorância para depois destruí-los através do dilúvio. Essa mesma mensagem</p><p>se encontra nas lendas sumérias, onde o Deus maligno Enlil, o Deus dos judeus e</p><p>cristãos, conspirou para provocar o desastre do dilúvio contra os desejos do alegado</p><p>bom deus da sabedoria, Enki, a serpente chamada Satã.16</p><p>Quando olhamos para a figura de Ninrode, o significado do seu nome nos revela muito</p><p>sobre o verdadeiro caráter desse homem. Ninrode, marad no hebraico, significa “ele se</p><p>rebelou”. E logo após a revelação de seu nome, a Bíblia revela que ele era um grande</p><p>caçador diante do Senhor, significando que esse grande caçador é aquele que se rebela</p><p>contra o criador. O Targum, em 1 crônicas 1:10, diz que Ninrode começou a ser um</p><p>homem poderoso em pecado, um assassino de homens inocentes, e um rebelde diante</p><p>do Senhor. Segundo os escritos históricos, ele caçava homens e animais</p><p>impiedosamente, e era poderoso em pecado diante de Deus, e pregava para que os</p><p>filhos dos homens se apartassem da religião de Sem e se apegassem aos institutos de</p><p>Ninrode. Ele foi o primeiro imperador, o primeiro ditador, opressor, poderoso,</p><p>insensível, maligno, um gibborin que usava de seu poder para perseguir, oprimir, matar,</p><p>e usar de todo tipo de violência contra pessoas que não podiam se defender. Ele ficou</p><p>conhecido como o rebelde, o apóstata, aquele que foi o principal instrumento de</p><p>idolatria nos primórdios da criação do homem.</p><p>O que liga todos os pontos com respeito ao anticristo e a adoração ao dragão no livro</p><p>de Apocalipse é que ele, Ninrode, funda uma cidade que será a antítese da Jerusalém, a</p><p>cidade de Deus, e do qual sairá todos os mistérios e abominações sobre toda a terra.</p><p>Ninrode foi um dos primeiros a se levantar e, em uma loucura arrogante, olhar para o</p><p>céu e com o punho em riste, desafiar o criador de todas as coisas. E como sinal de seu</p><p>desafio, ele se rebela contra a lei divina de se espalhar por toda a terra e se multiplicar,</p><p>unindo, em rebelião declarada, todos os homens pós diluvianos para criarem, em</p><p>patente rebeldia, a torre que significava a força humana independente de Deus para</p><p>alcançar os céus e conquistá-lo.</p><p>O zigurate de Babel servia para honrar o mais novo consagrado panteão de deuses</p><p>descobertos e criados por Cuxe e Ninrode, desafiando a Deus e mostrando aos seus</p><p>inimigos a força de seu potentado. Ninrode uniu o povo para levantar um monumento</p><p>para o seu nome, simbolizando o orgulho e capacidade humana, glorificando a si mesmo</p><p>e declarando a sua independência de Deus, anunciando a renascença da gloriosa época</p><p>da sociedade pré-diluviana de corrupção, libertinagem e rebelião.</p><p>Aqui está o princípio da Babilônia, o princípio satânico da rebelião humana contra o</p><p>criador. Aqui está o mistério da grande Babilônia, e o projeto da torre de Babel era uma</p><p>demonstração orgulhosa da altivez humana diante de Deus, o criador. Eles queriam</p><p>fazer o seu nome célebre, orgulho, para evitar de serem espalhados, rebelião. E o</p><p>mistério da Babilônia está na reação desse primeiro império poderoso na história</p><p>humana: a construção de uma torre que representava os esforços do homem caído para</p><p>alcançar o céu através de seus próprios esforços, rejeitando, dessa forma, a graça de</p><p>Deus já presente naqueles dias, mas que teria a sua culminância em Cristo.</p><p>Esse primeiro iníquo desejava ser adorado como um deus por seus próprios méritos. Ele</p><p>desejava criar um governo mundial com ele mesmo como ditador absoluto, em oposição</p><p>direta a Deus.17 A cidade da Babilônia personificava, naquela geração, todo o mal que</p><p>um povo poderia realizar contra as santas leis divinas. Ela era um símbolo do orgulho</p><p>humano, da opressão dos mais fortes, da riqueza dos ambiciosos, do luxo dos</p><p>arrogantes, da libertinagem dos devassos, e da rebelião dos idólatras. Ninrode tinha</p><p>como modelo a rebelião dos nefilins, e projetou todo um império debaixo do princípio</p><p>satânico dos primeiros humanoides híbridos de sua época.</p><p>TIJOLOS OU PEDRAS?</p><p>Em nosso estudo até aqui descobrimos que a Babilônia tem o seu nascimento bem no</p><p>princípio da criação humana, mais precisamente nos filhos que descenderam de Noé. E</p><p>quando estudamos Apocalipse 17 e 18 compreendemos que naqueles dois capítulos a</p><p>Babilônia de Ninrode tem, agora, não somente uma face, mas duas faces: religiosa e</p><p>político econômica que será representada, não somente por um sistema religioso</p><p>ecumênico, mas por uma cidade literal. Percebemos a ligação entre esses dois pontos</p><p>na influência que essa cidade terá sobre toda a terra nos últimos dias. A parte religiosa</p><p>está preparando a chegada do anticristo e a adoração ao dragão, o seu verdadeiro deus.</p><p>E a parte econômica está sendo levantada não para que o homem cumpra o mandato</p><p>cultural de Deus ao se espalhar sobre a terra e dominar a natureza produzindo de seu</p><p>trabalho, as riquezas para o seu sustento necessário para uma vida digna do Criador. A</p><p>Babilônia político econômica que será a capital do anticristo despertará a luxuria, a</p><p>lascívia, os desejos da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, cumprindo,</p><p>por fim, a visão sinistra que o profeta Zacarias teve de uma mulher escondida dentro de</p><p>uma efa. Zc 5:8</p><p>O texto de Zacarias é bem significativo. O profeta em suas visões vê, alertado por um</p><p>anjo, uma vasilha que vinha surgindo. O anjo alerta com respeito a ela: “Aí está o pecado</p><p>de todo o povo desta terra”. E quando a tampa de chumbo é retirada, uma mulher</p><p>estava sentada dentro do cesto, e diante da revelação o anjo logo declara: “Esta é a</p><p>Perversidade”. Esta denominação para a mulher é a mesma que o apóstolo Paulo usa</p><p>para se referir ao anticristo quando o descreve como iníquo, que significa rebelde. Hoje</p><p>a abominação da Babilônia está oculta na efa e muitos, principalmente a igreja, não</p><p>percebe as a sua influência no comércio mundial, mas chegará um dia em que o mistério</p><p>será revelado quando essa efa for levada para a Babilônia, onde um santuário será</p><p>construído para ser contemplada e adorada pela humanidade maravilhada, assim como</p><p>nos dias de Ninrode toda uma geração corrompida e rebelde o seguiu. Zc 5:11</p><p>Diante da face religiosa, Apocalipse 17 verso 5 nos diz que ela é a grande prostituta, e</p><p>na sua testa estava escrito “mistério: Babilônia, a grande; a mãe das prostitutas e das</p><p>práticas repugnantes da terra”. E o fato importante é que ela estará assentada sobre a</p><p>besta, mostrando que haverá uma forte aliança entre o sistema religioso e político</p><p>econômico nos últimos dias. Devemos nos atentar que o mistério da Babilônia religiosa</p><p>do fim estará sendo guardada por uma outra mulher conhecida como uma de muitas</p><p>prostitutas. O Mistério não nasceu dessa mulher, essa mulher herdou o mistério e a</p><p>usará para o seu próprio fim até que seja julgada por Deus.</p><p>Essa prostituta, que herdou</p><p>esse mistério, não é a mãe, na verdade ela é uma de suas filhas, pois a mãe é tão antiga</p><p>quanto a própria humanidade, e no fim todas as prostitutas da terra se unirão a sua</p><p>mãe, formando uma só religião, retornando a sua origem.</p><p>A origem da grande mãe das abominações sempre apontará para o próprio Ninrode, o</p><p>primeiro grande rebelde que se levantou contra Deus e iniciou os cultos de mistério que</p><p>tinha submergido nas águas do dilúvio. E no início de seu culto somente poucos, mais</p><p>precisamente a elite como os iniciados, poderiam conhecer a revelação desse mistério.</p><p>E no ritual em si, esses iniciados para terem o privilégio de adentrar nos mistérios</p><p>ocultos, tinham de tomar do cálice e, quando estavam em frenesi alcóolico inebriante</p><p>semiconscientes, uma voz lhes dizia o seguinte mistério: “Você não precisa de um</p><p>salvador. Você tem condições de salvar a si mesmo. Procure fazer o bem com as próprias</p><p>mãos, procure melhorar a si mesmo e então alcançareis o céu”.18</p><p>Esses iniciados eram tomados pelo mistério, possuídos pelo espírito da Babilônia e não</p><p>mais se tornavam a mesma pessoa de antes. Agora, com a revelação, eles se</p><p>transformavam em deuses que não precisavam de um salvador, pois, eles eram</p><p>salvadores de si mesmo. Aqui se encontra o mistério da Babilônia, o mesmo princípio</p><p>que está no centro de todas as religiões que é, na verdade, a religião de Ninrode e seus</p><p>mistérios, e que certamente podemos encontrar esse mesmo mistério sendo ensinado,</p><p>pregado e se tornando o mais “puro” evangelho na igreja. No entanto, o que muitos não</p><p>entende é que esse evangelho não é o evangelho de Cristo, mas o mistério de Enoque,</p><p>Lameque, Cuxe e Ninrode que lhes foi conferido por anjos caídos.</p><p>No princípio da religião Babilônica eles também passaram a adorar o homem Ninrode,</p><p>o deus sol, assim como sua esposa, Semíramis, a deusa lua. O culto a deus, assim como</p><p>a uma deusa que tem sido a base religiosa de muitas religiões no passado e no presente,</p><p>remonta a sua origem a abominação a qual Ninrode impôs sobre os povos antigos.</p><p>Diante disso, a Babilônia original que oriunda de Ninrode se tornou a mãe de todas as</p><p>religiões, pois todas as religiões, de alguma forma, derivam suas práticas, cultos, crenças</p><p>e filosofias desse mistério.</p><p>Retornando para a construção da torre de Babel em Gênesis 11, percebemos o princípio</p><p>demoníaco ali presente e o espírito que move as religiões, principalmente a igreja do</p><p>Senhor nesses dias.</p><p>Saindo os homens do oriente, encontraram uma planície em Sinear e ali se</p><p>fixaram. Disseram uns aos outros: vamos fazer tijolos e queimá-los bem. Usavam</p><p>tijolos em lugar de pedras, e piche em vez de argamassa. E depois disseram:</p><p>vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim o nosso</p><p>nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra”. Gn 11:2,4</p><p>Uma antiga lenda asteca relata essa história corroborando com o texto bíblico de</p><p>Gênesis. Essa lenda dizia que o povo havia coletado materiais para esse propósito, e eles</p><p>encontraram uma argila muito adesiva e betume com os quais eles rapidamente começaram</p><p>a construir a torre.18 No entanto, o projeto da construção desse grande zigurate esgotou</p><p>todos os recursos, limitando a força de trabalho ao ponto do colapso. Babel se tornou</p><p>um enorme fardo para as pessoas e para os recursos naturais19, fazendo Ninrode, diante</p><p>do desânimo e da recusa do povo para continuar o projeto, se tornar um tirano de</p><p>proporções lendárias, escravizando a todos para forçá-los a concluírem tal obra.</p><p>Esse fato histórico é muito significativo para o que estamos desenvolvendo em nosso</p><p>estudo. A forma como Jerusalém e Babilônia foram construídas delineia como os mais</p><p>conhecidos construtores da Bíblia desenvolvem os seus projetos. E as diferenças de suas</p><p>obras é de uma distância abismal intransponível.</p><p>O texto bíblico, corroborado pelos fatos históricos, revela que a intenção desse povo</p><p>rebelde era construir a cidade usando as suas próprias forças do início ao fim. Eles,</p><p>obstinadamente, decidiram construir aquele zigurate de tijolos queimados a palha, e em</p><p>nenhum momento eles usaram pedras. Há um significado profundo nessa decisão de</p><p>Ninrode e da intelligentsia da época. Aquilo que o povo intentava em seu coração não</p><p>deveria ter nenhuma ajuda divina, nada natural em sua composição, e qualquer outro</p><p>material que dispensasse o esforço humano não poderia fazer parte daquilo que eles</p><p>conquistariam. A torre seria um memorial de todo o esforço humano para se alcançar o</p><p>céu, representando o que o homem, com suas obras, esforços e realizações seria capaz</p><p>de conquistar.</p><p>O significado da Babilônia está declarado no texto. Tijolos representam o mandato</p><p>cultural corrompido, degenerado, rebelde, portanto, satânico que, influenciado pela voz</p><p>da serpente, disse para si mesma “que subiria até os céus e ergueria o seu trono acima</p><p>das estrelas de Deus”. Essa cidade representa todos os esforços do homem, suas</p><p>capacidades e sua proclamação de independência dizendo que Deus não é mais</p><p>necessário para que o céu venha a terra, ou a terra se torne o céu. Segundo o que está</p><p>relatado em Apocalipse 17, essa Babilônia blasfema representa o falso cristianismo que</p><p>rejeita a autoridade do Espírito Santo e sua soberania na salvação humana. Tudo é feito</p><p>baseado em seus próprios esforços, e aquilo que é feito na força do braço consiste de</p><p>tijolos queimados besuntados de betume declarando para Deus que o homem é</p><p>salvador de si mesmo.</p><p>Na Babilônia não há margem para a ação de Deus. Não há um Deus soberano na</p><p>salvação. A graça não está nem no banco dos réus, pois já está condenada. Tudo gira em</p><p>torno do homem, e dessa forma Deus é colocado à parte como um deus inferior,</p><p>submisso, fraco e impotente. Nesse princípio satânico o homem se torna suficiente para</p><p>todas as coisas, pois ele é a medida de tudo, o centro do universo, o senhor de seu</p><p>destino. Por isso o ministério nasce de Deus, é sustentado por Deus, capacitado por Deus</p><p>e levado adiante por Deus. Nada do homem natural pode ser misturado a obra do</p><p>Senhor.</p><p>Quando alguém pensa que é capaz de ser e fazer algo na obra de Deus por causa de seus</p><p>talentos naturais, facilmente se reconhece o cheiro da palha queimada assando os</p><p>tijolos para que Babel seja novamente estabelecida. Conta-se que certa feita quando</p><p>Jimmy Swaggart estava no auge de seu ministério, ele se encontrava na Argentina para</p><p>pregar numa grande cruzada evangelística. Havia mais de 100 mil pessoas naquele</p><p>estádio aguardando o “grande” pregador norte americano. Quando esse homem</p><p>perguntou a seu coordenador como estava a situação do evento e ele lhe respondeu</p><p>com esses números, Jimmy Swaggart respondeu, revelando todo o princípio satânico</p><p>provindo das profundezas da Babilônia, com essas blasfemas palavras: “Deus precisa de</p><p>meu ministério para evangelizar o mundo”. No entanto, o que esse pretenso pregador</p><p>não sabia é que Deus jamais aceitará tal mistura carnal e diabólica em sua Nova</p><p>Jerusalém.</p><p>Quando lemos sobre a Nova Jerusalém que desce do céu em Apocalipse 21, tudo o que</p><p>a compõe é celestial. Nela não há lugar para o homem, suas capacidades, sua glória,</p><p>seus esforços, seus méritos e realizações. Nada nessa cidade remete os nossos</p><p>pensamentos para a criatura. Não devemos nos esquecer que tudo o que é do homem</p><p>pode ser exteriormente ouro, prata, bronze e ferro, mas na realidade a sua natureza é</p><p>bestial, satânica, rebelde. O nosso Senhor uma vez nos alertou dizendo que tudo o que</p><p>está no mundo é do maligno e está debaixo de julgamento aguardando o grande dia. E</p><p>foi está palavra do Senhor que Jimmy Swaggart havia se esquecido e não percebeu que,</p><p>por mais alto que ele pudesse construir a sua torre de tijolos queimados, o céu de Deus</p><p>é muito mais alto que a altura mais alta do homem.</p><p>E a diferença primordial entre essas duas cidades é que Jerusalém, segundo o propósito</p><p>de Deus, era cercada por pedreiras, enquanto que em Sinear, demarcando a sua</p><p>pretensão, não existia essa fartura de obra prima para a construção do zigurate. Porém,</p><p>quando alguém toma de uma pedra para se construir algo, facilmente ele reconhece</p><p>que aquilo fora criado por Deus. Não há o que possa ser feito para contribuir. Tudo é</p><p>feito com base naquilo que Deus mesmo já fez. Na Nova Jerusalém tudo é graça. Tudo</p><p>é favor imerecido da parte do Deus trino. E aqui está o princípio do evangelho e da Nova</p><p>Jerusalém em contraste para o princípio da Babilônia: Deus vindo em busca do homem,</p><p>descendo do céu.</p><p>Quando o povo da planície se uniu para levantar aquele zigurate em afronta a graça de</p><p>Deus, todos os recursos possíveis foram necessários para se construir aquela blasfema</p><p>aberração, e o povo que estava debaixo da escravidão de Ninrode tinha sobre si um</p><p>grande fardo por demais pesado. Quando Jesus apareceu pregando as boas novas da</p><p>Nova Jerusalém que desce do alto, o povo estava totalmente escravizado pelo princípio</p><p>babilônico da salvação por si mesmo. O legalismo havia aprisionado os judeus e colocado</p><p>sobre eles um peso insuportável de leis e minúcias que nem mesmo o mais santo dos</p><p>homens poderia seguir. Mas o evangelho estava dizendo que não era preciso mais essa</p><p>angustiante empreitada para se fazer tijolos imitando pedras para se alcançar os céus.</p><p>Cristo era a casa, a escada, aquele que liga o céu a terra. E nele não mais é preciso</p><p>demandar esse grande esforço, essa grande necessidade de recursos, o eminente caos</p><p>existencial. Ele, Cristo, é a pedra angular que os construtores, como Ninrode, rejeitaram</p><p>e tem rejeitado desde o início. Por isso começamos a entender o que o nosso Senhor</p><p>queria dizer com essas palavras:</p><p>Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei</p><p>descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso</p><p>e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o</p><p>meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Mt 11:28 a 30</p><p>O nosso Senhor de uma só vez faz o convite para que todos os que estão debaixo do</p><p>regime babilônico, sejam livres do peso das leis e ordenanças dessa religião que</p><p>somente traz culpa àqueles que, escravizados pelo senhor iníquo, não encontram paz e</p><p>nem descanso, mas caos em suas empreitadas rebeldes de se encontrar, por seus</p><p>próprios esforços, a sua salvação. Nada mais é preciso fazer para se alcançar o céu, ele</p><p>desceu até a humanidade através de Jesus Cristo em sua grande, infinita e inabalável</p><p>obra. Porém, o grito que tem sido proclamado nesses dias é que todas as religiões se</p><p>unam novamente, rejeitando a graça divina do que já foi feito em Cristo, para o que</p><p>podemos fazer em nós mesmos. E eles tem trabalhado duro queimando seus tijolos</p><p>através de muito suor, se esforçando ao máximo e, em muitas lágrimas, tijolo após tijolo</p><p>a torre de Babel tem sido novamente erigida pela prostituta de Apocalipse 17 abrindo o</p><p>caminho para a adoração ao anticristo e ao dragão.</p><p>DA MINHA COSTELA</p><p>A casa que Deus está procurando é espiritual, formado por homens e mulheres salvos</p><p>pela graça, justificados pela fé, santificados pela fé e glorificados pela fé. Essa casa é a</p><p>igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade. Essa casa significa a união e comunhão</p><p>entre Deus e o homem em Cristo, aquele que é o centro de todas as coisas. E por toda a</p><p>história podemos perceber que Elohim tem se movido para que essa casa seja</p><p>construída. No início de todas as coisas Adão estava só no jardim do Éden, e Deus disse</p><p>que não era bom que ele estivesse nessa situação. Diante desse fato, o Senhor Deus fez</p><p>com que Adão dormisse um profundo sono e tomou algo de seu corpo, e desse algo uma</p><p>mulher foi edificada.</p><p>Quando Deus criou o primeiro homem, a Bíblia nos diz que do pó da terra ele foi</p><p>formado. Mas no caso de Eva, a primeira mulher que seria uma figura do propósito de</p><p>Deus, o caminho tomado pelo Criador foi totalmente diferente. Ele tomou algo do</p><p>primeiro homem e a edificou, não mais criando como se deu com Adão, e assim, levou-</p><p>a para que ele a conhecesse. A resposta de Adão nos revela qual é a natureza da Nova</p><p>Jerusalém, o povo de Deus em todas as eras:</p><p>Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa,</p><p>porquanto do varão foi tomada. Gn 2:23</p><p>A partir dessa união os dois se tornaram uma só carne. No Novo Testamento nós temos</p><p>a realidade do que representava a figura do primeiro casal no Éden. Deus tinha um filho,</p><p>e Ele desejou com que esse filho tivesse uma adjutora. E esse filho saiu em busca dessa</p><p>mulher que seria a sua esposa, osso dos seus ossos, carne de sua carne. E quando ele</p><p>esteve aqui na terra procurando aquilo que tanto buscava, o Pai o colocou para dormir,</p><p>assim como fez com o primeiro homem, num mundo cruel, maligno e rebelde. Esse</p><p>mundo se levantou contra ele e na cruz, sofrendo na mão desse mundo rebelde, ele</p><p>consumou a sua obra de redenção. Nesse momento quando Jesus bradou “Deus meu,</p><p>Deus meu”, o Pai o colocou para dormir, e de seu filho foi tomada algo para edificar a</p><p>igreja, a Nova Jerusalém. O irmão Stephen Kaung define o que é igreja:</p><p>O que é igreja? É Cristo em sua expressão corporal; é uma extensão de Cristo. Ele</p><p>olha para a igreja e diz: “Esta sou Eu, Minha Carne, meu osso”. Por isso a igreja</p><p>pode estar unida a Ele em espírito. Ele edifica a igreja.19</p><p>Esse lugar que Deus edificou, é o lugar onde a sua habitação se faz presente. É somente</p><p>no lugar onde a natureza celestial de Cristo permeia essa edificação completamente,</p><p>que o Deus Santo pode habitar. A Nova Jerusalém que desce do céu em Apocalipse 21 é</p><p>toda composta de material divino. Nada ali é do homem e para o homem. Tudo ali é de</p><p>Deus e para Deus. A igreja, mesma aqui em sua luta contra o pecado, é celestial, pois ela</p><p>foi tirada de Cristo e é o próprio Cristo. Com respeito a Babilônia, a cidade do anticristo,</p><p>ela foi criada a partir da natureza bestial de um mundo caído e condenado. Tudo nela é</p><p>carnal, humano e diabólico. Ela foi feita do barro pelos esforços do homem caído</p><p>influenciado pela voz da serpente. Mas a Nova Jerusalém foi edificada de Cristo, tirada</p><p>dele, tendo a natureza dele. O material que compõe a igreja é Cristo, a pedra angular de</p><p>toda a casa. E toda a casa, como pedras vivas, são edificadas da mesma natureza que</p><p>Jesus Cristo é.</p><p>Na visão que Nabucodonosor teve de toda a história até o fim dos tempos, quatro reinos</p><p>são vistos claramente ali. Daniel revela que esses reinos fazem parte da natureza</p><p>diabólica que tem as suas origens nas civilizações dos primeiros dias, mais precisamente</p><p>em Ninrode e na sua cidade, Babilônia. Todos esses reinos eram compostos de materiais</p><p>terrenos que em sua glória efêmera, seduz os homens com o propósito de enganar e</p><p>corromper, fazendo-os cobiçarem as suas abominações. Mas a história não termina com</p><p>esses 4 reinos. Daniel diz precisamente que quando o último reino composto de todas</p><p>as naturezas bestiais que podem ser vistos nas nações, se levantar no reino do anticristo,</p><p>Deus estabelecerá um reino que jamais será destruído. E esse reino tem como figura,</p><p>não materiais como ouro, prata, bronze ou ferro, distintivos dos reinos humanos da</p><p>visão de Nabucodonosor, mas uma pedra, uma simples pedra, que se soltou sem auxílio</p><p>de nenhuma mão humana, e atingiu exatamente os pés daquela imagem que representa</p><p>o último império maligno e rebelde, e toda aquela gigantesca estrutura veio ao chão.</p><p>Tu olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma estátua</p><p>enorme, impressionante, e sua aparência era terrível. A cabeça da estátua era</p><p>feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram</p><p>de bronze, as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte</p><p>de barro. Enquanto estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de</p><p>mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro</p><p>e de barro e os esmigalhou. Então o</p><p>ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó,</p><p>como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. O vento os levou sem</p><p>deixar vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e</p><p>encheu a terra toda. Dn 2:31-35</p><p>Daniel deixa claro que essa pedra é divina, é material celestial que homem algum em</p><p>sua natureza bestial tem participação. Essa pedra veio do céu e, ao colocar todos os</p><p>reinos da terra de joelhos, se torna uma grande montanha, a verdadeira montanha</p><p>sagrada. Aqui está a igreja, a Nova Jerusalém, a grande montanha que representa o</p><p>reino inabalável de nosso Deus e de seu Cristo. A igreja é composta daquilo que foi tirado</p><p>de Cristo. Ele é a rocha a qual Pedro, os demais apóstolos, discípulos do primeiro século</p><p>e todos os santos de todas as eras descendem. Tudo o que provêm do homem não faz</p><p>parte dessa montanha. Tudo o que é proveniente da vida natural resultará em</p><p>demolição. A Babilônia foi feita do barro terreno, mas a Nova Jerusalém foi edificada do</p><p>Cristo celestial, e somente o que sai de Cristo pode ser chamado de igreja.</p><p>OS EDIFICADORES</p><p>Segundo Gary Wayne, Ninrode foi não apenas um maçom, mas também um grão</p><p>mestre, líder de um novo culto que amou as recém descobertas ciências espúrias, e todo</p><p>o seu rebelde poder que cativou e o corrompeu completamente. A ideia comumente</p><p>aceita é que o primeiro grão mestre que fundou a nova religião e a ultra secreta</p><p>sociedade da grande original fraternidade branca foi Salomão. No entanto, os</p><p>manuscritos antigos indicam que o primeiro dentre eles foi Ninrode, o primeiro grande</p><p>construtor pós diluviano .20</p><p>Ele se apossou das ciências que Deus havia legado para toda a humanidade, e</p><p>corrompeu-as para a sua própria glória. Ele, juntamente com o seu pai Cuxe, liderou o</p><p>renascimento dos males pela qual o primeiro mundo havia sido destruído. E ele utilizou</p><p>de um povo corrompido para construir em honra das conquistas independentes do novo</p><p>homem, um monumento que ficaria conhecido como o portão dos deuses. Babel, que</p><p>no acadiano traz essa ideia, foi o primeiro projeto maçônico do mundo pós diluviano,</p><p>revelando bem no princípio a aplicação do conhecimento espúrio que Ninrode havia</p><p>possuído, dando início a maçonaria moderna, a mãe de todas as revoluções humanas.21</p><p>https://www.bibliaonline.com.br/nvi/dn/2/31-35+</p><p>Esse primeiro grande projeto do povo de Sinear, como escreve Wayne, foi</p><p>homenageado nas lendas maçônicas como a glória do renascimento das ciências pré</p><p>diluvianas, as mesmas ciências que deram origem a todas as abominações da terra.24 E</p><p>aqui renasce, na iniciativa de uma insurreição, tudo o que era espúrio, falso, maligno e</p><p>blasfemo que somente se poderia ver naquela religião que trouxe o julgamento através</p><p>do dilúvio e que, nos fim dos tempos, voltará a renascer na figura da grande prostituta</p><p>e da cidade da Babilônia futura. Todo aquele conhecimento profundo nas ciências, e das</p><p>ciências aplicadas na conquista humana, tiveram um papel fundamental na rebelião</p><p>generalizada daqueles dias. O mandamento cultural que visava a conquista da natureza</p><p>estava sendo usado para comunicar, manipular e conquistar o homem, trazendo em seu</p><p>bojo uma prepotência que os levou a desafiar o soberano Criador.</p><p>A primeira obra humana no novo mundo era em honra aos deuses pagãos e em memória</p><p>aos rebeldes que conspiraram contra a divindade. Há alguns relatos que revelam que a</p><p>primeira obra do primeiro construtor humano, além de tudo o que foi descrito aqui, era</p><p>também um convite aos deuses que haviam, uma vez antes, descido nessa terra e levado</p><p>a humanidade a patamares de perversidade nunca antes visto.25 A montanha “sagrada”</p><p>de Babel era o desejo do primeiro construtor pós diluviano de conectar o centro da terra</p><p>até o céu sem a necessidade de um salvador. E segundo Ginzberg, Ninrode se esforçou</p><p>para converter todas as pessoas da terra à sua nova religião, tornando-se deus e fazendo</p><p>um trono em imitação ao trono de Deus. todas as nações vieram e prestaram</p><p>homenagens ao divino Ninrode e diziam: “Desde a fundação do mundo não existiu</p><p>ninguém como Ninrode, um poderoso caçador de homens e feras, e um pecador diante</p><p>de Deus”.26</p><p>No entanto a Bíblia nos fala de outro construtor. Certa feita quando o Senhor Jesus</p><p>estava juntamente com seus discípulos na região de Cesaréia de Filipe, levou-os a um</p><p>lugar onde havia uma grande rocha e perguntou a eles:</p><p>Quem os outros dizem ser o Filho do homem? Mt 16:13</p><p>Após algumas respostas distorcidas, por fim Pedro, tendo uma revelação sem</p><p>compreensão, disse:</p><p>Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Mt 16:16</p><p>A primeira vez que a igreja é revelada no ministério de Cristo se deu após a revelação</p><p>que Pedro havia tido. E o nosso Senhor diz que a igreja seria edificada sobre a pedra</p><p>daquela revelação. Dentre as revelações que essa passagem aponta, uma noz diz que é</p><p>Cristo quem edificaria a igreja, ninguém mais. Enquanto Ninrode estava construindo</p><p>uma imitação para a sua própria glória, Cristo estava edificando a Nova Jerusalém para</p><p>a sua própria glória. A diferença é que o feito de Ninrode é idolatria, e o feito de Jesus é</p><p>adoração. E o nosso senhor é o único e verdadeiro construtor, o único que pode edificar</p><p>a casa de Deus para ligar o céu a terra. Ninguém mais é capaz de fazer tal obra. Tudo o</p><p>que é feito no homem sempre será a Babilônia satânica. E por toda a Bíblia os homens</p><p>de Deus contemplavam essa cidade cujo o arquiteto e edificador é o próprio Deus. Não</p><p>somente Abraão, Isaque e Jacó peregrinaram nessa terra aguardando a aparição da</p><p>cidade celestial, mas Jeremias que “em meio à tempestade e pesar, vislumbrou o</p><p>amanhecer de um dia melhor e, por meio de sua visão profética, avistou uma cidade</p><p>mais nobre levantando-se dentre as ruínas da cidade antiga, e a nova aliança tomando</p><p>o lugar daquela que parece ter sido anulada tão decididamente”.27</p><p>Somente Deus poderá edificar a sua casa. Moisés, aquele que é usado pela prostituta</p><p>indevidamente para estabelecer o espírito da Babilônia na igreja, é apenas uma pedra</p><p>dentre muitas pedras na grande construção da casa de Deus. Em Hebreus capítulo 11</p><p>está escrito que “Jesus é considerado digno de maior glória do que Moisés, quanto maior</p><p>honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu”. (Hb 11:8,9) Quem é a casa e quem</p><p>é o construtor nesse texto? Moisés é a casa e Cristo, o nosso Senhor, é aquele que edifica</p><p>Moisés, Davi, Paulo, Pedro, Você e eu. E essa casa é a Nova Jerusalém que um dia</p><p>descerá do céu revelando, por fim, a união entre Deus e o homem.</p><p>Claramente está diante de nós dois princípios de construção e dois construtores que</p><p>tem, durante a longa história humana, edificado suas casas para alcançarem o céu. E</p><p>nitidamente podemos enxergar que em todo o movimento na obra de Deus, edificações</p><p>têm sido erigido na força do braço, refazendo, dessa forma, um zigurate em memória</p><p>do próprio nome e que não serve para servir a Deus. “Após todo o trabalho ser realizado,</p><p>tudo o que você pode dizer é: Ele o fez. Você não fez nada porque tudo o que vem de</p><p>bom de você é aquilo que Ele operou em você”28</p><p>Há uma história que corrobora para o entendimento dessa verdade essencial do</p><p>evangelho. Um pai iria mover uma mesa e essa mesa era muito pesada, mas o pai era</p><p>forte. Ele começou a levantar a mesa, e seu filho pequeno disse: “Pai, deixa-me ajuda-</p><p>lo”. O pai disse: “bem, eu preciso de sua ajuda”. Assim, ele permitiu que o garoto</p><p>segurasse uma das pernas e juntos moveram a mesa. Na verdade, o garoto colocou mais</p><p>peso na mesa, por isso o pai carregou não somente a mesa, mas também o garoto.</p><p>Finalmente, ele moveu a mesa, e o garoto disse: “Pai, nós o fizemos!”.</p><p>A cidade da Babilônia é a proclamação da independência do homem, a sua declaração</p><p>de emancipação para a sua maioridade quando tomou do fruto da árvore do bem e do</p><p>mal dando ouvido a serpente.</p><p>E o que o homem não percebeu, e ainda não consegue</p><p>perceber, é que desde esse dia ele foi transformado em escravo, dominado pelo diabo</p><p>e totalmente corrompido. Esse é o tipo de material que Ninrode precisa e deseja para</p><p>edificação de sua cidade. Mas com Deus não é assim. Deus não usa um material tão</p><p>danificado como esse. Ele precisa refazer essa matéria e torná-lo digno para a</p><p>construção da casa em Cristo. O material que o nosso Deus usa para a edificação da</p><p>Nova Jerusalém é o homem, mas não o homem como Ninrode, o construtor iníquo, e</p><p>sim o homem como Cristo, o verdadeiro construtor.</p><p>Em babel foi usado tijolos do pó da terra misturada com palha, a glória humana. No</p><p>entanto, a casa de Deus segundo a Bíblia, é edificada com o mesmo material que a rocha</p><p>de esquina que foi rejeitada pelos Maçons desde o início. Os que compõe a igreja são</p><p>pedras vivas, cujo a vida de Deus está nelas e nelas permanece. Por isso quando Paulo</p><p>nos pergunta qual tipo de material usamos na obra, é para revelar que tipo de construtor</p><p>estamos seguindo. Se Ninrode, a construção será de madeira palha e feno. Se for Cristo</p><p>será materiais como ouro, prata e pedras preciosas que nos falam da natureza de Deus</p><p>Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Por um lado, é natureza humana, glória humana,</p><p>energia humana com o propósito de estabelecer um nome humano. Por outro é</p><p>natureza divina, para glória de Deus, na força de Deus com o propósito de estabelecer</p><p>o nome de Deus. Essa é a igreja de Cristo, que saiu de dentro dele e está sendo edificada</p><p>nele e por Ele para a sua própria glória.</p>

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