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Imun�l�gia Estudo dos mecanismos usados para defesa contra microrganismos patogênicos ou substâncias exógenas. Imunidade = resistência a infecções Células, tecidos e moléculas que medem resistência =sistema imune. ➔ Funções do Sistema Imune Não responder a estruturas próprias; Reconhecer estruturas potencialmente agressoras; Tipos de respostas. ➔ Resposta Inata Não é específica; Início imediato; Proteção inicial contra infecções; Presente em indivíduos saudáveis ao nascer; Proteção contra partículas exógenas; Não possui memória. Componentes: barreiras naturais (físicas, químicas e biológicas), *resposta inflamatória*, fagocitos e fatores humorais. ➔ Resposta Adaptativa, adquirida ou específica Mais Efetiva; Início tardio; suplementa a proteção dada pela imunidade natural; Imunidade celular: defesa intracelular e linfócitos T e B; (não produz anticorpo e sim célula de memória) Imunidade Humoral: defesa extracelular e anticorpos. Anticorpo é a melhor célula de memória, resposta adquirida traz anticorpo. Para que o anticorpo reconheça a estrutura específica EPÍTOPO do antígeno. O corpo não reconhece a bactéria por inteira, só tem duas coisas totalmente diferentes que é o EPITOPO e ANTIGÊNICA e por isso tem a produção de anticorpo. ´´CHAVE FECHADURA`` ANTICORPO NÃO MATA A BACTÉRIA E SIM NEUTRALIZA. AGRESSOR—---- RESPOSTA INATA—---- RESPOSTA ADQUIRIDA —--- IDENTIFICAR A ESTRUTURA (EPITOPO) —---- ANTICORPO. * quanto mais específico for meu anticorpo e meu antígeno= + certeiro * Quanto menos específico for meu anticorpo e meu antígeno= + possibilidade de FALSO POSITIVO. *KIT SENSÍVEL= consegue analisar TUDO. *KIT ESPECÍFICO= análisa algo específico. ➔ Importância dos Testes Sorológicos na Patologia Clínica Grande desenvolvimento dos testes sorológicos, diagnóstico de certeza, demonstração do patógeno ou identificação dos seus produtos nos tecidos ou fluidos do hospedeiro. ➔ Problemas encontrados Ausência do agente, falha na técnica, falta de sensibilidades dos métodos (direto ou indireto), longos períodos de análises. ➔ Métodos Imunológicos São amplamente empregados, suprem as falhas dos métodos parasitológicos ou microbiológico, pesquisam antígenos, anticorpos ou imunocomplexo, rápidos, simples execução, possibilidade de automação, baixo custo operacional. ➔ Testes sorológicos aplicados em Laboratórios de Analises clinicas Especificidade, aumento de resultados falso-negativo, população doente, considerar as fases pré-analítico, analítico e pós analítico. ➔ Testes sorológicos em Banco de Sangue Sensibilidade, aumento de falso positivo, população não doente e considerar reduzir o risco transfusional. ➔ Testes Imunológicos Amostras biológicas Tipos: diretos e indiretos Uso: diagnóstico de doenças infecciosas e de suas fases; diagnósticos de doenças relacionadas a alteração na resposta imune (alergias, doenças autoimunes e imunodeficiência), seleção de doadores de sangue e órgão, acompanhamento terapêutico e avaliação de prognóstico, avaliação da imunização e imunohistoquímica. ➔ Classes de Imunoglobulinas (Ig) IgM- Resposta Imune Primária AGUDA IgG- Imunidade; Capazes de atravessar placenta CRÔNICA. Anticorpo de memória. IgA- Presente em Mucosas e Secreções/ Leite Materno. IgE- Ligam-se a Alérgenos IgD- Associadas aos Linfócitos B *Exemplo: Indivíduo que tem alergia a proteína do leite e fica cheio de bolinha no corpo (queixa de manifestação de alergia IgE). *Constante é a região que se repete *Variável muda conforme o antígeno EPITOPO= Estrutura específica de cada antígeno Antígeno se encaixa no anticorpo. Diferença de antígeno e anticorpo Antígeno: Toda substância estranha ao organismo, desencadeia resposta imune. Bactéria, vírus, helmintos, toxinas. Anticorpo: São produzidos pelo corpo, neutralizando o antígeno. ´´Y`` , Linfócitos B. ➔ Interação Antígeno- Anticorpo IN VITRO Ocorre devido ao perfeito encaixe espacial entre duas moléculas, lembrando a ideia de chave- fechadura. *Pode ocorrer falso positivo (quando o epitopo se liga a outra estrutura parecida). ➔ Interação antígeno- anticorpo -Chave- fechadura -dependente de 4 tipos de forças não covalentes; -pode ocorrer dissociação. ➔ Interação Ag-Ac in vitro -Usada para padronização testes imunológicos utilizados para diagnóstico laboratorial -Interferentes: concentração de AC e AG, classe dos acs envolvidos, pureza dos antígenos utilizados, características da reação pH do meio, temperatura e tempo. *Excesso de anticorpo pode dar reação a falso negativo. ➔ Reações Cruzadas Capacidade de um anticorpo reagir com mais de um antígeno diferente -epitopos semelhantes estruturalmente -Antígenos diferentes possuem o mesmo epítopo. ➔ Especificidade Capacidade de um sítio combinatório do Anticorpo reagir com apenas um determinante antigênico- grau de complementaridade. -alto grau- reações normais -baixo grau- REAÇÕES CRUZADAS ● um kit mais sensível pode dar reação cruzada ● + especificidade - reações cruzadas ➔ Afinidade Força resultante da soma das ligações não- covalentes entre um único sítio de ligação do anticorpo e um único epítopo do antígeno. -Anticorpo baixa a finalidade- dissociação -Anticorpo alta finalidade- ligação duradoura. ➔ Avidez Força resultante de interações múltiplas entre uma molécula de anticorpo e os epitopos de um antígeno complexo. -maior avidez- melhor efeito biológico final -baixa afinidade compensa por alta avidez. ➔ Reações Inespecíficas -Ligação a anticorpos naturais a substâncias metabólicas circulates -Acontece em qualquer amostra -Anticorpos inespecíficos ou naturais devem ser considerados na padronização dos testes imunológicos- amostras- controle de indivíduos supostamente sadios. ➔ Título Diluição máxima na qual um teste, em que a amostra sofre diluição seriada, apresenta-se reagente (reação positiva). ➔ Teste padrão-ouro Teste de referência utilizado o diagnóstico diferencial ou confirmatório de uma determinada doença -Também é utilizado para verificar se uma metodologia recentemente padronizada é confiável -Gold standard. ➔ Testes Imunológicos -Detectam a presença ou não de antígeno e anticorpo -Resultados imunológicos devem ser associados dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais para determinação do diagnóstico -Amostragem- seleção de população: doentes, não doentes e residentes de áreas endêmicas. ➔ Parâmetros sorológicos Validade intrínseca: desempenho de um teste em relação ao teste de referência - sensibilidade= a/(a+c) - especificidade= d/(b+d) - eficiência= a+d/(a+b+c+d) - prevalência= a+c/(a+b+c+d) - valor preditivo positivo= a/(a+b+c+d) - valor preditivo negativo= d/(a+b+c+d) ➔ Utilização dos testes sorológicos A maior ou menor sensibilidade e especificidade de um teste sorológico depende de qual a sua finalidade Para Diagnóstico: é necessário a utilização de testes mais específicos. Nestes casos, é importante que sejam evitados testes falsos positivos. Para triagem em banco de sangue: os testes são usados com fins preventivos, ou seja, a função é prevenir a contaminação do receptor, buscando evitar os testes falso negativo. -Validade Extrínseca: real situação da população + desempenho do teste Precisão: determina se existe concordância entre os resultados obtidos Acurácia ou exatidão: capacidade do teste de fornecer resultados próximos ao verdadeiro valor que se está medindo. ➔ Limiar de reatividade (CUT OFF) Valor a partir do qual o resultado é considerado reagente Observação: não existe teste sorológico que estabeleça claramente o que é um resultado positivo e um negativo, sempre existem amostras cujos resultados são inconclusivos. ➔ Anticorpos Monoclonais Os anticorpos que surgem a partir de um único clone de linfócitos B são homogêneos e denominados MONOCLONAIS. ➔ Anticorpos Policlonais Anticorpos policlonais que surgem em resposta a um antígeno são provenientes de vários clones de células B, que se diferenciam em plasmócitos, e secretam anticorpos capazes de reagir a diferentes epítopos do antígeno. ➔ Amostras utilizadas em Imunoensaios A validaçãodos testes de imunoensaios: o quanto o teste, em termos quantitativos, é útil para um diagnóstico. É realizada com base dos parâmetros de sensibilidade, especificidade, repetitividade, reprodutibilidade e estabilidade Atendendo a esses critérios: uso comercial Brasil ANVISA e INMETRO. ➢ Paciente Preparo e instruções ao paciente Questões investigadas SEM CONTROLE laboratorial: idade, sexo, etnia, gravidez, clico mestrual e uso de medicamentos. ➢ Jejum Sem grandes alterações para os testes de imunoensaios Lipídios em excesso: alteração nos testes de precipitação e aglutinação. ➢ Gravidez Podem ocorrer resultados falso positivo por conta de hipotiroidismo na gestação pe a doença autoimune tireoidiana Imunidade passiva. ➢ Idade Diferentes valores de referência de acordo com a idade. Hormônios, proteínas, metabolismo bioquímico e dosagem de anticorpos. ➢ Coleta de sangue Padronizado por protocolos internacionais, evitar muito tempo de garroteamento, evitar hemólise, evitar recoleta, seguir procedimento apropriado e material sempre limpo. ➢ Amostras: soro ou plasma O soro é obtido após a coleta, coagulação da amostra e posterior centrifugação, sendo que nenhum anticoagulante é utilizado. O objetivo é que haja a formação de coágulo, e nesse processo os fatores da coagulação, plaquetas e fibrinogênio são consumidos. -Transporte -Armazenamento -20°C -Sempre em tubo secundário. ➢ Urina Pesquisa de Anticorpo anti receptores químicos LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO LCR Pesquisa a antígenos bacterianos, virais e parasitários Pesquisa de Anticorpo. ➢ Líquido amniótico Pesquisa de agentes patogênicos Após 16 semanas de gestação. ➢ Fezes Pesquisa de antígenos ➢ Sêmen Anticorpos antiespermatozoides 3 dias de abstinência sexual Analisar o material em até 2 horas. ➔ Imunodiagnóstico Técnicas não marcadas Analise Qualitativos: indica a presença ou ausência Quantitativos: indica a presença ou ausencia e determina a quantidade. -Presença de um antígeno ou anticorpo= REAGENTE. -Ausência do antígeno ou anticorpo= NÃO REAGENTE. Marcados: ag+ac conjugado Não marcados: ag+ac latex ➢ Ensaios NÃO MARCADOS São ensaios onde a ligação antígeno/anticorpo é visualizada sem o auxílio de marcadores. A ligação antígeno e anticorpo é detectada macroscópicamente podendo, em alguns casos, ser auxiliada pelo microscópio óptico. - Principais técnicas imunes não marcadas são: 1. Imunoprecipitação(imunodifusão radial simples e dupla) 2. Aglutinação 3. Ensaio líticos|(fixação de complemento) . ➢ Reação de imunoprecipitação Curva de precipitação AC livre + - - AG livre - - + Zona de excesso de anticorpo Zona de equivalência Zona de excesso de antígen o Efeito pré zona: Maior quantidade de anticorpo com relação ao antígeno; Zona de equivalência: Equilíbrio entre quantidade de anticorpo e antígeno; Efeito pós zona: Maior quantidade de antígeno com relação ao anticorpo. ➢ Reação de imunoprecipitação Técnicas de precipitação são baseadas na quantificação de precipitados formados pela reação antígeno anticorpo. Imunodifusão: difusão de substâncias solúveis por movimentos moleculares em meio gelificado. Baseia-se na difusão solúvel por movimentos moleculares em meio gelificado com ágar ou gel de agarose em lâmina de vidro ou placa de petri. Difusão radial simples: um dos componentes ag ou ac está fixado ao gel enquanto o outro migra até a formação do imunocomplexo. Difusão radial dupla: os dois elementos migrar juntos em direção um ao outro. -Vantagem e desvantagem: é um método semiquantitativo de baixa sensibilidade e requer o uso de extratos antigênicos com concentrações elevadas de ordem de mg/Dl É um método barato e com necessidade de extratos brutos de antígenos. Nefelometria e turbidimetria 70° nefelometria 0° turbidimetria A ligação ag e ac dispensa a luz Vantagem: rápida, sensibilidade adequada Desvantagem: alto custo. Aglutinação: formação de agregados visíveis provocados pela ligação de um anticorpo específico para um determinado antígeno em diferentes superfícies. Direta: ag faz naturalmente na superfície Indireta: ag absorvido a superfície (latex). *olhar slide 15* Hemaglutinação Passiva: são utilizadas hemácias de aves e de mamíferos quimicamente tratadas. As hemácias de aves são mais utilizadas por serem nucleadas reduzindo assim, o tempo do teste e acaba sedimentando mais rápido. Negativo é quando as hemácias sedimentam formando um botão. O último positivo antes do negativo é o equilíbrio. Teste de floculação: é uma variação de técnica de aglutinação indireta. Ocorre quando a interação direta do ac específico com o ag leva a formação de imunocomplexos em meio líquido, detectadas com auxílio de lupa ou microscopia óptica. A técnica é o fundamento do VDRL que utiliza uma suspensão alcoólica de cardiolipina, cristais de colesterol e lecitina preparada em salina tamponada. Sífilis diagnóstica: VDRL: teste de floculação composto de cardiolipina, colesterol e lecitina. ➔ Ensaios imunológicos MARCADOS Ligação entre ag e ac mas esses devem estar marcados com enzimas, corantes fluorescentes, isótopos radioativos, entre outros tipos de marcadores. A marcação de um ag ou de um ac resulta na formação de um conjugado. Qualitativas e muita das vezes quantitativas Ag ou ac em amostras biológicas. Reagente marcado: marcação não modifica interação de Ag-Ac, alto custo, detecção de classes específicas de Ac para um determinado Ag, tipo de marcados determina nome de teste MARCADOR: -Radioisótopo- radioimunoensaip -Fluorocromo- Imunofluorescência -Enzima- ELISA, western blot e imuno histoquímica. Conjugado Fluorocromo- reação de imunofluorescência Enzima- reação imunoenzimática. Imunofluorescência: Fluorocromos são moléculas que absorvem luz em um determinado comprimento de onda baixa emitem luz conhecida como fluorescência. Imunofluorescência direta (IFD): o antígeno está aderido a fase sólida ( lâmina). O Ag normalmente se encontra na superfície celular de células e de microrganismos. Imunofluorescência indireta (IFI): O anticorpo conjugado vai reconhecer outro anticorpo como um antígeno. Feito em tecido, pesquisa de Ag e marcadores tumorais. Imunofluorescência: é utilizada na pesquisa de anticorpos contra patógenos infecciosos como causadores da sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, vírus da herpes, rubéola, doença de chagas e doenças autoimunes. Imunofluorescência direta,a indireta é mais sensível e específica. Desvantagem: custo vantagem: específica e reprodutível. Citometria de fluxo: diferentes emissões de fluorescia e cada um deles emite uma vibração. De acordo com o tamanho, formato do Ag já manda mensagem para o computador e traduz em números para quantificar. Imunocromatografia: princípio de teste rápido, tem a membrana sensibilizada com o Ag ou Ac e coloca a amostra do paciente e em seguida tem o Ac marcado. Ag: teste de gravidez Ac: anti hiv, anti hcv. Imunoistoquímica (?) ➔ Ensaios Luminescentes Reação de imunoperoxidase ou imunoenzimática O Ac que vai detectar o Ag está marcado. No entanto, nessa reação o Ac não está conjugado com um fluoróforo mas sim com uma enzima e por isso também é chamada de imunoenzimática. Técnicas Enzimáticas: o Ac marcado com enzima- conjugado. ELISA: utilizado para identificar e quantificar Ag ou Ac marcados com uma enzima ou outra molécula que produza um sinal visível. Seu uso é bastante útil para detectar patógenos, medicamentos, hormônios, marcadores tumorais, alérgenos, entre outros, também pode detectar AC produzidos contra agentes infecciosos como vírus, bactéria, protozoa e fungos. Elisa direito ou Sanduíche: é uma técnica utilizada para detecção de ANTÍGENO Poço coberto de ac - adiciona o ag - lavagem- adiciona o conjugado enigmático- lavagem- adiciona o substrato e mede a cor. Elisa direto de competição: neste tipo de elisa o antígeno alvo compete pelo sítio de ligação do anticorpo. placa de elisa revestida com ac específico- adição de ag teste, adição de ag marcado.competição para ligar AC- lavagem - quanto maior a quantidade de ag teste, menora possibilidade de ligação do ag marcado e assim menor a intensidade de cor. Elisa indireto: é uma técnica utilizada para detecção de ANTICORPO. Poço coberto com Ag- adiciona Ac específico- lavagem- adiciona conjugado enzimático- lavagem- adiciona o substrato mede a cor. ➔ Interpretação dos resultados Espectrofotômetro No ELISA, o resultado de uma reação é definido pela leitura da ABS ou densidade óptica em espectrofotômetro. Princípio da técnica: medida de abs ou transmissão de luz. A abs de luz depende basicamente da concentração das moléculas. Determinação do CUT OFF Usualmente cada conjugado tem sua forma de calcular o cut off, acima ou abaixo do qual as amostras são consideradas reagentes, não reagentes ou indeterminadas. dot- ELISA Elisa em membrana de nitrocelulose, pode ser utilizado como método quantitativo quando se deseja verificar a concentração do antígeno ou ainda qualitativo separando amostras em positiva ou negativa. Western Blotting Método utilizado para imunodetecção de proteínas após a separação destas por eletroforese em gel e transferência para membrana adsorvente. Permite detectar, caracterizar, e semi-quantificar múltiplas proteínas, principalmente aquelas que estão em baixas quantidades na amostra. MÉTODO UTILIZADO PARA A CONFIRMAÇÃO DE HIV ( que tem 5, 6 proteínas específicas) Feito em gelatina, a amostra do paciente é uma PROTEÍNA e a carga se desloca para o gel.