Melhoramento animal

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<p>MELHORAMENTO ANIMAL</p><p>1. Introdução</p><p>Em melhoramento animal, o termo seleção refere-se a taxas reprodutivas</p><p>diferentes entre os indivíduos de diferentes genótipos de uma dada população, sendo,</p><p>o número médio de filhos que atingem a idade de reprodução varia entre a freqüência</p><p>gênica favorável, consequentemente reduzindo a freqüência de genes de efeitos</p><p>desfavoráveis. O efeito favorável da seleção está na dependência direta da existência</p><p>de suficiente variação genética na característica e da intensidade de seleção maior ou</p><p>menor, exercida sobre a característica.</p><p>A seleção cria os materiais que seleciona. Ela opera efetivamente enquanto a</p><p>população tiver dois ou mais genótipos que se perpetuam em taxos diferentes (com</p><p>seleção natural), ou entre os quais o melhorista pode escolher os pais da geração</p><p>seguinte (em seleção artificial).</p><p>O efeito gênico da seleção é um aumento da freqüência gênica desejável.</p><p>2. Abordagem dos itens.</p><p>➢ O que é seleção?</p><p>Seleção é um processo de melhoramento genético, mas não é sistema de</p><p>acasalamento. Ela não é capaz de criar novos genes. Age fazendo com que os</p><p>indivíduos portadores de determinados genes ou combinações gênicas favoráveis</p><p>deixem mais filhos que outros que não possuem tais genes ou combinações gênicas.</p><p>* Critério de Seleção => As mudanças gênicas obtidas pela seleção são</p><p>permanentes, a menos que se faça uma seleção em sentido contrário. A seleção é</p><p>tanto mais eficiente quanto mais próximo de 0,5 for a freqüência dos genes. É pouco</p><p>eficiente quando a freqüência gênica é próxima de zero ou de um.</p><p>A seleção não fixa o heterozigoto, e são necessárias muitas gerações para</p><p>tornar abundante um gene que é raro na população. A seleção exerce pequeno efeito</p><p>sobre o aumento da homozigose.</p><p>A remoção de um gene recessivo homozigoto de uma população é um</p><p>processo lento, principalmente porque os heterozigotos ocultam esses genes e se há</p><p>dominância completa, torna-se impossível identificar fenotipicamente os indivíduos</p><p>homozigotos dominantes dos heterozigotos.</p><p>* Objetivo de Seleção => Obter animais com alto desempenho, cujo sucesso é</p><p>medido pelos seus próprios resultados produtivos ao longo de suas vidas.</p><p>A seleção contra um gene dominante indesejável é processo relativamente</p><p>simples. A velocidade de eliminação de uma característica dominante proporcional à</p><p>perda adaptação dos heterozigotos. Como os dominantes podem ser homozigotos e</p><p>heterozigotos e, portanto, com o mesmo fenótipo na utilização de um deles na</p><p>reprodução é suficiente para aumentar a freqüência do gene.</p><p>Por outro lado, se o gene dominante tem freqüência alta, de modo que a</p><p>maioria dos indivíduos o contém, para evitar a produção de recessivos a ponto dos</p><p>heterozigotos, o que é fenotipicamente impossível, aumentando, por via de</p><p>conseqüência, a possibilidade de aparecimento de recessivos, tanto os freqüentes</p><p>quanto for a freqüência dos heterozigotos.</p><p>➢ Pré-requisitos necessários para implantação de um programa</p><p>de seleção visando o melhoramento genético animal</p><p>O interesse usual do criador é a seleção simultânea de características.</p><p>Raramente uma única característica é motivo de seleção de eficiência dos animais de</p><p>interesse zootécnico; esta guarda uma relação estreita com as características que</p><p>provocam maior retorno econômico para a atividade do produtor.</p><p>Em função dos interesses seletivos múltiplos, a seleção deve ser direcionada</p><p>para característica de real importância econômica na atividade. A seleção para mais</p><p>de uma característica, no entanto, pode reduzir a pressão de seleção para outra</p><p>qualquer.</p><p>Pelo método unitário, a seleção de uma característica é feita por várias</p><p>gerações até que atinja o melhoramento desejado para a mesma. Cada característica</p><p>é selecionada de cada vez. Uma vez melhorada e atingida a meta desejável para ela,</p><p>inicia-se o processo de melhoramento da outra característica e assim sucessivamente.</p><p>A maior limitação deste método é o tempo gasto para a sua efetivação que, em alguns</p><p>casos, pode penalizar o ganho genético anual.</p><p>A eficiência deste método de seleção depende, em grande parte da correlação</p><p>genética entre as características de interesse econômico. Quando a correlação</p><p>genética é positiva, o melhoramento de uma resultará em melhoramento de outras não</p><p>selecionadas com as quais se vincula. Se por outro lado, as características não são</p><p>geneticamente correlacionadas e, portanto, independentes uma das outras, a</p><p>eficiência do método unitário é pequena. Há ainda o risco de que, após algumas</p><p>gerações de seleção em apenas uma característica, possam ocorrer mudanças</p><p>desencorajadoras para o criador.</p><p>➢ Como monitorar se a seleção esta sendo eficiente?</p><p>* Diferencial de Seleção => com a baixa eficiência reprodutiva das nossas</p><p>espécies domésticas, o interesse econômico associada a alta mortalidade e,</p><p>consequentemente a baixa taxa de reforma anual, contribuem para que o diferencial</p><p>de seleção pequeno nas populações disponíveis para seleção. Medidas capazes de</p><p>elevar a eficiência reprodutiva trarão como resultado um diferencial de seleção.</p><p>Outro aspecto ligado ao diferencial de seleção, é a variação genética da</p><p>população disponível. Quanto maior a variação de natureza genética maior o</p><p>diferencial de seleção, a despeito de esta reduzir a variação entre os selecionados.</p><p>* Ganho Genético => mede a resposta á seleção, que, por sua vez é uma</p><p>função do diferencial de seleção e da herdabilidade da característica. O ganho</p><p>genético esperado é a proporção herdável da diferença entre a média do grupo</p><p>selecionado e a população.</p><p>- Intensidade de Seleção => a rapidez com que os ganhos genéticos são</p><p>passados as gerações sucessoras é aspecto de grande importância nos programas de</p><p>seleção e isto constitui o intervalo médio de gerações. Este mede a idade média dos</p><p>pais à época de nascimento de seus filhos. Assim como o diferencial de seleção nas</p><p>fêmeas pode ser diferente do de machos, o intervalo de gerações também pode ser</p><p>diferente em ambos os sexos.</p><p>- Intervalo de gerações => o intervalo de gerações mede o tempo necessário</p><p>para que os genes sejam transferidos dos pais aos filhos sendo, portanto, de grande</p><p>importância no processo genético das características selecionadas.</p><p>3. Conclusões</p><p>Foi concluído que, em geral, os índices de seleção envolvem equações</p><p>bastantes complexas e suas dificuldades se destacam como as mais difíceis na</p><p>construção de um índice de seleção. A primeira é sobre a definição dos pesos</p><p>econômicos dados a característica de interesse do selecionador, e a segunda é a</p><p>quantidade dos parâmetros genéticos e fenotípicos para a construção do índice de</p><p>seleção.</p><p>4. Referências Bibliográficas : PEREIRA, J,C,C.; Melhoramento genético aplicado à</p><p>produção animal. 3ª ed. Belo Horizonte.</p>