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<p>VINÍCIUS TEIXEIRA SILVA</p><p>Dispositivos utilizados na descompressão de lesões císticas odontogênicas na</p><p>cavidade bucal: revisão sistemática</p><p>São Paulo</p><p>2022</p><p>VINÍCIUS TEIXEIRA SILVA</p><p>Dispositivos utilizados na descompressão de lesões císticas odontogênicas na</p><p>cavidade: revisão sistemática</p><p>Versão Corrigida</p><p>Dissertação apresentada à Faculdade de</p><p>Odontologia da Universidade de São</p><p>Paulo, pelo Programa de Pós-Graduação</p><p>em Diagnóstico Bucal, Radiologia e</p><p>Imaginologia, para a obtenção do título de</p><p>mestre.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Celso Augusto Lemos</p><p>Júnior</p><p>São Paulo</p><p>2022</p><p>Catalogação da Publicação</p><p>Serviço de Documentação Odontológica</p><p>Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo</p><p>Silva, Vinícius Teixeira .</p><p>Dispositivos utilizados na descompressão de lesões císticas odontogênicas na cavidade oral:</p><p>uma revisão sistemática / Vinícius Teixeira Silva; orientador Celso Augusto Lemos Júnior. -- São</p><p>Paulo, 2022.</p><p>44 p. : fig. ; 30 cm.</p><p>Dissertação (Mestrado) -- Programa de Pós-Graduação em Diagnóstico Bucal, Radiologia</p><p>Odontológica e Imaginologia. -- Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.</p><p>Versão corrigida.</p><p>1. Descompressão. 2. Cistos odontogênicos. 3. Dispositivos para descompressão de cistos. I.</p><p>Lemos Júnior, Celso Augusto. II. Título.</p><p>Fábio Jastwebski – Bibliotecário - CRB8/5280</p><p>Silva VT. Dispositivos utilizados na descompressão de lesões císticas odontogênicas</p><p>na cavidade bucal: revisão sistemática [dissertação]. São Paulo: Universidade de São</p><p>Paulo, Faculdade de Odontologia; 2022.</p><p>Aprovado em: 06 / 07 /2022</p><p>Banca Examinadora</p><p>Prof(a). Dr(a). Fábio de Abreu Alves</p><p>Instituição: Estomatologia -FOUSP. Julgamento: Aprovado</p><p>Prof(a). Dr(a). Élio Hitoshi Shinohara</p><p>Instituição: Hospital Regional de Osasco. Julgamento: Aprovado</p><p>Prof(a). Dr(a). Daniel Falbo Martins de Souza</p><p>Instituição: Américas -UHG. Julgamento: Aprovado</p><p>Dedico este trabalho à minha querida mãe Ana Maria Teixeira (in memoriam) a qual</p><p>foi a principal responsável pela minha formação como homem e profissional.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Agradeço à Deus por ter me concedido força e saúde em meio a um período</p><p>difícil da história. Agradeço à todos os meus familiares.</p><p>Agradeço a todos os professores da disciplina de Estomatologia da FOUSP:</p><p>Prof. Dr. Fábio de Abreu Alves, Prof. Dr. Norberto Nobuo Sugaya, Prof. Dra. Camila</p><p>de Barros Gallo, Prof. Dra. Andréa Lusvarghi Witzel e Prof. Dr. Dante Antônio Migliari.</p><p>Agradeço de maneira mais do que especial ao Prof. Dr. Celso Augusto Lemos Júnior</p><p>por me orientar neste trabalho e me transmitir sempre o caminho real da ciência.</p><p>Agradeço ao técnico da disciplina Laerte Zanon e à secretária Iracema Mascarenhas</p><p>Pires “Nina”.</p><p>Agradeço em especial aos seguintes professores por terem aceitado o convite</p><p>para fazerem parte desta banca, contribuindo em muito com este trabalho e minha</p><p>formação: Prof.Dr. Fábio de Abreu Alves, Prof. Dr. Élio Hitoshi Shinohara e Prof. Dr.</p><p>Daniel Falbo Martins de Souza.</p><p>Agradeço aos meus colegas e amigos do programa de pós-graduação em</p><p>Diagnóstico Bucal: Wladimir Gushiken de Campos, Caroline Leone, Camilla Esteves,</p><p>Bruno Marotta,Jun Ho Kim.</p><p>Agradeço à todos estagiários e alunos do departamento de Diagnóstico Bucal</p><p>que estiveram presentes comigo durante este período.</p><p>Agradeço aos meus colegas de equipe de Cirurgia Bucomaxilofacial pelo</p><p>incentivo na realização deste trabalho: Daniel Falbo Martins de Souza, Eduardo</p><p>Vasques da Fonseca, Bruna Caroline de Brito Ferreira, Mariana Pasculli Assef,</p><p>Tábatha Fernandes de Mello, Náthali Ramos La Blanca e Mariana Aparecida Brozoski.</p><p>RESUMO</p><p>Silva VT. Dispositivos utilizados na descompressão de lesões císticas odontogênicas</p><p>na cavidade oral: uma revisão sistemática [dissertação corrigida]. São Paulo:</p><p>Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia; 2022. Versão Corrigida.</p><p>Os cistos odontogênicos são processos patológicos de origem do epitélio</p><p>odontogênico que ocorrem nos ossos gnáticos. A maioria dos cistos que acometem</p><p>os ossos gnáticos são originários do epitélio odontogênico. O tratamento pode ser</p><p>feito através da enucleação cirúrgica, ressecção óssea, ou com o auxílio de técnicas</p><p>cirúrgicas de marsupialização ou descompressão para obter a redução do tamanho</p><p>do cisto como também de preservar estruturas nobres na região. O estudo seguiu as</p><p>diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis</p><p>(PRISMA) foi registrado na plataforma PROSPERO sob o número de protocolo:</p><p>CRD:42021239597. Uma estratégia Population, Intervention, Comparison, Outcome,</p><p>Study Design (PICOS) foi utilizada. Foram selecionados 08 artigos específicos sobre</p><p>a utilização de dispositivos de descompressão para cistos odontogênicos. De um total</p><p>de 181 lesões identificadas e comprovadas por exame anátomo-patológico, foram</p><p>encontrados 123 queratocistos, 40 cistos dentígeros, 09 cistos radiculares, 01 cisto de</p><p>origem epitelial, porém sem especificação e 08 ameloblastomas unicísticos. As</p><p>principais vantagens da descompressão foram minimizar as possiblidades de danos</p><p>a estruturas nobres anatômicas e objetivando uma cirurgia definitiva com menor</p><p>morbidade. As principais desvantagens foram: maior tempo de tratamento e</p><p>dependência da colaboração do paciente. Embora não haja uma resposta sobre qual</p><p>o melhor dispositivo utilizado para descompressão, este procedimento é benéfico ao</p><p>tratamento, principalmente em casos de lesões extensas. O objetivo deste trabalho foi</p><p>fazer uma revisão sistemática sobre os principais tipos de dispositivos utilizados para</p><p>descompressão de cistos odontogênicos e integrando os dados publicados</p><p>disponíveis sobre as indicações, tipos, vantagens e desvantagens dos dispositivos</p><p>utilizados na descompressão de lesões císticas odontogênicas na cavidade oral.</p><p>Palavras-chave: Cisto Odontogênico; Descompressão; Dispositivos de Fixação</p><p>Cirúrgica.</p><p>ABSTRACT</p><p>Silva VT. Odontogenic Devices used for decompression of odontogenic cysts in oral</p><p>cavity: a systematic review [corrected dissertation]. São Paulo: Universidade de São</p><p>Paulo, Faculdade de Odontologia; 2022. Versão Corrigida.</p><p>odontogenic cysts are processes that occur in the gnathic bones. Most cysts that</p><p>affect the gnathic bones originate from the odontogenic epithelium. The treatment</p><p>can be done through surgical enucleation, bone resection, or with the aid of surgical</p><p>techniques of marsupialization or decompression to obtain the reduction of the size of</p><p>the cyst as well as to preserve noble structures in the region. The study followed the</p><p>Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA)</p><p>guidelines and was registered on the PROSPERO platform under protocol number:</p><p>CRD:42021239597. A Population, Intervention, Comparison, Outcome, Study Design</p><p>(PICOS) strategy was used. Eight specific articles on the use of decompression</p><p>devices for odontogenic cysts were selected. From a total of 181 lesions identified</p><p>and confirmed by anatomopathological examination, 123 keratocysts, 40 dentigerous</p><p>cysts, 09 radicular cysts, 01 cyst of epithelial origin, but without specification and 08</p><p>unicystic ameloblastomas were found. The main advantages of decompression were</p><p>minimizing the possibility of damage to important anatomical structures and aiming at</p><p>a definitive surgery with less morbidity. The main disadvantages were longer</p><p>treatment time and dependence on patient cooperation. Although there is no answer</p><p>about the best device used for decompression, this procedure is beneficial to the</p><p>treatment, especially in cases of extensive injuries. The objective</p><p>of this work was to</p><p>make a systematic review on the main types of devices used for decompression of</p><p>odontogenic cysts and integrating the published data available on the indications,</p><p>types, advantages and disadvantages of the devices used in the decompression of</p><p>odontogenic cystic lesions in the oral cavity.</p><p>Keywords: Odontogenic Cyst; Decompression; Devices, Surgical Fixation.</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 15</p><p>2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 17</p><p>3 PROPOSIÇÃO.................................................................................................... 23</p><p>4 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 25</p><p>5 RESULTADOS ................................................................................................... 29</p><p>6 DISCUSSÃO ....................................................................................................... 35</p><p>7 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 39</p><p>REFERÊNCIAS .................................................................................................. 41</p><p>15</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>Os cistos são cavidades patológicas que contém material fluido ou semissólido</p><p>circundado por uma camada de epitélio. A maioria dos cistos que acometem os ossos</p><p>gnáticos são originários do epitélio odontogênico.(1) As lesões císticas são as</p><p>doenças intraósseas mais prevalentes nos maxilares, as manifestações mais comuns</p><p>desse tipo de lesão são: aumento de volume, muitas vezes indolor, tais lesões podem</p><p>acometer estruturas nobres importantes anatômicas tais como: nervo alveolar inferior,</p><p>seio maxilar e podendo também causar deslocamentos dentários e reabsorções de</p><p>raízes dentárias.(2)</p><p>O tratamento dos cistos odontogênicos é cirúrgico. A cirurgia de enucleação</p><p>também conhecida como cistectomia é o tratamento de escolha, porém dependendo</p><p>do tamanho da lesão procedimentos coadjuvantes como a descompressão ou a</p><p>marsupialização podem ser indicados com o objetivo de diminuir o tamanho do cisto</p><p>e proporcionando uma cirurgia definitiva com menor morbidade e preservando</p><p>estruturas anatômicas nobres tais como nervo alveolar inferior, seio maxilar e dentes.</p><p>O tratamento mais agressivo como a ressecção também é citado.(3)</p><p>A descompressão cirúrgica trata-se de um procedimento no qual objetiva</p><p>reduzir o tamanho da lesão cística, proporcionando uma cirurgia com menor</p><p>morbidade para o paciente e preservando estruturas nobres anatômicas. O</p><p>procedimento consiste na criação de uma fenestração na membrana cística e através</p><p>da colocação de algum tipo de dispositivo para manter essa fenestração aberta e</p><p>patente logrando a redução da pressão osmótica intraluminal da lesão e</p><p>consequentemente a redução do tamanho do cisto, tratando-se de uma manobra de</p><p>suma importância para o tratamento de cistos odontogênicos principalmente nos</p><p>casos de lesões extensas nos maxilares.</p><p>O objetivo de marsupialização e descompressão são os mesmos, redução da</p><p>pressão osmótica intraluminal para consequente redução do tamanho do cisto, no</p><p>caso da marsupialização não há a colocação de um dispositivo para manter aberta a</p><p>cavidade cística como ocorre na descompressão. Tanto a marsupialização quanto a</p><p>descompressão também são citadas como tratamento definitivo destes tipos de</p><p>lesões.(1)</p><p>16</p><p>Devido a grande quantidade de tipos de dispositivos para a descompressão</p><p>cirúrgica de cistos odontogênicos relatados na literatura, o objetivo deste trabalho foi</p><p>fazer uma revisão sistemática sobre os principais tipos de dispositivos utilizados para</p><p>descompressão de cistos odontogênicos e integrando os dados publicados</p><p>disponíveis sobre as indicações, tipos, vantagens e desvantagens dos dispositivos</p><p>utilizados na descompressão de lesões císticas odontogênicas na cavidade oral.</p><p>17</p><p>2 REVISÃO DA LITERATURA</p><p>2.1 CISTOS ODONTOGÊNICOS</p><p>Um dos primeiros relatos de lesões císticas que acometem os maxilares foi</p><p>descrito por Ien Scultet em 1671, onde ele se referia a estes tipos de lesões como</p><p>“tumores líquidos”. Em 1774 John Hunter descreveu um caso o qual parecia se tratar</p><p>de um paciente portador de um cisto odontogênico. O cisto periapical foi descrito por</p><p>Brown em 1839 e o cisto dentígero foi descrito em 1842. Em 1853 o patologista</p><p>britânico James Paget utilizou o termo cisto dentígero para referir a qualquer cisto de</p><p>origem dentária.(4) O queratocisto foi reportado literatura em 1956 por Philipsen.(5)</p><p>2.1.1 Fisiopatologia</p><p>Cisto é uma cavidade patológica benigna que contêm material fluido ou</p><p>semissólido em seu interior, circundado por uma camada de epitélio. Alguns cistos</p><p>são formados por epitélio que ficou retido nas linhas de fusões embriológicas o qual</p><p>ficou aprisionado. A maioria dos cistos nos maxilares são formados por epitélio de</p><p>origem odontogênico e por tanto são denominados como cistos odontogênicos.</p><p>Os cistos odontogênicos são formados por células do folículo dentário ou</p><p>células remanescentes do epitélio odontogênico tais como células do epitélio do órgão</p><p>reduzido do esmalte, restos de Malassez, bainha epitelial de Hertwig ou restos de</p><p>Serres. Os cistos odontogênicos crescem por aumento da pressão osmótica em seu</p><p>interior, levando a uma atividade de células osteoclásticas ao redor da lesão</p><p>culminando com osteólise concomitante com o aumento do tamanho do cisto,</p><p>podendo atingir grandes dimensões em tamanho.(1)</p><p>2.1.2 Classificação</p><p>Os cistos podem ser classificados como inflamatórios ou de desenvolvimentos,</p><p>segundo a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2017, O</p><p>queratocisto e o cisto epitelial calcificante deixaram de ser considerados neoplasias</p><p>como na classificação de 2005 e voltaram a ser considerados como lesões císticas.</p><p>18</p><p>Já os cistos primordiais foram removidos e não são mais utilizados como</p><p>sinônimos dos queratocistos, o cisto odontogênico ortoqueratinizado continua sendo</p><p>uma entidade a parte dos queratocistos.(6)</p><p>2.1.3 Sinais e sintomas</p><p>O crescimento dos cistos é lento, e algumas vezes pode ser de maneira</p><p>assintomática, e muitas vezes a lesão é diagnosticada como um achado radiográfico.</p><p>Quando presentes os principais sinais e sintomas são: assimetria facial,</p><p>deslocamentos dentários, dor (quando associado a algum processo infeccioso ou</p><p>inflamatório) e como complicação em casos de lesões extensas as quais podem</p><p>ocasionar fratura de mandíbula.(7)</p><p>2.1.4 Diagnóstico</p><p>Um bom exame físico complementado por exames de imagens tais como</p><p>radiografias panorâmicas ou até mesmo tomografia computadorizada, são de suma</p><p>importância além de colher a história do paciente na anamnese para se pensar em</p><p>hipóteses diagnósticas que incluam a possibilidade de cisto odontogênico, o</p><p>diagnóstico será fechado através da realização de biópsia e confirmação feita pelo</p><p>exame histopatológico.(8)</p><p>2.1.5 Epidemiologia</p><p>Os cistos periapicais são os cistos mais frequentes nos maxilares, sua</p><p>incidência varia de 7% até 54%.(9) O queratocisto pode corresponder em média a</p><p>11% do total de lesões císticas e mais frequentemente é encontrado em ramo e ângulo</p><p>de mandíbula.(10)</p><p>2.2 TRATAMENTO DOS CISTOS ODONTOGÊNICOS</p><p>19</p><p>2.2.1 Enucleação</p><p>Também conhecido como cistectomia, procedimento descrito por Partsch em</p><p>1910 consiste na remoção cirúrgica do cisto por inteiro, tratando-se do procedimento</p><p>mais rápido, porém em casos de lesões extensas onde o cisto está em íntimo contato</p><p>com estruturas nobres tais como seio maxilar, nervo alveolar inferior, nervo</p><p>infraorbitário e cavidade nasal. Em casos de lesões com maiores taxas de recidivas</p><p>como por</p><p>exemplo o queratocisto, pode-se lançar a mão de tratamento coadjuvante</p><p>da cavidade óssea tais como: crioterapia, solução de Carnoy ou ostectomia</p><p>periférica.(11)</p><p>2.2.2 Marsupialização</p><p>Procedimento descrito por Partsch em 1882, também conhecido como</p><p>cistostomia, que consiste na criação de um stoma, ou seja uma comunicação com o</p><p>interior da cavidade cística através da remoção de um pedaço da membrana, e então</p><p>sutura-se a membrana do cisto junto a mucosa oral adjacente mantendo uma via</p><p>pérvia ampla que promoverá diminuição da pressão osmótica no interior da lesão</p><p>culminando em redução de seu tamanho e neoformação óssea.(7) A marsupialização</p><p>é descrita tanto como tratamento complementar objetivando um cirurgia de</p><p>enucleação com menor comorbidade para o paciente e também é descrita por alguns</p><p>autores como tratamento definitivo.</p><p>2.2.3 Descompressão</p><p>Descrito por Thomas em 1947 baseado nos princípios de Partsch, a</p><p>descompressão abrange o procedimento de marsupialização, diferindo apenas que</p><p>neste procedimento há a instalação de um dispositivo no interior da cavidade cística</p><p>afim de manter uma comunicação patente entre o interior da lesão e a cavidade bucal</p><p>corroborando para a diminuição da pressão osmótica e consequentemente diminuindo</p><p>o tamanho do cisto.(12) Estes dispositivos podem ser fixados através de suturas na</p><p>mucosa oral, amarrias com fio de aço em dentes adjacentes, dispositivos ortodônticos</p><p>colados ao dente adjacente e também através de placas e parafusos de titânio.(13)</p><p>20</p><p>Tolstunov (14) sugere 5 quesitos ideais para um dispositivo de descompressão:</p><p>que ele possua um formato com certa retentividade para impedir o deslocamento para</p><p>o interior ou para fora da lesão, não interfira na mastigação, fácil adaptação e sutura</p><p>na mucosa adjacente, que seja de fácil manejo para o paciente limpar e irrigar a</p><p>cavidade cística diariamente e que não acumule resíduos alimentares. Catunda</p><p>sugere mais algumas características ideais tais como baixo custo e radiopacidade</p><p>para a visualização em exames de imagens radiográficas.(14) A descompressão pode</p><p>ser um procedimento mais fácil de se realizar e mais estável comparando com a</p><p>marsupialização. (15)</p><p>2.2.4. Dispositivos para descompressão</p><p>Existem inúmeros dispositivos relatados na literatura tais como: tubo de</p><p>polietileno, sugador de saliva, sonda Foley, dispositivos confeccionados em resina</p><p>acrílica, tubos para anestesia pediátrica entre tantos outros. Estes dispositivos são</p><p>fixados mais comumente através de suturas nas mucosas adjacentes. Outras técnicas</p><p>de fixação dos dispositivos incluem amarrias dentárias com fio de aço, ou através do</p><p>próprio aparelho ortodônticos. Casos em que são necessários um maior período de</p><p>descompressão, existem relatos na literatura da fixação destes dispositivos através</p><p>de parafusos ou placas e parafusos de titânio. (5,12)</p><p>Jungwirth (16) relata um caso onde foi feito um dispositivo customizado através</p><p>de planejamento virtual, dispositivo esse em aço e fixado através de placas e</p><p>parafusos de titânio nas corticais ósseas. Kimura relata a utilização de um tubo de</p><p>silicone fixado através de amarria com fio de aço no dente adjacente, o mesmo autor</p><p>relata ser mais estável a fixação com amarrias de fio de aço ao invés das suturas nas</p><p>mucosas adjacentes, pois estas podem se soltar e causar o deslocamento do</p><p>dispositivo tanto para dentro ou para fora da cavidade cística. (17) Zhu relata a</p><p>utilização de tubos de aço fixado em brackets ortodônticos. (18) Torul relata a</p><p>utilização de uma chupeta adaptada para a descompressão de um cisto residual</p><p>grande em mandíbula em um paciente de 93 anos.(19)</p><p>21</p><p>Figura 2.1 - Sonda Folley fixada com amarria interdentárias com fio de aço</p><p>Fonte: O autor.</p><p>2.2.5 Complicações</p><p>As principais complicações passíveis de acontecer em relação aos dispositivos</p><p>de descompressão são: obstrução por detritos alimentares, deslocamento do</p><p>dispositivo tanto para dentro ou para fora da cavidade cística, soltura precoce do</p><p>dispositivo e infecção local.(20)</p><p>23</p><p>3 PROPOSIÇÃO</p><p>Fazer uma revisão sistemática sobre os principais tipos de dispositivos utilizados</p><p>para descompressão de cistos odontogênicos e integrando os dados publicados</p><p>disponíveis sobre as indicações, tipos, vantagens e desvantagens dos dispositivos</p><p>utilizados na descompressão de lesões císticas odontogênicas na cavidade oral.</p><p>25</p><p>4 MATERIAL E MÉTODOS</p><p>O estudo seguiu as diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic Reviews</p><p>and Meta-Analysis (PRISMA) foi registrado na plataforma PROSPERO sob o número</p><p>de protocolo: CRD:42021239597. Uma estratégia Population, Intervention,</p><p>Comparison, Outcome, Study Design (PICOS) foi utilizada.</p><p>P - Pacientes diagnosticados com cistos na cavidade bucal (Qualquer faixa etária,</p><p>qualquer tipo de cisto)</p><p>I - Descompressão com a utilização de algum dispositivo</p><p>C - Não haverá grupo controle, somente Intervenção</p><p>O - Resultados Primários: eficiência da redução cística</p><p>Resultados Secundários: Qualidade de vida (taxa de infecção, facilidade de</p><p>limpeza, estabilidade do dispositivo).</p><p>S - Todos os tipos de estudo, com no mínimo 10 casos descritos.</p><p>4.1 Estratégia e busca de dados</p><p>A pesquisa foi realizada nas bases Pubmed/Medline, Web of Science, Science</p><p>Direct, LILACS e Google Scholar almejando trabalhos publicados na língua inglesa,</p><p>sem restrições de datas das publicações, utilizando os seguintes termos</p><p>“decompression cyst” “decompression cyst’s devices” “odontogenic cysts”.</p><p>Foram utilizadas as seguintes Mesh Terms: (("mouth"[MeSH Terms] OR</p><p>"mouth"[All Fields] OR "oral"[All Fields]) AND ("cysts"[MeSH Terms] OR "cysts"[All</p><p>Fields] OR "cyst"[All Fields] OR "neurofibroma"[MeSH Terms] OR "neurofibroma"[All</p><p>Fields] OR "neurofibromas"[All Fields] OR "tumor s"[All Fields] OR "tumoral"[All Fields]</p><p>OR "tumorous"[All Fields] OR "tumour"[All Fields] OR "neoplasms"[MeSH Terms] OR</p><p>"neoplasms"[All Fields] OR "tumor"[All Fields] OR "tumour s"[All Fields] OR</p><p>"tumoural"[All Fields] OR "tumourous"[All Fields] OR "tumours"[All Fields] OR</p><p>"tumors"[All Fields]) AND ("decompress"[All Fields] OR "decompressed"[All Fields] OR</p><p>"decompresses"[All Fields] OR "decompressing"[All Fields] OR</p><p>"decompression"[MeSH Terms] OR "decompression"[All Fields] OR</p><p>"decompressions"[All Fields] OR "decompressive"[All Fields])) NOT ("case</p><p>reports"[Publication Type] OR "case report"[All Fields])</p><p>26</p><p>4.2 Critérios de inclusão</p><p>Estudos reportando casos e série de casos, ensaios clínicos randomizados, de</p><p>descompressão de cistos odontogênicos e os tipos de dispositivos utilizados durante</p><p>o período de descompressão, com no mínimo 10 pacientes. Todos os cistos</p><p>odontogênicos relatados devem ser comprovados através de biópsia em suas</p><p>respectivas publicações. Não houve restrições de trabalhos em relações à idade, sexo</p><p>e data de publicação. Apenas artigos publicados na língua inglesa fizeram parte dos</p><p>critérios de inclusão.</p><p>4.3 Critérios De Exclusão</p><p>Trabalhos sobre cistos odontogênicos onde não foram relatados a utilização de</p><p>dispositivos para a descompressão de cistos odontogênicos durante o tratamento.</p><p>Outros trabalhos que não entraram foram: revisões, editoriais, cartas ao editor,</p><p>opiniões pessoais, capítulos de livros, conferências, notas técnicas, estudos</p><p>experimentais (in vitro or in vivo), série de casos com número menor que 10 pacientes</p><p>e artigos de pacientes portadores da síndrome de Gorlin-Goltz.</p><p>4.4 Análise de dados</p><p>Dois revisores independentes coletaram os seguintes dados dos trabalhos</p><p>selecionados, tais dados como: idade, sexo, localização anatômica, diagnóstico</p><p>confirmado através de biópsia, tipo de padrão unilocular ou multilocular, tipo de</p><p>dispositivo utilizado para a descompressão, tipo de fixação deste dispositivo na</p><p>cavidade oral,</p><p>tempo de descompressão, tratamento definito e taxas de recidivas. Em</p><p>caso de desacordo entre os dois revisores, um terceiro revisor foi acionado quando</p><p>necessário.</p><p>4.5 Seleção de artigos</p><p>A seleção dos artigos foi dividida em duas fases, na primeira fase, dois</p><p>revisores independentes após removerem os artigos duplicados, os títulos e os</p><p>resumos dos estudos foram checados e de um total de 495 artigos restaram 34. Na</p><p>27</p><p>segunda fase os 34 artigos foram lidos e apenas oito trabalhos preencheram os</p><p>requisitos de inclusão. Em ambas as fases nos casos de discordância entre os</p><p>autores, um terceiro revisor foi consultado. Todas as buscas foram finalizadas em</p><p>setembro de 2021. Referências em duplicada foram removidas com um gerenciador</p><p>de referências (Mendeley Desktop, Elsevier, New York).</p><p>4.6 Risco de viés dos estudos incluídos</p><p>A ferramenta The Joanna Briggs Institute Critical Appraisal Checklist for Case</p><p>Series foi utilizada para avaliar a qualidade dos estudos incluídos. A pontuação foi</p><p>discutida entre os revisores, sendo os estudos categorizados em “alto”, quando a</p><p>pontuação do estudo foi inferior a 49%, “moderado” quando a pontuação do estudo foi</p><p>entre 50 e 69%, e “baixo” quando a pontuação do estudo foi superior a 70%. Todos</p><p>os oito artigos foram classificados como baixo risco de viés.</p><p>29</p><p>5 RESULTADOS</p><p>Na primeira fase, nós encontramos 709 artigos nos bancos de dados</p><p>selecionados. Após a remoção dos artigos duplicados, restaram 495 artigos. Após a</p><p>leitura dos títulos e resumos, nós excluímos 461 artigos, e 34 artigos restaram.</p><p>Nenhum artigo do Google Scholar foi incluído nesta revisão. Foi realizada a leitura</p><p>completa dos artigos selecionados na primeira fase. Essa metodologia levou à</p><p>exclusão de 26 estudos, restando oito para análise final. Um fluxograma da</p><p>metodologia de seleção é mostrado na Figura 5.1.</p><p>5.1 Carcaterísticas dos estudos</p><p>Um total de oito estudos foram selecionados para a revisão, totalizando 221</p><p>pacientes. O número de casos em cada estudo variou de15 a 32. Todos os estudos</p><p>foram escritos em inglês. Os artigos foram publicados entre 1996 e 2021. Os estudos</p><p>selecionados estão listados no quadro 5.1..</p><p>5.2 Síntese dos resultados</p><p>Foram incluídos apenas estudos que analisaram os tipos de dispositivo</p><p>utilizados para descompressão de cistos odontogênicos (n=8)(20–27). Critérios foram</p><p>incluídos tais como gênero, faixa etária, hipótese diagnóstica, tipo de dispositivo</p><p>utilizado para descompressão, tempo de descompressão, recidiva, follow-up,</p><p>complicações, porcentagem de redução dos cistos com a descompressão e</p><p>localização anatômica.</p><p>30</p><p>Figura 5.1– Prisma flowchart</p><p>Fonte: O autor.</p><p>Destes oito trabalhos, dois artigos eram da China, dois dos Estados Unidos, um</p><p>do Brasil, um da Áustria, um da Turquia e um do Japão. Os anos das publicações</p><p>variaram de 1996 até 2021. Dos oito trabalhos apenas dois não especificaram os</p><p>grupos de pacientes em relação ao quesito sexo, Zhang et al (23) e Pogrel at al (27).</p><p>(Tabela 2)</p><p>31</p><p>Foram 79 mulheres contra 73 homens, a faixa etária dos pacientes variou de</p><p>05 até 87 anos.</p><p>De um total de 181 lesões identificadas e comprovadas por exame anátomo-</p><p>patológico, foram encontrados 123 queratocistos, 40 cistos dentígeros, 09 cistos</p><p>radiculares, 01 cisto de origem epitelial, porém sem especificação e 08</p><p>ameloblastomas unicísticos. Apenas o trabalho de Zhang não especificou os tipos de</p><p>cistos. (23)</p><p>Em relação aos tipos de dispositivos utilizados foram: tubo plástico, cilindro de</p><p>borracha, tubo de resina termoplástica, dreno de resina acrílica, placa de Hawley,</p><p>dreno de polietileno, sonda nasogástrica fixada com fio de aço e obturador em resina</p><p>acrílica. (20–27)</p><p>Apenas dois trabalhos relataram as taxas de recidivas Maurette 14,3% e Marker</p><p>8,9%. (21,26)</p><p>O período de follow-up variou de 04 meses até 10 anos, o período de</p><p>descompressão variou de 76 dias até 14 meses. Apenas dois autores citaram as</p><p>complicações que foram basicamente obstrução por detritos alimentares dos</p><p>dispositivos, deslocamento ou fratura do dispositivo e irritação da mucosa adjacente.</p><p>(20,25)</p><p>Três trabalhos citaram as taxas de diminuição do tamanho das lesões após o</p><p>período de descompressão, taxa as quais variaram de 50% até 81% de redução do</p><p>volume das lesões. (20,22,26)</p><p>Em relação a localização anatômica das lesões houve maior prevalência em</p><p>região de mandíbula principalmente na região de ângulo mandibular.</p><p>Quadro 5.2 – Lista dos oito artigos incluídos na revisão sistemática</p><p>Autor Ano País Pacientes</p><p>Idade</p><p>(média)</p><p>Diagnóstico</p><p>histopatológico</p><p>Tipo de</p><p>dispositivo</p><p>utilizado</p><p>Tempo de</p><p>descompressão</p><p>Recidivas Follow-up Complicações</p><p>Porcentagem de</p><p>redução dos cistos</p><p>(média)</p><p>Localização</p><p>anatômica</p><p>Enislidis</p><p>et al.</p><p>200</p><p>4</p><p>Áustria</p><p>14</p><p>mulheres,</p><p>6 homens</p><p>14-72</p><p>anos (45)</p><p>8 queratocistos, 5</p><p>cistos radiculares, 6</p><p>cistos dentígeros e 1</p><p>cisto epitelial sem</p><p>classificação</p><p>adicional</p><p>Tubo plástico</p><p>personalizado</p><p>76-1379 dias (média</p><p>446)</p><p>Nenhuma</p><p>527 dias</p><p>(intervalo:</p><p>10-1431)</p><p>Oclusão do dispositivo</p><p>por detritos; necrose</p><p>por pressão;</p><p>desconforto dos</p><p>pacientes;</p><p>deslocamento do</p><p>dispostivo para dentro</p><p>do lúmen cístico (2</p><p>casos); perda do</p><p>dispostivo (3 casos)</p><p>81%</p><p>20 Mandíbula</p><p>(11 ângulo da</p><p>mandíbula +</p><p>09 sínfise</p><p>mandíbula)</p><p>Maurette</p><p>et al.</p><p>200</p><p>6</p><p>Brasil</p><p>19</p><p>mulheres,</p><p>9 homens</p><p>13-69</p><p>anos (30)</p><p>28 queratocistos</p><p>Cilindro de</p><p>borracha</p><p>3-14 meses (média</p><p>9,27)</p><p>4 (14,3%)</p><p>2 anos</p><p>(24.89 ±</p><p>9.74</p><p>meses)</p><p>Nenhuma relatada Não relatada</p><p>16 lesões</p><p>(53,3%) Ângulo</p><p>e Ramo</p><p>Mandibular</p><p>Gao et</p><p>al.</p><p>201</p><p>4</p><p>China</p><p>11</p><p>mulheres,</p><p>21</p><p>homens</p><p>5-11 anos</p><p>(9)</p><p>20 queratocistos, 4</p><p>cistos radiculares e</p><p>8 ameloblastomas</p><p>unicísticos</p><p>Tubo de resina</p><p>termoplástica</p><p>personalizado</p><p>Queratocisto 8,32</p><p>(dp 5,37); Cistos</p><p>radiculares 2,75 (dp</p><p>0,96);</p><p>Ameloblastoma</p><p>unicístico 9,75 (dp</p><p>2,67)</p><p>Não</p><p>relatada</p><p>24 meses Nenhuma relatada</p><p>Cisto radicular</p><p>79.6%;</p><p>Queratocisto</p><p>78.9%, e</p><p>Ameloblastoma</p><p>Unicístico 67.2%</p><p>Não informado</p><p>Zhang et</p><p>al.</p><p>202</p><p>1</p><p>China</p><p>40</p><p>pacientes</p><p>grupo</p><p>modelo</p><p>Não</p><p>Relatado</p><p>Não Relatado</p><p>Dreno de Resina</p><p>Acrílica com</p><p>conexão de</p><p>silicone</p><p>13 meses (+/- 3)</p><p>Não</p><p>Relatada</p><p>Não</p><p>Relatado</p><p>Não Relatada Não relatada Todos na</p><p>Mandíbula</p><p>Shudou</p><p>et al.</p><p>202</p><p>1</p><p>Japão</p><p>6</p><p>mulheres,</p><p>9 homens</p><p>16-57</p><p>anos</p><p>(35.9)</p><p>15 Queratocistos</p><p>Obturador de</p><p>Resina Acrílica</p><p>136 dias até 1150</p><p>dias</p><p>Não</p><p>Relatada</p><p>Não</p><p>Relatado</p><p>Não Relatada Não relatada</p><p>7 em ângulo de</p><p>mandíbula, 5</p><p>ramo</p><p>mandibular, 03</p><p>região anterior</p><p>de mandíbula</p><p>Ugurlu</p><p>et al.</p><p>202</p><p>1</p><p>Turqui</p><p>a</p><p>20</p><p>meninas,</p><p>14</p><p>meninos</p><p>7.94 anos 34 Cistos Dentígeros</p><p>Placa de Hawley</p><p>modificada com</p><p>tubo de aço</p><p>5.97 meses (3 -9</p><p>meses)</p><p>Não</p><p>Houve</p><p>10 anos</p><p>Obstrução do ducto,</p><p>Deslocamento do tubo</p><p>em 06 casos, fratura do</p><p>dispositivo em 02</p><p>casos, irritação de</p><p>mucosa e dor em 05</p><p>casos.</p><p>Não relatada</p><p>Mandíbula</p><p>região de</p><p>molares</p><p>decíduos</p><p>Marker</p><p>et al.</p><p>199</p><p>6</p><p>EUA</p><p>14</p><p>homens, 9</p><p>mulheres</p><p>47 anos</p><p>(10-87)</p><p>25 anos</p><p>(14-37)</p><p>23 Queratocistos</p><p>Dreno de</p><p>Polietileno com</p><p>achatamento nas</p><p>extremidades</p><p>12 meses(grupo1) e</p><p>9,5 meses (grupo 2)</p><p>2 (8,9 %)</p><p>13 anos</p><p>grupo 1 e</p><p>4.7 anos</p><p>(grupo 2)</p><p>Não Relatada 50% a 60% Ângulo e ramo</p><p>de mandíbula</p><p>Pogrel et</p><p>al.</p><p>201</p><p>5</p><p>EUA 29</p><p>Não</p><p>relatado</p><p>29 Queratocistos</p><p>Sonda de</p><p>alimentação</p><p>pediátrica fixada</p><p>com fio de aço</p><p>em dente</p><p>adjacente</p><p>Não informado</p><p>Não</p><p>houve</p><p>4 meses -</p><p>5 anos</p><p>Não Relatada Não relatada Não relatado</p><p>3</p><p>3</p><p>35</p><p>6 DISCUSSÃO</p><p>Os cistos odontogênicos são as lesões intraósseas mais comuns nos</p><p>maxilares, um diagnóstico preciso e um tratamento adequado são de suma</p><p>importância. Muitas vezes o diagnóstico deste tipo de patologia acaba sendo</p><p>tardio</p><p>quando este tipo de lesão já atinge um tamanho extenso causando muitas vezes</p><p>algum tipo de deformidade facial.</p><p>O tratamento dos cistos odontogênicos é cirúrgico, sendo o mais indicado a</p><p>cistectomia, porém nos casos de lesões extensas onde este tipo de tratamento pode</p><p>causar algumas injúrias em estruturas anatômicas nobres, podemos lançar mão de</p><p>tratamentos coadjuvantes como a descompressão ou a marsupialização objetivando</p><p>uma redução do tamanho da lesão e consequentemente uma cirurgia definitiva com</p><p>menor morbidade em um segundo tempo operatório.</p><p>Descompressão e marsupialização podem ser indicadas tanto como tratamento</p><p>coadjuvante e até mesmo como tratamento definitivo para os cistos odontogênicos. O</p><p>objetivo de ambas as terapias é a redução da pressão osmótica dentro da cavidade</p><p>cística e consequentemente obter uma diminuição do tamanho do cisto.</p><p>A principal diferença entre descompressão e marsupialização é que na primeira</p><p>há a colocação de um dispositivo para manter a cavidade cística aberta e patente,</p><p>coisa que não ocorre na marsupialização, procedimento em que a membrana do cisto</p><p>é suturada na mucosa oral adjacente.</p><p>Embora haja muitos relatos de estudos sobre descompressão de cistos</p><p>odontogênicos na literatura e diversos tipos de dispositivos utilizados, não há uma</p><p>resposta sobre qual ou quais são os melhores tipos de dispositivos utilizados para</p><p>descompressão de cistos odontogênicos.</p><p>A maioria dos trabalhos citam as vantagens sobre o tratamento principalmente</p><p>de lesões císticas grandes, maiores do que três centímetros de diâmetro com a</p><p>utilização da descompressão ou mesmo marsupialização prévia a cirurgia de</p><p>cistectomia, objetivando um segundo ato cirúrgico com menor morbidade e com</p><p>prevenção de danos em estruturas anatômicas nobres tais como nervo alveolar</p><p>inferior, seio maxilar, raízes, germes dentários e mesmo até prevenção em relação a</p><p>fraturas patológicas de mandíbula. (20) O benefício do espessamento da membrana</p><p>do cisto após a descompressão também é citado como um agente facilitador na</p><p>cirurgia de cistectomia.(5) O importante em relação aos dispositivos de</p><p>36</p><p>descompressão segundo Tostunov (2) é que eles sejam estáveis na cavidade bucal,</p><p>sejam passíveis de fácil higienização e relativamente confortáveis para o paciente,</p><p>lembrando que muitos trabalhos citam como tempos médios de descompressão</p><p>períodos longos muitas vezes variando de um ano até dois anos. Alguns autores citam</p><p>a importância de o dispositivo conter algum marcador radiopaco para a monitorização</p><p>radiográfica durante o período de descompressão. (28)</p><p>Em relação às desvantagens sobre a descompressão temos um aumento da</p><p>duração do tempo de tratamento da lesão, desconforto devido ao dispositivo e</p><p>depende bastante da colaboração do paciente. (29)</p><p>Tabrizi (30) observou em sua revisão sistemática que houve uma menor taxa</p><p>de recidivas de queratocistos quando o tratamento somente de descompressão foi</p><p>realizado comparado com o tratamento somente de marsupialização, porém não</p><p>houve diferenças quando estas duas formas de tratamento foram complementadas</p><p>por cirurgias subsequentes como a enucleação. Alguns autores relatam que o uso da</p><p>técnica de descompressão não aparenta estar associado como fator de risco de</p><p>recidivas no tratamento de queratocisto. (31)</p><p>Quando optamos pela indicação da descompressão de cistos odontogênicos</p><p>grandes devemos pensar em períodos longos do uso do dispositivo de</p><p>descompressão, portanto o mesmo tem que ser o mais confortável possível para o</p><p>paciente, ser bem fixado além de orientar o paciente a fazer uma irrigação e</p><p>higienização do dispositivo. A cooperação do paciente ao tratamento é de suma</p><p>importância também, a perda do dispositivo ou a necessidade de uma nova</p><p>intervenção para a colocação de um novo dispositivo para descompressão muitas</p><p>vezes pode ser frustrante ao tratamento, principalmente em pacientes pediátricos.</p><p>Importante salientar também sobre o tipo de fixação do dispositivo na boca, a</p><p>fixação pode ser feita através de suturas na mucosa oral, sendo esta manobra a mais</p><p>frequente, porém alternativas são descritas como a fixação feita através de amarrias</p><p>com fio de aço ao dente adjacente mais próximo ou mesmo através de dispositivos</p><p>ortodônticos.</p><p>O período médio de descompressão nos trabalhos incluídos variou de 76 dias</p><p>até 14 meses, alguns autores citam também períodos longos de descompressão</p><p>podendo variar de um até dois anos e alguns casos em que a necessidade de</p><p>períodos mais longos de descompressão seja necessário, a utilização da fixação</p><p>37</p><p>através de placas e parafusos de titânio ou somente através de parafusos do</p><p>dispositivo pode ser indicada.(16,32)</p><p>O período de acompanhamento pós operatório por longo período também é de</p><p>suma importância tendo em vista que alguns cistos odontogênicos tem maior</p><p>probabilidade de ocorrer recidivas como no queratocisto.(33)</p><p>As principais complicações observadas nos estudos incluídos foram a oclusão</p><p>do dispositivo por obstrução do ducto, deslocamentos do dispositivo para o interior da</p><p>lesão, perda do dispositivo, fratura do mesmo e casos de irritação de mucosa. As</p><p>complicações por obstrução do dispositivo podem ser devido ao acúmulo de detritos</p><p>alimentares que pode acontecer principalmente devido a uma irrigação insuficiente do</p><p>mesmo. (20,29)Enislidis (20)corrobora com esses dados em seu trabalho.</p><p>Lesões grandes e em indivíduos jovens normalmente apresentam melhores</p><p>respostas à descompressão do que em pacientes com idades avançadas, fato esse</p><p>pode ser associado devido a um maior potencial osteogênico em pacientes jovens.</p><p>(2,34)</p><p>Nos estudos inclusos houve uma ligeira maior prevalência de lesões císticas</p><p>em mulheres o que difere de outros autores, em contrapartida em relação à faixa etária</p><p>que variou de 05 anos até 87 anos vai de acordo com a revisão sistemática de outros</p><p>autores, sendo que as lesões císticas podem ocorrer em qualquer faixa etária.(33)</p><p>As lesões císticas odontogênicas são mais frequentes em região de mandíbula</p><p>posterior, seis trabalhos relataram essa predileção anatômica. (5,10,20,24,25,35) Tal</p><p>fato pode ser associado à presença dos terceiros molares inclusos nessa região tendo</p><p>em vista que muitas lesões císticas são associadas com dentes inclusos, e alguns</p><p>autores suportam esses dados na literatura. (36)</p><p>Em relação à maior prevalência de queratocistos podemos levar em conta de</p><p>que alguns dos trabalhos inclusos nessa revisão sistemática foram específicos para</p><p>queratocistos. (5,21,24,37) Alguns autores citam como a lesão cística mais prevalente</p><p>nos maxilares o cisto dentígero. Outros trabalhos relatam o cisto radicular como o de</p><p>maior prevalência, variando de acordo com o autor. (15)</p><p>38</p><p>Embora o objetivo do trabalho não seja específico para avaliar a porcentagem</p><p>de redução das lesões císticas nos maxilares, apenas dois artigos relataram esta taxa</p><p>de redução o que corrobora com a maioria dos autores sobre o quão benéfica é a</p><p>descompressão de lesões extensas de cistos odontogênicos nos maxilares</p><p>objetivando uma cirurgia de cistectomia com menor morbidade para o paciente.</p><p>Diversos tipos de dispositivos são relatados na literatura, tais como: sugador</p><p>de saliva, sonda Folley, sonda Nasogástrica, dispositivos em resina acrília,</p><p>dispositivos de aço chupeta, dispositivos feitos de polietileno ou plástico.</p><p>Marker(26)relata que os dispositivos podem causar alguma reação inflamatória na</p><p>membrana dos cistos.</p><p>Zhang(23)relatou em seu trabalho o benefício de um dispositivo em acrílico</p><p>coberto por silicone mantendo a cavidade cística aberta, impedindo o deslocamento</p><p>de resíduos alimentares para dentro da cavidade evitando assim alguma possível</p><p>inflamação local. Ugurlu(25)utilizou para descompressão uma placa de Hawley</p><p>modificada e relatou que dos 34 pacientes tratados, 13 tivereram apenas</p><p>complicações leves tais como</p><p>irritação da mucosa, fratura do dispositivo ou</p><p>mobilização do mesmo mas sem a necessidade de fazer um novo procedimento.</p><p>Pogrel(37)relata em seu trabalho que utilizou tubo de sonda nasogástrica</p><p>pediátrica para a descompressão de 29 queratocistos e não relatou nenhuma recidiva</p><p>em seu período de follow-up.</p><p>Gao (22)em seu trabalho observou que houve redução do tamanho das</p><p>seguinte lesões após o período de descompressão utilizando dispositivo customizado</p><p>feito de resina termoplástica: cisto radicular, queratocisto e ameloblastoma unicístico.</p><p>39</p><p>7 CONCLUSÃO</p><p>Embora não haja uma resposta sobre qual o melhor dispositivo utilizado para</p><p>descompressão de cistos odontogênicos, diversos tipos de dispositivos são relatados</p><p>e com diferentes técnicas de fixação. A descompressão é benéfica ao tratamento</p><p>principalmente nos casos de lesões císticas extensas. As principais vantagens da</p><p>utilização da técnica de descompressão são: evitar danos em estruturas anatômicas</p><p>nobres, permitir uma segunda cirurgia com menor morbidade. As principais</p><p>desvantagens são: maior tempo de tratamento e dependência da colaboração do</p><p>paciente. O importante do dispositivo é que ele seja o mais confortável possível, tenha</p><p>retentividade, seja estável na cavidade bucal além de ser de fácil higienização pelo</p><p>paciente.</p><p>41</p><p>REFERÊNCIAS1</p><p>1. Allon DM, Allon I, Anavi Y, Kaplan I, Chaushu G. Decompression as a</p><p>treatment of odontogenic cystic lesions in children. J Oral Maxillofac Surg</p><p>[Internet]. 2015;73(4):649–54. Available from:</p><p>http://dx.doi.org/10.1016/j.joms.2014.10.024</p><p>2. Berretta LM, Melo G, Mello FW, Lizio G, Rivero ERC. 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