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<p>1</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>ATUALIDADES</p><p>MUNDO</p><p>UNESCO discute governança das redes sociais para combater</p><p>a desinformação1</p><p>No Dia Internacional do Combate ao Ódio, a Organização das</p><p>Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)</p><p>organizou um evento na Croácia para discutir a governança das</p><p>redes sociais.</p><p>• Encontro para consenso entre reguladores e plataformas</p><p>O evento reuniu reguladores de mais de 70 nações, juntamente</p><p>com grandes plataformas digitais e especialistas no assunto. A meta</p><p>era estabelecer diretrizes que ajudassem governos e empresas</p><p>a combater a desinformação e o discurso de ódio on-line sem</p><p>comprometer a liberdade de expressão.</p><p>Guilherme Canelas, responsável pela liberdade de expressão</p><p>na UNESCO, enfatizou que essa liberdade inclui não apenas o direito</p><p>de falar, mas também de buscar e obter informações confiáveis.</p><p>Ele mencionou a tragédia no Rio Grande do Sul, em que foram</p><p>espalhadas notícias falsas, como um exemplo da relevância desse</p><p>debate.</p><p>ONU alerta que Sudão pode enfrentar a maior crise de deslo-</p><p>camento do mundo2</p><p>O número de pessoas deslocadas internamente no Sudão</p><p>devido ao conflito pode, em breve, ultrapassar 10 milhões,</p><p>conforme informou a Organização Internacional para as Migrações</p><p>(OIM) em 7 de junho de 2024. Desde que os combates começaram</p><p>na capital, Cartum, em abril de 2023, a violência rapidamente se</p><p>espalhou pelo país. Esse conflito reacendeu a violência étnica na</p><p>região de Darfur e obrigou milhões a abandonarem suas casas.</p><p>A OIM registrou 9,9 milhões de deslocados internos no Sudão.</p><p>Antes do conflito, já havia 2,8 milhões de deslocados internos,</p><p>segundo a agência. No total, cerca de 12 milhões de pessoas</p><p>tiveram que deixar suas casas, com mais de dois milhões fugindo</p><p>para países vizinhos, como Egito e Chade.</p><p>Importante!</p><p>As agências da Organização das Nações Unidas (ONU) alertaram</p><p>que o Sudão enfrenta um "risco iminente de fome", com cerca</p><p>de 18 milhões de pessoas enfrentando fome aguda, incluindo 3,6</p><p>milhões de crianças gravemente desnutridas.</p><p>1 UNESCO debate governança nas redes sociais para combater desinformação.</p><p>CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/yhatzadf. Acesso em: 5 jul.</p><p>2024.</p><p>2 WEININGER, E. Sudão poderá ter a maior crise de deslocamento do mundo,</p><p>diz agência da ONU. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.</p><p>com.br/internacional/sudao-podera-ter-a-maior- crise-de-deslocamento-do-</p><p>-mundo-diz-agencia-da-onu/. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>Coreia do Norte lança nova onda de balões com lixo3</p><p>A Coreia do Norte enviou, novamente, centenas de balões</p><p>carregados de lixo para a Coreia do Sul, aumentando as tensões</p><p>após ativistas sul-coreanos terem enviado balões com pen drives</p><p>contendo músicas e séries de TV do Sul. Desde a noite de sábado,</p><p>cerca de 330 balões com sacos de lixo foram enviados pela Coreia</p><p>do Norte, e aproximadamente 80 deles pousaram na Coreia do Sul,</p><p>conforme informado pelo Estado-Maior Conjunto (JCS, sigla em</p><p>inglês) de Seul no dia 9 de junho de 2024.</p><p>O Exército de Seul classificou a ação como “desumana e de baixa</p><p>categoria”.</p><p>Fotos: Ministério da Defesa da Coreia do Sul/AFP.</p><p>Os balões continham resíduos de papel e plástico, mas não</p><p>apresentavam substâncias perigosas, segundo o Estado-Maior</p><p>Conjunto.</p><p>Desde 28 de maio, cerca de mil balões do Norte chegaram ao</p><p>território sul-coreano. O Conselho de Segurança Nacional da Coreia</p><p>do Sul realizou uma reunião de emergência para discutir como</p><p>responder a essa nova onda de balões. Na semana anterior, a mídia</p><p>estatal KCNA relatou que a Coreia do Norte enviou um total de 3,5</p><p>mil balões com 15 toneladas de lixo, citando o vice-ministro da</p><p>Defesa, Kim Kang Il.</p><p>Em resposta, Seul retomaria a transmissão de mensagens</p><p>de propaganda através de alto-falantes na fronteira fortemente</p><p>armada, conforme anunciado pelo gabinete presidencial. Os</p><p>militares sul-coreanos já haviam utilizado essas transmissões como</p><p>parte de uma guerra psicológica contra o Norte, mas pararam após</p><p>uma cúpula entre os países em 2018.</p><p>3 COREIA do Norte envia nova onda de balões de lixo; Seul reage. CNN Brasil,</p><p>2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/ coreia-do-</p><p>-norte-envia-nova-onda-de-baloes-de-lixo-seul-reage/#:~:text=A%20Coreia%20</p><p>do%20Norte%20mais,e%20s%C3%A9ries%20feitas%20no%20Sul. Acesso em: 5</p><p>jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>22</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A Coreia do Norte e a Coreia do Sul estão tecnicamente em</p><p>guerra desde que a Guerra da Coreia terminou com um armistício em</p><p>1953. A rivalidade envolvendo balões já dura décadas, com grupos</p><p>como os Combatentes por uma Coreia do Norte Livre enviando</p><p>balões com itens proibidos, como alimentos, medicamentos, rádios,</p><p>folhetos de propaganda e notícias sul-coreanas.</p><p>Em maio, a Coreia do Norte respondeu enviando seus próprios</p><p>balões com lixo, terra, pedaços de papel e plástico, descritos pelas</p><p>autoridades sul-coreanas como “sujeira”. Kim Kang Il afirmou que</p><p>os balões eram uma resposta às práticas de anos da Coreia do Sul</p><p>de enviar balões com panfletos anti-Coreia do Norte.</p><p>Uma semana antes, o ministro da Coreia do Norte disse que</p><p>o país “pararia temporariamente de jogar lixo na fronteira”. No</p><p>entanto, ativistas sul-coreanos enviaram balões ao Norte com</p><p>centenas de milhares de panfletos condenando o líder Kim Jong Un</p><p>e cinco mil pen drives com K-pop e doramas, séries produzidas na</p><p>Coreia do Sul.</p><p>O JCS da Coreia do Sul alertou que a Coreia do Norte estava</p><p>“aumentando seus supostos balões de lixo” e informou que a</p><p>direção do vento pode fazer os balões se moverem para o sul.</p><p>Eles aconselharam a população a ter cuidado com a queda de</p><p>objetos, a não tocar nos balões caídos e a denunciar qualquer coisa</p><p>encontrada à base militar mais próxima ou à polícia.</p><p>Estados Unidos rotulam grupo neonazista nórdico como</p><p>organização terrorista4</p><p>No dia 14 de junho, o Movimento de Resistência Nórdica</p><p>(NRM) e seus líderes Tor Fredrik Vejdeland, Pär Öberg e Leif Robert</p><p>Eklund foram nomeados como Terroristas Globais Especialmente</p><p>Designados, conforme anunciado pelo porta-voz Matthew Miller.</p><p>Essa decisão foi inédita durante o governo de Joe Biden,</p><p>sendo que, anteriormente, em 2020, a administração Trump havia</p><p>designado o Movimento Imperial Russo (RIM) e seus líderes sob a</p><p>mesma categoria; foi a segunda desse tipo na história dos EUA.</p><p>Isso destacou o compromisso de enfrentar ameaças tanto</p><p>domésticas quanto internacionais e marcou um passo significativo</p><p>na luta contra o terrorismo de supremacia branca.</p><p>Fundado na Suécia em 1997, o NRM é uma organização</p><p>neonazista com presença em diversos países nórdicos, incluindo</p><p>Noruega, Dinamarca, Islândia e Finlândia, tendo sido proibido na</p><p>Finlândia em 2020.</p><p>Segundo o Departamento de Estado, a designação ocorreu</p><p>devido ao envolvimento do NRM em atos de terrorismo, incluindo</p><p>treinamentos que representam uma ameaça à segurança dos</p><p>cidadãos dos EUA, assim como à segurança nacional, política</p><p>externa e economia dos Estados Unidos.</p><p>Segundo o porta-voz Matthew Miller, a avaliação do</p><p>Departamento de Estado se baseou na plataforma abertamente</p><p>racista, anti-imigrante, antissemita e anti-LGBTQIAP+ do NRM.</p><p>O grupo é conhecido por sua atividade violenta, incluindo</p><p>ataques contra oponentes políticos, manifestantes, jornalistas</p><p>e outros adversários percebidos. Além disso, membros do NRM</p><p>foram identificados em atividades de coleta e preparação de armas</p><p>e materiais explosivos, bem como em treinamentos de táticas</p><p>violentas.</p><p>A decisão visou negar aos membros do NRM acesso ao sistema</p><p>4 EUA DESIGNAM grupo nórdico como nova organização terrorista. O Antago-</p><p>nista, 2024. Disponível em: https://oantagonista.com.br/mundo/eua-designam-</p><p>-grupo-nordico-como-nova-organizacao-terrorista/. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>financeiro dos EUA, dificultando suas operações e financiamento</p><p>internacional. Essa ação compõe um esforço mais amplo da</p><p>administração Biden-Harris para combater o terrorismo doméstico,</p><p>levando</p><p>a uma diminuição de 55,6% no fornecimento de gás natural da</p><p>Gazprom para a Europa, que agora é um mercado muito menor</p><p>para a empresa.</p><p>Além disso, as amplas sanções ocidentais têm impactado</p><p>diretamente a Gazprom, que enfrenta desafios consideráveis em</p><p>sua operação. O Ebitda da empresa também sofreu uma queda</p><p>drástica, caindo para 618,38 bilhões de rublos (US$ 6,7 bilhões)</p><p>em 2023, em comparação com 2,79 trilhões de rublos (US$ 30,4</p><p>bilhões) em 2022.</p><p>Esses resultados representaram um golpe significativo para a</p><p>Gazprom e destacaram os desafios que a empresa vem enfrentando</p><p>em meio a um cenário geopolítico tenso e em constante mudança.</p><p>Com o declínio das exportações para a Europa e a pressão das</p><p>sanções, a Gazprom passou a enfrentar uma nova realidade que</p><p>pode ter impactos de longo prazo em suas operações e finanças.</p><p>OCDE melhora projeção de crescimento do PIB mundial para</p><p>3,1% com impulso dos EUA3</p><p>A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico</p><p>(OCDE) divulgou em 2 de maio de 2024 uma atualização de suas</p><p>perspectivas econômicas, destacando um crescimento global mais</p><p>rápido do que o previsto havia alguns meses, impulsionado pela</p><p>atividade robusta nos Estados Unidos. Além disso, observou-se</p><p>uma convergência mais rápida da inflação com as metas dos bancos</p><p>centrais.</p><p>A previsão da OCDE era de que a economia global mantivesse</p><p>uma taxa de crescimento de 3,1% este ano, acelerando ligeiramente</p><p>para 3,2% no próximo ano. Essas projeções foram ajustadas para</p><p>cima em relação às estimativas anteriores de crescimento de 2,9%</p><p>para 2024 e 3% para 2025, divulgadas em fevereiro.</p><p>A queda mais rápida do que o esperado na inflação abriu</p><p>caminho para potenciais cortes nas taxas de juros pelos principais</p><p>bancos centrais no segundo semestre do ano. Esse movimento de</p><p>preços também impulsionou os ganhos na renda dos consumidores,</p><p>conforme apontado pela OCDE em seu relatório mais recente.</p><p>Entretanto, a organização alertou para divergências significativas</p><p>na velocidade das recuperações econômicas, com a Europa e o</p><p>Japão enfrentando uma recuperação mais lenta em comparação</p><p>com os Estados Unidos, onde a previsão de crescimento foi revisada</p><p>para cima, passando de 2,1% para 2,6% este ano.</p><p>Para o Brasil, a OCDE revisou suas projeções de crescimento</p><p>para 1,9% em 2024 e 2,1% em 2025, em comparação com as</p><p>estimativas anteriores de 1,8% e 2%, respectivamente.</p><p>A China, impulsionada pelo estímulo fiscal, deve crescer mais</p><p>rápido do que o esperado, com uma expansão prevista de 4,9% em</p><p>2024 e 4,5% em 2025, em comparação com as previsões anteriores</p><p>3 OCDE ELEVA previsão de crescimento econômico mundial, impulsionado pelos</p><p>Estados Unidos. UOL, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/fbjfbr93. Acesso</p><p>em: 13 jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>22</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>de 4,7% e 4,2%, respectivamente. Embora a Alemanha continue a</p><p>enfrentar desafios, o crescimento da zona do euro como um todo</p><p>foi projetado em 0,7% em 2024 e 1,5% no ano seguinte, com a</p><p>inflação mais baixa aumentando o poder de compra das famílias.</p><p>Por outro lado, as perspectivas para o Reino Unido foram</p><p>revisadas para baixo, com a OCDE prevendo uma expansão de</p><p>apenas 0,4% este ano e de 1% em 2025 devido à incerteza econômica</p><p>relacionada às taxas de juros em queda. No Japão, os ganhos de</p><p>renda, a política monetária expansionista e os cortes temporários</p><p>de impostos devem impulsionar o crescimento de 0,5% em 2024</p><p>para 1,1% em 2025, de acordo com as projeções da OCDE.</p><p>Rússia afirma ter abatido quatro mísseis fabricados nos EUA</p><p>sobre a Crimeia4</p><p>O Ministério da Defesa da Rússia anunciou em 4 de maio de</p><p>2024 que sua defesa aérea havia interceptado quatro mísseis de</p><p>longo alcance, identificados como Sistemas de Mísseis Táticos do</p><p>Exército (ATACMS), enviados pelos Estados Unidos para a península</p><p>da Crimeia. Esses mísseis foram abatidos sobre o território russo.</p><p>Segundo o comunicado do Ministério da Defesa russo, um</p><p>total de 15 ATACMSs foram derrubados na semana anterior por</p><p>aeronaves e sistemas de defesa aérea russos. Autoridades russas</p><p>afirmaram que a Ucrânia estava por trás do lançamento desses</p><p>mísseis, numa tentativa de atacar a Crimeia e contornar as defesas</p><p>aéreas russas na região. No entanto, apenas seis dos dispositivos</p><p>conseguiram atravessar as defesas antes de serem interceptados.</p><p>Esses acontecimentos ocorreram após a confirmação por</p><p>parte de autoridades americanas de que os Estados Unidos haviam</p><p>secretamente enviado mísseis de longo alcance para a Ucrânia nas</p><p>semanas anteriores. Os ATACMSs têm um alcance de até 300 km e</p><p>foram usados pela primeira vez em abril, quando foram lançados</p><p>contra um campo de aviação russo na Crimeia, a cerca de 165 km</p><p>das linhas de frente ucranianas.</p><p>O Pentágono, inicialmente relutante em enviar mísseis de</p><p>longo alcance para a Ucrânia, expressou preocupações com</p><p>relação à prontidão militar dos EUA e ao potencial de escalada do</p><p>conflito entre Rússia e Estados Unidos. Essas preocupações foram</p><p>agravadas pelo anúncio recente do ministro das Relações Exteriores</p><p>britânico, David Cameron, de fornecer 3 bilhões de libras em ajuda</p><p>militar anual à Ucrânia, sem objeções ao uso dessas armas dentro</p><p>do território russo. A declaração britânica gerou forte reação por</p><p>parte de Moscou.</p><p>Venezuela denuncia porta-aviões dos EUA no Caribe como</p><p>“ameaça à paz regional”5</p><p>Em um novo episódio de tensão entre Estados Unidos, Guiana</p><p>e Venezuela, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino</p><p>López, criticou a presença do porta-aviões americano USS George</p><p>Washington no Caribe, considerando-a uma ameaça à paz</p><p>regional. Ele expressou preocupação com o anúncio do envio de</p><p>aeronaves F-18 para sobrevoar a capital da Guiana, Georgetown,</p><p>e seus arredores, classificando tais ações como «provocações» do</p><p>4 SOLDATKIN, V. Rússia diz que abateu quatro mísseis fabricados nos EUA sobre</p><p>a Crimeia. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/4pzw4vcj. Aces-</p><p>so em: 13 jun. 2024.</p><p>5 HERNÁNDEZ, O. Venezuela diz que porta-aviões dos EUA no Caribe é “ameaça</p><p>à paz regional”. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/</p><p>internacional/venezuela-diz-que-porta-avioes-dos-eua- no-caribe-e-ameaca-a-</p><p>-paz-regional/?utm_source=social&utm_medium=twitter- feed&utm_campaig-</p><p>n=internacional-cnn-brasil&utm_content=link. Acesso em: 13 jun. 2024.</p><p>Comando Sul dos EUA, supostamente patrocinadas pelo governo</p><p>guianense — que ele acusou de assumir o papel de “nova colônia</p><p>americana”.</p><p>Padrino López alertou que o Sistema Integral de Defesa</p><p>Aeroespacial da Venezuela permanecerá ativo para responder</p><p>a qualquer tentativa de violação do espaço aéreo venezuelano.</p><p>Essa reação do ministro da Defesa da Venezuela ocorreu após o</p><p>anúncio da embaixada dos EUA na Guiana, feito em 9 de maio de</p><p>2024, sobre o sobrevoo sobre Georgetown.</p><p>Importante!</p><p>Além disso, foi informado que a major-general Julie Nethercot,</p><p>diretora de Estratégia, Política e Planos do Comando Sul dos</p><p>EUA, visitou a Guiana entre 6 e 8 de maio, onde se encontrou</p><p>com o brigadeiro Omar Khan, chefe do Estado-Maior da Defesa</p><p>da Guiana, para discutir iniciativas contínuas de cooperação e</p><p>assistência em segurança entre os dois países.</p><p>O Comando Sul dos EUA destacou seus objetivos de apoiar</p><p>seus aliados para dissuadir a violência e fortalecer a capacidade</p><p>da região para garantir um Hemisfério Ocidental seguro, livre e</p><p>próspero. A declaração reiterou o “compromisso inabalável” dos</p><p>Estados Unidos com a parceria bilateral com a Guiana nos quesitos</p><p>de defesa e segurança.</p><p>Observa-se, também, que os EUA continuam colaborando</p><p>estreitamente com seus parceiros em todo o mundo para fortalecer</p><p>alianças e parcerias, havendo, inclusive, a troca de informações</p><p>e a realização de exercícios conjuntos e combinados complexos.</p><p>A Venezuela e a Guiana, recentemente, tinham enfrentado</p><p>desentendimentos devido a uma disputa territorial histórica,</p><p>atualmente sob a jurisdição da Corte Internacional de Justiça.</p><p>Irã</p><p>declara que alterará sua doutrina nuclear se sentir sua</p><p>existência ameaçada por Israel6</p><p>As declarações recentes de autoridades iranianas sobre a</p><p>possibilidade de mudar a doutrina nuclear do país em resposta a</p><p>ameaças externas, especialmente de Israel, foram preocupantes e</p><p>levantaram sérias questões sobre o futuro do programa nuclear</p><p>iraniano. Embora o Irã insistisse que seu programa nuclear é</p><p>pacífico e destinado apenas a fins civis, tais comentários geraram</p><p>preocupações sobre suas verdadeiras intenções.</p><p>O fato de um assessor do líder supremo do Irã ter sugerido que</p><p>a existência do país poderia ser ameaçada foi alarmante, havendo</p><p>uma análise cuidadosa da comunidade internacional. As afirmações</p><p>de que o Irã poderia mudar sua doutrina nuclear se sentisse sua</p><p>existência ameaçada levantaram preocupações sobre a estabilidade</p><p>e a segurança na região, especialmente em meio a tensões já</p><p>existentes.</p><p>A posição do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que proibiu</p><p>o desenvolvimento de armas nucleares em um decreto religioso</p><p>no início dos anos 2000, foi de extrema importância. No entanto,</p><p>as declarações recentes sugeriram que essa posição poderia estar</p><p>sujeita a mudanças sob certas circunstâncias, o que adicionou uma</p><p>camada de incerteza à situação.</p><p>6 IRÃ mudará doutrina nuclear se existência for ameaçada, diz assessor do líder</p><p>supremo. Terra, 2024. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/mun-</p><p>do/ira-mudara-doutrina-nuclear-se-existencia- for-ameacada-diz-assessor-do-</p><p>-lider-supremo,4d1690811e5369401cb02257ae684513784vk509.html. Acesso</p><p>em: 14 jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>3</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>É fundamental que o Irã continue a cumprir seus compromissos</p><p>internacionais e coopere plenamente com a Agência Internacional</p><p>de Energia Atômica (AIEA) para garantir a transparência de</p><p>seu programa nuclear. Além disso, é crucial que todos os atores</p><p>regionais e internacionais envolvidos exerçam moderação e</p><p>busquem soluções diplomáticas para resolver quaisquer diferenças</p><p>e reduzir as tensões na região.</p><p>Maduro acusa Milei de querer transformar América Latina em</p><p>colônia dos EUA7</p><p>O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, renovou suas</p><p>críticas ao presidente argentino, Javier Milei, em seu programa</p><p>semanal na televisão estatal venezuelana em 13 de maio de 2024.</p><p>Maduro acusou líderes como Milei de buscar transformar os países</p><p>da América Latina em colônias.</p><p>“Eu sinto muita vergonha ao ver uma pessoa como (Javier)</p><p>Milei, dizendo ‘Yes, Sir’ toda vez que encontra o general Richardson,</p><p>comandante do Comando Sul. Ele se disfarça de militar para dizer</p><p>‘Yes, Sir’”, afirmou o presidente venezuelano.</p><p>Maduro também mencionou a disputa entre a Argentina e o</p><p>Reino Unido pelas Ilhas Malvinas:</p><p>Eu me pergunto, o que sentem os militares argentinos? Aqueles</p><p>que deram suas vidas, que enviaram seus filhos para lutar nas</p><p>Malvinas. Quando veem Milei dizendo ‘Yes, Sir’? Pessoas como Milei</p><p>são aquelas que buscam impor um novo colonialismo na América.</p><p>Veja só, com Milei, a Argentina já entregou as Ilhas Malvinas. Ele</p><p>disse que as Malvinas eram britânicas.</p><p>Em um evento que marcou os 42 anos da Guerra das Malvinas</p><p>no início de abril, Milei afirmou que trabalharia para que as ilhas</p><p>retornassem ao controle da Argentina.</p><p>Maduro também comparou essa disputa ao conflito de Caracas</p><p>com a Guiana pelo território de Essequibo.</p><p>Eles querem a mesma coisa na Venezuela: colocar um idiota,</p><p>uma marionete, alguém que se preste a entregar a Guiana</p><p>Essequiba aos Estados Unidos, à Exxon Mobil. É isso que querem.</p><p>Para a revolução, eles querem colocar aqui uma marionete.</p><p>Líder da ONU pede fim do “horror” em Gaza após ataques</p><p>israelenses em Rafah8</p><p>O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou, em 28</p><p>de maio de 2024, os ataques aéreos de Israel realizados no dia 26</p><p>de maio em Rafah, na Faixa de Gaza, e apelou pelo fim imediato do</p><p>horror e do sofrimento, conforme declarou seu porta-voz.</p><p>“As autoridades israelenses devem permitir e facilitar a entrega</p><p>imediata, segura e sem obstáculos de assistência humanitária aos</p><p>necessitados, com todos os pontos de passagem abertos”, enfatizou</p><p>Stéphane Dujarric, porta-voz da ONU.</p><p>A ofensiva israelense em Rafah, que durara três semanas até o</p><p>momento da declaração, gerou indignação após um ataque aéreo</p><p>no domingo, 26 de maio de 2024, provocar um incêndio em um</p><p>7 LOPES, L. Milei quer transformar América Latina em colônia dos Estados Uni-</p><p>dos, diz Maduro. Terra, 2024. Disponível em: https://www.terra.com.br/noti-</p><p>cias/milei-quer-transformar-america-latina-em- colonia-dos-estados-unidos-di-</p><p>z-maduro,527f3eedce976b928723e78d1a6ceb6areq3ashu.html. Acesso em: 14</p><p>jun. 2024.</p><p>8 CHEFE da ONU condena ataque israelense em Rafah e pede fim do ‘horror’.</p><p>Estado de Minas, 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/internacio-</p><p>nal/2024/05/6865822-chefe-da-onu-condena- ataque-israelense-em-rafah-e-</p><p>-pede-fim-do-horror.html. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>acampamento, resultando na morte de pelo menos 45 pessoas.</p><p>Israel afirmou que o alvo eram dois agentes importantes do Hamas</p><p>em um complexo, sem a intenção de causar vítimas civis.</p><p>• Negativa de novo ataque por Israel</p><p>Os militares israelenses negaram ter realizado um ataque</p><p>em Al-Mawasi, na Faixa de Gaza, após relatos de que até 21</p><p>palestinos foram mortos em uma zona de retirada a oeste de Rafah.</p><p>“Contrariando os relatos das últimas horas, as Forças de Defesa de</p><p>Israel (FDI) não atacaram na Área Humanitária em Al-Mawasi”,</p><p>declararam os militares em comunicado.</p><p>O Comitê de Emergência da província de Rafah informou que</p><p>pelo menos oito pessoas foram mortas.</p><p>Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram oficialmente o</p><p>Estado palestino9</p><p>Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram formalmente um</p><p>Estado palestino em 28 de maio de 2024. Essa decisão fortaleceu</p><p>a causa palestina global, mas agravou ainda mais as relações entre</p><p>a Europa e Israel.</p><p>Em um discurso televisionado, o primeiro-ministro Pedro</p><p>Sanchez confirmou que a Espanha reconhece um Estado palestino</p><p>que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, unificado sob a Autoridade</p><p>Nacional Palestina, com Jerusalém Oriental como capital.</p><p>Sanchez afirmou que não reconheceria quaisquer mudanças</p><p>nas fronteiras palestinas após 1967, a menos que todas as partes</p><p>envolvidas concordassem. O governo espanhol formalizará esse</p><p>reconhecimento ainda no dia 28.</p><p>Sanchez enfatizou que a decisão “não é contra ninguém,</p><p>especialmente contra Israel, uma nação amiga que a Espanha</p><p>valoriza muito”. Ele destacou que a resolutiva refletiu a “rejeição</p><p>absoluta da Espanha ao Hamas, uma organização terrorista que se</p><p>opõe a uma solução de dois Estados”.</p><p>As três nações europeias acreditam que sua decisão histórica</p><p>é a melhor maneira de alcançar uma paz duradoura no Oriente</p><p>Médio, mas isso gerou rápida condenação de Israel. Seu ministro</p><p>das Relações Exteriores ordenou a retirada imediata de seus</p><p>embaixadores desses países.</p><p>Importante!</p><p>A maioria dos países do mundo já reconhece o Estado palestino:</p><p>mais de 140 dos 193 Estados-Membros da ONU oficializaram</p><p>seu reconhecimento. No entanto, apenas algumas nações entre</p><p>os 27 membros da União Europeia o fizeram, excluindo aliados</p><p>próximos de Israel, como os Estados Unidos e a Alemanha.</p><p>Em 10 de maio, uma votação não vinculativa na Assembleia</p><p>Geral da ONU mostrou um apoio internacional esmagador a um</p><p>Estado palestino independente, isolando os EUA e alguns aliados de</p><p>Israel. Israel e os EUA mantêm que um Estado palestino deveria ser</p><p>estabelecido apenas através de um acordo negociado.</p><p>• Pressão sobre Israel</p><p>O reconhecimento planejado simbolizou a enorme pressão que</p><p>Israel enfrentava após sete meses de conflito que devastou Gaza,</p><p>causou uma crise humanitária e resultou na morte de mais de 36</p><p>mil pessoas na região desde 7 de outubro.</p><p>9 ESPANHA, Irlanda e Noruega reconhecem oficialmente Estado palestino. Info-</p><p>Money, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/bdhk9ujz. Acesso em: 14 jun.</p><p>2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>44</p><p>a solução</p><p>para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A decisão foi tomada após o Tribunal Internacional de Justiça</p><p>ordenar a Israel que suspendesse imediatamente sua operação</p><p>militar em Rafah. Portanto, Israel está sob uma pressão diplomática</p><p>sem precedentes para conter sua ofensiva militar em Gaza.</p><p>Os Estados Unidos anunciam pacote de ajuda de R$ 1,4 bilhão</p><p>para a Ucrânia10</p><p>No dia 24 de maio de 2024, os Estados Unidos anunciaram</p><p>um novo pacote de armas e equipamentos no valor de US$ 275</p><p>milhões (R$ 1,4 bilhão) destinado à Ucrânia, visando auxiliar o país</p><p>no enfrentamento aos ataques russos nas proximidades de Kharkiv,</p><p>conforme declarado pelo Departamento de Estado americano.</p><p>Esse pacote incluía suprimentos urgentemente necessários,</p><p>tais como munição para o sistema de lançamento múltiplo de</p><p>foguetes HIMARS, cartuchos de artilharia de calibres 155 mm e 105</p><p>mm, mísseis, sistemas antiblindados e munições aéreas de precisão,</p><p>conforme informado pelo departamento.</p><p>Essa ação ocorreu em meio a confrontos intensos na Ucrânia,</p><p>com a Rússia avançando lentamente nas regiões leste e sul do país,</p><p>além de realizar ataques contra Kharkiv — a segunda maior cidade</p><p>ucraniana. O governo ucraniano vinha pressionando ao longo de</p><p>meses por mais envios de equipamentos por parte dos países</p><p>ocidentais, especialmente dos Estados Unidos, alertando sobre a</p><p>escassez de munições e armamentos.</p><p>As forças militares afirmaram que os russos obtiveram sucesso</p><p>parcial nas proximidades das cidades de Pokrovsk e Kurakhove,</p><p>na região de Donetsk. No entanto, destacaram que a situação na</p><p>região de Kharkiv estava sob controle. O presidente Volodymyr</p><p>Zelensky também visitou Kharkiv para demonstrar apoio após os</p><p>ataques russos.</p><p>Estudantes da Universidade Católica do Chile exigem</p><p>rompimento com instituições israelenses11</p><p>Dezenas de estudantes da Universidade Católica do Chile</p><p>protestaram em 9 de maio de 2024 em frente à sede da instituição</p><p>em Santiago, exigindo o fim das relações com universidades</p><p>israelenses supostamente envolvidas em crimes de guerra e</p><p>violações dos direitos humanos — segundo comunicado do</p><p>Conselho de Administração da Federação de Estudantes da</p><p>Universidade Católica (FEUC) em uma publicação na plataforma X.</p><p>A presidente da FEUC, Catalina Jofré, afirmou:</p><p>O que pedimos ao reitor Ignacio Sánchez é que corte relações</p><p>com o Instituto de Tecnologia de Israel, a Universidade de Tel Aviv</p><p>e a Universidade Hebraica de Jerusalém, com as quais a nossa</p><p>universidade mantém acordos de intercâmbio estudantil e pesquisa</p><p>acadêmica.</p><p>Jofré mencionou que estavam avaliando replicar as ações</p><p>de outros países, como os acampamentos em universidades</p><p>dos Estados Unidos, e que estavam em contato contínuo com</p><p>a Confederação dos Estudantes Chilenos (Confech) e diversas</p><p>universidades estrangeiras para coordenar novas mobilizações. Em</p><p>10 ESTADOS Unidos anunciam pacote de R$ 1,4 bilhão em ajuda para Ucrânia.</p><p>CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/2rd5sbbu. Acesso em: 14</p><p>jun. 2024.</p><p>11 ULLOA, C. Alunos da Universidade Católica do Chile exigem rompimento com</p><p>instituições de Israel. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.</p><p>com.br/internacional/alunos-da-universidade- catolica-do-chile-exigem-rompi-</p><p>mento-com-instituicoes-de-israel/. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>resposta, o reitor da Universidade Católica, Ignacio Sánchez, afirmou</p><p>em comunicado que os estudantes “são livres para expressar suas</p><p>posições de forma pacífica e respeitosa, como têm feito até agora”.</p><p>E acrescentou: “Sempre estivemos abertos ao diálogo para</p><p>expressar nossos argumentos com respeito e dignidade, contribuindo</p><p>para o país e promovendo um entendimento necessário no conflito</p><p>do Oriente Médio”.</p><p>Sánchez destacou que o conflito no Oriente Médio vem sendo</p><p>uma preocupação constante para a universidade, que conta com uma</p><p>longa história de colaboração acadêmica tanto com universidades</p><p>palestinas quanto israelenses em diversas áreas. Esses acordos</p><p>facilitaram o desenvolvimento estudantil e acadêmico, servindo</p><p>também como pontes entre instituições em zonas de conflito.</p><p>“Consideramos essencial que as universidades construam</p><p>pontes de diálogo e colaboração nesta área de conflito, buscando</p><p>caminhos de paz, compreensão e cooperação em benefício da</p><p>população”, enfatizou.</p><p>Dica</p><p>A FEUC estima que cerca de 1,5 mil membros da comunidade</p><p>palestina estudam na Universidade Católica do Chile.</p><p>Novas interrupções no Mar Vermelho podem reduzir</p><p>transporte entre Ásia e Europa em 20%, alerta estudo12</p><p>As interrupções no transporte de contêineres no Mar Vermelho</p><p>criaram desafios significativos para a indústria marítima, com a</p><p>Maersk alertando que esses problemas reduziriam a capacidade do</p><p>setor entre a Ásia e a Europa em até 20% no segundo trimestre.</p><p>Desde dezembro, a Maersk e outras empresas de transporte</p><p>marítimo vinham desviando suas embarcações em torno do Cabo</p><p>da Boa Esperança, na África, para evitar os ataques do grupo Houthi</p><p>no Mar Vermelho. Essa mudança resultou em tempos de viagem</p><p>mais longos e custos adicionais significativos para as empresas.</p><p>Os ataques, que recentemente ocorreram mais longe da</p><p>costa, forçaram os navios a prolongar ainda mais suas viagens,</p><p>aumentando tanto o tempo quanto os custos para transportar a</p><p>carga ao destino. Os custos de combustível da Maersk nas rotas</p><p>afetadas entre a Ásia e a Europa aumentaram em 40% por viagem.</p><p>Como resultado dessas interrupções, estima-se que a</p><p>capacidade do setor de contêineres entre a Ásia e o norte da Europa</p><p>e o Mediterrâneo seja reduzida entre 15% e 20% no segundo</p><p>trimestre. Essa crise tem efeitos em cascata em várias outras rotas</p><p>de frete de contêineres, particularmente da Ásia para as costas</p><p>leste e oeste da América do Sul.</p><p>A Maersk prevê que essas interrupções persistirão até pelo</p><p>menos o final de 2024. Enquanto algumas empresas, como a CMA</p><p>CGM, enviam navios pelo Mar Vermelho, escoltados por fragatas</p><p>militares, a maioria das empresas redirecionou suas embarcações</p><p>para evitar a área. Isso incluiu a busca por alternativas como portos</p><p>adicionais em Algeciras ou Valência, na Espanha, devido à saturação</p><p>de portos como Tânger.</p><p>Atenção! Os efeitos indiretos dessas interrupções incluem</p><p>gargalos nos portos, aglomeração de navios e falta de equipamentos</p><p>e capacidade. As empresas estão tomando medidas para aumentar</p><p>a confiabilidade, incluindo o aumento da velocidade de navegação</p><p>e o aluguel de contêineres adicionais.</p><p>12 NOVAS interrupções no Mar Vermelho podem reduzir transporte entre Ásia</p><p>e Europa em 20%. Head Topics, 2024. Disponível em: https://headtopics.com/</p><p>br/novas-interrupc-es-no-mar-vermelho-podem- reduzir-transporte-52076877.</p><p>Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>5</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Chefe de direitos humanos da ONU afirma que exigência de</p><p>retirada em Rafah é desumana13</p><p>O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Türk, classificou</p><p>como desumana a exigência de Israel para que os palestinos saíssem</p><p>de Rafah em 6 de maio de 2024.</p><p>Afirmou:</p><p>Os habitantes de Gaza continuam sendo atingidos por bombas,</p><p>doenças e até pela fome. E, hoje, disseram-lhes que devem se</p><p>deslocar mais uma vez à medida que as operações militares</p><p>israelenses em Rafah aumentam. [...] Isto é desumano. É contrário</p><p>aos princípios básicos da política internacional, leis humanitárias e</p><p>de direitos humanos, que têm a proteção efetiva dos civis como a</p><p>sua principal preocupação.</p><p>Türk criticou Israel por “realocar à força” centenas de milhares</p><p>de pessoas para áreas já fortemente destruídas, com pouco abrigo e</p><p>praticamente nenhum acesso à assistência humanitária necessária</p><p>para a sobrevivência. Ele destacou que não há lugar seguro fora de</p><p>Rafah e alertou que aqueles que violam as leis internacionais de</p><p>direitos humanos devem ser responsabilizados.</p><p>O secretário-geral da ONU, António Guterres, também</p><p>expressou preocupação com uma possível operação militar em</p><p>grande escala em Rafah. “O Secretário-Geral lembra às partes</p><p>que a proteção dos civis é</p><p>fundamental no direito humanitário</p><p>internacional”, disse o porta-voz Stéphane Dujarric.</p><p>• Hamas aceita proposta de cessar-fogo</p><p>O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh,</p><p>comunicou a mediadores que o grupo aceitou uma proposta de</p><p>cessar-fogo e libertação de reféns feita pelo Catar e pelo Egito.</p><p>Uma fonte indicou que o acordo aceito pelo Hamas foi diferente</p><p>daquele que Israel ajudou a construir com os mediadores do Catar</p><p>e do Egito. Embora Israel ainda não tivesse aceitado a medida, o</p><p>primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que enviaria uma</p><p>delegação para negociações. Declarou:</p><p>Paralelamente, embora a proposta do Hamas esteja longe das</p><p>exigências necessárias de Israel, Israel enviará uma delegação de</p><p>trabalho aos mediadores, a fim de chegar a um acordo em condições</p><p>aceitáveis para Israel.</p><p>Após uma reunião em Doha entre o diretor da CIA, William</p><p>Burns, e o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin</p><p>Abdulrahman Al Thani, os mediadores convenceram o Hamas</p><p>a aceitar um acordo de três fases. Os Estados Unidos estavam</p><p>analisando a resposta do Hamas, enquanto o presidente da Turquia</p><p>pediu que Israel aceitasse o acordo.</p><p>Estudo indica que verão de 2023 foi o mais quente em dois mil</p><p>anos no Hemisfério Norte14</p><p>O verão intenso do ano passado no Hemisfério Norte, marcado</p><p>por incêndios no Mediterrâneo, estradas fechadas no Texas e</p><p>falhas nas redes elétricas na China, foi não apenas o mais quente já</p><p>registrado, mas também o mais quente em cerca de dois mil anos,</p><p>13 CHADE, J. ONU diz que ameaça sobre Rafah é ‘desumana’ e alerta para cri-</p><p>mes de guerra. UOL, 2024. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/colunas/</p><p>jamil-chade/2024/05/06/onu-diz-que-ameaca- sobre-rafah-e-desumana-e-aler-</p><p>ta-para-crimes-de-guerra.htm. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>14 VERÃO de 2023 no Hemisfério Norte foi o mais quente em 2 mil anos. Info-</p><p>Clima, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/yc6ndcrv. Acesso em: 14 jun.</p><p>2024.</p><p>de acordo com uma nova pesquisa.</p><p>Um dos dois novos estudos, divulgados em 14 de maio de</p><p>2024, detalhou que o calor de 2023 quebrou recordes históricos</p><p>ao comparar registros meteorológicos desde meados do século XIX.</p><p>O período de junho a agosto do ano passado foi declarado o mais</p><p>quente desde que os registros começaram na década de 1940.</p><p>O estudo, publicado na revista Nature, revelou que as</p><p>temperaturas médias durante o verão do ano passado foram 2,07°C</p><p>mais altas do que as médias pré-industriais. Ao analisar os dados</p><p>dos anéis de árvores, os cientistas constataram que os meses de</p><p>verão de 2023 foram, em média, 2,2°C mais quentes do que a</p><p>temperatura média estimada entre os anos 1 e 1890.</p><p>Embora a constatação não seja surpreendente, dada a</p><p>intensidade do calor, os cientistas enfatizaram a magnitude do</p><p>aquecimento global. O padrão climático El Niño contribuiu para a</p><p>intensidade das ondas de calor, levando a períodos mais longos e</p><p>severos de altas temperaturas e secas.</p><p>O calor extremo durante as ondas de calor já vem impactando</p><p>a saúde das pessoas. Um segundo estudo, publicado na revista</p><p>PLOS Medicine, revelou que mais de 150 mil mortes em 43 países</p><p>foram atribuídas a ondas de calor entre 1990 e 2019, representando</p><p>aproximadamente 1% das mortes globais. Mais da metade dessas</p><p>mortes ocorreram na Ásia, enquanto a Europa registrou o maior</p><p>número per capita, com destaque para Grécia, Malta e Itália.</p><p>Os efeitos adversos do calor intenso incluem problemas</p><p>cardíacos e dificuldades respiratórias, destacando a urgência</p><p>de abordar as mudanças climáticas e implementar medidas de</p><p>adaptação para proteger a saúde pública.</p><p>Quatro anos após a morte, família de George Floyd demanda</p><p>reforma policial nos EUA15</p><p>A família de George Floyd marcou o quarto aniversário de</p><p>seu assassinato renovando seu apelo ao Congresso dos Estados</p><p>Unidos para que aprovem uma legislação destinada a reformar o</p><p>policiamento no país.</p><p>“É necessária uma mudança”, afirmou Philonise Floyd, irmão</p><p>de George Floyd, durante uma entrevista coletiva realizada em 23</p><p>de maio de 2024, na qual legisladores democratas anunciaram seu</p><p>mais recente esforço para aprovar a Lei de Justiça no Policiamento</p><p>de George Floyd.</p><p>Embora a legislação tenha sido aprovada pela Câmara dos</p><p>Representantes, então controlada pelos democratas, em junho</p><p>de 2020, ela permaneceu paralisada no Senado. A deputada</p><p>democrata Sheila Jackson Lee reintroduziu o projeto poucos dias</p><p>antes do quarto aniversário do assassinato de Floyd.</p><p>Escreveu a deputada Jackson Lee em uma postagem no</p><p>Facebook:</p><p>Temos a oportunidade de implementar uma reforma corajosa</p><p>e abrangente nas práticas policiais, a fim de corrigir e prevenir</p><p>mortes desnecessárias. O Congresso deve aprovar a Lei de Justiça</p><p>no Policiamento de George Floyd de 2024.</p><p>15 CARVALHO, H. Quatro anos após a morte de George Floyd, sobram poucas</p><p>reformas e escasso otimismo para mudar a polícia nos EUA. Expresso, 2024.</p><p>Disponível em: https://expresso.pt/internacional/eua/2024-05-25-quatro-anos-</p><p>-apos-a-morte-de-george-floyd-sobram- poucas-reformas-e-escasso-otimismo-</p><p>-para-mudar-a-policia-nos-eua-4d74ce1d. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>66</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Philonise Floyd concordou com essa necessidade e</p><p>compartilhou:</p><p>Eles (a polícia) nos veem como alvos só porque somos negros.</p><p>No final das contas, se conseguem criar leis federais para proteger</p><p>uma ave, que é a águia-careca (símbolo nacional dos Estados</p><p>Unidos), então também podem criar leis federais para proteger</p><p>pessoas negras.</p><p>George Floyd, um homem negro de 46 anos, foi morto em</p><p>25 de maio de 2020, enquanto estava sob custódia policial. Derek</p><p>Chauvin, um policial branco, foi filmado ajoelhando no pescoço</p><p>e nas costas de Floyd por quase nove minutos enquanto Floyd</p><p>suplicava por ajuda e declarava que não conseguia respirar.</p><p>No ano seguinte, Chauvin foi condenado por homicídio e</p><p>homicídio culposo em um julgamento estadual e sentenciado a mais</p><p>de 22 anos de prisão. Posteriormente, ele se declarou culpado no</p><p>tribunal federal por privar Floyd de seus direitos civis. Outros três ex-</p><p>policiais de Minneapolis também enfrentaram acusações estaduais</p><p>e federais e foram condenados à prisão por seu envolvimento no</p><p>assassinato de Floyd.</p><p>Falando na coletiva de imprensa, a deputada democrata Ilhan</p><p>Omar, que representa Minneapolis, pediu a seus colegas legisladores</p><p>para “pensarem nas vidas que poderiam ter sido poupadas se</p><p>tivéssemos a coragem de agir”. O assassinato de George Floyd</p><p>desencadeou uma onda de protestos contra a injustiça racial e a</p><p>brutalidade policial em todo o mundo.</p><p>Quatro anos depois, a morte de Floyd ainda é uma ferida recente</p><p>para sua família, que se juntou aos afro-americanos instigados a</p><p>agir após seus entes queridos serem mortos pela polícia. “Prometi</p><p>a mim mesmo enquanto assistia aquele vídeo (da sua morte) que</p><p>precisava fazer algo. E não parei de fazer isso”, disse o tio de Floyd,</p><p>Selwyn Jones.</p><p>Jones se uniu a Gwen Carr, mãe de Eric Garner, um homem</p><p>negro desarmado também morto pela polícia em 2014, para falar</p><p>sobre como transformaram sua dor em ativismo significativo na</p><p>Universidade de Harvard.</p><p>Jones compartilhou que foi cofundador da Hope929.org, uma</p><p>instituição de caridade dedicada a capacitar pessoas marginalizadas</p><p>pela sociedade, com o objetivo de promover mudanças em</p><p>homenagem ao seu sobrinho. “O que posso fazer é pegar a</p><p>atrocidade que ele sofreu naquele dia e fazer a diferença”, afirmou.</p><p>No entanto, ele expressou pouco otimismo quanto ao destino</p><p>da legislação. “Estou frustrado porque acredito que nunca será</p><p>aprovada. E, se for, terá que ser muito diluída. Mas nos foi prometido</p><p>que este projeto seria aprovado”, lamentou.</p><p>Jones afirmou que ele e sua família continuarão a honrar o</p><p>legado de Floyd. Ele planejava participar de uma celebração em</p><p>homenagem a Floyd em um fim de semana em Charlotte, Carolina</p><p>do Norte. “Será como costumava ser. Vamos nos reunir, comer,</p><p>beber, celebrar e cuidar uns dos outros”, concluiu Jones.</p><p>Importante!</p><p>Essa lei busca responsabilizar as autoridades policiais por má</p><p>conduta em tribunais, além de propor treinamento policial e</p><p>reformas políticas.</p><p>EUA e aliados apelam para a participação de Taiwan em</p><p>reunião da OMS16</p><p>Os Estados Unidos e diversos aliados, incluindo o Reino Unido,</p><p>Canadá, Austrália, Alemanha e Japão, emitiram uma declaração</p><p>conjunta em 24 de maio de 2024 solicitando que a Taiwan fosse</p><p>permitido participar de uma reunião crucial da Organização</p><p>Mundial da Saúde (OMS). Taiwan é frequentemente excluída de</p><p>organizações internacionais devido às objeções da China, que a</p><p>considera uma parte de seu território, apesar de ser governada</p><p>democraticamente.</p><p>Até 2016, Taiwan participou da Assembleia Mundial da</p><p>Saúde da OMS como observador, durante a administração do</p><p>então presidente Ma Ying-jeou, que firmou importantes acordos</p><p>comerciais e de turismo com a China. No entanto, desde 2017,</p><p>Pequim bloqueou a participação de Taiwan após a posse da ex-</p><p>presidente Tsai Ing-wen devido à sua recusa em aceitar a política</p><p>de “uma só China”.</p><p>Em uma declaração conjunta emitida pelas embaixadas</p><p>dos Estados Unidos e outros aliados em Taipé, expressaram</p><p>preocupação com a exclusão de Taiwan do sistema de saúde global.</p><p>Eles enfatizaram que convidar Taiwan como observador seria um</p><p>exemplo do compromisso da OMS com a cooperação internacional</p><p>inclusiva em saúde.</p><p>O ministro da Saúde de Taiwan, Chiu Tai-yuan, anunciou que</p><p>uma delegação viajaria para Genebra para participar de reuniões</p><p>paralelas com países amigos. No entanto, o Ministério das Relações</p><p>Exteriores da China afirmou que, devido à falta de aceitação do</p><p>princípio de “uma só China” pelo governo de Taiwan, não havia</p><p>base política para sua participação no evento.</p><p>O governo de Taiwan sustentou que Pequim não tem autoridade</p><p>para falar ou representar Taiwan no cenário internacional. Além</p><p>disso, a China expressou descontentamento com o presidente</p><p>de Taiwan, Lai Ching-te, que assumiu o cargo recentemente,</p><p>chamando-o de “separatista”. Em resposta, Pequim realizou</p><p>exercícios militares próximos à ilha.</p><p>A OMS afirmou que a participação de Taiwan é uma questão a</p><p>ser decidida pelos Estados-Membros e que facilita o envolvimento</p><p>de especialistas taiwaneses em suas atividades técnicas.</p><p>China discute segurança e negócios com a Coreia do Sul,</p><p>aliada dos EUA e Japão17</p><p>O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e o presidente sul-coreano,</p><p>Yoon Suk Yeol, concordaram em lançar um diálogo diplomático e</p><p>de segurança, além de retomar as negociações de livre comércio,</p><p>durante suas reuniões bilaterais em Seul, realizadas em 26 de maio</p><p>de 2024.</p><p>Li também discutiu as tensões em torno de Taiwan com</p><p>o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. Esses encontros</p><p>ocorreram um dia antes da primeira cúpula dos três vizinhos</p><p>asiáticos em mais de quatro anos.</p><p>16 BLANCHARD, B. EUA e aliados pedem que Taiwan tenha permissão para par-</p><p>ticipar de reunião da OMS. Terra, 2024. Disponível em: https://www.terra.com.</p><p>br/noticias/mundo/eua-e-aliados-pedem-que- taiwan-tenha-permissao-para-</p><p>-participar-de-reuniao-da- oms,0b081928d3bb20afa8057e3693295d16lsnsx-</p><p>qpt.html. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>17 CHINA fala em “novo começo” com Coreia do Sul e Japão. Poder360, 2024.</p><p>Disponível em: https://www.poder360.com.br/internacional/china-fala-em-no-</p><p>vo-comeco-com-coreia-do-sul-e-japao/. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>7</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Com a crescente desconfiança em meio à rivalidade entre</p><p>Pequim e Washington, bem como às tensões sobre Taiwan, China,</p><p>Coreia do Sul e Japão, aliados dos EUA, buscam regular suas</p><p>relações. As expectativas para a cúpula trilateral são baixas, mas</p><p>mesmo gestos simbólicos de cooperação poderiam ajudar a manter</p><p>alguma diplomacia de alto nível após anos de relações deterioradas,</p><p>segundo diplomatas e autoridades.</p><p>Durante a reunião, Yoon afirmou a Li a importância de</p><p>trabalharem juntos — não apenas para promover interesses</p><p>compartilhados baseados no respeito mútuo, mas também para</p><p>enfrentar desafios regionais e globais comuns, como a invasão da</p><p>Ucrânia pela Rússia, o conflito entre Israel e Hamas e as incertezas</p><p>econômicas globais.</p><p>“Espero continuar fortalecendo a cooperação bilateral mesmo</p><p>diante das complexas crises globais de hoje”, disse Yoon, conforme</p><p>comunicado por seu gabinete.</p><p>Protestos universitários pró-Palestina estão ocorrendo em</p><p>várias partes do mundo18</p><p>Nos últimos tempos, as manifestações de solidariedade com</p><p>os palestinos em Gaza, sob o cerco israelense, têm se difundido</p><p>por campi universitários nos Estados Unidos e em várias regiões do</p><p>mundo. Desde 18 de abril, mais de duas mil pessoas foram detidas</p><p>em campi universitários nos EUA, em meio a debates acalorados</p><p>sobre o direito de protestar, os limites da liberdade de expressão e</p><p>acusações de antissemitismo.</p><p>Os confrontos e impasses com a polícia em instituições como</p><p>a Universidade de Columbia, em Nova York, a Portland State e a</p><p>UCLA atraíram atenção global. Também ocorrem manifestações e</p><p>protestos em campi em partes da Europa, Ásia e Oriente Médio.</p><p>Embora as demandas entre os manifestantes possam variar</p><p>em cada universidade, o tema predominante na maioria das</p><p>demonstrações é instar as faculdades a desinvestirem de empresas</p><p>que apoiam Israel e suas ações em Gaza.</p><p>O conflito atual teve início em 7 de outubro, marcado pelo</p><p>ataque de militantes do Hamas que resultou em mais de 1,2 mil</p><p>vítimas no sul de Israel e na tomada de mais de 200 reféns.</p><p>Posteriormente, a resposta militar de Israel desencadeou uma</p><p>crise humanitária em Gaza, gerando indignação global.</p><p>Ao longo de quase sete meses, o bombardeio de Israel em Gaza</p><p>ceifou a vida de mais de 34,6 mil pessoas, segundo o Ministério da</p><p>Saúde de Gaza. Metade dos 2,2 milhões de habitantes de Gaza está</p><p>à beira da inanição, conforme indicado pelas métricas de agências</p><p>da ONU. As preocupações estão aumentando em relação a uma</p><p>operação militar israelense prevista em Rafah, sul de Gaza, levando</p><p>a novos apelos por um cessar-fogo.</p><p>A seguir, estão os destaques dos protestos pró-palestinos</p><p>ocorrendo em campi universitários ao redor do mundo:</p><p>• Austrália</p><p>Os protestos pró-Palestina têm se espalhado por universidades</p><p>em toda a Austrália e no Reino Unido, refletindo a preocupação</p><p>global com a situação em Gaza e os confrontos entre Israel e</p><p>Palestina.</p><p>Na Universidade de Queensland, em Brisbane, acampamentos</p><p>rivais foram montados, demonstrando a polarização em torno</p><p>do conflito. Os UQ Estudantes pela Palestina buscaram que</p><p>18 REGAN, H. Onde protestos universitários pró-Palestina estão acontecendo</p><p>ao redor do mundo. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/4m-</p><p>dxbu8p. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>a universidade cortasse laços com empresas e universidades</p><p>israelenses, enquanto grupos judaicos expressaram preocupação</p><p>com o clima de tensão no campus.</p><p>Na Universidade de Sydney, o acampamento pró-Palestina</p><p>reuniu dezenas de manifestantes todas as noites, enquanto grupos</p><p>judaicos realizaram contraprotestos. Apesar das diferenças de</p><p>opinião, não houve confrontos diretos entre os grupos, destacando</p><p>a importância da liberdade de expressão e do direito de protestar</p><p>em um ambiente democrático.</p><p>• Reino Unido</p><p>No Reino Unido, os protestos foram realizados em diversas</p><p>universidades, incluindo a Universidade de Newcastle, onde um</p><p>acampamento pró-Palestina foi montado. Esses protestos visavam</p><p>pressionar as instituições a romperem parcerias com empresas de</p><p>defesa que abastecem Israel, refletindo uma tentativa de exercer</p><p>influência política através da mobilização estudantil.</p><p>Apesar das críticas de alguns grupos de estudantes judeus, os</p><p>protestos continuaram a ganhar apoio e visibilidade, destacando a</p><p>complexidade do debate em torno do conflito israelense-palestino</p><p>e a importância do engajamento cívico e da discussão aberta dentro</p><p>das comunidades universitárias.</p><p>• França</p><p>Os protestos pró-Palestina que ocorreram nas universidades</p><p>Sciences</p><p>Po e Sorbonne em Paris no final de abril chamaram a</p><p>atenção para a questão do conflito no Oriente Médio. As imagens de</p><p>manifestantes sendo retirados pela polícia da Sorbonne destacaram</p><p>a intensidade desses protestos, que refletem uma preocupação</p><p>global com a situação em Gaza.</p><p>Na Sciences Po, os protestos também foram significativos,</p><p>com dezenas de estudantes se manifestando dentro do campus,</p><p>levando ao fechamento temporário da universidade. Um estudante</p><p>até iniciou uma greve de fome em protesto contra a resposta da</p><p>instituição aos estudantes que desejavam expressar solidariedade</p><p>com os palestinos.</p><p>A conexão entre as universidades francesas e a Universidade</p><p>de Columbia, onde protestos semelhantes ocorreram, destacou a</p><p>solidariedade global em torno da questão palestina. No entanto,</p><p>a resposta das autoridades francesas também indicou um desejo</p><p>de restaurar a ordem nas instituições de ensino, como evidenciado</p><p>pela suspensão do financiamento regional à Sciences Po até que a</p><p>segurança fosse restabelecida.</p><p>O apelo por mais diálogo, feito por Samuel Lejoyeaux,</p><p>presidente da União dos Estudantes Judeus da França, destacou a</p><p>complexidade da situação e a necessidade de encontrar soluções</p><p>pacíficas e construtivas para os conflitos ideológicos em curso. O</p><p>debate sobre como abordar adequadamente questões como o</p><p>antissemitismo e o direito de protestar continua a ser uma parte</p><p>fundamental desse diálogo.</p><p>• Índia</p><p>Na prestigiada Universidade Jawaharlal Nehru (JNU), em Nova</p><p>Délhi, protestos foram realizados em solidariedade aos estudantes</p><p>que manifestavam na Universidade de Columbia. Os protestos</p><p>coincidiram com a esperada visita ao campus do embaixador dos</p><p>EUA na Índia, Eric Garcetti, que foi adiada.</p><p>Declarou o sindicato estudantil da JNU em 29 de abril:</p><p>Instalações da JNU não fornecerão uma plataforma para admi-</p><p>nistrações e pessoal representando nações cúmplices do terrorismo</p><p>e do genocídio cometido por Israel.</p><p>ATUALIDADES</p><p>88</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A JNU, uma das melhores universidades da Índia, tem sido líder</p><p>e diversos movimentos de protesto, incluindo manifestações em</p><p>2019 contra uma lei controversa que, segundo críticos, discrimina</p><p>muçulmanos.</p><p>Dois partidos políticos estudantis da Universidade Jamia Milia</p><p>Islamia, também em Nova Délhi, expressaram solidariedade aos</p><p>manifestantes pró-Palestina. “Também denunciamos a posição</p><p>de nosso governo liderado pelo BJP (Partido Bharatiya Janata) no</p><p>apoio a Israel, que se desvia da posição histórica da Índia”, afirmou</p><p>um comunicado da Federação dos Estudantes da Índia, afiliada ao</p><p>Partido Comunista.</p><p>• Canadá</p><p>Protestos contra a guerra de Israel em Gaza se espalharam</p><p>por campi em todo o Canadá. Na Universidade McGill, no centro</p><p>de Montreal, estudantes manifestantes pró-Palestina montaram</p><p>um acampamento no gramado da frente. Assim como seus colegas</p><p>nos EUA, os estudantes exigiam que a faculdade desinvestisse em</p><p>empresas relacionadas a Israel.</p><p>A universidade tentou dispersar os manifestantes, afirmando</p><p>que havia solicitado assistência policial depois que o diálogo com</p><p>os representantes dos estudantes não conseguiu chegar a uma</p><p>resolução. Em 2 de maio, um juiz da Suprema Corte do Quebeque</p><p>rejeitou um pedido de liminar que teria forçado os manifestantes</p><p>pró-Palestina a abandonarem o acampamento.</p><p>Manifestantes pró-Palestina também estabeleceram</p><p>acampamentos no campus da Universidade de Toronto e na</p><p>Universidade da Colúmbia Britânica em Vancouver, entre outros, de</p><p>acordo com a emissora pública CBC News.</p><p>• Líbano</p><p>No Líbano, centenas de estudantes se reuniram nos campi no</p><p>final de abril, empunhando bandeiras palestinas e demandando</p><p>que suas universidades boicotassem empresas que mantivessem</p><p>relações comerciais com Israel, conforme relatado pela Reuters. Na</p><p>capital, imagens mostraram estudantes da Universidade Americana</p><p>de Beirute protestando contra a guerra em Gaza do lado de fora dos</p><p>portões. Alguns manifestantes afirmaram ter sido inspirados pelos</p><p>protestos nos campi dos EUA.</p><p>Disse Ali al-Muslem, de 19 anos, à Reuters:</p><p>Queremos mostrar ao mundo inteiro que não esquecemos a</p><p>causa palestina e que a geração jovem – consciente e instruída –</p><p>ainda está comprometida com a causa palestina.</p><p>Os militares de Israel e os militantes do Hezbollah, apoiados</p><p>pelo Irã no Líbano, tinham se envolvido em confrontos rotineiros</p><p>desde 7 de outubro. Mais de 300 pessoas — principalmente</p><p>combatentes — perderam a vida em ataques israelenses. Oito civis</p><p>foram mortos em ataques do Hezbollah no norte de Israel desde o</p><p>último outono.</p><p>Tropas alemãs estão preparadas para “defenderem cada</p><p>centímetro da OTAN”, afirma oficial19</p><p>Em 29 de maio de 2024, um oficial alemão de alta patente</p><p>declarou que as tropas alemãs e da Organização do Atlântico Norte</p><p>(OTAN) estavam preparadas para “defender cada centímetro”</p><p>19 W, S. Tropas Alemãs Preparadas para Defender Cada Centímetro da OTAN,</p><p>Afirma Oficial. Realidade Militar, 2024. Disponível em: https://www.realidade-</p><p>militar.com.br/tropas-alemas-preparadas-para- defender-cada-centimetro-da-</p><p>-otan-afirma-oficial/. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>do território do bloco militar, enquanto as forças concluíam um</p><p>amplo exercício na Lituânia. O almirante Joachim Ruhle, chefe do</p><p>Estado-Maior do Quartel-General Supremo das Potências Aliadas</p><p>na Europa, discursou durante o exercício militar “Quadriga 2024”.</p><p>O foco do treinamento foi o rápido desdobramento das forças</p><p>alemãs e aliadas em resposta à ativação do Artigo 5 da OTAN, que</p><p>trata do pacto de defesa coletiva. Embora o exercício tenha envolvido</p><p>tropas de todos os 32 países membros da aliança, o destaque foi</p><p>para o movimento das forças alemãs em direção ao flanco oriental</p><p>no caso de um ataque a um estado membro da OTAN.</p><p>Dica</p><p>Segundo as Forças Armadas da Alemanha, esse foi o maior</p><p>exercício realizado em solo alemão desde a invasão russa à</p><p>Ucrânia em 2022.</p><p>EUA planejam boicotar homenagem da ONU a líder iraniano</p><p>morto em acidente aéreo20</p><p>Em 30 de maio de 2024, uma autoridade americana informou</p><p>que os Estados Unidos vão boicotar um tributo das Nações Unidas</p><p>ao presidente iraniano falecido, Ebrahim Raisi. Tradicionalmente,</p><p>a Assembleia Geral da ONU se reúne para homenagear líderes</p><p>mundiais que estavam no cargo de chefe de Estado quando</p><p>faleceram. O tributo incluirá discursos sobre Raisi.</p><p>“Não estaremos presentes neste evento de forma alguma”,</p><p>afirmou a autoridade americana à Reuters, solicitando anonimato.</p><p>O boicote dos Estados Unidos ainda não havia sido divulgado.</p><p>Raisi, visto como “linha-dura” e possível sucessor do líder</p><p>supremo aiatolá Ali Khamenei, faleceu em um acidente de</p><p>helicóptero em 19 de maio, quando a aeronave caiu nas montanhas</p><p>perto da fronteira com o Azerbaijão em condições climáticas</p><p>adversas.</p><p>“A ONU deveria estar ao lado do povo do Irã, não homenagean-</p><p>do seu opressor de décadas”, declarou a autoridade americana.</p><p>Acrescentou:</p><p>Raisi esteve envolvido em diversos e terríveis abusos dos direi-</p><p>tos humanos, incluindo o assassinato extrajudicial de milhares de</p><p>prisioneiros políticos em 1988.</p><p>“Alguns dos piores abusos dos direitos humanos registrados,</p><p>especialmente contra mulheres e meninas iranianas, ocorreram</p><p>durante seu mandato”, afirmou a autoridade.</p><p>Embora os Estados Unidos tenham expressado “condolências</p><p>oficiais” pela morte de Raisi em 20 de maio, o Departamento de</p><p>Estado e o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John</p><p>Kirby, também enfatizaram que Raisi era alguém com um histórico</p><p>manchado, declarando que “sem dúvida, este era um homem que</p><p>tinha muito sangue nas mãos”.</p><p>20 NICHOLS, M. EUA vão boicotar homenagem da ONU a líder iraniano mor-</p><p>to em acidente de helicóptero. Terra, 2024. Disponível em: https://www.terra.</p><p>com.br/noticias/mundo/eua-vao-boicotar- homenagem-da-onu-a-lider-irania-</p><p>no-morto-em-acidente-de- helicoptero,02d8f3723ce9864936325a62ebd1f70d-</p><p>fjkgm4us.html. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>9</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Rússia pode</p><p>tomar medidas de dissuasão nuclear caso os EUA</p><p>instalem mísseis na Europa21</p><p>Em 30 de maio de 2024, a agência de notícias russa RIA</p><p>— citando o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei</p><p>Lavrov — relatou que a Rússia poderia adotar medidas na área</p><p>de dissuasão nuclear se os Estados Unidos instalassem mísseis de</p><p>alcance intermediário e curto na Europa e na Ásia.</p><p>A dissuasão nuclear envolveu o uso potencial ou real de armas</p><p>nucleares para dissuadir um adversário de tomar determinadas</p><p>ações, e essa não foi a primeira vez que a Rússia faz tal ameaça.</p><p>No início do mês, o vice-ministro das Relações Exteriores,</p><p>Sergei Ryabkov, alertou os adversários ocidentais de que a Rússia</p><p>se sentia obrigada a aumentar sua dissuasão nuclear devido ao que</p><p>percebiam como uma “escalada” em curso.</p><p>Em entrevista à RIA, Sergei Lavrov também afirmou que a</p><p>Rússia vê o planejado fornecimento de caças F-16 à Ucrânia como</p><p>um “sinal” da OTAN na área nuclear. Ele observou que os caças F-16</p><p>têm capacidade nuclear e interpretou isso como uma mensagem de</p><p>que os Estados Unidos e a OTAN não hesitariam em agir de forma</p><p>determinada na Ucrânia.</p><p>China anuncia que não participará da conferência de paz na</p><p>Suíça sobre a Ucrânia22</p><p>Em 31 de maio de 2024, o Ministério das Relações Exteriores</p><p>da China confirmou que o país não participaria de uma conferência</p><p>de paz sobre a Ucrânia na Suíça no mês de junho, confirmando um</p><p>relatório exclusivo da Reuters.</p><p>A Suíça vinha buscando uma ampla participação de diferentes</p><p>partes do mundo para a reunião de meados de junho com o objetivo</p><p>de estabelecer as bases para um processo de paz na Ucrânia.</p><p>Moscou não foi convidada e considerou as negociações sem</p><p>sentido sem sua participação. Disse o porta-voz do Ministério das</p><p>Relações Exteriores da China, Mao Ning.</p><p>Os preparativos para a reunião ainda estão muito aquém das</p><p>expectativas da China e da comunidade internacional em geral, tor-</p><p>nando difícil a participação da China.</p><p>A China sempre insistiu que uma conferência internacional de</p><p>paz deve ser apoiada tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com</p><p>a participação igual de todas as partes, e que todas as propostas</p><p>de paz devem ser discutidas de forma justa e igualitária. Caso con-</p><p>trário, será difícil para ela desempenhar um papel substancial na</p><p>restauração da paz.</p><p>A China informou a alguns diplomatas que recusou o convite,</p><p>dizendo que suas condições não foram cumpridas, disseram quatro</p><p>fontes à Reuters anteriormente. As condições incluíam que a</p><p>conferência fosse reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia.</p><p>Além disso, deveria haver participação igualitária de todas as partes</p><p>e uma discussão justa de todas as propostas, disse uma das fontes.</p><p>“Lamentamos muito que o lado chinês não aproveite a</p><p>oportunidade para apresentar sua posição na plataforma da Cúpula</p><p>na Suíça”, disse um porta-voz da embaixada ucraniana em Pequim,</p><p>em comunicado à Reuters.</p><p>21 RÚSSIA pode adotar medidas de dissuasão nuclear se os EUA implantarem</p><p>mísseis na Europa, diz Lavrov. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.</p><p>com/m58k5zuh. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>22 CHEN, L.; CHEN, L. China diz que não participará da conferência de paz na</p><p>Suíça sobre Ucrânia. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.</p><p>com.br/internacional/china-diz-que-nao-participara-da- conferencia-de-paz-na-</p><p>-suica-sobre-ucrania/. Acesso em: 14 jun. 2023.</p><p>O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov,</p><p>sugeriu que a China poderia organizar uma conferência de paz na</p><p>qual a Rússia e a Ucrânia participassem.</p><p>Durante uma visita à China em maio, o presidente russo,</p><p>Vladimir Putin, disse que a Ucrânia poderia usar as conversações</p><p>suíças para tentar conseguir que um grupo mais amplo de países</p><p>apoiasse a exigência do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy,</p><p>de uma retirada total da Rússia.</p><p>Putin também expressou apoio ao plano da China para</p><p>uma solução pacífica da crise, dizendo que Pequim tinha plena</p><p>compreensão do que estava por trás da crise.</p><p>O Ministério das Relações Exteriores suíço disse ter notado que</p><p>as condições para a participação da China ainda não foram cumpri-</p><p>das, especialmente porque a Rússia naquele momento não estava</p><p>envolvida na conferência de paz. Acrescentou:</p><p>Para a Suíça, o envolvimento da Rússia no processo de paz tam-</p><p>bém é essencial. O (ministério) está trabalhando ativamente para</p><p>envolver a Rússia no processo de paz.</p><p>O ministério suíço, que já sublinhou o seu desejo de envolver a</p><p>Rússia no processo de paz, disse que mais de 80 países confirmaram</p><p>a participação na conferência.</p><p>• Proposta de 12 pontos da China</p><p>A China elaborou um plano de 12 pontos em 2023,</p><p>estabelecendo princípios gerais para encerrar o conflito, embora não</p><p>tenha fornecido detalhes específicos. Apesar de proclamarem uma</p><p>relação “sem limites” pouco antes da invasão russa à Ucrânia em</p><p>fevereiro de 2022, a China ainda não contribuiu com armamentos</p><p>ou munições para o esforço de guerra da Rússia.</p><p>Recentemente, a China e o Brasil assinaram uma declaração</p><p>conjunta pedindo negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.</p><p>O convite para o presidente chinês Xi Jinping participar de uma</p><p>reunião de líderes mundiais na Suíça, emitido pela Ucrânia em</p><p>janeiro, e a até então recente solicitação do presidente Zelenskiy</p><p>para a presença do presidente dos EUA, Joe Biden, foram eventos</p><p>relevantes. Entretanto, Washington ainda não confirmou quem</p><p>representará o país.</p><p>Embora o embaixador chinês na Suíça tenha manifestado</p><p>consideração em março pela participação da China na conferência,</p><p>ainda não houve confirmação. Representantes chineses estiveram</p><p>presentes em reuniões preparatórias no último verão em Jeddah,</p><p>na Arábia Saudita.</p><p>Desde o início da invasão, o enviado especial chinês para os</p><p>assuntos da Eurásia, Li Hui, realizou três rodadas de diplomacia</p><p>entre vários países europeus e do Oriente Médio e entre a Ucrânia</p><p>e a Rússia. Durante a última rodada do mês, Pequim apresentou</p><p>propostas para apoiar o intercâmbio de prisioneiros de guerra,</p><p>opor-se ao uso de armas nucleares e biológicas e rejeitar ataques</p><p>armados a instalações nucleares civis, conforme relatado pelo</p><p>Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.</p><p>No entanto, líderes europeus e os Estados Unidos instaram</p><p>repetidamente a China a fazer mais para restringir as exportações de</p><p>produtos de dupla utilização e componentes críticos que sustentam</p><p>a base industrial de defesa da Rússia, considerada por Antony</p><p>Blinken, secretário de Estado dos EUA, como “a maior ameaça à</p><p>segurança europeia desde o fim da Guerra Fria”. A China afirmou</p><p>que suas exportações de produtos de dupla utilização estão sujeitas</p><p>a supervisão e mantém relações comerciais normais com a Rússia.</p><p>ATUALIDADES</p><p>1010</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Até o momento, a embaixada russa não respondeu a</p><p>solicitações de comentários. A Suíça continua seus esforços para</p><p>persuadir mais países do sul global, além da China, a participarem</p><p>da conferência de paz.</p><p>Antissemitismo atinge níveis mais altos desde a Segunda</p><p>Guerra Mundial23</p><p>Um relatório conjunto da Liga Antidifamação (ADL) e da</p><p>Universidade de Tel Aviv revelou que o antissemitismo no mundo</p><p>atingiu os maiores níveis desde a Segunda Guerra. O relatório</p><p>intitulado “Preocupação com o Futuro da Vida Judaica no Ocidente”,</p><p>sobre o Antissemitismo Global em 2023, afirmou que “[...] o 7</p><p>de outubro ajudou a espalhar um incêndio que já estava fora de</p><p>controle”.</p><p>No Brasil, a pesquisa apontou um crescimento superior a</p><p>400% nas manifestações e ataques antissemitas. Em 2022, foram</p><p>registrados no país 432 ataques contra judeus; em 2023, 1.774.</p><p>Outros países também registraram aumentos dramáticos no</p><p>número de casos de antissemitismo, de acordo com dados coletados</p><p>junto a agências governamentais, autoridades, organizações</p><p>judaicas, meios de comunicação e outros. “É um tsunami de ódio</p><p>contra as comunidades judaicas ao redor do mundo”, advertiu</p><p>Jonathan Greenblatt, CEO da ADL.</p><p>O relatório observou que,</p><p>mesmo antes dos ataques do</p><p>Hamas, em 7 de outubro, já havia um crescimento dos casos em</p><p>comparação com o ano de 2022 em países como Brasil, Holanda,</p><p>Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Austrália, Itália e México.</p><p>Nos Estados Unidos, os dados da ADL apontaram um aumento de</p><p>mil incidentes entre outubro e dezembro de 2022 para 3.976 no</p><p>mesmo período em 2023.</p><p>Só em Nova York, cidade com a maior população judaica</p><p>do mundo, foram registrados 325 crimes de ódio contra judeus</p><p>em 2023 em comparação com os 261 ocorridos em 2022. A ADL</p><p>registrou 7.523 incidentes em 2023 em comparação com 3.697 em</p><p>2022; o número de agressões aumentou de 111 em 2022 para 161</p><p>em 2023 e o de vandalismo, de 1.288 para 2.106.</p><p>• Registros de casos ao redor do mundo</p><p>▪ Na França, o número de incidentes aumentou de 436 em</p><p>2022 para 1.676 em 2023 (o número de agressões físicas aumentou</p><p>de 43 para 85);</p><p>▪ No Reino Unido, aumentaram de 1.662 para 4.103 (e as</p><p>agressões físicas, de 136 para 266);</p><p>▪ Na Argentina, os incidentes aumentaram de 427 para 598;</p><p>▪ Na Alemanha, o aumento foi de 2.639 para 3.614 casos;</p><p>▪ No Brasil, o total de incidentes aumentou de 432 para 1.774;</p><p>▪ Na África do Sul, o total de incidentes passou de 68 para 207;</p><p>▪ No México, os casos aumentaram de 21 para 78;</p><p>▪ Nos Países Baixos, os incidentes tiveram aumento de 69 para</p><p>154;</p><p>▪ Na Itália, os dados indicam aumento de 241 para 454;</p><p>▪ Na Áustria, o total de incidentes subiu de 719 para 1.147;</p><p>▪ A Austrália registrou 622 incidentes antissemitas em outubro</p><p>e novembro de 2023, em comparação com 79 durante o mesmo</p><p>período de 2022.</p><p>23 ANTISSEMITISMO atinge ápice desde a Segunda Guerra, diz escritora à CNN.</p><p>CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/</p><p>antissemitismo-atinge-apice-desde-a- segunda-guerra-diz-escritora-a-cnn/.</p><p>Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>Embora os aumentos tenham ocorrido em grande parte após o</p><p>dia 7 de outubro, o relatório apontou que a maioria dos países com</p><p>grandes comunidades judaicas registrou aumentos também nos</p><p>primeiros nove meses de 2023, antes do início da guerra.</p><p>BRASIL</p><p>Um mês de enchentes no RS: cronologia do desastre que afetou</p><p>471 cidades, deixou mais de 170 mortos e 600 mil desabrigados24</p><p>As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul após</p><p>os temporais completaram um mês em 29 de maio. Segundo</p><p>informações da Defesa Civil, os eventos resultaram na perda trágica</p><p>de 172 vidas e forçaram mais de 629 mil pessoas a deixarem suas</p><p>casas.</p><p>Os intensos períodos de chuvas tiveram início em 27 de abril,</p><p>na cidade de Santa Cruz do Sul, localizada na Região dos Vales.</p><p>Persistindo por mais de 10 dias consecutivos, as precipitações</p><p>sobrecarregaram as bacias hidrográficas dos rios Taquari, Caí, Pardo,</p><p>Jacuí, Sinos e Gravataí. O transbordamento desses rios resultou na</p><p>inundação de diversos municípios, causando devastação e tragédias</p><p>pessoais.</p><p>Devido à interconexão das bacias, as águas alcançaram o</p><p>Guaíba, em Porto Alegre, e a Lagoa dos Patos, em Pelotas e Rio</p><p>Grande. Essas áreas também foram afetadas, com inundações que</p><p>atingiram locais antes não afetados pela água, desalojando famílias</p><p>inteiras de suas residências.</p><p>Além disso, a região da Serra enfrentou deslizamentos de</p><p>terra em decorrência das fortes chuvas, agravando ainda mais os</p><p>impactos da tempestade.</p><p>• Cronologia da tragédia</p><p>Entre o final de mês de abril e o mês de maio, questão de</p><p>um mês, o Rio Grande do Sul passou por uma série de eventos</p><p>devastadores.</p><p>▪ Sábado, 27 de abril: o primeiro temporal atingiu a região</p><p>Em 27 de abril, antes do início da tragédia que assolou o Rio</p><p>Grande do Sul, municípios do Vale do Rio Pardo já registravam im-</p><p>pactos decorrentes da chuva e do granizo. Santa Cruz do Sul foi uma</p><p>das cidades mais afetadas por esses eventos climáticos, sofrendo</p><p>danos significativos.</p><p>▪ Domingo, 28 de abril: os impactos começam a ser sentidos</p><p>Após o temporal do dia anterior, a defesa civil registrou prejuí-</p><p>zos em 15 municípios. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)</p><p>emitiu um alerta laranja com risco de tempestade para toda a me-</p><p>tade sul do estado, destacando a gravidade da situação climática</p><p>na região.</p><p>▪ Segunda, 29 de abril: a chuva se intensifica</p><p>No final do dia, o Inmet emitiu uma previsão alarmante de ele-</p><p>vado volume de chuva para a metade do estado, sinalizando o início</p><p>do que viria a se tornar uma tragédia.</p><p>24 A CRONOLOGIA da tragédia no Rio Grande do Sul. G1, 2024. Disponível em:</p><p>https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/05/12/a-cronologia-</p><p>-da-tragedia-no-rio-grande- do-sul.ghtml. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>11</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>▪ Terça, 30 de abril: as primeiras mortes são registradas</p><p>O Rio Grande do Sul lamentou suas primeiras perdas devido</p><p>aos temporais. Dois homens perderam suas vidas depois que o car-</p><p>ro em que estavam foi arrastado pela força da água em Paverama.</p><p>Com essas trágicas mortes, o número total de vítimas chegou a oito</p><p>naquele dia.</p><p>Além das perdas humanas, uma infraestrutura vital também</p><p>sucumbiu à fúria das águas. Uma ponte importante, localizada no</p><p>km 228 da RSC-287, foi destruída em Santa Maria. Essa via é a prin-</p><p>cipal ligação do Centro do RS com a região metropolitana de Porto</p><p>Alegre. Para remediar a situação, o Exército iniciou a construção de</p><p>uma travessia provisória no local.</p><p>▪ Quarta, 1º de maio: uma mulher é arrastada por uma cor-</p><p>renteza</p><p>Em meio ao caos das enchentes, um vídeo chocante capturou</p><p>o momento angustiante em que uma mulher foi arrastada pela cor-</p><p>renteza do rio em Candelária. Felizmente, ela foi encontrada viva e</p><p>compartilhou seu relato sobre o terrível pesadelo que enfrentou.</p><p>No mesmo dia, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Lei-</p><p>te (PSDB), reconheceu publicamente a difícil realidade de resgatar</p><p>todas as pessoas afetadas. “Não teremos capacidade para realizar</p><p>todos os resgates”, afirmou ele.</p><p>Ao final do dia, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu uma</p><p>“orientação expressa”, instando os moradores do Vale do Taquari a</p><p>deixarem as áreas de risco imediatamente.</p><p>▪ Quinta, 2 de maio: cheias históricas são observadas</p><p>O Rio Taquari atingiu um marco histórico, ultrapassando os 30</p><p>m de altura e alcançando o seu maior nível já registrado. Em Cru-</p><p>zeiro do Sul, na Região dos Vales, um vídeo capturou o momento</p><p>angustiante em que a Brigada Militar (BM) tentava resgatar duas</p><p>pessoas ilhadas no telhado de uma casa.</p><p>Apesar dos esforços, apenas uma das pessoas pôde ser salva.</p><p>Infelizmente, durante a tentativa de resgate, a outra pessoa foi ar-</p><p>rastada pela água quando um policial se aproximava para ajudá-la.</p><p>Na quinta-feira, 2 de maio, o presidente Lula (PT) e o governa-</p><p>dor Eduardo Leite se reuniram para discutir medidas de combate às</p><p>inundações no Rio Grande do Sul. Lula assegurou que não faltariam</p><p>recursos e mencionou a implementação de um “comando conjun-</p><p>to”.</p><p>Além disso, a barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e</p><p>Bento Gonçalves, sofreu um rompimento parcial. Enquanto isso, o</p><p>nível do Guaíba, em Porto Alegre, ultrapassou a cota de inundação,</p><p>atingindo a marca de 3,63 m.</p><p>▪ Sexta, 3 de maio: Porto Alegre enfrenta o caos</p><p>O dia encerrou com um trágico saldo de 39 vidas perdidas no</p><p>estado.</p><p>Os efeitos devastadores do temporal começaram a se manifes-</p><p>tar de forma mais intensa em Porto Alegre. Pela manhã, as autori-</p><p>dades bloquearam o tráfego nas duas pontes do Guaíba devido à</p><p>elevação do Rio Jacuí e a “avarias aparentes”, causadas pela colisão</p><p>de duas embarcações contra a estrutura da ponte nova.</p><p>O nível do Guaíba ultrapassou os 4,6 m, alcançando diversos</p><p>pontos da cidade, como a rodoviária, ruas do centro histórico, o</p><p>mercado público e os centros de treinamento do Internacional e do</p><p>Grêmio. As águas continuaram a subir, invadindo ruas e imóveis e</p><p>até mesmo levando baratas para as áreas urbanas. Ao fim do dia, o</p><p>nível do Guaíba atingiu 4,77 m, superando o recorde estabelecido</p><p>em 1941.</p><p>O Aeroporto Internacional Salgado Filho precisou ser fechado,</p><p>e as companhias aéreas cancelaram tanto partidas quanto chega-</p><p>das de voos em Porto Alegre.</p><p>Diante da ameaça representada pelo rompimento parcial da</p><p>barragem 14 de Julho, a defesa civil estadual emitiu alertas e orde-</p><p>nou a evacuação de comunidades em sete cidades. Além disso, ou-</p><p>tras três barragens apresentavam risco de colapso. Enquanto isso,</p><p>equipes de resgate iniciaram as operações de busca por 34 pessoas</p><p>que ficaram presas em um deslizamento de terra em um trecho que</p><p>liga Veranópolis a Bento Gonçalves.</p><p>▪ Sábado, 4 de maio: a maior tragédia da história ocorre</p><p>Com o trágico registro de 55 mortes confirmadas e outras sete</p><p>sob investigação, a atual tragédia superou a ocorrida no Vale do</p><p>Taquari em 2023, que deixou 54 vítimas, consolidando-se como a</p><p>maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul.</p><p>O nível do Rio Guaíba continuou a subir, atingindo a marca de 5</p><p>m. Em resposta às condições adversas, a rodoviária de Porto Alegre</p><p>teve que suspender todas as viagens de chegada e saída devido às</p><p>inundações.</p><p>A situação se agravou ainda mais com a ilhação de presídios,</p><p>levando o estado a realizar transferências de detentos para garantir</p><p>sua segurança.</p><p>Além disso, um grande buraco se formou na Avenida Castelo</p><p>Branco, no sentido litoral/capital, bloqueando o principal acesso a</p><p>Porto Alegre.</p><p>Diversas cidades da região metropolitana de Porto Alegre, in-</p><p>cluindo Canoas, Eldorado do Sul e Guaíba, foram duramente atingi-</p><p>das pelas inundações. Autoridades e voluntários mobilizaram bar-</p><p>cos e motos aquáticas para resgatar pessoas isoladas, muitas das</p><p>quais aguardavam socorro em cima de imóveis e viadutos.</p><p>Até mesmo a arena do Grêmio foi afetada, com seu gramado</p><p>inundado. O estádio, localizado próximo à foz do Rio Gravataí no</p><p>Rio Jacuí, em Porto Alegre, foi impactado pelas enchentes. O bairro</p><p>Humaitá, na Zona Norte da cidade, também foi severamente atingi-</p><p>do pelos efeitos das inundações históricas que assolaram o estado.</p><p>▪ Domingo, 5 de maio: o nível do Guaíba continua a subir</p><p>Após atingir um recorde, o nível do Rio Guaíba continuou a su-</p><p>bir, de acordo com as medições da Prefeitura de Porto Alegre, alcan-</p><p>çando a marca de 5,33 m — o maior registrado em toda a história.</p><p>Na manhã seguinte, o presidente Lula, acompanhado dos presi-</p><p>dentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco</p><p>(PSD-MG), e do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),</p><p>ministro Luiz Edson Fachin, sobrevoaram de helicóptero a capital</p><p>gaúcha, além do município de Canoas, onde 180 mil pessoas foram</p><p>afetadas pelos temporais.</p><p>▪ Segunda, 6 de maio: áreas do centro da capital são invadidas</p><p>pela água</p><p>Na tarde de 6 de maio, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião</p><p>Melo (MDB), emitiu um alerta aos moradores dos bairros Cidade</p><p>Baixa e Menino Deus, recomendando que deixassem a região devi-</p><p>do ao aumento do nível da água.</p><p>A decisão foi tomada após uma casa de bombeamento de água</p><p>ter sua energia elétrica desligada por questões de segurança. Es-</p><p>ses bairros abrigavam uma variedade de residências, condomínios,</p><p>estabelecimentos comerciais e alguns órgãos públicos, situando-se</p><p>entre o centro histórico e a Zona Sul de Porto Alegre.</p><p>ATUALIDADES</p><p>1212</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A notícia e a rápida inundação pegaram os moradores e em-</p><p>presários de surpresa. Houve o alagamento de diversos imóveis na</p><p>região.</p><p>▪ Quarta, 8 de maio: as inundações se alastram pelo sul do</p><p>estado</p><p>Depois de afetar a região da Serra, passar pelos vales e inundar</p><p>a região metropolitana, as águas alcançaram a região sul do RS. São</p><p>José do Norte, São Lourenço do Sul, Pelotas e Rio Grande ficaram</p><p>em estado de alerta máximo, com milhares de pessoas sendo obri-</p><p>gadas a deixar suas casas.</p><p>▪ Quinta, 9 de maio: o resgate do cavalo Caramelo se torna um</p><p>símbolo de esperança</p><p>Durante um sobrevoo em Canoas, a equipe da RBS TV avistou</p><p>um cavalo isolado no telhado de uma casa no bairro Mathias Velho.</p><p>Batizado de Caramelo, a situação do animal comoveu o Brasil e mo-</p><p>tivou o poder público a realizar seu resgate, que foi concluído em 9</p><p>de maio. Atualmente, ele está se recuperando no Hospital Universi-</p><p>tário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas.</p><p>▪ Quarta, 15 de maio: o nível da água começa a baixar no Vale</p><p>do Taquari</p><p>No Vale do Taquari, os residentes enfrentaram um cenário de</p><p>devastação e lama pela segunda vez desde os temporais que atin-</p><p>giram a região. O nível do Rio Taquari caiu para 18,75 m, abaixo da</p><p>cota de inundação de 19 m, revelando os estragos deixados para</p><p>trás após ter atingido 33 m.</p><p>“Infelizmente, neste momento, só nos resta arregaçar as man-</p><p>gas e trabalhar, como o povo guerreiro do Rio Grande do Sul sempre</p><p>faz”, afirma o radialista Irno Gisch, cuja casa foi coberta pela lama.</p><p>Agora, ele está concentrado em limpar seus pertences, como ge-</p><p>ladeira, armário e pia, e avaliar o que ainda pode ser recuperado.</p><p>Acrescentou o morador:</p><p>Muitas famílias perderam suas casas. Nós fomos privilegiados</p><p>por ainda termos nossa casa e podermos entrar para fazer a limpe-</p><p>za e retornar à vida normal.</p><p>▪ Quinta, 16 de maio: a água começa a recuar em Porto Alegre</p><p>Após a devastação de residências e estabelecimentos comer-</p><p>ciais devido à inundação do Guaíba, os moradores de Porto Alegre</p><p>começaram a lidar com as consequências desse evento. Animais</p><p>mortos ficaram espalhados pelas vias públicas, enquanto o esgoto</p><p>ficou exposto. O mau odor impregnou as ruas dos bairros Menino</p><p>Deus, Cidade Baixa e Centro Histórico.</p><p>▪ Domingo, 19 de maio: incidentes de saques são relatados</p><p>As enchentes despertaram a solidariedade em muitos brasilei-</p><p>ros, mas também expuseram um cenário de insegurança. Desde o</p><p>início da tragédia, as polícias do Rio Grande do Sul prenderam 130</p><p>pessoas por cometerem crimes relacionados às enchentes.</p><p>Dentre os detidos, 48 foram presos por crimes patrimoniais,</p><p>como roubos e furtos contra as vítimas dos temporais, conforme</p><p>informado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Além disso,</p><p>outras 49 pessoas foram detidas em abrigos. Não foram fornecidos</p><p>detalhes sobre as demais prisões.</p><p>▪ Segunda, 20 de maio: a primeira morte por leptospirose é</p><p>registrada</p><p>Um homem de 67 anos faleceu de leptospirose em Travesseiro,</p><p>uma das cidades atingidas pelas enchentes no Vale do Taquari. Essa</p><p>foi a primeira morte relacionada à doença em decorrência da tragé-</p><p>dia ambiental. Além disso, o Rio Grande do Sul registrou mais três</p><p>óbitos. O número de casos suspeitos de leptospirose ultrapassou</p><p>mil ao longo do mês de maio.</p><p>▪ Sexta, 29 de maio: marca-se um mês desde o início da tra-</p><p>gédia</p><p>Em meio à devastação causada pela tragédia, o Rio Grande do</p><p>Sul iniciou sua jornada de recuperação. Os governos federal e esta-</p><p>dual lançaram uma série de benefícios para apoiar a população gaú-</p><p>cha nesse processo, incluindo abono salarial, Auxílio Reconstrução,</p><p>Saque Calamidade do FGTS e restituição antecipada do Imposto de</p><p>Renda da Pessoa Física (IRPF).</p><p>O governo do estado anunciou uma estimativa dos recursos</p><p>necessários para reconstruir as áreas afetadas, enquanto o governo</p><p>federal também delineou medidas de apoio.</p><p>Muitas pessoas que perderam suas casas continuaram sendo</p><p>acolhidas por amigos, familiares ou abrigos públicos, com planos</p><p>para a possível criação de “cidades provisórias” no horizonte.</p><p>Apesar disso, os níveis de rios e lagos permaneceram eleva-</p><p>dos; os pesquisadores indicaram que, dependendo das condições</p><p>climáticas, a situação poderia começar a normalizar dentro de até</p><p>30 dias.</p><p>As previsões meteorológicas sugeriram uma sequência de dias</p><p>secos, sem chuva, o que poderia contribuir significativamente para</p><p>o processo de recuperação do estado.</p><p>Saiba por que está chovendo tanto no Rio Grande do Sul25</p><p>O Rio Grande do Sul enfrentou, em maio de 2024, uma situação</p><p>climática excepcional, de acordo com o analista de clima e meio</p><p>ambiente Pedro Cortês. O estado foi impactado por frentes frias</p><p>que se originaram no sul do continente, porém essas frentes não</p><p>conseguiram avançar devido</p><p>à presença de uma zona de alta</p><p>pressão localizada no centro do Brasil, atuando como uma espécie</p><p>de “barreira”.</p><p>Essa mesma área de alta pressão desviou a umidade do Oceano</p><p>Atlântico para o Rio Grande do Sul, tanto pelo leste quanto pela</p><p>Amazônia, e chegou ao estado vinda do oeste. Como resultado, o Rio</p><p>Grande do Sul recebeu umidade de múltiplas direções, enquanto a</p><p>frente fria permaneceu estagnada. Cortês descreveu essa situação</p><p>como uma “tempestade perfeita”.</p><p>Os números divulgados pelo boletim da Defesa Civil do RS até o</p><p>dia 28 de maio revelaram a extensão dos impactos causados pelas</p><p>enchentes:</p><p>• 469 municípios afetados: a tragédia atingiu um grande</p><p>número de cidades em todo o estado;</p><p>• 48.789 pessoas em abrigos: milhares de pessoas precisaram</p><p>ser acolhidas em abrigos devido à destruição de suas residências;</p><p>• Mais de 600 mil desalojados: mais de meio milhão de pessoas</p><p>foram desalojadas de suas casas devido às inundações;</p><p>• 2.345.400 pessoas afetadas: um grande contingente da</p><p>população gaúcha foi afetado direta ou indiretamente pelos</p><p>temporais e enchentes;</p><p>25 POR QUE está chovendo tanto no Rio Grande do Sul? Inteligência Financeira,</p><p>2024. Disponível em: https://inteligenciafinanceira.com.br/mercado-financeiro/</p><p>economia/por-que-esta-chovendo-tanto-no- rio-grande-do-sul/. Acesso em: 14</p><p>jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>13</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• 806 pessoas feridas: centenas de pessoas ficaram feridas</p><p>durante a tragédia, necessitando de atendimento médico;</p><p>• 170 vítimas fatais: o número de vítimas fatais atesta a</p><p>gravidade da situação e o impacto humano das enchentes;</p><p>• 77.712 pessoas resgatadas: equipes de resgate trabalharam</p><p>incansavelmente para salvar vidas em meio às condições adversas;</p><p>• 12.521 animais resgatados: além das vidas humanas, também</p><p>houve esforços para resgatar animais que ficaram em situação de</p><p>risco durante as enchentes.</p><p>Enchentes no Rio Grande do Sul são tema de encontro de</p><p>empresários na ONU26</p><p>Empresários brasileiros marcaram presença na terceira edição</p><p>do High Level Delegation, um evento promovido pelo Pacto Global</p><p>da ONU — Rede Brasil, realizado em Nova York em 14 de maio de</p><p>2024.</p><p>Durante o encontro, um vídeo do governador do Rio Grande do</p><p>Sul, Eduardo Leite, foi exibido. Nele, o político expressou gratidão</p><p>pela onda de solidariedade em resposta às enchentes no estado e</p><p>fez um apelo por ajuda aos empresários. O governador declarou:</p><p>Enfrentamos a maior tragédia de nossa história, com perdas</p><p>humanas e devastação em nossas cidades. Estamos sofrendo uma</p><p>dor imensa, mas a solidariedade do Brasil e do mundo aquece</p><p>nossos corações e nos dá a confiança de que emergiremos mais</p><p>fortes. [...] Gostaria de agradecer às pessoas e empresas que estão</p><p>se mobilizando para ajudar. Os gaúchos têm essa força, mas ela se</p><p>torna ainda mais poderosa com o apoio de vocês. Muito obrigado e</p><p>continuem ajudando.</p><p>O CEO do Pacto Global, Carlo Pereira, também marcou</p><p>presença. Lançado em 2000, o Pacto Global da ONU é uma iniciativa</p><p>destinada a mobilizar empresas ao redor do mundo para alcançar</p><p>os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).</p><p>Comentou Carlo Pereira:</p><p>Todos aqui estão com suas mentes e corações voltados para o</p><p>Rio Grande do Sul, por isso fiz questão de pedir ao governador para</p><p>enviar uma mensagem reforçando a importância do engajamento</p><p>de todos.</p><p>As mudanças climáticas foram um dos principais temas abor-</p><p>dados durante o evento. Luiza Helena Trajano, presidente do con-</p><p>selho de administração do Magazine Luiza, destacou a importância</p><p>de compartilhar ideias, mas enfatizou a urgência de agir. Ressaltou:</p><p>Se não fizermos algo agora, em 10 anos minha neta de 8 anos</p><p>estará falando sobre a COP50 e sobre problemas que poderíamos</p><p>ter resolvido. Não podemos apenas diagnosticar, é preciso agir.</p><p>O evento também teve como foco atrair investimentos para o</p><p>Brasil. Alexandre Birman, CEO da Arezzo & Co, abordou a importân-</p><p>cia da facilitação do comércio e dos investimentos bilaterais entre o</p><p>Brasil e os Estados Unidos. Afirmou:</p><p>Somos as maiores potências das Américas, complementares</p><p>em todos os sentidos. Temos culturas distintas, mas ao mesmo tem-</p><p>po muito complementares.</p><p>Além disso, em 15 de maio de 2024, Alexandre Birman será</p><p>homenageado com o prêmio “Personalidade do Ano” pela Câmara</p><p>de Comércio Brasil-Estados Unidos em Nova York.</p><p>26 MALDONADO, P. Enchentes do Rio Grande do Sul são tema de encontro de</p><p>empresários na ONU. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/</p><p>y5mfu26b. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>O evento também contou com a presença do embaixador</p><p>Norberto Moretti, representante do Brasil na ONU, e Helder</p><p>Barbalho, governador do Pará, entre outras personalidades.</p><p>Desmatamento no Brasil caiu 11,6% em 2023, aponta estudo</p><p>do MapBiomas27</p><p>O levantamento divulgado pelo MapBiomas sobre o</p><p>desmatamento no Brasil em 2023 trouxe dados alarmantes, apesar</p><p>de uma redução geral comparada ao ano anterior. O relatório</p><p>mostrou que o Brasil teve 1.829.597 hectares de vegetação</p><p>desmatados ao longo de 2023, uma redução de 11,6% em relação a</p><p>2022, quando o total foi de 2.069.695 hectares.</p><p>Uma das revelações mais preocupantes do relatório foi a</p><p>mudança no bioma mais desmatado do país. O Cerrado ultrapassou</p><p>a Amazônia, com 31% das áreas desmatadas localizadas no Cerrado</p><p>e 25% na Amazônia.</p><p>Essa mudança se mostra significativa porque o Cerrado é um</p><p>bioma crucial para a biodiversidade, a regulação hídrica e o clima</p><p>do Brasil. A maior parte do desmatamento nesse bioma está</p><p>concentrada na região de MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí</p><p>e Bahia), que representou 47% da perda de vegetação nesse bioma</p><p>em 2023.</p><p>Os estados do Maranhão, Bahia e Tocantins foram os que</p><p>mais contribuíram para a devastação no Cerrado, com o Maranhão</p><p>apresentando um aumento de 95,1% no desmatamento, totalizando</p><p>331.225 hectares de vegetação perdida.</p><p>Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas, destacou a</p><p>gravidade da situação, mencionando que o Cerrado, que já perdeu</p><p>mais da metade de sua vegetação nativa, passou a ser o principal</p><p>foco de desmatamento no país, tornando a situação ainda mais</p><p>preocupante.</p><p>Dica</p><p>Na Amazônia, houve uma queda de 62,2% no desmatamento em</p><p>2023, totalizando 454,3 mil hectares desmatados. Essa redução</p><p>foi observada em todos os estados, exceto no Amapá, que</p><p>registrou um aumento de 27%.</p><p>O dia com maior área desmatada no país em 2023 foi 15 de</p><p>fevereiro, quando uma área equivalente a quase seis mil campos</p><p>de futebol foi destruída em apenas 24 horas. Esse dado ilustra a</p><p>intensidade e a rapidez com que a destruição pode ocorrer.</p><p>Em resumo, embora o desmatamento geral no Brasil tenha</p><p>diminuído em 2023, a situação no Cerrado é particularmente</p><p>preocupante, destacando a necessidade de políticas mais</p><p>eficazes e uma maior fiscalização para proteger esse bioma vital.</p><p>A concentração do desmatamento no MATOPIBA e o aumento</p><p>significativo em estados como o Maranhão sublinham a urgência de</p><p>ações direcionadas para essas regiões.</p><p>27 EULER, M. Área desmatada cai 11,6% em 2023. Agência Brasil, 2024. Dispo-</p><p>nível em: https://tinyurl.com/u7f52nac. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>1414</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Marina Silva defende modelo de licenciamento da Foz do</p><p>Amazonas para obra polêmica de rodovia28</p><p>A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, propôs aplicar o</p><p>modelo de licenciamento ambiental utilizado para a exploração</p><p>de petróleo na Foz do Amazonas ao projeto de asfaltamento da</p><p>BR-319, uma rodovia que liga Porto Velho a Manaus. Esse projeto</p><p>é considerado um dos mais desafiadores do Novo PAC na região</p><p>amazônica devido ao seu potencial de estimular o desmatamento</p><p>ilegal.</p><p>Marina Silva defendeu a exigência de uma “Avaliação Ambiental</p><p>Estratégica” (AAE) para o licenciamento da BR-319. Isso indica</p><p>que o impacto da obra deve ser analisado de forma abrangente,</p><p>considerando não apenas os efeitos diretos nos trechos por onde</p><p>a rodovia passa, mas também os planos gerais do governo para a</p><p>especialmente aquele motivado pela supremacia branca.</p><p>A Comunidade de Inteligência dos EUA, em sua Avaliação Anual</p><p>de Ameaças de 2024, identificou que os grupos extremistas violentos</p><p>transnacionais, particularmente os motivados pela supremacia</p><p>branca, continuam a representar uma ameaça significativa em</p><p>várias regiões, incluindo Europa, América do Sul, Austrália, Canadá</p><p>e Nova Zelândia. Esses grupos têm inspirado e organizado ataques</p><p>solitários e de pequenas células, representando uma ameaça direta</p><p>aos cidadãos dos EUA.</p><p>Autoridades americanas também alertaram sobre o aumento</p><p>dos vínculos transnacionais desses grupos, que utilizam plataformas</p><p>on-line e pessoais para recrutar, radicalizar e treinar indivíduos</p><p>jovens para a violência.</p><p>O governo dos EUA está comprometido em enfrentar essa</p><p>ameaça através de medidas legais e operacionais robustas,</p><p>reforçadas pela ordem executiva assinada por Donald Trump</p><p>em 2019, permitindo perseguir não apenas grupos que realizam</p><p>ataques terroristas, mas também aqueles que treinam indivíduos</p><p>para tais atos.</p><p>Atenção! Essa classificação implica que os membros do NRM</p><p>não terão acesso ao sistema financeiro dos EUA. O objetivo é difi-</p><p>cultar suas operações financeiras internacionais e o financiamento</p><p>de suas atividades.</p><p>Primeiro-Ministro britânico afirma que imigração ilegal se</p><p>tornou uma emergência global5</p><p>O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, realizou uma</p><p>coletiva de imprensa no final da cúpula do G7, em 14 de junho de</p><p>2024, destacando que “a imigração ilegal se tornou agora uma</p><p>emergência global”.</p><p>Sunak mencionou que essa foi a primeira vez que uma cúpula</p><p>do G7 discutiu a imigração, uma questão crucial para a primeira-</p><p>ministra italiana, Giorgia Meloni, que vinha pressionando a Europa</p><p>a ajudar a conter os fluxos ilegais de migrantes da África. Meloni</p><p>lançou um plano emblemático para impulsionar o desenvolvimento</p><p>no continente africano na tentativa de combater as causas</p><p>profundas da migração.</p><p>Durante o primeiro dia de reunião no sul da Itália, as nações do</p><p>G7 concordaram em fornecer US$ 50 bilhões em empréstimos para</p><p>a Ucrânia, apoiados pelos juros de ativos russos congelados, um</p><p>acordo visto como um sinal poderoso da determinação ocidental.</p><p>Na declaração da cúpula, os líderes do G7 expressaram a</p><p>intenção de impor mais custos à Rússia por sua invasão à Ucrânia</p><p>e prometeram sanções contra entidades que ajudaram a Rússia a</p><p>contornar restrições ao comércio de petróleo, transportando-o de</p><p>forma fraudulenta.</p><p>Sunak afirmou que</p><p>A Rússia é uma ameaça aos nossos valores e à soberania das</p><p>nações europeias. Não vai parar se for bem-sucedida na Ucrânia, e</p><p>é por isso que é correto apoiar a Ucrânia, é por isso que é correto</p><p>investir mais em nossa defesa.</p><p>5 PREMIÊ britânico diz que imigração ilegal se tornou uma emergência global.</p><p>CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/</p><p>premie-britanico-diz-que-imigracao-ilegal- se-tornou-uma-emergencia-glo-</p><p>bal/?utm_source=social&utm_medium=twitter-feed. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>3</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• Sunak aproveitou a oportunidade para falar de eleições gerais no Reino Unido</p><p>Nas eleições gerais do Reino Unido marcadas para 4 de julho, o primeiro-ministro Rishi Sunak abordou as questões críticas em jogo,</p><p>especialmente em relação à segurança nacional e ao papel do governo trabalhista sob a liderança de Keir Starmer.</p><p>Sunak enfatizou que, de acordo com ele, o Partido Trabalhista não aumentaria os gastos com defesa, o que levantou dúvidas sobre</p><p>como Starmer planejara manter o país seguro e enfrentar ameaças globais, incluindo a dissuasão da Rússia.</p><p>Até o momento, o Partido Trabalhista liderava todas as pesquisas de intenção de voto com uma margem significativa, com 44% dos</p><p>eleitores manifestando apoio a sir Keir Starmer. Em contrapartida, apenas 23% dos eleitores indicavam apoio ao Partido Conservador de</p><p>Sunak. O partido que obtiver a maioria dos assentos na Casa dos Comuns será responsável por indicar o próximo primeiro-ministro.</p><p>Os temas centrais para os eleitores incluem a economia, a imigração, a segurança nacional em um contexto de conflitos na Europa e</p><p>a qualidade dos serviços públicos de saúde e educação. Com os conservadores no poder desde 2010, Sunak e Liz Truss foram os últimos</p><p>líderes a assumirem sem a necessidade de eleições, o que ocorreu devido ao sistema parlamentarista britânico que permite que o partido</p><p>majoritário no Parlamento escolha seu líder como primeiro-ministro.</p><p>Manifestantes protestam contra o G7 e criticam enfoque na Guerra da Ucrânia6</p><p>Manifestantes tomaram as ruas de Fasano, na região da Apúlia, no sul da Itália, em 15 de junho de 2024 para protestar contra a cúpula</p><p>do G7. No último dia do encontro, mais de mil manifestantes de diversos países criticaram o grupo pelo fracasso em cumprir promessas</p><p>de ajuda aos países em desenvolvimento e por focar apenas na guerra na Ucrânia.</p><p>“Somos contra a ação do G7 de fornecer 50 bilhões de dólares para prolongar a crise na Ucrânia. Ajudar continuamente a guerra não</p><p>vai colocar um fim a ela”, afirmou Ernesto Palatrasio, um manifestante italiano. O grupo também criticou a falta de medidas contra as</p><p>mudanças climáticas e a ausência de esforços para reduzir as dívidas dos países do sul global.</p><p>Disse Charlotte Kehr, uma manifestante da Alemanha:</p><p>Eles se apresentam como um fórum para discutir problemas globais, mas o que realmente lhes interessa é garantir seu poder e os</p><p>lucros das corporações multinacionais.</p><p>Bobo Aprile, organizador da manifestação, comentou: “Devíamos discutir a globalização e a liberalização comercial, mas agora o G7</p><p>está discutindo o protecionismo comercial. É repugnante”.</p><p>A Itália ocupa a presidência rotativa do G7 este ano. Além dos líderes do G7, chefes de Estado de mais de 10 outros países e</p><p>organizações internacionais também foram convidados para a cúpula. Os integrantes do G7 são Canadá, Estados Unidos, Reino Unido,</p><p>França, Alemanha, Itália e Japão.</p><p>Brasil e países vizinhos se unem para criar “Rota Amazônica”, conectando a floresta a quatro portos do Pacífico7</p><p>O governo brasileiro está trabalhando em conjunto com Equador, Peru e Colômbia para criar rotas que conectem a Amazônia a quatro</p><p>portos localizados na costa do Oceano Pacífico como parte de um plano de integração sul-americana.</p><p>Esse esforço é liderado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), sob o comando de Simone Tebet, e faz parte de uma</p><p>agenda maior do governo Lula que visa integrar o continente através de cinco trechos principais.</p><p>A “Rota Amazônica” é um desdobramento da chamada “Rota 2”, que originalmente tinha como objetivo ligar Manaus, no Amazonas, à</p><p>cidade portuária de Manta, no Equador. Esse trajeto é multimodal, utilizando o Rio Solimões até Puerto Providencia, no Equador, de onde</p><p>segue por rodovia até o litoral.</p><p>Durante uma visita ao Peru, em março, o governo brasileiro recebeu um pedido formal do ministro dos Transportes peruano, Raúl</p><p>Reyes, para incluir os portos de Chancay e Paita na rota. Posteriormente, o ministro dos Transportes da Colômbia, William Camargo,</p><p>também solicitou que o Porto de Tumaco fosse contemplado no plano.</p><p>6 MANIFESTANTES fazem ato contra G7 e criticam foco na guerra da Ucrânia. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/4tktvpvj. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>7 BRASIL e vizinhos se unem por “Rota Amazônica” que liga floresta a quatro portos do Pacífico. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://www.msn.com/pt-br/</p><p>viagem/noticias/brasil-e-vizinhos-se-unem-por-rota-amaz%C3%B4nica-que-liga-floresta-a-quatro-portos-do-pac%C3%ADfico/ ar-BB1oj7yS. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>44</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>“Rota Amazônica”, formulada pelo governo Lula junto a países vizinhos. Fonte: Ministério do Planejamento e Orçamento.</p><p>João Villaverde, secretário de Articulação Institucional, explicou os procedimentos que expandiram os destinos da rota. “Também</p><p>realizamos uma atualização</p><p>Amazônia, como os reflexos no Plano de Ação para Prevenção e</p><p>Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).</p><p>A aplicação da AAE tem consequências práticas significativas,</p><p>pois tornaria improvável que a obra seja licenciada, licitada e</p><p>iniciada durante o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula</p><p>da Silva. A AAE é um levantamento mais abrangente e demorado</p><p>do que os estudos de impacto ambiental (EIA-Rima) normalmente</p><p>exigidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos</p><p>Naturais Renováveis (Ibama).</p><p>O Ibama já usou essa exigência para negar a licença à Petrobras</p><p>para a perfuração de um poço na bacia da Foz do Amazonas, citando</p><p>a necessidade de uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar</p><p>(AAAS) que englobasse outras bacias da margem equatorial. A AAE</p><p>para obras em terra tem características semelhantes às da AAAS</p><p>para explorações petrolíferas.</p><p>Marina Silva destacou que o trecho central da BR-319, com cerca</p><p>de 400 km de extensão e intrafegável há décadas, é particularmente</p><p>sensível do ponto de vista ambiental. Ela ressaltou que a licença</p><p>não deveria considerar apenas o empreendimento isoladamente,</p><p>mas também toda a área de abrangência, incluindo os impactos em</p><p>terras indígenas e o desmatamento.</p><p>A ministra explicou que uma rodovia como a BR-319 tende</p><p>a gerar impactos em uma área de pelo menos 30 km a 50 km de</p><p>cada lado devido à criação de estradas vicinais e outros fatores. A</p><p>presença de grandes áreas de terras públicas não destinadas a terras</p><p>indígenas ou unidades de conservação aumenta a vulnerabilidade</p><p>para grilagem.</p><p>A proposta de Marina Silva refletiu a necessidade de um</p><p>planejamento ambiental mais rigoroso e abrangente para</p><p>projetos de infraestrutura na Amazônia, buscando equilibrar o</p><p>desenvolvimento com a preservação ambiental e a proteção das</p><p>comunidades locais.</p><p>28 MARINA Silva quer para BR-319 mesmo modelo de licenciamento da explo-</p><p>ração de petróleo na Foz do Amazonas. Band News, 2024. Disponível em: ht-</p><p>tps://www.bandnewsdifusora.com.br/marina-silva- quer-para-br-319-mesmo-</p><p>-modelo-de-licenciamento-da-exploracao-de-petroleo-na-foz-do-amazonas/.</p><p>Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>Relatório do MEC aponta que Brasil retoma nível de</p><p>alfabetização pré-pandemia29</p><p>O Ministério da Educação (MEC) divulgou novas informações</p><p>sobre a alfabetização no Brasil. Segundo o primeiro Relatório do</p><p>Indicador Criança Alfabetizada, 56% das crianças de seis e sete</p><p>anos na rede pública foram alfabetizadas em 2023. Esse número</p><p>representou um aumento de 20 pontos percentuais em relação a</p><p>2021, e supera em 1% o nível pré-pandemia de covid-19 registrado</p><p>em 2019.</p><p>Os estados que apresentaram os maiores índices de</p><p>alfabetização foram Ceará, Paraná e Espírito Santo. Esse relatório</p><p>é parte do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, uma</p><p>iniciativa do governo federal lançada em julho de 2022 com o</p><p>objetivo de garantir que as crianças aprendessem a ler e escrever</p><p>na idade adequada.</p><p>• Investimentos e metas</p><p>O MEC informou que mais de R$ 1 bilhão foram repassados</p><p>aos estados e municípios que aderiram à política de alfabetização.</p><p>Todos os estados brasileiros participaram do programa, com 19 já</p><p>tendo instituído suas políticas e oito em fase de conclusão.</p><p>Afirmou Maria Helena Guimarães de Castro, ex-presidente do</p><p>Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Tei-</p><p>xeira (Inep):</p><p>Os programas de alfabetização e os regimes de colaboração,</p><p>tanto os já existentes nos estados quanto esta nova iniciativa do</p><p>MEC, têm mostrado resultados significativos.</p><p>Para os próximos anos, o MEC estabeleceu metas progressivas,</p><p>buscando atingir 60% de crianças com níveis adequados de leitura e</p><p>escrita ainda em 2023. A meta consiste em reduzir os danos educa-</p><p>cionais causados pela pandemia e assegurar que todas as crianças</p><p>sejam alfabetizadas na idade certa.</p><p>Anitta antecipa lançamento de clipe sobre religiões após</p><p>polêmica30</p><p>Anitta decidiu antecipar o lançamento do videoclipe da música</p><p>“Aceita” para o meio-dia de 14 de maio de 2024. A mudança ocorreu</p><p>após polêmicas nas redes sociais envolvendo as primeiras imagens</p><p>do trabalho, que apresenta referências ao candomblé, religião da</p><p>cantora.</p><p>Ela expressou sua frustração com comentários de preconceito</p><p>religioso e perda significativa de seguidores desde o anúncio. A</p><p>cantora afirmou:</p><p>Já são mais de 200 mil seguidores que eu perdi desde que</p><p>anunciei meu novo clipe. É um clipe em que eu mostro não só minha</p><p>religião, como também mostro a religião de todos os envolvidos</p><p>nessa produção.</p><p>29 CRAVO, A.; AZEVEDO, L. F. Alfabetização de crianças retoma nível pré-pande-</p><p>mia, mas quase metade de alunos no 2º ano não sabe ler e escrever. O Globo,</p><p>2024. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2024/05/28/alfa-</p><p>betizacao-de-criancas-retoma-nivel-pre-pandemia- mas-quase-metade-de-alu-</p><p>nos-no-2o-ano-ainda-nao-sabe-ler-e- escrever.ghtml. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>30 CARVALHO, K. Anitta antecipa lançamento de clipe que aborda religiões após</p><p>polêmica. O Tempo, 2024. Disponível em: https://www.otempo.com.br/entre-</p><p>tenimento/2024/5/14/anitta-antecipa- lancamento-de-clipe-que-aborda-reli-</p><p>gioes-apos-po. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>15</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Gabriel do Borel, também participante do projeto e evangélico,</p><p>teve sua fé representada no vídeo, segundo a cantora. Anitta</p><p>lamentou a crescente intolerância e falta de respeito, destacando a</p><p>importância da aceitação mútua.</p><p>“Aceita” faz parte do álbum mais recente de Anitta, Funk</p><p>Generation, lançado no final de abril de 2024.</p><p>Brasil supera marca de cinco milhões de casos de dengue31</p><p>Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelaram que o</p><p>Brasil enfrentou um recorde histórico de casos de dengue em 2024,</p><p>ultrapassando a marca de cinco milhões de ocorrências. Essa cifra</p><p>superou até mesmo as previsões mais pessimistas do governo, que</p><p>inicialmente estimavam entre 1,9 milhão e 4,2 milhões de casos</p><p>para este ano.</p><p>A disseminação da doença, no entanto, começou a desacelerar</p><p>nas últimas cinco semanas, embora permanecesse em níveis</p><p>alarmantes em todo o país. Dados referentes ao período de 5 a</p><p>11 de maio indicaram que a tendência de aumento na propagação</p><p>da dengue não era mais observada em nenhuma unidade da</p><p>Federação, com exceção de Mato Grosso e Maranhão, que</p><p>mantiveram estabilidade nos números.</p><p>Apesar dessa desaceleração, o Coeficiente de Incidência,</p><p>utilizado para determinar níveis epidêmicos, permaneceu acima</p><p>de 300 casos a cada 100 mil habitantes em 14 estados brasileiros,</p><p>abrangendo todas as regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além</p><p>de apresentar números elevados no Norte e Nordeste. A secretária</p><p>de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel,</p><p>ressaltou a necessidade contínua de atenção, destacando que os</p><p>números de casos ainda são considerados altos no país.</p><p>Além disso, o Brasil também registrou um recorde histórico de</p><p>óbitos relacionados à dengue este ano, com mais de 2,8 mil mortes</p><p>até o momento, superando os números de 2023. A dengue, causada</p><p>pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, apresenta</p><p>sintomas como febre alta e dores musculares e nas articulações,</p><p>podendo levar a complicações graves e até mesmo à morte.</p><p>Importante!</p><p>O desmonte das políticas públicas, juntamente com fatores</p><p>como mudanças climáticas, contribuíram para o aumento</p><p>das infecções. A população desempenha um papel crucial no</p><p>combate à doença, eliminando possíveis criadouros do mosquito,</p><p>como pneus, recipientes com água parada e lixo acumulado.</p><p>Brasil é selecionado como sede da Copa do Mundo Feminina</p><p>de 202732</p><p>Na madrugada de 17 de maio de 2024, a FIFA (Federação</p><p>Internacional de Futebol Associado) anunciou que o Brasil sediará</p><p>a Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027. O presidente</p><p>da FIFA, Gianni Infantino, fez o anúncio durante um evento em</p><p>Bangkok, na Tailândia. A candidatura brasileira obteve 119 votos,</p><p>enquanto a candidatura rival, formada por Alemanha, Holanda e</p><p>Bélgica, recebeu 78</p><p>votos.</p><p>31 BRASIL ultrapassa marca de 5 milhões de casos de dengue em 2024. UOL,</p><p>2024. Disponível em: https://cultura.uol.com.br/noticias/66288_brasil-ultrapas-</p><p>sa-marca-de-5-milhoes-de-casos-de-dengue- em-2024.html. Acesso em: 14 jun.</p><p>2024.</p><p>32 LABOISSIÈRE, P.; CHAVES, L. Brasil vai sediar Copa do Mundo Feminina de</p><p>futebol em 2027. Agência Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/nv-</p><p>8ztnve. Acesso em: 14 jun. 2024.</p><p>Essa foi a primeira vez que a escolha da sede foi decidida</p><p>por meio do voto das federações nacionais. Antes, a decisão era</p><p>determinada pelos 36 membros do antigo Comitê Executivo. Na</p><p>votação em Bangkok, 207 países participaram, sendo que os quatro</p><p>países candidatos não votaram.</p><p>A candidatura brasileira, apoiada pelo governo do presidente</p><p>Luiz Inácio Lula da Silva, adotou o slogan “Uma Escolha Natural”. A</p><p>delegação brasileira em Bangkok inclui:</p><p>• o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol),</p><p>Ednaldo Rodrigues;</p><p>• o ministro do Esporte, André Fufuca;</p><p>• a gerente de Competições Femininas da CBF, Aline Pellegrino;</p><p>• a jogadora Formiga, única atleta a participar de sete Copas do</p><p>Mundo da FIFA; e</p><p>• os consultores Valesca Araújo, Jacqueline Barros, Manuela Biz</p><p>e Ricardo Trade.</p><p>O presidente da CBF afirmou:</p><p>Quero expressar minha gratidão a todos os que participaram</p><p>do Congresso da FIFA pela escolha do Brasil como sede da Copa</p><p>do Mundo Feminina de 2027. Hoje, vivemos um dia histórico em</p><p>Bangkok. Esta é uma vitória para o futebol feminino em todo o</p><p>mundo. Garanto a todos que o Brasil realizará a melhor Copa do</p><p>Mundo Feminina da história.</p><p>• Primeira vez na América do Sul</p><p>A Copa do Mundo Feminina da FIFA terá sua primeira edição</p><p>na América do Sul. O Brasil, que já sediou duas Copas do Mundo</p><p>masculinas em 1950 e 2014, está automaticamente classificado por</p><p>ser o país anfitrião.</p><p>Além da seleção brasileira, outras 32 nações competirão na 10ª</p><p>edição do evento, que acontecerá em 10 cidades brasileiras.</p><p>A última Copa do Mundo Feminina foi realizada na Austrália</p><p>e na Nova Zelândia em julho e agosto de 2023, com a seleção da</p><p>Espanha sagrando-se campeã. O Brasil foi eliminado na fase de</p><p>grupos. Antes de chegar à Oceania, o torneio foi sediado pela China,</p><p>Suécia, Estados Unidos, Alemanha, Canadá e França.</p><p>A Espanha é a atual campeã mundial, juntando-se aos</p><p>Estados Unidos, Alemanha, Japão e Noruega como as nações que</p><p>já conquistaram o troféu. Os EUA são os maiores vencedores do</p><p>torneio, com quatro títulos, enquanto a Alemanha foi campeã</p><p>duas vezes.</p><p>Atualidades - Junho 2024 - Solução</p><p>Atualidades - Maio 2024 - Solução</p><p>de nome: a Rota 2, dessas rotas de integração sul-americana, agora é chamada de Rota Amazônica”, afirmou.</p><p>O governo brasileiro acredita que a Rota Amazônica vai impulsionar a exportação de produtos industrializados da Zona Franca de</p><p>Manaus e itens da bioeconomia para países vizinhos e outras nações acessíveis pelo Oceano Pacífico. A administração também espera que</p><p>o plano melhore a logística de importações.</p><p>Segundo Villaverde, um passo crucial para o avanço do plano de integração sul-americana foi dado no dia 5 de junho de 2024, quando</p><p>o presidente Lula assinou um decreto criando uma comissão interministerial composta por 12 pastas para discutir o tema.</p><p>Afirmou Villaverde:</p><p>Teremos todas as partes interessadas na integração sul-americana reunidas, possibilitando um diálogo eficaz. É um novo espaço, uma</p><p>nova instituição, para fazer esse plano deslanchar.</p><p>• Obras essenciais para a Rota Amazônica</p><p>Os ministros dos países vizinhos forneceram ao governo brasileiro informações sobre suas infraestruturas para comprovar a viabilidade</p><p>da expansão da rota. No entanto, para que os trajetos se tornem realidade, ainda serão necessárias obras e intervenções logísticas.</p><p>As três novas rotas (duas no Peru e uma na Colômbia) são “multimodais”, começando em hidrovias e terminando em rodovias. No</p><p>Peru, a principal intervenção necessária é a conclusão das obras no Porto de Chancay, que também é destino da Rota 3 do plano de</p><p>integração sul-americana. Na Colômbia, a obra mais relevante é a dragagem do Rio Putumayo, que liga Santo Antônio do Iça, no Brasil, a</p><p>Puerto Asís, na Colômbia.</p><p>No Brasil, duas intervenções são consideradas importantes para a viabilização da rota. A primeira é a sinalização do Rio Solimões,</p><p>prevista para ser concluída pelo governo entre o final de 2024 e o início de 2025. A segunda é a instalação de aduanas nas cidades</p><p>amazonenses de Tabatinga e Santo Antônio do Içá, necessárias para o trânsito de mercadorias.</p><p>O MPO está colaborando com a Receita Federal para acelerar esse processo, e, de acordo com o secretário, o diálogo será facilitado</p><p>pela nova comissão interministerial.</p><p>Ativistas climáticos lançam tinta laranja em Stonehenge, na Inglaterra8</p><p>Em 19 de junho de 2024, manifestantes ambientais do grupo Just Stop Oil pulverizaram tinta laranja no monumento de Stonehenge,</p><p>na Inglaterra. Haviam marcas cobrindo algumas das pedras da estrutura megalítica pré-histórica, que é um Patrimônio Mundial da UNESCO</p><p>e um dos pontos turísticos mais visitados da Grã-Bretanha. Duas pessoas foram presas sob acusação de danificar o monumento, conforme</p><p>comunicado da polícia local.</p><p>8 ATIVISTAS climáticos jogam tinta laranja no Stonehenge, na Inglaterra. DASartes, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/5pbncjsn. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>5</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Em um vídeo divulgado pelo Just Stop Oil, dois manifestantes</p><p>são vistos correndo em direção aos megalitos de Stonehenge e</p><p>pulverizando tinta, enquanto outra pessoa tentava detê-los.</p><p>O grupo Just Stop Oil é conhecido por seus protestos</p><p>ambientais disruptivos, que incluem o fechamento de grandes</p><p>estradas, interrupção de eventos culturais e esportivos e atos como</p><p>jogar sopa em uma pintura de Van Gogh. A organização exige que o</p><p>governo britânico interrompa a extração e queima de petróleo, gás</p><p>e carvão até 2030.</p><p>A English Heritage, instituição de caridade responsável por</p><p>cuidar de Stonehenge, não respondeu imediatamente aos pedidos</p><p>de comentário sobre o incidente.</p><p>Ex-Chefe do TPI comenta que “condenações ocorreram por</p><p>muito menos” em relação a Israel9</p><p>Após oito meses de conflito em Gaza, Israel e seu primeiro-</p><p>ministro, Benjamin Netanyahu, enfrentaram escrutínio da Justiça</p><p>Internacional devido a acusações de crimes de guerra e genocídio.</p><p>O ex-presidente do tribunal responsável por avaliar um pedido</p><p>de mandado de prisão contra Netanyahu afirmou que indivíduos</p><p>foram condenados em processos criminais internacionais por</p><p>infrações consideravelmente menos graves.</p><p>Chile Eboe-Osuji, um proeminente jurista nigeriano que</p><p>presidiu o Tribunal Penal Internacional (TPI) de 2018 a 2021 e teve</p><p>papel crucial no julgamento do genocídio dos tutsis em Ruanda em</p><p>1994, expressou surpresa com as declarações feitas pelo governo</p><p>israelense, questionando se eles tinham recebido orientações</p><p>adequadas sobre as exigências do direito internacional.</p><p>Eboe-Osuji destacou:</p><p>O que foi dito pelas lideranças israelenses foi apenas um</p><p>pequeno conjunto de declarações surpreendentes. Posso dizer que</p><p>em processos criminais internacionais, pessoas foram condenadas</p><p>por infrações muito menores do que estas.</p><p>Em maio, o promotor-chefe do TPI, Karim Khan, solicitou</p><p>mandados de prisão contra Netanyahu, o ministro da Defesa</p><p>israelense Yoav Galant e três líderes do Hamas sob acusações de</p><p>crimes de guerra.</p><p>Khan enfrentou duras críticas de Israel e seus aliados,</p><p>incluindo os Estados Unidos, que o acusaram de estabelecer uma</p><p>falsa equivalência ao fazer os pedidos simultaneamente. Alguns</p><p>especialistas em direito internacional também sugeriram que o</p><p>promotor poderia ter cometido erros ou agido de forma ingênua.</p><p>O ex-presidente do TPI, Eboe-Osuji, defendeu o promotor</p><p>Khan ao ser questionado sobre possíveis equívocos, criticando</p><p>a politização da discussão sobre equivalência com a Justiça</p><p>Internacional. Ele enfatizou que as decisões deveriam ser guiadas</p><p>pelos fatos e pelo direito internacional, não por manobras políticas.</p><p>Importante!</p><p>Eboe-Osuji reconheceu que havia alternativas menos</p><p>precipitadas, como uma intimação, mas argumentou que o</p><p>promotor tinha motivos para fazer um pedido "radical", baseado</p><p>em evidências que indicavam que o acusado poderia continuar</p><p>causando danos se permanecesse em liberdade.</p><p>9 YAZBEK, P. Condenações aconteceram por muito menos, diz ex-chefe do TPI</p><p>sobre Israel. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/</p><p>blogs/priscila-yazbek/internacional/condenacoes- aconteceram-por-muito-me-</p><p>nos-diz-ex-chefe-do-tpi-sobre-israel/. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>Além das ações no TPI, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o</p><p>mais alto tribunal da ONU, está julgando um caso em que a África</p><p>do Sul acusa Israel de genocídio. Enquanto o TPI julga indivíduos, a</p><p>CIJ avalia a responsabilidade dos Estados.</p><p>Em uma decisão preliminar em janeiro, a CIJ afirmou que “pelo</p><p>menos alguns dos direitos reivindicados pela África do Sul e para</p><p>os quais se está buscando proteção são plausíveis”. Essa decisão</p><p>causou controvérsias, mas a interpretação predominante foi a de</p><p>que o tribunal considerou plausível a alegação de genocídio em</p><p>Gaza.</p><p>Eboe-Osuji lembrou que houve casos em que juízes condenaram</p><p>indivíduos sem que estes tivessem declarado intenção explícita de</p><p>“destruir um povo”. Ele destacou que a intenção pode ser inferida a</p><p>partir dos fatos, uma prática estabelecida na jurisprudência.</p><p>Como uma figura de destaque no direito internacional,</p><p>Eboe-Osuji expressou confiança no TPI e na Justiça Internacional,</p><p>enfatizando a importância de permitir que a justiça seja feita sem</p><p>medo ou favoritismos.</p><p>Ele argumentou que essa abordagem é fundamental para a</p><p>humanidade sobreviver às atrocidades que os seres humanos são</p><p>capazes de infligir uns aos outros.</p><p>Relatório indica que mais de 20 mil crianças desaparecidas em</p><p>Gaza foram perdidas, detidas ou enterradas10</p><p>A guerra contínua na Faixa de Gaza resultou em um cenário</p><p>desolador para as crianças, conforme relatado pela Save the</p><p>Children em um documento divulgado em 24 de junho de 2024.</p><p>Até o momento, foram estimadas cerca de 21 mil crianças</p><p>desaparecidas, muitas delas sob os escombros, detidas ou separadas</p><p>de suas famílias. Alexandra Saieh, chefe de política humanitária</p><p>e defesa da organização, destacou que aproximadamente 17 mil</p><p>crianças em Gaza estavam desacompanhadas, enquanto outras</p><p>quatro mil poderiam estar perdidas sob os destroços.</p><p>As equipes de proteção infantil da Save the Children</p><p>enfatizaram a urgência de medidas para</p><p>proteger essas crianças em</p><p>uma situação de segurança cada vez mais perigosa. Saieh também</p><p>mencionou que um número desconhecido de crianças foi detido</p><p>pelas forças israelenses, transferido à força para fora de Gaza ou</p><p>enterrado em sepulturas coletivas.</p><p>O relatório observou a descoberta de várias valas comuns, onde</p><p>corpos de crianças foram encontrados de forma não identificada,</p><p>dificultando a identificação devido ao estado dos corpos.</p><p>O impacto psicológico e físico da guerra sobre as crianças</p><p>é descrito como profundo e duradouro, com muitas delas</p><p>enfrentando traumas severos que afetam até mesmo a capacidade</p><p>de se alimentarem normalmente.</p><p>Saieh alertou que os efeitos desse conflito nas crianças de Gaza</p><p>terão repercussões que atravessarão gerações, afetando não apenas</p><p>suas vidas presentes, mas também seu futuro físico e psicológico.</p><p>10 FARINELLI, V. ONF afirma que mais de 20 mil crianças estão mortas ou de-</p><p>saparecidas em Gaza. Opera Mundi, 2024. Disponível em: https:// operamundi.</p><p>uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/ong-afirma-que-mais-de-20-mil-criancas-</p><p>-estao-mortas-ou-desaparecidas-em-gaza/. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>66</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Ucrânia inicia negociações de adesão à UE em meio à guerra</p><p>com a Rússia11</p><p>Em 25 de junho de 2024, a União Europeia (UE) deu</p><p>início às negociações com a Ucrânia para sua adesão ao bloco,</p><p>proporcionando um impulso político significativo ao país em meio à</p><p>guerra contra a invasão russa. No entanto, o caminho para a adesão</p><p>plena ainda é longo e complexo.</p><p>Durante uma reunião em Luxemburgo, o primeiro-ministro</p><p>ucraniano, Denys Shmyhal, em discurso por vídeo, destacou a</p><p>importância histórica do início das negociações, considerando-o</p><p>um passo significativo tanto para Kiev quanto para a UE em direção</p><p>à “nossa grande vitória compartilhada”. Shmyhal ressaltou que a</p><p>União Europeia representa valores e um lar, mais do que apenas</p><p>um espaço físico.</p><p>A reunião teve um caráter mais simbólico do que prático, com</p><p>as negociações detalhadas previstas para começar após a UE avaliar</p><p>as legislações ucranianas e as reformas necessárias para atender</p><p>aos padrões do bloco.</p><p>Ao iniciar as conversações com a Ucrânia e a Moldávia, a UE</p><p>sinalizou que ambos os países estão se afastando da influência</p><p>russa e se aproximando de uma maior integração com o Ocidente.</p><p>A ministra das Relações Exteriores da Bélgica, Hadja Lahbib,</p><p>cujo país ocupa atualmente a presidência rotativa da UE, afirmou</p><p>que “o futuro da Ucrânia cabe aos ucranianos decidir” e garantiu o</p><p>apoio da UE ao direito do povo ucraniano de escolher seu próprio</p><p>destino.</p><p>Muitos ucranianos relacionam o conflito atual com Moscou à</p><p>revolta da praça Maidan, há uma década, quando manifestantes</p><p>derrubaram um presidente pró-russo que renegou a promessa de</p><p>laços mais estreitos com a UE.</p><p>• Árdua jornada</p><p>A jornada para a adesão à UE é árdua, exigindo reformas</p><p>profundas dos países candidatos para atender aos padrões do</p><p>bloco em áreas como combate à corrupção, regulamentação da</p><p>agricultura e harmonização das regras alfandegárias.</p><p>A guerra acrescentou desafios extras tanto para Kiev quanto</p><p>para Bruxelas, incluindo questões sobre a adesão da Ucrânia caso</p><p>parte de seu território permanecesse ocupado por forças russas.</p><p>A Moldávia enfrentou questões semelhantes, embora em</p><p>menor escala, devido à presença de soldados russos na região</p><p>separatista da Transnístria. Tanto a Ucrânia quanto a Moldávia terão</p><p>que superar obstáculos técnicos, legais e políticos para a adesão.</p><p>Cada etapa das negociações de adesão requer a aprovação</p><p>unânime dos 27 membros da UE, proporcionando várias</p><p>oportunidades para atrasos no processo.</p><p>A Hungria, que mantém laços mais estreitos com a Rússia e</p><p>não fornece armas a Kiev, atrasou o início das negociações, citando</p><p>preocupações sobre os direitos e o tratamento dos húngaros</p><p>étnicos na Ucrânia.</p><p>A ampliação da UE para incluir a Ucrânia, a Moldávia e outros</p><p>candidatos, como os países dos Bálcãs Ocidentais e a Geórgia,</p><p>exigirá uma revisão radical das regras da UE, abrangendo desde</p><p>subsídios agrícolas e desenvolvimento econômico até a tomada de</p><p>decisões, segundo analistas.</p><p>11 UCRÂNIA inicia negociações de adesão à UE em meio à guerra com Rússia.</p><p>InfoMoney, 2024. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/mundo/ucra-</p><p>nia-inicia- negociacoes-de-adesao-a-ue-em-meio-a-guerra-com-russia/. Acesso</p><p>em: 5 jul. 2024.</p><p>Militares tentam golpe de Estado na Bolívia e invadem palácio</p><p>presidencial, mas ato é desmobilizado12</p><p>Em 26 de junho de 2024, a Bolívia enfrentou uma tentativa de</p><p>golpe de Estado liderada pelo ex-comandante do Exército, Juan José</p><p>Zúñiga. Tanques do Exército e militares armados chegaram a invadir</p><p>o Palácio Quemado, em La Paz, antiga sede do governo ainda usada</p><p>para eventos protocolares.</p><p>Essa tentativa de golpe, a segunda em cinco anos no país,</p><p>foi planejada pelo general Zúñiga, que havia sido destituído do</p><p>cargo após ameaçar prender o ex-presidente Evo Morales caso ele</p><p>retornasse ao poder.</p><p>Zúñiga foi preso após a ação e, ao ser levado pela polícia, acusou</p><p>o presidente Luis Arce de orquestrar o evento para promover um</p><p>autogolpe e aumentar sua popularidade. O presidente negou as</p><p>acusações.</p><p>Após cerca de quatro horas de tensões, incluindo um confronto</p><p>direto entre Arce e Zúñiga, o movimento foi desmobilizado por</p><p>ordem do presidente, e os militares envolvidos deixaram o local,</p><p>escoltados por soldados leais ao governo.</p><p>Em um pronunciamento, Arce destituiu os outros dois</p><p>comandantes da Marinha e da Aeronáutica, nomeou novos chefes</p><p>para as três forças e ordenou a desmobilização das tropas.</p><p>A Procuradoria-Geral da Bolívia anunciou a abertura de uma</p><p>investigação contra Zúñiga e os militares participantes da tentativa</p><p>de golpe.</p><p>Nos últimos meses, Zúñiga vinha protagonizando embates com</p><p>o governo. Em 24 de junho, ele declarou que prenderia Evo Morales</p><p>caso ele se reelegesse, o que levou à sua destituição no dia seguinte</p><p>e ao anúncio de um processo judicial contra ele por senadores.</p><p>Após a invasão, Arce confrontou Zúñiga pessoalmente na</p><p>porta do palácio presidencial, ordenando que ele desmobilizasse</p><p>as tropas. O novo comandante do Exército, nomeado por Arce,</p><p>ordenou oficialmente a retirada das tropas rebeldes, e os tanques</p><p>deixaram o palácio presidencial e a Plaza Murillo, em frente ao</p><p>palácio, cerca de três horas após a invasão.</p><p>Zúñiga declarou às TVs locais que o movimento visava “restaurar</p><p>a democracia” na Bolívia e “libertar prisioneiros políticos”. No</p><p>entanto, a tentativa de golpe foi fortemente condenada até por</p><p>adversários políticos de Arce, como a ex-presidente Jeanine Áñez.</p><p>Ameaçados pelo aumento do antissemitismo, judeus</p><p>franceses enfrentam o dilema de votar entre a extrema esquerda</p><p>e a extrema direita13</p><p>A antecipação das eleições legislativas decidida pelo presidente</p><p>da França, Emmanuel Macron, colocou a maior comunidade judaica</p><p>da Europa, com 500 mil pessoas, diante de uma escolha difícil.</p><p>Seus membros se viam cercados por dois extremos, ambos com</p><p>conotações antissemitas.</p><p>A extrema direita, representada pelo Reagrupamento Nacional</p><p>de Marine Le Pen, tem raízes na xenofobia, no populismo e no ódio</p><p>aos judeus. A extrema esquerda, reunida na França Insubmissa</p><p>12 HENRIQUE, D. Militares tentam dar golpe de Estado na Bolívia e invadem</p><p>palácio presidencial, mas presidente consegue desmobilizar ato. Acre ao Vivo,</p><p>2024. Disponível em: https://www.acreaovivo.com/noticia/142885/militares-</p><p>-tentam-dar-golpe-de-estado-na-bolivia-e- invadem-palacio-presidencial-mas-</p><p>-presidente-consegue-desmobilizar-ato. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>13 O DILEMA dos eleitores judeus diante de uma escolha difícil na França. Cor-</p><p>reio Braziliense, 2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/</p><p>mundo/2024/06/6882198-o-dilema-dos- eleitores-judeus-diante-de-uma-esco-</p><p>lha-dificil-na-franca.html. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>7</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>de Jean-Luc Mélenchon,</p><p>responsabiliza exclusivamente Israel pela</p><p>guerra em Gaza, considera o Hamas um movimento legítimo de</p><p>resistência e defende boicotes e sanções contra Israel.</p><p>Manifestantes contra a extrema esquerda exibiram faixa que dizia</p><p>“O antissemitismo não é uma promessa de campanha”, em 14 de</p><p>junho de 2024.</p><p>Foto: AP Photo/Thomas Padilla.</p><p>Essa polarização, junto com a coligação centrista enfraquecida</p><p>liderada por Macron, confunde e divide os judeus franceses, gerando</p><p>reviravoltas surpreendentes. Um exemplo é o renomado historiador</p><p>Serge Klarsfeld, sobrevivente do Holocausto e conhecido caçador de</p><p>nazistas, que agora apoia o partido de Le Pen.</p><p>Klarsfeld, que em 2022 proclamou “Não a Le Pen, filha do</p><p>racismo e do antissemitismo” no jornal Libération, aos 88 anos,</p><p>agora acredita que o Reagrupamento Nacional amadureceu:</p><p>O Reagrupamento Nacional apoia os judeus, apoia o Estado</p><p>de Israel. Quando houver um partido antijudaico e um partido pró-</p><p>judaico, votarei no partido pró-judaico.</p><p>Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional (antecessora</p><p>do RN), foi condenado por discurso antissemita e minimizou o</p><p>Holocausto até ser expulso do partido pela filha Marine. Ela suavizou</p><p>a imagem do partido e mudou seu nome.</p><p>Nas duas últimas eleições, Marine Le Pen ficou em segundo</p><p>lugar, atrás de Macron. Após o ataque do Hamas a Israel em outubro</p><p>passado, Marine Le Pen participou de uma grande marcha em Paris</p><p>contra o antissemitismo e passou a cortejar eleitores judeus. No</p><p>entanto, a comunidade judaica encarou esse movimento com cautela.</p><p>Yonathan Arfi, presidente do Conselho Representativo das</p><p>Instituições Judaicas Francesas (Crif), afirmou: “Existem alternativas</p><p>a esta oposição entre uma esquerda antissemita e uma extrema</p><p>direita nacionalista e populista”. Ele destacou que, embora alguns</p><p>judeus pudessem ser atraídos pela extrema direita como resposta ao</p><p>antissemitismo, a maioria ainda veria essa como uma ameaça real.</p><p>Os partidos Socialista, Comunista e Verde se aliaram à França</p><p>Insubmissa na coligação Nova Frente Popular, contra a extrema</p><p>direita e sem a presença de Macron.</p><p>Mélenchon se tornou um crítico veemente da operação militar</p><p>israelense em Gaza e se recusou a classificar o Hamas como grupo</p><p>terrorista. Em uma postagem nas redes sociais, ele descreveu o</p><p>antissemitismo em manifestações pró-Palestina como “residual” e</p><p>“ausente”, o que gerou críticas de minimizar os atos contra judeus</p><p>no país.</p><p>Dica</p><p>Uma pesquisa do Instituto Francês de Opinião Pública, publicada</p><p>no início deste mês, mostrou que 92% dos judeus entrevistados</p><p>acreditam que o partido França Insubmissa contribui para o</p><p>aumento do antissemitismo no país. O RN foi mencionado</p><p>por 49% dos entrevistados, ficando em terceiro lugar, atrás do</p><p>partido ambientalista EELV.</p><p>Quase 60% dos judeus disseram que deixariam a França se o</p><p>partido de extrema esquerda estivesse no poder, indicando que</p><p>a escolha de domingo não trouxe qualquer entusiasmo para a</p><p>comunidade judaica.</p><p>BRASIL</p><p>UNICEF: 19% das pessoas no Brasil não têm dinheiro para</p><p>comprar absorventes14</p><p>Um estudo conduzido pelo Fundo das Nações Unidas para a</p><p>Infância (UNICEF) revelou que 19% das pessoas que menstruam no</p><p>Brasil enfrentam dificuldades financeiras para comprar absorventes.</p><p>A pesquisa, que contou com a participação de mais de duas mil</p><p>pessoas, apontou a pobreza menstrual como um sério obstáculo.</p><p>Gabriela Monteiro, oficial de participação de adolescentes do</p><p>UNICEF no Brasil, enfatizou que a pobreza menstrual não apenas</p><p>viola direitos, mas também representa um desafio significativo para</p><p>garantir a dignidade menstrual.</p><p>Desde 2021, o UNICEF tem aumentado a visibilidade desse</p><p>tema no Brasil, destacando as desigualdades enfrentadas por</p><p>meninas e adolescentes que menstruam.</p><p>Além da falta de acesso a absorventes, Monteiro sublinhou</p><p>que a dignidade menstrual inclui acesso a informações adequadas,</p><p>infraestrutura sanitária apropriada e um ambiente livre de</p><p>constrangimentos.</p><p>O estudo também revelou que 77% dos adolescentes</p><p>entrevistados já se sentiram constrangidos em espaços públicos ou</p><p>na escola por estarem menstruados. Esse cenário pode impactar</p><p>negativamente a educação, levando à evasão escolar e dificultando</p><p>a participação em atividades sociais e esportivas.</p><p>Diante desses desafios, Gabriela Monteiro enfatizou que a</p><p>pobreza menstrual é um problema complexo, influenciado por</p><p>questões de classe social e raça. Ela ressaltou a necessidade de</p><p>políticas públicas abrangentes para assegurar a dignidade menstrual</p><p>em todo o país.</p><p>Estudo revela que Brasil registrou seis casos diários de</p><p>antissemitismo em 202415</p><p>Em 2024, o Brasil registrou uma média de quase seis casos de</p><p>antissemitismo por dia, totalizando 886 denúncias, um aumento de</p><p>seis vezes em comparação ao mesmo período do ano anterior.</p><p>14 UNICEF: 19% das pessoas que menstruam não têm dinheiro para comprar</p><p>absorvente no Brasil. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://stories.cnnbrasil.</p><p>com.br/saude/unicef-19-nao-tem-dinheiro-para- comprar-absorventes-no-bra-</p><p>sil/. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>15 BRASIL registrou 6 casos de antissemitismo por dia em 2024, diz estudo.</p><p>Jornal de Barretos, 2024. Disponível em: https://jornaldebarretos.com.br/no-</p><p>ticias/brasil-registrou-6-casos-de-antissemitismo- por-dia-em-2024-diz-estudo/.</p><p>Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>88</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Essas informações estão na segunda edição do Relatório de Antissemitismo no Brasil, elaborado pela Confederação Israelita do Brasil</p><p>(Conib), em parceria com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e o Departamento de Segurança Comunitária (DSC), e</p><p>divulgado em um evento no Clube Hebraica, em São Paulo, em 11 de junho de 2024.</p><p>Claudio Lottenberg, presidente da Conib, afirmou em entrevista que “nós estamos indo para o caminho no qual a intolerância está se</p><p>normalizando e isso é muito ruim”. Segundo ele, a sociedade polarizada e intolerante é um problema cultural que precisa ser enfrentado.</p><p>Após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, o Brasil registrou 1.119 denúncias de antissemitismo entre 1º de outubro</p><p>e 31 de dezembro, cerca de 12 por dia, representando um aumento de quase 800% em relação às 125 denúncias do mesmo período do</p><p>ano anterior. Em novembro de 2023, houve uma média de 18 denúncias diárias de antissemitismo, 18 vezes mais do que a média de 2022.</p><p>Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, destacou a necessidade de uma abordagem educacional,</p><p>especialmente nas escolas, para combater o antissemitismo que pode ser aprendido em casa.</p><p>O relatório documentou atos de antissemitismo que incluíam agressões verbais e físicas contra membros da comunidade judaica,</p><p>vandalismo em sinagogas e arredores, bem como apologia e violência on-line.</p><p>• Antissemitismo nas redes sociais</p><p>O estudo também revelou um aumento significativo dos ataques à comunidade judaica nas redes sociais, com mais de mil ocorrências</p><p>em 2023, representando um crescimento de mais de 400% em comparação ao ano anterior.</p><p>O Instagram foi a plataforma com o maior número de casos no Brasil (43%), seguido pelo X (32%), que é a líder globalmente.</p><p>Em 2022, os ataques on-line representavam pouco mais da metade dos incidentes, mas essa proporção subiu para 74% em 2023. Os</p><p>discursos antissemitas nas redes sociais foram disseminados através de notícias e informações falsas ou manipuladas, muitas vezes por</p><p>perfis falsos. Além disso, imagens geradas por inteligência artificial também foram utilizadas para atacar a comunidade judaica.</p><p>“O aumento alarmante dos números exige ações urgentes para combater o ódio contra os membros da comunidade judaica brasileira”,</p><p>afirmou o presidente da Conib.</p><p>Oito em cada 10 casos de agressão contra mulheres ocorrem em casa, revela Atlas da Violência 202416</p><p>De acordo com o Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de</p><p>Segurança Pública (FBSP), oito em cada 10 casos de</p><p>agressão contra mulheres registrados em 2022 ocorreram dentro das casas das vítimas.</p><p>O levantamento foi baseado em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Dos 144,2</p><p>mil casos contabilizados, 116,8 mil (81%) ocorreram na residência das vítimas, enquanto 6,1% dos episódios aconteceram em vias públicas.</p><p>16 OITO em cada dez casos de agressão contra mulheres ocorreram em casa, diz Atlas da Violência. CNN Brasil, 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.</p><p>br/nacional/oito-em-cada-dez-casos-de- agressao-contra-mulheres-ocorreram-em-casa-diz-atlas-da-violencia/. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>9</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Os homens foram os principais agressores em casos de</p><p>violência doméstica e intrafamiliar, sendo responsáveis por 86,6%</p><p>dos incidentes. Em relação aos homicídios de mulheres, foram</p><p>registrados 3.806 casos em 2022, resultando em uma taxa de 3,5</p><p>homicídios por 100 mil habitantes. Roraima apresentou a taxa mais</p><p>elevada, com 10,4 homicídios por 100 mil habitantes, enquanto São</p><p>Paulo teve a menor taxa, com 1,5 por 100 mil habitantes.</p><p>Importante!</p><p>Desde 2020, a taxa de homicídios contra mulheres vem</p><p>diminuindo, quando era de 3,6 por 100 mil habitantes. Em 2017,</p><p>a taxa alcançou 4,7, o índice mais alto desde 2014.</p><p>Brasil tem a segunda maior taxa de juros real do mundo após</p><p>decisão do Banco Central17</p><p>A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do</p><p>Banco Central (BC) de manter a taxa de juros em 10,5% colocou o</p><p>Brasil na segunda posição entre 40 países com o maior juro real.</p><p>A taxa real de juros brasileira, de 6,79% ao ano, perde apenas</p><p>para a Rússia, que tem juros reais de 8,91%, conforme estudo do</p><p>economista Jason Vieira, divulgado pela plataforma MoneYou.</p><p>Os juros reais são calculados descontando a inflação da taxa</p><p>de juros nominal, refletindo o verdadeiro custo do dinheiro para</p><p>a economia. Esse cálculo leva em consideração tanto a inflação</p><p>projetada quanto os juros futuros estimados pelo mercado para</p><p>os próximos 12 meses. No caso do Brasil, a metodologia utilizou</p><p>a inflação projetada de 3,96% e a taxa de juros DI a mercado para</p><p>junho de 2025.</p><p>A manutenção da Selic em 10,5% pelo Copom, anunciada em</p><p>19 de junho de 2024, interrompeu um ciclo de queda iniciado em</p><p>agosto do ano anterior, quando a taxa estava em 13,75%.</p><p>A decisão, unânime entre os nove membros do colegiado</p><p>foi motivada pela resiliência da atividade econômica doméstica,</p><p>elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas,</p><p>além do clima de incerteza global.</p><p>O BC enfatizou que a política monetária deve permanecer</p><p>contracionista para consolidar o processo de desinflação e ancorar</p><p>as expectativas inflacionárias.</p><p>A decisão de interromper o ciclo de cortes na Selic ocorreu</p><p>em um contexto de aumento do temor do mercado quanto à</p><p>capacidade do governo de cumprir seu compromisso fiscal de zerar</p><p>o déficit das contas públicas.</p><p>A partir da semana da decisão, as projeções do Boletim Focus</p><p>indicavam que a Selic deve se manter em 10,5% até o final do ano,</p><p>uma revisão em relação às expectativas anteriores de que a taxa</p><p>encerraria 2024 em um dígito, a 9%.</p><p>Brasil alcança recorde de 100,7 milhões de pessoas</p><p>empregadas em 202318</p><p>Em 2023, a população ocupada no Brasil atingiu um recorde de</p><p>100,7 milhões de pessoas, representando um aumento de 1,1% em</p><p>relação a 2022 e de 12,3% em comparação a 2012.</p><p>17 CATTO, A. Brasil continua com o 2º maior juro real do mundo após BC manter</p><p>Selic inalterada; veja ranking. G1, 2024. Disponível em: https://g1.globo.com/</p><p>economia/noticia/2024/06/19/brasil-continua- com-o-2o-maior-juro-real-do-</p><p>-mundo-apos-selic-inalterada-veja-ranking.ghtml. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>18 CAMPOS, A. C. Em 2023, Brasil alcança recorde de 100,7 milhões de pessoas</p><p>ocupadas. Agência Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/mway6yp9.</p><p>Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>Esse contingente é parte de uma população em idade de</p><p>trabalhar estimada em 174,8 milhões de pessoas, com uma taxa de</p><p>ocupação de 57,6%.</p><p>No setor privado, o percentual de empregados com carteira</p><p>assinada subiu para 37,4% em 2023, em comparação a 36,3%</p><p>em 2022, com um total de 37,7 milhões de trabalhadores nessa</p><p>categoria, o maior registrado até então. Os empregados sem</p><p>carteira assinada no setor privado foram 13,3% do total em 2023,</p><p>uma ligeira queda em relação ao ano anterior.</p><p>Os empregados no setor público, incluindo servidores</p><p>estatutários e militares, mantiveram uma participação estável</p><p>em torno de 12% (12,2 milhões de trabalhadores). Trabalhadores</p><p>domésticos continuaram a representar 6% da população ocupada,</p><p>enquanto os empregadores diminuíram sua participação para 4,3%</p><p>em 2023.</p><p>A sindicalização entre os trabalhadores também teve destaque:</p><p>8,4% da população ocupada eram sindicalizados em 2023, uma</p><p>queda em relação aos 9,2% de 2022. As regiões Nordeste (9,5%)</p><p>e Sul (9,4%) apresentaram os maiores índices de sindicalização,</p><p>enquanto Norte (6,9%) e Centro-Oeste (7,3%) registraram os</p><p>menores.</p><p>Os setores com maior taxa de sindicalização em 2023 foram</p><p>agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (15%)</p><p>e administração pública, defesa e seguridade social, educação,</p><p>saúde humana e serviços sociais (14,4%).</p><p>Houve uma queda na sindicalização em atividades como</p><p>indústria geral, transporte, armazenagem e correio, bem como</p><p>em ofícios de informação, comunicação e atividades financeiras,</p><p>imobiliárias, profissionais e administrativas.</p><p>Empregadores e trabalhadores por conta própria totalizaram</p><p>cerca de 29,9 milhões de pessoas em 2023, com 33% deles</p><p>registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), um leve</p><p>declínio em relação ao ano anterior. As atividades de comércio e</p><p>serviços concentraram a maioria desses trabalhadores, com as</p><p>maiores taxas de cobertura no CNPJ.</p><p>Polícia Federal recupera livro raro de 1834 listado pela</p><p>Interpol19</p><p>A Polícia Federal recuperou uma obra rara que fazia parte do</p><p>acervo da Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. O livro,</p><p>intitulado Souvenirs de Rio de Janeiro, foi uma das peças literárias e</p><p>gravuras furtadas em 2006 e estava na lista de objetos procurados</p><p>pela Interpol.</p><p>Criado por Johann Jacob Steinmann entre 1834 e 1835,</p><p>o livro contém gravuras brasileiras pintadas à mão. Após 18</p><p>anos desaparecido, o item foi recuperado em uma operação de</p><p>cooperação policial internacional entre a Polícia Federal e a Polícia</p><p>Metropolitana de Londres (Scotland Yard).</p><p>19 BRASIL. Polícia Federal. PF recupera livro raro de paisagens brasileiras pinta-</p><p>do à mão no ano de 1834. Brasil, 2024. Disponível em: https:// www.gov.br/pf/</p><p>pt-br/assuntos/noticias/2024/06/pf-recupera-livro- raro-de-paisagens-brasilei-</p><p>ras-pintado-a-mao-no-ano-de-1834#:~:text=O%20livro%20de%20gravuras%20</p><p>brasileiras,de%20Londres%20(Scotland%20Yard). Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>1010</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>PF recupera livro raro pintado à mão de 1834 que constava em</p><p>lista da Interpol.</p><p>Foto: Polícia Federal.</p><p>• Patrimônio histórico e cultural resgatado de leilão</p><p>Desde o furto, ocorrido há 18 anos, a obra passou por um longo</p><p>trajeto temporal e geográfico. Saindo da Rua da Consolação, no</p><p>centro de São Paulo, o livro foi encontrado em Londres, na Inglaterra,</p><p>a mais de nove mil quilômetros de distância. A recuperação foi</p><p>possível graças a um trabalho de inteligência que envolveu bases</p><p>de dados sobre bens culturais e o rastreamento de itens valiosos</p><p>desviados.</p><p>O livro estava em posse de um brasileiro que se identificava</p><p>como colecionador e o havia adquirido legalmente em uma casa</p><p>de leilões na capital inglesa. Após a perícia, a obra será devolvida</p><p>à cidade de São Paulo e ficará novamente à disposição do público</p><p>brasileiro.</p><p>Em 2006, quando ocorreu o furto, a Prefeitura de São Paulo</p><p>emitiu uma nota comunicando o desaparecimento de livros</p><p>inteiros e de obras mutiladas da Biblioteca Mário de Andrade. O</p><p>comunicado descartava a hipótese de um grande</p><p>roubo realizado</p><p>de uma só vez, pois não havia sinais de arrombamento ou invasão</p><p>do prédio, sugerindo que os furtos foram realizados gradualmente.</p><p>Projeto de Lei do Aborto: aumenta o número de assinaturas</p><p>de apoio na Câmara20</p><p>Desde que recebeu autorização para tramitar em regime de</p><p>urgência na Câmara, o Projeto de Lei (PL) do Aborto, que equipara</p><p>a pena do aborto realizado após 22 semanas de gestação à de</p><p>um homicídio simples, ganhou o apoio de mais 24 deputados.</p><p>Entre os novos coautores do PL nº 1.904, de 2024, estão Eduardo</p><p>Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP),</p><p>totalizando 56 parlamentares.</p><p>Apesar do aumento no número de apoiadores, o PL ainda conta</p><p>com a maior parte das assinaturas do Partido Liberal, somando 36.</p><p>Os demais apoiadores são:</p><p>• cinco do União Brasil;</p><p>• quatro do Republicanos;</p><p>20 MAZIEIRO, G. Em meio a protestos, autor do PL do Aborto diz que apoio “só</p><p>aumenta”. Terra, 2024. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/gui-</p><p>lherme-mazieiro/em-meio-a-protestos-autor-do- pl-do-aborto-diz-que-apoio-</p><p>-so-aumenta,f8fed1aac14238a4255e6570a74a5bd37lrr05jf.html. Acesso em: 5</p><p>jul. 2024.</p><p>• três do MDB (Movimento Democrático Brasileiro);</p><p>• três do PP (Progressistas);</p><p>• um do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira);</p><p>• um do Podemos;</p><p>• um do PSD (Partido Social Democrata);</p><p>• um do Avante; e</p><p>• um do PRD (Partido Renovação Democrática).</p><p>Entre os novos deputados que aderiram ao projeto, a única</p><p>mulher é Silvia Waiãpi (PL-AP), cujo mandato foi cassado em 19 de</p><p>junho de 2024 sob alegação de uso indevido de verba eleitoral para</p><p>procedimentos estéticos.</p><p>O avanço do PL reacendeu o debate sobre o tema no país. O</p><p>presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da</p><p>Silva Gallo, reafirmou a posição contrária à assistolia fetal, técnica</p><p>de aborto utilizada após 22 semanas de gestação.</p><p>Paralelamente, organizações de direitos humanos, como a</p><p>Comissão Arns e uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil</p><p>(OAB), publicaram notas de repúdio ao PL do Aborto.</p><p>Após a repercussão, a única deputada a retirar seu apoio</p><p>foi Renilce Nicodemos (MDB-PA), integrante tanto da bancada</p><p>evangélica quanto da base governista. Ela pediu a exclusão de seu</p><p>nome da lista após saber que, com o PL, mulheres vítimas de estupro</p><p>poderiam enfrentar penas mais severas do que seus agressores.</p><p>Além de Waiãpi, outras 11 mulheres são coautoras do PL do</p><p>Aborto:</p><p>• Julia Zanatta (PL-SC);</p><p>• Carla Zambelli (PL-SP);</p><p>• Cristiane Lopes (União-RO);</p><p>• Franciane Bayer (Republicanos-RS);</p><p>• Simone Marquetto (MDB-SP);</p><p>• Greyce Elias (Avante-MG);</p><p>• Dayany Bittencourt (União-CE);</p><p>• Bia Kicis (PL-DF);</p><p>• Coronel Fernanda (PL-MT);</p><p>• Lêda Borges (PSDB-GO); e</p><p>• Ely Santos (Republicanos-SP).</p><p>• Lista atualizada dos 56 deputados autores do PL nº 1.904,</p><p>de 2024</p><p>▪ Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);</p><p>▪ Deputado Mauricio Marcon (Podemos-RS);</p><p>▪ Deputado Sargento Fahur (PSD-PR);</p><p>▪ Deputado Sargento Gonçalves (PL-RN);</p><p>▪ Deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB);</p><p>▪ Deputado General Girão (PL-RN);</p><p>▪ Deputado Zé Trovão (PL-SC);</p><p>▪ Deputado Delegado Fabio Costa (PP-AL);</p><p>▪ Deputado Coronel Assis (União-MT);</p><p>▪ Deputado Marcos Pollon (PL-MS);</p><p>▪ Deputado Pastor Diniz (União-RR);</p><p>▪ Deputado Messias Donato (Republicanos-ES);</p><p>▪ Deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP);</p><p>▪ Deputado Junio Amaral (PL-MG);</p><p>▪ Deputado Dr. Frederico (PRD-MG);</p><p>▪ Deputado Delegado Palumbo (MDB-SP);</p><p>▪ Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP);</p><p>▪ Deputado André Fernandes (PL-CE);</p><p>▪ Dep. Coronel Chrisóstomo (PL-RO);</p><p>▪ Deputado Gustavo Gayer (PL-GO);</p><p>ATUALIDADES</p><p>11</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>▪ Deputada Julia Zanatta (PL-SC);</p><p>▪ Deputada Cristiane Lopes (União-RO);</p><p>▪ Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG);</p><p>▪ Deputado Pezenti (MDB-SC);</p><p>▪ Deputada Franciane Bayer (Republicanos-RS);</p><p>▪ Deputada Simone Marquetto (MDB-SP);</p><p>▪ Deputado Rodrigo Valadares (União-SE);</p><p>▪ Deputado Filipe Barros (PL-PR);</p><p>▪ Deputado Bibo Nunes (PL-RS);</p><p>▪ Deputado Mario Frias (PL-SP);</p><p>▪ Deputada Silvia Waiãpi (PL-AP);</p><p>▪ Deputado Fred Linhares (Republicanos-DF);</p><p>▪ Deputado Capitão Alden (PL-BA);</p><p>▪ Deputado Abilio Brunini (PL-MT);</p><p>▪ Deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES);</p><p>▪ Deputado Delegado Ramagem (PL-RJ);</p><p>▪ Deputado Marcelo Moraes (PL-RS);</p><p>▪ Deputado Eros Biondini (PL-MG);</p><p>▪ Deputado Delegado Caveira (PL-PA);</p><p>▪ Deputada Greyce Elias (Avante-MG);</p><p>▪ Deputada Dayany Bittencourt (União-CE);</p><p>▪ Deputado Gilvan da Federal (PL-ES);</p><p>▪ Deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS);</p><p>▪ Deputada Bia Kicis (PL-DF);</p><p>▪ Deputado Adilson Barroso (PL-SP);</p><p>▪ Deputado Filipe Martins (PL-TO);</p><p>▪ Deputada Coronel Fernanda (PL-MT);</p><p>▪ Deputado Dr. Luiz Ovando (PP-MS);</p><p>▪ Deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA);</p><p>▪ Deputada Carla Zambelli (PL-SP);</p><p>▪ Deputado Pastor Eurico (PL-PE);</p><p>▪ Deputado Paulo Freire Costa (PL-SP);</p><p>▪ Deputada Lêda Borges (PSDB-GO);</p><p>▪ Deputado Eli Borges (PL-TO);</p><p>▪ Deputada Ely Santos (Republicanos-SP);</p><p>▪ Deputado José Medeiros (PL-MT).</p><p>• O que diz o autor do projeto</p><p>Embora o PL tenha 56 autores, ele é liderado pelo deputado</p><p>Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Cavalcante reconhece que o projeto</p><p>pode passar por ajustes e que está aberto para debate.</p><p>“O projeto está aí para ser debatido, para ser ajustado, para ser</p><p>corrigido, se tiver alguma coisa para ser corrigida, no entendimento</p><p>de 512 parlamentares”, afirmou o deputado sobre a possibilidade</p><p>de adiamento da votação e a criação de uma comissão para debater</p><p>o PL.</p><p>• O que muda com o PL do Aborto</p><p>O aborto é proibido no Brasil, exceto em três situações:</p><p>▪ gravidez resultante de estupro;</p><p>▪ gravidez de feto anencéfalo (malformação fetal);</p><p>▪ quando não há outro meio de salvar a vida da gestante.</p><p>Na legislação atual, não há um prazo fixo para que o aborto seja</p><p>realizado nessas condições. O PL nº 1.904, de 2024, propõe uma</p><p>punição para casos em que a interrupção da gravidez ocorra após</p><p>22 semanas de gestação. A pena seria equivalente à do crime de</p><p>homicídio simples: de seis a 20 anos de prisão.</p><p>Livro “O Menino Marrom” de Ziraldo tem uso suspenso em</p><p>escolas de cidade em MG21</p><p>A prefeitura de Conselheiro Lafaiete (MG), situada a cerca de</p><p>100 km de Belo Horizonte, decidiu suspender temporariamente o</p><p>uso do livro O Menino Marrom, de Ziraldo, das atividades escolares</p><p>em resposta a reclamações de pais de alunos sobre a obra.</p><p>O Menino Marrom, obra de Ziraldo.</p><p>Foto: Editora Melhoramentos.</p><p>Em 20 de junho de 2024, a secretaria de educação do</p><p>município emitiu uma nota esclarecendo que o livro não foi</p><p>retirado das escolas, mas, sim, que os trabalhos envolvendo a obra</p><p>foram suspensos temporariamente. Isso foi feito para realizar uma</p><p>readequação pedagógica visando evitar interpretações equivocadas</p><p>e garantir um plano de trabalho que responda às preocupações da</p><p>comunidade escolar.</p><p>A secretaria também informou que promoverá uma live com</p><p>a comunidade escolar na próxima semana para discutir os temas</p><p>abordados no livro. De 25 de junho a 1º de julho, as unidades</p><p>escolares organizarão rodas de conversa entre professores e</p><p>membros da comunidade para esclarecer os pontos levantados</p><p>sobre as temáticas tratadas.</p><p>A pasta destacou que repudia qualquer ideia de censura</p><p>e reafirmou seu compromisso com a liberdade de expressão,</p><p>pluralidade e respeito a todos. Ressaltou, ainda, que nunca foi</p><p>21 MARIE, M.; ANDRADE, J. ‘O menino marrom’: Justiça determina volta do livro</p><p>em escolas de cidade de MG. G1, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/2db-</p><p>6nv2n. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>1212</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>cogitada qualquer ação além de manter o livro em seu acervo</p><p>escolar e promover um debate amplo sobre os importantes temas</p><p>abordados na obra de Ziraldo.</p><p>• História da obra</p><p>Os trechos do livro O Menino Marrom, de Ziraldo, mostram a</p><p>amizade intensa entre dois garotos, independentemente de suas</p><p>cores de pele. Eles crescem juntos, compartilham experiências</p><p>e brincadeiras e enfrentam desafios como a recusa de uma idosa</p><p>em aceitar ajuda. Há momentos de reflexão sobre o significado das</p><p>cores</p><p>e das diferenças.</p><p>A história envolve também uma promessa de amizade eterna,</p><p>simbolizada inicialmente por um pacto de sangue que acabam</p><p>substituindo por tinta azul, assinando seus nomes juntos. No final,</p><p>o menino marrom expressa saudade ao amigo distante e uma nova</p><p>compreensão sobre cores e diferenças.</p><p>Ricardo Nunes sanciona lei que homenageia Rita Lee com</p><p>nome de praça no Parque do Ibirapuera22</p><p>O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou um</p><p>projeto de lei que renomeia a Praça da Paz, localizada no Parque do</p><p>Ibirapuera, para “Praça da Paz — Rita Lee”. A sanção ocorreu em 21</p><p>de junho de 2024.</p><p>Inicialmente, o projeto de lei propunha que todo o parque fosse</p><p>renomeado para Ibirapuera-Rita Lee, em homenagem à cantora</p><p>que faleceu em maio de 2023, aos 75 anos, vítima de câncer de</p><p>pulmão. De autoria da vereadora Luna Zarattini (PT), a proposta foi</p><p>enviada à Câmara dois dias após a morte da artista e aprovada por</p><p>unanimidade na primeira votação. Na segunda votação, foi decidido</p><p>alterar o nome apenas da praça.</p><p>Rita Lee, nascida na Vila Mariana, bairro onde o Parque do</p><p>Ibirapuera está localizado, era uma frequentadora assídua do</p><p>parque, como relata em Rita Lee: Uma Autobiografia, publicado</p><p>em 2016. Além de ter seu nome agora associado a uma parte do</p><p>Ibirapuera, a cantora também é homenageada em Jandira, na</p><p>Grande São Paulo, com a “Rua Rita Lee”.</p><p>A legislação prevê que todas as despesas relacionadas à</p><p>alteração do nome da praça serão cobertas pelo orçamento</p><p>municipal, evidenciando o reconhecimento oficial da importância</p><p>de Rita Lee para a cultura e a história de São Paulo. Isso garante que</p><p>sua memória continue viva na cidade.</p><p>A Praça da Paz — Rita Lee se torna não apenas um espaço</p><p>público, mas também um ponto de encontro para os fãs da cantora</p><p>e para todos aqueles que admiram sua trajetória e talento. Esse</p><p>é um tributo sincero e significativo, que reflete a importância da</p><p>música e da arte para a identidade de São Paulo.</p><p>Portanto, se você é admirador de Rita Lee ou simplesmente</p><p>aprecia a música brasileira, não deixe de visitar a Praça da Paz —</p><p>Rita Lee no Parque Ibirapuera. É uma oportunidade de conhecer</p><p>um lugar emblemático de São Paulo e se conectar com a história e</p><p>o legado de uma das maiores artistas do país.</p><p>Dica</p><p>Rita Lee marcou profundamente a música brasileira com sua</p><p>voz inconfundível e letras impactantes. Sua presença única</p><p>influenciou gerações e conquistou corações por todo o país.</p><p>Agora, a cidade de São Paulo reconhece sua importância ao</p><p>renomear um espaço tão significativo em sua homenagem.</p><p>22 RIBEIRO, B. Nunes sanciona lei que batiza praça no Parque Ibirapuera de Rita</p><p>Lee. Metrópoles, 2024. Disponível em: https://www.metropoles.com/sao-pau-</p><p>lo/nunes-sanciona-praca-ibirapuera-rita-lee. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>Descriminalização do porte de maconha23</p><p>Após nove anos de interrupções consecutivas, o Supremo</p><p>Tribunal Federal (STF) concluiu, em 26 de junho de 2024, o</p><p>julgamento que descriminalizou o porte de maconha para uso</p><p>pessoal, estabelecendo o limite de 40 g para diferenciar usuários de</p><p>traficantes, com uma votação de seis a três.</p><p>Com essa decisão, não será considerada infração penal</p><p>adquirir, guardar, transportar ou portar até 40 g de maconha para</p><p>consumo próprio. A medida entrará em vigor em todo o país após</p><p>a publicação oficial do julgamento, esperada para os próximos dias.</p><p>A decisão do STF não legalizou o porte de maconha. O porte</p><p>para uso pessoal continua sendo um ato ilícito; ainda é proibido</p><p>consumir a droga em locais públicos, mas as consequências passam</p><p>a ser de natureza administrativa, e não criminal.</p><p>O Supremo avaliou a constitucionalidade do art. 28, da Lei de</p><p>Drogas (Lei nº 11.343, de 2006). A norma, que diferencia usuários de</p><p>traficantes, prevê penas alternativas, como prestação de serviços à</p><p>comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e participação</p><p>obrigatória em cursos educativos.</p><p>Embora a lei tenha abolido a pena de prisão, a criminalização</p><p>foi mantida. Antes da decisão do STF, usuários de drogas eram</p><p>submetidos a inquéritos policiais e processos judiciais que buscavam</p><p>a imposição dessas penas alternativas;</p><p>• Principais pontos da decisão</p><p>▪ Punição administrativa</p><p>A Corte manteve a validade da Lei de Drogas, mas decidiu que</p><p>as consequências para o porte de maconha para uso pessoal serão</p><p>administrativas, eliminando a possibilidade de cumprimento de</p><p>prestação de serviços comunitários.</p><p>A advertência e a presença obrigatória em curso educativo</p><p>continuam mantidas e devem ser aplicadas pela Justiça em</p><p>procedimentos administrativos, sem repercussão penal. Além disso,</p><p>o registro de antecedentes criminais não poderá ser considerado</p><p>contra os usuários.</p><p>▪ Usuário vs. traficante</p><p>A Corte determinou que a quantidade de maconha para</p><p>caracterizar porte para uso pessoal deve ser de até 40 g ou seis</p><p>plantas fêmeas de cannabis, diferenciando usuários de traficantes.</p><p>Esse valor foi definido com base na média dos votos dos ministros,</p><p>que sugeriram quantidades entre 25 g e 60 g.</p><p>A decisão permite a prisão por tráfico de drogas em casos de</p><p>posse de menos de 40 g, desde que haja indícios de comercialização,</p><p>como apreensão de balanças, registros de vendas e contatos entre</p><p>traficantes.</p><p>▪ Delegacia</p><p>A decisão não impede abordagens policiais, e os agentes</p><p>poderão apreender a droga. Usuários podem ser levados para</p><p>uma delegacia ao serem abordados portando maconha. Cabe</p><p>ao delegado pesar a droga e verificar se a situação se configura</p><p>como porte para uso pessoal. O usuário será, então, notificado a</p><p>comparecer à Justiça, mas não pode ser preso em flagrante.</p><p>23 RICHTER, A. Entenda a decisão do STF sobre descriminalização do porte de</p><p>maconha. Agência Brasil, 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/m5r83z8a.</p><p>Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>ATUALIDADES</p><p>13</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>▪ Revisão</p><p>Após o julgamento, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso,</p><p>afirmou que a decisão pode retroagir para beneficiar pessoas</p><p>condenadas pela Justiça. Ele explicou que a decisão pode favorecer</p><p>aqueles condenados exclusivamente por porte de até 40 g de</p><p>maconha, sem vínculos com o tráfico. A revisão da pena não é</p><p>automática e requer um recurso apresentado à Justiça.</p><p>“A regra básica em matéria de Direito Penal é que a lei não</p><p>retroage se ela agravar a situação de quem é acusado ou esteja</p><p>preso. Para beneficiar, é possível”, disse Barroso.</p><p>Novo Plano de Educação eleva metas de alfabetização e foca</p><p>em equidade e cidadania digital24</p><p>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) previa assinar o novo</p><p>Plano Nacional de Educação (PNE) em 26 de junho de 2024. Esse</p><p>novo plano estabelecerá metas mais ambiciosas para os índices</p><p>de alfabetização e incluirá objetivos para promover equidade e a</p><p>cidadania digital.</p><p>De acordo com Gregório Grisa, secretário-executivo adjunto</p><p>do Ministério da Educação (MEC), o novo PNE terá 18 objetivos</p><p>educacionais, dois a menos que o plano atual. Cada objetivo será</p><p>detalhado por 58 indicadores específicos, o que permitirá metas</p><p>mais precisas.</p><p>Além de focar na alfabetização e na cidadania digital, o plano</p><p>irá definir metas para aumentar o número de matrículas em ensino</p><p>integral e o acesso de crianças a creches. Melhorar a qualidade da</p><p>educação, especialmente em termos de infraestrutura e recursos</p><p>humanos, também será uma prioridade.</p><p>O novo PNE também terá diretrizes voltadas para reduzir</p><p>desigualdades de raça, gênero e região, abrangendo diversas</p><p>modalidades educacionais e investindo na educação de indígenas,</p><p>quilombolas e comunidades rurais.</p><p>Gregório Grisa destacou que o objetivo principal é criar um</p><p>plano nacional focado na equidade e no combate à desigualdade</p><p>na educação. Ele mencionou que, no PNE atual, a média de alcance</p><p>das metas foi de 76%, com apenas quatro indicadores atingindo</p><p>100% e 47 superando os 50% de cumprimento.</p><p>O PNE orienta estados e municípios, estabelecendo metas para</p><p>melhorar a qualidade do ensino no Brasil. Com validade de 10 anos,</p><p>o plano atual, publicado em 2014, expirou em 25 de junho de 2024.</p><p>Após a assinatura por Lula, o novo plano será encaminhado ao</p><p>Congresso Nacional para análise, seguindo o processo legislativo</p><p>iniciado com a prorrogação do PNE pelo Senado até 31 de dezembro</p><p>deste ano, aguardando análise pela Câmara dos Deputados desde</p><p>maio.</p><p>Estudo aponta recorde de queimadas no Brasil no primeiro</p><p>semestre de 202425</p><p>Os biomas brasileiros enfrentaram um aumento alarmante no</p><p>número de queimadas nos primeiros seis meses de 2024, conforme</p><p>revelado por um levantamento da WWF-Brasil. O Pantanal e o</p><p>24 BOECHAT, G. Nova Plano de Educação aumenta metas para alfabetização</p><p>e mira equidade e cidadania digital. Égide, 2024. Disponível em: https://www.</p><p>egidedesenvolvimento.com.br/noticias/novo-plano-de-educacao-aumenta-me-</p><p>tas-para-alfabetizacao-e-mira-equidade-e-cidadania -digital/3266. Acesso em:</p><p>5 jul. 2024.</p><p>25 BRASIL bate recorde de queimadas no primeiro semestre de 2024, diz estu-</p><p>do. Rondonoticias.com.br, 2024. Disponível em: https://rondonoticias.com.br/</p><p>noticia/brasil/124618/brasil-bate-recorde-de- queimadas-no-primeiro-semes-</p><p>tre-de-2024-diz-estudo. Acesso em: 5 jul. 2024.</p><p>Cerrado registraram os maiores números de focos de incêndio</p><p>desde que as medições começaram em 1988 pelo Instituto Nacional</p><p>de Pesquisas Espaciais (INPE).</p><p>No Pantanal, de 1º de janeiro a 23 de junho, foram detectados</p><p>3.262 focos de queimadas, um aumento significativo de mais de 22</p><p>vezes em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse é</p><p>o maior número já registrado na série histórica do INPE para essa</p><p>região.</p><p>Na Amazônia, foram contabilizados 12.696 focos de queimadas</p><p>no mesmo período, representando um aumento de 76% em relação</p><p>a 2023 e o maior valor desde 2004. Em termos históricos, o número</p><p>de incêndios na Amazônia em 2024 só foi superado em 2003 e 2004.</p><p>É importante notar que esse aumento ocorreu após dois anos</p><p>consecutivos de queda no desmatamento, diferenciando-se dos</p><p>altos índices de desmatamento observados nas décadas passadas.</p><p>A situação reflete um cenário preocupante para a biodiversidade</p><p>e para as comunidades locais, destacando a necessidade urgente de</p><p>medidas eficazes de prevenção e combate aos incêndios, além de</p><p>políticas robustas de conservação ambiental e manejo sustentável</p><p>dos recursos naturais.</p><p>• Reflexos da crise climática</p><p>A crise climática tem desempenhado um papel crucial no</p><p>aumento alarmante das queimadas nos biomas brasileiros em 2024,</p><p>conforme apontam especialistas. Tradicionalmente, as queimadas</p><p>na Amazônia estavam ligadas ao desmatamento, sendo o fogo</p><p>usado para limpar áreas recém-desmatadas. No entanto, neste ano,</p><p>mesmo com uma redução no desmatamento, o número de focos de</p><p>incêndio aumentou significativamente, sugerindo uma relação mais</p><p>direta com a crise climática.</p><p>Desde 2023, a Amazônia enfrenta uma seca severa, o que</p><p>pode estar exacerbando a propagação dos incêndios. Além disso,</p><p>outros biomas como o Pantanal e o Cerrado também registraram</p><p>recordes de queimadas no primeiro semestre de 2024. No Pantanal,</p><p>por exemplo, houve 3.262 focos de incêndio até 23 de junho, um</p><p>aumento significativo em relação ao mesmo período do ano</p><p>anterior, mesmo após os devastadores incêndios de 2020 que</p><p>afetaram severamente a região.</p><p>No Cerrado, foram detectados 12.097 focos de queimadas no</p><p>mesmo período, um aumento de 32% se em comparação a 2023.</p><p>O estado de Mato Grosso teve um aumento ainda mais expressivo,</p><p>com um aumento de 85% nos focos de incêndio, atribuído em grande</p><p>parte às mudanças climáticas e ao aumento do desmatamento para</p><p>expansão agropecuária.</p><p>A combinação de fatores como alterações climáticas,</p><p>desmatamento e eventos climáticos extremos como o El Niño tem</p><p>contribuído para um ciclo de secas mais severas e prolongadas,</p><p>afetando diretamente o ciclo de chuvas e a disponibilidade de água</p><p>nos biomas brasileiros. Isso não apenas intensifica as condições</p><p>ideais para os incêndios, mas também ameaça a biodiversidade</p><p>única dessas regiões e coloca em risco comunidades locais que</p><p>dependem desses ecossistemas para sustento e qualidade de vida.</p><p>Dica</p><p>Diante desse cenário, a necessidade de políticas públicas</p><p>robustas, que promovam a conservação ambiental, o manejo</p><p>sustentável dos recursos naturais e a mitigação dos efeitos das</p><p>mudanças climáticas, torna-se ainda mais urgente para proteger</p><p>os biomas brasileiros e suas riquezas naturais.</p><p>ATUALIDADES</p><p>1414</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• Queima “controlada” será crime</p><p>A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA),</p><p>Marina Silva, anunciou que a prática de “queimas controladas” para</p><p>manejo, seja para pasto ou cultivo, está temporariamente proibida e</p><p>será criminalizada nas áreas da Amazônia, Cerrado e Pantanal. Essa</p><p>medida vem como resposta aos danos causados pelas queimadas</p><p>nessas regiões, exacerbados pela seca severa enfrentada em 2024.</p><p>A restrição está em vigor até 30 de novembro para Amazônia e</p><p>Cerrado, e até 31 de dezembro para o Pantanal. Essa decisão busca</p><p>conter a propagação de incêndios florestais e proteger esses biomas</p><p>críticos para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental.</p><p>1</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>ATUALIDADES</p><p>MUNDO</p><p>Esqueletos humanos sem mãos e pés são encontrados</p><p>em antiga base militar nazista, levantando questões sobre seu</p><p>passado sombrio1</p><p>A descoberta dos esqueletos sem mãos e pés na antiga base</p><p>militar nazista na Polônia foi profundamente perturbadora e lança</p><p>luz sobre os horrores do passado. Os corpos foram encontrados</p><p>nas proximidades da residência do comandante nazista Hermann</p><p>Göring, o que levantou questões sobre o que realmente aconteceu</p><p>naquele local sombrio durante os dias do Terceiro Reich.</p><p>A disposição dos corpos, voltados na mesma direção, e a</p><p>ausência de vestígios de roupas sugerem que essas mortes foram</p><p>cuidadosamente planejadas e executadas de maneira brutal. A</p><p>descoberta foi ainda mais chocante devido ao fato de os esqueletos</p><p>pertencerem a três adultos, um adolescente e um bebê recém-</p><p>nascido, evidenciando a crueldade sem limites dos perpetradores.</p><p>A investigação policial em andamento se mostra crucial para</p><p>revelar a verdade por trás desses trágicos eventos. A ausência de</p><p>mãos e pés nos esqueletos levantou muitas perguntas sobre os</p><p>motivos desses atos desumanos, e é fundamental que sejam feitos</p><p>esforços para identificar e responsabilizar os responsáveis por esses</p><p>crimes hediondos.</p><p>A importância histórica dessa descoberta não pode ser</p><p>subestimada. Ela lança uma nova luz sobre os horrores do regime</p><p>nazista e serve como um lembrete sombrio das atrocidades que</p><p>ocorreram durante a Segunda Guerra Mundial. A preservação e a</p><p>análise cuidadosa desses restos mortais são essenciais para honrar</p><p>a memória das vítimas e para garantir que tais atrocidades nunca</p><p>se repitam.</p><p>Estatal de gás russa registra primeiro prejuízo anual em 20</p><p>anos devido ao colapso das vendas para a Europa2</p><p>O prejuízo líquido de 629 bilhões de rublos (US$ 6,9 bilhões)</p><p>anunciado pela Gazprom em 2023 marcou um ponto de inflexão</p><p>significativo para a estatal russa do gás, representando seu primeiro</p><p>prejuízo anual em mais de duas décadas. Esse resultado foi uma</p><p>surpresa para os analistas, que esperavam um lucro líquido de 447</p><p>bilhões de rublos (US$ 4,9 bilhões).</p><p>A queda nas vendas para a Europa foi um fator determinante</p><p>1 ARQUEÓLOGOS encontram esqueletos sem as mãos e os pés em antiga base</p><p>militar nazista na Polônia. UOL, 2024. Disponível em: https://cultura.uol.com.br/</p><p>noticias/65932_arqueologos-encontram- esqueletos-sem-as-maos-e-pes-em-</p><p>-antiga-base-militar-nazista-na-polonia.html. Acesso em: 13 jun. 2024.</p><p>2 ESTATAL russa sofre prejuízo histórico com gás em mais de 20 anos. O Anta-</p><p>gonista, 2024. Disponível em: https://oantagonista.com.br/mundo/estatal-rus-</p><p>sa-sofre-prejuizo-historico-com-gas-em-mais-de-20- anos/. Acesso em 13 jun.</p><p>2024.</p><p>nesse prejuízo, resultado das consequências políticas do conflito</p><p>na Ucrânia. As exportações de gás da Rússia despencaram,</p>

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