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<p>UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO</p><p>PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO</p><p>DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIA</p><p>BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL</p><p>ALEX ARMANDO DA SILVA</p><p>ANÁLISE DO CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM OBRAS</p><p>DE PEQUENO PORTE NO MUNICÍPIO DE PAU DOS FERROS/RN</p><p>PAU DOS FERROS – RN</p><p>2019</p><p>ALEX ARMANDO DA SILVA</p><p>ANÁLISE DO CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM OBRAS DE</p><p>PEQUENO PORTE NO MUNICÍPIO DE PAU DOS FERROS/RN</p><p>Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora</p><p>do curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal Rural do</p><p>Semiárido em cumprimento às exigências legais como requisito</p><p>parcial à obtenção do grau de Engenheiro Civil.</p><p>Orientador: Prefº. José Henrique Maciel de Queiroz</p><p>Coorientadora: Prof.ª Francisca Ires Vieira de Melo</p><p>PAU DOS FERROS – RN</p><p>2019</p><p>S586a Silva, Alex Armando.</p><p>ANÁLISE DO CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM</p><p>OBRAS DE PEQUENO PORTE NO MUNICÍPIO DE PAU DOS</p><p>FERROS/RN / Alex Armando da Silva. - 2019.</p><p>49 f.: il.</p><p>Orientador: José Henrique Maciel de Queiroz.</p><p>Coorientadora: Francisca Ires Vieira de Melo.</p><p>Monografia (graduação) - Universidade Federal</p><p>Rural do Semi-Árido, Curso de Engenharia Civil,</p><p>2019.</p><p>1.Controle tecnológico. 2.Concreto. 3.Qualidade.</p><p>I. Queiroz, José Henrique Maciel, orient. II.</p><p>Melo, Francisca Ires Vieira, coorient. III.</p><p>Título.</p><p>© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O</p><p>conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de</p><p>sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a</p><p>Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei</p><p>n° 9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e</p><p>homologação da sua respectiva ata. A mesma poderá servir de base literária para novas</p><p>pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e</p><p>mencionados os seus créditos bibliográficos.</p><p>O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de</p><p>Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da</p><p>Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da</p><p>Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela</p><p>Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos</p><p>bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de</p><p>Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.</p><p>ALEX ARMANDO DA SILVA</p><p>ANÁLISE DO CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM OBRAS DE</p><p>PEQUENO PORTE NO MUNICÍPIO DE PAU DOS FERROS/RN</p><p>Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora</p><p>do curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal Rural do</p><p>Semi-Árido em cumprimento às exigências legais como requisito</p><p>parcial à obtenção do grau de Engenheiro Civil.</p><p>Defendido em: 09/08/2019</p><p>BANCA EXAMINADORA</p><p>Dedico a toda minha família, em especial a</p><p>minha mãe Neuza Fernandes de Queiroz e irmã</p><p>Arliana Fernandes da Silva que sempre me</p><p>incentivaram e acreditaram na concretização de</p><p>mais uma etapa na minha vida.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Primeiramente gostaria de manifestar a minha gratidão a Deus por ter proporcionado</p><p>desde o início forças, sempre me guiando e iluminando o meu caminho, fazendo com que</p><p>permanecesse nessa jornada até o fim, contribuindo assim para a concretização de mais um</p><p>objetivo alcançado na minha vida.</p><p>Agradeço a toda a minha família, especificamente aos meus pais Edilson Armando da</p><p>Silva e Neuza Fernandes de Queiroz, por todo esforço e dedicação para comigo, sempre</p><p>ajudando de todas as maneiras possíveis, sonhando juntamente comigo e acreditando que eu</p><p>era capaz.</p><p>Aos meus irmãos Adriano Armando da Silva e Arliana Fernandes da Silva que me</p><p>apoiaram e incentivaram em toda a jornada.</p><p>Agradeço ao meu padrinho Cleano Ricardo Resende Lucena, que no momento de</p><p>dificuldade me ajudou a superar, proporcionando-me forças e incentivos para continuar firme</p><p>nos estudos.</p><p>À minha melhor amiga e namorada, Ângela Solano, por todo apoio, incentivo e</p><p>compreensão durante os momentos difíceis.</p><p>Aos meus amigos de residência e colegas da Universidade Federal Rural do Semi-</p><p>Árido (UFERSA), pelas experiências de vida proporcionadas.</p><p>Ao orientador Professor José Henrique Maciel de Queiroz e coorientadora Professora</p><p>Francisca Ires Vieira de Melo, pela disponibilidade e atenção.</p><p>À banca examinadora pela disponibilidade e contribuições feitas para o melhoramento</p><p>do trabalho.</p><p>À UFERSA e todo o corpo docente pela oportunidade e contribuições para a minha</p><p>formação acadêmica.</p><p>Ao motorista Pereira por todo serviço prestado para com os estudantes, sempre</p><p>desempenhando sua função com determinação e vontade.</p><p>Agradeço a todos que de forma direta ou indiretamente contribuíram para a realização</p><p>deste trabalho.</p><p>Obrigado a todos!</p><p>Sei muito bem do projeto que tenho em relação a</p><p>vós – oráculo do SENHOR! É um projeto de</p><p>felicidade, não de sofrimento: dar-vos um futuro,</p><p>uma esperança! Quando me invocardes, ireis em</p><p>frente, quando orardes a mim, eu vos ouvirei.</p><p>Quando me procurardes, vós me encontrareis,</p><p>quando me seguirdes de todo coração.</p><p>(Jeremias: 29, 11-13)</p><p>RESUMO</p><p>Sabe-se que o controle tecnológico do concreto consiste em um conjunto de fatores que quando</p><p>executados na obra contribuem para que a estrutura tenha uma durabilidade e consequentemente uma</p><p>vida útil satisfatória. Com isso, o presente trabalho tem como objetivo analisar o controle tecnológico</p><p>do concreto em obras de pequeno porte no município de Pau dos Ferros/RN, utilizando como</p><p>parâmetro norteador as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBRs). Para tanto, foi aplicado uma</p><p>check list em uma amostra de duas obras, observando a forma como prepara-se o concreto,</p><p>armazenamento e disposição dos materiais que compõem o mesmo, bem como observando técnicas de</p><p>execução que influenciam para obtenção de um concreto de qualidade. Ao estudar esses pontos com os</p><p>dados coletados foi possível desenvolver uma relação entre as prescrições normalizadas e o que é</p><p>devidamente praticado, especificando as deficiências e incoerências executadas com relação ao</p><p>controle tecnológico. Os fatores analisados com relação aos serviços de concretagem realizados no</p><p>estudo de caso foram: como ocorre o processo de dosagem, mistura, transporte, lançamento,</p><p>adensamento e cura do concreto. Sendo esses critérios essenciais para desenvolver na obra um controle</p><p>de qualidade. Dessa forma, com todos as informações obtidas acerca desses pontos, verificou-se que as</p><p>duas obras em questão não possuem um controle tecnológico do concreto adequado, notando-se a</p><p>ausência de serviços como o adensamento e cura, sendo estes considerados fundamentais para que se</p><p>obtenha um concreto resistente a manifestações patológicas, para assim alcançar um desempenho</p><p>satisfatório ao longo da sua vida útil.</p><p>Palavras-chave: Controle tecnológico; concreto; qualidade.</p><p>ABSTRACT</p><p>It is known that the technological control of concrete consists of a set of factors that when executed on</p><p>site contribute to the structure has a durability and consequently a satisfactory service life. Thus, this</p><p>paper aims to analyze the technological control of concrete in small works in the city of Pau dos</p><p>Ferros / RN, using as a guiding parameter</p><p>no canteiro de obra, a água utilizada para o preparo, dosagem, mistura, transporte,</p><p>lançamento, adensamento, cura do concreto e entre outros são processos que constituem a</p><p>pratica de um controle tecnológico do concreto em uma obra.</p><p>Esses procedimentos costumam ser desprezados na construção civil, principalmente</p><p>quando se refere a obras que não tenham grandes dimensões, bem como localizadas em</p><p>cidades consideradas de pequeno porte, nas quais não existe mão de obra qualificada e</p><p>tecnologia disponível em termos de métodos construtivos.</p><p>Baseado nessa realidade, a qual se insere a construção civil, propôs-se estudar uma</p><p>amostra de duas obras de pequeno porte localizada na cidade de Pau dos Ferros/RN,</p><p>analisando os processos de execução de serviços de concretagem, armazenamento dos</p><p>43</p><p>materiais que o constituem e possíveis falhas já presentes na obra devido à ausência da</p><p>aplicação de um controle de qualidade, desde então tomando como referência as normas</p><p>regulamentadoras sobre a correta execução.</p><p>Dessa forma ao analisar o armazenamento dos materiais nas duas obras, conclui-se</p><p>que são realizadas de forma inadequada, com exceção ao armazenamento de água na obra 2,</p><p>que foi compatível com a norma regulamentadora NBR 12655 (2015), mantendo a água</p><p>armazenada em recipientes estanques para que evite a sua contaminação.</p><p>Com relação a dosagem dos materiais, nas duas obras é feita com base na experiência</p><p>dos profissionais envolvidos, não realizando nenhum estudo prévio para definição do traço</p><p>adequado para as condições em que as obras estão inseridas.</p><p>O preparo do concreto nas duas obras foi realizado por betoneira estacionária, sendo</p><p>possível observar que o processo da mistura é realizado de forma aleatória para os dois casos</p><p>estudados. O lançamento do concreto nas duas obras, constatou-se que foi realizado de forma</p><p>manual, onde na primeira obra foi executado conforme recomenda a NBR 14931 (2004)</p><p>procedimentos para execução em estruturas de concreto, sendo lançado próximo ao ponto de</p><p>aplicação, diferentemente da obra 2 que houve uma irregularidade, tendo como base a mesma</p><p>norma regulamentadora, o que pode ter causado segregação dos agregados graúdos para com</p><p>a pasta de cimento.</p><p>O adensamento do concreto foi praticado apenas na obra 2, utilizou-se o vibrador de</p><p>imersão a sua aplicação foi compatível conforme as recomendações da NBR 14931.Para a</p><p>obra 1 notou-se que a prática do adensamento fez-se ausente, impossibilitando o</p><p>preenchimento dos espaços vazios, podendo resultar em um concreto poroso em seu estado</p><p>endurecido, causando consequências que afetem de forma negativa a estrutura.</p><p>Observou-se que em nenhuma das duas obras foi aferida a resistência à compressão do</p><p>concreto, assim como a consistência do mesmo, por meio de ensaios, sendo estas</p><p>recomendações da NBR 12655 (2015), para verificar a conformidade com o definido em</p><p>projeto. Além disso, ressaltamos a ausência da cura do concreto, processo executivo essencial</p><p>para desenvolver um concreto de qualidade.</p><p>Na obra 1 foram notáveis as falhas de execução dos serviços na concretagem de vigas</p><p>e pilares, apresentando espaços vazios na estrutura, sem nenhum cobrimento das armaduras</p><p>dispostas ao longo do elemento estrutural. Contribuindo de forma considerável para a</p><p>corrosão do aço, comprometendo significativamente a estrutura em questão.</p><p>44</p><p>Com relação aos objetivos abordados no presente trabalho pode-se afirmar que foram</p><p>alcançados, sendo todos mencionados e discutidos com fundamentações baseadas nas</p><p>prescrições normativas. As dificuldades encontradas foram: o desenvolvido das atividades</p><p>pertinentes para a coleta das informações necessárias, visto que era necessário aplicar o</p><p>estudo em uma obra que estava no processo de concretagem e conseguir dados com relação a</p><p>descrição da área de estudo com o engenheiro responsável, sendo recorrido diversas vezes aos</p><p>colaboradores da obra.</p><p>De forma geral, pode-se concluir que as obras estudadas não possuem a prática do</p><p>controle tecnológico do concreto, com relação ao armazenamento, disposição dos materiais</p><p>que compõem o mesmo e procedimentos para execução dos serviços. Logo, os efeitos disso</p><p>nas construções podem ser a perda de durabilidade e da vida útil das suas estruturas, fator</p><p>indesejável para os proprietários dos imóveis.</p><p>Com isso, a sugestão para possíveis trabalhos futuros é a aplicação novamente da</p><p>pesquisa com uma amostra maior de obras, possibilitando assim uma comparação com os</p><p>resultados obtidos no presente trabalho para verificar se houve uma evolução com relação ao</p><p>controle tecnológico do concreto. Outro ponto interessante para a aplicação na pesquisa é a</p><p>verificação por meio de ensaios da resistência a compressão e consistência do concreto</p><p>aplicado na obra, analisando se realmente os dados obtidos são satisfatórios. Recomenda-se</p><p>utilizar como parâmetro norteador as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBRs), para a</p><p>realização desse procedimento.</p><p>45</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ADES, A. Z. A importância do controle tecnológico na fase estrutural em obras de</p><p>edificações. 2015.</p><p>AMBROZEWICZ, P. H. L. Materiais de construção. 1ª edição. São Paulo: Pini. 2012.</p><p>ÁREA TERRITORIAL BRASILEIRA. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 - Projeto de</p><p>estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, RJ, 2014.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12655 - Concreto</p><p>de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento. Rio de Janeiro,</p><p>2015.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931 - Execução de</p><p>estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, RJ, 2004.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15900-1 Água para</p><p>amassamento do concreto Parte 1: Requisitos. Rio de Janeiro, RJ, 2009.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15575-1 -</p><p>Edificações Habitacionais - Desempenho Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2013.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15575-1 -</p><p>Edificações Habitacionais - Desempenho Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2003.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6122 - Projeto e</p><p>Execução de Fundações. Rio de Janeiro, 1996.</p><p>BARBAR, Joseph Salem. Influência do teor de ar incorporado no desempenho de</p><p>concretos com diferentes teores de agregados. 2006. 151 f. Tese (Doutorado) - Curso de</p><p>Arquitetura e Urbanismo, Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo</p><p>- Campus de São Carlos, São Paulo, 2016.</p><p>CALVALCANTI FILHO, Antônio Nereu. Contribuição ao controle tecnológico de</p><p>concreto estrutural de cimento Portland em ambientes marítimos. 2010. 368 f.</p><p>Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Departamento de Engenharia Civil,</p><p>Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.</p><p>CARVALHO, Leonardo Gomes de SÁ e. RESISTÊNCIA À CORROSÃO DOS AÇOS</p><p>CA24 E CA50 FRENTE À AÇÃO DOS CLORETOS. 2014. 160 f. Dissertação (Mestrado)</p><p>- Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2014.</p><p>CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO, 60, 2018, Foz do Iguaçu. ESTUDO DO</p><p>CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM OBRAS CIVIS NA CIDADE DE</p><p>OURO BRANCO, MG. Foz do Iguaçu: Instituto Brasileiro de Concreto - (IBRACON),</p><p>2018. 16 p.</p><p>46</p><p>FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.</p><p>GERHARDT, T.E, SILVEIRA, D. T. Métodos de pesquisa / [organizado por] Tatiana Engel</p><p>Gerhardt e Denise Tolfo Silveira; coordenado pela Universidade Aberta do Brasil–</p><p>UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica–Planejamento e Gestão para o</p><p>Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS, p. 31-32,</p><p>2009.</p><p>GIAMMUSSO, S. E. Produção de concreto – 1ª parte.</p><p>A Construção Região Sul, São Paulo,</p><p>n. 215, p. 33-36, set. 1986.</p><p>GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.</p><p>IBGE. Diretoria de Pesquisas - DPE - Coordenação de População e Indicadores Sociais –</p><p>COPIS, 2015.</p><p>HELENE, Paulo; TIBÉRIO, Andrade. Concreto de cimento Portland. In: Geraldo Cechella</p><p>Isaia (Org.). Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de</p><p>Materiais. São Paulo. Ibracon, 2010.</p><p>HELENE, P. R. L; TERZIAN, P. Manual de dosagem e controle de concreto. PINI. São</p><p>Paulo – SP, 1992.</p><p>IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais,</p><p>Estimativas da população residente com data de referência, 2017.</p><p>IBGE, Censo Demográfico 2010, Área territorial brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2011.</p><p>KHRAPKO, M. Self Compacting Concrete – a Solution for Technology Hungry Concrete</p><p>Construction. In: IPENZ, VISION 20/20, 2007, Auckland, New Zealand.</p><p>MAGALHÃES, Fabio Costa. A problemática dos concretos não conformes e sua</p><p>influência na confiabilidade de concreto armado. 2014. 290 f. Tese (Doutorado) - Curso de</p><p>Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.</p><p>MAGALHÃES, Fábio Costa; REAL, Mauro de Vasconcellos; SILVA FILHO, Luiz Carlos</p><p>Pinto da. Efeitos das operações de controle tecnológico do concreto na avaliação da</p><p>confiabilidade de pilares de concreto armado. Matéria (rio de Janeiro), [s.l.], v. 23, n. 3,</p><p>p.1-9, 18 out. 2018. FapUNIFESP (SCIELO). Disponível em:</p><p>http://dx.doi.org/10.1590/s1517-707620180003.0491</p><p>MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto. Microestrutura, Propriedades e</p><p>Materiais. 2ª Edição. Ed. São Paulo: IBRACON, 2014. 782 p.</p><p>MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto, Estrutura, Propriedades e Materiais.</p><p>Tradução de Paulo Helene R. L. (Coord.). São Paulo: PINI. 1994. p. 345.</p><p>MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: Microestrutura, Propriedades e</p><p>Materiais. 3ª Edição, São Paulo: IBRACON, 2008.</p><p>MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis:</p><p>Vozes, 2001.</p><p>http://dx.doi.org/10.1590/s1517-707620180003.0491</p><p>47</p><p>_______NBR NM 67 - Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do</p><p>tronco de cone. Rio de Janeiro, RJ, 2014.</p><p>NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. Tradução de Ruy Alberto Cremonini. 5ª</p><p>Edição. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2016. 888 p.</p><p>PEDROSO, Fábio Luís. Concreto: as origens e a evolução do material construtivo mais usado</p><p>pelo homem. Revista Concreto e Construções. Ano XXXVII Jan. •Fev. • Mar. 2009. ISSN</p><p>1809-7197. São Paulo, SP.</p><p>POLESELLO, Eduardo. Avaliação das Propriedades do Concreto Quando Utilizado após</p><p>o Tempo Máximo de Mistura e Transporte Especificado pela NBR 7212. 2018. 226 f.</p><p>Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,</p><p>Porto Alegre, 2018.</p><p>QUADROS, Peterson Araújo. ESTUDO DAS CORRELAÇÕES ENTRE AS</p><p>PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CONCRETO. 2014. 105 f. Dissertação (Mestrado) -</p><p>Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.</p><p>RIBEIRO, C.C.; PINTO, J. D. S.; STARLING, T. Materiais de Construção Civil. 4ª Edição.</p><p>Ed. Belo Horizonte: UFMG, 2014. 2012 p.</p><p>RIBEIRO, C.C.; PINTO, J. D. S.; STARLING, T. Materiais de Construção Civil. 4ª Edição.</p><p>Ed. Belo Horizonte: UFMG, 2014. 212 p.</p><p>SANTIAGO, W. C. Estudo da não conformidade de concretos produzidos no Brasil e sua</p><p>influência na confiabilidade estrutural. 2011. Dissertação de mestrado - Universidade de</p><p>São Paulo, São Carlos, 2011.</p><p>SILVA, Moema Ribas. Materiais de construção 2. 2. Ed. São Paulo: Pini, 1991.</p><p>VIEIRA, Sheilla Pereira. PROPRIEDADES DO CONCRETO AUTOADENSÁVEL</p><p>COM DIFERENTES TIPOS DE ADIÇÕES.2017. 141 f. Dissertação (Mestrado) - Curso</p><p>de Engenharia Civil, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de</p><p>BrasÍlia, Brasilia, 2017.</p><p>48</p><p>APÊNDICE A: CHECK LIST: CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO</p><p>CHECK LIST: CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO</p><p>Pesquisador:</p><p>Orientador:</p><p>IDENTIFICAÇÃO DA OBRA</p><p>Obra: Data da verificação:</p><p>Endereço: Hora:</p><p>MODALIDADE DE PREPARO E EXECUÇÃO DO CONCRETO SIM NÃO N/A</p><p>01 O preparo do concreto foi realizado utilizando betoneira? </p><p>02 O preparo do concreto foi realizado de forma manual </p><p>03 Controle da dosagem? </p><p>04 Controle da mistura? </p><p>05 Controle do lançamento? </p><p>06 Uso de aditivos? </p><p>07 Realização do adensamento do concreto? </p><p>08 Foi checada a resistência e o “Slump” do concreto? </p><p>09 Foi ou está sendo feita a cura do concreto? </p><p>10 A fôrma foi molhada antes da concretagem? </p><p>11 A altura do lançamento atendeu ao valor máximo? </p><p>12 Há reutilização de fôrmas? </p><p>13 Limpeza do local de trabalho </p><p>14 A água é adequada para preparação do concreto? </p><p>15 O armazenamento da água está de forma adequada? </p><p>16 O armazenamento do cimento está de forma adequada? </p><p>17 O armazenamento dos agregados está de forma adequada? </p><p>18 Armazenamento de aditivos? </p><p>19 O armazenamento das barras de aço está adequado? </p><p>20</p><p>Caso se aplique, os resultados de cada ensaio realizados são</p><p>registrados em relatórios? </p><p>Observações:</p><p>49</p><p>APÊNDICE B: REQUERIMENTO PARA SOLICITAÇÃO DA PESQUISA</p><p>Pau dos Ferros, 20 de julho de 2019</p><p>Sr.</p><p>Responsável legal</p><p>Assunto de Ref.: Autorização para visita técnica</p><p>Caríssimo,</p><p>Vimos pelo exposto e através do presente instrumento, solicitar de V. Sa., enquanto</p><p>responsável legal, o requerimento para autorizar o aluno Alex Armando da Silva a realizar</p><p>visitas técnicas para a obtenção de dados informativos para a realização da pesquisa científica</p><p>(Trabalho de Conclusão de Curso), do curso de Engenharia Civil, cujo objetivo geral do</p><p>trabalho é analisar o controle tecnológico do concreto em obras de pequeno porte no</p><p>município de Pau dos Ferros/RN.</p><p>A presente pesquisa é exclusivamente acadêmica, porém, os dados coletados e postos</p><p>sobre análise cria uma possibilidade de contribuir de alguma forma para a implementação de</p><p>ações de melhoria junto a empresa.</p><p>Atenciosamente,</p><p>__________________________________________</p><p>José Henrique Maciel de Queiroz</p><p>Engenheiro Civil – Professor da UFERSA/CMPF</p><p>Departamento de Engenharias e Tecnologia</p><p>E-mail: jose.queiroz@ufersa.edu.br</p><p>__________________________________________</p><p>Alex Armando da Silva</p><p>Graduado em Ciência e Tecnologia – UFERSA/CMPF</p><p>Graduando em Engenharia Civil – UFERSA/CMPF</p><p>E-mail: alex.siv@hotmail.com</p><p>Diante do documento apresentado, autorizo a visita técnica para a realização da</p><p>pesquisa científica acima mencionada.</p><p>__________________________________________</p><p>Engenheiro Responsável</p><p>mailto:alex.siv@hotmail.com</p><p>the Brazilian Regulatory Standards (NBR). Therefore, a</p><p>checklist was applied to a sample of two works, observing the way the concrete is prepared, storage</p><p>and disposal of the materials that compose it, as well as observing execution techniques that influence</p><p>to obtain a quality concrete. By studying these points with the collected data, it was possible to</p><p>develop a relationship between the standard prescriptions and what is properly practiced, specifying</p><p>the deficiencies and inconsistencies performed with regard to technological control. The factors</p><p>analyzed in relation to the concreting services performed in the case study were: how the concrete</p><p>dosing, mixing, conveying, casting, thickening and curing process occurs. These criteria are essential</p><p>to develop quality control on site. Thus, with all the information obtained about these points, it was</p><p>found that the two works in question do not have a proper technological control of the concrete, noting</p><p>the absence of services such as thickening and curing, which are considered fundamental to be obtain</p><p>a path-resistant concrete to achieve satisfactory performance over its lifetime.</p><p>Keywords: Technological control; concrete; quality.</p><p>LISTA DE FIGURAS</p><p>Figura 01: Fases do concreto...................................................................................................16</p><p>Figura 02: Equipamentos.........................................................................................................25</p><p>Figura 03: Medida do abatimento............................................................................................26</p><p>Figura 04: Localização.............................................................................................................27</p><p>Figura 05: Localização das obras.............................................................................................30</p><p>Figura 06: Armazenamento dos agregados da obra..................................................................31</p><p>Figura 07: A) Armazenamento dos agregados da obra 2, B) Agregados dispostos em via</p><p>pública........................................................................................................................................31</p><p>Figura 08: A) Armazenamento do cimento, B) Armazenamento das barras de aço................32</p><p>Figura 09: Armazenamento de água na obra 1.........................................................................33</p><p>Figura 10: Armazenamento de água na obra 2.................................................................................34</p><p>Figura 11: Retirada da água para preparação do concreto........................................................35</p><p>Figura 12: A) Preparo do concreto na obra 1, B) Preparo do concreto na obra 2....................36</p><p>Figura 13: Dosagem por padiola na obra 1..............................................................................36</p><p>Figura 14: A) Mistura dos agregados na betoneira, B) Restos de agregados no chão.............38</p><p>Figura 15: A) Transporte do concreto na obra 1 B) Transporte do concreto na obra 2...........38</p><p>Figura 16: A) Lançamento do concreto na obra 1, B) Lançamento do concreto na obra 2......39</p><p>Figura 17: Adensamento do concreto na obra 2........................................................................40</p><p>Figura 18: Escoramentos.............................................................................................................41</p><p>Figura 19: Falhas de concretagem..............................................................................................42</p><p>LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS</p><p>ASTM American Society for Testing and Materials</p><p>ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas</p><p>CA Concreto Armado</p><p>CAA Concreto Auto-Adensável</p><p>CBC Congresso Brasileiro do Concreto</p><p>CCV Concreto Convencional Vibrado</p><p>CP Cimento Portland</p><p>CP Concreto Protendido</p><p>CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia</p><p>EPS Poliestireno Expandido</p><p>g Gramas</p><p>IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística</p><p>Interm. Intermediário</p><p>Kg Quilograma</p><p>m² metro quadrado</p><p>mm milímetros</p><p>Mín. Mínimo</p><p>MPa Megapascal</p><p>NBR Norma Brasileira Regulamentadora</p><p>NM Norma Mercosul</p><p>RN Rio Grande do Norte</p><p>RS Resistência a Sulfato</p><p>Sup. Superior</p><p>V U Vida Útil</p><p>VUP Vida Útil de Projeto</p><p>LISTA DE SÍMBOLOS</p><p>© Copyright</p><p>% Porcentagem</p><p>≥ Maior ou igual</p><p>≤ Menor ou igual</p><p>± Mais ou menos</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13</p><p>2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 15</p><p>2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................................. 15</p><p>2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................................... 15</p><p>3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 16</p><p>3.1 O CONCRETO ........................................................................................................................ 16</p><p>3.2 CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO ............................................................................ 19</p><p>3.2.1 CONTROLE TECNOLÓGICO SEGUNDO PRESCRIÇÕES NORMATIVAS ..................................... 21</p><p>3.3 FATORES QUE INFLUENCIAM O CONTROLE TECNOLÓGICO .................................................... 23</p><p>4. METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................... 27</p><p>4.1 DESCRIÇÃO DAS ÁREAS DE ESTUDO E OBTENÇÃO DOS DADOS.............................................. 29</p><p>5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 30</p><p>5.1 ARMAZENAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS MATERIAIS ............................................................... 30</p><p>5.2 PREPARO DO CONCRETO E EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE CONCRETAGEM ............................ 35</p><p>6. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 42</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 45</p><p>APÊNDICE A: CHECK LIST: CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO ........ 48</p><p>APÊNDICE B: REQUERIMENTO PARA SOLICITAÇÃO DA PESQUISA ................ 49</p><p>13</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Segundo Ades (2015), em função do crescimento urbano e busca constante de um</p><p>sistema de qualidade e segurança nas obras de construção civil, é imprescindível a atenção na</p><p>escolha dos melhores e mais adequados materiais, o monitoramento do seu transporte, do</p><p>armazenamento e das fases de execução até a conclusão da edificação.</p><p>De acordo com Cavalcanti Filho (2010) as evoluções conquistadas no Brasil com</p><p>relação a qualidade das estruturas de concreto armado, ocorreram devido as constantes</p><p>discussões, implementação de novas técnicas de projeto, execução e documentos</p><p>normalizadores. Com isso, parte do campo técnico, que envolve projetistas e empresas</p><p>construtoras, ter o conhecimento de que a qualidade das obras é conveniente a médio e longo</p><p>prazo, no entanto está conformidade necessita de um</p><p>consenso, por todos da construção civil.</p><p>Dessa forma, surge o comprometimento de assegurar um controle tecnológico na obra,</p><p>independente se a mesma é ou não de grande porte, onde geralmente a produção de concreto</p><p>ocorre no próprio canteiro de obra.</p><p>Muitas construtoras optam por produzir o concreto na própria obra, contudo o fator</p><p>“controle de qualidade” tem que ser analisado cuidadosamente, sendo um dos critérios</p><p>importantes para a determinação da durabilidade e resistência. De acordo com Polesello</p><p>(2018) no ano de 2013 dados do Relatório Nacional da Indústria do Cimento, a demanda de</p><p>cimento alcançou um percentual de consumo de 21% pelas concreteiras, mesmo o Brasil</p><p>apresentando uma crise econômica dados apontam que em 2017 a demanda de consumo por</p><p>concreteiras alcançou a 15%. Diante do exposto pode-se concluir que grande parte da</p><p>produção do cimento é realizado nos próprios canteiros de obras.</p><p>Com a crescente utilização do concreto, intensifica-se também o número de situações</p><p>em que o mesmo não satisfaz os critérios estabelecidos em projeto. Segundo Magalhães, Real</p><p>e Silva Filho (2018) os lotes que não alcançam a resistência característica de compressão</p><p>especificado em projeto são rejeitados, sendo chamados de concretos não conformes. A</p><p>identificação desse concreto está relacionada ao não atendimento de determinado termo de</p><p>responsabilidade contratado, que pode incluir parâmetros de resistência à tração, módulo de</p><p>elasticidade, consumo máximo de cimento, relação água/cimento, utilização mínima de</p><p>aglomerante, entre outros. Na maioria dos casos, a resistência à compressão geralmente é a</p><p>propriedade verificada, os motivos que os levam a não conformidade do concreto podem ser</p><p>muitos, podendo-se destacar os materiais empregados, processo produtivo e fatores relativos</p><p>aos ensaios de aceitação.</p><p>14</p><p>Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na Norma Brasileira</p><p>Regulamentadora (NBR) 6118 (2014) todo concreto recebido nas obras brasileiras tem que</p><p>submeter-se por um controle de recebimento. O processo de controle é regido pela norma</p><p>ABNT NBR 12655 (2015), que consiste em verificar o atendimento da consistência e</p><p>resistência à compressão especificada para a obra em questão.</p><p>A consistência é verificada pelo ensaio de abatimento do tronco de cone, chamado de</p><p>Slump test, executado de acordo com a ABNT Norma Mercosul (NM) 67, possibilitando a</p><p>verificação da presença de anormalidade no ato do recebimento. No caso da resistência a</p><p>compressão a verificação não acontece de forma imediata, molda-se corpos de provas e</p><p>aguarda um período de 28 dias correspondente a cura do concreto, para assim haver a</p><p>aprovação do concreto, situações de não conformidade nesse critério implicam em sérios</p><p>problemas técnico e financeiro.</p><p>Magalhães, Real e Silva Filho (2018) afirmam que a resistência à compressão do</p><p>concreto apresenta uma aleatoriedade de forma natural, ocorrem devido a variação das</p><p>propriedades dos materiais constituintes do concreto, tornando-se mais variável em razão do</p><p>processo produtivo: pesagem, mistura, manipulação, entre outros. Em consequência desses</p><p>fatores abordados, em caso de não conformidade, o principal alvo de desconfiança dos</p><p>envolvidos vai para o produtor, logo vários outros fatores acarretam resultados de resistência</p><p>à compressão inferior ao especificado, sendo inúmeros setores envolvidos na produção,</p><p>destacam-se os consultores, construtores, laboratórios, produtores, projetistas, e até mesmo os</p><p>clientes.</p><p>Geralmente o concreto produzido no próprio canteiro de obra não passa por um</p><p>controle tecnológico adequado, para garantir uma durabilidade e aumento da resistência a</p><p>compressão do mesmo. Diante de tal importância, surge o questionamento: se o controle</p><p>tecnológico do concreto é um dos principais fatores determinantes para assegurar que a</p><p>resistência especificada em projeto seja atendida, então, por que muitas vezes não há uma</p><p>preocupação com relação a prática de um controle tecnológico?</p><p>Giammusso (1986) afirma que há muitos conhecedores de concreto pelo mundo,</p><p>porém a execução e controle da qualidade é duvidosa, caracterizando um dos principais</p><p>problemas encontrados no Brasil, onde tem-se a necessidade de produzir concreto de acordo</p><p>com as características e especificações de cada obra. Com isso, os envolvidos responsáveis</p><p>pela produção em canteiros de obra não são especializados para desenvolver a função com</p><p>qualidade esperada.</p><p>15</p><p>O controle tecnológico é um procedimento essencial para as obras de construção civil,</p><p>assegura a conformidade, registro e ações corretivas do concreto. Assim, diante da</p><p>problemática exposta, o presente trabalho tem o objetivo de analisar o controle tecnológico do</p><p>concreto em obras de pequeno porte localizadas no município de Pau dos Ferros no Estado do</p><p>Rio Grande do Norte (RN), sendo considerada uma pequena cidade, consequentemente existe</p><p>menos mão de obra qualificada e tecnologia disponível em termos de métodos construtivos.</p><p>Dessa forma, afeta diretamente a área da construção civil, onde a qualidade final do concreto</p><p>pode ser duvidosa.</p><p>2. OBJETIVOS</p><p>2.1 Objetivo geral</p><p>O presente trabalho tem como objetivo geral analisar o controle tecnológico do</p><p>concreto em obras de pequeno porte em Pau dos Ferros/RN possuindo como parâmetro</p><p>norteador, o acervo de normas técnicas da ABNT que tratam de procedimentos, planejamento</p><p>e execução de serviços.</p><p>2.2 Objetivos específicos</p><p>A pesquisa é composta pelos seguintes objetivos específicos:</p><p>• Analisar o processo de produção do concreto em uma amostra de canteiros de</p><p>obras de Pau dos Ferros/RN;</p><p>• Verificar técnicas de execução que influenciam para obter um concreto de</p><p>qualidade, por meio da análise e aplicação de um check list;</p><p>• Desenvolver uma relação entre as prescrições normalizadas que tratam de</p><p>processos que contribuem para uma qualidade do concreto e o que é realmente praticado nas</p><p>obras, especificando as possíveis deficiências e incoerências praticadas com relação ao</p><p>controle tecnológico;</p><p>• Analisar a forma como os componentes constituintes do concreto são</p><p>armazenados e dispostos no canteiro de obra.</p><p>16</p><p>3. REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>3.1 O concreto</p><p>Sabe-se que o concreto é um material homogêneo composto por água, cimento,</p><p>agregado graúdo, agregado miúdo e ar. Com a finalidade de modificar ou melhorar as suas</p><p>características básicas podem ser adicionadas aditivos químicos ou minerais. Para Helene e</p><p>Tibério (2010), o concreto é considerado como o segundo material mais utilizado na</p><p>humanidade perdendo apenas para a água.</p><p>De acordo com Pedroso (2009) a ASTM (American Society for Testing and Materials)</p><p>conceitua o concreto como um compósito constituído de dispersos com naturezas distintas e</p><p>matriz aglomerante, constituindo sua microestrutura, que é heterogênea, (Figura 01). Os</p><p>aglomerantes são caracterizados pela relação água/cimento e os agregados considerados a fase</p><p>dispersa: areia, pedregulho, seixos, britas, escória. Além disso, não dispensa a incorporação</p><p>de materiais aditivos em seu estado fresco com a função de alterar as suas propriedades.</p><p>Figura 01: Fases do concreto</p><p>Fonte: Mehta e Monteiro, (2014).</p><p>Mehta e Monteiro (2008), classifica o concreto em três categorias, com base na sua</p><p>massa específica que são: concreto de densidade normal, cerca de 2400 quilogramas por</p><p>metro cúbico (Kg/m³), constituído de areia natural, pedregulhos ou agregados britados,</p><p>concretos leves com 1800 Kg/m³, utilizados para peças priorizam leveza e concretos</p><p>denominados pesados, densidade maior que 3200 quilogramas por metro cúbico, aplicados</p><p>em estruturas que precisam de grande massa, como estruturas para blindagem contra radiação.</p><p>Segundo Quadros (2014), o desenvolvimento tecnológico na área de estruturas de concreto</p><p>tem apresentado grandes avanços em relação a décadas anteriores, tanto</p><p>na ciência dos</p><p>17</p><p>materiais, quanto nos processos construtivos. Com isso, há uma influência considerável nas</p><p>propriedades do concreto, fazendo com que atinja resistências maiores do que esperados.</p><p>Quadros (2014) afirma que as propriedades mecânicas são consideradas como as</p><p>principais, destacando a resistência a compressão que trata-se da propriedade mais utilizada</p><p>para a avaliação da qualidade do concreto, sendo obtidas nos canteiros de obras feitas por</p><p>modelagem de corpos de provas comumente de forma cilíndrica, e em seguida realiza-se o</p><p>teste de resistência em laboratório. Entretanto, o módulo de elasticidade e a resistência a</p><p>tração são importantes propriedades que não são medidos em grande parte das obras no</p><p>Brasil.</p><p>Assim com o intuito de se obter as propriedades mecânicas como o módulo de</p><p>elasticidade e resistência a tração a NBR 6118/2014 fornece equações para a obtenção dessas</p><p>a partir da resistência característica a compressão.</p><p>Segundo Vieira (2017), tem-se desenvolvido diversas pesquisas, para a utilização de</p><p>novas tecnologias, otimização dos materiais constituintes e incrementação dos conceitos de</p><p>sustentabilidade do concreto, tudo isso sempre pensando em exigir uma maior durabilidade</p><p>das estruturas, e aproveitamento de resíduos da construção civil. Baseado nessas exigências</p><p>foi desenvolvido o Concreto Auto-Adensável (CAA), pois diferente do Concreto</p><p>Convencional Vibrado (CCV) apresentando uma maior capacidade de escoar sob as fôrmas e</p><p>envolver as armações sem a necessidade de vibração.</p><p>Khrapko (2007) afirma que o CAA é semelhante ao CCV com relação a composição</p><p>de materiais, o diferencial está na sua dosagem e produção exigindo um maior controle</p><p>tecnológico para assim garantir as propriedades de fluidez, viscosidade, coesão e a resistência</p><p>à segregação.</p><p>Um dos critérios que tornam o concreto o material de construção mais utilizado do</p><p>mundo é a durabilidade. Para Ribeiro, Pinto e Starling (2014) o conceito de durabilidade é</p><p>dado ao concreto quando o mesmo é capaz de resistir por muitos anos as condições as quais</p><p>foram levadas em consideração em projeto sem deteriorar-se, sendo capaz de resistir a</p><p>processos de submissão de deterioração que foram previstos.</p><p>A NBR 15575-1 (2013) menciona que a durabilidade é geralmente utilizada como um</p><p>termo qualitativo para manifestar a situação em que a edificação mantem seu desempenho</p><p>requerido durante a vida útil. Este, que é o período de tempo em que uma determinada</p><p>edificação e/ou seus sistemas constituintes exercem funções para as quais foram projetadas e</p><p>18</p><p>construídos conforme a periodicidade e adequada execução dos processos de execução</p><p>estabelecidos no manual de uso, operação e manutenção.</p><p>Ainda segundo a NBR 15575-1 (2013) conceitua Vida Útil de Projeto (VUP) como o</p><p>período estimado de tempo que um sistema é projetado para atender aos requisitos de</p><p>impostas na norma em questão. A VUP é uma estimativa teórica de tempo que compreende o</p><p>tempo de vida útil. Observa-se na Tabela 01 as partes da edificação com seu respectivo tempo</p><p>mínimo, intermediário e superior de VUP em anos.</p><p>Tabela 01: Exemplos de Vida Útil de projeto aplicando os conceitos da NBR15575-1</p><p>Parte da edificação Exemplos</p><p>VUP em anos</p><p>Mín. Interm. Sup.</p><p>Estrutura principal</p><p>Fundações, elementos estruturais (pilares,</p><p>vigas, lajes e outros), paredes estruturais,</p><p>estruturas periféricas, contenções e arrimos.</p><p>≥ 50</p><p>≥ 63</p><p>≥ 75</p><p>Estruturas auxiliares</p><p>Muro divisórias, estruturas de escadas</p><p>externas.</p><p>≥ 20 ≥ 25 ≥ 30</p><p>Vedação externa</p><p>Paredes de vedação externas, painéis de</p><p>fachada, fachada cortina.</p><p>≥ 4 0 ≥ 50 ≥ 60</p><p>Vedação interna</p><p>Paredes e divisórias leves interna, escadas</p><p>internas, guarda-corpo.</p><p>≥ 20</p><p>≥ 25</p><p>≥ 30</p><p>Fonte: ABNT NBR 15575-1, (2003).</p><p>Para o concreto, devem ser atendidas as especificações estabelecidas pelas Normas</p><p>Brasileira Regulamentadoras (NBRs), e segundo a classe de agressividade ambiental que a</p><p>estrutura está exposta e demais parâmetros relacionados. As principais prescrições estão nas</p><p>seguintes NBR’s são:</p><p>1) ABNT NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.</p><p>Estabelece requisitos gerais a serem atendidos pelo projeto como um todo;</p><p>2) ABNT NBR 8953:2015 – Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa</p><p>específica, por grupos de resistência e consistência;</p><p>3) ABNT NBR 12655:2015 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle,</p><p>recebimento e aceitação – Procedimento;</p><p>4) ABNT NBR 5739:2007 – Concreto – Ensaios de compressão de corpos de prova</p><p>cilíndricos. Podendo ser consultado para a determinação da caracterização do</p><p>concreto, ensaio de resistência a compressão;</p><p>19</p><p>5) ABNT NBR 9778:2009 – Argamassa e concreto endurecidos – Determinação da</p><p>absorção de água, índice de vazios e massa específica;</p><p>6) ABNT NBR 14931:2004 – Execução de estruturas de concreto – Procedimento.</p><p>3.2 Controle tecnológico do concreto</p><p>Ao se referir ao controle tecnológico do concreto entende-se como um conjunto de</p><p>fatores que visam o controle dos materiais que o compõem, com isso os principais problemas</p><p>que o afetam estão relacionados a estes materiais que constituem o mesmo.</p><p>Segundo o Congresso Brasileiro do Concreto, (CBC) (2018), o processo de mistura do</p><p>concreto, a dosagem, tipo de agregado, lançamento, adensamento, quantidade de água são</p><p>algumas das características que influenciam consideravelmente nas propriedades do concreto</p><p>no estado endurecido, independentemente se é produzido no local ou em centrais de dosagem,</p><p>devem ser analisadas de forma criteriosa.</p><p>O dimensionamento de estruturas de concreto armado leva em consideração diversos</p><p>critérios a serem analisados, como: as ações atuantes na estrutura, materiais empregados,</p><p>características geométricas, entre outros. De acordo com Magalhães (2014), dentre diversos</p><p>fatores existentes a serem considerados no processo de dimensionamento, o controle</p><p>tecnológico do concreto utilizado é determinante para a segurança da estrutura, sendo que no</p><p>mesmo há muitos fatores de dispersão, existentes tanto na escolha dos materiais como</p><p>passando pela mão de obra e processo de produção.</p><p>Ainda Magalhães (2014) afirma que o controle tecnológico do concreto vem sendo</p><p>limitado ao controle de satisfação da resistência à compressão do material obtido, sendo esta a</p><p>metodologia de verificação mais considerada quanto a qualidade de uma estrutura para os</p><p>projetistas. Com isso, esse fator está relacionado com a segurança estrutural, destacando-se</p><p>assim a importância de apresentar um bom controle tecnológico do concreto nas obras da</p><p>construção civil.</p><p>Segundo Cavalcanti Filho (2010), a durabilidade dos edifícios em concreto armado,</p><p>depende de um conjunto de fatores, entre eles destaca-se a execução. Nessa fase, mais</p><p>especificamente, muito se aplicam os conceitos de controle tecnológico desde o processo de</p><p>armazenamento dos materiais, produção do concreto, como técnicas utilizadas para o</p><p>lançamento, adensamento e cura do concreto.</p><p>Dessa forma, o controle tecnológico é considerado como uma ferramenta essencial</p><p>para evitar possíveis transtornos na construção civil. Magalhães (2014) afirma que as perdas</p><p>20</p><p>econômicas, incluindo a necessidade de reforços, extração e ensaios de testemunhos, até</p><p>mesmo demolição são as consequências da aplicação de um concreto não conforme resultante</p><p>da falta de implantação de um controle de qualidade na obra.</p><p>O controle tecnológico do concreto é normalizado mundialmente por normas técnicas,</p><p>no Brasil a ABNT em sua NBR 12655 (2015), sendo aplicável a concreto de cimento</p><p>Portland, para estruturas moldadas na obra, pré-moldadas, bem como peças estruturais pré-</p><p>fabricadas para estruturas de engenharia.</p><p>A NBR 12655 (2015), estabelece condições para propriedades do concreto fresco e</p><p>endurecido, elaboração, controle e constituição</p><p>do concreto, aceitação e recebimento,</p><p>apresentando referências de normas para a retirada de amostras do material e ensaios que</p><p>devem ser executadas para comprovar a qualidade da obra.</p><p>Segundo Ambrozewicz (2012), o desempenho de peças de concreto, a confirmação</p><p>das características dos materiais recomendados no projeto e identificação e correção de</p><p>problemas com relação a não conformidade, todos esses pontos o controle tecnológico tem a</p><p>função de avaliar. A prática do controle aplica-se em dois momentos com relação aos estados</p><p>do concreto: estado fresco, momento de recebimento ou implementação do concreto na obra,</p><p>e estado endurecido, período de aceitação da estrutura.</p><p>Dessa forma, para a obtenção das propriedades primordiais do concreto - facilidade de</p><p>manuseio quando fresco, impermeável quando endurecido, durabilidade e uma resistência</p><p>mecânica consideravelmente adequada - faz-se indispensável o conhecimento dos fatores que</p><p>influenciam na qualidade, sendo: qualificação dos materiais, proporção e manipulação de</p><p>forma correta, realização do cálculo estrutural, execução das fôrmas e armadura, concretagem</p><p>e cura cuidadosa. (AMBROZEWICZ, 2012)</p><p>A necessidade do controle com respeito aos problemas relacionados a não</p><p>conformidades de projeto ou descumprimento das prescrições normativas, de acordo com</p><p>Santiago (2011) podem acarretar em perdas econômicas consideráveis, resultando em</p><p>posteriores reforços, demolições, apresentação de manifestações patológicas, redução da</p><p>resistência, sendo possível até a reavaliação do projeto estrutural para adequação do cálculo,</p><p>levando em consideração a utilização do concreto com resistência diferente ao adotado</p><p>anteriormente.</p><p>21</p><p>3.2.1 Controle tecnológico segundo prescrições normativas</p><p>As prescrições normativas são importantes ferramentas na construção civil, auxiliam o</p><p>profissional a executar de maneira correta os diversos serviços que está empregado para o</p><p>desenvolvimento de quaisquer atividades em geral. Dessa forma, para ter uma prática de</p><p>trabalho que empregue as medidas de controle tecnológico do concreto há prescrições em</p><p>normas da construção civil que estabelecem os aspectos técnicos a serem seguidos para</p><p>garantir um concreto de qualidade. Tais aspectos estão relacionados a forma como</p><p>armazenam os materiais para assim manterem as suas propriedades e procedimentos de</p><p>execução dos elementos estruturais de concreto armado.</p><p>Um dos problemas que pode causar problemas para a estrutura é a segregação do</p><p>concreto em seu estado fresco, a minimização desta problemática se dá realizando uma</p><p>adequada dosagem, considerando-se o processo de mistura, transporte, lançamento e</p><p>adensamento.</p><p>A NBR 12655 (2015), define dosagem como a medida dos materiais constituintes do</p><p>concreto para a elaboração do volume desejado. O mesmo necessita ser estudado com o</p><p>objetivo de definir o traço (quantidade em massa ou volume, dos vários componentes do</p><p>concreto) para satisfazer as condições da obra e requisitos especificados pelo projeto</p><p>estrutural. Importante ressaltar que existem etapas estabelecidas na NBR 12655 para a</p><p>obtenção de um concreto de qualidade, onde geralmente não são seguidas durante o processo</p><p>de preparo.</p><p>De acordo com a NBR 12655 (2015) as etapas para o preparo do concreto são:</p><p>caracterização dos materiais constituintes do concreto, estudo de dosagem do concreto, ajuste</p><p>e constatação do traço e por fim elaboração do concreto. Sendo este último definido como as</p><p>atividades iniciais que incluem o recebimento, armazenamento dos materiais, medida e</p><p>mistura, bem como análise com relação a quantidade dos materiais utilizados na mistura.</p><p>Importante destacar que o concreto com fins estruturais deve ser estabelecido todas as suas</p><p>características e propriedades, antes do início da concretagem. A origem da água para o</p><p>amassamento do concreto contribui diretamente na qualidade final, necessitando de ensaios</p><p>em alguns casos para a comprovação da sua utilização no preparo do concreto.</p><p>Segundo a NBR 15900-1 (2009) em função da origem da água é determinado se pode</p><p>ser utilizada para a preparação do concreto, pode-se destacar a água para abastecimento</p><p>público sem a necessidade de ensaio, água recuperada de processos de preparação de concreto</p><p>(limpeza interna de betoneira, caminhões betoneiras, recuperação de agregados de concretos</p><p>22</p><p>frescos), águas de fontes subterrâneas, natural de superfície, captação pluvial e residual</p><p>industrial, nesses casos devem ser ensaiada para verificação e água salobra, apenas para</p><p>concreto não armado. Com a intenção de melhorar ou modificar as propriedades do concreto</p><p>podem ser utilizados aditivos, havendo prescrições na NBR 12655 para a sua adequada</p><p>aplicação no processo de preparo.</p><p>Para a NBR 12655 (2015) a quantidade de aditivos utilizados não pode ultrapassar a</p><p>dosagem máxima recomendada pelo fabricante. A utilização de aditivos em quantidades</p><p>inferiores a duas gramas (g) por quilogramas (Kg) de cimento, deve ser dissolvido em parte</p><p>da água de amassamento, e em casos que utilizem simultaneamente dois ou mais aditivos,</p><p>deve ser analisada a compatibilidade em ensaios prévios em laboratórios.</p><p>Há prescrições a serem obedecidas com relação ao armazenamento dos materiais</p><p>componentes do concreto, estes devem permanecer armazenados na obra ou na central de</p><p>dosagem, separados fisicamente desde o recebimento.</p><p>No que se refere ao cimento a NBR 12655 (2015) especifica que o mesmo deve ser</p><p>armazenado separadamente de acordo com a marca, tipo e classe. Quando despachados em</p><p>sacos recomenda ser guardado em pilhas, local fechado, resguardado de chuva, névoa ou</p><p>condensação e apoiados em suspensões de madeira para evitar o contato direto com o chão.</p><p>Os sacos empilhados devem obedecer a uma altura de no máximo quinze unidades caso sejam</p><p>retidos a período inferior a quinze dias no canteiro de obra, ou dez unidades, quando ficarem</p><p>por período mais longos.</p><p>O armazenamento com relação aos agregados a NBR 12655 (2015) normatiza que</p><p>devem ser separados segundo a sua graduação granulométrica, não podendo haver o contato</p><p>direto com as diferentes graduações. Necessitando ficar sobre uma base de modo que permita</p><p>o escoamento contínuo da água. Com relação a água para amassamento é aconselhável serem</p><p>depositadas em caixas estanques e tampadas, evitando assim a contaminação por substâncias</p><p>que podem comprometer a qualidade do concreto. Os aditivos devem seguir as</p><p>recomendações do fabricante para o seu correto armazenamento.</p><p>Para a NBR 12655 (2015) as amostras de concreto são coletadas de forma aleatória</p><p>durante o processo de concretagem, cada exemplar deve ser feito dois corpos de prova da</p><p>mesma amassada, para cada idade de rompimento moldados no mesmo instante. O maior dos</p><p>valores obtidos assume a resistência a compressão do exemplar. Ainda destaca que para</p><p>comprovar e eventual ajuste do traço deve-se antes da concretagem preparar uma amassada de</p><p>23</p><p>concreto, os resultados obtidos para todos os ensaios realizados devem ser reunidos e</p><p>registrados por meio de relatórios.</p><p>Para concreto de classe C20 ou superior a NBR 12655 (2015) estabelece que a</p><p>composição deve ser definida em dosagem experimental e racional, antes do início da</p><p>concretagem da obra. A definição e estudo da dosagem são realizadas com os mesmos</p><p>materiais e condições semelhantes as quais estão dispostos na obra, sempre observando as</p><p>prescrições do projeto e as condições de execução.</p><p>A medida volumétrica dos agregados só é aceitada quando a preparação é efetuada no</p><p>canteiro de obra. Com relação a mistura, os constituintes do concreto devem formar uma</p><p>massa homogênea, podendo ser executada em central de concreto, na obra ou em caminhão</p><p>betoneira.</p><p>A NBR 14931 (2004) estabelece que o concreto deve ser lançado e adensado de forma</p><p>que toda a armadura e componentes embutidos, sejam</p><p>cobertos adequadamente pela massa.</p><p>Esse procedimento não pode ser executado após o início da pega, devendo ser lançado o mais</p><p>próximo possível de sua posição definitiva, evitando-se aglomeração de argamassa nas</p><p>paredes das fôrmas e nas armaduras. Atentando-se para possível segregação do concreto</p><p>quando a altura de queda livre é superior a dois metros e observando a densidade de armadura</p><p>presente na peça estrutural. Dessa forma, práticas como as especificadas contribuem</p><p>significativamente para o desenvolvimento de um controle tecnológico do concreto,</p><p>resultando assim em mais segurança para a estrutura.</p><p>3.3 Fatores que influenciam o controle tecnológico</p><p>Para Mehta e Monteiro (2008) o processo de controle tecnológico do concreto deve ser</p><p>executado para que fatores como a exsudação e a segregação, não afetem na qualidade do</p><p>concreto devido a métodos irregulares de adensamento, inadequada quantidade de agregados</p><p>e índices de massas especificas.</p><p>O concreto quando em seu estado fresco pode obter características que são prejudiciais</p><p>para estrutura, possibilitando o desenvolvimento de possíveis manifestações patológicas,</p><p>resultante de uma falha no controle tecnológico. Neville (2016), destaca a segregação como</p><p>uma separação dos materiais do concreto fresco de forma que sua distribuição não seja mais</p><p>uniforme. A exsudação ocorre quando a água da mistura se eleva para a superfície do</p><p>concreto recentemente lançado. Isso ocorre devido a incapacidade dos agregados sólidos</p><p>fixarem toda a água da mistura e depende principalmente da quantidade de cimento utilizado.</p><p>24</p><p>A exsudação provoca a falta de aderência pasta-agregado, consistência na permeabilidade do</p><p>concreto e formação de uma camada fraca, porosa e de baixa resistência, causada pela não</p><p>evaporação da água devido a camada que lhe é superposta.</p><p>Para Mehta e Monteiro (2014) a consistência inadequada juntamente com agregados</p><p>de massa específica elevada ou baixa, quantidade de partículas insuficientes, lançamento e</p><p>adensamento são as principais causas da exsudação e segregação. Podendo ser reduzidas e</p><p>eliminadas por meio de um controle maior da dosagem e técnicas mais eficientes de</p><p>lançamento e adensamento do concreto.</p><p>A relação água/cimento é um dos pontos mais importantes a ser discutido, este</p><p>critério influencia diretamente no concreto em seu estado fresco e endurecido, afetando</p><p>diretamente na porosidade do concreto em qualquer estágio de hidratação. Segundo Mehta e</p><p>Monteiro (1994) a relação água/cimento, é um dos fatores que determinam a resistência a</p><p>compressão do concreto, sendo o principal critério para o cálculo da resistência dos concretos</p><p>convencionais preparados com agregados comuns. As porosidades da zona de transição e da</p><p>pasta de cimento determinam a resistência, validando a proporção direta entre relação</p><p>água/cimento e a resistência.</p><p>De acordo com a NBR 6118 (2014) a agressividade ambiental relaciona-se as ações</p><p>físicas e químicas que exercem sobre a estrutura de concreto e independe das ações</p><p>mecânicas, variações volumétricas causadas pela temperatura, retração hidráulica e dentre</p><p>outras previstas no dimensionamento. Os parâmetros mínimos a serem atendidos em projetos</p><p>são alcançados por meio de ensaios comprovatório com relação a durabilidade da estrutura,</p><p>levando em consideração o tipo (Concreto Armado (CA), Concreto Protendido (CP)) e classe</p><p>de agressividade. Na ausência dos mesmos e havendo uma correspondência entre a relação</p><p>água/cimento, resistência a compressão e durabilidade, são estabelecidos valores mínimos,</p><p>(Tabela 02).</p><p>Tabela 02: Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto.</p><p>Concreto Tipo</p><p>Classe de agressividade</p><p>I II III IV</p><p>Relação água/cimento em</p><p>massa</p><p>CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45</p><p>CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45</p><p>Classe de concreto (ABNT</p><p>NBR 8953)</p><p>CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40</p><p>CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40</p><p>Fonte: NBR 6118, (2014).</p><p>25</p><p>Barbar (2016), afirma que uma trabalhabilidade adequada não depende somente da</p><p>quantidade de água utilizada, a seleção e proporção correta dos materiais e, em diversas</p><p>ocasiões o uso de adições e aditivos. A dosagem de pasta, argamassa e agregados devem ser</p><p>compatibilizados, em função da trabalhabilidade desejada, conseguindo em razão das</p><p>características conhecidas de cada componente constituído e proporção correta na mistura. O</p><p>ensaio que indica indiretamente a trabalhabilidade dos concretos é o de abatimento do tronco</p><p>de cone (Slump test), permitindo conhecer a fluidez e consistência, corroborando para um</p><p>controle de uniformidade do concreto.</p><p>A NM 67 (1988), define que o Slump test é aplicado aos concretos plásticos e</p><p>coesivos, apresentando um assentamento igual ou superior a dez milímetros (mm), não se</p><p>aplicando a concreto com agregado graúdo com dimensão nominal máxima superior a 37,5</p><p>mm.</p><p>Quanto a aparelhagem para a realização do ensaio a NM 67 apresenta um molde para</p><p>o corpo de prova fabricado de metal, com espessura igual ou superior a 1,5 mm, tendo a</p><p>forma de um tronco de cone oco. Haste de compactação com seção circula, reta, com</p><p>diâmetro de 600 mm e extremidades arredondadas. Placa de base que serve para apoio do</p><p>molde, feita com material metálico, plana, formato quadrada ou retangular, dimensão dos</p><p>lados não menor que 500 mm e espessura igual ou superior a 10 mm, (Figura 02).</p><p>Figura 02: Equipamentos</p><p>Fonte: NBR NM 67, (1988).</p><p>Quanto ao procedimento a NM 67 descreve que inicialmente deve-se umedecer o</p><p>molde e a placa de base, encher ligeiramente o molde com o concreto em três camadas, com</p><p>26</p><p>aproximadamente um terço da altura do molde. Com a haste de socamento compactar</p><p>uniformemente cada camada com vinte e cinco golpes, rasar a superfície do concreto, retirar o</p><p>molde cuidadosamente levantando na direção vertical, essa operação deve ser realizado em</p><p>um tempo entre cinco a dez segundos. Por fim, após a retirada medir o abatimento do cone,</p><p>determinando a diferença entre a altura do molde e do eixo do corpo de prova, (Figura 03).</p><p>Figura 03: Medida do abatimento</p><p>Fonte: NBR NM 67, (1988).</p><p>A NBR NM 67 estabelece que caso em dois ensaios consecutivos ocorra o</p><p>deslizamento ou desmoronamento que impeça a medição, o concreto não é necessariamente</p><p>plástico e coeso para aplicação do ensaio.</p><p>Pesquisas experimentais vêm comprovando que a variabilidade das características dos</p><p>componentes utilizados na produção, influencia nas propriedades mecânicas do concreto</p><p>(Tabela 03). Helene e Tarzain (1992) complementa a ideia afirmando, que a uniformidade do</p><p>concreto é resultante da conformidade apresentada pelos materiais que compõem.</p><p>Tabela 03: Efeitos dos materiais nos resultados do controle tecnológico do concreto</p><p>Influência dos materiais na variabilidade do concreto Efeito máximo no resultado</p><p>Variabilidade da resistência do cimento ± 12 %</p><p>Variabilidade da quantidade total de água ± 15 %</p><p>Variabilidade dos agregados (principalmente miúdos) ± 8 %</p><p>Fonte: Helene e Terzian, (1992).</p><p>27</p><p>Percebe-se que a quantidade de água é considerada como o fator que mais causa efeito</p><p>no material, estando ligado diretamente à produção e mão de obra não treinada dos</p><p>profissionais envolvidos dentro da cadeia produtiva.</p><p>4. METODOLOGIA DA PESQUISA</p><p>A presente pesquisa consiste na análise do controle tecnológico do concreto em obras</p><p>de pequeno porte em Pau dos Ferros/RN, visto que geralmente não há uma preocupação</p><p>específica por parte dos envolvidos na construção civil para desenvolver um trabalho de</p><p>controle de qualidade do concreto em obras de porte em geral.</p><p>A cidade de Pau dos Ferros está localizada no interior do Estado do Rio Grande do</p><p>Norte (RN), (Figura 04), onde de acordo com a área territorial brasileira (2018) possui uma</p><p>área territorial de 259,959 quilômetros quadrados. O Instituto Brasileiro de Geografia e</p><p>Estatística (IBGE)</p><p>(2017) estima uma população de 30.183 pessoas. Segundo o censo de</p><p>2010 e densidade demográfica corresponde a 106,73 habitantes por quilômetros quadrados.</p><p>Figura 04: Localização</p><p>Fonte: IBGE, (2018).1</p><p>A pesquisa tem como vertentes principais uma análise do processo de produção do</p><p>concreto, observando como se realiza a dosagem, mistura e tratamento dos materiais que</p><p>compõem o mesmo, bem como verificar as técnicas de produção e execução dos serviços que</p><p>são importantes para se obter um concreto de qualidade, e dentro das situações observadas,</p><p>propor medidas de acordo com as normalização para prática de um controle tecnológico do</p><p>concreto.</p><p>1 Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/rn/pau-dos-ferros.html?. Acesso em junho</p><p>de 2019.</p><p>https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/rn/pau-dos-ferros.html?</p><p>28</p><p>Dessa forma, para o aprofundamento, compreensão e descrição dos possíveis</p><p>problemas analisados em campo, foi utilizado o método de abordagem qualitativo. Gerhardt e</p><p>Silveira (2009) afirma que as características da pesquisa qualitativa são: descrever, explicar e</p><p>compreender a precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno</p><p>através da hierarquização das ações.</p><p>Segundo Minayo (2001), a análise qualitativa discorre de uma universalização de</p><p>significados, justificativas, pretensões, crenças, valores, atitudes, entre outros fatores, com</p><p>isso colabora para um espaço mais profundo das relações, metodologia e fenômenos que não</p><p>pode ser diminuído a operacionalização de variáveis.</p><p>A pesquisa busca desenvolver-se com caráter aplicado, onde inclui um assunto</p><p>bastante pertinente e discutido na atualidade, apontando uma geração de conhecimento para</p><p>possíveis aplicações práticas com destaque na resolução de possíveis problemas detectáveis.</p><p>Para Gerhardt e Silveira (2009), o estudo aplicado submerge veracidade e instâncias locais,</p><p>expandindo a geração de conhecimentos para assim obter um aproveitamento prático,</p><p>encaminhados a resolução de problemas específicos que são observados.</p><p>Com as informações obtidas, almeja-se analisar profundamente o problema,</p><p>conhecendo-o e expondo-o detalhadamente e de forma cuidadosa, para assim, ser capaz de</p><p>apresentar medidas solucionadoras, segura e eficientes em cada caso, consistindo-se então em</p><p>pesquisa cuja razão é exploratória. De acordo com Gil (2007), a pesquisa exploratória</p><p>determina um melhor conhecimento da problemática, ajudando o pesquisador a tornar mais</p><p>visíveis para assim elaborar hipóteses.</p><p>As informações e dados foram obtidas por visitas técnicas, com registros fotográficos</p><p>e aplicação de uma check list (APÊNDICE A) composto por 20 perguntas. Os critérios</p><p>estabelecidos para a sua elaboração foram baseados na modalidade de preparo do concreto,</p><p>execução dos serviços realizados, armazenamento e disposição dos materiais no canteiro de</p><p>obra, pontos determinantes para a análise e determinação com relação a prática do controle</p><p>tecnológico do concreto.</p><p>A pesquisa foi aplicada a uma quantidade de duas obras classificadas como pequeno</p><p>porte, localizadas no município de Pau dos Ferros, Estado do Rio Grande do Norte (RN), com</p><p>devidas autorizações (APÊNDICE B) para a atuação e desenvolvimento da pesquisa no</p><p>campo. Por fim, os dados foram analisados considerando as prescrições normativas e</p><p>sugestões presentes na bibliografia do tema.</p><p>29</p><p>Dessa forma, o procedimento da presente pesquisa consiste em um estudo de caso.</p><p>Fonseca (2002) afirma que o estudo de caso se caracteriza como um estudo de uma</p><p>determinada instituição, sistema educativo ou uma unidade social. Permitindo conhecer com</p><p>profundidade o como e o porquê de uma situação que julga ser única em muitos aspectos,</p><p>procurando saber o que há de mais essencial e característico. O pesquisador não almeja</p><p>interferir sobre o caso a ser pesquisado, mas abordá-lo como ele percebe.</p><p>4.1 Descrição das áreas de estudo e obtenção dos dados</p><p>As obras escolhidas para a aplicação da pesquisa serão tratadas neste texto como obra</p><p>1 e obra 2, com o intuito zelar pela privacidade dos envolvidos, lembrando que todas são</p><p>obras de pequeno porte, localizadas na cidade de Pau dos Ferros/RN.</p><p>A obra 1 consiste em um edifício comercial. Ao consultar o projeto no ato da visita,</p><p>observou-se que dispõe de uma área construída de 94,86 metros quadrados (m²), três</p><p>pavimentos, possui regulamentação pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia</p><p>(CREA) do RN, está localizada na Rua 15 de Novembro, (Figura 05). O serviço analisado</p><p>nessa obra foi a concretagem de uma laje treliçada utilizando preenchimento com Poliestireno</p><p>Expandido, EPS.</p><p>A obtenção dos dados para a obra 1 foi realizada via coleta de campo nas datas 16 e 18</p><p>de julho de 2019, sendo dividida em duas etapas respectivamente: os pontos relacionados ao</p><p>armazenamento, disposição dos materiais, verificação da existência da cura e escoramento do</p><p>concreto, foram obtidos por volta das 08:00 horas, já a segunda etapa se deu à noite, por volta</p><p>das 20:00 horas, quando foi executada a concretagem da laje, possibilitando a análise da</p><p>preparação do concreto, especificamente a dosagem, mistura e lançamento.</p><p>A obra 2 também consiste em um edifício comercial, com um pavimento, ao consultar</p><p>o projeto, observou-se que apresenta uma área construída de 606,96 m², está localizada na</p><p>Rua Hipólito Cassiano, (Figura 05). Ela possui regulamentação pelo CREA-RN e o serviço</p><p>estudado foi a concretagem da fundação do tipo sapata apresentando base em planta no</p><p>formato quadrado, com cerca de um metro e setenta centímetros de profundidade. De acordo</p><p>com a NBR 6122 (1996), que trata de projeto e execução de fundações, pode ser definida</p><p>como um elemento de fundação superficial, podendo possuir espessura constante ou variável,</p><p>com sua base geralmente recebendo o formato retangular, quadrado ou trapezoidal.</p><p>30</p><p>Figura 05: Localização das obras</p><p>Fonte: Autoria própria, (Adaptado do Google Earth Pro), (2019).</p><p>A obtenção dos dados na obra 2 ocorreu no dia 16 de julho de 2019 no período da</p><p>tarde por volta das 13:00 horas. Nesse processo, a coleta dos dados se deu de forma integral,</p><p>observando tanto a preparação do concreto (mistura e dosagem), quanto o armazenamento e a</p><p>disposição dos materiais no canteiro de obra.</p><p>5. RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>5.1 Armazenamento e disposição dos materiais</p><p>Sabe-se que o armazenamento dos materiais constituintes do concreto é fundamental</p><p>para que se mantenha um produto de qualidade, devendo ser realizado de modo que não</p><p>fiquem expostos à umidade e as condições climáticas, para que as suas propriedades não</p><p>sejam afetadas. Dessa forma, o armazenamento, disposição dos materiais que compõem o</p><p>concreto e análise dos serviços de concretagem, foram verificados nas duas obras onde foi</p><p>aplicada a pesquisa.</p><p>Verificando cada obra de forma individual, observou-se que para a obra 1 os</p><p>agregados estavam dispostos de forma inadequada, na ocasião da visita agregados graúdos e</p><p>miúdos estavam em contato físico uns com os outros, não havendo separação entre eles. Outra</p><p>observação foi a presença de resíduos de demolição e lixo praticamente juntos aos agregados,</p><p>(Figura 06). Fato que pode acarretar uma redução na resistência a compressão do concreto</p><p>proveniente da interferência no processo de hidratação, caso esses resíduos sejam</p><p>incorporados na mistura do concreto. Segundo Nevile (2016) substâncias nocivas possíveis de</p><p>31</p><p>serem encontrados nos agregados causam o desenvolvimento de reações químicas entre ele e</p><p>a pasta de cimento, interferindo assim na qualidade do concreto. Notou-se ainda que os</p><p>agregados estavam dispostos na via pública, podendo causar problemas no tráfego de</p><p>veículos, motocicletas e sobretudo a passagem de pedestres.</p><p>Figura 06: Armazenamento dos agregados da obra 1</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>Ao analisar a obra 2 percebe-se que a forma como os agregados estão dispostos é</p><p>semelhante ao da obra 1 com exceção da presença de resíduos de demolição e lixo. Não</p><p>havendo uma separação física entre os agregados graúdos e miúdos (Figura 07 A) e assim</p><p>como na primeira obra eles estão dispostas em via pública, (Figura 07 B).</p><p>Figura 07: A) Armazenamento dos agregados da obra 2, B) Agregados dispostos em via</p><p>pública</p><p>A) Armazenamento dos agregados da obra 2 B) Agregados dispostos em via pública</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>32</p><p>A NBR 12655 (2015) recomenda que os agregados devem ser armazenados de</p><p>maneira que evite o contato com o solo de forma que impossibilite a contaminação com</p><p>outros sólidos ou líquidos prejudiciais ao concreto, além de ficar sobre uma base de forma que</p><p>permita escoar a água livre de modo a eliminá-la. Com isso, destaca-se que tal recomendação</p><p>da ABNT não foi atendida nos casos analisados.</p><p>O armazenamento do cimento e do aço pode ser analisado de forma conjunta, as duas</p><p>obras tratam-se de um mesmo dono, então o armazenamento desses materiais se dá em um</p><p>mesmo local. O cimento é armazenado em local fechado, porém em contato direto com o piso</p><p>e paredes, (Figura 08 A). As barras de aço são dispostas em contato com o solo úmido e</p><p>expostas as condições climáticas sem nenhuma proteção contra a corrosão, fatores quando</p><p>somados acelera o processo de corrosão, (Figura 08 B). Dessa forma, compromete</p><p>diretamente na durabilidade e consequentemente na vida útil da edificação.</p><p>De acordo com Carvalho (2014) a corrosão das armaduras consiste em um processo</p><p>eletroquímico, acarretando o desenvolvimento de óxidos e hidróxidos de ferro com volume</p><p>superior ao volume do metal de origem, com isso causa tensões internas no concreto levando</p><p>ao surgimento de manchas superficiais, perda de aderência entre a armadura e o concreto,</p><p>destacamento do cobrimento e redução da seção da armadura, podendo ocasionar</p><p>instabilidade e colapso da estrutura.</p><p>Figura 08: A) Armazenamento do cimento, B) Armazenamento das barras de aço</p><p>A) Armazenamento do cimento B) Armazenamento das barras de aço</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>33</p><p>Conforme estabelece a NBR 12655 (2015) o cimento fornecido em sacos deve ser</p><p>guardado em local fechado, condizendo com a situação verificada nas obras, impedindo a</p><p>ação de chuvas e empilhados no máximo quinze ou dez unidades quando respectivamente,</p><p>retidos em um período de quinze dias e permanecerem em períodos mais longos. No estudo</p><p>do caso, como a obra está em uma etapa onde requer a utilização constante de cimento e por</p><p>se tratar de duas obras para um mesmo estoque aplica-se a condição de quinze unidades</p><p>empilhadas.</p><p>Com relação ao aço para as armaduras a NBR 14931 (2004) determina que deve ser</p><p>estocado com condições de manter inalteradas as suas características geométricas e</p><p>propriedades, desde o recebimento até seu posicionamento final na estrutura, impedindo o</p><p>contato com qualquer tipo de contaminante, óleos, solo, graxas e entre outros.</p><p>A água utilizada para preparação do concreto na obra 1 é armazenada em um</p><p>recipiente constituído de latão, (Figura 09), totalmente aberto na parte superior contribuindo</p><p>para a entrada de contaminantes que podem prejudicar a resistência do concreto.</p><p>Figura 09: Armazenamento de água na obra 1</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>O armazenamento da água na obra 2 ocorre por recipientes estanques e tampados</p><p>(Figura 10), evitando assim a contaminação, conforme é recomendado pela NBR 12655</p><p>(2015).</p><p>34</p><p>Figura 10: Armazenamento de água na obra 2</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>Como um dos pontos a serem avaliados pelo check list é se a fonte da água é adequada</p><p>para amassamento, ao obter as respostas de forma direta pelos responsáveis presentes</p><p>informaram que a origem é de um poço disponível aplicado às duas obras estudadas, contudo,</p><p>segundo a NBR 15900-1 (2009) águas subterrâneas devem ser verificadas por ensaio para</p><p>utilização no preparo do concreto, devido a tendência de conter um alto teor de sais, fato que</p><p>não foi realizado. De acordo com Silva (1991), a verificação da qualidade da água é um fator</p><p>muito importante que deve ser considerado para obter um concreto de qualidade, a presença</p><p>de impurezas pode afetar o tempo de pega do cimento, ocorrência de eflorescências, corrosão</p><p>das armaduras, dentre outras manifestações patológicas.</p><p>No âmbito da realização da pesquisa, essa obra estava na fase de concretagem da</p><p>fundação do tipo sapata e, no processo de escavação, aflorava água proveniente do lençol</p><p>freático, sendo a mesma utilizada para o amassamento do concreto, (Figura 11). Destaca-se</p><p>mais uma vez que segundo a NBR 15900-1 (2009), é necessário a realização de ensaios para</p><p>comprovação quanto a adequabilidade da água para amassamento do concreto.</p><p>35</p><p>Figura 11: Retirada da água para preparação do concreto</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>Importante ressaltar que em nenhuma das obras estudas utilizaram-se aditivos para os</p><p>serviços de concretagem que foram analisados, então não se aplica a questão de</p><p>armazenamento para aditivos.</p><p>5.2 Preparo do concreto e execução dos serviços de concretagem</p><p>Segundo a NBR 15575-1 (2013), um dos fatores que contribuem para o desempenho</p><p>dos sistemas que fazem parte do edifício durante a sua vida útil é a execução da obra de</p><p>acordo com as normas regulamentadoras. Por isso, o acompanhamento frequente de um</p><p>profissional capacitado torna-se imprescindível para uma adequada execução dos serviços em</p><p>geral relacionados a construção civil.</p><p>As obras onde foi aplicada a pesquisa, encontram-se em fases distintas de execução</p><p>para a aplicação do concreto. Na primeira trata-se da concretagem de uma laje e na segunda</p><p>concretagem de uma fundação tipo sapata com cerca de um metro e setenta centímetros de</p><p>profundidade. Ambas as obras utilizaram betoneira estacionária para o preparo do concreto,</p><p>(Figura 12).</p><p>36</p><p>Figura 12: A) Preparo do concreto na obra 1, B) Preparo do concreto na obra 2</p><p>A) Preparo do concreto na obra 1 B) Preparo por betoneira na obra 2</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>Para a dosagem dos materiais que compõem o concreto na obra 1, analisou-se que o</p><p>instrumento de medida utilizado foi a padiola, (Figura 13). O traço adotado foi de 1:3:4</p><p>(cimento: areia: brita), proporção de dosagem utilizada para a concretagem da laje. O cimento</p><p>era do tipo Cimento Portland Pozolânico (CP-IV), Resistência a Sulfato (RS), com classe de</p><p>resistência mínima a compressão aos vinte e oito dias de idade igual a 32 Megapascals (MPa)</p><p>e massa de cinquenta quilogramas. A quantidade de água era medida por baldes com</p><p>capacidade de 20 litros, utilizando aproximadamente 3,5 baldes por traço.</p><p>Figura 13: Dosagem por padiola na obra 1</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>37</p><p>Com relação à obra 2, foi utilizado como instrumento de medida o carro de mão com</p><p>capacidade de 60 litros, uma proporção de 1:2:2 (cimento: areia: brita), as características do</p><p>cimento empregado são as mesmas utilizadas na obra 1. Os instrumentos utilizados para</p><p>medida da quantidade de água eram latas com capacidade de 15 litros, utilizando</p><p>aproximadamente 3,5 latas por traço de concreto preparado.</p><p>Para a NBR 12655 (2015), a composição de cada concreto superior a classe de</p><p>resistência de 15 MPa, deve ser definida em dosagem racional e experimental, com</p><p>antecedência em relação ao início do serviço de concretagem da obra, sendo realizados com</p><p>os mesmos materiais e condições que estão dispostos no canteiro de obra, atentando-se para</p><p>as prescrições do projeto e execução do serviço. A dosagem adequada minimiza sua</p><p>segregação no estado fresco, levando também</p><p>em consideração operações de mistura,</p><p>transporte, lançamento e adensamento.</p><p>Dessa forma, como um dos pontos definidos no check list é o controle da dosagem,</p><p>observou-se que possui um controle inadequado, sendo feito apenas com base em</p><p>experiências de trabalho dos profissionais envolvidos.</p><p>Para a mistura dos materiais na betoneira, observou-se que para as duas obras não</p><p>possuía uma sequência fixa no decorrer do preparo do concreto, em determinados momentos</p><p>havia uma variação com relação aos materiais depositados na betoneira. Na obra 1 foi</p><p>analisado que finalizado o processo de colocar os materiais na betoneira, o tempo de mistura</p><p>não correspondia a 60 segundos. De acordo com a NBR 12655 (2015) o tempo mínimo para a</p><p>mistura dos componentes constituintes do concreto corresponde a 60 segundos, necessário</p><p>para formar uma mistura homogênea.</p><p>Com relação ao transporte dos materiais na obra 2, eram transportados até próximo à</p><p>betoneira por carros de mão conforme a dosagem já mencionada, e com o auxílio de pás</p><p>foram colocados no interior do misturador, (Figura 14 A). Importante ressaltar que por esse</p><p>método de mistura impossibilitava o depósito dos agregados de forma integral, causando uma</p><p>inconformidade com relação ao traço definido, pois ficavam restos de agregados no chão,</p><p>(Figura 14 B). O tempo médio para o preparo de cada traço de concreto foi de três minutos e</p><p>trinta segundos, sendo realizadas cinco medições de tempo para a obtenção da média.</p><p>38</p><p>Figura 14: A) Mistura dos agregados na betoneira, B) Restos de agregados no chão</p><p>A) Mistura dos agregados na betoneira B) Restos de agregados no chão</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>O transporte do concreto nas duas obras estudadas ocorreu de forma manual, a</p><p>primeira por latas, (Figura 15 A) e a segunda por carro de mão, (Figura 15 B). A distância a</p><p>ser percorrida até o ponto de aplicação não tinha obstáculos ou situações que pudessem causar</p><p>a exsudação do concreto. A NBR 14931 (2004) prescreve que o transporte não deve ocasionar</p><p>desagregação dos constituintes do concreto ou perda sensível de água, pasta ou argamassa por</p><p>evaporação ou vazamento.</p><p>Figura 15: A) Transporte do concreto na obra 1 B) Transporte do concreto na obra 2</p><p>A) Transporte do concreto na obra 1 B) Transporte do concreto na obra 2</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>39</p><p>No que diz respeito ao lançamento do concreto nas duas obras, ele ocorreu de forma</p><p>manual. Na obra 1 observou-se que foi realizado próximo ao ponto de aplicação, como</p><p>apresenta a figura 16 A. Evitando assim a desagregação dos componentes e contribuindo de</p><p>forma adequada para o controle tecnológico do concreto, para este serviço analisado</p><p>especificamente.</p><p>Na obra 2 o lançamento do concreto realizou-se por meio de carro de mão, sendo</p><p>inclinado de forma excessiva para que ocorra a queda livre do concreto de aproximadamente</p><p>um metro e oitenta centímetros no início do serviço de concretagem, (Figura 16 B).</p><p>Figura 16: A) Lançamento do concreto na obra 1, B) Lançamento do concreto na obra 2</p><p>A) Lançamento do concreto na obra 1 B) Lançamento do concreto na obra 2</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>Segundo a NBR 14931 (2004), o concreto deve ser lançado o mais próximo possível</p><p>da sua posição definitiva, devendo tomar cuidados com alturas de lançamento superiores a</p><p>dois metros, fato que não ultrapassou nas duas obras estudadas. No lançamento do concreto</p><p>de modo convencional, os carrinhos não devem ter inclinação excessiva, evitando assim</p><p>segregação dos componentes decorrentes do transporte. Com base no exposto, o lançamento</p><p>na obra 2 devido a inclinação excessiva do carro de mão, constitui-se uma forma inadequada</p><p>para a execução desse serviço, contribuindo para a desagregação dos materiais do concreto.</p><p>Após o lançamento do concreto as prescrições normativas estabelecem que o concreto</p><p>deve der adensado com o intuito de preencher os espaços vazios, eliminando as bolhas de ar</p><p>presentes. Observou-se que na obra 1 para o serviço de concretagem da laje não se realizou o</p><p>adensamento do concreto ao ser lançado, apenas utilizou-se a colher de pedreiro, para cobrir</p><p>as barras de aço dispostas na estrutura. Com a ausência do adensamento, o concreto apresenta</p><p>maior porosidade superficial, com isso permite com mais facilidade a ação de líquidos e gases</p><p>40</p><p>agressivos, a presença de ar no interior do concreto o torna menos resistente, conferindo assim</p><p>menor durabilidade a estrutura.</p><p>Na segunda obra para a concretagem da fundação, diferentemente da primeira fez-se</p><p>presente a prática do adensamento, utilizou-se o vibrador de imersão após serem depositadas</p><p>camadas de concreto, (Figura 17). A aplicação do vibrador ocorreu na posição vertical,</p><p>variando os pontos de aplicação, o mesmo foi retirado em funcionamento permitindo que a</p><p>cavidade formada pela agulha se feixe novamente. Tais atividades descritas são recomendadas</p><p>pela NBR 14931 (2004) procedimentos para execução de estruturas de concreto, sobre o</p><p>correto adensamento.</p><p>Figura 17: Adensamento do concreto na obra 2</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>Com relação a cura do concreto, não foi executado esse serviço nas obras estudadas.</p><p>Durante as visitas técnicas na obra 1 notou-se a presença apenas de escoramentos na estrutura,</p><p>(Figura 18). Questionando o mestre de obra com relação ao total dias para a remoção dos</p><p>escoramentos, ele informou demorar mais de 20 dias para remover os escoramentos, não</p><p>sendo realizada a cura em peças recém concretadas como escadas e lajes.</p><p>41</p><p>Figura 18: Escoramentos</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>De acordo com a NBR 14931 (2004) enquanto o concreto não atinge endurecimento</p><p>satisfatório, deve-se passar pelo processo de cura e ser protegido contra agentes prejudiciais</p><p>para evitar a perda de água pela superfície exposta, garantir uma superfície com resistência</p><p>desejada, bem como assegurar a formação de uma capa superficial durável.</p><p>Em nenhuma das obras foi verificada a resistência a compressão do concreto, bem</p><p>como realizados ensaios de consistência como o slump test. No entanto, a NBR 12655 (2015)</p><p>recomenda a verificação da resistência a compressão e consistência, para aceitação ou</p><p>rejeição dos lotes de concreto.</p><p>Ao analisar possíveis falhas em elementos estruturais concretados na obra 1, foi</p><p>detectado em vigas e pilares espaços vazios e acúmulo de agregados graúdos, o que se chama</p><p>popularmente de “bicheiras”. Os espaços vazios são tão consideráveis ao ponto de serem</p><p>visíveis as barras de aço dispostas ao longo da viga, (Figura 19). Percebe-se que essa situação</p><p>pode causar corrosão na armadura devido à presença de agentes agressivos, principalmente</p><p>pela obra estar localizada no centro da cidade, onde há uma exposição maior de gás</p><p>carbônico, em relação a áreas rurais.</p><p>42</p><p>Figura 19:Falhas de concretagem</p><p>Fonte: Autoria própria, (2019).</p><p>Essas consequências são geradas devido a uma inadequada execução dos serviços,</p><p>podendo o fator causador provir desde o processo de dosagem até a cura do concreto.</p><p>Portanto, diante do exposto, pode-se ressaltar a importância de manter um controle</p><p>tecnológico de forma geral na construção civil, onde mesmo detalhes, se não forem</p><p>executados atenciosamente e buscando seguir as prescrições normativas, podem comprometer</p><p>a funcionalidade da estrutura.</p><p>6. CONCLUSÃO</p><p>O controle tecnológico do concreto abrange um conjunto de fatores e quando</p><p>executado na obra, contribui para que a estrutura tenha uma durabilidade satisfatória e assim</p><p>possa cumprir com a sua vida útil conforme planejado em projeto. Tais fatores que o compõe,</p><p>estão relacionados aos componentes do concreto, como: o armazenamento e disposição dos</p><p>materiais</p>