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<p>1</p><p>FUNDAMENTOS DA NEUROLOGIA</p><p>2</p><p>Sumário</p><p>FUNDAMENTOS DA NEUROLOGIA ................................................................. 1</p><p>NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 4</p><p>FUNDAMENTOS DA NEUROLOGIA ................................................................. 5</p><p>SISTEMA NERVOSO ......................................................................................... 6</p><p>DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO ................................................................... 7</p><p>SENSITIVAS ...................................................................................................... 8</p><p>INTEGRADORAS ............................................................................................... 8</p><p>MOTORAS ......................................................................................................... 8</p><p>ELEMENTOS DO SISTEMA NERVOSO ........................................................... 9</p><p>TECIDO NERVOSO ........................................................................................... 9</p><p>NEURÔNIO ...................................................................................................... 10</p><p>BULBO RAQUIDIANO ..................................................................................... 11</p><p>CÉREBRO........................................................................................................ 11</p><p>CEREBELO ...................................................................................................... 12</p><p>NERVOS RAQUIDIANOS (NERVOS ESPINHAIS) .......................................... 13</p><p>TRONCO ENCEFÁLICO .................................................................................. 14</p><p>MEDULA ESPINHAL ........................................................................................ 14</p><p>HIPOTÁLAMO .................................................................................................. 15</p><p>SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) E SUAS FUNÇÕES .......................... 16</p><p>ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL ........................................... 16</p><p>SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO E SUAS FUNÇÕES ............................... 17</p><p>DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO .......................................... 20</p><p>GÂGLIOS ......................................................................................................... 20</p><p>file:///Z:/SAÚDE%20E%20BEM-ESTAR/NEUROPSICOPEDAGOGIA%20INSTITUCIONAL%20E%20CLÍNICA/FUNDAMENTOS%20DA%20NEUROLOGIA/APOSTILA%20DE%20FUNDAMENTOS%20DA%20NEUROLOGIA.docx%23_Toc104455055</p><p>3</p><p>TERMINAÇÕES NERVOSAS .......................................................................... 21</p><p>NERVOS CRANIANOS .................................................................................... 21</p><p>NERVOS CRANIANOS .................................................................................... 23</p><p>NERVOS ESPINHAIS ...................................................................................... 24</p><p>FUNCIONALIDADE DO CÉREBRO ................................................................. 26</p><p>HEMISFÉRIOS DO CÉREBRO HUMANO ....................................................... 27</p><p>LOBOS CEREBRAIS ....................................................................................... 29</p><p>LOBO FRONTAL .............................................................................................. 30</p><p>LOBOS OCCIPITAIS ........................................................................................ 31</p><p>LOBOS TEMPORAIS ....................................................................................... 31</p><p>LOBOS PARIETAIS ......................................................................................... 32</p><p>FORMAÇÃO DAS EMOÇÕES ......................................................................... 32</p><p>AMIGDALA ....................................................................................................... 33</p><p>HIPOCAMPO ................................................................................................... 34</p><p>TÁLAMO........................................................................................................... 34</p><p>HIPOTÁLAMO .................................................................................................. 34</p><p>GIRO CINGULADO .......................................................................................... 35</p><p>TRONCO ENCEFÁLICO .................................................................................. 35</p><p>ÁREA TEGMENTAL VENTRAL ....................................................................... 36</p><p>SEPTO ............................................................................................................. 36</p><p>ÁREA PRÉ-FRONTAL ..................................................................................... 36</p><p>REFERÊNCIAS ................................................................................................ 41</p><p>4</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de</p><p>empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de</p><p>Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como</p><p>entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.</p><p>A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de</p><p>conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a</p><p>participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua</p><p>formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,</p><p>científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o</p><p>saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.</p><p>A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma</p><p>confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base</p><p>profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições</p><p>modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,</p><p>excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.</p><p>5</p><p>FUNDAMENTOS DA NEUROLOGIA</p><p>A neurologia estuda as disfunções do sistema nervoso central, do</p><p>periférico e das meninges. O cérebro é dividido em hemisférios pela fissura</p><p>longitudinal que possui como base o corpo caloso. O controle dos hemisférios é</p><p>do hemicorpo contralateral no que tange ao trato cortiço espinhal. A fissura de</p><p>Rolando (sulco central) separa a área cortical motora (anterior à mesma).</p><p>Existe dominância cerebral e variabilidade funcional, o hemisfério</p><p>esquerdo é responsável pela linguagem e o direito tende a representar as</p><p>habilidades não verbais. A superfície cortical cinzenta apresenta espessura de 1</p><p>a 4 mm.</p><p>O sistema nervoso se subdivide em central (medula e encéfalo) e</p><p>periférico (somático e autônomo simpático e parassimpático). O encéfalo é</p><p>formado por cérebro, cerebelo e tronco cerebral. A medula espinhal é uma haste</p><p>de tecido cerebral.</p><p>O neurônio é constituído por: corpo celular, axônio e dendrito. A sinapse</p><p>é o espaço entre o dendrito e o axônio. Os sinais são transportados por</p><p>neurotransmissores. Os impulsos nervosos são reações físico-químicas.</p><p>O sistema nervoso periférico é composto por nervos espinhais e</p><p>cranianos. Os nervos cranianos possuem funções sensoriais, motoras e mistas.</p><p>Os nervos raquidianos são 31 pares de nervos mistos e relacionam-se com os</p><p>músculos esqueléticos. São distribuídos da seguinte forma: 8 pares cervicais, 12</p><p>pares dorsais, 5 pares lombares, 6 pares sacrais. A raiz ventral dos nervos</p><p>raquidianos é motora e a dorsal sensitiva. O corpo dos neurônios</p><p>no nervo misto</p><p>fica no gânglio espinhal.</p><p>O sistema nervoso autônomo controla a vida vegetativa por intermédio de</p><p>dois sistemas antagônicos: simpático e parassimpático. O simpático</p><p>corresponde as funções do organismo mediante stress. O sistema nervoso</p><p>parassimpático é formado pelos seguintes núcleos de nervos cranianos: Edinger</p><p>Westphal (III), Salivatório superior (VII) e inferior (IX), motor dorsal do vago e</p><p>ambíguo (X).</p><p>6</p><p>O sentido do tato conta com receptores específicos: Meissner (pressão),</p><p>Merkel (movimentações e pressões leves), Vater-Pacini (pressão), Ruffini</p><p>(distensões na pele e calor).</p><p>A memória é a capacidade de reter, recuperar, armazenar e invocar as</p><p>informações disponíveis seja internamente (memoria humana) ou externamente</p><p>(memoria artificial). A memoria se distingue em declarativa e não declarativa.</p><p>Pode ser ainda: episódica e semântica. A memoria declarativa é aquela capaz</p><p>de verbalizar um fato, se subdivide em de curto (horas) e longo (novo idioma)</p><p>prazo e de procedimento (andar bicicleta).</p><p>As funções mentais superiores, permitem a imagem que o individuo tem</p><p>de si e do mundo. Sensação, percepção, memoria, pensamento, linguagem,</p><p>emoção. A percepção é a interpretação da sensação. Existem três tipos de</p><p>sensações: exteroceptiva (sentidos), proprioceptiva (equilíbrio) e interoceptiva</p><p>(inconsciente - sonho).</p><p>SISTEMA NERVOSO</p><p>Sistema nervoso é o conjunto formado por ligações de nervos e órgãos</p><p>do corpo, com a função de captar informações, mensagens e demais estímulos</p><p>externos, assim como também respondê-los, além de ser o responsável por</p><p>comandar a execução de todos os movimentos do corpo, sejam eles voluntários</p><p>ou involuntários.</p><p>O sistema nervoso está organizado em sistema nervoso central, sistema</p><p>nervoso periférico e sistema nervoso autônomo. Esse último está relacionado</p><p>com o controle das funções vitais do corpo humano que independem da vontade</p><p>da pessoa.</p><p>7</p><p>Divisão do sistema nervoso</p><p>8</p><p>Entre as principais funções do sistema nervoso está o controle e comando</p><p>de todos os outros sistemas fisiológicos do corpo, como o respiratório, o</p><p>cardíaco, o digestivo e etc. Cabe a esse sistema atuar nas funções sensitivas,</p><p>integradoras e motoras, que são aplicadas para transportar mensagens do</p><p>cérebro e medula espinhal para várias partes do corpo.</p><p>Sensitivas</p><p>Os receptores sensitivos, também chamados de neurônios receptores ou</p><p>aferentes, captam estímulos e várias informações do corpo.</p><p>As funções sensoriais estão ligadas com a recepção de estímulos e</p><p>informações do próprio corpo e do ambiente externo. Um arranhão, uma picada</p><p>de mosquito, o aumento ou diminuição da temperatura do ambiente, uma</p><p>pontada ou dor interna, tudo é captado e informado instantaneamente.</p><p>Por exemplo, quando ocorre uma inflamação, ferimento ou uma simples</p><p>alteração da temperatura externa, imediatamente os receptores sensitivos</p><p>captam essas informações, enviando-as para o encéfalo ou medula espinhal.</p><p>Integradoras</p><p>Quanto às funções integradoras, no sistema nervoso os neurônios</p><p>conectores efetuam a análise, processamento e armazenamento dos estímulos</p><p>e informações inicialmente captadas por meio dos receptores sensitivos.</p><p>Esses conectores são também responsáveis por preparar a resposta do</p><p>organismo com relação à situação que está acontecendo.</p><p>Motoras</p><p>Consiste na etapa final do sistema nervoso com relação aos estímulos. A</p><p>função motora determina a resposta desse sistema, sendo realizada pelos</p><p>neurônios motores.</p><p>Elas correspondem ao envio da informação da ação que deve ser</p><p>realizada como resposta ao estímulo ou informação recebida. Por exemplo, no</p><p>9</p><p>caso de uma picada de mosquito, fazer com que o mosquito pare de sugar seu</p><p>sangue, seja enxotando-o com a mão ou matando com um tapa.</p><p>As células e órgãos efetores que permanecem em contato com os</p><p>neurônios motores, são estimuladas por uma informação do cérebro e</p><p>imediatamente executam uma ação diante de determinada situação.</p><p>ELEMENTOS DO SISTEMA NERVOSO</p><p>O sistema nervoso é formado por diversos elementos que desempenham</p><p>papéis específicos. Esses elementos são:</p><p>• Tecido nervoso</p><p>• Neurônio</p><p>• Bulbo raquidiano</p><p>• Cérebro</p><p>• Cerebelo</p><p>• Nervos raquidianos</p><p>• Tronco encefálico</p><p>• Medula espinhal</p><p>• Hipotálamo</p><p>Tecido nervoso</p><p>No sistema nervoso, esse tecido de comunicação atua na recepção,</p><p>interpretação e resposta aos estímulos recebidos, sendo que as células do tecido</p><p>nervoso são extremamente especializadas quanto ao processamento de</p><p>informações.</p><p>10</p><p>Na composição do tecido nervoso, além dos elementos conjuntivos, estão</p><p>dois tipos de células: as nervosas (neurônios) e as de neuroglia (célula glia).</p><p>A principal função do tecido nervoso é estabelecer uma comunicação</p><p>altamente rápida e eficaz entre os órgãos do corpo e o ambiente (meio externo).</p><p>Neurônio</p><p>11</p><p>No sistema nervoso, os neurônios têm como função central conduzir os</p><p>impulsos nervosos. Ainda que essas células não sejam as únicas do sistema</p><p>nervoso, elas são lembradas por serem as mais conhecidas.</p><p>Uma célula nervosa possui diversos prolongamentos, sendo que o</p><p>conjunto composto por essa célula e prolongamentos recebe o nome de</p><p>neurônio. Os elementos básicos de um neurônio são o corpo celular, os</p><p>dendritos e o axônio.</p><p>No espaço existente entre um neurônio e outra célula, há uma junção</p><p>chamada de sinapse. É exatamente nesses locais que são inseridos os</p><p>neurotransmissores que transportam as informações de um neurônio para outra</p><p>célula.</p><p>Bulbo raquidiano</p><p>Na estrutura do sistema nervoso, o bulbo raquidiano tem como função</p><p>conduzir os impulsos nervosos. Esse elemento do sistema nervoso está</p><p>conectado de forma direta à medula espinhal, sendo a porção inferior do tronco</p><p>encefálico.</p><p>Cérebro</p><p>No sistema nervoso, o cérebro é sem dúvida o órgão mais importante,</p><p>essencial para a vida humana. Esse minucioso “computador” fica situado na</p><p>caixa craniana. É para o cérebro que são enviadas todas as informações que</p><p>recebemos.</p><p>12</p><p>Esse complexo órgão responde somente por 2% do total da massa</p><p>corporal. No entanto, o cérebro consome mais de 20% de todo oxigênio do corpo</p><p>e é responsável pelo controle de atividades como:</p><p>• Movimento;</p><p>• Sono;</p><p>• Fome;</p><p>• Sensações;</p><p>• Memória;</p><p>• Fala;</p><p>• Sede etc.</p><p>O cérebro também atua no controle de emoções como, por exemplo,</p><p>amor, ódio, medo, ira, alegria, tristeza etc.</p><p>O cérebro pesa em torno de 1,5 kg, atuando nas interpretações do mundo</p><p>exterior e também abriga a essência da mente humana.</p><p>Cerebelo</p><p>No sistema nervoso, o cerebelo é a região do cérebro que abriga metade</p><p>dos neurônios. O cerebelo recebe impulsos de várias regiões do corpo e</p><p>estabelece uma conexão entre o tronco encefálico e o córtex cerebral.</p><p>O cerebelo, além de ser determinante para o equilíbrio corporal, atua no</p><p>recebimento de inúmeros estímulos de músculos e tendões e também</p><p>desempenha o papel de controlar as funções motoras.</p><p>Dessa forma, essa importante região do cérebro é fundamental para o</p><p>desempenho adequado dos movimentos voluntários, aprendizagem motora,</p><p>audição, tato e visão.</p><p>13</p><p>Nervos raquidianos (nervos espinhais)</p><p>Os chamados nervos raquidianos apresentam função mista. Isso significa</p><p>que eles atuam nas questões motoras ao transmitirem mensagens dos centros</p><p>nervosos para os órgãos e também</p><p>agem nas questões sensitivas, enviando</p><p>estímulos dos órgãos para os centros nervosos.</p><p>Os nervos raquidianos se originam na medula espinhal e são compostos</p><p>por 31 pares:</p><p>• 5 pares de nervos sacrais</p><p>• 8 pares de nervos cervicais</p><p>• 1 par de nervo coccígeo</p><p>• 5 pares de nervos lombares</p><p>• 12 pares de nervos torácicos</p><p>14</p><p>Tronco encefálico</p><p>No sistema nervoso, o tronco encefálico abriga um imenso conjunto de</p><p>corpos de neurônios agrupados em fibras nervosas e núcleos. Esse tronco está</p><p>ligado à coluna espinhal e atua no recebimento de informações sensitivas de</p><p>estruturas cranianas.</p><p>Uma das funções essenciais do tronco encefálico é controlar os músculos</p><p>localizados na cabeça, já que ele abriga circuitos nervosos capazes de transmitir</p><p>informações da medula espinhal para as estruturas encefálicas, assim como nas</p><p>direções contrárias.</p><p>No sistema nervoso, outra das funções primordiais do tronco encefálico é</p><p>equilibrar a respiração, temperatura corporal, capacidade de atenção e estado</p><p>de alerta consciente.</p><p>Medula espinhal</p><p>Na estrutura do sistema nervoso, a medula espinhal consiste em um</p><p>cordão cilíndrico formado por células nervosas, sendo esse cordão situado no</p><p>canal interno das vértebras.</p><p>15</p><p>A medula espinhal exerce o papel de propiciar a comunicação entre o</p><p>corpo e o sistema nervoso, atuando também nos reflexos e preservando o corpo</p><p>em ocorrências de emergências (que geralmente exigem uma rápida resposta).</p><p>Ainda que a medula espinhal muitas vezes seja confundida com a medula</p><p>óssea, é preciso ter claro a diferenciação entre elas. Enquanto que a medula</p><p>óssea é responsável pela produção de células sanguíneas, a medula espinhal</p><p>integra o sistema nervoso central.</p><p>Hipotálamo</p><p>O hipotálamo, que apresenta o tamanho aproximado de uma amêndoa, é</p><p>o grande responsável por coordenar a maior parte das funções endócrinas.</p><p>Isso significa que o hipotálamo exerce um papel direto no desempenho</p><p>da hipófise e também atua de forma indireta sobre outras glândulas, tais como</p><p>tireoide, adrenais, gônadas sexuais e mamárias.</p><p>O hipotálamo fica situado na região da base do encéfalo, logo abaixo do</p><p>tálamo e acima da hipófise. O hipotálamo também atua na regulação de funções</p><p>como apetite, sede, sono, temperatura corporal e atividades do sistema nervoso</p><p>autônomo.</p><p>16</p><p>SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) E SUAS</p><p>FUNÇÕES</p><p>O Sistema Nervoso Central (SNC) é responsável por receber e transmitir</p><p>informações para todo o organismo. Podemos defini-lo com a central de</p><p>comando que coordena as atividades do corpo. É formado pelo encéfalo e</p><p>medula espinhal. Podemos dizer que ele localiza-se dentro do esqueleto axial,</p><p>mesmo que alguns nervos penetrem no crânio ou na coluna vertebral. O Sistema</p><p>Nervoso Central é protegido por partes ósseas. O encéfalo é resguardado pelo</p><p>crânio e a medula espinhal pela coluna vertebral.</p><p>Anatomia do Sistema Nervoso Central</p><p>17</p><p>Os principais componentes do Sistema Nervoso Central:</p><p>Medula espinhal – A medula espinhal é uma massa de tecido nervoso</p><p>situado dentro do canal vertebral. É o centro dos arcos reflexos e é organizada</p><p>em segmentos (região cervical, lombar, sacral, caudal, raiz dorsal e ventral). É</p><p>uma estrutura subordinada ao cérebro, mas pode agir independente dele.</p><p>O encéfalo é formado pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico, esse por</p><p>sua vez é compreende o mesencéfalo, ponte e bulbo.</p><p>Cérebro – Está relacionado com a maioria das funções do organismo,</p><p>como a recepção de informações visuais e movimentos do corpo. O cérebro é</p><p>protegido pelas meninges pia-máter, dura-máter e aracnoide.</p><p>Cerebelo – Situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, é responsável pelo</p><p>controle motor, e pesquisas recentes sugerem que a principal função do cerebelo</p><p>seja a coordenação sensorial. Difere do cérebro por funcionar sempre em nível</p><p>involuntário e inconsciente.</p><p>Mesencéfalo - conecta a ponte e o cerebelo com o telencéfalo. É o</p><p>segmento mais curto do tronco encefálico. Recebe informações referentes aos</p><p>músculos e participa no controle das contrações musculares e postura corporal.</p><p>Ponte – Transmissão das informações da medula e do bulbo até o córtex</p><p>cerebral e conecta-se com centros hierarquicamente superiores.</p><p>Bulbo – Sua função é relacionada à respiração, aos reflexos</p><p>cardiovasculares e transmissão de informações sensoriais e motoras.</p><p>Sistema Nervoso Periférico e suas funções</p><p>Representa a extensão periférica do S.N.C., é anatômica e</p><p>operacionalmente contínuo com o encéfalo e a medula espinhal. O sistema</p><p>nervoso periférico é constituído por nervos (espinhais e cranianos), gânglios e</p><p>terminações nervosas e é dividido em sistema nervoso somático e sistema</p><p>nervoso autônomo.</p><p>A distinção entre ambos é simples: o sistema somático regula as ações</p><p>voluntárias, ou seja, aquelas que as pessoas são capazes de controlar. O</p><p>sistema nervoso autônomo lida com as ações involuntárias e atua de modo</p><p>18</p><p>integrado ao sistema nervoso central. Ele ainda apresenta duas subdivisões: o</p><p>sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático.</p><p>O sistema nervoso periférico consta de duas partes com funções opostas,</p><p>o simpático e o parassimpático. Ambas as partes regulam o funcionamento e a</p><p>atividade dos órgãos com um jogo combinado de efeitos excitantes e inibidores</p><p>e cada órgão recebe nervos de ambas as partes. O sistema nervoso simpático</p><p>estimula o funcionamento dos órgãos, enquanto que o sistema nervoso</p><p>parassimpático inibe o funcionamento desses órgãos. Ambos os sistemas</p><p>possuem funções totalmente contrárias.</p><p>Por exemplo, os nervos simpáticos dilatam a pupila, contraem as artérias,</p><p>aumentam o número dos batimentos cardíacos, enquanto os nervos</p><p>parassimpáticos contraem as pupilas, dilatam as artérias, diminuem o número</p><p>dos batimentos do coração.</p><p>19</p><p>Graças a estas atividades de compensação, o organismo normal</p><p>consegue adaptar-se às diferentes condições em que se encontra nos diversos</p><p>momentos e, de fato, a saúde depende sobretudo da capacidade de adequação</p><p>às variações do ambiente exterior.</p><p>Em resumo, o sistema nervoso periférico autônomo é denominado</p><p>também vegetativo porque independe da vontade, age de modo automático.</p><p>O Sistema nervoso periférico é basicamente formado por nervos que</p><p>conectam o restante do corpo ao sistema nervoso central, através do encéfalo e</p><p>da medula espinhal. Existem dois principais tipos de classes de nervos neste</p><p>sistema nervoso: os cranianos e os raquidianos.</p><p>Os nervos cranianos têm a principal tarefa de transmitir mensagens</p><p>motoras e sensoriais para as regiões da cabeça e pescoço. Os nervos</p><p>raquidianos, por outro lado, são constituídos por neurônios sensoriais e que</p><p>estão presentes em todos as partes do corpo, captando impulsos externos e</p><p>transportando-os ao sistema nervoso central.</p><p>Nervos são cordões esbranquiçados que unem o sistema nervoso central</p><p>aos órgãos periféricos. Se a união se faz com o encéfalo, os nervos são</p><p>cranianos; se com a medula, os nervos são espinhais. Em relação com alguns</p><p>nervos e raízes nervosas, existem dilatações constituídas principalmente de</p><p>corpos de neurônios, que são os gânglios. Na extremidade das fibras que</p><p>constituem os nervos situam-se as terminações nervosas, que, do ponto de vista</p><p>funcional, são de dois tipos: sensitivas ( ou aferentes) e motoras (ou eferentes).</p><p>20</p><p>Divisão do sistema nervoso periférico</p><p>Gâglios</p><p>Os gânglios são regiões dilatadas que estão localizadas nos caminhos</p><p>percorridos pelos nervos. Eles são formados por acúmulos de corpos celulares</p><p>e estão situados fora do SNC. Do ponto de vista funcional, existem gânglios</p><p>sensitivos e gânglios motores viscerais.</p><p>21</p><p>Terminações nervosas</p><p>As terminações nervosas são estruturas do sistema nervoso periférico</p><p>localizados na extremidade periférica das radículas sensitivas e das radículas</p><p>motoras nervosas.</p><p>Na terminação nervosa sensitiva (receptores) os receptores são</p><p>encontrados nas extremidades periféricas das radículas sensitivas dos nervos.</p><p>Quando estimulados por uma forma adequada de energia, captam estes</p><p>estímulos transformando-os em impulsos nervosos que após percorrerem as</p><p>radículas sensitivas dos nervos atingem o sistema nervoso central, sendo</p><p>interpretadas originando a percepção de uma sensibilidade especial ou geral.</p><p>Já a terminação nervosa motora é encontrada na extremidade periférica</p><p>das radículas motoras do nervo. É responsável por conectar o sistema nervoso</p><p>a órgãos efetuadores ou efetores. Efetuadores ou efetores: Músculo voluntário</p><p>(efetor somático) e Músculo involuntário, glândulas, miocárdio (Efetores</p><p>viscerais).</p><p>As terminações nervosas motora somáticas liga o sistema nervoso a</p><p>efetor somático sendo denominada placa motora.</p><p>A terminação nervosa motora visceral liga o sistema nervoso a efetores</p><p>viscerais sendo encontrados no sistema nervoso autônomo. (Simpático e</p><p>Parassimpático).</p><p>O sistema nervoso periférico conduz impulsos neurais para o sistema</p><p>nervoso central, a partir dos órgãos dos sentidos e dos receptores sensitivos das</p><p>várias partes do corpo. Esse sistema também conduz impulsos neurais</p><p>provenientes do sistema nervoso central para músculos e glândulas.</p><p>Nervos Cranianos</p><p>Os nervos cranianos, em ligação direta com o cérebro, informam-nos do</p><p>que acontece a nossa volta. Estes, na verdade, regem essencialmente a função</p><p>dos órgãos dos sentidos e dos músculos da cabeça. O décimo nervo, o vago,</p><p>controla a respiração, a digestão e a circulação.</p><p>sarac</p><p>Balão de comentário</p><p>parei</p><p>22</p><p>São 12 pares de nervos cranianos que fazem conexão com o encéfalo. A</p><p>maioria deles (10) origina-se do tronco encefálico. São fibras sensitivas e</p><p>motoras. Além do nome, os nervos são também denominados por número em</p><p>sequência crânio caudal.</p><p>O nervo olfatório (I), puramente sensitivo e ligado a olfação. Óptico (II) -</p><p>sensitivo e relacionado à percepção visual. Oculomotor, Troclear e Abducente</p><p>(III, IV e VI), motores relacionados aos movimentos dos olhos.</p><p>O Trigêmeo (V), quase todo sensitivo relacionado à cabeça, mas uma</p><p>pequena porção é motora relacionada aos músculos da mastigação.</p><p>Facial, Glossofaríngeo e Vago (VII, IX e X), relacionados à sensibilidade</p><p>gustativa e visceral, além de inervar glândulas, musculatura lisa e esquelética.</p><p>O vago é o mais importante, pois, inerva todas as vísceras torácicas e a maioria</p><p>abdominal.</p><p>O nervo vestíbulo coclear (VIII), é puramente sensitivo, relacionado a</p><p>audição (porção coclear) e ao equilíbrio (porção vestibular).</p><p>O acessório (XI) inerva músculo esquelético, então ele é motor. O</p><p>hipoglosso (XII), relacionado ao movimento da língua, então é motor.</p><p>23</p><p>Nervos cranianos</p><p>A seguir, a relação desses doze pares de nervos e suas respectivas</p><p>funções:</p><p>• Óptico: Conduz os estímulos de luz do globo ocular para o</p><p>cérebro.</p><p>24</p><p>• Motor ocular comum: Estimula a contração dos músculos</p><p>que movimentam os olhos para baixo e para cima.</p><p>• Motor ocular externo: Estimula certos músculos dos olhos,</p><p>movimentando-os lateralmente.</p><p>• Auditivo: Conduz para o cérebro os estímulos sonoros e os</p><p>impulsos responsáveis pelo equilíbrio.</p><p>• Olfativo: Conduz os estímulos do olfato para o cérebro.</p><p>• Trigêmeo: Leva ao cérebro a sensibilidade da parte superior</p><p>da face e dos dentes. Estimula também os músculos que</p><p>movimentam o maxilar inferior.</p><p>• Glossofaríngio: Conduz os estímulos do paladar para o</p><p>cérebro e movimenta os músculos da faringe.</p><p>• Hipoglosso: Estimula os músculos da língua.</p><p>• Patético: Estimula certos músculos dos olhos,</p><p>movimentando-os para os lados e para baixo.</p><p>• Facial: Estimula os músculos da face, as glândulas salivares</p><p>e as lacrimais.</p><p>• Pneumogástrico ou Vago: Estimula o coração, os pulmões,</p><p>o estômago e o intestino, entre outros órgãos, dando</p><p>movimento e sensibilidade às vísceras.</p><p>• Espinhal: Estimula os músculos do pescoço, permitindo a</p><p>fonação e os movimentos da cabeça e da faringe.</p><p>Nervos espinhais</p><p>Os nervos espinhas são nervos que se originam da medula espinhal,</p><p>responsáveis pela inervação do tronco, dos membros superiores e partes da</p><p>cabeça. Ao todo, compreendem 31 pares nervos que mantêm conexão com a</p><p>medula e abandonam a coluna vertebral através do forame intervertebral.</p><p>25</p><p>A coluna pode ser dividida em porções, cervical,</p><p>torácica, lombar, sacral e coccígea. Dá mesma maneira</p><p>reconhecemos nervos espinhais que são, cervicais,</p><p>torácicos, lombares, sacrais e coccígeos.</p><p>Assim, são, 8 nervos espinhais cervicais, 12</p><p>torácico, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Cada nervo</p><p>é formado pela união de duas raízes, uma dorsal e outra</p><p>ventral.</p><p>Cada nervo espinhal é formado pela união das</p><p>raízes dorsal e ventral. A raiz dorsal é a parte da medula</p><p>espinhal onde se localizam os neurônios sensoriais. Nela encontra-se o gânglio,</p><p>região dilatada onde estão os corpos dos neurônios sensoriais somáticos e</p><p>visceral. Já a raiz ventral é a parte da medula espinhal formada pelos axônios</p><p>dos neurônios motores somáticos e motor visceral, situados na medula espinhal.</p><p>26</p><p>A raiz dorsal possui fibras sensitivas (aferentes) cujos corpos celulares</p><p>estão situados no gânglio sensitivo da raiz dorsal, que se apresenta como uma</p><p>porção dilatada da própria raiz. A raiz ventral possui apenas fibras motoras</p><p>(eferentes), cujos corpos celulares estão situados na coluna anterior da</p><p>substância cinzenta da medula.</p><p>União das raízes sensitiva e motora resulta no nervo espinhal. Isto quer</p><p>dizer que o nervo espinhal é sempre misto, ou seja, possuem fibras aferentes e</p><p>eferentes. Após a fusão das raízes ventral e dorsal o nervo espinhal se divide</p><p>em dois ramos, os ventrais responsáveis pela inervação dos membros e tronco.</p><p>Os dorsais responsáveis pela inervação da pele e músculos do dorso.</p><p>Os nervos espinhais deixam a coluna vertebral pelos forames</p><p>intervertebrais que são pequenas aberturas laterais.</p><p>FUNCIONALIDADE DO CÉREBRO</p><p>O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo, sua massa de tecido</p><p>cinza-rósea apresenta duas substâncias diferentes, sendo uma branca, na</p><p>região central, e uma cinzenta, da qual se forma o córtex cerebral.</p><p>O córtex cerebral, um tecido fino com uma espessura entre 1 e 4 mm e</p><p>uma estrutura laminar formada por 6 camadas distintas de diferentes tipos de</p><p>corpos celulares, é constituído por células neuroglias e neurônios. Além de nutrir,</p><p>isolar e proteger os neurônios, as células neuroglias são tão críticas para certas</p><p>funções corticais quanto os neurônios, ao contrário do que se pensava alguns</p><p>anos atrás.</p><p>27</p><p>O córtex cerebral é dividido em dois hemisférios cerebrais, que</p><p>comunicam entre si. O hemisfério esquerdo controla a metade direita do corpo e</p><p>o hemisfério direito a metade esquerda.</p><p>HEMISFÉRIOS DO CÉREBRO</p><p>HUMANO</p><p>O cérebro é dividido em hemisférios esquerdo e direito, sendo o primeiro</p><p>dominante em 98% dos humanos, já que é responsável pelo pensamento lógico</p><p>e competência comunicativa. Já o hemisfério direito é quem cuida do</p><p>pensamento simbólico e da criatividade. Nos canhotos estas funções destinadas</p><p>aos hemisférios estão trocadas.</p><p>A conexão entre os dois hemisférios é feita pela fissura sagital ou inter-</p><p>hemisférica, onde está localizado o corpo caloso. Essa estrutura, composta por</p><p>fibras nervosas brancas (axônios envolvidos em mielina) faz uma ponte para a</p><p>troca de informações entre as muitas áreas do córtex cerebral. Ambos os</p><p>hemisférios possuem um córtex motor, que controla e coordena a motricidade</p><p>voluntária. O córtex motor do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo</p><p>28</p><p>do indivíduo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um</p><p>trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia no indivíduo.</p><p>O cérebro é contralateral – ou seja, cada metade controla a metade</p><p>oposta do corpo. É por isso que um derrame do lado direito do cérebro</p><p>comprometerá os movimentos do lado esquerdo do corpo, e um derrame do lado</p><p>esquerdo afetará o funcionamento do lado direito. Como algo em torno de 90%</p><p>da população é destro, temos que em mais ou menos de 90% das pessoas o</p><p>hemisfério esquerdo controla atividades motoras importantes como a escrita, o</p><p>ato de comer e o movimento do mouse do computador.</p><p>A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados</p><p>pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando</p><p>se imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a</p><p>comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para</p><p>planejar ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a</p><p>fala e os gestos, é perturbada.</p><p>29</p><p>Além dos hemisférios, de quem dependem a inteligência e o raciocínio do</p><p>indivíduo, o cérebro é formado por mais dois componentes, o cerebelo e o tronco</p><p>cerebral, sendo o primeiro o coordenador geral da motricidade, da manutenção</p><p>do equilíbrio e da postura corporal.</p><p>No tronco cerebral encontram-se o bulbo raquiano, o tálamo, o</p><p>mesencéfalo e a ponte de Varólio. Ele conecta o cérebro à medula espinal, além</p><p>de controlar a atividade de diversas partes do corpo através da coordenação e</p><p>envio de informações ao encéfalo; enquanto que o bulbo raquiano cuida da</p><p>manutenção das funções involuntárias, como a respiração, por exemplo.</p><p>O tálamo é o centro de retransmissão dos impulsos elétricos, que vão e</p><p>vem do córtex cerebral, ao passo que o mesencéfalo recebe e coordena as</p><p>informações que dizem respeito às contrações dos músculos e à postura. Já a</p><p>ponte de Varólio, constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas,</p><p>liga o córtex cerebral ao cerebelo.</p><p>O córtex cerebral é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais, cada</p><p>uma com funções diferenciadas e especializadas. Os lobos parietais, temporais</p><p>e occipitais estão envolvidos na produção das percepções resultantes das</p><p>informações obtidas por nossos órgãos sensoriais do que diz respeito à relação</p><p>do meio ambiente e nosso corpo. O lobo frontal, por sua vez, por incluir o córtex</p><p>motor, o córtex pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento</p><p>de ações e movimento, assim como no pensamento abstrato.</p><p>Lobos Cerebrais</p><p>Na região da testa está localizado o lobo frontal, na área da nuca está o</p><p>lobo occipital, na parte superior central da cabeça localiza-se o lobo parietal e o</p><p>lobo temporal é encontrado na região lateral, sob a orelha.</p><p>30</p><p>Lobo frontal</p><p>No lobo frontal, acontece o planejamento de ações e movimento, bem</p><p>como o pensamento abstrato. Nele estão incluídos o córtex motor e o córtex pré-</p><p>frontal.</p><p>O córtex motor controla e coordena a motricidade voluntária, sendo que o</p><p>córtex motor do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do</p><p>indivíduo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um</p><p>trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia.</p><p>A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados</p><p>pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando</p><p>se imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a</p><p>comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para</p><p>planejar ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a</p><p>fala e os gestos, é perturbada.</p><p>A atividade no lobo frontal de um indivíduo aumenta somente quando este</p><p>se depara com uma tarefa difícil em que ele terá que descobrir uma sequência</p><p>de ações que minimize o número de manipulações necessárias para resolvê-la.</p><p>A decisão de quais sequências de movimento ativar e em que ordem, além de</p><p>avaliar o resultado, é feito pelo córtex-frontal, localizado na parte da frente do</p><p>31</p><p>lobo frontal. Suas funções incluem o pensamento abstrato e criativo, a fluência</p><p>do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações</p><p>emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção</p><p>seletiva. Lesões nesta região fazem com que o indivíduo fique preso</p><p>obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam</p><p>desenvolver uma sequência de ações correta.</p><p>Lobos occipitais</p><p>Localizados na parte inferior do cérebro e cobertos pelo córtex cerebral,</p><p>os lobos occipitais processam os estímulos visuais, daí também serem</p><p>conhecidos por córtex visual. Possuem várias subáreas que processam os</p><p>dados visuais recebidos do exterior depois destes terem passado pelo tálamo,</p><p>uma vez que há zonas especializadas a visão da cor, do movimento, da</p><p>profundidade, da distância e assim por diante.</p><p>Depois de passarem por esta área, chamada área visual primária, estas</p><p>informações são direcionadas para a área de visão secundária, onde são</p><p>comparadas com dados anteriores, permitindo assim o indivíduo identificar, por</p><p>exemplo, um gato, uma moto ou uma maçã. O significado do que vemos, porém,</p><p>é dado por outras áreas do cérebro, que se comunicam com a área visual,</p><p>considerando as experiências passadas e nossas expectativas. Isso faz com que</p><p>o mesmo objeto não seja percepcionado da mesma forma por diferentes</p><p>indivíduos.</p><p>Quando esta área sofre uma lesão provoca a impossibilidade de</p><p>reconhecer objetos, palavras e até mesmo rostos de pessoas conhecidas ou de</p><p>familiares. Esta deficiência é conhecida como agnosia.</p><p>Lobos temporais</p><p>Na zona localizada acima das orelhas e com a função principal de</p><p>processar os estímulos auditivos encontram-se os lobos temporais. Como</p><p>acontece nos lobos occipitais, as informações são processadas por associação.</p><p>Quando a área auditiva primária é estimulada, os sons são produzidos e</p><p>enviados à área auditiva secundária, que interage com outras zonas do cérebro,</p><p>32</p><p>atribuindo um significado e assim permitindo ao indivíduo reconhecer ao que</p><p>está ouvindo.</p><p>Lobos parietais</p><p>Na região superior do cérebro temos os lobos parietais, constituídos por</p><p>duas subdivisões, a anterior e a posterior. A primeira, também chamada de</p><p>córtex somatossensorial, tem a função de possibilitar a percepção de sensações</p><p>como o tato, a dor e o calor. Por ser a área responsável em receber os estímulos</p><p>obtidos com o ambiente exterior, representa todas as áreas do corpo humano.</p><p>É a zona mais sensível, logo ocupa mais espaço do que a zona posterior,</p><p>uma vez que tem mais dados a serem interpretados, captados pelos lábios,</p><p>língua e garganta. A zona posterior é uma área secundária e analisa,</p><p>interpreta</p><p>e integra as informações recebidas pela anterior, que é a zona primária,</p><p>permitindo ao indivíduo se localizar no espaço, reconhecer objetos através do</p><p>tato etc.</p><p>FORMAÇÃO DAS EMOÇÕES</p><p>É importante destacar que as estruturas envolvidas com a emoção se</p><p>interligam intensamente e que nenhuma delas é exclusivamente responsável por</p><p>este ou aquele tipo de estado emocional. No entanto, algumas contribuem mais</p><p>que outras para esse ou aquele determinado tipo de emoção.</p><p>As neurociências estudam os neurônios e suas moléculas constituintes,</p><p>os órgãos do sistema nervoso e suas funções, e ainda as funções cognitivas e o</p><p>comportamento que são resultantes da atividade dessas estruturas. Graças ao</p><p>desenvolvimento e ao aperfeiçoamento de técnicas de neuroimagem, de</p><p>eletrofisiologia, da neurobiologia molecular e ainda os achados no campo da</p><p>genética e da neurociência cognitiva, o conhecimento neurocientífico cresceu</p><p>muito nos últimos anos.</p><p>A neurociência compreende o estudo do controle neural das funções</p><p>vegetativas, sensoriais e motoras; dos comportamentos de locomoção,</p><p>33</p><p>reprodução e alimentação; e dos mecanismos da atenção, memória,</p><p>aprendizagem, emoção, linguagem e comunicação.</p><p>Amigdala</p><p>Pequena estrutura em forma de amêndoa, situada dentro da região</p><p>antero-inferior do lobo temporal, se interconecta com o hipocampo, os núcleos</p><p>septais, a área pré-frontal e o núcleo dorso-medial do tálamo. Essas conexões</p><p>garantem seu importante desempenho na mediação e controle das atividades</p><p>emocionais de ordem maior, como amizade, amor e afeição, nas exteriorizações</p><p>do humor e, principalmente, nos estados de medo e ira e na agressividade.</p><p>A amigdala é fundamental para a autopreservação, por ser o centro</p><p>identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em</p><p>situação de alerta, aprontando-se para se evadir ou lutar. A destruição</p><p>experimental das amigdalas (são duas, uma para cada um dos hemisférios</p><p>cerebrais) faz com que o animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo,</p><p>afetivamente descaracterizado e indiferente às situações de risco.</p><p>O estímulo elétrico dessas estruturas provoca crises de violenta</p><p>agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, com</p><p>34</p><p>que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda</p><p>de fora, como a visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo mas</p><p>não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão.</p><p>Hipocampo</p><p>Está particularmente envolvido com os fenômenos de memória, em</p><p>especial com a formação da chamada memória de longa duração (aquela que</p><p>persiste, as vezes, para sempre). Quando ambos os hipocampos ( direito e</p><p>esquerdo) são destruídos, nada mais é gravado na memória.</p><p>O indivíduo esquece, rapidamente, a mensagem recém recebida. Um</p><p>hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça</p><p>atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual</p><p>a melhor opção a ser tomada para garantir sua preservação.</p><p>Tálamo</p><p>Lesões ou estimulações do núcleo dorso-medial e dos núcleos anteriores</p><p>do tálamo estão correlacionadas com alterações da reatividade emocional, no</p><p>homem e nos animais. No entanto, a importância desses núcleos na regulação</p><p>do comportamento emocional possivelmente decorre, não de uma atividade</p><p>própria, mas das conexões com outras estruturas do sistema límbico.</p><p>O núcleo dorso-medial conecta com as estruturas corticais da área pré-</p><p>frontal e com o hipotálamo. Os núcleos anteriores ligam-se aos corpos</p><p>mamilares no hipotálamo ( e, através destes, via fornix, com o hipocampo) e ao</p><p>giro cingulado, fazendo, assim, parte do circuito de Papez.</p><p>Hipotálamo</p><p>Esta estrutura tem amplas conexões com as demais áreas do</p><p>prosencéfalo e com o mesencéfalo. Lesão dos núcleos hipotalâmicos interferem</p><p>com diversas funções vegetativas e com alguns dos chamados comportamentos</p><p>35</p><p>motivados, como regulação térmica, sexualidade, combatividade, fome e sede.</p><p>Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções.</p><p>Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a</p><p>raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao</p><p>desprazer e `a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral,</p><p>contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese do que na expressão</p><p>(manifestações sintomáticas) dos estados emocionais.</p><p>Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a ameaça que</p><p>produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e, destes, aos núcleos</p><p>pré-frontais, aumentando, por um mecanismo de "feedback" negativo, a</p><p>ansiedade, podendo até chegar a gerar um estado de pânico. O conhecimento</p><p>desse fenômeno tem, como veremos adiante, importante sentido prático, dos</p><p>pontos de vista clínico e terapêutico.</p><p>Giro Cingulado</p><p>Situado na face medial do cérebro, entre o sulco cingulado e o corpo</p><p>caloso (principal feixe nervoso ligando os dois hemisférios cerebrais). Há ainda</p><p>muito por conhecer a respeito desse giro, mas sabe-se que a sua porção frontal</p><p>coordena odores, e visões com memórias agradáveis de emoções anteriores.</p><p>Esta região participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do</p><p>comportamento agressivo. A ablação do giro cingulado (cingulectomia) em</p><p>animais selvagens, domestica-os totalmente. A simples secção de um feixe</p><p>desse giro (cingulotomia), interrompendo a comunicação neural do circuito de</p><p>Papez, reduz o nível de depressão e de ansiedade pré-existentes.</p><p>Tronco Encefálico</p><p>O tronco encefálico é a região responsável pelas "reações emocionais",</p><p>na verdade, apenas respostas reflexas, de vertebrados inferiores, como os</p><p>répteis e os anfíbios. As estruturas envolvidas são a formação reticular e o locus</p><p>cérulus, uma massa concentrada de neurônios secretores de nor-epinefrina. É</p><p>importante assinalar que, até mesmo em humanos, essas primitivas estruturas</p><p>36</p><p>continuam participando, não só dos mecanismos de alerta, vitais para a</p><p>sobrevivência, mas também da manutenção do ciclo vigília-sono.</p><p>Outras estruturas do tronco encefálico, os núcleos dos pares cranianos,</p><p>estimuladas por impulsos provenientes do cortex e do estriado (uma formação</p><p>subcortical), respondem pelas alterações fisionômicas dos estados afetivos:</p><p>expressões de raiva, alegria, tristeza, ternura, etc.</p><p>Área tegmental ventral</p><p>Na parte mesencefálica (superior) do tronco cerebral existe um grupo</p><p>compacto de neurônios secretores de doapmina - área tegmental ventral - cujos</p><p>axônios vão terminar no núcleo accumbens, (via dopaminérgica mesolímbica).</p><p>A descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios desta</p><p>última região produzem sensações de prazer, algumas delas similares ao</p><p>orgasmo. Indivíduos que apresentam, por defeito genético, redução no número</p><p>de receptores das células neurais dessa área, tornam-se incapazes de se</p><p>sentirem recompensados pelas satisfações comuns da vida e buscam</p><p>alternativas "prazerosas" atípicas e nocivas como, por exemplo, alcoolismo,</p><p>cocainômano, compulsividade por alimentos doces e pelo jogo desenfreado.</p><p>Septo</p><p>Anteriormente ao tálamo, situa-se a área septal, onde estão localizados</p><p>os centros do orgasmo (quatro para a mulher e um para o homem). Certamente</p><p>por isto, esta região se relaciona com as sensações de prazer, mormente</p><p>aquelas associadas às experiências sexuais.</p><p>Área Pré-frontal</p><p>A área pré-frontal compreende toda a região anterior não motora do lobo</p><p>frontal. Ela se desenvolveu muito, durante a evolução dos mamíferos, sendo</p><p>particularmente extensa no homem e em algumas espécies de golfinhos. Não</p><p>faz parte do circuito</p><p>límbico tradicional, mas suas intensas conexões bi-</p><p>direcionais com o tálamo, amigdala e outras estruturas sub-corticais, explicam o</p><p>importante papel que desempenha na gênese e, especialmente, na expressão</p><p>dos estados afetivos.</p><p>37</p><p>Quando o cortex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas</p><p>responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de</p><p>abstração. Em alguns casos, a pessoa, conquanto mantendo intactas a</p><p>consciência e algumas funções cognitivas, como a linguagem, já não consegue</p><p>resolver problemas, mesmo os mais elementares.</p><p>Quando se praticava a lobotomia pré-frontal, para tratamento de certos</p><p>distúrbios psiquiátricos, os pacientes entravam em estado de "tamponamento</p><p>afetivo", não mais evidenciando quaisquer sinais de alegria, tristeza, esperança</p><p>ou desesperança. Em suas palavras ou atitudes não mais se vislumbravam</p><p>quaisquer resquícios de afetividade.</p><p>As neurociências têm mostrado que os processos cognitivos e emocionais</p><p>estão profundamente entrelaçados. O fenômeno emocional tem raízes</p><p>biológicas antigas e sua manutenção no processo evolutivo se deu pelo seu valor</p><p>para a sobrevivência das espécies e dos indivíduo.</p><p>Do ponto de vista das neurociências, as competências mais exigidas em</p><p>nível cerebral para o aprendizado humano são listadas como cognitivas,</p><p>técnicas, relacionais e emocionais.</p><p>O desencadeamento das emoções colabora para a formação de</p><p>memórias. Desde que exista suficiente emoção numa determinada experiência,</p><p>somos capazes de registrar na memória e de ativá-la, posteriormente. As</p><p>38</p><p>emoções podem ser classificadas por valência (positiva e negativa) e ainda por</p><p>três grupos: as primaria ou básicas, as secundárias e as emoções de fundo.</p><p>As emoções conferem, o suporte básico, afetivo, fundamental e</p><p>necessário às funções cognitivas e executivas da aprendizagem que são</p><p>responsáveis pelas formas de processamento de informação mais humanas,</p><p>verbais e simbólicas</p><p>Classificação das emoções humanas por grupo e por valência</p><p>Classificação por grupo</p><p>Primárias/básicas Secundárias De fundo</p><p>Alegria Culpa Ansiedade</p><p>Tristeza Vergonha Depressão</p><p>Medo Orgulho Calma</p><p>Nojo Tensão</p><p>Raiva</p><p>Surpresa</p><p>Classificação por</p><p>valência</p><p>Emoções positivas Amor, alegria, encantamento, amizade</p><p>Emoções negativas Ódio, tristeza, agonia, desespero, pânico, inveja, medo, ansiedade,</p><p>raiva,</p><p>As primárias se originam na rede de circuitos neurais do sistema límbico,</p><p>a amígdala e o cíngulo são seus gatilhos, são inatas e não dependem de fatores</p><p>sociais e culturais, são inerentes a todas as pessoas. As secundárias são</p><p>influenciadas pelo contexto social e cultural, são aprendidas. Por meio delas o</p><p>indivíduo obedece, ou não, as regras de comportamento que a sociedade lhes</p><p>recomenda em cada lugar e época histórica. Já as emoções de fundo, referem-</p><p>se a estados gerais de bem estar, ou mal estar.</p><p>O desencadeamento das emoções colabora, ainda, para a formação de</p><p>memórias, desde que exista suficiente emoção numa determinada experiência,</p><p>somos capazes de registrá-la na memória e de ativá-la, posteriormente.</p><p>Áreas especiais nas regiões límbicas basais do cérebro determinam se</p><p>uma informação é importante ou não e tomam a decisão subconsciente de</p><p>armazenar a informação como um traço de memória sensibilizada ou suprimi-la</p><p>39</p><p>Hipocampo Porção posterior parece estar envolvida nos processos de</p><p>aprendizagem e memória. Já o lóbulo anterior faz parte dos circuitos</p><p>do lobo temporal envolvidos com a emoção e o comportamento</p><p>motivado. Ablação bilateral do hipocampo causa amnésia retrograda,</p><p>ou seja, a pessoa torna-se incapaz de aprender coisas novas, mas é</p><p>capaz de acessar a memória anterior ao evento.</p><p>Amígdala Relacionada com muitas funções emocionais, como o medo,</p><p>comportamentos agressivos, maternal, sexual e ingestivo (os atos de</p><p>beber e comer). Está também envolvida nos mecanismos de</p><p>recompensa e suas implicações na motivação.</p><p>Giro de cíngulo Está relacionado com a memória. Lesões singulares podem provocar</p><p>apatia, mutismo e mudanças de personalidade. Existem evidências de</p><p>que possa estar envolvido precocemente em patologias como a</p><p>doença de Alzheimer, a esquizofrenia, a depressão e o transtorno.</p><p>Septo Relaciona-se à raiva, ao prazer e ao controle neurovegetativo.</p><p>Cerebelo Historicamente conhecido por suas funções no controle da</p><p>motricidade. Parece estar envolvido, também, na aprendizagem</p><p>motora e na memória correspondente a memória de procedimentos.</p><p>Estudos de envolvendo tecnologias de neuroimagem têm mostrado</p><p>alterações cerebelares em patologias como a esquizofrenia, o</p><p>autismo e a dislexia.</p><p>Hipotálamo Grande participação nos mecanismos reguladores dos processos</p><p>emocionais e motivacionais, além da função de controle da reprodução</p><p>e do comportamento sexual.</p><p>Tálamo Participa de processos emocionais e motivacionais e exerce papel na</p><p>ativação e na integração de atividades do córtex cerebral.</p><p>Área pré-frontal Está relacionada ao planejamento de comportamentos e pensamentos</p><p>complexos, expressão da personalidade, tomadas de decisões e</p><p>modulação de comportamento social.</p><p>Giro</p><p>parahipocampal</p><p>Desempenha um papel importante na codificação e recuperação de</p><p>memória.</p><p>40</p><p>O conhecimento fornecido pela neurobiologia pode indicar algumas</p><p>direções, ainda que não exista uma receita única a ser seguida, mesmo porque</p><p>cada ser humano tem sua individualidade e sofre interferências, tanto em relação</p><p>ao seu contexto familiar, quanto social. A aprendizagem significativa e</p><p>motivadora é o resultado da interação entre a emoção e a cognição, ambas estão</p><p>tão conectadas a um nível neurofuncional tão básico, que se uma não funcionar</p><p>a outra é afetada consideravelmente.</p><p>Conhecer o funcionamento do cérebro humano, saber que as emoções</p><p>participam positivamente do desenvolvimento humano, mas que também pode</p><p>cerceá-lo é uma ferramenta imprescindível aos que lidam com o processo de</p><p>aprendizagem.</p><p>41</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AGUIAR PHP. Tratado de Neurologia Vascular – Princípios básicos,</p><p>diagnóstico e terapêutica. 1a. Edição, Editora ROCA, 2012.</p><p>BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A.</p><p>Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,</p><p>2002.</p><p>BRITO, Denise Brandão de Oliveira e.Retardo de Aquisição de</p><p>Linguagem. Disponível em:</p><p><http://www.denisebrandao.hpg.ig.com.br/index.html>. 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