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<p>DEFINIÇÃO</p><p>Exclusão de suspeitos. Identificação positiva. Teste de paternidade com trio completo. Teste de</p><p>paternidade com duo – mãe ausente – somente suposto pai e filho. Teste de parentesco</p><p>reverso – na identificação paterna e materna. Discussão de casos extraordinários e históricos.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Imergir no campo da genética forense através das análises de casos de repercussão ocorridos.</p><p>Fonte: Motortion Films / Shutterstock</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Identificar casos criminais extraordinários e históricos em genética forense</p><p>MÓDULO 2</p><p>Descrever casos extraordinários e históricos de paternidade em genética forense</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O estudo de caso é uma metodologia aplicada que proporciona interatividade no processo de</p><p>ensino e aprendizagem. A Genética Forense é uma disciplina que se apropria desta</p><p>metodologia, pois o seu ferramental teórico é completamente voltado às técnicas e aplicações</p><p>na solução de casos judiciais. Logo, nada melhor do que a análise dos diferentes casos que</p><p>requerem a Genética Forense para a sua solução, como instrumento da aprendizagem por</p><p>meio do reconhecimento das técnicas e dos caminhos percorridos por geneticistas forenses até</p><p>chegarem à solução dos casos.</p><p>Fonte: luchschenF / Shutterstock</p><p>Neste tema, serão apresentados alguns casos reais e hipotéticos, retratando algo da prática do</p><p>geneticista forense, exemplos de situações, incluindo casos históricos e extraordinários que</p><p>ganharam notoriedade dentro da área jurídica e criminal.</p><p>Desde o seu primeiro uso na Inglaterra e o seu debut nos Estados Unidos, as análises forenses</p><p>de DNA seguem capturando a atenção de promotores, advogados de defesa, juízes e jurados,</p><p>sendo consideradas como o método mais confiável já criado para a identificação humana e o</p><p>estabelecimento de vínculo genético.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Identificar casos criminais extraordinários e históricos em genética forense</p><p>CASOS HISTÓRICOS E EXTRAORDINÁRIOS</p><p>DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL</p><p>Na primeira metade da década de 1980, Alec Jeffreys desenvolveu o primeiro teste para</p><p>identificação humana por DNA através da técnica de Restriction Fragment Length</p><p>Polymorphism (RFLP), utilizando sondas multilocus capazes de reconhecer mais de uma</p><p>região no genoma.</p><p>Após as aplicações e os testes iniciais no Reino Unido, a tecnologia chegou ao continente</p><p>americano sob expectativa e desconfiança. Ela seria utilizada para a resolução de casos de</p><p>maneira confiável?</p><p>ALEC JEFFREYS</p><p>Geneticista e professor, nascido em 1950, em Oxford, desenvolveu as primeiras técnicas</p><p>que posteriormente ficaram conhecidas, em seu conjunto, como DNA fingerprinting.</p><p>POLIMORFISMO DE COMPRIMENTO DE</p><p>FRAGMENTOS DE DNA (RFLP)</p><p>É obtido através do tratamento do DNA com enzima de restrição; pode ser observado</p><p>através de uma sequência de passos que tornam a técnica robusta, mas, ao mesmo,</p><p>tempo trabalhosa.</p><p>Fonte: nikdesignt / Shutterstock</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>CASO Nº 1: O PRIMEIRO USO DA</p><p>IDENTIFICAÇÃO HUMANA POR DNA NO</p><p>CAMPO CRIMINAL</p><p>Em 21 de novembro de 1983, Lynda Mann, jovem de 15 anos, saiu de casa para visitar um</p><p>amigo. No entanto, ela não retornou mais, e seu corpo foi encontrado em uma trilha solitária na</p><p>manhã seguinte.</p><p>Um exame post mortem revelou que ela havia sido estuprada e estrangulada. Além disso, uma</p><p>amostra de sêmen foi recuperada de seu corpo. Infelizmente, qualquer linha de investigação</p><p>resultante de evidências recuperadas chegou a um beco sem saída e, embora o caso tenha</p><p>sido deixado em aberto, não havia mais pistas para os investigadores seguirem.</p><p>O caso se transformou no que se chama de cold case, isto é, ficou parado, sem solução.</p><p>Fonte: anônimo / forensicfiles.fandom</p><p> Lynda Mann</p><p>Fonte: anônimo / forensicfiles.fandom</p><p> Dawn Ashworth</p><p>Alguns anos depois, em 31 de julho de 1986, outra garota de 15 anos desapareceu, Dawn</p><p>Ashworth, desta vez enquanto caminhava para casa. Seu exame corporal revelou que a vítima</p><p>foi estuprada, espancada e estrangulada. O cadáver foi descoberto em uma área arborizada</p><p>dois dias depois.</p><p>O caso anterior de Lynda Mann foi trazido de volta para o centro das atenções quando uma</p><p>amostra de sêmen foi descoberta no corpo de Dawn. Com novas linhas de investigação e uma</p><p>midiática onda de interesse, a investigação poderia agora continuar. Inicialmente, a polícia</p><p>acreditava que o estuprador e assassino fosse Richard Burkland, um rapaz de 17 anos, que</p><p>parecia ter conhecimento do corpo de Dawn e até admitiu o crime sob interrogatório.</p><p>No ano anterior, na Universidade de Leicester, uma nova técnica promissora havia sido</p><p>desenvolvida por Alec Jeffreys e sua equipe, permitindo que uma única “impressão digital” de</p><p>DNA fosse produzida a partir de uma amostra de DNA. Ansioso para colocar o novo método em</p><p>uso, a técnica de impressão digital do DNA foi utilizada, mas apenas para provar que o perfil de</p><p>DNA de Burkland não correspondia ao das duas amostras de sêmen.</p><p>ESTE É UM CASO HISTÓRICO E NOTÁVEL DE</p><p>EXCLUSÃO, QUANDO O SUSPEITO É</p><p>INOCENTADO POR PROVA CABAL, ATRAVÉS DA</p><p>ANÁLISE DE DNA.</p><p>Repare que, naquele tipo de investigação usando o DNA das vítimas e do suspeito do crime,</p><p>houve uma comparação, e o suspeito foi inocentado. Richard Burckland se tornou a primeira</p><p>pessoa no mundo a ser exonerada de assassinato por meio do uso de perfis de DNA.</p><p>Na sequência do caso de Dawn Ashworth, a polícia de Leicestershire e o Serviço de Ciência</p><p>Forense da Inglaterra se uniram para conduzir um projeto no qual quase cinco mil homens</p><p>locais foram solicitados a fornecer uma amostra de sangue ou saliva para testes de DNA para</p><p>comparação com o perfil de DNA do suspeito. Em seis meses, milhares de amostras foram</p><p>colhidas, mas nenhuma correspondência foi encontrada.</p><p>No entanto, uma reviravolta aconteceria, quando Ian Kelly foi ouvido em um bar se gabando de</p><p>receber um valor em dinheiro para dar uma amostra para o perfil de DNA no lugar de um de</p><p>seus amigos. Esse amigo era Colin Pitchfork, que foi preso em 19 de setembro de 1987.</p><p>Fonte: anônimo / Wikipedia</p><p> Colin Pitchfork</p><p>Uma amostra de DNA foi colhida e comparada às amostras da cena do crime. A verdade logo</p><p>veio à tona. Ele admitiu o estupro e o assassinato das duas garotas e continuou explicando</p><p>seus fetiches, um impulso que logo levou à agressão sexual e, finalmente, a assassinato.</p><p>NO CASO APRESENTADO, PUDEMOS</p><p>OBSERVAR:</p><p>Fonte: dinosoft / Shutterstock</p><p>Correlação entre crimes (estupro e assassinato das duas jovens, com intrevalo de anos).</p><p>Fonte: anônimo / flaticon</p><p>Exclusão de suspeito inocente.</p><p>Fonte: anônimo / flaticon</p><p>Inclusão de um suspeito, posteriormente condenado.</p><p>Fonte: VoodooDot / Shutterstock</p><p>Primeiro rastreio em massa de um grupo populacional por análise de DNA.</p><p>CASO Nº 2: O PRIMEIRO GRANDE DESAFIO</p><p>DO DNA EM UM TRIBUNAL NOS ESTADOS</p><p>UNIDOS: O POVO CONTRA CASTRO</p><p>Em 1987, J. Castro havia sido acusado de assassinar sua vizinha e a filha dela de dois anos,</p><p>no Bronx, em Nova York.</p><p>QUAL ERA A PRINCIPAL EVIDÊNCIA NO CASO?</p><p>Fonte: samui / Shutterstock</p><p>O laboratório responsável fez a análise e concluiu que a frequência dos alelos identificados de</p><p>Castro seria de um em 100 milhões. O proeminente Dr. Richard Roberts, colega do famoso</p><p>James Watson, codescobridor da estrutura dupla-hélice da molécula de DNA, testemunhou na</p><p>qualidade de expert do Estado. A defesa convidou outro ilustre cientista, Eric Lander, que,</p><p>posteriormente, passou a liderar o Projeto Genoma Humano para desafiar os critérios de</p><p>correspondência usados no exame.</p><p>Após longa e acalorada batalha judicial, o tribunal excluiu as evidências de DNA. Em momento</p><p>posterior, Castro se declarou culpado, mas recebeu pena menor do que a que teria recebido se</p><p>a evidência do DNA fosse originalmente aceita. Naquele período, o uso do DNA em casos</p><p>javascript:void(0)</p><p>judiciais, considerado grande avanço da ciência, passou a ser visto com certo ceticismo por</p><p>alguns.</p><p>Fonte: anônimo / Wikipedia</p><p> Eric Lander</p><p>JAMES DEWEY WATSON</p><p>Biologista molecular que, em 1953, foi coautor, com Francis Crick, de</p><p>uma publicação</p><p>histórica propondo a estrutura de dupla-hélice para a molécula de DNA.</p><p>VALE RESSALTAR QUE A DECISÃO SE BASEOU</p><p>EM UM ASPECTO TÉCNICO SOMENTE, E NÃO</p><p>NA TÉCNICA EM SI. ESTE FOI O PRIMEIRO</p><p>DESAFIO JUDICIAL SIGNIFICATIVO AOS TESTES</p><p>DE DNA, COM A SUA INTRODUÇÃO NOS</p><p>TRIBUNAIS, JÁ QUE ANTES NÃO HOUVE CASO</p><p>DE SIGNIFICATIVA CONTESTAÇÃO.</p><p>Em 1989, no curso deste caso, o tribunal determinou que “a teoria e a prática de identificação</p><p>de DNA são geralmente aceitas pela comunidade científica”. O tribunal determinou que os</p><p>testes de DNA poderiam ser conduzidos e permitidos como evidência, desde que mostrassem</p><p>que o sangue no relógio não era dele, mas os testes não podiam ser conduzidos para mostrar</p><p>que o sangue pertencia a uma das vítimas.</p><p>A introdução das técnicas para identificação humana por análise de DNA nos tribunais de</p><p>países como os Estados Unidos da América foi cercada de desconfiança por significativa</p><p>parcela da comunidade científica e dos operadores do Direito. Esta objeção se deveu, em</p><p>parte, à inexistência de regras definidas e padronizadas para os laboratórios envolvidos nestes</p><p>exames. Este período de crítica contribuiu para o estabelecimento de rígidos critérios para os</p><p>serviços prestados.</p><p>Fonte: Connect world / Shutterstock</p><p>Após este caso, o uso forense dos testes de DNA sofreu um revés final. Em 1992, o Conselho</p><p>Nacional de Pesquisa da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos emitiu um</p><p>relatório que endossava fortemente a tecnologia do DNA, mas que também criou uma confusão</p><p>considerável na área de probabilidade de correspondência. A solução proposta criou uma</p><p>tempestade na comunidade de DNA forense.</p><p>O FBI (liderado pelo cientista forense Bruce Budowle) e a maioria dos geneticistas da</p><p>população atacaram o conceito como pura política e má ciência. O resultado foi um segundo</p><p>relatório (NRC 2, de 1996). As bases para um relatório tão favorável foram estabelecidas em</p><p>um artigo da edição de 27 de outubro de 1994 da revista Nature, em coautoria de Bruce</p><p>Budowle e Eric Lander</p><p>javascript:void(0)</p><p>PROBABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA</p><p>Análise estatística que visa esclarecer a correspondência entre uma pessoa e uma</p><p>amostra.</p><p>NESTE CASO, FOI POSSÍVEL OBSERVAR UM</p><p>EXEMPLO DE CONTESTAÇÃO DE EXAME DE</p><p>DNA.</p><p>CASO Nº 3: O ESTADO VERSUS ANDREWS</p><p>– ESTADOS UNIDOS</p><p>Em um dos primeiros usos do DNA em um caso criminal nos Estados Unidos, em novembro de</p><p>1987, o tribunal Orange County, Flórida, condenou Tommy Lee Andrews por estupro após</p><p>testes genéticos corresponderem ao seu DNA quando comparados a uma amostra de sangue</p><p>com vestígios de sêmen encontrados em uma vítima de estupro.</p><p>Neste caso, uma mulher acordou, durante o mês de fevereiro de 1987, com um homem</p><p>saltando sobre ela portando um objeto cortante. A vítima recebeu vários cortes em seu rosto,</p><p>pescoço, suas pernas e seus pés. O criminoso a violentou e fugiu, não podendo a vítima</p><p>reconhecer o seu agressor. Ao ser condenado, a defesa de Andrews apelou, tentando invalidar</p><p>a análise de DNA, o que foi negado. Andrews foi, então, o primeiro condenado com base na</p><p>análise de DNA nos Estados Unidos da América.</p><p>Fonte: anônimo / forensicfiles.fandom</p><p> Tommy Lee Andrews.</p><p>NA APRESENTAÇÃO DO CASO 3, TIVEMOS O</p><p>RELATO DO USO DO DNA EM UMA SITUAÇÃO</p><p>DE CRIME SEXUAL, SENDO O PRIMEIRO USO</p><p>FORA DA EUROPA.</p><p>Fonte: Fer Gregory / Shutterstock</p><p> Cadeira elétrica</p><p>CASO Nº 4: PRIMEIRO CASO DE</p><p>CONDENADO NO CORREDOR DA MORTE</p><p>CUJA CONDENAÇÃO FOI REVOGADA</p><p>USANDO O DNA</p><p>Em 1992, quando a ciência do teste forense de DNA estava em seus primórdios, Bloodsworth</p><p>foi condenado à morte por estupro e assassinato de uma menina no estado de Maryland, nos</p><p>Estados Unidos. Ele ganhou sua liberdade depois de fazer um teste de DNA, para comparar</p><p>com as amostras coletadas de sêmen das roupas intimas da menina. Não houve coincidência</p><p>nos perfis. O estado de Maryland (EUA) o libertou e pagou US$ 300.000 por prisão indevida.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>O Projeto Inocência (Innocence Project) é uma organização sem fins lucrativos, comprometida</p><p>em exonerar indivíduos que alegam terem sido condenados injustamente por meio do uso de</p><p>testes de DNA e em reformar o sistema de justiça criminal para evitar futuras injustiças. O</p><p>Innocence Project Brasil, organização sem fins lucrativos, trabalha para reverter condenações</p><p>de pessoas inocentes no Brasil.</p><p>CASO Nº 5: O PRIMEIRO USO DE DNA DE</p><p>PLANTA EM UM JULGAMENTO POR</p><p>ASSASSINATO</p><p>Em uma manhã de domingo, em maio de 1992, um menino andando de bicicleta se deparou</p><p>com o corpo nu de uma mulher, deitada de bruços, no mato, perto de um conjunto de árvores. A</p><p>vítima fora estrangulada até a morte. Nas proximidades, um homem reportou que tinha visto</p><p>um caminhão branco sair da área apressadamente mais cedo, naquela manhã.</p><p>A polícia encontrou um aparelho pager a alguns metros do corpo. Foi registrado por Earl</p><p>Bogan, mas usado principalmente por seu filho, Mark, que dirigia uma caminhonete branca e</p><p>morava a aproximadamente 20 minutos da cena do crime. Na carroceria do caminhão, a polícia</p><p>encontrou duas vagens de uma árvore da região onde o corpo foi localizado. Ainda outras</p><p>evidências sugeriram que Mark Bogan era o culpado. O suspeito sustentou que uma carona</p><p>feminina “roubou” o pager do caminhão e fugiu. Ele negou ter estado na área onde o corpo foi</p><p>encontrado.</p><p>Fonte: Atomazul / Shutterstock</p><p>Um detetive observou que uma das árvores da área ̶ mais tarde designada como [PV-30] ̶ havia</p><p>sofrido uma lesão recente em um de seus galhos inferiores. Ele entrou em contato com Timothy</p><p>Helentjaris, professor de genética molecular da Universidade do Arizona, que comparou o DNA</p><p>das vagens encontradas no caminhão com o DNA das vagens das árvores de Palo Verde, na</p><p>cena do crime. Ele também analisou o DNA de outras vagens de Palo Verde coletadas em</p><p>vários locais do condado e concluiu que as vagens encontradas no caminhão eram originárias</p><p>de [PV-30].</p><p>Ao apelar da resultante condenação por assassinato, Bogan argumentou que o testemunho do</p><p>professor deveria ter sido excluído. Helentjaris testemunhou no julgamento que as amostras da</p><p>carroceria “combinavam completamente com [PV-30]”, que ele se sentia “bastante confiante ao</p><p>concluir que essas duas amostras (...) provavelmente vieram de [PV-30]”, e que ele estava</p><p>“bastante confortável” ao concluir que o DNA do [PV-30] seria distinguível do de “qualquer</p><p>árvore que pudesse ser fornecida” a ele. O professor também defendeu que cientistas forenses</p><p>costumam testemunhar sobre “correspondências” em cabelos, impressões digitais e outros</p><p>itens sem fornecer estatísticas, e que não houve discordância sobre a aceitação geral das</p><p>técnicas de laboratório usadas para determinar a “correspondência” de DNA. Assim, o tribunal</p><p>de apelações confirmou a condenação.</p><p>NESTE CASO, FOI APRESENTADA A TIPAGEM</p><p>DE DNA DE PLANTA COMO FERRAMENTA</p><p>INVESTIGATIVA.</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>Além de plantas, insetos também são importantes nas análises forenses envolvendo DNA. Na</p><p>determinação da idade de decomposição de um corpo, identificar a espécie de inseto é um</p><p>passo importante para estimar a idade das larvas. A análise de DNA também pode ser usada</p><p>para este fim em uma perícia criminal (CHEN et al., 2004).</p><p>CASO Nº 6 – DOIS CASOS RESOLVIDOS</p><p>COM O APOIO DE BANCO DE DADOS DE</p><p>DNA PARA GENEALOGIA</p><p>No primeiro caso, investigadores da Califórnia carregaram o perfil de um kit de coleta de</p><p>estupro referente ao caso conhecido como Golden State Killer em um banco de dados de DNA</p><p>usado para genealogia. Neste caso, foi identificado um assassino e estuprador em série, com</p><p>dezenas de casos de abuso sexual atribuídos entre 1974 e 1986.</p><p>Na pesquisa, foram identificados alguns parentes distantes e, com apoio de uma especialista, a</p><p>árvore genealógica do criminoso foi reconstituída, permitindo a identificação do suspeito, um</p><p>ex-policial chamado Joseph James DeAngelo (JOUVENAL, 2018).</p><p>Fonte: anônimo / forensicfiles.fandom</p><p> Joseph James DeAngelo.</p><p>Outro caso de repercussão solucionado de forma semelhante, ainda</p><p>em 2018, foi o “NorCal</p><p>Rapist”, notabilizado por diversos casos de abuso sexual entre 1991 e 2006 em diferentes</p><p>condados. Isto se deu após uma amostra de DNA das cenas de crime apresentarem</p><p>compatibilidade com um parente no GEDmatch (banco de dados genômicos e de genealogia,</p><p>de fonte aberta via website, que possui base na Flórida) (COLLMAN, 2019).</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Atualmente, diversas empresas oferecem testes envolvendo a análise pessoal de</p><p>ancestralidade com orientação profissional. Estes testes se baseiam nos princípios de</p><p>hereditariedade, em que cada indivíduo, com seus 46 cromossomos (considerando uma</p><p>pessoa sem alterações cromossômicas numéricas), herda ½ (50%) do seu código genético de</p><p>cada progenitor, no que diz respeito ao material encontrado no núcleo (além deste material, há</p><p>também o DNA mitocondrial). Assim, o parentesco genético entre dois seres humanos pode ser</p><p>medido através da frequência e do tamanho de sequências de DNA idênticos que</p><p>compartilham, herdados de um ancestral comum a ambos. Na realização do exame, o indivíduo</p><p>pode autorizar que seus dados genéticos passem a fazer parte de bancos de dados, os quais</p><p>são usados para que pessoas que futuramente façam o exame possam ter seu DNA</p><p>comparado aos dados alojados no banco de dados.</p><p>CASO Nº 7 – O USO DE Y-STR NA</p><p>RESOLUÇÃO DE CASO CRIMINAL</p><p>Os marcadores STR específicos para o cromossomo são amplamente usados em casos</p><p>forenses, especialmente em situações de agressão sexual. Foi registrado um caso de estupro,</p><p>em que cinco suspeitos foram investigados. Os resultados estão parcialmente reproduzidos na</p><p>Tabela 1, a seguir.</p><p>MARCADORES STR (SHORT TANDEM</p><p>REPEATS)</p><p>Trata-se de sequências que apresentam repetições com unidade básica de 2-7 pares de</p><p>base e o polimorfismo fundamentado no número de repetições. Devido ao pequeno</p><p>tamanho, geralmente menor que 350 pares de base, alelos STR podem ser analisados</p><p>após amplificação pela técnica PCR.</p><p>Y-STR</p><p>EVIDÊNCIA</p><p>1</p><p>EVIDÊNCIA</p><p>2</p><p>S1 S2 S3 S4 S5</p><p>DYS576 16 16 20 16 16 16 20</p><p>DYS389I 13 13 13 13 13 13 13</p><p>DYS448 21 21 20 21 21 21 20</p><p>javascript:void(0)</p><p>DYS389II 29 29 31 29 29 29 29</p><p>DYSI9 15 15 16 15 15 15 15</p><p>DYS391 10 10 10 10 10 10 12</p><p>DYS481 22 22 22 22 22 22 23</p><p>DYS549 12 12 12 12 13 13 11</p><p>DYS533 12 12 12 12 12 12 12</p><p>DYS438 9 9 11 9 9 9 11</p><p>DYS437 15 15 14 15 15 15 15</p><p>DYS570 19 19 19 19 18 16 21</p><p>DYS635 21 21 23 21 22 22 23</p><p> Tabela 1 – Resultados parciais (análise de Y-STR), caso 7. Evidência 1 – roupa íntima da</p><p>vítima; evidência 2 – raspado vaginal da vítima; S1 a S5, suspeitos 1 a 5. Os trechos marcados</p><p>destacam as exclusões observadas.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Com base nos achados acima, o suspeito S2 foi incluído, e os demais, excluídos.</p><p> RESUMINDO</p><p>A natureza haploide e a diversidade genética de parte do cromossomo Y são muito úteis na</p><p>determinação de parentesco e identificações de misturas com componentes masculino e</p><p>feminino.</p><p>RESUMO TEMPORAL</p><p>De forma resumida, veja os eventos que marcaram a genética forense:</p><p>Década de 80</p><p>Alec Jeffreys desenvolveu o primeiro teste para identificação humana por DNA através da</p><p>técnica de Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP).</p><p>1983</p><p>Amostra de sêmen encontrada no corpo de Lynda Mann.</p><p>1985</p><p>Alec Jeffreys e sua equipe desenvolvem uma nova técnica que permitia que uma única</p><p>“impressão digital” de DNA fosse produzida a partir de uma amostra de DNA.</p><p>1986</p><p>Amostra de sêmen encontrada no corpo de Dawn Ashworth.</p><p>1987</p><p>Prisão de Colin Pitchfork, assassino de Lynda Mann e Dawn Ashworth, com base no resultado</p><p>dos testes realizados com as amostras encontradas nas duas vítimas.</p><p>Condenação de Tommy Lee Andrews por estupro em outro caso após testes genéticos</p><p>corresponderem ao seu DNA.</p><p>1989</p><p>O tribunal determinou que os testes de DNA poderiam ser conduzidos e permitidos como</p><p>evidência no caso "o povo contra Castro", desde que mostrassem que o sangue encontrado no</p><p>relógio do réu não era dele.</p><p>1992</p><p>O Conselho Nacional de Pesquisa da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos</p><p>emitiu um relatório endossando fortemente a tecnologia do DNA.</p><p>Bloodsworth é condenado à morte por estupro e assassinato e, posteriormente, absolvido</p><p>graças ao resultado de um teste de DNA, que não encontrou correspondência entre as</p><p>amostras encontradas nas roupas da vítima e o DNA de Bloodsworth.</p><p>É realizado o primeiro teste de DNA de planta em um julgamento de assassinato, levando à</p><p>condenação de Mark Bogan.</p><p>2018</p><p>O uso de banco de dados de DNA para genealogia permite a identificação de Joseph James</p><p>DeAngelo como suspeito de uma série de estupros ocorridos entre 1974 e 1986.</p><p>CASO HIPOTÉTICO DE IDENTIFICAÇÃO</p><p>CRIMINAL</p><p>A partir deste ponto, apresentaremos um caso hipotético de identificação criminal (MELGAÇO</p><p>et al., 2007).</p><p>CASO HIPOTÉTICO</p><p>Violência sexual contra mulher com vestígios de sêmen detectados no raspado vaginal</p><p>coletado da vítima.</p><p>RESUMO DO CASO</p><p>O laudo: o documento em que a análise do material genético é apresentada informa a</p><p>comparação de marcadores genéticos STR (regiões curtas repetidas in tandem) presentes nas</p><p>seguintes amostras:</p><p>Fonte: adriaticfoto /shutterstock</p><p>EVIDÊNCIA BIOLOGICA (E)</p><p>Esfregaço vaginal coletado da vítima.</p><p>Fonte: angellodeco /shutterstock</p><p>AMOSTRAS REFERÊNCIA</p><p>Amostras biológicas (sangue) cedidas pela vítima (V) e pelo principal suspeito (S1).</p><p>Os extratos de DNA das amostras foram submetidos à amplificação por PCR com primers para</p><p>marcadores STR. De acordo com o laudo, os alelos encontrados foram visualizados com</p><p>auxílio de fluorescência, e a razão de verossimilhança foi determinada, não excluindo (S1)</p><p>como doador das células espermáticas encontradas na evidência biológica. Os resultados são</p><p>parcialmente apresentados na Tabela 2</p><p>REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR)</p><p>A PCR é um método in vitro que sintetiza sequências específicas de DNA. Esta reação</p><p>utiliza um DNA que é usado como "molde" (template em inglês) e primers, que são</p><p>oligonucleotídeos (pequenas sequências que complementam o DNA), que hibridam com</p><p>o molde de DNA para que a molécula seja copiada. A cópia do molde é catalisada pela</p><p>enzima Taq polimerase. Uma série de ciclos repetitivos faz com que o molde seja</p><p>separado em suas hemi-hélices, os primers hibridem com o molde, a polimerase catalise</p><p>a ligação de nucleotídeos para formar uma nova cópia da região de interesse do DNA.</p><p>Como cada cópia produzida em um ciclo pode servir de molde no próximo ciclo, a cópia</p><p>do DNA ocorre de forma exponencial. Em aproximadamente 20 ciclos, a concentração de</p><p>DNA aumenta aproximadamente um milhão de vezes.</p><p>Locus</p><p>(região</p><p>analisada)</p><p>Vítima</p><p>(V)</p><p>Evidência</p><p>(E)</p><p>Suspeito</p><p>(S1)</p><p>Observações</p><p>TPOX 8, 10 8, 10 8, 10 Há coincidência entre o</p><p>perfil alélico nas três</p><p>amostras (alelos 8 e 10).</p><p>javascript:void(0)</p><p>Sugestão: observar a</p><p>intensidade dos picos no</p><p>eletroferograma para</p><p>entender os componentes</p><p>da possível mistura na</p><p>evidência. Questão a</p><p>resolver: a amostra E é</p><p>uma mistura?</p><p>F13A01 6, 13 6, 6 6, 6</p><p>O alelo 13 presente na</p><p>amostra de V não é</p><p>verificado no preparado</p><p>advindo do esfregaço</p><p>vaginal. Isto pode decorrer</p><p>do fenômeno conhecido</p><p>como amplificação</p><p>diferencial.</p><p>NOTA: a amplificação</p><p>diferencial é um artefato</p><p>que se caracteriza pela</p><p>diferença na eficácia de</p><p>amplificação entre dois</p><p>alelos (GILL et al, 1997).</p><p>Problemas no curso dos</p><p>processos de amplificação</p><p>e detecção de alelos</p><p>invalidam o uso</p><p>deste locus, pois não se</p><p>pode determinar com</p><p>absoluta precisão se o</p><p>material das células</p><p>espermáticas foi</p><p>amplificado.</p><p>D13S317 8, 13 8, 12, 13 12, 12</p><p>A determinação dos picos</p><p>de intensidade das bandas</p><p>se faz necessária para</p><p>definir os componentes</p><p>principal e secundário na</p><p>mistura e eliminar a</p><p>hipótese de o alelo 12</p><p>encontrado no esfregaço</p><p>vaginal ser um stutter</p><p>band (banda fantasma)</p><p>relativo ao alelo 13</p><p>proveniente do DNA de V.</p><p> Tabela 2. Resultados e observações</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem</p><p>horizontal</p><p>STUTTER BAND</p><p>São bandas extras geradas pelo deslizamento da enzima TAQ POLIMERASE, que</p><p>apresentam uma unidade de repetição a menos que a verdadeira (GILL et al, 1997). Vale</p><p>ressaltar que tal artefato de técnica é comum nas reações do tipo MULTIPLEX utilizadas.</p><p>Amostras parcialmente degradadas podem proporcionar, por exemplo, a amplificação</p><p>preferencial de alelos e o surgimento das bandas fantasmas (stutter bands). Estas últimas</p><p>ocorrem em virtude de falhas no processo que geram bandas com uma unidade de</p><p>repetição a menos que a do alelo original. Deste modo, pode-se equivocadamente</p><p>interpretar o resultado como um falso heterozigoto ou identificar um alelo erroneamente.</p><p>O uso de reações MULTIPLEX empregando corantes fluorescentes associado à detecção</p><p>automatizada para determinação de alelos STR pela técnica da PCR fornece não só</p><p>informação qualitativa dos alelos presentes na amostra (tipagem), mas também informação</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>quantitativa referente às intensidades relativas das bandas. Como consequência, isto possibilita</p><p>aferir a quantidade de DNA amplificado (CLAYTON et al, 1998).</p><p> ATENÇÃO</p><p>Para a aplicação das análises de DNA na área criminal, geralmente o propósito é testar a</p><p>hipótese de que uma pessoa é a fonte doadora de uma evidência (amostra biológica). Entre os</p><p>resultados possíveis desta pesquisa, temos a exclusão, quando se comprova que as amostras</p><p>possuem origens diferentes; inclusão, quando se observa similaridades e não se pôde concluir</p><p>exclusão, e, ainda, achados inconclusivos, em que não se concluiu se a hipótese é ou não</p><p>verdadeira.</p><p>OUTROS CASOS CRIMINAIS</p><p>Neste vídeo, veremos outros dois casos criminais extraordinários de grande repercussão.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. CONSIDERADO O FUNDADOR DA ÁREA INTERNACIONALMENTE</p><p>CONHECIDA COMO DNA FINGERPRINTING, O PESQUISADOR QUE</p><p>COMANDOU O DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS MOLECULARES</p><p>PARA A IDENTIFICAÇÃO HUMANA POR DNA É:</p><p>A) Francis Crick.</p><p>B) James Watson.</p><p>C) Alec Jeffreys.</p><p>D) Francis Collins.</p><p>2. 2. NA REAÇÃO DA PCR (REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE),</p><p>FREQUENTEMENTE EMPREGADA EM LABORATÓRIOS DE GENÉTICA</p><p>FORENSE, PODE OCORRER O FENÔMENO CHAMADO AMPLIFICAÇÃO</p><p>DIFERENCIAL. A RESPEITO DESSE FENÔMENO, PODE-SE AFIRMAR</p><p>A) É um artefato caracterizado pela diferença na eficácia de amplificação entre dois alelos em</p><p>dado locus.</p><p>B) É um artefato em que se observa a duplicação dos alelos tipados.</p><p>C) É um recurso para otimizar a tipagem de alguns marcadores.</p><p>D) É uma fase da PCR.</p><p>GABARITO</p><p>1. Considerado o fundador da área internacionalmente conhecida como DNA</p><p>Fingerprinting, o pesquisador que comandou o desenvolvimento de ferramentas</p><p>moleculares para a identificação humana por DNA é:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Na primeira metade da década de 1980, Alec Jeffreys desenvolveu o primeiro teste para</p><p>identificação humana por DNA, através da técnica de RFLP.</p><p>2. 2. Na reação da PCR (reação em cadeia da polimerase), frequentemente empregada em</p><p>laboratórios de genética forense, pode ocorrer o fenômeno chamado amplificação</p><p>diferencial. A respeito desse fenômeno, pode-se afirmar</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A amplificação diferencial pode ser definida como a diferença no grau de amplificação de alelos</p><p>dentro de um sistema coamplificado, ou seja, neste caso, observa-se a variação no padrão ou</p><p>na intensidade dos alelos, o que deve ser criteriosamente observado polo analisador</p><p>responsável. Embora este artefato seja importante, ele não provoca a duplicação de alelos.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Descrever casos extraordinários e históricos de paternidade em genética forense</p><p>TESTES DE DNA</p><p>Ao longo do tempo, diferentes técnicas têm sido criadas e aplicadas para a identificação de</p><p>cada indivíduo.</p><p>Fonte: Marina Sun / shutterstock</p><p>FÓRMULA MATEMÁTICA</p><p>No século XIX, foi criada uma fórmula matemática que agrupava medidas de partes do corpo</p><p>da pessoa, resultando em um número único e exclusivo. Lógico que isso caiu logo em desuso.</p><p>Fonte: Iaremenko Sergii / shutterstock</p><p>IMPRESSÃO DIGITAL</p><p>Ainda no século XIX, em 1880, a impressão digital foi apresentada como método único de</p><p>identificação individual. Ela é empregada até hoje como forma de identificação, inclusive de</p><p>gêmeos univitelinos.</p><p>Fonte: Billion Photos / shutterstock</p><p>ESTRUTURA DO DNA</p><p>Porém, foi a descoberta da estrutura do DNA e a sua aplicação para identificação de pessoas</p><p>que trouxe contribuição efetiva na esfera criminal e de paternidade, no âmbito familiar. Com os</p><p>exames de DNA, é possível confirmar ou refutar a paternidade de qualquer indivíduo, bastando,</p><p>para isso, que amostras sejam fornecidas dos supostos: pai, filho e mãe.</p><p>Neste módulo, vamos observar como os testes de DNA começaram a contribuir em casos de</p><p>investigação de paternidade e de outros vínculos genéticos.</p><p>CASO Nº 1: PRIMEIRO USO DO DNA</p><p>FINGERPRINTING – A SUA ESTREIA FOI EM</p><p>UM CASO DE IMIGRAÇÃO</p><p>Em artigo publicado na Revista Nature, no ano de 1985, Jeffreys e colaboradores descreveram</p><p>o uso de regiões minissatélites no DNA humano com potencial para uso na identificação</p><p>pessoal e no estabelecimento de vínculo familiar. Segundo a publicação, estas regiões também</p><p>podem ser usadas para resolver disputas de imigração decorrentes da falta de prova de</p><p>relações familiares.</p><p>O caso refere-se ao jovem chamado Andrew, um garoto de 13 anos nascido na Grã-Bretanha,</p><p>que havia sido parado no aeroporto de Heathrow, voltando ao Reino Unido depois de uma</p><p>viagem a Gana para visitar seu pai.</p><p>Fonte: anônimo / Wikipedia</p><p> Alec Jeffreys</p><p>Fonte: isak55 / Shutterstock</p><p> DNA FINGERPRINTING.</p><p>Na ocorrência, as autoridades de imigração pensaram que seu passaporte havia sido</p><p>adulterado ou forjado. Para piorar as coisas, Andrew se referiu à Christiana Sarbah, a mulher</p><p>que supostamente era sua mãe, como tia ̶ um hábito comum em sua cultura ̶ , mesmo que ela</p><p>fosse genuinamente a mãe dele.</p><p>Os funcionários se recusaram a acreditar que Andrew realmente era filho dela e pensaram que</p><p>ele era um sobrinho tentando entrar ilegalmente no Reino Unido. Na época, havia alguns testes</p><p>genéticos básicos que podiam dizer se as pessoas eram amplamente relacionadas à mesma</p><p>família, mas não conseguiam descobrir as relações entre pais e filhos. E, para tornar as coisas</p><p>ainda mais complicadas, não estava claro quem realmente era o pai do garoto.</p><p>Como último esforço, Jeffreys produziu o perfil de DNA de Andrew, de sua mãe e dos três</p><p>outros filhos que eram definitivamente dela: David, Joyce e Diana. Os resultados foram</p><p>completamente convincentes: o menino era inegavelmente filho de sua mãe. Os dados foram</p><p>apresentados ao tribunal de imigração do Ministério do Interior, que recuou imediatamente.</p><p>CASO Nº 2: INVESTIGAÇÃO DE</p><p>PATERNIDADE COM SUPOSTO PAI</p><p>FALECIDO</p><p>No ano de 2008, um caso de investigação de paternidade, com suposto pai falecido – análise</p><p>de restos mortais do de cujus (suposto pai – SP) e possível filha (F). O extrato de DNA foi</p><p>preparado a partir de amostra de sangue venoso de F e ossada de SP.</p><p>Procedeu-se a análise de loci. A enzima de restrição utilizada em todas as preparações foi a</p><p>Hae III. As corridas eletroforéticas do DNA foram feitas em agarose a 1% e tampão TAE, e as</p><p>sondas utilizadas foram reconhecidas pelo sistema de quimiluminescência. Todas as análises</p><p>foram feitas em duplicata.</p><p>Fonte: KateStudio / Shutterstock</p><p>ENZIMAS DE RESTRIÇÃO</p><p>Enzimas que desempenham função de clivagem (corte) da molécula de DNA em pontos</p><p>específicos, em reconhecimento a determinadas sequências de nucleotídeos.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Foram utilizadas seis sondas polimórficas para a investigação de seis diferentes cromossomos</p><p>do genoma humano. Os loci examinados foram: D1S7, D2S44, D4S163, D5S110, D6S132 e</p><p>D7S467 (tabela 3), reconhecidos, respectivamente, com as sondas MS1, YNH24, SLI604, LH1,</p><p>SLI1090 e SLI989.</p><p>Locus:</p><p>do DNA /</p><p>SONDA</p><p>F SP</p><p>FREQUÊNCIA</p><p>%</p><p>ÍNDICE DE</p><p>PATERNIDADE</p><p>D1S7 /</p><p>MS1</p><p>7,20p</p><p>10,52m</p><p>7,20p</p><p>3,87</p><p>3,250 7,69</p><p>D2S44 /</p><p>YNH24</p><p>1,59p</p><p>1,79m</p><p>1,59p</p><p>3,31</p><p>10,960 2,28</p><p>D4S163 /</p><p>SLI604</p><p>3,56p</p><p>11,13m</p><p>3,56p</p><p>3,75</p><p>6,780 3,68</p><p>D5S110 /</p><p>LHI</p><p>3,11p</p><p>3,75m</p><p>3,11p</p><p>2,79</p><p>7,100 3,52</p><p>D6S132 /</p><p>SLI1090</p><p>3,26p</p><p>2,74m</p><p>3,26p</p><p>1,16</p><p>4,610 5,42</p><p>D7S467 /</p><p>SLI989</p><p>3,75p</p><p>4,33m</p><p>3,75p</p><p>3,24</p><p>3,620 6,91</p><p>ÍNDICE DE PATERNIDADE ACUMULADO:</p><p>8.506,07</p><p>PROBABILIDADE DE PATERNIDADE:</p><p>99,99%</p><p> Tabela 3. Resultado das tipagens genéticas.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Nesse exemplo, foram usados marcadores altamente polimórficos, tendo atingido índice de</p><p>paternidade de 99,99% a favor da inclusão do SP. Os casos envolvendo análise de DNA obtido</p><p>a partir de ossos geralmente envolvem desafios técnicos, incluindo material degradado. A</p><p>escolha dos marcadores adequados também é fundamental para que se obtenha um resultado</p><p>robusto e consistente.</p><p>CASO Nº 3: INVESTIGAÇÃO DE VÍNCULO</p><p>GENÉTICO (SP FALECIDO)</p><p>No ano de 2015, outro caso de paternidade envolvendo suposto pai (SP) falecido foi</p><p>judicialmente executado, resultando em exclusão. No caso em tela, uma jovem (F) e sua mãe</p><p>(M) alegavam que um homem (SP), falecido na década anterior, seria o pai de F. Após a</p><p>autorização judicial, os restos mortais foram exumados e analisados, bem como amostras de</p><p>raspado bucal de F e M.</p><p>Marcadores genéticos utilizados: HUMTPOX, HUMF13B, D13S253, D18S51, D5S818,</p><p>D21S11, HUMCSF1PO, D3S1358, D16S539, HUMF13A01, HUMvWA, HUMFIBRA/FGA,</p><p>D13S317, HUMTH01, D7S820 e D13S317. Os resultados são apresentados, parcialmente, na</p><p>tabela 4.</p><p>LOCUS SP F M</p><p>TPOX 11/12 5/8 5/8</p><p>F13B 8/9 8/10 6/10</p><p>D19S253 11/12 7/10 10/12</p><p>D18S51 15/17 12/17 12/14</p><p>D5S818 12/13 11/12 11/12</p><p>D21S11 30/30 30/32.2 32.2/32.2</p><p>CSF1 PO 12/12 10/12 10/11</p><p>D3S1358 15/16 15/16 15/15</p><p>D16S539 8/9 10/13 10/12</p><p>F13A01 7/7 5/7 5/6</p><p>vWA 16/16 16/17 16/16</p><p>FGA 21/23 18/26 24/26</p><p>D13S317 11/12 10/11 10/12</p><p>T11O1 6/7 9/9.3 7/9</p><p>D7S820 10/12 8/10 7/10</p><p>D13S317 11/12 10/11 10/12</p><p> Tabela 4 – Resultado parcial referente às tipagens do caso 2. As regiões destacadas em</p><p>vermelho indicam os marcadores genéticos nos quais se detectou a exclusão da alegada</p><p>paternidade.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Dentre os 16 marcadores do genoma analisados, podemos observar, com destaque em</p><p>vermelho na tabela 4, que, em 7 deles, obrigatoriamente, o SP não apresentou o APO – Alelo</p><p>Paterno Obrigatório. Este resultado obedece a regra de, no mínimo, três exclusões para</p><p>certificar que o referido homem não possui o vínculo biológico com F, conforme atribuído a ele</p><p>no caso.</p><p>Fonte illion Photos / Shutterstock</p><p>CASO Nº 4: INVESTIGAÇÃO DE VÍNCULO</p><p>GENÉTICO PARA CONFIRMAR A</p><p>PATERNIDADE NA AUSÊNCIA DA MÃE</p><p>Fonte: Dabarti CGI / Shutterstock</p><p>Marcadores genéticos utilizados: 15 marcadores autossômicos e o marcador sexual</p><p>amelogenina, que é capaz de distinguir os cromossomos X e Y. Os resultados são</p><p>apresentados na Tabela 5.</p><p>Loci Filho (P) Suposto pai (SP)</p><p>CSF1PO 8-10 10-12</p><p>TPOX 11-11 8-8</p><p>TH01 9-9.3 6-6</p><p>Vwa 15-19 16-18</p><p>D16S539 9-12 9-10</p><p>D7S820 12-12 11-12</p><p>D13S317 11-12 9-13</p><p>D3S1358 15-18 15-16</p><p>D8S1179 12-14 13-15</p><p>D55818 11-12 7-12</p><p>D21S11 28-30 28-29</p><p>D18S51 15-19 14-17</p><p>D19S433 13.2-15 13.2-14</p><p>D2S1338 21-24 22-24</p><p>FGA 23-23 20-22</p><p>Amelogenina XY XY</p><p> Tabela 5 – Resultados para análise de paternidade envolvendo filho (aqui chamado pela</p><p>inicial P) e o suposto pai (SP).</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>No caso em tela, P e SP possuem o perfil XY, logo o seu sexo biológico é masculino.</p><p>CONFORME DESTACADO EM NEGRITO, SETE</p><p>DOS MARCADORES AUTOSSÔMICOS USADOS</p><p>NÃO APRESENTARAM COINCIDÊNCIA ENTRE O</p><p>SP E O ALEGADO FILHO, CARACTERIZANDO</p><p>RESULTADO DE EXCLUSÃO.</p><p>Fonte: Connect world / Shutterstock</p><p>OUTROS CASOS DE PATERNIDADE</p><p>Neste vídeo, veremos outros dois casos notórios de paternidade em genética forense.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. AO ANALISAR 16 MARCADORES GENÉTICOS EM UM TESTE DE</p><p>PATERNIDADE, A EXCLUSÃO SERÁ CONSIDERADA SOMENTE QUANDO:</p><p>A) Pelo menos um dos marcadores analisados não apresentar o APO – Alelo Paterno</p><p>Obrigatório.</p><p>B) Até três marcadores analisados não apresentarem o APO – Alelo Paterno Obrigatório.</p><p>C) Pelo menos três marcadores analisados não apresentarem o APO – Alelo Paterno</p><p>Obrigatório.</p><p>D) Todos os marcadores analisados não apresentarem o APO – Alelo Paterno Obrigatório.</p><p>2. CONSIDERE UM CASO DE ANÁLISE DE PATERNIDADE EM QUE UMA</p><p>MULHER TENTA PROVAR QUE DETERMINADO HOMEM É SEU PAI,</p><p>ATRAVÉS DE EXAME DE DNA, EM AUSÊNCIA DE MÃE. APÓS AS</p><p>COLETAS DE AMOSTRAS E DOS TESTES REALIZADOS COM 11</p><p>MARCADORES, O RESULTADO APRESENTADO FOI DE EXCLUSÃO, NÃO</p><p>SE CONFIRMANDO A PATERNIDADE. OBSERVE A TABELA DE</p><p>RESULTADOS E IDENTIFIQUE QUAIS OS LOCI QUE CARACTERIZARAM A</p><p>EXCLUSÃO DE PATERNIDADE:</p><p>LOCI SUPOSTO PAI FILHA</p><p>TPOX 10/12 10/11</p><p>D19S253 15/15 15/16</p><p>D18S51 8/9 10/13</p><p>D5S818 11/13 12/13</p><p>D21S11 30/30 30/32.2</p><p>CSF1PO 17/25 23/24</p><p>D3S1358 15/15 14/15</p><p>D16S539 8/9 10/11</p><p>D13S317 12/12 10/11</p><p>THO1 6/8.3 7/9</p><p>D7S820 10.2/10.2 10.2/12</p><p> ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA TABELA UTILIZE A</p><p>ROLAGEM HORIZONTAL</p><p>A) TPOX; D19S253; D5S818; D21S11; D3S1358</p><p>B) D18S51; CSF1PO; D16S539; D13S317; THO1</p><p>C) TPOX; D19S253; D18S51; D5S818; D21S11</p><p>D) D3S1358; D16S539; D13S317; THO1; D7S820</p><p>GABARITO</p><p>1. Ao analisar 16 marcadores genéticos em um teste de paternidade, a exclusão será</p><p>considerada somente quando:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A regra de exclusão diz que são necessárias, no mínimo, três exclusões para certificar que o</p><p>suposto pai não possui o vínculo biológico com o suposto filho.</p><p>2. Considere um caso de análise de paternidade em que uma mulher tenta provar que</p><p>determinado homem é seu pai, através de exame de DNA, em ausência de mãe. Após as</p><p>coletas de amostras e dos testes realizados com 11 marcadores, o resultado</p><p>apresentado foi de exclusão, não se confirmando a paternidade. Observe a tabela de</p><p>resultados e identifique quais os loci que caracterizaram a exclusão de paternidade:</p><p>LOCI SUPOSTO PAI FILHA</p><p>TPOX 10/12 10/11</p><p>D19S253 15/15 15/16</p><p>D18S51 8/9 10/13</p><p>D5S818 11/13 12/13</p><p>D21S11 30/30 30/32.2</p><p>CSF1PO 17/25 23/24</p><p>D3S1358 15/15 14/15</p><p>D16S539 8/9 10/11</p><p>D13S317 12/12 10/11</p><p>THO1 6/8.3 7/9</p><p>D7S820 10.2/10.2 10.2/12</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Os loci que caracterizam a exclusão são aqueles em que o alelo paterno obrigatório (APO) não</p><p>ocorre na filha.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Fonte: Fer Gregory / Shutterstock</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Muito já foi feito em relação à identificação humana por DNA; logo, o que se esperar então para</p><p>o futuro? Uma das grandes descobertas do final do século XX, a identificação humana por DNA</p><p>revolucionou as investigações forenses. A tecnologia original de Alec Jeffreys, publicada na</p><p>década de 1980, agora vista como obsoleta para uso forense, passou por importantes</p><p>desenvolvimentos em termos da metodologia básica.</p><p>A criação de perfil de DNA agrega forte valor científico à evidência e fortalece, principalmente, a</p><p>credibilidade do sistema jurídico. Os bancos de dados de DNA e outras ferramentas úteis</p><p>também agregam valor e aumentam a eficácia. À medida que a técnica se tornava mais</p><p>sensível, o manuseio, simples e automatizado, e o tratamento estatístico, direto, a identificação</p><p>de perfis de DNA, ou DNA fingerprints, como o método foi logo chamado, entraram nos</p><p>laboratórios de rotina forense em todo o mundo.</p><p>O que se observa atualmente como tendência é a publicação de técnicas e marcadores cada</p><p>vez mais robustos, rápidos e capazes de analisar quantidades diminutas de DNA. Em relação</p><p>ao futuro desta área, o renomado Dr. John Butler, diretor assistente para ciências forenses do</p><p>National Institute of Standards and Technology (NIST), relata, em seu artigo The future of</p><p>forensic DNA analysis, de 2015, que os testes</p><p>para análise forense de DNA tendem a ser cada</p><p>vez mais rápidos, altamente sensíveis e capazes de promover conclusões mais robustas.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BUTLER, J. M. Forensic DNA Typing: biology, technology, and genetics of STR markers. Nova</p><p>York: Elsevier Academic Press, 2005.</p><p>BUTLER, J. M., SHEN, Y., McCORD, B.R. The development of reduced size STR amplicons</p><p>as tools for analysis of degraded DNA. In: J. Forensic Sci. 48(5) 1054-1064, 2005.</p><p>Consultado em meio eletrônico em: 23 jul. 2020.</p><p>CHEN, W. Y., HUNG, T. H., SHIAO, S. F. Molecular identification of forensically important</p><p>blow fly species (Diptera: Calliphoridae). In: Taiwan. J Med Entomol. 41:47–57, 2004.</p><p>Consultado em meio eletrônico em: 23 jul. 2020.</p><p>CLAYTON, T. M., WHITAKER, J. P., SPARKES, R., GILL, P. Analysis and interpretation of</p><p>mixed forensic stains using DNA STR profiling. In: Forensic Sci. Int. 91: 55-70, 1998.</p><p>Consultado em meio eletrônico em: 23 jul. 2020.</p><p>COLLMAN, A. Suspected serial 'NorCal rapist' arrested in California thanks to a DNA</p><p>match on a genealogy website – just like the Golden State Killer. In: Business Insider.</p><p>2019.</p><p>COURT LISTENER. State v. Bogan. 183 Ariz. 506 (Ariz. Ct. App. 1995). In: Court Appeals of</p><p>Arizona. Consultado em meio eletrônico em: 24 jul. 2020.</p><p>GAINES, M. L., WOJTKIEWICZ, P. VALENTINE, J., BROWN, C. L. Reduced Volume PCR</p><p>Amplification Reactions Using the AmpFlSTR® Profiler Plus™ Kit. In: Journal of Forensic</p><p>Sciences, 47 (6), 15554J, 2002. Consultado em meio eletrônico em: 23 jul. 2020.</p><p>GILL, P., SPARKES, R., KIMPTON, C. Development of guidelines to designate alleles using</p><p>STR Multiplex systems. In: Forensic Sci. Int. 89: 185-197, 1997. Consultado em meio</p><p>eletrônico em: 23 jul. 2020.</p><p>JEFFREYS, A.; BOOKFIELD, J. F. Y.; SEMEONOFF, R. Positive identification of an</p><p>immigration test-case using human DNA fingerprints. In: Nature, v. 317, 818-819, 1985.</p><p>Publicado em: 1 out. 1985.</p><p>JOUVENAL, J. To find alleged Golden State Killer, investigators first found his great-</p><p>great-great-grandparents. In: The Washington Post. 2018. Publicado em: 30 abr. 2018.</p><p>LI, H., TANG, H., ZHANG, Q., JIAO, Z., BAI, J., CHANG, S. A multiplex PCR for 4 X</p><p>chromosome STR markers and population data from Beijing Han ethnic group. In: Leg.</p><p>med., Tokyo, v. 11, n. 5, p. 248-250, 2009. Consultado em meio eletrônico em: 23 jul. 2020.</p><p>MELGAÇO, M., FIGUEIREDO, A. L. S, PARADELA, E. R. Perícias em DNA: a coisa certa</p><p>pode ser feita de forma errada? Um Estudo de Caso Hipotético. In: Jus Navigandi.</p><p>SETEMBRO/2007 [Internet]. Consultado em meio eletrônico em: 25 maio 2020.</p><p>ROY, R., REYNOLDS, R. AmpliType® PM and HLA DQα Typing from Pap Smear, Semen</p><p>Smear, and Postcoital Slides. In: Journal of Forensic Sciences, 40 (2), 15355J, 1995.</p><p>Consultado em meio eletrônico em: 23 jul. 2020.</p><p>SMARRA, A. L. S., FIGUEIREDO, A. L., PARADELA, E. R. A Genética Forense no Brasil. In:</p><p>SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL. No 51, agosto, 2006.</p><p>ZAGORSKI, N. Profile of Alec J. Jeffreys. In: Proceedings of the National Academy of</p><p>Sciences 103 (24): 8918–8920, 2006. Consultado em meio eletrônico em: 23 jul. 2020.</p><p>EXPLORE+</p><p>Consulte a página do banco de dados sobre SRT DNA do National Institute of Standards</p><p>and Technology.</p><p>Procure na Internet as seguintes reportagens:</p><p>Exame de DNA confirma paternidade de bebê deixado em calçada na PB.</p><p>Teste de DNA prova que gêmeas em NY são filhas de pais diferentes.</p><p>Amostra de DNA inocenta homem há 30 anos no corredor da morte.</p><p>STJ vai negar pedido de paternidade a mãe que “fugir” de exame de DNA.</p><p>Polícia de SP adota cartão para colher sangue de cadáveres e guardar DNA.·</p><p>Mulher indenizará ex-companheiro por falsa paternidade.·</p><p>Família de australiano diz que busca continua; DNA de corpo encontrado pode levar dez</p><p>dias.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Eduardo Riberio Paradela</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p>

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