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<p>UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA</p><p>CENTRO DE TECNOLOGIA</p><p>DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS</p><p>MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS II</p><p>CONTAGEM DE BOLORES E LEVEDURAS EM MANDIOCA</p><p>João Pessoa</p><p>2023</p><p>Josilene da Silva Pereira</p><p>MÉTODO DE CONTAGEM PADRÃO EM PLACAS DE MICRORGANISMOS</p><p>Relatório apresentado à Universidade Federal de Paraíba, como requisito para a obtenção de nota na disciplina de Laboratório de Microbiologia de Alimentos.</p><p>Prof. Drª Janeeyre Ferreira Maciel</p><p>João Pessoa</p><p>2023</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A mandioca caracteriza-se como um dos alimentos mais energéticos do mundo, seu nome científico é Manihot esculenta, possui grande quantidade de nutrientes como: vitaminas, alguns minerais, aminoácidos, fibra alimentar e não contém colesterol. É bastante consumida no Brasil, principalmente na região do Nordeste com 47% do total, e ficou conhecida popularmente como macaxeira. Seu consumo não se restringe apenas a mandioca crua, seus derivados são bastantes produzidos e consumidos, como: farinha de mandioca, fécula, polvilho. Segundo o IBGE, a produção obteve um total de 18,4 milhões de toneladas, com relação ao ano de 2022, houve um aumento de 1%.</p><p>Sabe – se que apesar de ser um alimento rico em amido e com baixa umidade, os bolores e leveduras são capazes de se desenvolver. A raiz da mandioca é bastante perecível, não suporta um tratamento mais eficaz que possa eliminar os fungos, entre esses os fungos que possam produzir as micotoxinas que ao longo prazo podem prejudicar a saúde. Um dos principais fatores para a ocorrência de podridão na mandioca é a forma incorreta de armazenamento, logo após 5 dias de colheita os microrganismos patogênicos já começam a se manifestar, podemos identificar essa deterioração em forma de anel na polpa e sua cor torna – se um tom de café. No Brasil, a Instrução Normativa n° 52/2011 estabelece o regulamento técnico e define o padrão de classificação de identidade e qualidade apenas para a farinha de mandioca, fécula e polvilho.</p><p>Nesse sentido, podemos avaliar microbiologicamente a qualidade da raiz da mandioca, adquirida na cidade de João Pessoa, através do método de contagem padrão em placas (CPP). Os principais tipos de microrganismos que se pode encontrar na raiz da mandioca são: leveduras e Cladosporium spp. Além de outros tipos de fungos, tais como: Aspergillus spp., Alternaria spp., Colletotrichum spp.</p><p>Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi quantificar leveduras e bolores presentes na raiz da mandioca, utilizando método de contagem padrão de microrganismos em meio de cultura.</p><p>2. METODOLOGIA</p><p>2.1 Preparo da amostra</p><p>Foi pesado 25g de mandioca crua e triturado em um liquidificador, depois homogeneizado em um pote de vidro contendo 225 ml de água peptonada a 0,1%. Com o auxílio de uma pipeta, transferimos 1 ml da amostra diluída 10-1 para os tubos de ensaios, cada um contendo 9 ml de água peptonada. Os tubos foram identificados da seguinte forma: 10-2, 10-3, 10-4 e 10-5.</p><p>Foi transferida com o auxílio de uma pipeta de 0,1 ml uma quantidade da amostra já diluída para as 5 placas identificadas da 10-1 até 10-5. Após a adição de cada solução, espalhamos com o auxílio de uma alça de Drigalski (esterilizada) até que o líquido seja absorvido pelo meio sem inverter. Esse procedimento foi repetido até a obtenção da diluição 10-5 sendo realizada a agitação prévia dos tubos, antes da retirada das alíquotas da amostra.</p><p>Em seguida, as placas foram levadas para a incubação em uma estufa BOD a 25º C por 7 dias.</p><p>3. CONTAGEM DE BOLORES E LEVEDURAS</p><p>Após o período de 7 dias de incubação, foi utilizado um contador manual para a contagem da quantidade de colônias presentes nas diluições, a contagem é expressa por UFC/g. Este número é calculado utilizando a seguinte equação:</p><p>UFC/g = Nº UFC x inverso da diluição x 10.</p><p>Placas</p><p>Bolores e leveduras</p><p>10-4</p><p>41 UFC/g</p><p>10-5</p><p>7 UFC /g</p><p>10-4 = 4,1x106 UFC/g</p><p>4. RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>É notório que a técnica utilizada Spread Plate é uma das mais comuns na microbiologia, de fácil execução e com meio de cultura adequado, temperatura de incubação e tempo, detecta qualquer tipo de bactérias e fungos nos diversos alimentos.</p><p>Diante da técnica utilizada, foi observado o crescimento de bolores e leveduras em todas as diluições, porém, a contagem só foi realizada na diluição 10-4, pois selecionamos dentro do limite de colônias entre 15 – 150. Não foram utilizadas as outras diluições, pois estavam fora do limite de colônias desejado. Nota – se que com a avaliação feita, a raiz da mandioca é bastante suscetível a fungos tóxicos, sendo não recomendável sua ingestão.</p><p>5. CONCLUSÃO</p><p>Diante disso, a avaliação microbiológica realizada em laboratório quantificou uma quantidade excessiva de bolores e leveduras na raiz da mandioca, a recomendação é imprópria para consumo.</p><p>Não podemos esquecer que, o Brasil por ser um dos grandes produtores e exportadores da mandioca, necessita - se de um aperfeiçoamento no sistema de produção, como: manejo adequado do solo para reduzir a proliferação de fungos na raiz, informar aos produtores sobre os riscos de contaminação no alimento, fazer uso da refrigeração após colheita e uma regulamentação técnica sobre a produção pós-colheita. Com o tratamento adequado, evita – se o descarte desnecessário do alimento, contribuindo com o meio ambiente.</p><p>6. REFERÊNCIAS</p><p>INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 52 – Sistema Integrado de Legislação. Agricultura, 2011. Disponível em: <https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=visualizarAtoPortalMapa&chave=497488882. > Acesso em: 18 de ago. de 2023.</p><p>ITAL. Instituto de Tecnologia de Alimentos. MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz): avaliação da micobiota e determinação de aflatoxinas. Campinas, p.12, 2020.</p><p>MANDIOCA: armazenamento de raízes frescas após a colheita. Embrapa, 1989. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/381135/mandioca-armazenamento-de-raizes-frescas-apos-a-colheita.>. Acesso em: 18 de ago. de 2023.</p><p>MANDIOCA – Análise mensal. Conab, 2023. Disponível em: <https://www.conab.gov.br/info-agro/analises-do-mercado-agropecuario-e-extrativista/analises-do-mercado/historico-mensal-de-mandioca/item/download/47894_bf196a3b9331d9eedc16ad0d61223c3e. > Acesso em 18 de ago. de 2023.</p><p>PODRIDÕES em raízes de mandioca – Agropedia Brasilis – Ainfo. Embrapa, 2020. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/214557/1/DOC455.pdf>. Acesso em: 19 de ago. de 2023.</p><p>image3.jpg</p><p>image1.jpg</p><p>image2.jpeg</p>

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