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<p>PATOLOGIA GERAL</p><p>Prof. Ms. Rulian Ricardo Faria</p><p>2021-1</p><p>DISTÚRBIOS</p><p>CIRCULATÓRIOS</p><p>Prof. Ms. Rulian Ricardo Faria</p><p>2021-1</p><p>EDEMA</p><p>Prof. Ms. Rulian Ricardo Faria</p><p>2021-1</p><p>CONCEITO: é o acúmulo de líquido anormal no</p><p>espaço intersticial (entre as células de um tecido) ou</p><p>em cavidades do organismo humano.</p><p>EDEMA/CONCEITO</p><p>Ele é constituído por uma solução aquosa de sais e</p><p>proteínas do plasma, cuja composição é variável.</p><p>Tipos:</p><p>INFLAMATÓRIO</p><p>NÃO-INFLAMATÓRIO (HEMODINÂMICO)</p><p>Popularmente conhecido como retenção de líquido ou</p><p>inchaço.</p><p>ANASARCA: edema severo e generalizado,</p><p>mais notado nos tecidos subcutâneos</p><p>ASCITE, HIDROTÓRAX, HIDROPERICÁRDIO:</p><p>coleção de transudato em cavidades serosas.</p><p>*** Notar que edema pode ser exsudato ou</p><p>transudato.</p><p>EDEMA</p><p>EDEMA/CONCEITO</p><p> É o aumento da quantidade de líquido no meio</p><p>extracelular (por entre as células em um</p><p>tecido), sendo externo ao meio intravascular.</p><p> O desequilíbrio entre os fatores hidrodinâmicos</p><p>entre interstício e o meio intravascular é que</p><p>origina o edema.</p><p> Esses fatores compreendem a pressão</p><p>hidrostática sanguínea e pressão hidrostática</p><p>intersticial, a pressão oncótica vascular e</p><p>pressão oncótica intersticial e os vasos linfáticos</p><p>TRANSUDATO</p><p> Fluido extravascular com conteúdo baixo de proteína,</p><p>basicamente albumina, e densidade menor que 1.012</p><p>g/ml. É um ultrafiltrado do plasma e resulta de um</p><p>desequilíbrio hidrostático através do endotélio</p><p>vascular, cuja permeabilidade é normal.</p><p> Portanto, não está associado a uma inflamação.</p><p> Fluido extravascular de origem inflamatória e, portanto,</p><p>resultante de um aumento na permeabilidade do</p><p>endotélio pelos mediadores da inflamação. Tem alta</p><p>concentração de proteínas, inclusive globulinas e</p><p>fibrina, células inflamatórias vivas ou degeneradas, e</p><p>densidade acima de 1.020 g/ml.</p><p>EXSUDATO</p><p>DIFERENÇA ENTRE TRANSUDATO E EXSUDATO</p><p>MECANISMO DE FORMAÇÃO DO EDEMA</p><p>A quantidade de fluido nos espaços vascular e intersticial é</p><p>regulado por dois conjuntos de forças opostas, chamadas</p><p>forças de Starling:</p><p>1) Forças que movem líquidos dos vasos para o</p><p>interstício (espaço entre as células teciduais):</p><p>pressão hidrostática intravascular;</p><p>pressão osmótica do fluido intersticial (ou tecidual).</p><p>2) Forças que movem líquidos do interstício para os</p><p>vasos:</p><p>pressão osmótica do plasma (portanto, concentração</p><p>das proteínas plasmáticas);</p><p>pressão hidrostática tecidual (ou intersticial).</p><p> PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTRAVASCULAR: quando essa</p><p>pressão aumenta, ocorre saída excessiva de líquido do vaso,</p><p>situação comum em estados de hipertensão e drenagem venosa</p><p>defeituosa (por exemplo, em casos de varizes, insuficiência</p><p>cardíaca etc).</p><p> PRESSÃO OSMÓTICA DO FLUÍDO INTERSTICIAL</p><p>(PRESSÃO ONCÓTICA INTERSTICIAL): um aumento da</p><p>quantidade de proteínas no interstício provoca o aumento de</p><p>sua pressão oncótica, o que favorece a retenção de líquido</p><p>nesse local. Além disso, o aumento dessa força contribui para a</p><p>dificuldade de drenagem linfática na região.</p><p>1) Forças que movem líquidos dos vasos</p><p>para o interstício (tecidos):</p><p>MECANISMO DE FORMAÇÃO DO EDEMA</p><p> PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERSTICIAL (PRESSÃO</p><p>HIDROSTÁTICA TECIDUAL): se diminuída essa força, o líquido</p><p>não retorna para o meio intravascular, acumulando-se</p><p>intersticialmente.</p><p>2) Forças que movem líquidos do interstício</p><p>(tecido) para os vasos:</p><p>MECANISMO DE FORMAÇÃO DO EDEMA</p><p> PRESSÃO OSMÓTICA DO PLASMA (PRESSÃO</p><p>ONCÓTICA SANGUÍNEA): a redução da pressão oncótica</p><p>provoca o não deslocamento do líquido do meio intersticial</p><p>para o interior do vaso. Essa variação da pressão oncótica é</p><p>determinada pela diminuição da quantidade de proteínas</p><p>plasmáticas presentes no sangue.</p><p> Os edemas podem aparecer sob duas formas:</p><p>FORMAS DE MANIFESTAÇÕES DO EDEMA</p><p>O exemplo clássico é o edema inflamatório, cuja constituição é rica em</p><p>proteínas. Daí o líquido desse tipo de edema ser denominado de</p><p>"exsudato".</p><p>A) Edema Localizado</p><p>B) Edema Sistêmico ou Generalizado (anasarca)</p><p> É constituído por líquido pobre em proteínas, denominado "transudato",</p><p>estando presente, por exemplo, no edema pulmonar. O significado clínico</p><p>dos edemas sistêmicos reside no fato de que a presença desses líquidos</p><p>pode originar infecções, trazendo complicações maiores para o local</p><p>afetado. Assim, os edemas pulmonares podem originar pneumonias e</p><p>insuficiência respiratória; o edema cerebral, por sua vez, pode ser mortal.</p><p>PRINCIPAIS CAUSAS DE EDEMA</p><p> EDEMAS LOCALIZADOS</p><p> EDEMAS SISTÊMICOS ou GENERALIZADOS</p><p> Trombose Venosa Profunda (TVP) – edema transudativo</p><p> Obstrução venosa por tumor – edema transudativo</p><p> Obstrução linfática – edema transudativo</p><p> Inflamação – edema exsusativo</p><p> Insuficiência Cardíaca – edema transudativo</p><p> Insuficiência Hepática – edema transudativo</p><p> Nefropatias: síndrome nefrótica e glomerulonefrite aguda – edema transudativo</p><p>CAUSAS DE EDEMAS LOCALIZADOS</p><p>TROMBOSE VENOSA PROFUNDA - TVP</p><p>INFLAMAÇÃO</p><p> Inicialmente ocorrem eventos a nível vascular, com dilatação, aumento de</p><p>permeabilidade vascular (histamina, serotonina e bradicinina), reforçado</p><p>pela liberação de substâncias geradas pela ativação da resposta</p><p>inflamatória celular, como produtos do metabolismo do ácido aracdônico –</p><p>prostaglandinas</p><p>O aumento da permeabilidade vascular e a vasodilatação geram um</p><p>influxo de volume para o espaço intersticial gerando o edema.</p><p>É uma doença grave que pode trazer complicações a curto ou longo prazo.</p><p>Alguns sintomas incluem edema, dor, calor, vermelhidão e rigidez da</p><p>musculatura na região em que se formou o trombo.</p><p>CAUSAS DE EDEMAS SISTÊMICOS</p><p>INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA</p><p> Há um aumento da pressão venosa central com liberação de fator natriurético, mas como a resposta preponderante é</p><p>a de aumento da volemia pela queda do débito cardíaco e hipoperfusão renal, há retenção de sódio e água, gerando o</p><p>edema.</p><p>INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA</p><p> A hepatopatia se destaca pelo fato de possuir inúmeras causas explicando esse edema:</p><p>- hipertensão portal - acarreta uma hipertensão capilar (mesentérica) em todo abdome, elevando a pressão</p><p>hidrostática, desencadeando então um extravasamento plasmático no abdome, dando edema e ascite;</p><p>- hipoalbuminemia - a queda da produção de albumina pela insuficiência hepática gera diminuição da pressão</p><p>oncótica intravascular e, consequentemente, o edema e também ascite;</p><p>- compressão venosa - a ascite formada pelos mecanismos acima provoca compressão da veia cava inferior e</p><p>dos vasos linfáticos abdominais. Isso gera um aumento da pressão hidrostática local com hipertensão vascular</p><p>(venosa/linfática) e, consequentemente, o edema;</p><p>- a diminuição do metabolismo de hormônios (aldosterona/vasoconstritores) pela lesão hepática leva a uma</p><p>maior tendência a reter sódio e água e vasodilatação generalizada/sistêmica.</p><p>CAUSAS DE EDEMAS SISTÊMICOS</p><p> O evento primário é a queda da filtração glomerular decorrente do processo inflamatório local, gerando</p><p>ao nível de túbulos uma retenção de sódio e de água. Como há uma abrupta diminuição da excreção do</p><p>excesso de líquidos, ocorre uma hipervolemia (aumento do volume de sangue) e uma hipertensão arterial</p><p>sistêmica, juntamente com o aumento da pressão hidrostática capilar e, consequentemente, o edema.</p><p>GLOMERULONEFRITE AGUDA</p><p>SINDROME NEFRÓTICA</p><p>A lesão primária também se dá ao nível de glomérulos renais, mas, diferentemente do caso anterior, há</p><p>uma perda proteica plasmáticas pelo rim gerando uma hipoproteinemia (principalmente albumina).</p><p>Consequentemente, há uma diminuição da pressão coloido-osmótica intravascular gerando, portanto, um</p><p>extravasamento de líquido para o interstício.</p><p>HEMORRAGIA</p><p>Prof. Ms. Rulian Ricardo Faria</p><p>2021-1</p><p>HEMORRAGIA/CONCEITO</p><p>A hemorragia é definida como uma perda aguda de sangue circulante.</p><p>É a saída de sangue do</p><p>compartimento vascular ou das</p><p>câmaras cardíacas para o</p><p>interstício, para as cavidades</p><p>corporais (interna) ou para o meio</p><p>externo (externa).</p><p>HEMORRAGIA/CONCEITO</p><p> A perda de sangue por rompimento de</p><p>um vaso sanguíneo,</p><p>altera o fluxo normal da circulação;</p><p> Se não controlada pode ocasionar estado de choque (colapso</p><p>do sistema cardiovascular) ou levar a morte em poucos</p><p>minutos;</p><p> Quando ocorre hemorragia, há perda de células do sangue,</p><p>elementos de coagulação, plasma e o volume de sangue total;</p><p> Normalmente o volume de sangue corresponde a 7% do peso</p><p>corporal no adulto.</p><p>- Por exemplo, um homem de 70 Kg tem aproximadamente 5 litros de</p><p>sangue. Na criança o volume é 8 a 9% do peso corporal.</p><p>HEMORRAGIA</p><p> O primeiro grande risco de uma hemorragia, é a</p><p>possibilidade da ocorrência de um choque.</p><p> O risco seguinte, é a possibilidade de uma infecção.</p><p>OBS.: Portanto, a primeira prioridade será a</p><p>prevenção da ocorrência de um choque, e em</p><p>segundo lugar prevenir e combater uma possível</p><p>infecção.</p><p> A maior parte dos casos de hemorragias, resultam de uma</p><p>combinação de estragos arteriais, venosos e capilares.</p><p> A quantidade de sangue depende da extensão e</p><p>localização do ferimento.</p><p> A resposta inicial do sistema cardiocirculatório à perda aguda de</p><p>sangue é um mecanismo compensatório:</p><p>- ocorre vasoconstrição cutânea, muscular e visceral:</p><p>para tentar manter o fluxo sanguíneo para os rins, pulmões,</p><p>coração e cérebro, órgãos mais importantes para a</p><p>manutenção da vida.</p><p> Ocorre também um aumento da frequência cardíaca</p><p>(taquicardia) para tentar manter o débito cardíaco:</p><p>- A taquicardia é muitas vezes o primeiro sinal de choque</p><p>hipovolêmico (colapso do sistema cardiovascular por perda</p><p>de grandes volumes de sangue).</p><p> Como as catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina)</p><p>provocam um aumento da resistência vascular periférica:</p><p>- a pressão diastólica tende a aumentar, ficando mais</p><p>próxima da pressão sistólica.</p><p>HEMORRAGIA</p><p> Ocorre a liberação de outros hormônios nesta fase:</p><p>- faz com que a pessoa fique extremamente pálida;</p><p>- com o coração disparado (taquicardia);</p><p>- com o pulso fino e difícil de palpar (a pressão de pulso é dada pela</p><p>diferença entre a pressão sistólica e diastólica).</p><p> Apesar de todo este mecanismo compensatório, existe um limite além do qual o</p><p>organismo entra em falência;</p><p> Pessoas vítimas de traumas com perdas sanguíneas importantes e que demoram</p><p>para receber socorro médico podem ter isquemia temporária dos tecidos, com a</p><p>liberação de substância típicas do metabolismo anaeróbio (sem utilização de</p><p>oxigênio), como o ácido lático (diminuição o pH sanguíneo).</p><p>HEMORRAGIA</p><p> Permanecendo mais tempo ocorre a falta de energia para manter a</p><p>membrana celular normal e o gradiente elétrico;</p><p> A célula, não suportando mais a isquemia, inicia a rotura de</p><p>lisossomos e a autodigestão celular.</p><p> O sódio e a água entram na célula, formando com edema celular</p><p>(tumefação), gerando lesão reversível, com o aparecimento da</p><p>degeneração hidrópica;</p><p> Também pode ocorrer depósito intracelular de cálcio;</p><p> Não sendo revertido o processo, ocorre lesão irreversível, e finalmente</p><p>a morte (necrose).</p><p>HEMORRAGIA/CLASSIFICAÇÃO</p><p> Quanto ao local</p><p> Hemorragia interna</p><p> Hemorragia externa</p><p> Quanto ao meio</p><p> Hemorragia arterial</p><p> Hemorragia venosa</p><p> Hemorragia capilar</p><p> Quanto a perda de Volume</p><p> Hemorragia Classe I</p><p> Hemorragia Classe II</p><p> Hemorragia Classe III</p><p> Hemorragia Classe IV</p><p> Quanto ao tipo</p><p> Petéquias</p><p> Púrpuras</p><p> Equimose</p><p> Quanto ao tipo</p><p> Hematoma</p><p> Hemorragia para o interior de cavidades</p><p> Hemopericárdio</p><p> Hemotórax</p><p> Hemoperitônio</p><p> Hemartrose</p><p> Exteriorização de Hemorragia por orifícios</p><p> Epistaxe</p><p> Hemoptise</p><p> Hematêmese</p><p> Melena / enterorragia</p><p> Hematúria</p><p> Otorragia</p><p> Menorragia / metrorragia</p><p>HEMORRAGIA CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO LOCAL</p><p>HEMORRAGIA INTERNA</p><p>HEMORRAGIA EXTERNA</p><p> Na hemorragia interna o sangue perdido não é visível e pode ser devido a lesões traumáticas de vísceras internas ou grandes</p><p>vasos.</p><p> São mais difíceis de reconhecer porque o sangue se acumula nas cavidades do corpo, tais como: cavidades craniana,</p><p>torácica, abdominal e etc.</p><p> Sinais e sintomas clínicos, que podem levar a suspeita de hemorragia interna:</p><p>- acidente por desaceleração (acidente automobilístico)</p><p>- ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax ou abdome</p><p>- acidente em que o corpo suportou grande pressão (soterramento, queda).</p><p> São aquelas que ocorrem derramamento de sangue para fora do corpo; é o caso dos cortes ou esmagamentos</p><p> As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar.</p><p> Sinais e sintomas clínicos, que mostram a existência de hemorragia externa:</p><p>- Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido, existe suspeita de uma hemorragia no cérebro;</p><p>- Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos, provavelmente a hemorragia será no pulmão;</p><p>- Se vomitar sangue será no estômago.</p><p>HEMORRAGIA CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MEIO</p><p>HEMORRAGIA ARTERIAL</p><p>HEMORRAGIA VENOSA</p><p>HEMORRAGIA CAPILAR</p><p>Ocorre quando há perda de sangue de uma artéria. O sangue</p><p>tem coloração viva, vermelho claro, derramado em jato, conforme</p><p>o batimento cardíaco, geralmente rápido e de difícil controle.</p><p>Ocorre quando há perda de sangue de uma veia. Sangramento</p><p>de coloração vermelho escuro, fluxo contínuo, sob baixa pressão.</p><p>Pode ser considerada grave se a veia comprometida for de</p><p>grosso calibre.</p><p>Ocorre quando há sangramento por um leito capilar. Flui de</p><p>diminutos vasos da ferida. Possui coloração avermelhada, menos</p><p>viva que a arterial, e facilmente controlada.</p><p>HEMORRAGIA CLASSIFICAÇÃO QUANTO A PERDA DE</p><p>VOLUME</p><p>HEMORRAGIA CLASSE I</p><p>HEMORRAGIA CLASSE II</p><p> Volume (em porcentagem) = até 15%.</p><p> Volume (pessoa com 70 kg, em ml)= até 750 mililitros.</p><p> Sinais e sintomas: mínimos. Ocorre apenas um leve aumento da frequência cardíaca.</p><p>Exemplos: uma mulher pode apresentar uma hemorragia uterina, pouco frequente e muito perigosa, que é</p><p>semelhante a uma menstruação comum.</p><p> Volume (em porcentagem) = 15 a 30%.</p><p> Volume (pessoa com 70 kg, em ml) = de 750 a 1.500 ml.</p><p> Sinais e sintomas: Taquicardia (frequência cardíaca acima de 100), taquipneia (respiração rápida) e</p><p>diminuição da pressão do pulso (pulso fino) e leve diminuição da diurese.</p><p> Reposição: Em geral a reposição com cristaloides (soluções salinas, como a solução fisiológica, por</p><p>exemplo) resolve, mas alguns poucos casos podem necessitar de sangue.</p><p>HEMORRAGIA CLASSIFICAÇÃO QUANTO A PERDA DE</p><p>VOLUME</p><p>HEMORRAGIA CLASSE III</p><p>HEMORRAGIA CLASSE IV</p><p> Volume (em porcentagem) = 30 a 40%.</p><p> Volume (pessoa com 70 kg, em ml) = de 1500 a 2000 ml.</p><p> Sinais e sintomas: Além dos sintomas da hemorragia classe II, apresenta sinais clássicos de hipoperfusão.</p><p>Existe diminuição do nível de consciência, palidez e sudorese fria.</p><p> Reposição: É tentada primeiro a reanimação com cristaloides, mas muitos destes pacientes não responderão</p><p>satisfatoriamente e provavelmente necessitarão de transfusões.</p><p> Volume (em porcentagem) = mais de 40%.</p><p> Volume (pessoa com 70 kg, em ml) = mais de 2000 ml.</p><p> Sinais e sintomas: Este é o grau de exsanguinação, isto é, o paciente fica sem sangue. Apresenta taquicardia</p><p>extrema, marcada queda da pressão sistólica e dificuldade para perceber a pulsação. O débito urinário é</p><p>próximo de zero. Há perda total da consciência.</p><p> Reposição: estes pacientes sempre requerem, além dos cristaloides, transfusões sanguíneas e cirurgia urgente</p><p>para sobreviver.</p><p>HEMORRAGIA CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO LOCAL</p><p>PETÉQUIAS</p><p> Hemorragia cutânea plana ou pouco elevada,</p><p>podendo atingir até 1cm diâmetro.</p><p>PÚRPURA</p><p>EQUIMOSE</p><p>HEMATOMA</p><p> Áreas hemorrágicas diminutas (< 0,5 cm).</p><p> Mancha azulada ou arroxeada maior que a</p><p>púrpura, frequentes em traumatismos.</p><p> Acúmulo de sangue formando uma tumoração,</p><p>frequente após traumatismos.</p><p>PETÉQUIAS</p><p>PÚRPURA</p><p>EQUIMOSE</p><p>HEMATOMA</p><p>HEMORRAGIAS PARA O INTERIOR DE CAVIDADES</p><p>HEMOPERICÁRDIO</p><p>HEMOTÓRAX</p><p>HEMOPERITÔNIO</p><p>HEMARTROSE</p><p> É uma acúmulo de sangue entre as duas camadas do pericárdio.</p><p> É o derrame e presença de sangue na cavidade pleural. É</p><p>comumente o resultado de feridas penetrantes. Também</p><p>pode resultar</p><p>de qualquer trauma brusco que rompa a vasculatura.</p><p> É a presença de sangue na cavidade peritoneal, que fica</p><p>no abdome e na qual estão a maioria dos órgãos</p><p>abdominais.</p><p> É a presença de hemorragia no espaço intra-articular.</p><p>Pode ocorrer em diversas articulações, porém as mais</p><p>acometidas são tornozelos, joelhos e cotovelos.</p><p>HEMOPERICÁRDIO</p><p>HEMOTÓRAX</p><p>HEMOPERITÔNIO</p><p>HEMARTROSE</p><p>EXTERIORIZAÇÃO DE HEMORRAGIAS POR ORIFÍCIOS</p><p>EPISTAXE</p><p>HEMOPTISE</p><p>HEMATÊMESE</p><p>MELENA / ENTERORRAGIA</p><p> É o sangramento provocado por</p><p>rompimento de vasos do nariz.</p><p> É o extravasamento de sangue proveniente do estômago,</p><p>utilizando-se o esôfago e em forma de vômitos. Pode vir</p><p>acompanhado de alimentos e o sangue apresenta cor escura.</p><p> É a saída de sangue pelas vias respiratórias, o sangue pode</p><p>vir em golfadas, apresentando-se em cor vermelho vivo.</p><p> É uma alteração na coloração e cheiro das fezes que</p><p>geralmente está associada à presença de um sangramento</p><p>no trato digestivo alto (esôfago ou no estômago).</p><p>EPISTAXE</p><p>HEMOPTISE</p><p>HEMATÊMESE</p><p>MELENA</p><p>EXTERIORIZAÇÃO DE HEMORRAGIAS POR ORIFÍCIOS</p><p>HEMATÚRIA</p><p>OTORRAGIA</p><p>MENORRAGIA / METRORRAGIA</p><p> é a eliminação anormal de células do sangue (hemácias) na urina, seja</p><p>pelos rins ou por outras partes do trato urinário.</p><p> sangramento no ouvido estão trauma de crânio e infecções de ouvido,</p><p>como a miningite bolhosa, uma infecção bacteriana com formação de</p><p>bolha na membrana timpânica cujo conteúdo é sanguinolento e, ao se</p><p>romper, promove extravasamento de sangue. Manipulação do canal</p><p>auditivo com hastes flexíveis de algodão, grampos, estiletes, canetas,</p><p>lápis também estão entre as causas mais frequentes.</p><p> é definida como uma anormalidade caracterizada por sangramento</p><p>uterino intenso durante o período menstrual.</p><p>HEMATÚRIA</p><p>OTORRAGIA</p><p>MENORRAGIA</p><p>CHOQUE</p><p>Prof. Ms. Rulian Ricardo Faria</p><p>2021-1</p><p>CHOQUE: DEFINIÇÃO</p><p>Choque é uma condição hemodinâmica de profunda perturbação metabólica</p><p>caracterizada por fracasso do sistema circulatório para manter perfusão (distribuição</p><p>sanguínea) adequada de órgãos vitais (rins, pulmões, coração e cérebro).</p><p> É o colapso do sistema cardiocirculatório</p><p>caracterizado por uma hipotensão bastante</p><p>significativa;</p><p> É a incapacidade generalizada do sistema</p><p>circulatório de perfundir as células e tecidos com</p><p>teores adequados de oxigênio e nutrientes.</p><p>ESTADO DE CHOQUE</p><p>Definição: É um estado em que há</p><p>redução séria e difusa da perfusão</p><p>sanguínea tecidual. A hipóxia celular</p><p>resultante leva a respiração anaeróbica</p><p>a nível dos tecidos, produção de lactato,</p><p>acidose metabólica, dano generalizado</p><p>em órgãos nobres e morte.</p><p>No estado de choque ocorre uma desproporção entre o volume</p><p>sanguíneo circulante e o volume do sistema circulatório a ser</p><p>preenchido, devida a:</p><p>a) redução no débito cardíaco;</p><p>b) perda de sangue;</p><p>c) perda no controle vasomotor.</p><p>Temos assim a classificação fisiopatológica do choque segundo</p><p>a causa:</p><p>ESTADO DE CHOQUE</p><p>DÉBITO CARDÍACO = volume sangue</p><p>bombeado pelo coração por min.</p><p>CONTROLE VASOMOTOR = capacidade</p><p>dos vasos sanguíneos realizarem</p><p>vasoconstrição e vasodilatação.</p><p> Vasoconstrição periférica - estímulo</p><p>de SNA e adrenal-catecolaminas</p><p>(adrenalina, noradrenalina e dopamina);</p><p> Redistribuição do sangue: da</p><p>circulação de periférica para o coração e</p><p>cérebro;</p><p>CHOQUE - FISIOPATOLOGIA</p><p> Diminuição do pH: principalmente nos leitos capilares, devido a alta produção de lactato;</p><p> Hemodiluição: fluidos intersticiais passam para os espaços vasculares para substituir a</p><p>perda de sangue.</p><p>Fase reversível do choque (CHOQUE REVERSÍVEL NÃO PROGRESSIVO e CHOQUE</p><p>REVERSÍVEL PROGRESSIVO NÃO REFRATÁRIO):</p><p> diminuição continua do volume de</p><p>sangue (hipovolemia) e pressão</p><p>(hipotensão);</p><p> vasoconstrição periférica máxima</p><p>(pele e músculos);</p><p> perfusão capilar diminuída: hipóxia</p><p>endotelial;</p><p> coagulação.</p><p>CHOQUE - FISIOPATOLOGIA</p><p>Fase crítica de choque (CHOQUE REVERSÍVEL PROGRESSIVO REFRATÁRIO):</p><p> vasodilatação arteriolar: represamento</p><p>e estagnação (sangue parada que não</p><p>circula);</p><p> Aumento da pressão hidrostática</p><p>capilar:</p><p>- conduz a edema intersticial;</p><p> função diminuída de órgãos vitais</p><p>(cérebro e coração);</p><p> acidose metabólica (queda de pH);</p><p> MORTE.</p><p>CHOQUE - FISIOPATOLOGIA</p><p>Fase irreversível do choque (CHOQUE IRREVERSÍVEL E ÓBITO):</p><p>CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE</p><p> CHOQUE HIPOVOLÊMICO: perda de sangue, plasma ou líquidos</p><p>extracelulares;</p><p> CHOQUE CARDIOGÊNICO: insuficiência miocárdica;</p><p> CHOQUE DISTRIBUTIVO: diminuição do tônus vascular. Dividido em:</p><p>– CHOQUE ANAFILÁTICO;</p><p>– CHOQUE SÉPTICO;</p><p>– CHOQUE NEUROGÊNICO (raro).</p><p> Hemorragia, externa ou interna:</p><p>traumas, hemorragia digestiva, etc.</p><p> Perda de fluidos desidratação intensa</p><p>a) vômitos e diarreia</p><p>b) queimaduras extensas</p><p>c) sequestração em cavidades:</p><p>peritonite, pancreatite, infarto</p><p>intestinal, etc</p><p>CHOQUE HIPOVOLÊMICO</p><p>(FALHA DO CONTEÚDO VOLUMÉTRICO CORPORAL)</p><p>CHOQUE HIPOVOLÊMICO/SINAIS CLÍNICOS</p><p>QUEDA DA VOLEMIA DISCRETA (< 20%):</p><p> perfusão diminuída de órgãos que toleram bem isquemia (pele, ossos, músculos, tecido</p><p>adiposo).</p><p> Sintomas: sensação de frio, hipotensão postural, taquicardia, palidez e sudorese fria.</p><p>QUEDA DA VOLEMIA MODERADA (20-40%):</p><p> Perfusão diminuída de órgãos que toleram mal isquemia (pâncreas, rins, baço).</p><p> Sintomas: sensação de sede, Hipotensão, Taquicardia e Oligúria</p><p>QUEDA DA VOLEMIA GRAVE (> 40%):</p><p> Perfusão diminuída do coração e cérebro.</p><p> Sintomas: agitação, confusão mental, hipotensão, taquicardia compensatória (> 120 bpm),</p><p>pulso fino e irregular, parada cardíaca, etc.</p><p> Infarto do miocárdio</p><p> Tamponamento pericárdico</p><p> Embolia pulmonar maciça</p><p>CHOQUE CARDIOGÊNICO</p><p>(FALHA DA BAMBA)</p><p>É produzido quando o coração é</p><p>incapaz de bombear adequadamente o</p><p>sangue.</p><p>(CHOQUE POR REPRESAMENTO PERIFÉRICO)</p><p>A) Choque neurogênico: lesão de</p><p>medula espinal anestesia profunda</p><p>bloqueadores anglionares.</p><p>B) Choque endotóxico (séptico):</p><p>septicemias causadas por bactérias</p><p>Gram negativos.</p><p>C) Choque anafilático.</p><p>CHOQUES DISTRIBUTIVOS</p><p>CAUSAS</p><p> Perda de controle autonômico</p><p>- Lesão cerebral comprometendo o tronco cerebral</p><p>- Anestesia geral ou espinhal</p><p>CHOQUE NEUROGÊNICO</p><p> Perda do tônus vasomotor por lesão do SNC</p><p>- Diminuição acentuada da resistência periférica</p><p>- Diminuição acentuada do retorno venoso</p><p>DIMINUIÇÃO do DC e da PA</p><p> Resulta da reação antígeno-anticorpo mediada por IgE na superfície dos mastócitos e basófilos</p><p>→ liberação de aminas vasoativas (histamina);</p><p> Expressão clínica máxima da anafilaxia, resultando em colapso cardiovascular causado pela</p><p>ação de mediadores liberados durante a reação anafilática e que pode ocorrer minutos após a</p><p>exposição a um agente causal.</p><p>CHOQUE ANAFILÁTICO</p><p>HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I</p><p> Efeitos da histamina:</p><p>- Vasodilatação arterial: diminuição da resistência periférica;</p><p>- Alteração venosa: diminuição do retorno venoso;</p><p>- Aumento da permeabilidade capilar.</p><p>SINAIS-SINTOMAS</p><p> Pele: rubor, urticária e angioedema</p><p> Aparelho digestório: náuseas, vômitos em jato, cólicas abdominais, diarreia,</p><p>enterorragia;</p><p> Aparelho respiratório: prurido e congestão nasal, espirros, edema de glote,</p><p>tosse seca, dispneia, sibilância (chiado no peito), hipóxia e insuficiência</p><p>respiratória</p><p> Sistema cardiovascular: taquicardia, hipotensão, choque, arritmia e</p><p>insuficiência coronariana</p><p>CHOQUE ANAFILÁTICO</p><p> É provocado principalmente por bactérias gram-negativas produtoras de endotoxina (lipopolissacarídeos ou LPS),</p><p>e menos frequente por bactérias gram-positivas e fungos.</p><p>CHOQUE SÉPTICO/ENDOTOXEMIA</p><p>O choque séptico é caracterizado pela Síndrome da Resposta</p><p>Inflamatória Sistêmica (SRIS).</p><p> Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS)</p><p>- Manifestação exagerada e generalizada de uma reação imunológica ou inflamatória local e é, com</p><p>frequência, fatal.</p><p>- Desencadeia a falência de múltiplos órgãos.</p><p>- Altamente mediada por citocinas: TNF e ILs.</p><p>- A SIRS é o resultado da liberação volumosa de citocinas, levando</p><p>a disfunção múltipla de órgãos. Está</p><p>sendo vista mais frequentemente por causa do tratamento bem sucedido do choque.</p><p>- Mortalidade é alta (>50%).</p><p>- Uso de anticorpos monoclonais dirigido contra várias citocinas têm sido ineficaz.</p><p> Desordem adquirida séria e frequentemente fatal onde as plaquetas e fatores da coagulação são</p><p>consumidos levando a uma coagulação intravascular volumosa, frequentemente dentro dos leitos capilares.</p><p> Reciprocamente, isto conduz a Hemorragia incontrolável em outras áreas do corpo.</p><p>CHOQUE SÉPTICO/ENDOTOXEMIA</p><p>COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA - CID</p><p> SINAIS CLÍNICOS</p><p>- infecção ativa , febre</p><p>- Taquicardia</p><p>- PA normal</p><p>- Taquipnéia</p><p>- vasodilatação cutânea</p><p>- veias do pescoço normais</p>

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