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Prévia do material em texto

<p>Imunologia clínica</p><p>Prof.ª Angelica Martins Batista, Prof.ª Gabrielly Sbano Teixeira, Prof.ª</p><p>Fabiana Vieira de Mello</p><p>Descrição</p><p>Princípios dos exames imunológicos e principais métodos laboratoriais</p><p>empregados na imunologia clínica.</p><p>Propósito</p><p>Compreender os principais métodos laboratoriais empregados na</p><p>imunologia clínica, bem como sua importância e aplicabilidades na</p><p>rotina laboratorial é importante para auxiliar na escolha da melhor</p><p>metodologia para um diagnóstico confiável, rápido, de baixo custo e que</p><p>possibilite um tratamento eficaz e cuidadoso ao paciente.</p><p>Objetivos</p><p>Módulo 1</p><p>Sistema imunológico</p><p>Identificar os componentes e as funções das respostas imunes inata</p><p>e adquirida, a interação antígeno-anticorpo e a importância do</p><p>diagnóstico imunológico.</p><p>Módulo 2</p><p>Métodos laboratoriais com</p><p>reagentes não marcados</p><p>Analisar os principais métodos laboratoriais imunológicos com</p><p>reagentes não marcados.</p><p>Módulo 3</p><p>Métodos laboratoriais com</p><p>reagentes marcados</p><p>Identificar os métodos laboratoriais imunológicos com reagentes</p><p>marcados.</p><p>Introdução</p><p>Atualmente, existe uma enorme variabilidade de testes</p><p>imunológicos, como, por exemplo, as reações de precipitação, de</p><p>aglutinação, de fixação de complemento, os ensaios</p><p>imunocromáticos, imunoenzimáticos, citometria de fluxo, dentre</p><p>outros.</p><p></p><p>Todas essas técnicas são baseadas no reconhecimento</p><p>antígeno-anticorpo e detectam a presença de anticorpos contra</p><p>os antígenos, que podem ser os microrganismos (parasitas,</p><p>fungos, bactérias e vírus) que causaram a enfermidade ou</p><p>qualquer substância que se comporte como um antígeno em uma</p><p>interação com o anticorpo, como os hormônios, receptores</p><p>presentes na membrana celular, drogas e ácidos nucleicos.</p><p>Você certamente já ouviu falar em ELISA, ensaios de precipitação,</p><p>teste rápido e citometria de fluxo. Sabe qual a diferença entre</p><p>eles? Ao longo desta jornada, vamos entender os princípios dos</p><p>ensaios imunológicos, relembrando alguns conceitos básicos de</p><p>imunologia. Além disso, iremos estudar como esses testes são</p><p>realizados e como cada técnica pode ser empregada,</p><p>compreendendo a diferença entre eles e as principais vantagens</p><p>e desvantagens.</p><p>Vamos conhecer os métodos que usam reagentes não marcados,</p><p>ou seja, aqueles que geram uma interação visível a olho nu, e</p><p>testes marcados com algum corante fluorescente ou</p><p>quimioluminescentes, radioisótopos, enzimas que geram uma</p><p>coloração ao final da reação.</p><p>1 - Sistema imunológico</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os componentes</p><p>e as funções das respostas imunes inata e adquirida, a interação</p><p>antígeno-anticorpo e a importância do diagnóstico imunológico.</p><p>Importância do sistema</p><p>imunológico</p><p>Abordaremos agora a importância do sistema imunológico,</p><p>apresentando os assuntos: órgãos linfoides, células do sistema imune e</p><p>respostas imune inata e adquirida (ou adaptativa). Confira!</p><p>Nosso sistema imunológico é um conjunto de tecidos, células e</p><p>moléculas, que atuam de forma coordenada para nos defender de</p><p>microrganismos que podem causar infecções ou doenças.</p><p>Células do sistema imunológico atacando vírus.</p><p>Além disso, o sistema imunológico é capaz de reconhecer e eliminar do</p><p>nosso organismo as células tumorais ou aquelas que sofreram algum</p><p>dano que prejudique sua função normal. Em casos de transplante de</p><p>órgãos, de tecidos e nas transfusões sanguíneas, o sistema imunológico</p><p>também pode reconhecer esses elementos como não próprios e</p><p>desencadear a resposta imune.</p><p>Os mecanismos de defesa do hospedeiro seguem uma sequência</p><p>coordenada de etapas, sendo que, em cada uma delas, as propriedades</p><p>específicas dos componentes do sistema imune desempenham papel</p><p>fundamental.</p><p>É essencial entender a organização do sistema</p><p>imunológico para a geração de respostas imunológicas</p><p>eficazes.</p><p>Assim, temos o rápido direcionamento das células efetoras da</p><p>imunidade inata para os locais de infecção, permitindo que linfócitos</p><p>reconheçam e respondam de forma específica a determinado antígeno,</p><p>independentemente do local em que ele é introduzido no organismo.</p><p>Órgãos linfoides e células</p><p>do sistema imune</p><p>O sistema imunológico é composto por diferentes órgãos, que são</p><p>classificados como:</p><p></p><p>Órgãos geradores ou primários</p><p></p><p>Órgãos periféricos ou secundários</p><p>A medula óssea é um órgão gerador, no qual há produção de todos os</p><p>elementos figurados do sangue a partir da célula hematopoiética</p><p>pluripotente, observados na imagem a seguir:</p><p>No timo, outro órgão gerador, ocorre a maturação de linfócitos T. Nos</p><p>órgãos linfoides periféricos, ocorre a apresentação de antígenos aos</p><p>linfócitos, possibilitando o início da resposta imune adquirida. Nos</p><p>linfonodos, os linfócitos B e T encontram os antígenos coletados pela</p><p>linfa dos tecidos periféricos e no baço os antígenos capturados no</p><p>sangue encontram os linfócitos.</p><p>Além de formarem aglomerados que dão origem a órgãos linfoides, as</p><p>células das imunidades inata e adquirida encontram-se como células</p><p>circulantes no sangue e na linfa.</p><p>As células do sistema imunológico que circulam no</p><p>sangue pertencem à série leucocitária e compreendem</p><p>os linfócitos, granulócitos e monócitos.</p><p>Os leucócitos permanecem temporariamente no sangue e migram para</p><p>o tecido conjuntivo por meio das paredes dos capilares e vênulas,</p><p>processo conhecido como diapedese ou transmigração. Uma vez nos</p><p>tecidos, estas células irão desempenhar funções específicas.</p><p>Diapedese</p><p>Assista ao vídeo a seguir para aprender mais sobre a diapedese!</p><p></p><p>Os leucócitos são agrupados em granulócitos e agranulócitos, de</p><p>acordo com suas características morfológicas. Vamos conhecer!</p><p>Granulócitos</p><p>São os basófilos, eosinófilos e neutrófilos. Veja as características de</p><p>cada um:</p><p>Basó�los</p><p>Contêm grânulos com enzimas hidrolíticas, fatores quimiotáticos,</p><p>heparina e histamina em seu citoplasma e receptores de imunoglobulina</p><p>em sua superfície, desempenhando papel importante, principalmente</p><p>nas reações alérgicas (hipersensibilidade do tipo I) e anafiláticas.</p><p>Alterações no número de basófilos no sangue podem ser interpretadas</p><p>como:</p><p></p><p>Baso�lia</p><p>Aumento do número de</p><p>basófilos no sangue.</p><p>Essa alteração é</p><p>verificada em quadros</p><p>de asma, sinusite, rinite,</p><p>artrite, anemia</p><p>hemolítica etc.</p><p></p><p>Basopenia</p><p>Diminuição do número</p><p>de basófilos no sangue.</p><p>Essa alteração é</p><p>verificada em situações</p><p>de estresse, ovulação</p><p>ou gestação e uso de</p><p>corticoides.</p><p></p><p>Eosinó�los</p><p>Apresentam grânulos que contêm enzimas hidrolíticas (peroxidase,</p><p>histaminase, arilsulfatase) e outras proteínas. Essas células migram do</p><p>sangue para os tecidos periféricos, sendo encontradas especialmente</p><p>no revestimento de mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e</p><p>genitourinário.</p><p>Os eosinófilos podem aumentar sob condições</p><p>inflamatórias.</p><p>Além disso, os eosinófilos estão envolvidos no combate a infecções</p><p>parasitárias causadas por helmintos e na produção de citocinas que</p><p>modulam respostas inflamatórias nas reações alérgicas. Alterações no</p><p>número de eosinófilos podem ser caracterizadas como:</p><p></p><p>Eosino�lia</p><p>Aumento do número de</p><p>eosinófilos. Essa</p><p>alteração é verificada</p><p>em quadros de alergia e</p><p>doenças parasitárias.</p><p></p><p>Eosinopenia</p><p>Diminuição do número</p><p>de eosinófilos. Essa</p><p>alteração é verificada</p><p>em situações de</p><p>estresse e com o uso de</p><p>corticoide.</p><p>Neutró�los</p><p>Constituem a população mais numerosa de leucócitos no sangue e</p><p>compõem a primeira linha de defesa do hospedeiro, destacando-se sua</p><p>grande capacidade fagocítica. O acúmulo de neutrófilos mortos e</p><p>bactérias degradadas no sítio de infecção forma o pus. Alterações no</p><p>número de neutrófilos podem ser caracterizadas como:</p><p></p><p></p><p>Neutro�lia</p><p>Aumento do número de</p><p>neutrófilos no sangue.</p><p>Essa alteração é</p><p>verificada em infeções</p><p>bacterianas.</p><p></p><p>Neutropenia</p><p>Diminuição do número</p><p>de neutrófilos no</p><p>sangue. Essa alteração</p><p>é verificada em doenças</p><p>autoimunes, câncer e</p><p>deficiência de vitamina</p><p>B12 ou folato.</p><p>Agranulócitos</p><p>São os monócitos e linfócitos. Confira a seguir as propriedades de cada</p><p>um:</p><p>Monócitos</p><p>São as maiores</p><p>0,1 ml de antígeno</p><p>específico com agulhas e seringas estéreis, por via intradérmica. No</p><p>outro antebraço, é aplicada a mesma quantidade de soro fisiológico</p><p>0,9% estéril (salina) como controle.</p><p>O teste de hipersensibilidade tardia a partir de via</p><p>subcutânea não é recomendado, pois dilui os</p><p>antígenos inoculados, levando a resultados falso</p><p>negativos.</p><p>Após 48-72 horas, é realizada a leitura, onde é medido o diâmetro do</p><p>endurecimento (parte dura). Normalmente, caroços superiores a 5mm</p><p>são indicativos de uma reação imune celular (Th1) no local e da</p><p>exposição ao antígeno pesquisado, mas o tamanho depende do tipo de</p><p>antígeno.</p><p>É importante ressaltar que um teste positivo não indica que o paciente</p><p>esteja doente ou que obrigatoriamente tenha tido uma infecção. O</p><p>aparecimento do eritema e do endurecimento indica a presença de</p><p>células de memória do tipo Th1, por uma doença que já foi curada ou</p><p>uma infecção assintomática, ou seja, o paciente não teve sintomas. O</p><p>teste negativo indica a ausência de contato com aquele agente</p><p>infeccioso.</p><p>Veja alguns exemplos do emprego do PPD:</p><p>Pesquisa a exposição ao Mycobacterium tuberculosis, com o</p><p>antígeno tuberculina, conhecido como teste de Mantoux.</p><p>Pesquisa a exposição à hanseníase com o antígeno lepromina, ou</p><p>antígeno de Mitsuda.</p><p>Pesquisa a exposição ao Candida albicans com os antígenos</p><p>candidina ou oidiomicina.</p><p>Pesquisa a exposição ao Paracoccidioides brasiliensis com o</p><p>antígeno paracoccidioidina.</p><p>Pesquisa de leishmaniose tegumentar com o extrato de protozoário</p><p>como antígeno, o famoso teste de Montenegro.</p><p>Citometria de �uxo</p><p>A citometria de fluxo é uma técnica que vem ganhando cada vez mais</p><p>destaque nos laboratórios clínicos (e acadêmicos) no cenário mundial e</p><p>que apresenta aplicação na imuno-hematologia, mas também na</p><p>genética, parasitologia, microbiologia, ciências farmacêuticas, entre</p><p>outros.</p><p>Mas o que de fato significa “citometria de fluxo”?</p><p>Nada mais é que uma “medição” de células que passam em um fluxo</p><p>contínuo. Agora você deve estar pensando que já ouviu falar de outros</p><p>equipamentos que também fazem medições das células em amostras,</p><p>certo? Como, por exemplo, nos laboratórios de hematologia. E você está</p><p>correto!</p><p>Comentário</p><p>O equipamento utilizado na citometria, o citômetro de fluxo, possui</p><p>como base um princípio parecido com o dos contadores de células</p><p>automatizados: a impedância. Por meio de propriedades físicas, como</p><p>tamanho e granulosidade das células, essa impedância consegue</p><p>agrupar os diferentes tipos celulares. Além disso, a partir de marcadores</p><p>(anticorpos), é possivel verificar a presença de receptores celulares,</p><p>importantes na detecção de células cancerígenas.</p><p>Além da contagem individual das células e de detectar receptores</p><p>celulares, a citometria de fluxo permite avaliar, por exemplo, a expressão</p><p>de diferentes proteínas de uma só vez, em uma mesma população</p><p>celular, possibilitando então uma avaliação multiparamétrica e gerando</p><p>informações mais específicas para classificar essas células em vários</p><p>subgrupos.</p><p>Avaliação multiparamétrica</p><p>Avaliação baseada em múltiplos parâmetros.</p><p>Citômetro de fluxo.</p><p>Como vimos, existem várias outras técnicas que permitem avaliar a</p><p>expressão de diferentes proteínas, como a imuno-histoquímica e a</p><p>imunofluorescência. Mas então, qual é a vantagem de utilizar a</p><p>citometria de fluxo?</p><p>Nesse processo, além da avaliação ser multiparamétrica, é possível</p><p>avaliar muitas células em um curto período de tempo, sendo possível</p><p>caracterizar quais células estão expressando quais marcadores como,</p><p>por exemplo, proteínas de superfície celular, de citoplasma e de núcleo,</p><p>citocinas intracelulares.</p><p>Mas, claro, a citometria de fluxo não possui somente vantagens. Para</p><p>realizar essa técnica, a amostra precisa estar em suspensão. Então,</p><p>dependendo da amostra, se perdem informações estruturais, como os</p><p>tecidos que precisam ser dissociados e as células que precisam estar</p><p>em suspensão líquida. Além disso, os reagentes ainda são um pouco</p><p>caros e os profissionais que analisam os dados precisam ter bastante</p><p>experiência.</p><p>Atualmente, a citometria de fluxo é amplamente</p><p>empregada para imunofenotipagem, ou seja,</p><p>identificação das células pelo seu fenótipo, muito</p><p>utilizada em laboratórios clínicos para avaliação das</p><p>células do sistema imunológico.</p><p>É importante ressaltar que a técnica de “fenotipar” não se limita a esse</p><p>conjunto celular, sendo aplicada a outras células e capaz de identificar</p><p>os tipos celulares utilizando um único marcador ou múltiplos</p><p>marcadores. É válido destacar também que conseguimos avaliar</p><p>praticamente todas as partículas e células que podem ser marcadas</p><p>com fluorocromos.</p><p>Além disso, podemos ver o estado maturativo, estado de ativação etc.</p><p>Para isso, podemos utilizar marcadores (anticorpos) que reconhecem</p><p>proteínas ou glicoproteínas (antígenos) na superfície celular (membrana</p><p>celular) e/ou marcadores que reconhecem proteínas e estruturas no</p><p>meio intracelular. Graças a imunofenotipagem, é possível diagnosticar</p><p>doenças hematológicas, assim como monitorar a eficácia dos</p><p>tratamentos utilizados. Essa técnica também é muito empregada para o</p><p>diagnóstico e detecção de doença residual mínima (DRM) em leucemias</p><p>e quantificação de células TCD4+ em pacientes HIV+.</p><p>Atenção!</p><p>A imunofenotipagem não identifica atividade viral e nem partículas virais</p><p>dentro da célula.</p><p>Além da imunofenotipagem, a partir da citrometria é possível identificar</p><p>um perfil do ciclo celular da população desejada, pela quantificação do</p><p>DNA, além de avaliar a taxa de proliferação celular, realizar a dosagem</p><p>de múltiplas citocinas para avaliar, por exemplo, quais citocinas estão</p><p>envolvidas em um processo patológico e assim correlacionar com a</p><p>gravidade da doença.</p><p></p><p>O funcionamento do</p><p>citômetro de �uxo</p><p>Este vídeo tem como objetivo explicar como funciona a técnica da</p><p>citometria de fluxo. Confira!</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>De acordo com a metodologia utilizada nos estudos imunológicos,</p><p>pode haver a classificação em ELISA direto, competitivo e indireto.</p><p>Sobre esse assunto, marque a alternativa correta.</p><p>A</p><p>O teste de ELISA indireto é utilizado para verificar</p><p>apenas a presença de antígenos em cortes de</p><p>tecidos.</p><p>B</p><p>O teste de ELISA direto é utilizado para verificar a</p><p>presença de antígenos em cortes de tecido.</p><p>C</p><p>No teste de ELISA competitivo, a intensidade de cor</p><p>e a concentração de antígenos na amostra em</p><p>investigação são diretamente proporcionais.</p><p>Parabéns! A alternativa B está correta.</p><p>No ELISA indireto e competitivo são analisados tanto antígenos</p><p>como anticorpos, já o ELISA direto verifica antígenos presentes, por</p><p>exemplo, nos tecidos. No ELISA competitivo, a intensidade de cor e</p><p>a concentração da amostra são inversamente proporcionais, de</p><p>forma que, quanto maior a intensidade de cor menor a</p><p>concentração de antígenos na amostra. Já o ELISA direto é</p><p>diretamente proporcional, uma maior intensidade de cor é verificada</p><p>com uma maior quantidade de anticorpos na amostra.</p><p>Questão 2</p><p>Os testes rápidos são muito utilizados quando precisamos de um</p><p>diagnóstico imunológico imediato, são de fácil execução, versáteis</p><p>e dispensam equipamentos. Esses testes detectam a interação</p><p>antígeno-anticorpos por meio de qual reação?</p><p>D</p><p>O teste de ELISA competitivo é utilizado para</p><p>verificar apenas a presença de antígenos em cortes</p><p>de tecidos.</p><p>E</p><p>No teste de ELISA direto, a intensidade de cor e a</p><p>concentração de antígenos na amostra em</p><p>investigação são inversamente proporcionais.</p><p>A Imunoenzimática</p><p>B Imunocromatografia</p><p>C Imuno-histoquímica</p><p>D Teste de sensibilidade cutânea</p><p>Parabéns! A alternativa B está correta.</p><p>Os testes rápidos realizam a detecção da interação antígeno-</p><p>anticorpo pela difusão cromatográfica, onde o complexo formado</p><p>gera uma cor e, a partir dele, podemos detectar antígenos ou</p><p>anticorpos. Essa reação é denominada de imunocromatografia.</p><p>Considerações �nais</p><p>Ao longo desta nossa jornada, aprendemos como</p><p>o sistema</p><p>imunológico está organizado para defender o organismo contra</p><p>patógenos invasores por meio da imunidade inata e adquirida.</p><p>Entendemos a importância dos anticorpos e como se dá a interação</p><p>específica com os diversos antígenos a que estamos expostos</p><p>diariamente.</p><p>Além disso, entendemos a importância do diagnóstico imunológico e</p><p>conhecemos os diferentes testes imunológicos empregados para a</p><p>confirmação diagnóstica, acompanhamento da evolução e tratamento</p><p>de uma doença, além de confirmar a presença de uma substância no</p><p>organismo.</p><p>Vimos que a maioria dos testes utilizados consiste na interação</p><p>antígeno-anticorpo, que pode ser visível a olho nu (teste de precipitação,</p><p>aglutinação ou fixação de complemento) ou então apresentar um dos</p><p>componentes da interação marcado com corantes fluorescentes ou</p><p>quimioluminescentes, radioisótopos, enzimas, entre outros marcadores,</p><p>para que essa interação seja visível (ELISA, radioimunoensaio, teste de</p><p>fluorescências). Aprendemos também que o teste de hipersensibilidade</p><p>cutânea tardia é uma forma de verificação in vivo da imunidade celular,</p><p>sendo essencial para confirmar a exposição prévia a alguns agentes</p><p>infecciosos.</p><p>E Aglutinação</p><p>Podcast</p><p>Ouça a seguir a explicação sobre as propriedades gerais da resposta</p><p>imune e entenda como nosso organismo é capaz de se defender de</p><p>agentes externos, como microrganismos invasores ou agressores.</p><p></p><p>Explore +</p><p>Para aprofundar seus conhecimentos sobre o conteúdo estudado, leia</p><p>os artigos:</p><p>Efeito prozona no diagnóstico de sífilis pelo método VDRL:</p><p>experiência de um serviço de referência no sul do Brasil, de Danieli</p><p>Luiza Jung, Daniela Becker e Jane Dagmar Pollo Renner, disponível</p><p>no site da UNISC.</p><p>Teste rápido para detecção da infecção pelo HIV-1 em gestantes,</p><p>de Geraldo Duarte e outros autores, disponível na plataforma Scielo.</p><p>Avaliação do poder sensibilizante da reação de Montenegro, de</p><p>Fábio Freire José e colaboradores, disponível na plataforma Scielo.</p><p>Referências</p><p>ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H. Imunologia celular e molecular. 5. ed.</p><p>Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.</p><p>ABDULJALIL, J.M. Laboratory diagnosis of SARS-CoV-2: available</p><p>approaches and limitations. New Microbe and New Infect. v. 36, p. 1-9,</p><p>2020.</p><p>BRASIL. Uso de bebidas alcoólicas e outras drogas nas rodovias</p><p>brasileiras e outros estudos. Secretaria Nacional de Políticas sobre</p><p>Drogas, 2010.</p><p>COSTA, R. N. Introdução à citometria de fluxo – um manual básico para</p><p>iniciantes. 1. ed. Curitiba: Independently published, 2020.</p><p>IQBAL, A. et al. Detection of food allergens by ELISA and other common</p><p>methods. Fresenius Environmental Bulletin, 2018.</p><p>MACHADO, S. L; MACHADO, R. D. Imunologia básica e aplicada às</p><p>análises clínicas. Consultado na internet em: 18 ago. 2020.</p><p>MARTINÉZ-PASTOR, F. et al. Probes and techniques for sperm</p><p>evaluation by flow cytometry. Reproduction in Domestic Animals (Suppl.</p><p>2), p. 67–78, 2010.</p><p>MOLINARO, E. M.; CAPUTO, L. F. G; AMENDOEIRA, M. R. R. Conceitos e</p><p>métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde. 3.</p><p>ed. Rio de Janeiro: EPSJV- FIOCRUZ, 2013.</p><p>WASTOWSKI, I.; DONADI, E. Imunologia básica para o clínico.</p><p>Consultado na internet em: 18 ago. 2020.</p><p>Material para download</p><p>Clique no botão abaixo para fazer o download do</p><p>conteúdo completo em formato PDF.</p><p>Download material</p><p>javascript:CriaPDF()</p><p>O que você achou do conteúdo?</p><p>Relatar problema</p><p>células observadas em esfregaços sanguíneos. Esses</p><p>tipos celulares podem ser recrutados rapidamente da corrente</p><p>sanguínea para os sítios de inflamação e, ao entrar nos tecidos,</p><p>diferenciam-se em macrófagos.</p><p>Os monócitos desempenham funções tanto na imunidade inata (como a</p><p>fagocitose e morte de microrganismos por meio da produção de</p><p>espécies reativas de oxigênio e digestão proteolítica) como na</p><p>imunidade adquirida, pois apresentam antígenos aos linfócitos.</p><p>Linfócitos</p><p>São células geralmente pequenas, classificadas em diversos tipos, que</p><p>diferem nas funções e em seus produtos proteicos. As principais</p><p>populações são:</p><p></p><p>Resposta imune inata e</p><p>adquirida</p><p>As respostas imunes compõem um sistema integrado de defesa do</p><p>hospedeiro, no qual diversas células e moléculas atuam em cooperação.</p><p>Nossa primeira linha de defesa é constituída pela imunidade inata ou</p><p>natural, composta por barreiras naturais (pele, mucosas, enzimas),</p><p>células fagocíticas - em especial neutrófilos e macrófagos -, e proteínas</p><p>de fase aguda, como a proteína C reativa (PCR) e os componentes do</p><p>sistema complemento.</p><p>Neutrófilos no sangue.</p><p>As proteínas de fase aguda podem ser úteis como biomarcadores de</p><p>condições patológicas. Sintetizada pelos hepatócitos em resposta a</p><p>citocinas inflamatórias como a IL-6, a PCR tem sido utilizada como</p><p>marcador de resposta de fase aguda, uma vez que seus níveis séricos</p><p></p><p>aumentam rapidamente após lesão e/ou necrose tecidual, infecção ou</p><p>outros processos inflamatórios.</p><p>A PCR tem especial utilidade na investigação e no acompanhamento de</p><p>isquemia ou infarto agudo do miocárdio, queimaduras, doenças renais,</p><p>hematológicas e reumatológicas.</p><p>A imunidade adaptativa ou adquirida desenvolve-se posteriormente à</p><p>ação da imunidade inata.</p><p>Biomarcadores</p><p>Os biomarcadores ou marcadores biológicos são utilizados na prática</p><p>clínica para diagnóstico ou identificação de riscos de ocorrência de</p><p>determinada doença.</p><p>Os componentes celulares da imunidade adaptativa</p><p>são capazes de reconhecer antígenos de forma</p><p>específica.</p><p>Com o antígeno reconhecido, uma resposta pode ser desencadeada por</p><p>meio da produção de anticorpos, por exemplo. Esse tipo de resposta</p><p>confere memória protetora contra o mesmo antígeno, isto é, durante</p><p>uma segunda exposição, frequentemente a resposta é mais rápida do</p><p>que na infecção primária.</p><p>A imunidade adaptativa é subdividida em celular (ou mediada por</p><p>células) e humoral. Veja a seguir:</p><p>Celular</p><p>Tem como seus principais componentes os diversos subtipos de</p><p>linfócitos T, classificados de acordo com seu modo de ação.</p><p>Humoral</p><p>Tem como seus principais componentes anticorpos produzidos pelos</p><p>plasmócitos.</p><p>Antígenos e anticorpos</p><p>Antígenos</p><p>São definidos como moléculas ou partículas que, uma vez reconhecidas</p><p>por células do nosso sistema imunológico, podem desencadear ou não</p><p>uma resposta imunológica. Um antígeno capaz de ativar uma resposta</p><p>imunológica é chamado de imunógeno.</p><p>Cada antígeno possui sítios de reconhecimento aos quais se ligam os</p><p>anticorpos ou receptores de linfócitos B. Os antígenos podem ser</p><p>moléculas simples ou complexas, como:</p><p>Metabólitos intermediários de carboidratos, lipídeos e hormônios.</p><p>Macromoléculas, como carboidratos complexos, fosfolipídeos,</p><p>ácidos nucleicos e proteínas.</p><p>Anticorpos</p><p>As imunoglobulinas, popularmente conhecidas como anticorpos,</p><p>caracterizam-se por serem moléculas proteicas que atuam como</p><p>receptoras de membrana dos linfócitos B (BCR), ou podem se</p><p>apresentar em sua forma solúvel, sendo sintetizadas por plasmócitos</p><p>(linfócitos B diferenciados).</p><p>Os anticorpos são produzidos em resposta a determinado antígeno,</p><p>sendo capazes de se ligar a ele de forma altamente específica,</p><p>formando os chamados imunocomplexos. Os anticorpos podem atuar</p><p>em diferentes processos, tais como:</p><p>Neutralização de microrganismos ou toxinas.</p><p>Opsonização de patógenos, possibilitando o aumento da fagocitose</p><p>e da toxicidade mediada por células dependentes de anticorpos.</p><p>Ativação do sistema complemento.</p><p>Ativação de mastócitos nas infecções por helmintos.</p><p>Opsonização</p><p>Consiste na fixação de moléculas como anticorpos à superfície de</p><p>patógenos. Dessa forma, os fagócitos têm a sua ação otimizada.</p><p>Sistema complemento</p><p>Atua junto com os anticorpos na resposta imune humoral e consiste em um</p><p>conjunto de proteínas que estão solúveis no sangue ou presentes na</p><p>membrana plasmática, que ao se ativar são capazes de aumentar a</p><p>resposta por anticorpos e a memória imunológica, remover</p><p>imunocomplexos e células em apoptose e lisar células estranhas.</p><p>As imunoglobulinas podem ser classificadas em cinco diferentes</p><p>isotipos: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM. Cada uma dessas classes está</p><p>envolvida em um tipo específico de proteção. Vamos conhecê-las?</p><p>IgD: receptor de membrana de linfócitos B.</p><p>IgE: defesa contra helmintos e hipersensibilidades.</p><p>IgG: opsonização, ativação do sistema complemento, único</p><p>isotipo que atravessa a placenta.</p><p>IgA: imunidade de mucosas.</p><p>Monômero </p><p>Dímero </p><p>Pentâmero </p><p>IgM: receptor de membrana de linfócitos B, ativação do sistema</p><p>complemento.</p><p>No plasma sanguíneo, encontramos muitos anticorpos diferentes, sendo</p><p>cada um deles derivado de um clone de linfócito B.</p><p>Quando temos ativação de diversos clones de linfócitos B e estes,</p><p>diferenciados em plasmócitos, produzem anticorpos, denominamos</p><p>anticorpos policlonais, uma vez que são produtos de clones diferentes e</p><p>cada um desses clones produz anticorpos de especificidade única.</p><p>Os anticorpos monoclonais ou mAbs são produzidos a partir de um</p><p>único clone de linfócito B, que passa a produzir sempre os mesmos</p><p>anticorpos em resposta a um antígeno. Podem ser produzidos em</p><p>laboratório em grande quantidade, a partir de linfócitos B gerados por</p><p>camundongos, cujo sistema imunológico tenha sido estimulado por</p><p>antígenos de interesse.</p><p>As novas gerações de mAbs quiméricos e humanizados usam</p><p>camundongos geneticamente modificados para produzir uma molécula</p><p>híbrida, o que diminui a probabilidade de reação do sistema imunológico</p><p>humano contra proteínas do camundongo.</p><p>Quiméricos</p><p>Um anticorpo quimérico é constituído por uma combinação de uma região</p><p>do anticorpo de camundongo e outra região do anticorpo humano.</p><p>A diferença no reconhecimento dos antígenos entre os anticorpos monoclonais e policlonais.</p><p>Interação antígeno-</p><p>anticorpo</p><p>A ligação do anticorpo ao antígeno ocorre em um sítio específico,</p><p>denominado epítopo ou determinante antigênico. Uma macromolécula</p><p>que apresenta muitos epítopos iguais é chamada de antígeno</p><p>polivalente. Os epítopos podem ser classificados de acordo com sua</p><p>estrutura em:</p><p>Determinantes lineares</p><p>Formados com aproximadamente seis aminoácidos em sequência</p><p>linear.</p><p>Determinantes conformacionais</p><p>Formados por aminoácidos que não estão em sequência, sendo</p><p>encontrados na forma de proteína dobrada.</p><p>Veja na imagem a seguir:</p><p></p><p>Interação do antígeno com a IgG.</p><p>A interação antígeno-anticorpo (Ag-Ac) é semelhante à interação de</p><p>enzimas com seus substratos (modelo chave e fechadura) ou de</p><p>hormônios com seus receptores, mas com algumas diferenças. Você</p><p>imagina quais?</p><p>Resposta</p><p>O anticorpo não provoca alteração química irreversível na molécula do</p><p>antígeno; assim, o produto formado (Ag-Ac) pode se dissociar em dois</p><p>componentes, ficando cada um deles livre em solução. Além disso, os</p><p>antígenos apresentam estruturas químicas que favorecem a</p><p>complementaridade com o anticorpo por meio de ligações não</p><p>covalentes reversíveis.</p><p>Ligações não covalentes reversíveis</p><p>Essas ligações podem ser rompidas após o contato com altas</p><p>concentrações de sal, pH extremo, detergentes e também por competição</p><p>com elevadas concentrações do próprio epítopo puro.</p><p>A associação antígeno e anticorpo apresenta diferentes peculiaridades.</p><p>Um anticorpo pode apresentar distintas afinidades, avidez e</p><p>especificidade a uma gama de moléculas. Mas você sabe o que quer</p><p>dizer, nesse contexto, afinidade, avidez e especificidade?</p><p>A afinidade é determinada pela força de ligação resultante entre</p><p>um</p><p>anticorpo e um único epítopo do antígeno e depende da</p><p>complementariedade entre as duas moléculas.</p><p>Anticorpos com alta afinidade apresentam grande</p><p>similaridade ao antígeno, interagindo por meio de</p><p>ligações fortes e duradouras. Anticorpos com baixa</p><p>afinidade dissociam-se rapidamente, pois estabelecem</p><p>ligações mais fracas.</p><p>Na Imagem, vemos a interação entre o anticorpo do tipo IgG e o</p><p>antígeno. Cada sítio de ligação do IgG apresenta alta afinidade pelo seu</p><p>sítio de ligação.</p><p>Interação IgG-antígeno.</p><p>A avidez é determinada pela força resultante de interações múltiplas</p><p>entre uma molécula de anticorpo e os epítopos de um antígeno</p><p>complexo. Assim, quanto maior a avidez, melhor o efeito biológico final</p><p>do anticorpo, porém a afinidade será menor. A baixa afinidade de um</p><p>anticorpo pode ser compensada por uma avidez elevada, como</p><p>acontece em uma molécula de IgM, que, por ser pentamérica, apresenta</p><p>diferentes sítios de ligação.</p><p>Na imagem, vemos a interação de IgM com um antígeno, que tem locais</p><p>de ligação ao antígeno de baixa afinidade, mas, como é uma estrutura</p><p>pentamérica, possui dez sítios de ligação, de maneira que a avidez é</p><p>alta.</p><p>Interação IgM-antígeno.</p><p>A especificidade consiste na habilidade do anticorpo de distinguir seu</p><p>imunógeno de outros antígenos.</p><p>A relação Ag-Ac é influenciada por diversos fatores. Assim, reações</p><p>entre antígenos e anticorpos polivalentes são mais estáveis, sendo</p><p>detectadas mais facilmente. Caso o antígeno seja particulado,</p><p>geralmente é observada a aglutinação do antígeno pelo anticorpo.</p><p>No entanto, se o antígeno estiver na forma solúvel, geralmente é</p><p>observada a precipitação de um antígeno após a produção de grandes</p><p>complexos Ag-Ac insolúveis.</p><p>Particulado</p><p>Antígenos particulados constituem a estrutura de bactérias, fungos, vírus e</p><p>alguns tipos celulares, como hemácias. Geralmente são mais imunogênicos</p><p>que antígenos solúveis.</p><p>Comentário</p><p>A formação dos complexos Ag-Ac é influenciada pela temperatura e</p><p>pelo tempo de reação. Já o tamanho desses complexos está</p><p>relacionado à concentração do antígeno e do anticorpo.</p><p>Alguns anticorpos podem ter habilidade de interagir com mais de um</p><p>epítopo com propriedades químicas similares. Assim, é possível que</p><p>ocorram ligações mais fracas com regiões semelhantes, mas não</p><p>idênticas, do antígeno que o induziu. Esse tipo de ligação é chamado de</p><p>reação cruzada. Observe a seguir:</p><p>Reatividade cruzada.</p><p>Diversos vírus e bactérias podem apresentar epítopos idênticos ou</p><p>similares a componentes normais da célula hospedeira. Os antígenos</p><p>microbianos estimulam anticorpos que reagem de maneira cruzada com</p><p>os componentes da célula hospedeira e resultam em uma reação</p><p>autoimune que lesiona o tecido. Além disso, sabe-se que algumas</p><p>bactérias intestinais têm substâncias quimicamente semelhantes que</p><p>apresentam reatividade antigênica cruzada com antígenos A e/ou B</p><p>expressos na superfície dos eritrócitos.</p><p>Interação antígeno-</p><p>anticorpo</p><p></p><p></p><p>No vídeo a seguir definiremos o que são os antígenos, anticorpos e</p><p>explicaremos a interação antígeno-anticorpo. Confira!</p><p>Diagnóstico imunológico</p><p>Importância dos métodos</p><p>imunológicos</p><p>Como já sabemos, os métodos sorológicos ou imunológicos são</p><p>desenvolvidos a partir do reconhecimento antígeno-anticorpo, uma</p><p>ligação altamente específica. Eles são empregados para diagnosticar</p><p>infecções, avaliar a compatibilidade entre doadores de sangue e de</p><p>órgãos, verificar a evolução de uma doença e a soroconversão durante</p><p>uma imunização ativa (vacina) ou infecção e detectar antígenos</p><p>tumorais.</p><p>Imunização ativa (vacina).</p><p>Dessa forma, durante uma avaliação, a sintomatologia apresentada pelo</p><p>paciente indica algumas suspeitas diagnósticas. A partir desse</p><p>resultado, o médico pode chegar a uma conclusão e iniciar o</p><p>tratamento.</p><p>Comentário</p><p>Os indivíduos podem ter respostas diferentes frente ao mesmo invasor,</p><p>variando a sintomatologia, o perfil e a quantidade de anticorpos</p><p>produzidos. Um exemplo dessa situação é a infecção pelo novo</p><p>coronavírus, que apresenta pacientes sintomáticos leves, graves, com</p><p>perfis e quantidade de produção de anticorpos diferentes.</p><p>Os métodos imunológicos também contribuem para o diagnóstico de</p><p>infecções causadas por patógenos difíceis de visualizar a partir de</p><p>fluidos biológicos ou alojados em uma estrutura tecidual do hospedeiro.</p><p>Assim, não há necessidade de realizar exames mais invasivos, como</p><p>biópsias, ou utilizar métodos que necessitem de uma estrutura e</p><p>profissionais especializados, como os métodos moleculares.</p><p>Esses exames também contribuem para a diferenciação da fase de uma</p><p>doença. Na maioria das infecções, a imunoglobulina IgM é a primeira a</p><p>ser produzida após um estímulo imunogênico, aumentando</p><p>significativamente seus níveis plasmáticos durante a fase aguda da</p><p>doença.</p><p>Normalmente, a detecção de IgM na corrente</p><p>sanguínea é um indicativo de infecção recente, mas</p><p>essa imunoglobulina pode permanecer de 3-6 meses</p><p>no organismo.</p><p>Ao longo da infecção e do prognóstico da doença (sua evolução), temos</p><p>a diminuição da concentração plasmática de IgM e o aumento da</p><p>produção e detecção da imunoglobulina do tipo IgG. IgG é normalmente</p><p>encontrada no final de um processo agudo, permanecendo com níveis</p><p>plasmáticos elevados durante longos períodos na fase denominada</p><p>crônica e após a cura da doença. Essa imunoglobulina é associada à</p><p>memória imunológica e pode permanecer elevada durante a vida toda.</p><p>Comentário</p><p>A dosagem das imunoglobulinas IgM e IgG é de suma importância para</p><p>identificar a fase da doença. Se um paciente apresenta um IgM positivo</p><p>para o coronavírus com IgG negativo, então se encontra na fase aguda</p><p>da doença, ou seja, a fase altamente transmissível, necessitando ficar</p><p>em isolamento social.</p><p>Esses testes são altamente empregados, pois são de fácil execução,</p><p>apresentam baixo custo, em alguns casos, a possibilidade de</p><p>automação, e conferem resultados e diagnóstico rápidos, possibilitando</p><p>um tratamento imediato.</p><p>Teste rápido de covid-19 para detectar IgM e IgG.</p><p>Soroconversão</p><p>É o termo usado para indicar que um organismo produziu anticorpos</p><p>após o contato com um antígeno. Durante uma resposta imunológica, o</p><p>contato com um antígeno geralmente induz a produção de anticorpos,</p><p>mas a detecção destes pelos métodos sorológicos disponíveis pode</p><p>demorar semanas ou até meses. O período entre a produção e a</p><p>detecção dos anticorpos pelos métodos é chamado de janela</p><p>imunológica, janela sorológica ou janela de soroconversão. Nesse</p><p>intervalo, mesmo que um paciente esteja infectado, a pesquisa de</p><p>anticorpos será negativa.</p><p>Exemplo</p><p>Na infecção pelo novo coronavírus causado pelo vírus SARS-COV2, a</p><p>produção de anticorpos do tipo IgM, pelos testes sorológicos de ELISA</p><p>ou testes rápidos, normalmente é detectada a partir de 7 dias do início</p><p>dos sintomas.</p><p>Um paciente com sintomas, ao realizar o exame sorológico antes desse</p><p>período, terá um resultado negativo, ou seja, falso negativo. Durante a</p><p>investigação diagnóstica, um paciente sintomático ou assintomático</p><p>para determinada doença pode apresentar níveis de anticorpos</p><p>detectáveis, ou não detectáveis.</p><p>Dizemos que houve um processo de soroconversão</p><p>quando o resultado de um primeiro teste sorológico</p><p>para a detecção de anticorpos contra um antígeno</p><p>hipotético X for negativo e o de um segundo exame,</p><p>feito algum tempo depois, for positivo.</p><p>A soroconversão nos pacientes com HIV é um exemplo clássico.</p><p>Durante muito tempo, a enorme janela imunológica e o tempo para o</p><p>aparecimento dos sintomas contribuíram diretamente para o aumento</p><p>da disseminação do vírus no mundo, contaminando pessoas que</p><p>recebiam transplantes e transfusões sanguíneas. Havia ainda um atraso</p><p>no início do tratamento dos contaminados, que não sabiam que</p><p>estavam doentes. Nessa época, a janela imunológica era de 6 meses.</p><p>Classi�cação dos métodos</p><p>imunológicos</p><p>Durante a realização dos exames laboratoriais de rotina, é comum</p><p>encontrar resultados de exames imunológicos, como a avaliação da</p><p>presença de anticorpos</p><p>contra um antígeno, apenas como positivo ou</p><p>negativo, e outros que, além de classificá-los, vêm com um valor</p><p>atribuído. Mas por que ocorre essa diferença?</p><p>Os ensaios sorológicos podem fornecer dois tipos de resultados</p><p>dependendo da metodologia: qualitativo e quantitativo. Veja a seguir:</p><p>Teste rápido para detecção de anticorpos contra o coronavírus, um exemplo de</p><p>método qualitativo.</p><p>Utilizado para indicar a presença ou ausência de uma resposta,</p><p>ou seja, apenas classifica aquela análise como positiva ou</p><p>negativa, reagente ou não reagente.</p><p>ELISA, um exemplo de método quantitativo.</p><p>Utilizado quando desejamos que um resultado seja medido, ou</p><p>seja, que tenha um valor quantificado. Nesse tipo de método, a</p><p>quantidade de antígenos, ou anticorpos, pode ser expressa das</p><p>seguintes maneiras:</p><p>No formato de cruzes (positivo +/++++; ++/++++; +++/++++;</p><p>++++/++++, onde 4 sinais “+” indicam o máximo de</p><p>positividade do método).</p><p>Método qualitativo </p><p>Método quantitativo </p><p>Titulações (1:2, 1:4, 1:8; 1:16, dentre outros).</p><p>Densidades ópticas de reações colorimétricas.</p><p>Unidades de medidas que apresentem o valor absoluto da</p><p>substância que está sendo investigada (UI/mL, % e mg/ mL).</p><p>A determinação do tipo de método qualitativo ou quantitativo deve estar</p><p>alinhada com a clínica do paciente, pois, dependendo do interesse</p><p>médico, é necessário apenas descobrir a presença de um anticorpo para</p><p>o diagnóstico e tratamento rápido. Nesses casos, é utilizada uma</p><p>metodologia qualitativa.</p><p>Em outras situações, é importante acompanhar o título (quantidade) de</p><p>anticorpos ou a carga viral para verificar se o tratamento está sendo</p><p>eficaz, para isso é utilizada uma metodologia quantitativa. Por essa</p><p>razão, é fundamental conhecer os diferentes tipos de métodos para</p><p>definir o melhor teste a ser utilizado em cada caso.</p><p>Saiba mais</p><p>Alguns autores classificam a detecção de títulos dos anticorpos pela</p><p>diluição da amostra como uma metodologia semiquantitativa. Também</p><p>é classificado como semiquantitativo o resultado em cruzes. Nesses</p><p>métodos, não é possível obter os valores absolutos (reais) de</p><p>anticorpos.</p><p>Soroconversão e janela</p><p>imunológica</p><p>No vídeo a seguir, relembraremos a importância do diagnóstico</p><p>imunológico, explicaremos o que é soroconversão e a partir de</p><p>exemplos definiremos e pontuaremos a importância da janela</p><p>imunológica.</p><p></p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>A ligação do anticorpo ao antígeno ocorre em um sítio específico,</p><p>denominado epítopo. Entretanto, a associação entre os antígenos e</p><p>anticorpos apresenta diferentes peculiaridades, como a habilidade</p><p>de interagir com antígenos com epítopos com propriedades</p><p>químicas similares. Como chamamos essa condição?</p><p>Parabéns! A alternativa C está correta.</p><p>A reatividade cruzada ocorre quando um anticorpo se combina com</p><p>uma molécula diferente do antígeno indutor da resposta, a partir de</p><p>A Afinidade</p><p>B Avidez</p><p>C Reatividade cruzada</p><p>D Complementariedade</p><p>E Especificidade</p><p>uma ligação mais fraca com regiões semelhantes, mas não</p><p>idênticas, do antígeno que o induziu.</p><p>Questão 2</p><p>Uma das aplicabilidades do diagnóstico sorológico é detectar a</p><p>presença de antígenos ou anticorpos durante um processo</p><p>infeccioso de maneira qualitativa e quantitativa. Com relação a</p><p>essas análises, assinale as alternativas a seguir:</p><p>I. A análise quantitativa detecta apenas presença ou ausência de</p><p>antígenos.</p><p>II. A análise quantitativa é capaz de verificar a concentração de um</p><p>antígeno.</p><p>III. As análises quantitativas e qualitativas de antígenos são a</p><p>mesma coisa, visto que ambas definem um teste sorológico.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>Parabéns! A alternativa B está correta.</p><p>Somente a análise quantitativa é capaz de mensurar valores,</p><p>podendo ser obtidos resultados em percentuais e concentrações</p><p>A I, apenas.</p><p>B II, apenas.</p><p>C III, apenas.</p><p>D I e II.</p><p>E I e III.</p><p>plasmáticas. Na análise qualitativa, os resultados são classificados</p><p>como positivo e negativo, ou seja, presente ou ausente.</p><p>2 - Métodos laboratoriais com reagentes não</p><p>marcados</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os principais</p><p>métodos laboratoriais imunológicos com reagentes não marcados.</p><p>Reações de precipitação</p><p>Introdução aos métodos</p><p>com reagentes não</p><p>marcados</p><p>Os métodos laboratoriais imunológicos que utilizam imunorreagentes</p><p>livres de marcação são técnicas que possibilitam uma interação</p><p>antígeno e anticorpo que podemos visualizar. Nesse tipo de reação,</p><p>ocorre o reconhecimento de anticorpos com antígenos solúveis e a</p><p>formação de precipitados insolúveis.</p><p>Quando o antígeno pesquisado é um microrganismo, como uma</p><p>bactéria, um protozoário, uma hemácia, ou seja, um antígeno</p><p>particulado, os anticorpos, ao reconhecerem esse antígeno, irão se</p><p>aglutinar. De modo diferente, quando o antígeno está ligado à superfície</p><p>celular, o resultado da interação com o anticorpo pode ser a lise celular</p><p>(citólise).</p><p>Precipitados</p><p>São produtos que não são capazes de se dissolver.</p><p>Interação entre antígeno e anticorpo, resultando em aglutinação.</p><p>Dentre as técnicas imunológicas com reagentes não marcados,</p><p>destacam-se: as reações de precipitação, de aglutinação e de fixação de</p><p>complemento.</p><p>Precipitação: princípios</p><p>gerais</p><p>São técnicas que consistem no reconhecimento de antígenos solúveis</p><p>com seus anticorpos complementares que também estão em solução,</p><p>originando um agregado (imunocomplexo) que não se solubiliza</p><p>(precipitado) e é visível.</p><p>Imunocomplexos são complexos formados a partir de</p><p>imunoglobulina que se liga a antígenos solúveis.</p><p>Na imagem a seguir, vemos como são formados esses complexos.</p><p>Imunocomplexos.</p><p>Um fator determinante para que a reação de precipitação seja visível, é a</p><p>concentração de antígeno (Ag) e anticorpo (Ac) presentes.</p><p>Quando as concentrações dessas duas moléculas são equivalentes,</p><p>ocorre uma precipitação máxima e, assim, é possível visualizar a</p><p>precipitação. Chamamos esse fenômeno de zona de equivalência. Ao</p><p>contrário, quando existe excesso de antígeno ou anticorpo, a interação</p><p>diminui e a formação de precipitado também, gerando resultados falso-</p><p>negativos. Quando temos excesso de anticorpos, ocorrem reações que</p><p>não são visíveis a olho nu (precipatação subótima), esse fenômeno é</p><p>chamado de prozona.</p><p>Saiba mais</p><p>O efeito prozona pode ser observado em outros testes sorológicos,</p><p>como aglutinação. Durante os exames, a partir dessa técnica, são</p><p>realizadas diferentes diluições para evitar resultados falhos.</p><p>Veja na imagem a seguir a reação de precipitação entre antígeno e</p><p>anticorpo através do desenho da curva:</p><p></p><p>A curva mostra a reação de precipitação entre antígeno e anticorpo.</p><p>A imagem mostra que em A temos um excesso de anticorpos, o que</p><p>resulta em precipitados pequenos que não são visíveis a olho nu, o</p><p>efeito prozona. Já em B, vemos a zona de equivalência, com</p><p>concentrações de antígeno e anticorpo equivalentes e precipitação</p><p>máxima e visível. Em C, o excesso de antígeno também gera</p><p>precipitados pequenos, não visíveis a olho nu, o efeito pós-zona.</p><p>Nas reações de precipitação, para verificar a interação antígeno e</p><p>anticorpo, são utilizados diferentes meios reacionais como, por</p><p>exemplo, o meio líquido ou semissólido. Quando realizadas em meio</p><p>semissólido, essas reações são divididas em imunodifusão e</p><p>imunoeletroforese.</p><p>Comentário</p><p>As principais vantagens das técnicas que usam meio racional</p><p>semissólido são sua rapidez, a fácil execução, o baixo custo, o fato de</p><p>que podem ser testadas diferentes amostras e sua boa especificidade.</p><p>No entanto, apresentam uma baixa sensibilidade.</p><p>Reação de precipitação em</p><p>meio líquido</p><p>A precipitação ocorre em tubos de ensaio ou em capilares e visa</p><p>pesquisar a presença de antígenos. Para isso, os tubos apresentam uma</p><p>solução de anticorpos já conhecida, também chamada de soro</p><p>hiperimune e nele, cuidadosamente, é adicionada uma amostra, para</p><p>formar duas fases: uma inferior, com o soro hiperimune, e outra superior,</p><p>com a amostra.</p><p>Se o antígeno</p><p>pesquisado estiver presente na amostra, migrará em</p><p>direção ao soro, formando um gradiente de concentração. Quando</p><p>ocorrer a interação antígeno e anticorpo e esta estiver na zona de</p><p>equivalência, é possível verificar a formação de um precipitado visível,</p><p>ou seja, um anel de turvação. Essa técnica é mais utilizada em</p><p>laboratórios de pesquisa.</p><p>Reações de precipitação em meio líquido, técnica de precipitina e/ou do anel.</p><p>Reações de precipitação</p><p>Confira no vídeo a seguir a descrição dos principais aspectos das</p><p>reações de precipitação.</p><p></p><p></p><p>Reações de precipitação em</p><p>meio semissólido</p><p>Imunodifusão</p><p>Antes de conhecermos as técnicas de precipitação em meio</p><p>semissólido, vamos estudar sobre imunodifusão, que consiste na</p><p>migração de antígenos solúveis em uma matriz gelatinosa (ágar ou gel</p><p>de agarose) que contém um anticorpo em sua composição.</p><p>Comentário</p><p>Algumas técnicas podem pesquisar anticorpos solúveis em uma matriz</p><p>que apresente o antígeno correspondente. Quando as moléculas estão</p><p>livres, a difusão permanece constante mas, quando ocorre a interação</p><p>de antígenos solúveis com os anticorpos, o precipitado</p><p>(imunoprecipitado) formado fica preso no gel de acordo com o peso</p><p>molecular desse complexo e, assim, podem ser visualizados.</p><p>As técnicas de imunodifusão dependem de alguns parâmetros, que são:</p><p>Concentração, pureza e tamanho dos poros do gel.</p><p>Concentração dos antígenos e anticorpos.</p><p>Tempo de difusão.</p><p>Temperatura.</p><p>Especificidade.</p><p>Avidez da interação antígeno e anticorpo.</p><p>Dependendo do tipo de migração do antígeno e do anticorpo sobre a</p><p>matriz, a imunodifusão pode ser dividida em simples, dupla ou radial.</p><p>Veja a seguir o detalhamentos de cada tipo de imunodifusão:</p><p>Simples </p><p>Imunodifusão simples ou imunodifusão unidirecional em meio semissólido.</p><p>Ocorre quando um dos componentes (Ag ou Ac) fica fixado ao</p><p>gel, enquanto o outro vai migrando até que se forme os</p><p>imunocomplexos.</p><p>O antígeno é colocado sobreposto a uma coluna de ágar,</p><p>contendo o soro hiperimune. As moléculas do antígeno irão</p><p>penetrar no ágar e se difundirem com uma velocidade diferente</p><p>para cada substância, dependendo do peso molecular. Após o</p><p>tempo de incubação, normalmente de uma semana, será</p><p>possível observar o que chamamos de disco (banda) ou zona de</p><p>precipitação.</p><p>Imunodifusão dupla ou imunodifusão de Ouchterlony.</p><p>Ocorre quando o antígeno e o anticorpo migram um em direção</p><p>ao outro, ao mesmo tempo, para a formação dos</p><p>imunocomplexos.</p><p>Dupla </p><p></p><p></p><p>Esse teste é realizado em uma lâmina de vidro ou placa de Petri,</p><p>que é coberta por uma camada fina de gel, com dois orifícios.</p><p>Em um desses orifícios é colocado o antígeno e no outro o</p><p>anticorpo. Caso haja formação de imunocomplexos, há o</p><p>aparecimento de bandas ou linhas de precipitação. Essa é uma</p><p>técnica semiqualitativa, que pode ser utilizada para o diagnóstico</p><p>de doenças infectocontagiosas, como candidíase, histoplasmose</p><p>e aspergilose.</p><p>Imunodifusão radial simples ou imunodifusão de MANCINI.</p><p>Ocorre quando o movimento do antígeno ocorre em todas as</p><p>direções em um meio semissólido.</p><p>Para isso, uma lâmina de vidro ou uma placa de Petri é coberta</p><p>com um gel impregnado de anticorpo distribuído uniformemente,</p><p>em seguida, as amostras em investigação são colocadas em</p><p>pequenos orifícios. Os antígenos presentes na amostra irão se</p><p>difundir de forma radial e, conforme vão encontrando os</p><p>anticorpos, ocorre a formação de imunocomplexos e de um halo</p><p>Radial </p><p></p><p>de precipitação ao redor do orifício (forma de anel). Quanto</p><p>maior a concentração do antígeno, maior é o tamanho do halo.</p><p>Nessa técnica, além das amostras testes, são utilizadas</p><p>soluções padrões com concentrações conhecidas de antígenos.</p><p>A partir do tamanho dos halos de precipitação obtidos com os</p><p>antígenos de controle (padrão), podemos originar uma curva</p><p>padrão e descobrir a concentração de antígenos presentes em</p><p>amostras de soros de pacientes, possibilitando uma análise</p><p>quantitativa. Essa técnica pode ser utilizada para quantificação</p><p>de proteínas, como imunoglobulinas, proteínas séricas, fatores</p><p>do complemento e proteínas de fase aguda (PCR).</p><p>Imunodifusão</p><p>Neste vídeo, a conteudista explica em detalhes o que é a imunodifusão,</p><p>suas técnicas e parâmetros utilizados.</p><p>Imunoeletroforese</p><p>A técnica da</p><p>imunoeletroforese</p><p>A imunoeletroforese (método de Grabar e Williams) é uma técnica de</p><p>imunoprecipitação em meio semissólido (gel) que associa as técnicas</p><p>de:</p><p></p><p>Imunodifusão</p><p>A técnica verifica a difusão do antígeno (ou anticorpo) sobre uma</p><p>superfície gelatinosa composta de anticorpos (ou antígeno) e a</p><p>formação de zona de precipitação, indicando o reconhecimento</p><p>antígeno-anticorpo.</p><p>Eletroforese</p><p>A técnica consiste na migração e separação de moléculas de acordo</p><p>com a carga, após a geração de um campo elétrico. Ela utiliza diferentes</p><p>meios de suporte, como fitas ou membranas de poliacetato de celulose</p><p>e géis de agarose.</p><p>Veja na imagem a seguir uma representação da técnica de eletroforese:</p><p>Eletroforese.</p><p>No nosso organismo, diversas moléculas, como proteínas, aminoácidos,</p><p>polipeptídios, nucleotídeos e ácido nucleico, apresentam grupos</p><p>funcionais ionizáveis que adquirem cargas (positiva ou negativa) em</p><p>determinado pH.</p><p>Quando um campo elétrico é gerado em determinado</p><p>pH, as moléculas migrarão para o polo positivo ou</p><p>negativo, de acordo com a sua carga líquida.</p><p>Para verificação de proteínas, normalmente, é utilizado um tampão com</p><p>pH entre 8,2 e 8,6 e, nessa solução, as moléculas são carregadas</p><p>negativamente e migram em direção ao ânodo (polo positivo).</p><p>As imunoglobulinas, em média, têm pouca carga neste pH e, portanto,</p><p>migram pouco desde o ponto de aplicação da amostra (origem). Além</p><p>disso, a migração também depende do tamanho e conformação das</p><p>moléculas, de maneira que proteínas de alto peso molecular migram</p><p>menos que aquelas de baixo peso molecular.</p><p>Essa técnica é amplamente utilizada para:</p><p>Verificação analítica, como na avaliação de proteína sérica.</p><p>Análises preparatórias, ou seja, na purificação de proteína que</p><p>depois será estudada.</p><p>Para a detecção específica de enzimas e suas isoformas (por meio</p><p>de sua atividade particular).</p><p>Detecção de antígenos (em combinação com uma variedade de</p><p>técnicas imunológicas).</p><p>Agora que estudamos a eletroforese, vamos entender a técnica de</p><p>imunoeletroforese.</p><p>Inicialmente, as proteínas são separadas pela eletroforese. Para isso,</p><p>um gel é preparado, colocado em uma cuba de eletroforese, e o tampão</p><p>é escolhido para que as partículas a serem analisadas fiquem com as</p><p>cargas negativas e migrem para o polo positivo. As amostras a serem</p><p>testadas (misturas de anticorpos ou antígenos) são aplicadas no gel.</p><p>Preparação do gel e aplicação das amostras.</p><p>Nesse aparato, é aplicada uma diferença de potencial, que será</p><p>responsável pela migração e separação das moléculas de acordo com a</p><p>carga, o tamanho e a conformação.</p><p>Eletroforese.</p><p>Após a corrida eletroforética, é realizada a imunodifusão de cada</p><p>componente que foi separado no gel. Para isso, é cortada uma canaleta</p><p>entre os poços, na qual é colocado o antígeno ou anticorpo</p><p>correspondente.</p><p>Imunodifusão.</p><p>À medida que ocorre uma interação antígeno-anticorpo, vamos ter uma</p><p>linha de precipitação em forma de arco na região de equivalência. Cada</p><p>banda formada representa a formação de um complexo imune</p><p>específico.</p><p>Avaliação dos resultados da imunoeletroforese.</p><p>Essa é uma técnica qualitativa e semiquantitativa, que possibilita</p><p>distinguir substâncias de acordo com suas cargas elétricas, seus pesos</p><p>moleculares, tamanhos, sua conformação espacial, concentração e</p><p>suas propriedades antigênicas. É muito empregada no diagnóstico de</p><p>gamopatias monoclonais, como o mieloma múltiplo e</p><p>macroglobulinemia.</p><p>Metodologias baseadas na</p><p>técnica de Grabar e</p><p>Williams</p><p>A partir da técnica de Grabar e Williams, outras metodologias foram</p><p>desenvolvidas, são elas: a reação de imunoeletroforese unidimensional</p><p>simples (eletroforese de foguete ou técnica de Laurell) e a reação de</p><p>imunoeletroforese</p><p>dupla bidimensional (contraimunoeletroforese).</p><p>Vamos conhecê-las a seguir.</p><p>Reação de imunoeletroforese</p><p>unidimensional simples</p><p>(eletroforese de foguete ou</p><p>técnica de Laurell)</p><p>Nessa técnica, a eletroforese e a imunodifusão ocorrem ao mesmo</p><p>tempo, com o deslocamento apenas da substância que se deseja</p><p>analisar. Para isso, uma pequena camada de gel incorporada com o</p><p>anticorpo ou antígeno é preparada sobre uma lâmina de vidro. As</p><p>amostras são aplicadas em poços pré-formados e o tampão é escolhido</p><p>para que as partículas a serem analisadas fiquem com as cargas</p><p>negativas e migrem para o polo positivo. Em seguida, esse conjunto é</p><p>submetido à eletroforese.</p><p>Comentário</p><p>Durante a eletroforese, à medida que a substância vai migrando, a partir</p><p>do orifício de aplicação, ocorre a separação das moléculas e o</p><p>reconhecimento do antígeno-anticorpo, com a formação das linhas de</p><p>precipitação em formato de cone ou foguete.</p><p>Isso porque, no início, existe uma grande concentração da substância de</p><p>interesse, mas que, ao longo da corrida eletroforética, vai diminuindo até</p><p>que se esgote. É importante ressaltar que, durante a técnica, não ocorre</p><p>a migração da substância que está incorporada ao gel.</p><p>Reação de imunoeletroforese</p><p>dupla bidimensional</p><p>(contraimunoeletroforese)</p><p>Nesta técnica, antígenos e anticorpos migram ao mesmo tempo por</p><p>eletroforese, no mesmo eixo, mas em direções opostas, resultando em</p><p>precipitação no local onde ocorre o reconhecimento antígeno e</p><p>anticorpo. A reação de contraimunoeletroforese só é possível quando</p><p>antígenos e anticorpos migram em sentidos opostos durante a</p><p>eletroforese, ou seja, os anticorpos migram para o polo negativo</p><p>(cátodo), enquanto os antígenos migram para o polo positivo (ânodo).</p><p>Nessa reação é utilizado o tampão alcalino.</p><p>Nesse método, podemos realizar várias análises em somente uma</p><p>lâmina, o que faz com que seja um método rápido e mais sensível que a</p><p>imunodifusão, além de poder ser realizado em membranas de acetato</p><p>de celulose.</p><p>Reação de imunoeletroforese dupla bidirecional.</p><p>Imunoeletroforese</p><p>Neste vídeo, a conteudista explica os detalhes da imunoeletroforese,</p><p>suas metodologias associadas e as utilidades analíticas.</p><p>Reações de aglutinação</p><p>Princípios gerais</p><p>As reações de aglutinação consistem na formação de um agregado</p><p>visível após a interação de anticorpos específicos com partículas</p><p>insolúveis, que contêm diferentes determinantes antigênicos (local de</p><p>ligação do anticorpo, ou epítopo) ligados à sua superfície. Diferente da</p><p>precipitação, onde os anticorpos e antígenos são solúveis, nessa</p><p>técnica, ao menos uma substância deve ser insolúvel.</p><p>Mas o que são essas partículas insolúveis?</p><p>Resposta</p><p>As partículas insolúveis podem ser um antígeno insolúvel, antígenos</p><p>expressos na superfície das membranas plasmáticas, como os</p><p>antígenos presentes na membrana dos eritrocitários, ou então partículas</p><p>cobertas com os antígenos (exemplo: látex).</p><p>Essa técnica apresenta alta especificidade e reprodutibilidade, é de fácil</p><p>execução, simples e barata, mas apresenta baixa sensibilidade. É</p><p></p><p>amplamente utilizada para:</p><p>Tipagem sanguínea</p><p>Provas de compatibilidade transfusional</p><p>Detecção de hormônios</p><p>Diagnóstico das doenças autoimunes e de doenças causadas por</p><p>microrganismos.</p><p>As reações de aglutinação são divididas em: aglutinação direta,</p><p>aglutinação indireta e reações de inibição da aglutinação. Veja a seguir:</p><p>Aglutinação direta</p><p>Como o nome diz, é a interação direta entre antígenos presentes na</p><p>superfície de uma célula com o anticorpo correspondente. Os antígenos</p><p>podem estar na sua forma íntegra ou fragmentada. No entanto, para</p><p>ocorrer uma aglutinação visível, é necessário que o anticorpo reconheça</p><p>pelo menos dois sítios antigênicos (bivalente), o que permite a ligação</p><p>simultânea com mais de um antígeno, formando interações cruzadas e</p><p>um agrupado de partículas visíveis.</p><p>Classificação sanguínea, prova de compatibilidade, teste de Coombs</p><p>direto e indireto e sorotipagem bacteriana são exemplos dessa técnica.</p><p>Teste de aglutinação direta.</p><p></p><p>Quando desejamos encontrar um anticorpo específico, devemos fazer</p><p>diluições seriadas das amostras frente a uma concentração fixa e</p><p>conhecida do antígeno correspondente. Após o tempo de incubação, o</p><p>resultado é expresso como título do anticorpo, ou seja, a última diluição</p><p>em que é possível verificar a aglutinação.</p><p>Aglutinação indireta</p><p>Essa reação consiste no reconhecimento de anticorpos presentes no</p><p>soro com antígenos presentes artificialmente em partículas inertes</p><p>(látex ou gelatina) ou então hemácias, que são sensibilizadas por</p><p>adsorção passiva e desempenham uma função de suporte.</p><p>Látex</p><p>Partículas de látex são esferas de poliestireno que desempenham um papel</p><p>de suporte, e é possível adsorver antígenos.</p><p>Adsorção passiva</p><p>Adesão de moléculas fluidas a uma superfície sólida.</p><p>Comentário</p><p>Quando uma amostra de soro ou plasma apresenta um anticorpo que</p><p>reconheça os antígenos correspondentes nas hemácias ou nas</p><p>partículas inertes que formem pontes entre as partículas vizinhas, irá</p><p>ocorrer a aglutinação. Esse teste apresenta diversas aplicabilidades.</p><p>Um exemplo é o teste de Coombs indireto utilizando hemácias como</p><p>suporte.</p><p>Teste de aglutinação indireta.</p><p>A reação de aglutinação indireta com o látex como partícula inerte é</p><p>amplamente utilizada para a detecção do fator reumatoide, importante</p><p>para o diagnóstico da artrite reumatoide, uma doença autoimune.</p><p>O teste da antiglobulina humana ou teste de Coombs destina-se à</p><p>pesquisa de anticorpos e proteínas do sistema complemento. O sistema</p><p>imunológico pode produzir anticorpos contra eritrócitos nos seguintes</p><p>casos:</p><p>Anemia hemolítica</p><p>Doença hemolítica do recém-nascido</p><p>Sífilis</p><p>Reação transfusional</p><p>Lúpus eritematoso sistêmico</p><p>O teste de Coombs, como vimos, é classificado em direto ou indireto.</p><p>Veja a seguir:</p><p>É utilizado para detectar anticorpos (gamaglobulinas) do tipo IgG</p><p>ou fração do sistema complemento que estão ligados às</p><p>Teste de Coombs direto ou teste da antiglobulina direto</p><p>(TAD) </p><p></p><p>hemácias. Esses anticorpos podem ser produzidos pelo próprio</p><p>organismo ou recebidos durante uma transfusão de sangue.</p><p>É frequentemente utilizado na identificação e detecção de</p><p>anticorpos presentes no soro. Esses anticorpos podem atacar os</p><p>eritrócitos, mas não estão ligados a eles, sendo chamados de</p><p>anticorpos irregulares, incompletos ou não aglutinantes.</p><p>Reações de inibição da</p><p>aglutinação</p><p>Nessas reações, ocorre uma competição entre os antígenos presentes</p><p>na superfície de hemácias ou de partículas inertes e antígenos solúveis</p><p>pelo sítio de ligação com o anticorpo, diminuindo assim a capacidade de</p><p>interação e aglutinação. Dessa forma, a reação é positiva quando não</p><p>temos aglutinação. A competição acontece entre dois antígenos</p><p>semelhantes, pelo local de ligação com o anticorpo, ou entre dois</p><p>anticorpos diferentes, pela ligação ao mesmo antígeno. A interação</p><p>ocorrerá entre o antígeno e o anticorpo que apresente uma reação mais</p><p>estável.</p><p>As reações de inibição podem ser:</p><p>Inibição da aglutinação direta de</p><p>hemácias por antígenos virais</p><p>Durante uma infecção viral, alguns vírus apresentam a capacidade de se</p><p>ligar a receptores localizados na superfície de hemácias danificadas.</p><p>Assim, essa propriedade é utilizada para a dosagem de anticorpos</p><p>contra os vírus durante a evolução de uma doença.</p><p>Exemplo</p><p>Teste de Coombs indireto ou teste da antiglobulina</p><p>indireto (TAI) </p><p>Um paciente com uma suspeita de infecção viral faz um exame de</p><p>sangue para confirmar a presença de anticorpos contra esse vírus. O</p><p>soro desse paciente é então diluído e colocado em contato com</p><p>quantidades fixas de antígenos virais e hemácias. Teremos uma</p><p>competição da ligação dos anticorpos do paciente entre os antígenos</p><p>livres e os que estão ligados a hemácias.</p><p>À medida que ocorre a ligação entre o antígeno livre e o anticorpo, a</p><p>aglutinação diminui. Em seguida, verificamos qual foi a diluição na qual</p><p>não houve mais a aglutinação das hemácias, ou seja, a inibição</p><p>da</p><p>propriedade aglutinante, e essa representa o título do anticorpo.</p><p>Inibição passiva de partículas</p><p>inertes (látex)</p><p>Ocorre pela inibição da ligação entre antígenos ancorados na superfície</p><p>do látex e seus anticorpos correspondentes, quando existem anticorpos</p><p>solúveis que competem inibindo a aglutinação.</p><p>Por exemplo, uma paciente está com suspeita de gravidez e realiza a</p><p>coleta da urina para o teste. Normalmente, o teste de gravidez detecta o</p><p>hormônio da gonadotrofina coriônica (hHCG) em uma reação de inibição</p><p>de aglutinação.</p><p>Vamos entender melhor esse processo no esquema a seguir:</p><p>Fluxograma do teste de gravidez por reações de inibição da aglutinação.</p><p>Reações de aglutinação</p><p>Confira neste vídeo uma abordagem sobre os princípios gerais das</p><p>reações de aglutinação e características específicas de cada tipo</p><p>(aglutinação direta, indireta e inibição de aglutinação).</p><p>Reações de �xação do</p><p>complemento</p><p>Como são essas reações?</p><p></p><p></p><p>Podemos identificar e quantificar a presença de antígenos e anticorpos</p><p>em uma amostra por meio da formação de imunocomplexos e avaliando</p><p>a capacidade desses complexos em fixar e consumir as moléculas do</p><p>sistema complemento in vitro.</p><p>Essa técnica é barata, simples e utilizada para o diagnóstico de alguns</p><p>agentes infecciosos como a histoplasmose e a coccidioidomicose. No</p><p>entanto, esses testes estão sendo substituídos pelos ensaios</p><p>enzimáticos, mais sensíveis, sendo empregados apenas como testes</p><p>confirmatórios.</p><p>O teste é realizado em duas etapas:</p><p>Primeira etapa</p><p>Ocorre a formação dos</p><p>imunocomplexos</p><p>(interação antígeno e</p><p>anticorpo) e a ligação</p><p>(fixação) com as</p><p>moléculas do sistema</p><p>complemento.</p><p>Segunda etapa</p><p>As hemácias ligadas</p><p>aos anticorpos</p><p>antieritrócitos</p><p>(hemolisinas) são</p><p>adicionadas e, após um</p><p>período, observamos se</p><p>ocorreu ou não a</p><p>hemólise.</p><p>A presença de hemólise indica que, na primeira etapa, não houve a</p><p>formação do imunocomplexo e a fixação do complemento, de maneira</p><p>que as moléculas do sistema complemento ficam livres e capazes de</p><p>interagir com o complexo hemácias-hemolisinas.</p><p>De forma diferente, a ausência de hemólise informa que houve a</p><p>formação do imunocomplexo e a fixação das moléculas do sistema</p><p>complemento, ou seja, uma reação positiva.</p><p>Na reação de fixação do complemento, antígenos e</p><p>anticorpos isolados não podem ativar o sistema</p><p>complemento, pois geraria resultados falhos.</p><p>Veja o esquema a seguir:</p><p></p><p>A reação de fixação do complemento.</p><p>O sistema hemácia-hemolisina funciona como um sistema revelador.</p><p>Como funcionam as</p><p>reações de �xação do</p><p>complemento?</p><p>Neste vídeo, explicaremos como funcionam as reações de fixação do</p><p>complemento. Confira!</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p></p><p></p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>Os testes imunológicos são baseados no reconhecimento antígeno-</p><p>anticorpo e podem ser feitos a partir de reagentes marcados ou não</p><p>marcados. Sobre a aglutinação, analise as assertivas a seguir:</p><p>I. São reações que ocorrem entre antígenos naturais insolúveis ou</p><p>adsorvidos à superfície de partículas inertes com os anticorpos</p><p>correspondentes.</p><p>II. A alta sensibilidade e baixa especificidade são vantagens das</p><p>reações de aglutinação.</p><p>III. Pode ser utilizada para tipagem sanguínea, provas de</p><p>compatibilidade transfusional, detecção de hormônios, detecção de</p><p>patógenos e no diagnóstico das doenças autoimunes.</p><p>Estão corretas as assertivas:</p><p>Parabéns! A alternativa C está correta.</p><p>A aglutinação é uma técnica que apresenta alta especificidade e</p><p>baixa sensibilidade pois, se os anticorpos e antígenos não</p><p>A I e II, apenas.</p><p>B II e III, apenas.</p><p>C I e III, apenas.</p><p>D III, apenas.</p><p>E I, apenas.</p><p>estiverem nas concentrações equivalentes, podem ocorrer</p><p>resultados falso negativos.</p><p>Questão 2</p><p>A detecção de um antígeno ou anticorpo pode ser realizada a partir</p><p>da capacidade dos imunocomplexos de fixar e consumir o sistema</p><p>complemento, no teste chamado de reação de fixação do</p><p>complemento. Sobre este método, analise as afirmativas a seguir.</p><p>I. O teste de fixação do complemento é utilizado para o diagnóstico</p><p>de alguns agentes infecciosos, como a histoplasmose e</p><p>coccidioidomicose.</p><p>II. O teste de fixação de complemento é feito em duas etapas, na</p><p>primeira ocorre a fixação do complemento e, na segunda, a</p><p>revelação da reação que é verificada pela ausência ou presença de</p><p>lise nas hemácias.</p><p>III. Se o complemento foi fixado na primeira etapa da reação, na</p><p>segunda etapa após a revelação veremos a hemólise, ou seja, um</p><p>resultado positivo.</p><p>Estão corretas as assertivas:</p><p>Parabéns! A alternativa A está correta.</p><p>A I e II, apenas.</p><p>B II e III, apenas.</p><p>C I e III, apenas.</p><p>D III, apenas.</p><p>E I, apenas.</p><p>Na reação de fixação do complemento, quando temos a ligação do</p><p>antígeno-anticorpo, o complexo formado é capaz de se ligar, fixar e</p><p>consumir o sistema complemento, não ficando assim disponível</p><p>para lisar as hemácias ligadas à hemolisina (anticorpo</p><p>antieritrocitário) quando for adicionado o sistema revelador. Nesse</p><p>caso, uma reação é positiva quando não vemos hemólise.</p><p>3 - Métodos laboratoriais com reagentes</p><p>marcados</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os métodos</p><p>laboratoriais imunológicos com reagentes marcados.</p><p>Imuno�uorescência</p><p>A técnica da</p><p>imuno�uorescência</p><p>Uma equipe de pesquisadores, em 1941, liderados por Albert H. Coons,</p><p>desejando analisar as técnicas imunológicas com auxílio de corantes,</p><p>utilizou radicais fluorescentes, pois a coloração com os reagentes</p><p>comuns conferia uma fraca intensidade.</p><p>Nessa época já era conhecida a capacidade dos</p><p>anticorpos de ligar-se aos radicais químicos sem</p><p>alterar sua conformação e a sua interação com os</p><p>antígenos. Foi desenvolvido assim o teste de</p><p>imunofluorescência.</p><p>O desenvolvimento desse teste só foi possível pela capacidade de</p><p>algumas substâncias em armazenar energia luminosa e liberá-la depois.</p><p>Esse fenômeno é conhecido como luminescência que, por sua vez,</p><p>consiste na fosforescência e na fluorescência. Mas você sabe a</p><p>diferença?</p><p>Fosforescência</p><p>Quando a substância</p><p>consegue armazenar</p><p>energia por longos</p><p>períodos até sua</p><p>emissão.</p><p>Fluorescência</p><p>Quando a emissão de</p><p>energia (luz) ocorre</p><p>rapidamente pela</p><p>substância.</p><p>Os corantes fluorescentes mais utilizados são a rodamina e a</p><p>fluoresceína. Após a coloração, essas amostras podem ser analisadas</p><p>ao microscópio óptico de fluorescência ou então no citômetro de fluxo.</p><p>A imunofluorescência representa um grande avanço na imunologia</p><p>clínica, pois permitiu a detecção de substâncias de forma direta, mesmo</p><p>que em pequenas concentrações, e utilizando pequenas quantidades de</p><p>corantes fluorescentes, uma vez que esses corantes emitem grande</p><p>quantidade de energia. Antes, a detecção de um antígeno ou anticorpo</p><p>era realizada pelas reações secundárias (aglutinação ou precipitação),</p><p>ou seja, após a formação de um imunocomplexo, sendo necessárias</p><p>grandes quantidades de antígenos e anticorpos para sua visualização.</p><p>A partir dessa técnica, diferentes métodos foram descritos, como a</p><p>imunoflorescência direta e indireta. Vamos conhecê-las:</p><p></p><p>Células leucêmicas marcadas com corante fluorescente, em que o núcleo está corado</p><p>em verde e o citoplasma em vermelho.</p><p>Esta técnica é utilizada para detectar antígenos em biópsias de</p><p>tecidos, além da presença de células cancerígenas, bactérias,</p><p>vírus, fungos e protozoários. Consiste no reconhecimento de</p><p>antígenos por um anticorpo correspondente, que está conjugado</p><p>com uma substância fluorescente. A presença de fluorescência</p><p>indica que a amostra tem a substância pesquisada. A análise por</p><p>esse método costuma ser qualitativa.</p><p>Teste de imunofluorescência: células marcadas pela imunofluorescência (a,b) e</p><p>diferença entre imunofluorescência direta e indireta (c).</p><p>Imunofluorescência direta </p><p>Imunofluorescência indireta </p><p>Nessa técnica, utiliza-se um anticorpo secundário conjugado</p><p>com o radical fluorescente, ou seja, um anticorpo anti-</p><p>imunoglobulina, que é capaz de reconhecer diferentes</p><p>imunoglobulinas ligadas a um antígeno</p><p>específico. Sua principal</p><p>vantagem é a diminuição dos custos, uma vez que o anticorpo</p><p>secundário pode ser empregado para o reconhecimento de</p><p>qualquer anticorpo humano e utilizado para diferentes análises.</p><p>Além disso, é um método mais sensível e específico quando</p><p>comparado à imunofluorescência direta. É utilizado para o</p><p>diagnóstico e o acompanhamento de diferentes doenças, como</p><p>as doenças autoimunes.</p><p>A técnica de</p><p>imuno�uorescência</p><p>Neste vídeo, a conteudista explica os princípios da técnica de</p><p>imunofluorescência.</p><p>Ensaio imunoenzimático</p><p>(ELISA)</p><p>Princípios gerais</p><p>Em 1971, foi introduzido pelos pesquisadores Van Weermen, Schurs,</p><p>Engvall e Perlmann o método imunoenzimático (ELISA - Enzyme Linked</p><p></p><p>Immunosorbet Assay) para detecção e quantificação de antígenos e</p><p>anticorpos específicos.</p><p>Microplaca de 96 poços usada para ELISA.</p><p>Esses pesquisadores verificaram que a interação antígeno e anticorpo</p><p>poderia ser detectada e quantificada utilizando como substância</p><p>reveladora um conjunto enzima-substrato que, na presença de uma</p><p>espécie doadora de elétrons (cromógeno), forma produtos coloridos.</p><p>Além disso, observaram que as proteínas poderiam ser imobilizadas em</p><p>superfícies sólidas, como a de poliestireno.</p><p>Essa foi a base para o desenvolvimento dessa técnica.</p><p>O método de ELISA é capaz de detectar antígenos ou anticorpos. É</p><p>realizado em placas plásticas de 96 poços (placas de microdiluições),</p><p>formadas de poliestireno, e que seguem uma sequência de</p><p>procedimentos. Vamos compreender melhor esse processo analisando</p><p>suas etapas:</p><p> Inicialmente, a placa é previamente sensibilizada</p><p>com a substância (antígeno ou anticorpo)</p><p>específica que é complementar à molécula que</p><p>desejamos identificar.</p><p> Após a sensibilização, nem todos os espaços da</p><p>placa são cobertos, restando alguns espaços</p><p>vazios que podem ser ocupados por qualquer outra</p><p>lé l d li õ i ífi</p><p>molécula gerando ligações inespecíficas e</p><p>resultados falso positivos. Assim, é feito um</p><p>bloqueio dos espaços vazios da placa, com soro</p><p>albumina bovina (BSA), a ovalbumina, a caseína ou</p><p>um complexo proteico, como o soro de cobaia.</p><p> Durante a execução do método, são realizadas</p><p>várias lavagens (manual, por meio automático ou</p><p>por um sistema a vácuo) importantes para a</p><p>retirada dos excessos de reagentes que não estão</p><p>ligados a nenhuma molécula, impedindo, assim,</p><p>qualquer tipo de ligação cruzada e interferência.</p><p> Dependendo do que queremos analisar, podemos</p><p>utilizar antígenos conjugados com enzimas (Ac-E) e</p><p>anticorpos ou anti-anticorpos conjugados com</p><p>enzimas (Ag-E). As enzimas mais empregadas são</p><p>a fosfatase alcalina e peroxidase. Para revelar e</p><p>verificar se ocorreu interação antígeno-anticorpo</p><p>conjugado com a enzima ou anticorpo-antígenos</p><p>conjugados com a enzima, é oferecido o substrato</p><p>dessa enzima e um componente doador de elétrons</p><p>(cromógeno).</p><p>Sensibilização</p><p>Processo de revestimento da placa com o reagente adequado.</p><p>Normalmente, utiliza-se um pH alcalino, mantendo os reagentes com carga</p><p>negativa e garantindo que ocorra a adsorção na placa, pois essa apresenta</p><p>carga positiva, devido ao poliestireno.</p><p>A leitura pode ser qualitativa, apenas verificando a alteração de cor, ou</p><p>então pode ser realizada a leitura em espectrofotômetro, o que converte</p><p>as diferentes intensidades de cor em valores numéricos (valores de</p><p>densidade óptica). Quanto maior a cor obtida, maior é a concentração</p><p>da enzima conjugada e, assim, maior a concentração da substância na</p><p>amostra investigada.</p><p>ELISA com reação colorimétrica.</p><p>O método de ELISA, quando realizado em condições excelentes</p><p>(enzimas ativas, antígenos puros e anticorpo conjugado), é capaz de</p><p>apresentar uma sensibilidade muito similar à do radioimunoensaio, mas</p><p> Quando a enzima está presente no meio reacional,</p><p>ou seja, quando houve interação e reconhecimento</p><p>antígeno-anticorpo conjugado, a enzima quebra o</p><p>substrato e o produto formado atua no cromógeno,</p><p>gerando uma cor. Agora, quando a alteração de cor</p><p>não é verificada, indica que a interação não ocorreu,</p><p>não tendo assim no meio reacional a enzima para</p><p>agir no substrato.</p><p>com a vantagem de não utilizar elementos radioativos. Esse método</p><p>consegue detectar quantidades muito pequenas de antígenos ou</p><p>anticorpos. No entanto, alguns reagentes utilizados são teratogênicos e,</p><p>quando células inteiras e íntegras são utilizadas como antígenos,</p><p>podem ter como interferentes algumas enzimas endógenas.</p><p>O método de ELISA pode ser classificado em direto, indireto ou</p><p>competitivo, como veremos a seguir.</p><p>ELISA direto</p><p>Método utilizado para pesquisar a presença de antígenos. É</p><p>amplamente empregado em testes imuno-histoquímicos que buscam,</p><p>em amostras de tecidos obtidas por biopsias, detectar proteínas,</p><p>enzimas, receptores, alterações celulares etc. Para isso, o tecido ou</p><p>amostra (com os antígenos pesquisados) é fixado a uma superfície e,</p><p>em seguida, é adicionado um anticorpo conjugado com uma enzima</p><p>(anticorpos primários) correspondente ao antígeno que investigamos.</p><p>Quando temos a presença do antígeno, há o reconhecimento com o</p><p>anticorpo-conjugado e, ao adicionar o substrato da enzima, teremos</p><p>uma coloração.</p><p>Na imagem a seguir, vemos um esquema mostrando a técnica (A) e a</p><p>interação antígeno-anticorpo marcado, uma reação positiva e uma</p><p>reação negativa (B).</p><p>Método de ELISA direto.</p><p>ELISA indireto</p><p>Método utilizado para pesquisar a concentração de anticorpos</p><p>presentes em uma amostra de soro ou plasma. Para isso, os antígenos</p><p>são imobilizados na fase sólida (placa de ELISA). A interação antígeno-</p><p>anticorpo será evidenciada pela utilização de um segundo anticorpo</p><p>(anticorpo secundário) que está conjugado com a enzima e reconhece o</p><p>anticorpo ligado ao antígeno. A reação será visualizada após a adição</p><p>do substrato da enzima. É empregado no diagnóstico de doenças</p><p>infectocontagiosas como AIDS e doença de Chagas.</p><p>Método de ELISA indireto.</p><p>Essa técnica pode ser adaptada para a pesquisa de antígenos em uma</p><p>amostra biológica, sendo chamada de ELISA Sanduíche. Para isso, a</p><p>placa é sensibilizada com o anticorpo (anticorpos de captura). Depois, o</p><p>anticorpo de captura reconhece o antígeno presente na amostra</p><p>biológica. Em seguida, a reação é revelada com um anticorpo-</p><p>conjugado, que reconhece o antígeno ligado ao anticorpo de captura.</p><p>Esse método é empregado no teste de gravidez para detecção do</p><p>hormônio gonadotrofina coriônica no soro.</p><p>ELISA Sanduíche.</p><p>ELISA competitivo</p><p>Método utilizado para pesquisar antígenos nas amostras pela</p><p>competição com antígenos conjugados com a enzima. Para isso, a</p><p>placa é sensibilizada com o anticorpo de captura. Em seguida, são</p><p>adicionados, simultaneamente, a amostra em investigação e</p><p>quantidades fixas de antígenos conjugados, e ambos competirão pela</p><p>ligação ao anticorpo, que se liga à molécula que estiver em maior</p><p>concentração.</p><p>Após a adição do substrato da enzima, a interação anticorpo de captura</p><p>e antígeno marcado gera uma cor, quanto maior a intensidade de</p><p>coloração, mais antígenos conjugados estão ligados e menor é a</p><p>concentração de antígenos na amostra. Porém, quanto menor a</p><p>intensidade de cor, maior é a concentração de antígenos na amostra em</p><p>investigação e menor a ligação dos antígenos conjugados ao anticorpo</p><p>de captura.</p><p>O ELISA competitivo pode ser:</p><p>Direto</p><p>Pesquisa antígenos.</p><p>Indireto</p><p>Pesquisa anticorpos.</p><p>Pela competição simultânea, quando a substância marcada e a</p><p>investigada são adicionadas ao mesmo tempo, ou uma saturação</p><p>sequencial, ou seja, quando a substância em investigação é adicionada</p><p>primeiro e depois é adicionado o antígeno ou o anticorpo conjugado.</p><p>Método de ELISA competitivo.</p><p>Ensaio imunoenzimático</p><p>Neste vídeo, explicaremos os fundamentos de um ensaio</p><p>imunoenzimático.</p><p>Radioimunoensaio,</p><p>imunocromatogra�a e</p><p>imuno-histoquímica</p><p></p><p>Radioimunoensaio</p><p>Neste vídeo, abordaremos os fundamentos do radioimunoensaio.</p><p>Confira!</p><p>Em 1956, foi desenvolvida a técnica de radioimunoensaio (RIE) para a</p><p>detecção da insulina. Foi a primeira metodologia</p><p>padronizada a utilizar</p><p>reagentes marcados para a detecção de moléculas na ordem de nano e</p><p>picogramas. O RIE é semelhante ao ELISA competitivo, no entanto,</p><p>utiliza substâncias marcadas com o radioisótopo. O radioisótopo mais</p><p>empregado é o iodo-125.</p><p>Saiba mais</p><p>O termo radioimunoensaio (RIE) é usado apenas quando a substância</p><p>marcada é o antígeno, e ensaio imunorradiométrico (IRMA), quando o</p><p>anticorpo está marcado.</p><p>A detecção de antígenos ou anticorpos ocorre pela competição pelo</p><p>sítio de ligação entre a substância marcada com radioisótopo e a</p><p>substância que se deseja analisar. Os antígenos ou anticorpos são</p><p>adicionados à fase sólida e, em seguida, acrescentados às moléculas</p><p>marcadas com radioisótopo junto com a amostra do paciente. A</p><p>quantificação é realizada em aparelho específico para a detecção da</p><p>radioatividade.</p><p>Quanto maior for a leitura da radioatividade, maior a formação de</p><p>imunocomplexos com a substância marcada e menor é a concentração</p><p>do antígeno ou anticorpo investigado.</p><p>Esse teste é amplamente empregado para dosar polipeptídios,</p><p>catecolaminas, esteroides, hormônios, drogas, vitaminas, verificar a</p><p>presença de vírus - como o da hepatite B - e a presença de alguns</p><p>marcadores tumorais.</p><p>Esquema ilustrando um ensaio imunorradiométrico (IRMA).</p><p>São vantagens desse teste a alta especificidade e sensibilidade, rapidez,</p><p>baixo custo, além de ser um procedimento que requer pouco volume de</p><p>amostra para testagem e permite a dosagem de substâncias em</p><p>pequenas concentrações.</p><p>Atenção!</p><p>Esse teste apresenta um alto risco ao operador, de maneira que é</p><p>necessário um grande investimento em biossegurança para o descarte</p><p>de material radioativo e os radioisótopos apresentam grande</p><p>instabilidade.</p><p>Imunocromatogra�a</p><p>Os testes imunocromatográficos realizam a detecção da interação</p><p>antígeno-anticorpo pela difusão cromatográfica, na qual o complexo</p><p>formado gera uma cor e, a partir daí, podemos detectar antígenos ou</p><p>anticorpos. Os testes rápidos são um exemplo clássico de</p><p>imunocromatografia e são muito utilizados para a detecção de várias</p><p>doenças, como HIV, hepatite e covid.</p><p>Teste imunocromatográfico para HIV.</p><p>Essa metodologia é de fácil execução, baixo custo, confere resultados</p><p>rápidos, versáteis, dispensa equipamentos e pode ser realizada em</p><p>diferentes amostras, como o soro, plasma, sangue total, saliva, swab de</p><p>nasofaringe e orofaringe, urina e fezes. Entretanto, apresenta baixa</p><p>sensibilidade.</p><p>Você já realizou um teste rápido? Sabe por que</p><p>aparecem duas bandas, uma chamada de “T” e a outra</p><p>de “C”?</p><p>O teste rápido é realizado em um cassete, constituído por uma</p><p>membrana porosa de celulose modificada e membranas absorventes de</p><p>fibra de vidro. Envolvendo a membrana, temos um dispositivo plástico</p><p>que contém os locais de aplicação das amostras e verificação dos</p><p>resultados. Esse dispositivo é constituído por uma fase sólida</p><p>(membrana porosa), na qual ocorre a interação antígeno-anticorpo e é o</p><p>local onde estão presentes os elementos de captura (antígenos ou</p><p>anticorpos específicos) fixados na membrana e ainda é composto por</p><p>uma fase móvel, com o deslocamento das substâncias por capilaridade.</p><p>Inicialmente, para a detecção de antígenos, a amostra é colocada em</p><p>uma região pré-determinada da membrana. Nessa área, estão presentes</p><p>anticorpos conjugados, normalmente, com ouro coloidal (coloração</p><p>rosa) ou prata coloidal (azul marinho), que serão responsáveis pela</p><p>revelação da interação antígeno-anticorpo. Após a aplicação, a amostra</p><p>migra em direção às regiões teste (T) e controle (C). Caso haja</p><p>reconhecimento entre o antígeno-anticorpo conjugado, esse complexo</p><p>será retido pela ligação com os anticorpos presentes na região T, que</p><p>reconhecem os epítopos do antígeno em investigação e geram uma</p><p>linha colorida. Caso não haja interação, essa linha colorida não</p><p>aparecerá.</p><p>É importante ressaltar que, após a região teste, temos uma região</p><p>controle, com anticorpos anti-IgG que são capazes de se ligar a todos os</p><p>anticorpos livres presentes na amostra.</p><p>Comentário</p><p>O aparecimento da linha controle é essencial, pois indica que houve</p><p>migração da amostra e deve estar presente nos resultados positivos e</p><p>negativos. O não aparecimento da linha controle invalida o teste.</p><p>Veja a representação na imagem a seguir:</p><p>Princípio da imunocromatografia.</p><p>Atualmente, os testes rápidos liberados para o diagnóstico do HIV</p><p>apresentam alta sensibilidade e especificidade podendo ser utilizados.</p><p>Entretanto, o teste pode apresentar resultados falso-negativo, assim, um</p><p>teste negativo não quer dizer que o paciente esteja doente, sendo</p><p>necessário repetir o exame.</p><p>Quimioluminescência e</p><p>imunocromatogra�a</p><p>Neste vídeo, explicaremos as técnicas de quimioluminescência e</p><p>imunocromatografia, seus conceitos e fundamentos.</p><p></p><p>Imuno-histoquímica</p><p>O teste de imuno-histoquímica (IHQ) é uma técnica que combina a</p><p>imunologia, histologia e química e tem como finalidade o</p><p>reconhecimento de proteínas de alta afinidade durante os exames</p><p>histopatológicos. Esse teste é empregado em cortes de tecidos, obtidos</p><p>após a biópsia, para a detecção de doenças degenerativas ou</p><p>parasitárias, identificação de substâncias e análises de estruturas dos</p><p>tecidos normais e alteradas durante a evolução da doença. Atualmente,</p><p>existe uma série de anticorpos capazes de reconhecer com alta</p><p>especificidade proteínas do tecido e que garantem um diagnóstico mais</p><p>fidedigno.</p><p>Existem dois tipos de técnicas que podem ser aplicadas para a imuno-</p><p>histoquímica:</p><p>Reconhece os antígenos presentes em um corte de tecido a</p><p>partir de anticorpos ligados a um marcador (anticorpos</p><p>primários). Os cortes de tecidos são colocados em contato com</p><p>os anticorpos primários e, após um tempo de incubação, é</p><p>realizada a leitura em microscópios adequados. Os antígenos</p><p>pesquisados no tecido serão observados pelo aparecimento de</p><p>uma cor, indicando que houve reconhecimento pelo anticorpo. Os</p><p>anticorpos não ligados são removidos por lavagens realizadas</p><p>durante a técnica.</p><p>Reconhece proteínas pela ligação com um anticorpo (primário</p><p>não marcado) específico ao antígeno em investigação e depois</p><p>essa interação é revelada pela utilização de um anticorpo anti-</p><p>IgG marcado (anticorpo secundário) e a amostra é observada em</p><p>um microscópio adequado.</p><p>Técnica direta </p><p>Técnica indireta </p><p>Normalmente, em sistemas reveladores na IHQ, são utilizadas reações</p><p>enzimáticas, com destaque para o sistema avidina-biotina-enzima-</p><p>cromógeno. Vamos entender como isso acontece?</p><p>Nessas reações, o anticorpo secundário é complexado à biotina, e</p><p>adicionado ao meio reacional à estreptavidina ligada a uma peroxidase.</p><p>A estreptavidina tem afinidade à biotina, ligando-se a ela e,</p><p>consequentemente, ao anticorpo secundário. Em seguida, é adicionado</p><p>ao meio reacional a 3,3-diaminobenzina (DAB), que reage com a</p><p>peroxidase, reduzindo o DAB, que se precipita no local de reação e gera</p><p>uma cor marrom-ferruginosa. A coloração marrom indica que houve</p><p>interação antígeno-anticorpo.</p><p>Corte histológico mostrando as enzimas pepsinogênicas (coloração marrom) no estômago.</p><p>PPD e citometria de �uxo</p><p>Teste de hipersensibilidade</p><p>celular cutânea tardia</p><p>Neste vídeo, explicaremos os princípios do teste de hipersensibilidade</p><p>celular tardia.</p><p>Todas as técnicas que verificamos até aqui estudam a imunidade</p><p>humoral, com a interação antígeno e anticorpo. Mas e a imunidade</p><p>celular? Quais são as técnicas que avaliam in vitro ou in vivo esse tipo de</p><p>imunidade?</p><p>Resposta</p><p>A análise da imunidade celular in vitro é feita pela linfoproliferação e</p><p>citometria de fluxo e in vivo a partir do teste de hipersensibilidade celular</p><p>cutânea tardia ou teste de PPD (derivado proteico purificado).</p><p>O teste de hipersensibilidade tardia é um método simples e pode ser</p><p>empregado para confirmar exposição prévia a alguns agentes</p><p>infecciosos, como Mycobacterium tuberculosis, Leishmania, Candida</p><p>albicans, Paracoccidioides brasiliensis, hanseníase, dentre outros.</p><p>Para isso, são aplicados no antebraço do paciente</p>

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