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<p>EAD EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA UNIDADE IV Governança Corporativa e Compliance Profa. Ma. Leila Dutra</p><p>rodução le é e como se organiza a política de governança corporativa digo de ética empresarial - como implantar e quais temas tratar. ograma de compliance - como implementar. relevância dos canais de comunicação e dos procedimentos de apuração. BOA AULA Fonte: Acervo pessoal.</p><p>Implantação de políticas de governança e de programas de compliance Implementar um programa de compliance não significa apenas manualizar regras e realizar alguns treinamentos anuais que possam garantir o cumprimento das normas elementares de integridade. É muito mais que isso! Um programa de compliance é, antes de mais nada, um instrumento para que a empresa saiba que normas deve cumprir, como deve fazer isso e, principalmente, permite monitorar se as práticas adotadas por funcionários, prestadores de serviços, fornecedores e por todo o corpo diretivo traduzem a implementação de uma cultura de compliance, ou, se preferirem, uma cultura de conformidade com a lei e com a ética.</p><p>Compliance Organizar um programa de compliance representa a construção da cultura de conformidade e integridade na empresa, a mudança de pensamento para que adote definitivamente práticas éticas, transparentes, de boa-fé e veracidade, sem as quais não será possível se firmar no mercado como referência positiva de concorrência leal e de respeito aos destinatários de seu trabalho, sejam eles outras empresas ou consumidores finais. Os programas de compliance deverão ser adequados às finalidades empresariais e ao porte das empresas para que não sejam criadas regras inadequadas ou inaplicáveis.</p><p>O que é e como se organiza a política de governança corporativa Política de governança corporativa é a estrutura de princípios, regras, objetivos, normas, responsabilidades e sanções que uma organização adota para prevenir riscos, gerenciar processos de prevenção, monitorar resultados, aprimorar esses mesmos processos e estabelecer diretrizes de relacionamento com agentes externos com os quais mantenha relacionamento e dos quais se espera que adotem política semelhante para garantia da adequada gestão de riscos. Construir, implementar, gerenciar, monitorar e aprimorar constantemente uma política de governança corporativa requer investimentos em profissionais, capacitação de colaboradores, conhecimento detalhado da estrutura da instituição, relacionamento de qualidade com parceiros, fornecedores e consumidores, aquisição de equipamentos e sistemas de tecnologia, entre outros fatores.</p><p>Código de conduta Além do respeito às leis do país, toda organização deve ter um Código de Conduta que comprometa administradores e funcionários. O documento deve ser elaborado pela Diretoria de acordo com os princípios e políticas definidas pelo Conselho de Administração e por este aprovado. O Código deve refletir adequadamente a cultura da empresa e enunciar, com total clareza, os princípios em que está fundamentado. Deve ainda apresentar caminhos para denúncias ou resolução de dilemas de ordem ética (canal de denúncias, ombudsman). Deve abranger o relacionamento entre conselheiros, diretores, sócios, funcionários, fornecedores e demais partes interessadas (stakeholders). (CANDELORO, DE RIZZO; PINHO, 2012, p. 300)</p><p>Um código de conduta não precisa ser o mesmo que um código de ética. Aliás, empresas que cuidam melhor de sua política de governança corporativa possuem vários documentos que especificam as melhores práticas que deverão ser adotadas em cada área. Assim, possuem: código de conduta; código de ética; instruções para utilização do canal de denúncia; código de conduta nas relações com poder público, que são mais sensíveis para práticas de corrupção; código de conduta para a relação com os investidores, também mais sensíveis porque tratam de valores monetários a serem disponibilizados para projetos empresarias; Todos precisam conhecer, discutir, compreender e, principalmente, aplicar as condutas recomendadas.</p><p>Alguns temas de política de governança Cumprimento das leis e pagamento Whistle-blower (informa as instâncias de tributos. competentes sobre atividades ilegais e/ou imorais Operações com partes relacionadas. ou desvios de conduta por parte de pessoas Uso de ativos da organização. relacionadas com a organização e que tenham potencial de afetá-la). Conflito de interesses. Prevenção e tratamento de fraudes. Informações privilegiadas. Pagamentos ou recebimentos questionáveis. Política de negociação das ações da empresa. Recebimento de presentes e favorecimentos. Procedimentos judiciais e arbitragem. Doações. Atividades políticas. Direito à privacidade. Nepotismo. Meio ambiente.</p><p>Alguns temas de política de governança Discriminação no ambiente de trabalho. Assédio moral ou sexual. Segurança no trabalho. Exploração do trabalho adulto e infantil. Relações com a comunidade. Uso de álcool e drogas. IMAGE ID: 1360488131 shutterstock www shutterstock .com Fonte: Shutterstock</p><p>É preciso conhecer negócio É importante para o empreendedor perceber que uma política de governança corporativa é um processo permanentemente em construção e aprimoramento, e isso será obtido com observação, estudo e diálogo com todas as partes envolvidas. Por isso é importante organizar comitês que dialoguem sobre temas específicos da política e tragam para os gestores reflexões que possam ser inseridas na atualização das políticas de governança corporativa. Independentemente do tamanho da empresa, é possível iniciar suas políticas de governança corporativa, de acordo com a sua realidade. O mais importante para o empreendedor é perceber que uma política de governança corporativa é um processo permanentemente em construção e aprimoramento, e isso será obtido com observação, estudo e diálogo com todas as partes envolvidas.</p><p>Leia e analise a matéria: Empresas de mercados emergentes que apoiam políticas que incluem lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros tendem a atrair e reter os melhores talentos, segundo uma nova pesquisa. Coordenado pelo Boston Consulting Group, o relatório constatou que não houve impacto negativo no crescimento da receita de empresas que apoiaram abertamente a inclusão da comunidade O estudo da Open for Business, uma coalizão de empresas globais para sociedades inclusivas e diversas, também revelou que essas organizações tinham uma proporção maior de receitas internacionais, que indica capacidade de explorar cadeias de suprimentos globais. O estudo analisou 96 empresas de mercados emergentes e descobriu que 37 delas apoiaram abertamente políticas contra a discriminação da comunidade LGBTQ+ em relação a 19 em 2015 (MONEY TIMES, 2019).</p><p>Interatividade O Código de Conduta deverá comprometer: a) Os donos da empresa. b) Os executivos. c) Todos os colaboradores e administradores. d) Os fornecedores. e) Os consumidores.</p><p>Resposta O Código de Conduta deverá comprometer: a) Os donos da empresa. b) Os executivos. c) Todos os colaboradores e administradores. d) Os fornecedores. e) Os consumidores.</p><p>Código de ética empresarial - como implantar e quais temas tratar O código de ética deve ser concebido pela própria empresa, expressando sua cultura. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura da empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É um instrumento que serve de inspiração para as pessoas que aderem a ele e se comprometem com seu conteúdo. É imperioso que haja consistência e coerência entre o que está disposto no código de ética e o que se vive na organização. Se o código de conduta de fato cumprir o seu papel, sem dúvida significará um diferencial que agregará valor à empresa.</p><p>Cultura organizacional Cultura organizacional, que também é conhecida como cultura empresarial e corporativa, é o conceito que define a forma como a organização conduz seus negócios, como se relaciona com seus clientes e parceiros. conceito envolve práticas, políticas e comportamentos que são reflexo da cultura da empresa, dos colaboradores e da sociedade. Por exemplo, uma empresa de química que adota a prática de não fazer testes em animais. Ou uma empresa que oferece aos colaboradores uma alimentação saudável e balanceada.</p><p>Por que as empresas estão implantando códigos de ética? Porque o documento assegura: Fornecer critérios ou diretrizes para que as pessoas se sintam seguras ao adotarem formas éticas de se conduzir. Garantir homogeneidade na forma de encaminhar questões específicas. Aumentar a integração entre os funcionários da empresa. Favorecer ótimo ambiente de trabalho que desencadeia a boa qualidade da produção, alto rendimento e, por via de consequência, ampliação dos negócios e maior lucro. Criar nos colaboradores maior sensibilidade que lhes permita procurar o bem-estar dos clientes e fornecedores e, em consequência, sua satisfação. Estimular o comprometimento de todos os envolvidos na elaboração do documento.</p><p>Por que as empresas estão implantando códigos de ética? Proteger interesses públicos e de profissionais que contribuem para a organização. Facilitar o desenvolvimento da competitividade saudável entre concorrentes. Consolidar a lealdade e a fidelidade do cliente. Atrair clientes, fornecedores, colaboradores e parceiros que se conduzem dentro de elevados padrões éticos. Agregar valor e fortalecer a imagem da empresa. Garantir a sustentabilidade da empresa (IDIS, 2014).</p><p>Exemplo: Veja exemplo do Código de Conduta do Sebrae: Princípios Respeito absoluto ao ser humano nas relações internas e externas. Interesse genuíno e foco no desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas. Austeridade, uso criativo dos recursos materiais e humanos visando comunicação honesta e verdadeira. Eliminação das situações de conflito de interesses que possam gerar desvios em relação ao propósito maior. Postura positiva, construtiva em todas as ações. Busca da qualidade em tudo que se faz. Igualdade de tratamento. Universalidade de acesso. https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/T pdf</p><p>Código de ética Em qualquer formato, é fundamental que os empregados da empresa recebam o código de ética e a capacitação para entendê-lo logo na primeira semana de trabalho e assinem uma declaração formal, física ou digital, de que receberam o material e foram capacitados para compreendê-lo e esclarecer as dúvidas. É muito importante que esse treinamento para a compreensão do código de ética seja acessível desde os primeiros dias do trabalhador na empresa, para que ele comece corretamente e saiba que ela trabalha pela implementação de práticas éticas e em conformidade com a lei. Da mesma forma, é essencial que os trabalhadores percebam que a ética é uma prática que os gestores e sócios também consideram essencial, porque não adianta um código de ética bem construído e capacitações bem feitas se o exemplo não vier das instâncias superiores.</p><p>Código de ética não é somente para empregados É principalmente para sócios ou acionistas, conselheiros, administradores e gestores da empresa. Exemplos que vêm das alçadas mais elevadas são aprendizados para todos os níveis hierárquicos e se eles não forem corretos sinalizarão para os empregados que não há veracidade naquilo que é dito, porque comportamento adotado é diferente daquele preconizado. Fique atento para isso! Um exemplo sempre é muito mais contundente na aprendizagem que mil palavras ditas e repetidas.</p><p>Decálogo de Boas Práticas 1. Desenvolver sua atividade empresarial de forma ética, responsável e honesta, comportando-se sempre com a integridade e profissionalismo. 2. Cumprir com as leis vigentes, atendendo à finalidade das normas legais que são aplicadas em cada jurisdição. Assim como manter um diálogo aberto com os reguladores. (...) 5. Apresentar informação clara, completa e transparente, sempre disponível, sobre as condições técnicas, materiais e econômicas dos serviços que comercializem. 6. Garantir, por tratar-se de serviços financeiros, que a documentação entregue, contenha, de maneira clara e inequívoca, todos os termos e condições do acordo que se oferece, assim como que seja adequada ao perfil socioeconômico dos usuários e clientes. (...) Associação Brasileira das Startups.</p><p>Construção de um código de ética . Construir um código de ética não é a tarefa mais difícil, ao contrário, pode ser simples e fácil de fazer. O mais difícil é organizar um código de conduta ética que esteja em consonância com a política de governança corporativa da empresa e que seja implementado de forma a engajar todos os funcionários no cumprimento das regras, inclusive para formular consultas quando estiverem em dúvida ou denúncias quando constatarem práticas indevidas. Nesse momento, é primordial que a empresa conte com um compliance atuante, dinâmico, que tenha as portas sempre abertas para receber a todos e que realize práticas de consolidação da cultura ética empresarial.</p><p>Interatividade A comunicação de um código de ética/conduta deve ser: a) Com termos jurídicos. b) Com termos técnicos, próprios da atividade da empresa. c) Rebuscada e formal. d) Simples, objetiva e direta. e) Clássica.</p><p>Resposta A comunicação de um código de ética/conduta deve ser: a) Com termos jurídicos. b) Com termos técnicos, próprios da atividade da empresa. c) Rebuscada e formal. d) Simples, objetiva e direta. e) Clássica.</p><p>Programa de compliance - como implementar Qual o perfil mais adequado para um profissional de compliance? Nem o perfil de "delegado", que fiscaliza e desconfia de todos; nem o perfil de "amigão, conte-me tudo", que dá a falsa impressão que o melhor empregado será sempre aquele que tiver uma "estória" para contar sobre um colega ou um superior hierárquico. O profissional de compliance, também conhecido em algumas empresas como compliance officer, deve liderar uma atividade que consiste, especialmente, em prevenir, detectar e responder aos riscos à integridade a que aquela empresa esteja vulnerável. E todas as empresas estão vulneráveis a riscos de práticas ilegais ou antiéticas que possam prejudicar sua reputação.</p><p>Programa de compliance - como implementar Ana Regina Foiatto (2018, p. 47) afirma: Deve-se ter em mente que a aplicação do sistema compliance depende de profissional com noção de ética e moral, bem como que saiba planilhar os riscos da entidade. O profissional terá que estudar a dinâmica da entidade, referente ao modus operandi da empesa, ao gerenciamento, como é a relação dos funcionários com a gerência, se há gerenciamento de uso de dados e tecnologias, se já existe algum sistema organizacional etc., para assim conseguir estabelecer a missão e os valores da entidade. Ou seja, o profissional que instaurará o compliance terá que ser paciente e ousado, posto que terá que relatar e visualizar os movimentos da empresa/entidade, para depois iniciar a inserção de normas e regulamentos. O profissional terá que se unir à administração e aos engenheiros de segurança da entidade para conseguir promover, com precisão, o sistema de compliance.</p><p>Compliance tem líder, mas sua eficiência depende, fundamentalmente, de trabalho de equipe! requisitos regras ! lei REQUIREMENTS RULES LAW STANDARDS padrões POLICIES GOVERNANCE políticas governança TRANSPARENCY REGULATIONS transparência ww.shutterstock.com 371706106 regulamentos Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/compliance-chart-keywords-icons-flat-design 371706106</p><p>Custo A questão de custos é muito relevante, pois sempre é área sensível para todas as empresas, independentemente do porte econômico que possuam. Os gestores, em geral, são avessos a gastos em especial quando não conseguem perceber o retorno rápido e objetivo que eles vão gerar. Por isso é importante que a implementação do programa de compliance seja monitorada, pois muitas vezes um gestor poderá deixar de cumprir uma etapa de prevenção de riscos com objetivo de gastar menos, quando, na verdade, isso poderá gerar um custo muito maior no futuro.</p><p>Riscos Identificados os riscos e as principais formas de prevenção, caberá ao compliance desenvolver estratégias de atuação e de construção da cultura de compliance, ou seja, documentar e disseminar a ideia de que toda a empresa deve atuar com olhar de prevenção de riscos. Documentar é criar regras e procedimentos que deverão ser cumpridos nos diferentes fluxos de gestão da empresa e colocá-los de forma acessível para os gestores (gerentes, supervisores, superintendentes) e para os funcionários de níveis subalternos. Todos precisam conhecer as regras e os procedimentos e, para isso, será preciso adequá-los para tornarem-se compreensíveis.</p><p>Postura No mundo corporativo, na atualidade, é muito comum que algumas situações sejam resolvidas com essa frase: "meu compliance não permite". Facilmente a situação se resolve se a outra pessoa ou empresa também adotar regras claras e objetivas de compliance. Por exemplo: algumas empresas autorizam o recebimento de presentes de valor maior que aquele permitido pelo compliance se o empregado que receber encaminhar presente, imediatamente, para setor de compliance que organizará uma feira de presentes para que os empregados interessados possam adquirir aqueles produtos. O resultado das vendas é doado para uma instituição de caridade que a empresa auxilia ou revertido em doações para algum programa assistencial ou de cidadania que a empresa mantém.</p><p>Atos ilícitos Além disso, possuir documentação sobre regras e diretrizes de compliance pode auxiliar a empresa em situações de conflito, quando ela poderá demonstrar que capacitou o empregado ou os prestadores de serviços, por exemplo, para que adotassem práticas adequadas. Isso não será suficiente para livrar a empresa pela responsabilidade decorrente do ato ilícito praticado, porém poderá lhe dar elementos para obter do empregado o reembolso dos valores gastos com multas e/ou indenizações ou até para poder efetuar a demissão por justa causa, uma vez que comprovado que ele estava capacitado para compreender o alcance de seus atos.</p><p>Regras Em algumas situações, a comprovação documental da existência de regras e diretrizes de compliance poderá mitigar as multas aplicadas contra a empresa, porque ajuda a autoridade sancionadora a perceber que o desvio ou o ilícito foi praticado de forma individual pelo empregado e que não é uma prática autorizada ou aceita pela empresa. Quem poderá provar isso é a documentação criada pelo compliance. A existência de documentação para compliance facilita também a relação com prestadores de serviços e fornecedores. Ao solicitar que eles atuem de uma forma determinada, atendendo a regras rígidas que não comportam flexibilização, será possível comprovar a necessidade do cumprimento das regras exibindo a documentação elaborada pela área de compliance.</p><p>Empresas pequenas As empresas de pequeno e médio porte devem organizar programas de compliance adequados às suas necessidades de prevenção de riscos de conformidade. Para administrar corretamente os custos e atenderem às prioridades, é recomendável que iniciem seus programas de compliance pelos aspectos de maior risco adequados às atividades que realizem. Assim, por exemplo, uma empresa de pequeno porte na área de tecnologia da informação deve iniciar seu programa de compliance por diretrizes de segurança da informação e de proteção de dados. Já uma empresa de pequeno porte na área de química deve iniciar seu programa de compliance por diretrizes de proteção ambiental. Nos dois casos, o código de ética é fundamental tanto quanto as normas de prevenção de riscos de lavagem de dinheiro e de práticas de corrupção.</p><p>Empresas pequenas Para Helena Liebl (2018, p. 59): Levando em consideração o porte da empresa, não se faz necessário que haja uma área exclusiva para o Compliance [...], mas que pelo menos haja um gestor responsável em promover a cultura ética, a definição de normas e políticas internas, em atender à legislação vigente e controlar os riscos ao tema. Preliminarmente, deve priorizar a criação dos códigos de conduta e da política interna anticorrupção, sendo que as regras devem ser claras, de fácil entendimento, conforme a realidade da empresa e as regulamentações do setor que a rege. Outro fator relevante que se deve priorizar é um plano de treinamento e de comunicação, que abranja, inclusive, os parceiros externos. Isto porque os funcionários e os prestadores de serviços precisam estar cientes das normas éticas adotadas pela empresa.</p><p>Interatividade O compliance poderá ser aplicado: a) Somente em grandes empresas. b) Somente em pequenas empresas. c) Somente em empresas multinacionais. d) Em empresas de qualquer porte. e) Somente em empresas públicas.</p><p>Resposta O compliance poderá ser aplicado: a) Somente em grandes empresas. b) Somente em pequenas empresas. c) Somente em empresas multinacionais. d) Em empresas de qualquer porte. e) Somente em empresas públicas.</p><p>A relevância dos canais de comunicação e dos procedimentos de apuração Esse é um tema sempre delicado quando se trata de implementação de programas de compliance, porém é preciso estudá-lo e enfrentá-lo com tranquilidade para que possamos aferir toda a relevância que ele possui para a concretização da integridade e transparência em uma empresa. Algumas empresas chamam esse instrumento de canal de informação, outras preferem canal de denúncia. A denominação canal de informações é mais branda e sugere que a finalidade não é, necessariamente, receber a informação para instaurar imediatamente um procedimento administrativo para avaliar se foi ou não praticada uma conduta antiética ou ilegal e, em seguida, aplicar uma punição que, muitas vezes, consiste na demissão do empregado. Já quando se denomina como canal de denúncia, a ideia subjacente é que a informação fornecida por esse canal resultará em práticas mais severas, que pode contribuir para tolher a iniciativa do empregado.</p><p>Confiança na comunicação As empresas precisam que os gestores criem uma cultura que mereça o acolhimento e a confiança dos empregados. Eles precisam se sentir seguros de que as informações ou denúncias que fizerem serão tratadas com sigilo, seriedade e de forma rigorosa em consonância com a legalidade. Só assim ficarão estimulados para perceberem atos suspeitos ou irregulares e encaminharem as denúncias ou informações. Sem essa confiança de que serão compreendidos e protegidos, não haverá estímulo para a utilização do canal.</p><p>Confiança na comunicação Empresas de maior porte utilizam canais eletrônicos, e-mails ou telefones, destinados exclusivamente a essa função e com garantia de sigilo. Empresas de menor porte poderão utilizar o responsável pelo programa de compliance da empresa, que destinará horários para atendimento de empregados e recepção das informações ou denúncias. Poderá, ainda, estimular que os empregados enviem cartas anônimas por meio das quais possam detalhar e concretizar a informação ou denúncia que entenderem ser relevante.</p><p>Confiança na comunicação A confiança do empregado em utilizar o canal de informações ou de denúncia não surgirá naturalmente. Terá de ser construída por meio de ações sistemáticas do setor de compliance, ou seja, palestras, treinamentos, rodas de conversa, encontros de atualização, divulgação de filmes, vídeos, entre outras formas de demonstrar que o setor é atuante, efetivo e confiável. Algumas empresas criam a figura do "agente de compliance", pessoa especialmente treinada para interagir com os empregados e gestores no dia a dia e orientar procedimentos, fluxos e decisões que estejam adequadas às diretrizes e normas de compliance daquela empresa.</p><p>Canal de comunicação As empresas podem optar, ainda, por contratar um terceirizado, pessoa natural ou jurídica, para realizar as atividades próprias do canal de informações ou de denúncia. Nesse caso, terá que formalizar um contrato de prestação de serviços que contenha com clareza a responsabilidade do prestador de serviços em manter a confidencialidade das informações recebidas e a proteção da identidade de quem prestou as informações. É fundamental que todas as informações ou denúncias recebidas sejam verificadas e apuradas, bem como que haja uma resposta para a pessoa que efetuou a comunicação caso ela tenha se identificado. Nos canais em que são aceitas informações anônimas, isso não será possível, mas naqueles em que se trabalha com a garantia de confidencialidade para o empregado que fornece a informação ou faz a denúncia, é fortemente recomendável que ele seja informado do resultado como maneira de se construir maior confiabilidade no trabalho desenvolvido pelo setor de compliance.</p><p>Conhecer compliance . É importante que todos os empregados, desde o momento em que são contratados pela empresa, saibam o que devem fazer para estar "em compliance" e quais atos serão considerados "não compliance". Para os atos considerados transgressores das regras de compliance, é preciso que o empregado saiba as consequências, ou seja, que punições poderão ser aplicadas. Conhecer as consequências do ato é sempre um fator de desestímulo, por isso a relevância da informação clara e objetiva para todos os empregados e com caracterização de atos ou situações passíveis de punição.</p><p>Conhecer compliance Um dos bons resultados das informações e denúncias e também das investigações é demonstrar para a empresa quais são seus pontos fracos, suas vulnerabilidades e reforçar as defesas nesses pontos. As denúncias devem ser vistas como um termômetro, um RX, que irá apontar onde estão os problemas e os danos que estão sendo causados. Desta forma, a empresa poderá implementar as soluções necessárias. É muito importante que todos os envolvidos conheçam programa, as diretrizes e normas que são adotadas pela empresa.</p><p>Resumindo Gerar um Se cada pessoa Analisar Estabelecer um código de envolvida fizer a sua os riscos plano de ação Ética/Conduta parte, a empresa vai se manter sólida e sem Criar um brechas para condutas Formar canal inadequadas ou ilícitas departa- confiável de mento de comunica- compliance ção feedback Acompanhar Capacitar os Fiscalizar andamento do colaboradores e compliance administradores processo Fonte: autoria própria.</p><p>Interatividade O canal de comunicação possui um importante papel em uma empresa que implementou o programa de compliance, sendo assim é muito importante que ele: a) Conquiste a confiança dos colaboradores. b) Atue somente como um canal de denúncias. c) Torne públicas as informações relatadas. d) Permita que a empresa monitore os empregados. e) Seja</p><p>Resposta O canal de comunicação possui um importante papel em uma empresa que implementou o programa de compliance, sendo assim é muito importante que ele: a) Conquiste a confiança dos colaboradores. b) Atue somente como um canal de denúncias. c) Torne públicas as informações relatadas. d) Permita que a empresa monitore os empregados. e) Seja</p><p>Referências CADE. Guia programas de compliance. Brasília: Ministério da Justiça, 2016. Disponível em: CARLINI, Angélica L. Governança Corporativa e Compliance. Material Didático - EaD. CANDELORO, A. P. P.; DE RIZZO, M. B. M.; PINHO, V. Compliance riscos, estratégias, conflitos e vaidades no mundo corporativo. São Paulo: Trevisan, 2012. FOIATTO, A. R. Como e onde aplicar o compliance. In: TOMAZ, R. E. Descomplicando compliance. Florianópolis: Tirant Lo Blanché, 2018. Fonte: Acervo pessoal.</p><p>Referências IDIS. Por que as empresas estão implantando códigos de ética? São Paulo, 16 ago. 2014. Disponível em: LIEBL, H. Compliance nas micro e pequenas empresas. In: TOMAZ, R. E. Descomplicando compliance. Florianópolis: Tirant Lo Blanché, 2018. OECD. Princípios de governo das sociedades do G 20 e da OCDE. [S.I.], 2020. Disponível em: SEBRAE. Código de Conduta. Disponível em: Fonte: Acervo pessoal.</p><p>ATÉ A PRÓXIMA!</p>

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