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1Curso	Ênfase	©	2020
Direito	Do	Trabalho	–	Joalvo	Magalhães
Fontes	Do	Direito	Do	Trabalho
Olá,	pessoal.	Meu	nome	é	Joalvo	Magalhães	e	vamos	fazer	agora	uma	visão
geral	do	nosso	núcleo	temático,	que	trata	das	fontes	do	direito	do	trabalho.
As	fontes	do	direito	do	trabalho	são	muito	importantes	para	entendermos	essa
matéria,	 esse	 ramo	 do	 direito.	 Quando	 nós	 pensamos	 na	 ideia	 de	 fontes,
imaginamos	uma	noção	de	origem.
EXEMPLO:	Fonte	de	água	=	origem	da	água.
2Curso	Ênfase	©	2020
Fonte	do	direito	é	a	origem	do	direito	e	nós	 temos	o	seguinte:	dentro	dessa
origem	do	direito,	nós	temos	as	fontes	materiais	e	as	fontes	formais.
"Qual	é	a	diferença,	Joalvo,	entre	fontes	formais	e	fontes	materiais?"
Fontes	materiais,	pessoal,	se	referem	ao	momento	pré-jurídico,	ao	momento
anterior	à	criação	da	norma	jurídica.	Quando	pensamos	em	fontes	materiais,
estamos	pensando	no	momento	econômico,	social,	político,	ideológico.	Então,
as	 crises	 econômicas,	 eventuais	 situações	 de	 desemprego,	 pressão	 de
trabalhador,	greve	de	sindicato...Todas	essas	convulsões	sociais	que	chegam
ao	Parlamento	vão	interferir	nas	leis	que	serão	editadas,	nas	normas	jurídicas.
Então,	 quando	 nos	 referimos	 a	 essa	 situação	 (política,	 econômica,	 social,
ideológica,	filosófica),	nós	estamos	nos	referindo	às	fontes	materiais.
No	 entanto,	 uma	 vez	 que	 todas	 essas	 questões	 são	 transmitidas	 ao
parlamento,	o	Congresso	Nacional	vai	editar	normas	jurídicas	e,	quando	essas
normas	jurídicas	são	editadas,	aí	sim,	nós	temos	as	fontes	formais	do	Direito
3Curso	Ênfase	©	2020
do	Trabalho.	Fontes	formais	são	aquele	momento	jurídico	propriamente	dito,	o
momento	 em	 que	 já	 há	 um	 diploma	 normativo,	 já	 há	 uma	 norma	 jurídica.
Então,	 quando	 eu	 me	 refiro	 à	 Constituição	 Federal,	 lei	 ordinária,	 lei
complementar,	medida	provisória,	convenção	internacional,	acordo	coletivo	de
trabalho,	 decretos,	 convenções	 coletivas	 de	 trabalho,	 todos	 esses	 já	 são
diplomas	normativos,	já	são,	portanto,	fontes	formais	do	Direito	do	Trabalho.
As	 fontes	 também	 podem	 ser	 divididas	 em	 fontes	 autônomas	 e	 fontes
heterônomas.	 Fontes	 autônomas	 são	 um	 importante	 instrumento	 de
pluralismo	 jurídico	 porque,	 através	 das	 fontes	 autônomas,	 o	Direito	 não	 fica
apenas	naquele	Direito	estatal.	Não	é	apenas	o	Estado	que	vai	criar	normas
jurídicas;	a	sociedade	civil	também	vai	criar	normas	jurídicas.	Os	trabalhadores
e	 empregadores,	 negociando	 através	 de	 acordos	 coletivos	 e	 convenções
coletivas	de	trabalho,	também	vão	criar	normas	jurídicas.	Essas	são	as	fontes
formais	 autônomas,	 então,	 são	 fontes	 criadas,	 são	 fontes	 gestadas	 pelas
pessoas	envolvidas	no	conflito	de	trabalho:	empregado	e	empregador.
Ao	lado	dessas	fontes	autônomas,	nós	temos	as	fontes	heterônomas,	que	são
aquelas	 fontes,	aquelas	normas	 jurídicas	criadas,	não	pelo	empregado,	não
pelo	empregador,	nem	por	eles	juntos,	mas,	sim,	por	uma	terceira	pessoa,	um
estranho	que	não	 faz	parte	da	 relação	 jurídica.	E	aí,	nós	 temos	as	principais
fontes	 formais	 do	Direito	 do	 Trabalho,	 como	 a	Constituição,	 a	 lei,	 a	medida
provisória,	os	decretos,	as	convenções	internacionais.	Todas	essas	são	fontes
formais	heterônomas.
Por	que	heterônomas?
Porque	não	são	criadas	pelas	partes	envolvidas	no	conflito,	mas,	sim,	por	um
terceiro	que	tem	a	incumbência,	um	poder,	um	dever	de	regulamentar	o	Direito
do	Trabalho,	as	relações	de	trabalho,	como	é	o	caso	mais	comum	do	Estado
4Curso	Ênfase	©	2020
brasileiro.
Ok,	pessoal?	Esse,	então,	é	o	nosso	tema	de	Fontes	do	Direito	do	Trabalho.
Bons	estudos	e	até	o	nosso	próximo	encontro.

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