1 HISTORIA DA ETICA

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<p>10/09/2024</p><p>1</p><p>ÉTICA E</p><p>DEONTOLOGIA</p><p>KARLA RAKEL GONÇALVES LUZ</p><p>CONTEÚDO PROGRAMÁTICO</p><p>•Histórico da Ética</p><p>•Diferença entre Moral e Ética</p><p>•Bioética – história, tipos e sua utilização e importância na</p><p>Fisioterapia</p><p>•Código de Nuremberg, de 1947;</p><p>•Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948;</p><p>•Declaração de Helsinque, adotada em 1964 e suas versões de</p><p>1975, 1983, 1989, 1996 e 2000; 2002; 2004; 2008; 2013</p><p>•Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos</p><p>Humanos, de 1997;</p><p>10/09/2024</p><p>2</p><p>ÉTICA</p><p>• A palavra ética tem origem no termo grego ethos e</p><p>significa caráter, hábito, costume, modo de ser;</p><p>•O propósito da ética e a distinção entre o bem e o mal, o</p><p>certo e o errado;</p><p>•A escolha do melhor caminho para uma vida “boa” dentro</p><p>de um contexto social, seja ele individual, seja ele coletivo.</p><p>•É histórica e socialmente construída através das relações</p><p>humanas.</p><p>ÉTICA</p><p>• A ética é baseada nas virtudes e nos comportamentos; ela não</p><p>nos proporciona conforto, e sim dilemas.</p><p>• A ética é assunto discutido há mais de 2 mil anos e ainda é um</p><p>tema atual e necessário para o convívio em sociedade.</p><p>• tudo que for bom para você e para a sociedade;</p><p>•tudo o que for justo;</p><p>•tudo o que for verdadeiro;</p><p>• tudo que for correto.</p><p>10/09/2024</p><p>3</p><p>ÉTICA</p><p>•A ética tem por objetivo discutir,</p><p>problematizar, investigar e interpretar</p><p>os valores morais.</p><p>•Adquirida pelo comportamento</p><p>humano diante de diversas situações</p><p>cotidianas.</p><p>•Para os antigos era uma maneira de</p><p>educar o sujeito moral (seu caráter)</p><p>com o objetivo de propiciar uma</p><p>harmonia entre o indivíduo e os</p><p>valores coletivos.</p><p>ÉTICA X BIOÉTICA</p><p>• A ética é uma ciência, uma crítica reflexiva</p><p>sobre o que é bom ou mau, sobre o</p><p>comportamento humano.</p><p>•Ela não estabelece regras como a moral e o</p><p>direito, ela analisa criticamente as regras</p><p>impostas pela moral e pelo direito.</p><p>• Subsidia uma discussão teórica justa sobre</p><p>um determinado tema.</p><p>•Bioética: ética aplicada.</p><p>10/09/2024</p><p>4</p><p>Por que estudar e conhecer a Bioética?</p><p>• Avanços científicos e tecnológicos das últimas décadas vêm</p><p>acompanhados de crescentes e difíceis dilemas éticos que devem ser</p><p>enfrentados e discutidos nesta importante fase da formação</p><p>profissional;</p><p>• Reprodução assistida, o projeto genoma humano e a medicina</p><p>preditiva, os transplantes, a eutanásia e o prolongamento da vida;</p><p>• Fundamental importância dos aspectos normativos relacionados com</p><p>a ética em pesquisa e principalmente o detalhado conhecimento da</p><p>Resolução n. 466/12.</p><p>HISTÓRICO</p><p>• Hipócrates (século IV a.C.): considerado o “pai da medicina”, as</p><p>camadas sociais eram bem definidas em formato de pirâmide. Na</p><p>base da pirâmide encontrava-se a grande maioria das pessoas</p><p>(escravos, prisioneiros de guerras), no meio estavam os cidadãos</p><p>(artesãos, agricultores) e no topo da pirâmide estavam governantes,</p><p>sacerdotes e médicos.</p><p>• Médicos tinham a função de curar pessoas e eram considerados</p><p>“semideuses”, atribuindo a eles uma atitude “paternalista” que se</p><p>identifica em muitos profissionais até hoje!</p><p>10/09/2024</p><p>5</p><p>HISTÓRICO</p><p>•A fragmentação do saber levou ao entendimento de que o paciente é</p><p>uma pessoa única e que deve ser considerado em sua totalidade e em</p><p>todas as suas dimensões e não em partes.</p><p>• No século XIX com a evolução dos microscópios, vários</p><p>microrganismos foram descobertos e mudou-se o foco do “paciente”</p><p>para a “doença”.</p><p>•Preocupação em estudar o que causava a doença do que as</p><p>consequências que essa doença podia ocasionar ao paciente.</p><p>HISTÓRICO</p><p>• Exploração de recursos e o aparecimento de novas tecnologias</p><p>colocaram em risco a vida no planeta – necessário criar um campo</p><p>de conhecimento que proporcionasse ao ser humano um</p><p>questionamento sobre suas ações perante os seres vivos como um</p><p>todo.</p><p>•Van Rensellaer Potter: pesquisador da área de oncologia. Com os</p><p>avanços tecnológicos e científicos, ensejou a criação de um ramo</p><p>que auxiliasse as pessoas a pensar nas implicações positivas e/ou</p><p>negativas dos avanços sobre a vida dos seres vivos.</p><p>•Estabelecer diálogo entre as ciências da vida (bios) e a sabedoria</p><p>prática (ethos) – Bioética.</p><p>10/09/2024</p><p>6</p><p>BIOÉTICA</p><p>• Criada por Potter em 1970: compromisso global com o</p><p>equilíbrio e a preservação da relação dos seres humanos com o</p><p>ecossistema e com a própria sobrevivência no planeta.</p><p>• Estudo interdisciplinar das ciências da vida e da atenção à saúde</p><p>voltado para a análise de decisões, formulação de juízos práticos</p><p>e políticos sobre decisões e atos voltados aos princípios morais,</p><p>envolvendo domínios acadêmicos, profissionais, técnicos e</p><p>científicos.</p><p>BIOÉTICA</p><p>•Termo Bioética – 1927, proposto por Fritz Jahr no periódico</p><p>Kosmos, no artigo Bioética: uma revisão do relacionamento</p><p>ético dos humanos em relação aos animais e plantas.</p><p>•“Ética da vida”.</p><p>10/09/2024</p><p>7</p><p>BIOÉTICA</p><p>• Norteia a tomar decisões importantes, mostra-</p><p>nos como nos relacionar com o paciente de</p><p>forma ética e humanizada.</p><p>• Guia em nossas angústias e dilemas durante a</p><p>prática clínica.</p><p>• Sem os conceitos básicos da Bioética,</p><p>dificilmente conseguiremos enfrentar um dilema</p><p>de maneira ética/humanizada.</p><p>CONCEITO DE BIOÉTICA</p><p>• Um dos conceitos que definem Bioética é que essa é a ciência</p><p>que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da</p><p>intervenção do homem sobre a vida.</p><p>• Ciência que estuda o impacto das novas tecnologias sobre a</p><p>vida.</p><p>• Como área de pesquisa, necessita ser estudada por meio de</p><p>uma metodologia interdisciplinar – profissionais de diversas áreas</p><p>(profissionais da educação, do Direito, da sociologia, da</p><p>economia, da teologia, da psicologia, da medicina etc.).</p><p>10/09/2024</p><p>8</p><p>CONCEITO DE BIOÉTICA</p><p>•A Bioética como nova ciência ética combina humildade,</p><p>responsabilidade e uma competência interdisciplinar,</p><p>intercultural, que potencializa o senso de humanidade.</p><p>OBJETIVOS</p><p>• Indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem</p><p>sobre a vida;</p><p>• Identificar os limites das intervenções da tecnologia sobre a</p><p>vida;</p><p>• Estabelecer uma ponte entre o conhecimento humanístico e</p><p>tecnológico;</p><p>• Denunciar os riscos das aplicações de determinadas tecnologias;</p><p>• Estabelecer um diálogo inter e transdisciplinar.</p><p>10/09/2024</p><p>9</p><p>10/09/2024</p><p>10</p><p>PESSOA HUMANA</p><p>• A pessoa é única.</p><p>• Isso significa que as pessoas são diferentes, têm</p><p>suas características, seus anseios, suas</p><p>necessidades, e esse patrimônio, essa identidade,</p><p>merece ser respeitado.</p><p>•Reconhecer que “o outro é diferente de mim” não</p><p>significa que uma pessoa é melhor que a outra.</p><p>•Uma pessoa não vale mais que a outra.</p><p>•Somos iguais a todos no que se refere à dignidade</p><p>(IDENTIDADE, UNICIDADE).</p><p>10/09/2024</p><p>11</p><p>PESSOA HUMANA</p><p>b) A pessoa humana é provida de uma “dignidade”. Isso significa</p><p>que a pessoa tem valor pelo simples fato de ser pessoa.</p><p>c) A pessoa é composta de diversas dimensões: dimensão</p><p>biológica, dimensão psicológica, dimensão social ou moral e</p><p>dimensão espiritual. Por isso, falamos que a pessoa é uma</p><p>totalidade, pois todas essas dimensões juntas compõem a</p><p>pessoa.</p><p>• Quando nos relacionamos com uma pessoa e não a</p><p>respeitamos em todas as suas dimensões, essa pessoa (que</p><p>pode ser nosso paciente ou não) se sentirá desrespeitada e</p><p>ficará insatisfeita!</p><p>PESSOA HUMANA</p><p>10/09/2024</p><p>12</p><p>O HOMEM</p><p>•O homem é visto como sujeito histórico-social, e sua ação não</p><p>pode ser analisada fora da coletividade, portanto a ética passa a ter</p><p>dimensionamento político: para que uma ação seja considerada</p><p>eticamente boa ela deve ser politicamente boa, contribuindo para</p><p>a distribuição igualitária do poder entre os homens.</p><p>•O ser humano é livre para tomar suas decisões, porém deve estar</p><p>ciente de suas consequências.</p><p>•Deve ter a ciência de que uma atitude ética pode trazer</p><p>consequências benéficas para suas ações e relacionamentos</p><p>interpessoais e profissionais, contribuindo para um melhor</p><p>convívio em sociedade.</p><p>De acordo com Mario Sergio Cortella (s.d.), ética é o</p><p>conjunto de princípios que usamos para responder</p><p>a três</p><p>grandes questões na vida:</p><p>Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu</p><p>posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero.</p><p>Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é</p><p>ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.</p><p>E você, já pensou sobre isso?</p><p>Quero? Devo? Posso?</p><p>10/09/2024</p><p>13</p><p>CERTO</p><p>OU</p><p>ERRADO?</p><p>Com a resposta a esses questionamentos feitos pelo “Zeca”, podemos</p><p>determinar se nossas atitudes são éticas ou não perante a sociedade e</p><p>perante os nossos valores morais.</p><p>Porém podemos afirmar que uma pessoa é ética o tempo todo?</p><p>A moral faz parte da ética, pois a ética é uma crítica reflexiva</p><p>sobre esses valores e princípios morais para uma boa</p><p>convivência em sociedade, sobre o comportamento do homem</p><p>em relação a uma atitude, ao outro, a um problema etc.</p><p>•É considerada como uma parte subjetiva da ética.</p><p>10/09/2024</p><p>14</p><p>MORAL</p><p>A moral não é considerada como ciência, mais sim como um</p><p>conjunto de normas e valores baseados nos costumes de uma</p><p>sociedade em determinada época histórica, seguindo os</p><p>princípios estabelecidos por esta sociedade nessa época em</p><p>questão.</p><p>São normas, não imperativas, que regem o comportamento do</p><p>ser humano, que regulam a conduta humana em sociedade e a</p><p>conduta humana individual, e o seu cumprimento ou não</p><p>depende do caráter de cada um.</p><p>10/09/2024</p><p>15</p><p>• moral individual: forma de agir de um ser humano como pessoa</p><p>perante o mundo, a outras pessoas e à sociedade;</p><p>• moral coletiva: maneiras de agir ou conjunto de atitudes que é</p><p>imposto aos membros de uma sociedade.</p><p>Um sujeito ético moral, consciente, é aquele que sabe conduzir</p><p>suas ações rumo ao bem e à felicidade, controlando seus desejos</p><p>e impulsos, agindo com a razão, não se submetendo a desejos</p><p>incontroláveis ou ao dinheiro como resultado de suas ações.</p><p>Ele é livre para fazer suas escolhas e é responsável pela escolha</p><p>de seus atos (CHAUÍ, 2012).</p><p>10/09/2024</p><p>16</p><p>DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA</p><p>•É um princípio onipresente no Direito.</p><p>•Varia no tempo e no espaço, sofrendo</p><p>o impacto da história e da cultura de</p><p>cada povo, bem como de circunstâncias</p><p>políticas e ideológicas.</p><p>10/09/2024</p><p>17</p><p>DIGNIDADE</p><p>•“[...] a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser</p><p>humano que o faz merecedor do mesmo respeito e</p><p>consideração por parte do Estado e da comunidade,</p><p>implicando, neste sentido, um complexo de direitos e</p><p>deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto</p><p>contra todo e qualquer ato de cunho degradante e</p><p>desumano, como venham a lhe garantir as condições</p><p>existenciais mínimas para uma vida saudável, além de</p><p>propiciar e promover sua participação ativa e</p><p>corresponsável nos destinos da própria existência e da</p><p>vida em comunhão com os demais seres humanos”</p><p>(WOLFIGAND, 2001, p. 60).</p><p>10/09/2024</p><p>18</p><p>PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA</p><p>• Beneficência: fazer o bem; realização de atos de bondade,</p><p>misericórdia estando relacionado à benevolência – agir</p><p>beneficamente a favor do outro.</p><p>•Toda vez que um tratamento for proposto a um paciente, devemos</p><p>reconhecer a sua dignidade e respeitar o paciente em todas as</p><p>dimensões, desejando o melhor para o paciente para promover</p><p>saúde, reestabelecer saúde ou para prevenir um mal maior.</p><p>•Não maleficência: não acarretar mal ou dano ao paciente por</p><p>meio do seu tratamento. Antes de tudo, não prejudicar (primum</p><p>non nocere). Obrigação de não causar dano de forma intencional.</p><p>PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA</p><p>• Autonomia: capacidade de autodeterminação de uma pessoa;</p><p>capacidade de decisão livre de influências externas que a</p><p>controlam como de limitações pessoais que a impeçam de realizar.</p><p>A pessoa deve ser livre para decidir e estar livre de pressões</p><p>externas que podem ocasionar um prejuízo em sua capacidade de</p><p>decisão.</p><p>• Justiça: o que é devido a uma pessoa. Igualdade de tratamento,</p><p>levando em consideração a equidade, ou seja, a cada pessoa deve</p><p>ser dado àquilo que lhe é devido de acordo com suas necessidades.</p><p>É preciso respeitar o direito de cada um com imparcialidade, ou</p><p>seja, a decisão não deverá prejudicar nem o profissional e nem o</p><p>paciente.</p><p>10/09/2024</p><p>19</p><p>VIRTUDES ESSENCIAIS</p><p>• Compaixão: consideração pelo bem-estar de uma pessoa</p><p>combinando simpatia, ternura, misericórdia e desconforto com o</p><p>sofrimento do outro. Vontade de ajudar o próximo a superar</p><p>problemas, dando suporte emocional, aliviar o sofrimento de outra</p><p>pessoa.</p><p>•Discernimento: capacidade de tomar decisões sem se deixar levar</p><p>por apegos pessoais, medos, dentre outros. Ser imparcial aos</p><p>sentimentos, sabendo respeitar o momento do paciente e</p><p>familiares após, por exemplo, uma comunicação de uma má</p><p>notícia.</p><p>VIRTUDES ESSENCIAIS</p><p>• Confiabilidade: fé no caráter moral e na competência de outra</p><p>pessoa. Essa virtude é muito importante no ambiente de saúde,</p><p>pois os pacientes se encontram em situação de vulnerabilidade e a</p><p>confiança no profissional fará a diferença em seu tratamento,</p><p>decisões.</p><p>•Integridade: ser objetivo, imparcial e fiel às normas morais. Possui</p><p>um caráter moral e uma fidelidade às regras morais e as defende</p><p>quando necessário. Um profissional da saúde íntegro pressupõe-se</p><p>que seja confiável.</p><p>• Consciência: uma pessoa consciente faz o certo “porque é o</p><p>certo” em favor de seus pacientes e da ciência.</p><p>10/09/2024</p><p>20</p><p>BIOÉTICA NO BRASIL</p><p>• No Brasil teve um início tardio, surgindo apenas após promulgação</p><p>da Constituição de 1988.</p><p>• Os experimentos terríveis ocorridos na época das Guerras</p><p>Mundiais passaram a ser conhecidos e questionados, já que não</p><p>existia a censura da ditadura militar.</p><p>• No início de 1995, surge a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB),</p><p>presidida e fundada pelo Dr. Willian Saad Hossne – agregou</p><p>pessoas das mais diversas áreas do conhecimento que tinham</p><p>interesse na Bioética, afirmando que o conhecimento da Bioética</p><p>não está restrito apenas à categoria de pesquisadores e</p><p>profissionais, mas sim a toda a sociedade, ciência e religião.</p><p>Atualmente</p><p>• Nos dias de hoje, os conceitos de Bioética não são específicos</p><p>apenas das áreas da medicina e da saúde, pois foram incorporados</p><p>também pela antropologia, sociologia, filosofia, Direito, educação,</p><p>engenharia genética, entre outros.</p><p>• Questões emergentes e problemas éticos pertinentes ao início e</p><p>fim da vida, novos métodos de fecundação, da seleção de sexo, da</p><p>engenharia genética, da maternidade substituta, das pesquisas em</p><p>seres humanos, dos transplantes de órgãos, dos pacientes</p><p>terminais, das formas de eutanásia, entre outros temas atuais.</p><p>10/09/2024</p><p>21</p><p>Pesquisa com seres humanos –</p><p>Segunda Guerra Mundial</p><p>• Experimentos científicos cruéis, massacres,</p><p>torturas, perseguição, destruição e</p><p>mutilação em massa que foram classificados</p><p>como grandes atrocidades e torturas;</p><p>•Prisioneiros de guerra e menos favorecidos</p><p>eram usados como “cobaias” nesses</p><p>experimentos que acarretaram algumas</p><p>descobertas, porém com sofrimento</p><p>humano;</p><p>Experimentos</p><p>•Experimentos eram realizados sem</p><p>o consentimento do participante,</p><p>sem privacidade ou alguma garantia;</p><p>•Submetidos a contaminação,</p><p>situações insalubres, procedimentos</p><p>degradantes.</p><p>10/09/2024</p><p>22</p><p>Caso Tuskegee – EUA</p><p>•400 a 600 homens negros foram recrutados</p><p>com a promessa de tratamento médico,</p><p>alimentação e moradia;</p><p>•Não eram informados que tinham sífilis,</p><p>apenas que tinham um “sangue ruim”;</p><p>• Passaram a receber remédios para</p><p>tratamento sem efeito (placebo), mesmo</p><p>após a descoberta da penicilina indicada para</p><p>o tratamento da sífilis.</p><p>No Brasil</p><p>•Movimento também ganhou força, e médicos, engenheiros e outros,</p><p>considerados a elite intelectual, viram na eugenia uma forma de</p><p>acelerar o desenvolvimento do país.</p><p>•Acreditavam que negros, imigrantes asiáticos e pessoas com</p><p>deficiência de qualquer origem deveriam ser banidos, mantendo</p><p>apenas os brancos com descendência europeia no país.</p><p>•Elite relacionava as epidemias brasileiras como culpa do “negro</p><p>recém-liberto” com a abolição da escravidão.</p><p>10/09/2024</p><p>23</p><p>Ética em pesquisa</p><p>•Os experimentos realizados ou assistidos por médicos no período</p><p>de</p><p>guerra foram considerados como atrocidades, pois obrigavam as</p><p>pessoas a participarem e tinham um cunho de pesquisa que</p><p>exterminava, mutilava e incapacitava sem poderem expressar a sua</p><p>autonomia.</p><p>•Observada a necessidade da elaboração de documentos para</p><p>nortear essas pesquisas com o intuito de proteger e respeitar a</p><p>dignidade das denominadas “cobaias humanas”.</p><p>•“Guias éticos” para proteção a essas pessoas, bem como para guiar</p><p>o “pesquisador”.</p><p>BIBLIOGRAFIA</p><p>BÁSICA</p><p>COFFITO. Código de Ética Profissional de Fisioterapia Disponível em</p><p>em: http://www.coffito.org.br/site/index.php/fisioterapia/codigo-de-etica.html Acesso: 21 de janeiro de 2016.</p><p>NOVOA, Patricia Correia Rodrigues. O que muda na ética em Pesquisa no Brasil: Resolução 466/12 do Conselho</p><p>Nacional de Saúde. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/eins/v12n1/pt_1679-4508-eins-12-1-0000.pdf.</p><p>Acesso em 22 de junho de 2016</p><p>PESSINI, L; BARCHIFONTAINE, C DE P DE. Fundamentos da Bioética. 3ed. São Paulo: Paulus</p><p>COMPLEMENTAR</p><p>BIOÉTICA: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. http://www.bioetica.ufrgs.br/textos.htm Acessado em 21 de janeiro de 2016 .</p><p>ASSOCIAÇÃO MÉDICA MUNDIAL. Declaração de Helsinque da Associação Médica Mundial (WMA): Princípios Éticos para Pesquisa Médica</p><p>envolvendo Seres Humanos. Disponível em: http://www.icflab.com.br/site/arquivos/downloads/declaracao-de-helsinque-da-associacao-</p><p>medica-mundial-emenda-de-outubro-de-2008-1476015.pdf. Acesso: 21 de janeiro de 2016.</p><p>UNESCO. Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Disponível</p><p>em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_univ_bioetica_dir_hum.pdf. Acesso: 21 de janeiro de 2016.</p><p>ARISTOTELES. A ética. 2ed. São Paulo: Edipros.</p><p>PESSINI, L; BARCHIFONTAINE, C DE P DE. Problemas Atuais de Bioética. 2ed. São Paulo: Loyola.</p><p>http://www.coffito.org.br/site/index.php/fisioterapia/codigo-de-etica.html</p><p>http://www.scielo.br/pdf/eins/v12n1/pt_1679-4508-eins-12-1-0000.pdf</p><p>http://www.bioetica.ufrgs.br/textos.htmhttp:/www.bioetica.ufrgs.br/textos.htm</p><p>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_univ_bioetica_dir_hum.pdf</p><p>10/09/2024</p><p>24</p><p>PARA A PRÓXIMA AULA</p><p>Pesquisar sobre CÓDIGO DE NUREMBERG,</p><p>DE 1947:</p><p>1. Identificar os dez princípios básicos;</p><p>2. 01 Título de pesquisa.</p><p>1. RELACIONAR OS OBJETIVOS, RISCOS E</p><p>BENEFICIOS DA PESQUISA.</p>