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<p>Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>Não é permitida a reprodução total ou parcial deste livro, nem o processamento</p><p>informático, nem a transmissão de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico,</p><p>mecânico, por fotocópia, por registro ou outros métodos, sem a prévia autorização por</p><p>escrito dos proprietários da Copyright</p><p>DIREITOS reservados © 2011, em relação à primeira edição em espanhol, por</p><p>AEPROMO C. Santa Isabel, 51, caixa 46. Associação Médica de Madri</p><p>28012 Madrid Espanha</p><p>www.aepromo.org</p><p>info@aepromo.org</p><p>ISBN: 978-84-615-2244-6</p><p>Depósito legal: M.</p><p>Edição completa: www.gaap.es</p><p>Cobertura e design de interiores: www.luis-sanz.es</p><p>Impresso por: Villena, Graphic Arts</p><p>IMPRESSO EM ESPANHA - IMPRIMIDO EM ESPANHA</p><p>Autores</p><p>Adriana Schwartz, M.D.</p><p>Claudia Nikolaevna Kontorschikova, M.D., Ph.D.</p><p>Oleg Viktorovich Malesnikov, M.D., Ph.D.</p><p>Gregorio Martínez Sánchez, Dr., Ph.D.</p><p>Lambert Re, M.D., Ph.D.</p><p>Irina Avenerovna Gribkova, M.D.</p><p>Coautores</p><p>Mirta Copello, M.D.</p><p>Genaddy O. Grechkanev, M.D., Ph.D.</p><p>Fernando Kirchner, M.D.</p><p>Tradutores</p><p>Adriana Schwartz, M.D.</p><p>Gastón Juan Mora de la Cruz, M.D.</p><p>Revisores</p><p>Adriana Schwartz, M.D.</p><p>Gregorio Martínez Sánchez, Dr.,</p><p>Índice de conteúdos</p><p>História, agradecimentos e agradecimentos ................................................... .......... xi</p><p>Abreviaturas ................................................. .................................................. ......... xiii</p><p>Prefácio ................................................. ................................................... ................ xv</p><p>Parte I. FUNDAMENTOS DE OZONOTERAPIA .............................................. 1</p><p>Capítulo 1. Aspectos gerais e físico-químicos do ozônio ....................................... 3</p><p>1.1. Análise histórica da ozonoterapia ....................................................................... 3</p><p>1.2. Ozônio na natureza ............................................. ............................................... 5</p><p>1.3. Propriedades físico-químicas do ozônio ............................................................. 7</p><p>1.3.1. Solubilidade do ozônio e sua estabilidade em soluções aquosas ..................... 8</p><p>1.3.2. Decomposição do período de ozônio e meio de decomposição ....................... 8</p><p>1.4. Formas de obtenção de ozônio ............................................. .............................. 11</p><p>1.5. Ocupação médica ............................................... ................................................ 11</p><p>Capítulo 2. Reatividade do ozônio ............................................................... ......... 13</p><p>2.1. Introdução ................................................. ...................................................... .. 13</p><p>Índice de conteúdos</p><p>v</p><p>vi • Conteúdo de países em desenvolvimento</p><p>2.2. Oxidante natureza do ozônio .............................................. ............................... 15</p><p>2.2.1. Reação de ozônio com compostos orgânicos não saturados ............................ 16</p><p>2.2.2. Reação de ozônio com compostos orgânicos saturados ................................... 19</p><p>2.2.3. Reação de ozônio com compostos de nitrogênio .............................................. 21</p><p>2.2.4. Reação do ozônio com compostos de enxofre .................................................. 21</p><p>2.3. A água ozonizada ............................................... ................................................. 22</p><p>2.3.1. Aspectos gerais................................................ ................................................. 22</p><p>2.3.2. Tratamento da água potável com ozônio ......................................................... 25</p><p>2.3.2.1. Principais efeitos da ozonização de beber água ......................... .................. 25</p><p>2.4. Óleos vegetais ozonizados ....................................................... .......................... 27</p><p>2.4.1. Preparação do óleo ............................................... ........................................... 29</p><p>2.4.2. Estabilidade dos óleos vegetais ozonizados ..................................................... 31</p><p>2.4.3. Uso de óleos ozonados como germicidas ......................................................... 31</p><p>2.5. Ozonização de soluções fisiológicas para infusões intravenosas ........................ 32</p><p>2.6. Reação de ozônio com fluidos biológicos ........................................................... 35</p><p>2.7. Ozônio no metabolismo do oxigênio ....................................................... .......... 36</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para uso clínico de ozonoterapia ......... ........... 39</p><p>3.1. Ação bactericida, virucida e fungicida do ozônio .............................................. 40</p><p>3.2. Ativação metabólica ............................................... ........................................... 44</p><p>3.3. Modulador de estresse oxidativo ............................................... ........................ 50</p><p>3.4. Efeito anti-inflamatório do ozônio ................................................. .................... 57</p><p>3.5. Efeito analgésico do ozônio .............................................. ................................. 57</p><p>3.6. Efeito desintoxicante do ozônio .................................................. ........................ 57</p><p>3.7. Regulamentação imunológica pelo ozônio ............................................ ............. 58</p><p>3.8. Efeito na síntese de mediadores hormonais ......................................................... 63</p><p>3.9. Regulador metabólico ............................................... .......................................... 64</p><p>3.10. Efeito do ozônio dependente da dose ......................................................... ....... 65</p><p>Capítulo 4. Rotas de administração e contra-indicações de ozonoterapia ........ 67</p><p>4.1. Formas e métodos de aplicação de produtos ozonizados ................................... 67</p><p>4.2. Administração de misturas de gases de ozônio e oxigênio ................................. 68</p><p>4.2.1. Insuflação rectal de misturas de ozônio e oxigênio .......................................... 69</p><p>4.2.2. Auto-hemoterapia menor com mistura de ozônio e oxigênio ........................... 70</p><p>4.2.3. Auto-hemoterapia principal com mistura de ozônio e oxigênio ....................... 70</p><p>4.2.4. Gasificação em saco de plástico ............................................................... ........ 72</p><p>4.3. Contra-indicações e avaliação dos resultados da terapia de ozônio ..................... 73</p><p>4.4. Complicações da terapia com ozônio ....................................................................74</p><p>Índice • vii</p><p>Parte II APLICAÇÕES DE OZONOTERAPIA POR ESPECIALIDADES ..... 75</p><p>Capítulo 5. Terapia de ozônio em doenças cardiovasculares ............................... 77</p><p>5.1. Aterosclerose ................................................. ...................................................... 77</p><p>5.2. Doença cardíaca isquêmica, angina de peito, Arritmias, cardioesclerose</p><p>aterosclerótica ..................................................................................................... ....... 81</p><p>5.3. Hipertensão arterial...................................................... ........................................ 87</p><p>5.4. Aterosclerose obliterante dos vasos das extremidades inferiores ........................ 91</p><p>Capítulo 6. Terapia de ozônio em doenças tecido musculoesquelético</p><p>e conjuntivo ............................................................................................................... 97</p><p>6.1. Artrite reumatóide................................................ ................................................ 97</p><p>6.2. Osteomielite de ossos longos tubulares</p><p>de Criegee reside, precisamente, na possibilidade de explicar o treinamento de</p><p>todos os produtos de peróxido da ozonólise de compostos não saturados de</p><p>18</p><p>União etérea</p><p>União peroxídica</p><p>Figura 2-3. Estrutura 1,2,4-Trioxolane ou Criegee ozonide.</p><p>um único intermediário: o zwitterion de Criegee ou o óxido de carbonilo. Os</p><p>diferentes As rotas apresentadas são competitivas e conduzem, na maioria dos casos, a</p><p>misturas complexo com diferentes proporções dos produtos formados. Os rendimentos de</p><p>Alguns produtos específicos dependem das condições de reação (Menéndez e cols., 2008).</p><p>Do ponto de vista analítico, as reações do ozônio foram estudadas menos os</p><p>compostos aromáticos que com os compostos alifáticos não saturados, devido à</p><p>Ozono Zwitterion</p><p>Retro</p><p>1,3</p><p>cicloadición 1,3 cicloadición</p><p>Comp</p><p>uesto</p><p>Molozónido</p><p>Óxido primario</p><p>insatur</p><p>ado 1,2,3-trioxolano</p><p>Intermediarios</p><p>de la reacción</p><p>de Criegee</p><p>Grupos</p><p>reductores</p><p>Ceton</p><p>as</p><p>Aldehí</p><p>dos</p><p>1,3 cicloadición</p><p>Grupos</p><p>oxidados</p><p>Ácidos</p><p>Óxido de</p><p>Criegee</p><p>1,2,4-</p><p>trioxolano</p><p>Figura 2-4. Reação de ozônio com compostos insaturados.</p><p>maior complexidade e formação preferencial de compostos poliméricos. No entanto, em</p><p>Nos últimos anos, o interesse por esta reação aumentou como resultado da aplicação</p><p>aumentando cada vez mais o ozônio no tratamento de águas residuais de diferentes origens,</p><p>em que os compostos aromáticos estão em concentrações apreciáveis.</p><p>Essa reação é muito mais lenta do que aqueles correspondentes ao ozônio com</p><p>olefinas ou os alquinos, uma vez que apresentam constantes de velocidade de reação global</p><p>de 101-102 m-1 · s-1 (Menéndez et al., 2008).</p><p>2.2.2. Reação de ozônio com compostos orgânicos saturados</p><p>Nos organismos vivos, há uma grande quantidade de compostos em que não há</p><p>duplos ou ligações triplas, então eles são chamados de compostos saturados. Exemplos</p><p>disso as estruturas são hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, carboidratos, ácidos e</p><p>aminoácidos, entre outros. Em frente a este tipo de compostos, o ozônio reage geralmente</p><p>com a subtração de um átomo de hidrogênio em forma radical, deixando formou outros</p><p>radicais orgânicos e HO ·. Esses radicais, entretanto, iniciam uma série de reações de</p><p>propagação.</p><p>A taxa de reacção do ozono com compostos saturados é de um mil e um milhões de</p><p>tempos inferiores aos dos compostos insaturados, então, em um dado meio, Se houver</p><p>compostos saturados e não saturados, o ozônio reagirá preferencialmente com o último</p><p>(Menéndez et al., 2008).</p><p>Uma vez que os radicais livres são formados, as reações que eles causam são</p><p>inespecíficas (eles reagem com qualquer molécula), mas eles também mostram preferência</p><p>por insaturado, como PUFAs. Radicais livres altamente reativos podem subtrair um átomo</p><p>de hidrogênio de ácidos graxos e leva à reação em cadeia conhecida como peroxidação</p><p>lipídica (POL) (Martínez-Sánchez et al., 2010). Os radicais livres causam oxidação de</p><p>PUFAs e fosfolípidos de membrana. O POL leva a um aumento da permeabilidade das</p><p>membranas celulares, que causa alterações propriedades irreversíveis da célula que podem</p><p>levar à sua lise total.</p><p>Os processos de peroxidação levam à formação de inúmeros derivados tóxicos:</p><p>hidroperóxidos, 4-hidroxalquenais, malonildialdeído (MDA) e outros. O POL Ocorre em</p><p>maior parte nas membranas biológicas e nas lipoproteínas e pode:</p><p>• Diminuir a fluidez das membranas biológicas.</p><p>• Inativar enzimas e receptores associados à membrana celular.</p><p>• Aumentar a permeabilidade ao Ca2 +.</p><p>Na Figura 2-5, a cadeia de reações responsável pelo POL é mostrada. Na fase de</p><p>começar, um radical de alta reatividade, como o hidroxilo, extrai um átomo de hidrogênio</p><p>de um ácido gordo insaturado para produzir o radical lipídico, que reorganiza e forma o</p><p>dieno conjugado que, na sua reacção com O2, dá origem ao radical peroxilo de alquilo,</p><p>com reactividade o suficiente para atacar outro lípido e levar à disseminação do POL. Em</p><p>fase de conclusão e na presença de ferro, aldeídos e outros compostos são</p><p>produzidos</p><p>20</p><p>COOH</p><p>Lípido (L) H · OH</p><p>Iniciación</p><p>H2O</p><p>COOH</p><p>Radical Lipídico ·</p><p>(L·)</p><p>P</p><p>· COOH r</p><p>Dieno conjugado</p><p>O2</p><p>o</p><p>Radical Alquil</p><p>OO·</p><p>p</p><p>Peroxilo |</p><p>COO a</p><p>L g</p><p>Hidroperóxido lipídico L · a</p><p>OOH c</p><p>|</p><p>COOH</p><p>i</p><p>Fe2+</p><p>ó</p><p>Fe2+ Radical LO ·</p><p>L LOO ·</p><p>n</p><p>Alcoxilo</p><p>L ·</p><p>O O LOH</p><p>| |</p><p>COOH</p><p>Terminación</p><p>Fe2+</p><p>Endoperóxido</p><p>Etano</p><p>O</p><p>4-hidroxinonenal</p><p>O=C</p><p>CH</p><p>C=O</p><p>Pentano</p><p>+</p><p>H</p><p>H</p><p>C=O</p><p>Malonildialdehído</p><p>Figura 2-5. Sequência geral de reações durante a peroxidação lipídica (Martínez-Sánchez et al., 2010).</p><p>(Martínez-Sánchez et al., 2010). Precisamente, estruturas como malonildialdeído</p><p>(MDA) e 4-Hidroxinonenal (4-HN) são geradas durante o contato de ozônio com plasma</p><p>ou tecidos, e não apenas são produtos de oxidação lipídica, mas também têm atividade</p><p>biológico per se, de modo que, em concentrações apropriadas, os mediadores dos efeitos</p><p>benéficos do ozônio podem ser considerados. Por exemplo, a aplicação de auto-</p><p>hemoterapia a um grupo de pacientes aumentou as concentrações de MDA de 0,2 μm a 1,2</p><p>μm; este valor plasmático voltou ao normal 25 minutos depois, dada a alta capacidade de</p><p>antioxidantes plasmáticos para atenuar uma alteração do equilíbrio redox. Nesses mesmos</p><p>pacientes, a aplicação de um ciclo de auto-hemoterapia continuou aumentando a</p><p>concentração de MDA para um máximo de 0,6 μm após 5 aplicações de au-tohemoterapia</p><p>maior (15 dias depois); A partir desse momento, os valores retornaram às concentrações</p><p>basais (0,2 μm) e a redução foi acompanhada por um aumento na atividade da enzima</p><p>superóxido dismutase (Bocci, 2005).</p><p>2.2.3. Reação de ozônio com compostos de nitrogênio</p><p>A presença de nitrogênio, principalmente na forma de grupos amino, é característica</p><p>de organismos vivos. Os aminoácidos, sementes estruturais de proteínas, possuem esse tipo</p><p>de grupo químico. Nos grupos amino há um par de elétrons livres no nitrogênio, que é o</p><p>objetivo fundamental das reações com o ozônio. Essas reações são favorecidas com baixo</p><p>pH.</p><p>Para cada molécula de composto nitrogenado, três moléculas de ozônio reagem à sua</p><p>fase final, a pH elevado. Assim, as aminas reagem a velocidades mais elevadas para</p><p>compostos saturados e menores a insaturados. O aumento das cadeias de carbono ligadas</p><p>ao nitrogênio das aminas proporciona uma maior densidade de carga parcial negativa</p><p>(devido ao efeito do nitrogênio) no heteroátomo, o que faz com que a velocidade de reação</p><p>do ozônio com aminas primárias seja inferior a com secundário e terciário,</p><p>respectivamente. O caráter eletrofônico do ataque desse gás aos elétrons livres de</p><p>nitrogênio é assim manifestado (Menéndez et al., 2008).</p><p>2.2.4. Reação de ozônio com compostos de enxofre</p><p>Nos sistemas biológicos, o enxofre está presente em vários aminoácidos (metionina,</p><p>cistina e cisteína), na glutationa e em outras moléculas essenciais para a vida. A oxidação</p><p>destes compostos sulfatados pelo ozônio leva à formação de sulfóxidos e sulfonas.</p><p>A oxidação da metionina produz principalmente sulfoóxido de sulfona e metionina.</p><p>Como mecanismo de defesa, a célula possui enzima metionina sulfóxido redutase para</p><p>regenerar a metionina gerada pelo ataque</p><p>ROS (Figura 2-6).</p><p>Por outro lado, a oxidação de dois grupos de enzimas -SH altera a sua função</p><p>biológica. Por exemplo, a oxidação da enzima dependente de Ca2 + ATPase faz endo-</p><p>H3C – S – CH2– CH2– CH(NH2)</p><p>– COOH O</p><p>Metionina</p><p>=</p><p>ERO</p><p>H3C - S - CH2- CH2- CH(NH2) –</p><p>COOH</p><p>Metionina</p><p>sulfona</p><p>Metionina H3C – S – CH2– CH2– CH(NH2) –</p><p>COOH</p><p>Metionina</p><p>sulfóxido</p><p>Metionina</p><p>sulfóxido reductasa</p><p>Figura 2-6. Oxidação de metionina pelas espécies reativas de oxigênio (ERO).</p><p>22</p><p>O plasma leva à sua inibição (Figura 2-7) e ao dano celular resultante causado pela</p><p>perda de homeostasia Ca2 +. Sua entrada na célula ativa proteases, endonucleases e</p><p>fosfolipases (Martínez-Sánchez et al., 2010).</p><p>2.3. A água ozonizada</p><p>2.3.1. Aspectos gerais</p><p>Atualmente, o uso de ozônio para o tratamento da água está aumentando</p><p>progressivamente em todos os países, tanto na área da água potável como nas águas</p><p>industriais e de efluentes, pois é um excelente esterilizador de bactérias, vírus e fungos,</p><p>bem como seu efeito desodorante e branqueador. Conseqüentemente, a qualidade</p><p>organoléptica (odor, cor e sabor) e qualidade microbiológica das águas após o tratamento</p><p>com ozônio garante uma água totalmente tolerável para a saúde pública. A água ozonizada</p><p>também tem um grande campo de aplicação em estomatologia, pois seu uso durante</p><p>intervenções dentárias é alcançado com alto grau de assepsia que afeta uma melhor</p><p>recuperação dos pacientes.</p><p>Por outro lado, as propriedades germicidas do ozônio não se limitam ao próprio</p><p>ozônio, mas também estão presentes nos produtos da reação deste gás com certas</p><p>substâncias. Os óleos de origem vegetal (por exemplo, coco, palmeira, azeitona, girassol,</p><p>gergelim, entre outros) foram utilizados como meio adequado para a terapia com ozônio.</p><p>Os óleos ozonizados estabilizados têm um caráter germicida e parasiticida muito intenso, o</p><p>que os torna úteis para o tratamento de um grande número de doenças. É necessário</p><p>enfatizar que, diante desses agentes, o fenômeno da resistência microbiana não é possível,</p><p>pois eles atuam basicamente pela oxidação das paredes microbianas.</p><p>ATPasa Sua atividade diminui</p><p>drasticamente</p><p>de Ca2+</p><p>Intercam</p><p>biador pela oxidação de grupos sulfidrilo</p><p>Na+/Ca2+</p><p>GSSG</p><p>G</p><p>SSG</p><p>2</p><p>GSH</p><p>H</p><p>S SH GSS</p><p>S</p><p>SG</p><p>Activa Inactiva</p><p>Proteína alterada pela S-tiolação S</p><p>Perda de função</p><p>Figura 2-7. Consequências da oxidação de grupos de proteínas sulfidrilo. GSH, glutationa;</p><p>GSSG, dissulfureto de glutationa.</p><p>A solubilidade em água do ozônio é 10 vezes maior que a do oxigênio: 49,0 ml de</p><p>O3 por 100 ml de água, em comparação com 4,89 ml de O2 por 100 ml de água. A água</p><p>ozonizada é preparada passando o ozônio através de um agitador de vidro aglomerado e</p><p>borbulhando a água por pelo menos 5 minutos, até se atingir a saturação. Vários dos</p><p>equipamentos modernos para uso clínico incluem os dispositivos necessários para produzir</p><p>água ozonizada.</p><p>A estabilidade do ozônio na solução aquosa é escassa; cerca de 5 a 6 minutos após a</p><p>obontagem da água ozonizada, a concentração de O3 cai em 25% em relação à</p><p>concentração inicial. Quando a água ozonizada em alta concentração é necessária para fins</p><p>médicos, deve ser utilizada uma concentração de O3 de 80 μg / ml, o que proporcionará</p><p>uma concentração aproximada de 20 μg / ml. Esta solução é útil para o tratamento e</p><p>desinfecção de feridas, para eliminar pus e áreas necróticas e para eliminar germes em</p><p>geral. Uma vez que as feridas começam a evoluir, recomenda-se o uso de uma menor</p><p>concentração, isto é, a partir da ozonação com uma concentração de O3 de 20 μg / ml para</p><p>ter uma concentração final de 5 μg / ml.</p><p>Quão estável são as soluções aquosas de O3? Pode-se dizer que este é o ponto fraco</p><p>das águas ozonizadas. Na preparação de água ozonizada de dupla destilação, uma vez</p><p>obtida, deve ser mantida a 5 ° C num frasco de vidro com uma tampa de vidro ou de</p><p>silicone firme. Nestas condições, a concentração de O3 é reduzida para metade da</p><p>concentração inicial em cerca de 110 horas; No entanto, se deixado a 20 ° C, a meia-vida</p><p>do ozônio é de apenas 9 horas. Se a água mono-destilada for utilizada, a meia-vida de O3 é</p><p>inferior a 1 h. Esta informação tem um impacto prático e indica que, para fins de</p><p>desinfecção de feridas, é aconselhável usar água recém-ozonizada, e se for decidida a</p><p>armazená-la ou a paciente levar a sua casa, as recomendações de armazenamento devem</p><p>ser seguidas. ótimo.</p><p>Em geral, a solubilização do ozônio na água está em conformidade com a lei de</p><p>Henry (1803), que afirma que o estado de saturação do gás na água é proporcional à sua</p><p>concentração. No entanto, a lei só é válida se a água pura for ozonizada; Se a água é mono-</p><p>destilada ou contém traços iónicos, é praticamente inutilizável para a desinfecção porque os</p><p>iões facilitam a formação de substâncias potencialmente tóxicas, como o ácido hipocloroso</p><p>(Bocci, 2005).</p><p>A água ozonizada é amplamente utilizada em diferentes campos da medicina. No</p><p>campo da gastroenterologia, é utilizado para administração interna em esofagite, gastrite,</p><p>úlceras e colecistite crônica; É usado na forma de enemas, em casos de colite. Na</p><p>tomatologia prática, é utilizado na forma de enxaguamento para a desinfecção da cavidade</p><p>oral em casos de periodontite, estomatite e abscessos nas cavidades dos canais radiculares.</p><p>Na cirurgia, é utilizado para a lavagem perioperatória e pós-operatória de feridas infectadas</p><p>abertas ou fechadas. Em otorrinolaringologia, é utilizado sob a forma de inalações. Para</p><p>resolver diferentes tarefas clínicas, são utilizados diferentes métodos de administração e</p><p>diferentes concentrações de ozônio. Nas investigações experimentais e clínicas realizadas</p><p>por Zarivchatckoi M.F. e cols. (2000), mostrou-se que, em relação à ação antimicrobiana, a</p><p>solução ozonizada ideal é aquela que possui uma concentração de ozônio de 30 μg / ml na</p><p>saída do ozonizador e um tempo de borbulhamento de 30 minutos. No manual de terapia de</p><p>ozônio do Centro Científico de Medicina Restaurativa e Spas da Rússia (2000), é</p><p>24</p><p>recomendada água destilada oralizada com uma concentração de ozônio de 4-7 μg / ml para</p><p>o tratamento de doenças gástricas e intestinais.</p><p>Para uso para fins práticos, Boiarinov G.A et al. (2000) propuseram uma tabela com</p><p>indicadores de concentração de ozônio em água destilada que correspondem a diferentes</p><p>tempos de borbulhamento e diferentes concentrações de ozônio na saída do ozonizador</p><p>(tabela 2-2). Em outro trabalho dos mesmos autores, está exposto que o tempo de</p><p>decomposição do ozônio dissolvido em água destilada, com uma concentração inicial de</p><p>0,3-1,2 μg / ml, é de 30 minutos em média e com uma concentração inicial de 0,03-0,3 μg /</p><p>ml é de 20 minutos. De acordo com os dados de J. Staehelin (1985), a quantidade máxima</p><p>de ozônio</p><p>Tabela 2-2. Solubilidade do ozônio em 5 litros de água destilada, dependendo do</p><p>tempo de borbulhamento e da concentração de ozônio na saída do dispositivo (M ± m)..</p><p>Concentra</p><p>ção Concentração de ozônio em água destilada (μg / ml)</p><p>de ozônio</p><p>Tempo de borbulhar (min)</p><p>à saída</p><p>do</p><p>dispositivo</p><p>5 10 15 20 30 40 60</p><p>(μg / ml)</p><p>2,5</p><p>0,0</p><p>33</p><p>0,09</p><p>2</p><p>0,13</p><p>b</p><p>0,27</p><p>5*</p><p>0,35</p><p>8*</p><p>0,46</p><p>6*</p><p>0,47</p><p>5</p><p>±</p><p>0,0142</p><p>±</p><p>0,008</p><p>±</p><p>0,0142</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,0142</p><p>±</p><p>0,013</p><p>5</p><p>0,0</p><p>92a</p><p>0,28</p><p>3*</p><p>0,49</p><p>1*</p><p>0,58</p><p>3*</p><p>0,69</p><p>1*</p><p>0,81</p><p>6*</p><p>0,80</p><p>8</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,016</p><p>±</p><p>0,0192</p><p>10</p><p>0,2</p><p>5*</p><p>0,52</p><p>5*</p><p>0,80</p><p>8*</p><p>1,01</p><p>6*</p><p>1,22</p><p>5*</p><p>1,41</p><p>6*</p><p>1,40</p><p>8</p><p>±</p><p>0,015</p><p>±</p><p>0,013</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,013</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>20</p><p>0,5</p><p>91*</p><p>1,21</p><p>6*</p><p>1,63</p><p>3*</p><p>1,91</p><p>6*</p><p>2,01</p><p>6*</p><p>2,02</p><p>5</p><p>2,02</p><p>5</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,013</p><p>±</p><p>0,013</p><p>30</p><p>1,2</p><p>08*</p><p>2,40</p><p>8*</p><p>2,</p><p>75*</p><p>3,01</p><p>6*</p><p>3,20</p><p>8* 3,2 3,19</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,015</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,014</p><p>±0,0</p><p>17</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>40</p><p>2,0</p><p>1*</p><p>4,09</p><p>*</p><p>4,47</p><p>5*</p><p>4,88</p><p>*</p><p>5,19</p><p>* 5,18 5,19</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,013</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>50</p><p>2,4</p><p>8*</p><p>4,86</p><p>*</p><p>5,39</p><p>*</p><p>5,85</p><p>8*</p><p>6,18</p><p>* 6,19 6,18</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,014</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,014</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,013</p><p>60</p><p>2,8</p><p>9*</p><p>5,78</p><p>*</p><p>6,49</p><p>*</p><p>7,05</p><p>*</p><p>7,48</p><p>* 7,49</p><p>7,47</p><p>5</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,015</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,013</p><p>70</p><p>3,3</p><p>75*</p><p>6,79</p><p>*</p><p>7,35</p><p>8*</p><p>8,08</p><p>*</p><p>8,51</p><p>6*</p><p>8,50</p><p>8</p><p>8,52</p><p>5</p><p>±</p><p>0,013</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,01</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0086</p><p>±</p><p>0,013</p><p>80</p><p>3,8</p><p>8*</p><p>7,75</p><p>8*</p><p>8,59</p><p>*</p><p>9,47</p><p>5*</p><p>9,92</p><p>5* 9,93 9,91</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,014</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,013</p><p>±</p><p>0,013</p><p>±</p><p>0,014</p><p>±</p><p>0,011</p><p>90</p><p>4,2</p><p>58*</p><p>8,54</p><p>*</p><p>9,45</p><p>8*</p><p>10,3</p><p>6 *</p><p>10,9</p><p>58*</p><p>10,9</p><p>4</p><p>10,9</p><p>4</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,0142</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>±</p><p>0,0148</p><p>100</p><p>4,6</p><p>9*</p><p>9,38</p><p>*</p><p>10,2</p><p>6*</p><p>11,2</p><p>75*</p><p>11,8</p><p>75*</p><p>11,8</p><p>83</p><p>11,8</p><p>66</p><p>±</p><p>0,0083</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0142</p><p>±</p><p>0,013</p><p>±</p><p>0,013</p><p>±</p><p>0,011</p><p>±</p><p>0,0142</p><p>Em solução aquosa é observada durante 8-15 minutos. Após uma hora, não há mais</p><p>ozônio na mistura, onde apenas são encontrados radicais livres de oxigênio. Tudo isso deve</p><p>ser levado em consideração ao usar água ozonizada para fins terapêuticos, e de todos os</p><p>itens acima conclui-se que a água ozonizada para tratamento deve ser usada nos primeiros</p><p>20-30 minutos após a preparação.</p><p>2.3.2. Tratamento da água potável com ozônio</p><p>O consumo de água potável é um fator importante nas doenças transmitidas pela</p><p>água e, em certas ocasiões, uma contribuição diária e prolongada de vários tipos de</p><p>poluentes, de origem natural, principalmente devido à climatologia e à geologia da terra,</p><p>como os metais. pesado, ferro e manganês, entre outros; Os poluentes causados pela ação</p><p>humana também podem ser encontrados, incluindo compostos orgânicos voláteis,</p><p>pesticidas e nitritos.</p><p>Para tratar e controlar a água destinada ao consumo humano, o cloro é o agente</p><p>desinfectante mais usado, embora não o único ou o melhor. O poder desinfectante do</p><p>ozônio é cerca de 3.000 vezes maior e mais rápido. Assim, o tratamento da água potável</p><p>com ozônio oferece uma série de vantagens em relação ao tratamento com cloro. Em</p><p>primeiro lugar, e devido ao forte poder de oxidação, a qualidade da desinfecção com</p><p>ozônio é muito maior do que a alcançada com o tratamento com cloro. Desta forma, são</p><p>eliminados vírus, bactérias e outros microorganismos resistentes ao cloro. Graças também a</p><p>este elevado potencial de oxidação, é possível precipitar metais pesados que podem ser</p><p>encontrados em solução e eliminar compostos orgânicos, pesticidas e todos os tipos de</p><p>odores e sabores estranhos que a água pode conter. Outra vantagem importante do uso de</p><p>ozônio sobre o cloro é a velocidade com que atua, o que permite tratamentos muito efetivos</p><p>em alguns segundos ou minutos, enquanto que para desinfecção com cloro é necessário um</p><p>tempo de contato muito maior. .</p><p>2.3.2.1. Principais efeitos da ozonização da água potável</p><p>A ozonação da água potável atua principalmente através de:</p><p>• Desinfecção bacteriana e inativação viral.</p><p>• Oxidação de elementos inorgânicos, como ferro, manganês, metais pesados ligados</p><p>organicamente, cianetos, sulfetos e nitratos.</p><p>• Oxidação de elementos orgânicos, como detergentes, pesticidas, herbicidas, fenóis</p><p>ou aromas e odores causados por impurezas.</p><p>Em seguida, o mecanismo de ação do ozônio em cada um desses casos está exposto.</p><p>Desinfecção bacteriana e inativação viral</p><p>A eliminação das bactérias e a inativação viral estão relacionadas à concentração de</p><p>ozônio na água e ao tempo de contato com os microorganismos. As bactérias são</p><p>26</p><p>aqueles que são destruídos mais rapidamente. As bactérias de E. coli são destruídas</p><p>por concentrações de ozônio um pouco superiores a 0,1 μg / ml e uma duração de contato</p><p>de 15 segundos, a temperaturas de 25 ° C a 30 ° C. Streptococcus faecalis são mais</p><p>facilmente destruídos; com concentrações de ozônio de aproximadamente 0,025 μg / ml,</p><p>obtém-se uma inativação de 99,9% em 20 segundos ou menos, em ambas as temperaturas.</p><p>Os vírus são mais resistentes do que as bactérias. Os primeiros estudos realizados por</p><p>cientistas da Saúde Pública Francesa na década de 1960 mostraram que os tipos I, II e III</p><p>do poliovírus são inativados pela exposição a concentrações de ozônio dissolvido de 0,4 μg</p><p>/ ml durante um período de contato de 4 minutos.</p><p>Oxidação de elementos inorgânicos</p><p>No caso do ferro, manganês e vários compostos arsenicos, a oxidação ocorre muito</p><p>rapidamente, deixando compostos insolúveis que podem ser facilmente removidos por um</p><p>filtro de carvão ativado. Os íons de enxofre são oxidados em ions sulfato, que são</p><p>inofensivos.</p><p>Oxidação de compostos orgânicos</p><p>O ozônio é um agente muito poderoso para o tratamento de materiais orgânicos. Os</p><p>compostos orgânicos que contaminam a água potável são, essencialmente, naturais (ácidos</p><p>húmidos e fumaça) ou sintéticos (detergentes, pesticidas). Alguns compostos orgânicos</p><p>reagem com o ozônio muito rapidamente até serem destruídos, em alguns minutos ou</p><p>alguns segundos (fenol, ácido fórmico), enquanto outros o fazem mais devagar (ácidos</p><p>humidificantes e fumicos, vários pesticidas, como o triclorometano). Em alguns casos,</p><p>materiais orgânicos são apenas parcialmente oxidados com ozônio. Uma das principais</p><p>vantagens da oxidação parcial de materiais orgânicos é que, ao fazê-lo, os materiais</p><p>orgânicos polarizam muito mais do que na sua forma original, produzindo materiais</p><p>insolúveis e complexos que podem ser removidos com filtros de carvão ativado.</p><p>Eliminação da turbidez</p><p>A turbidez da água é eliminada por ozonação através de uma combinação de</p><p>oxidação química e neutralização de cargas. As partículas coloidais que causam turbidez</p><p>são mantidas em suspensão por partículas carregadas negativamente que são neutralizadas</p><p>pelo ozônio. Destrói também os materiais coloidais por meio da oxidação de materiais</p><p>orgânicos.</p><p>Eliminação de odores, cores e sabores</p><p>A oxidação da matéria orgânica, metais pesados, sulfetos e substâncias estranhas</p><p>produz a supressão de aromas estranhos e odores que a água pode conter, melhorando a</p><p>qualidade e a aparência e tornando-o mais adequado para consumo e prazer.</p><p>A técnica de ozonização da água baseia-se, fundamentalmente, na obtenção de um</p><p>tempo de contato adequado entre ela e a quantidade apropriada de ozônio. São suficientes</p><p>27 Capítulo 2. Reatividade do ozônio</p><p>de 0,5 μg / ml a 0,8 μg / ml de ozônio durante cerca de 3 ou 4 minutos para obter</p><p>uma qualidade de água excepcional e desinfectada. Após o tratamento, o ozônio se</p><p>decompõe em oxigênio após vários minutos, não deixando nenhum tipo residual, mas, ao</p><p>mesmo tempo, não haverá desinfetante residual que possa prevenir o crescimento</p><p>bacteriano. Nos casos em que é necessário garantir que a água potável tenha sido</p><p>recentemente tratada com ozônio, o sistema de ozonização será realizado em um tanque</p><p>com fluxo de recirculação onde, por meio de um injetor, será adicionada a proporção</p><p>apropriada de ozônio; Esta quantidade de ozônio e, portanto, a concentração de ozônio</p><p>residual no tanque depende, primeiro, das características do equipamento e, em segundo</p><p>lugar, do tempo de operação e desligamento do mesmo. Ou seja, por meio de um</p><p>temporizador, é possível aumentar e diminuir o tempo de produção e parada, alcançando</p><p>uma maior ou menor concentração de ozônio em uma situação estacionária. Para</p><p>sistemas</p><p>de regulação e controle mais complexos, uma sonda residual de medição de ozônio pode</p><p>ser instalada na água, que atua diretamente na produção do equipamento para atingir o</p><p>valor pré-estabelecido como a concentração ideal de ozônio na água.</p><p>Dependendo do tipo de instalação e da demanda, pode haver muitas outras</p><p>possibilidades, como injetar o ozônio diretamente na tubulação por meio de uma derivação</p><p>ou instalar o gerador de ozônio diretamente na torneira de consumo.</p><p>2.4. Óleos vegetais ozonizados</p><p>Os óleos vegetais são um meio eficaz no campo da terapia com ozônio.</p><p>Essencialmente, esses óleos sofrem oxidação controlada, reagindo com ozônio em</p><p>condições pré-estabelecidas. Uma vez que os produtos de oxidação são formados,</p><p>diferentes técnicas são usadas para estabilizá-las por um longo período de tempo</p><p>(geralmente, 2 anos). Os ingredientes ativos resultantes são hidroperóxidos e outros</p><p>produtos de peroxidação lipídica, que possuem propriedades germicidas não específicas e</p><p>também de forma satisfatória nos processos de cura e regeneração de tecidos. Por todas</p><p>estas razões, eles são muito úteis no tratamento de infecções locais, úlceras, fístulas e</p><p>outros processos sépticos. A estabilidade relativa dos óleos em relação ao ozo-non-gaseous</p><p>proporciona vantagens para este método terapêutico.</p><p>Os óleos vegetais mais utilizados são o óleo de girassol e azeite. Com o uso de</p><p>derivados ozonizados destes óleos, foram desenvolvidos numerosos estudos clínicos nos</p><p>quais as suas propriedades bactericidas, fungicidas e viricidas foram demonstradas, bem</p><p>como a sua capacidade de estimular a regeneração do tecido epitelial e exercer outros</p><p>efeitos a maior profundidade, tais como redução das concentrações de ácido láctico no</p><p>músculo após intenso esforço físico.</p><p>A composição dos ácidos gordurosos geralmente é variável (Tabela 2-3). Entre estes</p><p>compostos, os ácidos gordos insaturados são aqueles que reagem mais prontamente com o</p><p>ozônio para fornecer os produtos de oxidação que constituem os ingredientes ativos.</p><p>A reação do ozônio com compostos insaturados tem sido a mais estudada. Esta</p><p>reação produz, em maior parte, a quebra da molécula na posição correspondente à dupla</p><p>ligação, com a formação de fragmentos com grupos carbonilo, carnes.</p><p>28 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Tabela 2-3. Composição percentual dos ácidos gordos insaturados dos óleos vegetais selecionados.</p><p>Oleico Linoleico</p><p>Óleo</p><p>vegetal</p><p>Oliva 65-85 4-15</p><p>Girasol 28-35 60-70</p><p>Soja 20-30 50-65</p><p>Coco 5-8 0,9-2</p><p>Teobroma 37-38 1-2</p><p>Palma 39-46 7-11</p><p>Boxil e peroxilo. Para essas reações, o mecanismo descrito por Criegee é encontrado</p><p>(Menéndez et al., 2008).</p><p>Os diferentes passos da reação são competitivos e, na maioria dos casos, resultam em</p><p>misturas complexas com diferentes proporções dos produtos formados. Se alguém quiser</p><p>melhorar ou aumentar os rendimentos de um produto específico, seria necessário levar em</p><p>consideração uma série de fatores no estabelecimento de condições de reação, entre elas:</p><p>uso ou não de solventes e seu tipo, presença de outros compostos, a temperatura da</p><p>reacção, o tipo de reagente a ser utilizado e a agitação da mistura reaccional.</p><p>Os óxidos de carbonilo formados durante a reação podem interagir uns com os</p><p>outros e formar diperóxidos e polipéptidos. Além disso, na presença de substâncias próticas</p><p>(álcoois, aminas, ácidos, etc.), podem dar origem a outros produtos estáveis, que contêm o</p><p>grupo hidroperóxido (Menéndez et al., 2008).</p><p>Todas as possibilidades de formação de compostos oxigenados ocorrem em maior ou</p><p>menor grau, dependendo das condições sob as quais ocorre a reação de ozonização e a</p><p>natureza do óleo vegetal, entre os quais o aumento da concentração de aldeídos na mistura</p><p>reaccional e a variação na viscosidade, que aumenta entre 5 e 10 vezes em relação ao valor</p><p>inicial, demonstrando que o estágio de polimerização desempenha um papel importante.</p><p>Os óleos vegetais ozonizados, que contêm ácido linoleico na sua composição,</p><p>apresentarão, entre os componentes voláteis da mistura de reação, aldeídos e ácidos</p><p>saturados de 3 e 6 átomos de carbono e ácidos monossaturados de 9 átomos de carbono,</p><p>típicos da estrutura do ácido e o mecanismo de ozonização. Por outro lado, como produto</p><p>da ozonação de óleos vegetais contendo ácido oleico como único ácido gordo insaturado na</p><p>sua estrutura, apenas o aldeído saturado de 9-carbono (nonaldeído) será obtido na sua</p><p>fração volátil. Esses componentes, geralmente aldeídos e ácidos, são responsáveis pelo</p><p>odor característico desses produtos.</p><p>Capítulo 2. Reatividade do ozônio • 29</p><p>Deve-se notar que praticamente todos os óleos vegetais comercializados foram</p><p>ozonizados, usando diferentes procedimentos ou condições de ozonização e patenteados</p><p>dois. No início do século XX (1911), foi aceita a primeira patente sobre a ozonização de</p><p>um óleo vegetal (óleo de coco). Posteriormente, foram patenteados outros métodos de</p><p>ozonização de óleos vegetais diferentes, como soja, castanha e azeitona. Nas últimas duas</p><p>patentes, a ozonização do óleo é realizada em seu estado puro e para fins farmacêuticos.</p><p>Em outro artigo, foi descrita a ozonização de diferentes óleos vegetais, como milho,</p><p>azeitona e gergelim. Da mesma forma, sabe-se que o autor realizou a ozonização desses</p><p>óleos vegetais para o tratamento da acne e que, dois anos depois, desenvolveu um método</p><p>para a ozonização de um óleo de origem cerica, óleo de jojoba.</p><p>Apesar da utilidade deste tipo de preparações, demonstrada em vários estudos</p><p>clínicos, não há consenso sobre os índices de qualidade que devem ser coletados, o que</p><p>afetou a generalização do seu uso no nível clínico. Em termos gerais, o índice de qualidade</p><p>do óleo, o número de ácido, a viscosidade e a concentração de aldeídos foram estabelecidos</p><p>como índices de qualidade do óleo.</p><p>Os óleos vegetais ozonizados proporcionam uma ação prolongada de pequenas doses</p><p>de ozônio e peróxidos nos tecidos e são basicamente utilizados para suas propriedades</p><p>desinfectantes. Além de sua ação bactericida, eles também aceleram processos de</p><p>cicatrização de feridas e têm uma ação antimicótica significativa. Demonstrou-se que suas</p><p>propriedades anti-sépticas são centenas de vezes mais ativas do que as soluções de ozônio.</p><p>Sua administração é interna e também em aplicações locais, e neste caso, eles são capazes</p><p>de alcançar pontos que outros anti-sépticos não podem alcançar. Eles podem ser usados</p><p>com sucesso para o tratamento de queimaduras e infecções da pele.</p><p>Na opinião de Rilling e Viebahn (1987), a aplicação de óleo ozonizado é necessária</p><p>em um grande número de doenças causadas por fungos (dermatomicose), que são sempre</p><p>difíceis de curar. Os bons resultados de seu uso impedem os pacientes das despesas</p><p>importantes associadas a preparações médicas de alto custo.</p><p>Os bons resultados da aplicação conjunta de óleo vegetal ozonizado, água ozonizada</p><p>e aplicação local em sacos plásticos foram documentados (Viebahn-Haensler, 1999).</p><p>2.4.1. Preparação do óleo</p><p>Os óleos purificados (refinados) de girassol, azeitona, milho e outros são bem</p><p>ozonizados. O processo de ozonização é realizado em condições de diferentes</p><p>concentrações e diferentes tempos de borbulhamento:</p><p>• Para aplicação interna (bebida) com uma concentração de ozônio na mistura</p><p>oxigenada de 20 μg / ml, o tempo de borbulhamento para 100 ml de óleo é de 10 minutos;</p><p>para uma concentração de 40 μg / ml, é de 5 minutos, e assim por diante.</p><p>• Para aplicação externa com uma concentração de ozônio de 20 μg / ml, o tempo de</p><p>borbulhamento de 100 ml de óleo é de 15 minutos; para uma concentração de 40 μg / ml,</p><p>serão 8 minutos, e assim por diante.</p><p>30</p><p>• Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>• Para aplicação externa</p><p>(micosis) com uma concentração de ozônio de 24 μg / ml,</p><p>o tempo de borbulhamento para 100 ml de óleo é de 15 minutos; Para uma concentração de</p><p>50 μg / ml, serão 8 minutos, e assim por diante.</p><p>• O óleo ozonizado é armazenado em um recipiente de vidro escuro. A sua</p><p>conservação depende muito da temperatura de armazenamento. De acordo com dados</p><p>recentes, fornecidos por Miura T. et al. (2001) com a ajuda de equipamentos modernos, o</p><p>óleo ozonizado mantém sua atividade à temperatura ambiente por 3 meses e em</p><p>refrigeração por 2 anos.</p><p>• Quando o uso for interno, a quantidade de óleo que será tomada no início será</p><p>uma colher de chá, 20 a 30 minutos após as refeições, 2-4 vezes por dia, e será aumentada</p><p>lentamente para uma colher de sopa 2- 4 vezes por dia</p><p>• Com base em observações experimentais e clínicas, Lipatov (2000) concluiu que o</p><p>óleo ozonizado deve ser um componente obrigatório do tratamento de queimaduras</p><p>químicas do trato digestivo e recomenda a prescrição em uma dose de 30 ml 3 vezes ao dia.</p><p>• Quando administrado internamente, o óleo vegetal ozonizado não apenas exerce</p><p>uma ação anti-inflamatória. Nas obras de Alferina et al. (2000) e Mamikina et al. (2000),</p><p>realizada com pacientes afetados por diferentes doenças infecciosas, mostrou a influência</p><p>imunológica sobre os indicadores de imunidade celular e humoral, tanto no específico</p><p>quanto no não específico. Em todas as patologias infecciosas estudadas, a inclusão de óleo</p><p>ozonizado no tratamento basal (5 ml duas vezes ao dia) permitiu curto-termizar o conteúdo</p><p>absoluto e percentual de linfócitos T, diminuiu o número de linfócitos B e aumentou A</p><p>atividade da fagocitose. A aplicação de óleo vegetal ozonizado levou à normalização ou</p><p>aumento da imunidade humoral não específica, atividade bactericida e lisozimas de soro</p><p>sanguíneo.</p><p>• Recomendações para o uso de óleos ozonizados de acordo com a concentração de</p><p>ozonidos no óleo (R refere-se ao índice de peróxido)</p><p>• Na administração oral de óleo ozonizado (em doenças do sistema digestivo e</p><p>após cirurgia intestinal), será utilizado um índice de peróxido de R = 400.</p><p>• Para aplicações de longo prazo (algumas horas) na mucosa vaginal, retal ou</p><p>na-sal, para úlceras tróficas na fase de epitelização, e para o couro cabeludo e</p><p>cuidados com a pele, será usado R = 400-600.</p><p>• Para o tratamento de feridas, úlceras tróficas e queimaduras em fase de</p><p>granulação livre e livre, será usado um R = 800.</p><p>• Na psoríase, em doenças virais e em infestações cutâneas fúngicas, será usado R =</p><p>1.200.</p><p>• Para aplicações terapêuticas breves (1-10 min) em condições gengivais, em</p><p>condições cutâneas virais e micóticas difíceis de tratar devido a resistência (por exemplo,</p><p>cheilite angular, tricofitose do couro cabeludo e outros), será usado R = 2.400. 2.800.</p><p>Capítulo 2. Reatividade do ozônio • 31</p><p>2.4.2. Estabilidade de óleos vegetais ozonizados</p><p>O desenvolvimento de métodos e estratégias para preservar óleos vegetais</p><p>ozonizados e, portanto, oxidado, tem sido uma tarefa árdua. Em geral, óleos oxidados</p><p>seguem rotas de decomposição que são muito difíceis de parar. O resultado da oxidação de</p><p>gorduras é o desenvolvimento da rancidez (um termo usado para descrever a oxidação das</p><p>gorduras), acompanhado de sabor e odores desagradáveis, bem como uma alteração nas</p><p>propriedades físicas (por exemplo, um aumento de a viscosidade). Embora a deterioração</p><p>dos óleos possa ser devida a causas diferentes da oxidação, como a ação de enzimas ou</p><p>microorganismos, a oxidação é a causa mais importante do ponto de vista prático. Luz,</p><p>calor e certas impurezas, como água e metais, aceleram esse processo. Sabe-se que os</p><p>peróxidos são compostos de decomposição primários da oxidação de gorduras e óleos. Na</p><p>reação secundária, os produtos de decomposição resultantes da oxidação são peróxidos,</p><p>aldeídos e ácidos, entre outros.</p><p>A reação entre um óleo vegetal e ozônio é uma reação de oxidação em que se</p><p>formam compostos peroxídicos que aumentam consideravelmente o valor de peróxido do</p><p>óleo tratado e, portanto, favorecem os processos de oxidação e subseqüente degradação. As</p><p>reacções que ocorrem após a reacção de ozonização, nos estádios de preparação de</p><p>armazenamento e formulação, são tão complexas que é impossível desenvolvê-las em</p><p>detalhes, então apenas mencionamos as três mais importantes: formação de ácido,</p><p>despolimerização e autotransformação de derivados de hidroperóxido.</p><p>Durante a ozonização destes óleos, e depois durante o armazenamento do produto, a</p><p>formação de ácidos livres, tanto voláteis como não voláteis, é observada em pequenas</p><p>quantidades. Isso mostra que a oxidação de uma parte dos aldeídos ocorre com ozônio e</p><p>oxigênio molecular em um estado de oxidação mais elevado, correspondente aos ácidos</p><p>gordurosos e uma autooxidação dos hidroperóxidos de hidroxilo.</p><p>Além disso, durante a armazenagem do óleo vegetal ozonizado, observa-se uma</p><p>ligeira diminuição da viscosidade, como conseqüência da despolimerização dos</p><p>poliperóxidos que são formados durante o processo. Os compostos formados entre o óxido</p><p>de carbonilo e o composto prótico no meio de reação são capazes de autocomposição,</p><p>deixando o aldeído e o hidroperóxido em equilíbrio dinâmico.</p><p>Essas reações, tomadas como um todo, fazem com que os óleos vegetais ozonizados</p><p>durante o armazenamento alterem suas propriedades químicas, físicas e microbiológicas.</p><p>Por todos esses fatores, o conhecimento da estabilidade dos óleos vegetais ozonizados é</p><p>uma premissa fundamental para predefinir sua vida útil com condições de boa qualidade</p><p>(Menéndez et al., 2008).</p><p>2.4.3. Uso de óleos ozonizados como germicidas</p><p>Os chamados óleos ozonizados podem ser preparados em diferentes formas:</p><p>emulsões oleosas líquidas, lipofílicas e hidrofílicas, e cremes, unguentos, óvulos,</p><p>supositórios ou cápsulas moles. Essas formas têm atividades biológicas locais e efeitos</p><p>terapêuticos semelhantes aos do ozônio administrado in vivo. Entre as propriedades</p><p>terapêuticas desta</p><p>32 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Classe de petróleo ozonizado, pode ser destacada, em relação a alguns de seus</p><p>efeitos locais, o seguinte: • Intensa atividade germicida geral (antifúngica, antibacteriana,</p><p>antiviral).</p><p>• Ativação da microcirculação local.</p><p>• Melhoria do metabolismo do oxigênio celular.</p><p>• Estimulação do crescimento do tecido de granulação, como epitelização e</p><p>revitalização do tecido epitelial.</p><p>Esta forma de aplicação local de metabólitos de ozônio é muito apropriada para</p><p>muitos dos tipos de patologias tradicionalmente tratadas pela terapia de ozônio,</p><p>conseguindo resultados semelhantes, embora às vezes sejam necessários períodos de</p><p>tratamento um pouco mais longos, provavelmente devido à menor poder de oxigenação ou</p><p>o efeito sistêmico inferior. Por outro lado, uma das vantagens que possuem sobre o próprio</p><p>ozônio é a possibilidade de aplicar a terapia com ozônio "em casa", sem a presença física</p><p>dos pacientes no local onde os tratamentos com ozônio gasoso. Isso também pode ser</p><p>combinado com aplicações de gás ozônio durante os períodos entre as sessões de terapia de</p><p>ozônio.</p><p>Alguns exemplos de condições em que a aplicação de óleos ozonizados forneceu</p><p>bons resultados são:</p><p>• Acne.</p><p>• Cicatrizes, fístulas e feridas pós-cirúrgicas.</p><p>• Úlceras gástricas.</p><p>• Giardíase.</p><p>• Gengivostomatite.</p><p>• Úlceras dos membros inferiores (insuficiência venosa ou arterial).</p><p>• Infecções vulvovaginais.</p><p>• Queimaduras cutâneas.</p><p>• Herpes simple labial e genital recorrente.</p><p>Otite externa crônica.</p><p>• Onicomicosis.</p><p>• Epidermófitoses (infecção de canais radiculares).</p><p>• Não relacionado aos processos infecciosos:</p><p>- Atenuação de rugas.</p><p>- Dermatite e manchas cutâneas.</p><p>- Celulite e pele deteriorada.</p><p>- Hiperestesia dental.</p><p>2. 5. Ozonação de soluções fisiológicas para infusões intravenosas</p><p>A idéia</p><p>de usar soluções fisiológicas como transportadoras de misturas gasosas de</p><p>ozônio e oxigênio vem de alguns pesquisadores russos (Kontorschikova e Peretiagin). De</p><p>acordo com</p><p>Capítulo 2. Reatividade do ozônio • 33</p><p>os dados de Rilling et al. (1987), Bocci (1994) e Richermi (1995), o ozônio</p><p>dissolvido normalmente existe no corpo, pelo que seu uso em doses terapêuticas é</p><p>absolutamente inofensivo.</p><p>Nas células de organismos superiores, o uso medicinal de ozo-non dissolvido em</p><p>concentrações dezenas de vezes menores do que as concentrações tóxicas não só não</p><p>produz qualquer tipo de mudança de degradação, mas tem uma ação estimulante (Paponov</p><p>et al. 1992, Alekseeva et al 1992, Koksharov et al., 1992).</p><p>Na prática clínica, durante a preparação de soluções fisiológicas para administração</p><p>intravenosa, uma grande variedade de concentrações de ozônio e oxigênio são utilizadas na</p><p>saída do ozonizador, a partir de 800 μg / l (Kachalina et al., 1998) até 100,000 μg / l</p><p>(Karataev, 2000).</p><p>Existem duas formas de administração da solução fisiológica ozonizada. De acordo</p><p>com o primeiro, a solução é ozonizada até atingir uma certa concentração, após a qual o</p><p>borbulhamento pára e, posteriormente, a solução é administrada por via intravenosa</p><p>(Boiarinov et al., 1999; Gustov et al., 1999). Os adeptos deste método de preparação</p><p>mencionam entre as suas vantagens a possibilidade de determinar a quantidade de ozônio</p><p>dissolvido no meio de infusão antes da administração ao paciente. A preparação da solução</p><p>pelo método descrito acima possibilita a obtenção de altas concentrações de ozônio. Assim,</p><p>Yakovlev et al. (2000) utilizaram soluções fisiológicas com concentrações de ozônio de 1</p><p>μg / ml para infusões por gotejamento intravenoso, Bikov et al. (2000) 1-3,0 μg / ml,</p><p>Struchkov et al. (2000) 2-4 μg / ml e Minenkov et al. (2000) 2-6 ug / ml.</p><p>Karataev (2000) obteve a solução fisiológica ozonada borbulhando a mistura de</p><p>ozônio e oxigênio em um balão volumétrico de 200 ml, com uma concentração de ozônio</p><p>na faixa de 60 μg / ml a 100 μg / ml; o tempo de ozonização foi de 5 minutos. Nessas</p><p>condições, atingiu-se uma concentração de ozônio dissolvido de 3 μg / ml a 4 μg / ml e a</p><p>dose unitária de ozônio na administração intravenosa da solução era de 1,2 mg a 1,6 mg.</p><p>Após a preparação, a solução deve ser administrada o mais rápido possível, uma vez</p><p>que o ozônio se decompõe rapidamente na solução. De acordo com os dados de Boiarinov</p><p>et al. (2000), a concentração de ozônio dissolvido na solução fisiológica à temperatura</p><p>ambiente diminui em 17% aos 5 minutos, 29% após 10 minutos, 37% após 15 minutos,</p><p>43% após 20 minutos e uma 46% após 25 min. Esta é uma das desvantagens deste modo de</p><p>preparação. Além do mencionado, deve-se notar que foram desenvolvidos dispositivos que</p><p>estabilizem a concentração de ozônio dissolvido na solução fisiológica após borbulhar</p><p>durante toda a duração da infusão, algo que compensa esse inconveniente (Nazarov, 2003).</p><p>, 2004).</p><p>Como uma segunda desvantagem deste método de preparação, é necessário levar em</p><p>conta a aparência freqüente de flebite nos locais de administração da solução, porque a</p><p>concentração inicial de ozônio na solução é bastante alta.</p><p>No segundo modo de preparação, a administração da solução fisiológica por</p><p>gotejamento é realizada na zona de borbulhamento da mistura de gases; demora cerca de</p><p>10-15 minutos</p><p>34 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>de borbulhar, tempo necessário para a saturação da solução. A ozonização ocorre</p><p>com uma concentração muito menor de ozônio (400-2,500 μg / l na saída do ozonizador).</p><p>Conseqüentemente, a solução fisiológica atinge o paciente com menor concentração e</p><p>menos quantidade de ozônio dissolvido. De acordo com Durnovo e Jomutinnikoba (2000),</p><p>para uma concentração de ozônio entre 1.500 μg / l e 2.500 μg / l na saída do ozonador, a</p><p>concentração na solução fisiológica será de 172-220 μg / l.</p><p>Uma das vantagens deste método é que, ao longo do período em que a solução</p><p>ozonizada é administrada ao sangue do paciente, é garantida a concentração precisa de</p><p>ozônio na solução e não as formas ativas de oxigênio, cuja concentração aumenta quanto</p><p>mais o tempo decorrido após a cessação de borbulhar (Staehelin, 1985).</p><p>Uma maneira prática de realizar o procedimento de saturação e entrega da solução</p><p>fisiológica é a seguinte: um sistema de uso único para infusões por gotejamento</p><p>intravenoso é incorporado em uma garrafa de volume de 200 ml contendo uma solução</p><p>estéril. . Ao borbulhar o ozonizador acoplado, a mistura de ozono e oxigénio é passada</p><p>através do balão durante 10 minutos e, depois desse tempo, a solução é administrada por</p><p>gotejamento intravenoso durante 15 a 30 minutos. Ao usar este método de administração,</p><p>o conta-gotas deve ser cuidadosamente monitorizado, pois aumenta o risco de embolia</p><p>gasosa ocorrer se o paciente não for separado do sistema de administração intravenosa no</p><p>tempo. Portanto, durante a administração da solução, a ozonação deve ser completada</p><p>(desconecte o conta-gotas do aparelho, interrompa a chegada da mistura de ozônio e</p><p>oxigênio à garrafa) quando houver aproximadamente 50 ml de líquido restante na garrafa.</p><p>Conforme mencionado acima, as concentrações de ozonização de soluções</p><p>fisiológicas propostas por diferentes autores caracterizam-se por cobrir uma ampla gama,</p><p>dependendo dos diferentes objetivos do tratamento e em cada caso específico.</p><p>Para atingir um efeito metabólico geral, pode ser utilizado um procedimento que</p><p>produz bons resultados clínicos e evita complicações, segundo o qual a quantidade de</p><p>ozônio que sai do ozonizador é determinada pelo cálculo de 20 μg por kg de massa</p><p>corporal do paciente. Por exemplo, se o peso de um paciente for de 80 kg, a quantidade de</p><p>ozônio para esse paciente será de 20 × 80 = 1.600 μg. Com base na pesquisa</p><p>(Kontorschikova, 1992) e no trabalho de outros autores (Boiarinov et al., 2000), propõe-se</p><p>uma tabela que relaciona os diferentes fatores que devem ser levados em consideração</p><p>(tabela 2-4).</p><p>Com este modo de administração, as concentrações superiores a 3.000 μg / L não</p><p>são utilizadas na saída do ozonizador, uma vez que o aumento acima deste nível leva à</p><p>manifestação dos processos de ativação da produção de radicais livres e viola o equilíbrio</p><p>entre a peroxidação de lipídios e o sistema antioxidante (Gustov et al., 1999). Dada a</p><p>necessidade de utilizar concentrações mais elevadas na infusão, as soluções fisiológicas</p><p>são acompanhadas pela subsequente introdução de antioxidantes (ácido ascórbico).</p><p>Ao usar o método pelo qual a solução é previamente ozonizada, o borbulhamento é</p><p>parado e depois a solução é administrada por via intravenosa, gota a gota. As experiências</p><p>da escola russa recomendam calcular a concentração de ozônio na saída do ozonizador, a</p><p>estimativa de 40 μg por 1 kg de massa corporal. Por exemplo, se o peso do paciente for de</p><p>80 kg, a quantidade de ozônio que corresponderia seria de 4 × 80 = 3,200 μg. Em</p><p>conclusão, deve notar-se que os autores que usaram a administração para</p><p>Capítulo 2. Reatividade do ozônio • 35</p><p>Tabela 2-4. Relações entre a concentração de ozônio na mistura de gás na saída do</p><p>ozonizador e os indicadores médios da concentração e a quantidade de ozônio dissolvida</p><p>na garrafa da solução fisiológica, de 200 ml de volume, durante a administração</p><p>simultânea de borbulhamento e intravenosa.</p><p>Concentração de</p><p>ozônio</p><p>Concentração de</p><p>ozônio Quantidade de ozônio</p><p>dissolvido (μg)</p><p>Saída do ozonizador (μg / l) dissolvido (μg / l)</p><p>1.000 220 44</p><p>1.200 264 53</p><p>1.400 308 62</p><p>1.600 352 70</p><p>1.800 396 79</p><p>2.000 428 86</p><p>2.200 472 94</p><p>2.400 528 105</p><p>2.600 572 114</p><p>2.800 616 123</p><p>3.000 660 132</p><p>O gotejamento intravenoso de soluções fisiológicas ozonizadas, tanto</p><p>pelo primeiro</p><p>como pelo segundo dos métodos descritos anteriormente, documentam bons resultados dos</p><p>tratamentos.</p><p>2.6. Reação de ozônio com fluidos biológicos</p><p>As propriedades terapêuticas do ozônio são basicamente condicionadas por dois</p><p>mecanismos independentes.</p><p>1. Sua capacidade oxidante direta: isto é, o grande poder oxidante que pode fazer</p><p>com que o ozônio reaja diretamente com as paredes microbianas e exerça seus efeitos</p><p>germicidas ou, por exemplo, reaja diretamente com mediadores de inflamação e dor ou</p><p>receptores de citoquinas e bloqueio de respostas biológicas (Re et al., 2008b).</p><p>2. Efeitos indiretos: estão relacionados aos que ocorrem após a interação O3-</p><p>biomoléculas; neste caso, os peróxidos orgânicos, o H2O2, os ozonidos e os aldeídos e</p><p>outros produtos de oxidação gerados em quantidades adequadas e controladas ativam</p><p>mecanismos endógenos de resposta ao estresse que conseguem equilibrar novamente o</p><p>ambiente redox que tinha sido alterado pela patologia basal. Embora o primeiro mecanismo</p><p>corresponda aos efeitos a curto prazo de O3, o</p><p>36 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>O segundo requer tempo, portanto, para alcançar a maioria dos efeitos do O3, é</p><p>necessária a aplicação de um ciclo terapêutico (Martínez-Sánchez e Re, 2010).</p><p>Em relação ao segundo mecanismo, o professor Bocci afirma que a reação do ozônio</p><p>com a grande variedade de compostos moleculares presentes em organismos vivos envolve</p><p>dois processos fundamentais: uma fase inicial de reação em que, apesar de consumir grande</p><p>parte do ozônio , antioxidantes presentes no plasma, são formadas várias espécies reativas</p><p>de oxigênio (ERO), capazes de desencadear algumas vias bioquímicas (embora estas ROS</p><p>sejam neutralizadas em 0,5 min a 1 min pelos sistemas antioxidantes, convertendo a ozônio</p><p>em água) e uma fase tardia, em que se formam produtos de oxidação lipídica, tais como</p><p>radicais de alquiloxi ROO •, hidroperóxidos (R-OOH), misturas complexas de produtos</p><p>finais de aldeídos de baixo peso molecular (malonyldialdeído) e alcenos (4-droxi-2,3-</p><p>trasnonenal) e também, H2O2 (um oxidante que, embora não seja um radical, está incluído</p><p>no ERO). Tanto este como o POL são responsáveis pelos efeitos terapêuticos e biológicos</p><p>tardios do ozono. A presença transitória de concentrações elevadas de H2O2 no citoplasma</p><p>de células tratadas com O3 indica que o H2O2 atua como um dos mensageiros químicos do</p><p>ozônio e que sua concentração é crítica, o que significa que deve estar acima de um certo</p><p>limiar para seja eficaz, mas não tão superior quanto a causar danos. Este estresse oxidativo</p><p>pequeno, transiente e calculado que é alcançado com ozônio em doses terapêuticas é</p><p>necessário para ativar um conjunto de funções biológicas inibidas, sem causar efeitos</p><p>adversos. Reconhece-se que H2O2 é um composto de sinalização intracelular, capaz de</p><p>ativar uma quimera de tiroxina, que fosforila o fator de transcrição nuclear NFĸB, com a</p><p>conseqüente síntese de diferentes proteínas. H2O2 é capaz de atuar sobre células</p><p>sanguíneas mononucleares, plaquetas, células endoteliais e eritrócitos. Com relação ao</p><p>POL, que também pode atingir qualquer órgão, sua toxicidade depende da sua</p><p>concentração final e do tipo de tecido em que é distribuída, que pode ser mensageiro</p><p>prejudicial ou fisiológico capaz de reagir a um sistema biológico deteriorado (Niki, 2009 ).</p><p>É importante insistir em que essas várias ações biológicas alcançam resultados terapêuticos</p><p>quando o ozônio é aplicado em doses adequadas de forma não prejudicial ao organismo.</p><p>Assim, não há reacções adversas ou danos genotóxico ocorrer, e o amplo espectro de</p><p>efeitos gerados permite a aplicação de uma grande variedade de especialidades médicas e,</p><p>dentro de si, em uma variedade de processos diferentes (Fig. 2-8) .</p><p>2.7. Ozônio no metabolismo do oxigênio</p><p>O fornecimento de oxigênio aos tecidos é favorecido após a terapia com ozônio.</p><p>Esses efeitos refletem diferentes mecanismos, e existem várias evidências experimentais</p><p>que o confirmam. A terapia com o ozônio inverte a agregação de eritrócitos de doenças</p><p>oclusivas arteriais através de mudanças nas cargas elétricas da membrana dos eritrócitos. O</p><p>incre-mento da taxa de glicólise no eritrócito é acompanhado por um aumento significativo</p><p>na permuta de iões de sódio e potássio, que são responsáveis por manter o potencial</p><p>eléctrico da membrana, normalizando a troca de tais iões. As doenças</p><p>Capítulo 2.</p><p>Reactividad del</p><p>ozono</p><p>•</p><p>37</p><p>Ozono</p><p>Paracelso (1493-1541)</p><p>Existe algo que não seja</p><p>veneno?</p><p>Tudo é veneno, e</p><p>Não há nada que não</p><p>seja.</p><p>Apenas a dose determina</p><p>se uma coisa é ou não</p><p>veneno: facção de dose</p><p>única</p><p>venenum..</p><p>Exposição</p><p>crônica (0,7-0,77 mg/d)</p><p>Toxicid</p><p>ade</p><p>Exposição</p><p>aguda Sangre</p><p>Autohemoterapi</p><p>a</p><p>(1-10</p><p>mg/d)</p><p>Órgãos</p><p>brancos</p><p>Rectal</p><p>Eficacia</p><p>Punção local terapé</p><p>utica</p><p>Punção</p><p>paravertebral</p><p>Outros</p><p>Dose</p><p>apropriada</p><p>Branco</p><p>apropriado</p><p>Métodos</p><p>apropriados</p><p>Figura 2-8. Efeitos biológicos do ozônio dependendo da dose, do objetivo e dos métodos</p><p>aplicados.</p><p>As doenças arteriais oclusivas estão relacionadas à perda do potencial normal da</p><p>membrana plasmática dos eritrócitos. A normalização da troca de íons pelo ozônio e seus</p><p>produtos favorece a restauração do potencial normal. Conseqüentemente, a regeneração das</p><p>condições elétricas normais da membrana promove a recuperação da flexibilidade e</p><p>plasticidade dos eritrócitos, melhorando assim as propriedades reológicas do sangue, o que</p><p>conseqüentemente melhora o transporte de oxigênio. . Sabe-se que, quando o tratamento de</p><p>pacientes com doença oclusiva arterial com autohaemotherapy ozono, uma luz de</p><p>peroxidação da membrana do eritrócito, por sua vez, induz a um aumento na fluidez da</p><p>membrana, com o aumento da deformação e capacidade ocorre de filtração. Além disso,</p><p>durante o tratamento com O3, observa-se uma menor taxa de sedimentação, com uma</p><p>diminuição da viscosidade, o que explica a melhora dos indicadores hemorréológicos</p><p>desses pacientes (Menéndez et al., 2008).</p><p>Por outro lado, ao estudar o efeito do ozônio no fluxo sanguíneo cerebral,</p><p>observaram-se aumentos na velocidade diastólica na artéria cerebral média, compatíveis</p><p>com uma diminuição da resistência vascular, uma melhora nas propriedades reológicas e,</p><p>portanto, uma redução na resistência vascular. portanto, um aumento no fluxo sanguíneo</p><p>(corroborado pelos aumentos observados no fluxo sanguíneo na artéria carótida comum).</p><p>Algumas experiências também mostraram resultados satisfatórios em termos de oxigenação</p><p>dos músculos em repouso após o tratamento com O3, especialmente naqueles com hipoxia</p><p>maior.</p><p>No entanto, são conhecidas outras obras nas quais se afirma que a peroxidação da</p><p>membrana não é produzida pela ação do ozônio. Nestes casos, afirma-se que os eritrócitos</p><p>estão bem protegidos pelos sistemas de defesa antioxidante, que impedem a ocorrência de</p><p>uma peroxidação lipídica da membrana. Portanto, são necessários estudos</p><p>38 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>adicional para corroborar se, nestas circunstâncias, ocorre realmente uma</p><p>peroxidação muito leve que leva a uma melhoria das propriedades hemorrológicas.</p><p>A reatividade seletiva do ozônio para a formação de POL e ERO facilita a ativação</p><p>direta do metabolismo dos eritrócitos. O primeiro passo da reação consiste na adição</p><p>eletrofílica de ozônio às ligações duplas de ácidos graxos poliinsaturados, presentes em alta</p><p>porcentagem dos fluidos do corpo e estruturas celulares. Desta forma, os peróxidos de</p><p>cadeia mais curtos formados (devido à quebra da cadeia de carbono ao nível da dupla</p><p>ligação) podem penetrar nos eritrócitos e influenciar seu metabolismo de forma</p><p>característica. A sequência funcional</p><p>ocorre através de um estresse oxidativo pequeno e</p><p>controlado; portanto, os sistemas de defesa antioxidante entram em jogo.</p><p>O aumento da oxigenação e os efeitos benéficos da terapia de ozônio em doenças</p><p>isquêmicas podem ser associados à microlibricação de ATP em eritrócitos e à</p><p>vasodilatação encontrada. Durante a auto-hemoterapia, alguns vestígios de ozonizada POL</p><p>presente no sangue podem provocar a diferenciação eritropoiética nível e favorecedor da</p><p>para-mação de novos eritrócitos com características bioquímicas melhorados que poderiam</p><p>lla-MARSE eritrócitos' dotado. " Se essa hipótese pudesse ser demonstrada, poderia</p><p>assumir-se que a medula óssea liberará novos eritrócitos capazes de satisfazer os requisitos</p><p>energéticos e biossintéticos aumentados impostos pelo tratamento (Bocci, 2005).</p><p>Embora esta hipótese não tenha sido demonstrada, ela é parcialmente suportada</p><p>pelos resultados do trabalho anterior sobre a eficácia da terapia com ozônio em modelos I /</p><p>R. (Ajamied et al., 2004, 2005; Martínez-Sánchez et al., 2005b). Além disso, as melhorias</p><p>clínicas observadas em pacientes tratados com ozônio não desaparecem após a cessação do</p><p>tratamento, mas persistem por 3 a 4 meses, fato que provavelmente está relacionado ao</p><p>prolongamento da vida desses eritrócitos dotados presentes no circulação.</p><p>2,3-DPG desempenha certas funções essenciais, incluindo atuando sobre a</p><p>dessaturação de oxigênio com oxigênio, causando uma transferência maior para os tecidos</p><p>vizinhos. O deslocamento à direita da curva de dissociação da oxihemoglobina (aumentos</p><p>de P50) pode ser observado por uma ligeira diminuição no pH intracelular (acidose) ou um</p><p>aumento no PCO2 (efeito Bohr) e pela aumento de 2,3-DPG. Em alguns estudos, a</p><p>detecção de um aumento deste em pacientes com doença arterial oclusiva tratada com</p><p>terapia de ozônio por auto-hemoterapia é demonstrada, especialmente nos pacientes que</p><p>inicialmente apresentaram baixas concentrações. Este comportamento também foi</p><p>observado em idosos tratados por 13 semanas com o ozônio retal. Este composto é formado</p><p>na via glicolítica quando o 1,3-difosfoglicerato é convertido em 2,3-DPG pela ação da</p><p>enzima 2,3-difosfoglicerato-mutase (2,3-DPGM). Por sua vez, o 2,3-DPG é transformado</p><p>em fosfoglicerato através da 2,3-difosfogliceratofosfatase (2,3-DPGP). Não se sabe</p><p>exatamente como o ozônio é capaz de aumentar as concentrações de 2,3-DPG.</p><p>Normalmente, os tecidos isquêmicos tentam liberar mediadores, como o fator de hipoxia</p><p>induzível, para corrigir a hipoxia local. Seria necessário investigar se esses fatores são</p><p>liberados quando ozonizam o sangue, bem como o modo de ação, favorecendo a atividade</p><p>enzimática de 2,3-DPGM ou regulando sua síntese e inibindo 2,3-DPGP.</p><p>Capítulo 3</p><p>Mecanismos</p><p>básicos para</p><p>o uso clínico</p><p>da terapia</p><p>com ozônio</p><p>Na avaliação dos efeitos clínicos do ozônio, devem ser consideradas reações com</p><p>diferentes compostos biológicos que fazem parte da composição dos tecidos do organismo.</p><p>Assim, na administração pelo sangue, os principais elementos que reagem são as</p><p>membranas celulares dos elementos formados do sangue (eritrócitos, linfócitos,</p><p>trombócitos), os metabolitos plasmáticos e também as células endoteliais vasculares. Não</p><p>se esqueça de que, em cada caso específico, uma parte do ozônio perde as propriedades</p><p>oxidantes devido à presença de antioxidantes no organismo e na corrente sanguínea em</p><p>particular. Assim, no plasma existem compostos que possuem grupos que prendem os</p><p>radicais livres de oxigênio: os grupos sulfidrilo dos aminoácidos (cistina, cisteína,</p><p>metionina), ácidos graxos, péptidos, proteínas, os grupos NH e NH2 da ureia, ácido úrico,</p><p>taurina, bilirrubina, tripeptídeo glutationa (glicina, metionina, ácido glutâmico), hormônios</p><p>esteróides e vitaminas (principalmente, tocoferol e ácido ascórbico).</p><p>Dado isto, é muito difícil imaginar todas as variantes de produtos de ozonólise que se</p><p>formam cada vez, tanto do ponto de vista qualitativo como do ponto de vista quantitativo, e</p><p>conhecer todas as possíveis reações de resposta do organismo aos compostos individuais ou</p><p>a sua ação conjunta. Por todas estas razões, apesar de quase um século de uso efetivo do</p><p>ozônio na medicina, os mecanismos biológicos de sua ação continuam a ser estudados, e</p><p>pode-se dizer que não se espera que se torne dominado no futuro próximo.</p><p>A interação do ozônio com os lipídios, em que os produtos de peroxidação são</p><p>formados, foi estudada mais completamente. No entanto, devemos também ter em conta</p><p>40 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>as possíveis reações e, consequentemente, as diferentes respostas devido à interação</p><p>do ozônio com hidrocarbonetos complexos, proteínas, glicoproteínas e esfingolípidos.</p><p>Considerando que a quantidade de ozônio introduzida é insignificante em comparação com</p><p>a quantidade de substratos, os principais efeitos biológicos do primeiro podem ser</p><p>explicados pela formação dos diferentes produtos da ozonólise. Aparentemente, alguns</p><p>deles, que têm atividade biológica, são capazes, à custa do mecanismo de equilíbrio, de</p><p>iniciar processos bioquímicos em cascata que corrigem as afeições patológicas.</p><p>3.1. Ação bactericida, virucida e fungicida do ozônio</p><p>Entre os efeitos biológicos do ozônio, o primeiro lugar é tradicionalmente ocupado</p><p>pelo efeito bactericida, virucida e fungicida. Esta ação direta do ozônio se manifesta de</p><p>forma geral quando aplicada por uma via externa, seguindo as diferentes modalidades</p><p>terapêuticas, principalmente em altas concentrações. Ao contrário de muitos anti-sépticos</p><p>conhecidos, o ozônio não irrita ou destrói os tecidos protetores das pessoas, pois, ao</p><p>contrário dos microorganismos, o organismo multicelular do ser humano possui um</p><p>poderoso sistema de defesa antioxidante.</p><p>O primeiro objetivo do ozônio são as membranas plasmáticas das células. As</p><p>modificações induzidas pelo ozônio no conteúdo intracelular (oxidação de proteínas</p><p>citoplasmáticas, alteração das funções organelas) são provavelmente produzidas pela ação</p><p>de oxidantes secundários, produtos da ozonólise dos lipídios das membranas.</p><p>A ação do ozônio nas membranas é dirigida, em primeiro lugar, às partes mais</p><p>polares, algo que não está relacionado à maior similaridade do ozônio com elas, mas com</p><p>maior acessibilidade do lado da fase aquosa na parte externa da célula . A causa direta da</p><p>destruição das bactérias pela ação do ozônio é a deterioração local das membranas</p><p>plasmáticas, o que faz com que as células bacterianas perdem a capacidade de viver, a</p><p>capacidade de reprodução ou as duas. Nas leveduras, a causa fundamental é a alteração da</p><p>homeostase dentro da célula como conseqüência da alteração das propriedades de barreira</p><p>das membranas plasmáticas.</p><p>Através de estudos com microscopia eletrônica, a formação de proteína-proteína</p><p>transversal e sutura de proteínas lipídicas foi descoberta durante a oxidação lipídica (OLP)</p><p>sob a ação do ozônio. Um dos agentes de sutura pode ser malonildialdeído, o que é</p><p>confirmado pelo fato de que, com doses letais para Candida albicans, as fissuras</p><p>longitudinais são substituídas por fissuras transversais, o que leva a uma rápida variação</p><p>nas ultraestruturas da membrana. Plasma É importante notar que as moléculas de ozônio</p><p>não só interagem com os componentes da superfície das membranas, mas, ao variar sua</p><p>permeabilidade, produzem a destruição das organelas intracelulares em 10-20 minutos.</p><p>O mecanismo que os organismos vivos usam para eliminar antígenos estranhos, que</p><p>consiste na ação de radicais livres de oxigênio, também não pode ser descartado.</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 41</p><p>que são formados com a decomposição de ozônio em um meio aquoso. A presença</p><p>de radiolite OH, altamente reativa, explica precisamente a ação letal</p><p>do ozônio na maioria</p><p>dos microorganismos.</p><p>De acordo com dados obtidos de estudos microbiológicos in vitro, o ozônio é capaz</p><p>de destruir todos os tipos conhecidos de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas,</p><p>incluindo Pseudomonas aeruginosa e Legionella, todos os vírus hidrofílicos e lipofílicos,</p><p>dentre eles os vírus da Hepatite A, B e C, esporos e formas vegetativas de todos os fungos</p><p>e protozoários patogênicos conhecidos (Carpendale e Griffis, 1993). De acordo com os</p><p>dados fornecidos por vários autores, em concentrações que variam de 1 μg / ml a 5 μg / ml,</p><p>o ozônio destrói 99,9% de E. coli, Enterococcus faecalis, Mycobacterium tuber-culosum,</p><p>Cryptosporidium parvum, Varavium e outros, em um intervalo de 4 a 20 minutos. A uma</p><p>concentração de 0,1 μg / ml, leva 15 a 20 minutos, mesmo para a destruição dos esporos</p><p>altamente resistentes de Penicillinum notatum.</p><p>A experimentação em propriedades bactericidas in vitro de água destilada ozonizada</p><p>com uma concentração de ozônio de 4 μg / ml mostrou que a inibição total do crescimento</p><p>de colônias de estafilococos, bacilos intestinais e Pseudomonas aeruginosa, Proteus e</p><p>Klebsiella ocorre em concentrações de microorganismos de 103-104 CFU / ml. Com</p><p>concentrações mais elevadas de microorganismos (cerca de 105-107 CFU / ml), observa-se</p><p>inativação incompleta.</p><p>Sublinhando a expressão do efeito bactericida do ozônio na microflora Gram-</p><p>positiva de feridas supurantes e úlceras tróficas, juntamente com a diminuição dinâmica da</p><p>resistência de microorganismos ao ozônio, o aumento da sensibilidade de estes para</p><p>antibióticos. É essencial reduzir a atividade da exotoxina de Staphylococcus aureus, bem</p><p>como a exotoxina e endotoxina de Pseudomonas aeruginosa.</p><p>O aumento da sensibilidade das bactérias à ação bactericida do sistema do</p><p>complemento na presença de ozônio foi demonstrado. As soluções de ozônio são muito</p><p>eficazes contra Staphylococcus aureus resistente à meticilina. Os mesmos autores também</p><p>detectaram a potente ação antiviral contra enterovírus e poliovírus.</p><p>De acordo com dados de Bolton (1982), os vírus encapsulados são mais sensíveis à</p><p>ação do ozônio do que os vírus não encapsulados, o que é explicado porque a cápsula</p><p>contém muitos lipídios (por exemplo, no vírus da herpes, até 22%) que interagem</p><p>facilmente com o ozônio. A detecção do efeito antiviral desse elemento na cultura de</p><p>linfócitos infectados com HIV-1 (Carpendale e Griffis, 1993) foi uma descoberta muito</p><p>importante.</p><p>O efeito do ozônio sobre as micelas dos fungos patogênicos altera a estrutura externa</p><p>dos agentes patogênicos (membrana citoplasmática) e, em seguida, as membranas</p><p>intracelulares da estrutura e organelas são incorporadas no processo. Como resultado desta</p><p>ação, as hifas dos fungos patogênicos aplainam, torcem e rugem, aparecendo defeitos das</p><p>paredes celulares até a completa destruição de todos os componentes da estrutura celular</p><p>dos fungos.</p><p>Ao administrar concentrações mais baixas de ozônio, por meio de diferentes</p><p>técnicas, o efeito antiviral é condicionado por mecanismos mais complexos. Quantidades</p><p>iguais</p><p>42 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>oxidantes insignificantes, existentes na forma de ozonetos, levam aos seguintes</p><p>resultados:</p><p>• Destruição parcial de envelopes de vírus e perda de suas propriedades.</p><p>• Inativação no vírus da transcriptase reversa, com a conseqüente inibição dos</p><p>processos de transcrição e síntese das proteínas e, portanto, da formação de novas células</p><p>virais.</p><p>• Alteração da capacidade de vírus para combinar com os receptores das células alvo.</p><p>De acordo com dados de Viebahn-Haensler (1999), a molécula de elétron-ozônio pode</p><p>reagir com o par de elétrons livre de nitrogênio na N-acetilglucosamina, que é detectada</p><p>nos receptores de célula hospedeira dos vírus. Isso diminui a sensibilidade das células para</p><p>vírus e elimina o fenômeno da dependência. Na verdade, demonstrou-se que o ozônio pode</p><p>desativar o vírus extracorpóreamente e dentro da célula.</p><p>Além disso, muitas infecções que acompanham a infecção do HIV eram resistentes</p><p>aos antibióticos, mas pode ser inactivado pelas concentrações de ozono-nes vitamina C não</p><p>tóxicos para as células do corpo.</p><p>A influência de ozono desempenha um papel importante no sistema de defesa não</p><p>específica do organismo (activação de fagócitos, reforçando a citocina factor de interferões</p><p>de síntese, do tumor e interleucinas necrose), e nos componentes de imunidade celular e</p><p>humoral .</p><p>O efeito bactericida do óleo vegetal ozonizada é devido à presença de ozonídeos e</p><p>hidroperóxidos que são formados nas reacções de ozono nos pontos onde locali-zan as</p><p>ligações duplas do ácido gordo.</p><p>Supõe-se que, devido à ligação de oxigénio, o ácido gordo insaturado ozonido</p><p>"acoplado" no receptor para os microrganismos e blocos. O óleo com um valor de</p><p>peróxido de 2500-3000 é com a maior efeito bactericida, e mesmo com Dilu-ção de uma</p><p>solução de óleo 10, 20, 50 e 100 vezes, retém o efeito germicida. O efeito do óleo</p><p>ozonizada foi observada em culturas de T. rubrum, T. interdigitale, bolores e leveduras de</p><p>fungos Candida. A eficácia terapêutica foi detectado no pé mi-Cosis, onicomicose, prega e</p><p>candidíase dermatophytid inguinal (Sukolin et al., 1992).</p><p>As primeiras aplicações de ozono no campo da medicina foram destinadas ha-cia</p><p>desinfetar feridas e instrumentos cirúrgicos, aproveitando seus laços intensamente propie-</p><p>oxidantes. Em 1915, A. Wolf emprega as propriedades germicidas do ozônio no campo da</p><p>medicina. As aplicações iniciais visavam o tratamento local de feridas infectadas. Mais</p><p>tarde, após a descoberta de materiais plásticos resistentes a reacção com ozono, foi</p><p>possível tratamento local com membros sépticas gás ozono, inseri-los em sacos de plástico</p><p>para facilitar a produc-ção e aquisição. Com o desenvolvimento progressivo de</p><p>ozonetherapy, Werkmeister introdução-duzir 1,976 tratamento com sistemas de baixa</p><p>pressão (sub-atmosféricas). A ação germicida (bactericida, virucida e fungicida) de amplo</p><p>espectro de ozônio permite</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 43</p><p>A terapia com ozônio é um tratamento valioso para a limpeza e desinfecção de</p><p>feridas infectadas, bem como em processos sépticos locais.</p><p>Além disso, esta forma de aplicação pode ser combinado com outros métodos</p><p>também derivados aplicações de gás de ozono (sistémica e aplicações locais de água e</p><p>óleos vegetais ozonizados), sem o perigo da resistência microbiana, e a ocorrência de</p><p>toxicidade ou efeitos adversos , e com a vantagem de obter resultados de cicatrização</p><p>anteriores em condições em que a evolução tende a ser semanas ou meses.</p><p>Em tratamentos locais, que poderia aumentar o aparecimento de inactivação de</p><p>microrganismos por acção directa de ozono, por causa de clivagem oxidativa das suas</p><p>membranas. No entanto, neste momento ainda não há acordo sobre o mecanismo de ação</p><p>pelo qual o ozono exerce a sua acção germicida sistêmica. Tem sido proposto que poderia</p><p>ser o resultado de formação de ROS, resultantes de interacções do ozono com diferentes</p><p>compostos orgânicos que aumentam Setter normais mo acção defensiva e seu efeito na</p><p>regulação do sistema imune através libertação de citocinas.</p><p>Em sepse grave, com ou sem choque séptico, o tratamento pode ser extremamente</p><p>difícil. Os antibióticos são claramente as drogas que são freqüentemente usadas, mas, ao</p><p>mesmo tempo, muitas vezes não são adequadas para pacientes imunocomprometidos. Além</p><p>disso, devemos levar em consideração a resistência que os antibióticos criam em diferentes</p><p>microorganismos.</p><p>Até à data, numerosos modelos experimentais de casos de peritonite foram</p><p>documentados para estudar a patogênese desta condição e encontrar novos métodos</p><p>terapêuticos. Em um modelo de peritonite letal, foi demonstrado que o</p><p>tratamento,</p><p>profilático, com 5 aplicações intraperitoneais de ozônio antes da sepse, aumentou a</p><p>sobrevivência dos animais, o que estava relacionado à dose de ozônio aplicada. Com uma</p><p>concentração de ozônio de 10 μg / ml, a sobrevida foi de 56%, enquanto com</p><p>concentrações de 50 μg / ml e 100 μg / ml foi de 34% e 23%, respectivamente, em</p><p>comparação com 5% Observou-se em animais que não foram tratados com ozônio. Além</p><p>disso, a associação de tratamento prévio com ozônio e diferentes antibióticos alcançou um</p><p>aumento significativo na eficácia deste último, ao comparar os resultados com aqueles</p><p>correspondentes ao grupo tratado apenas com antibióticos.</p><p>As queimaduras são um assunto de grande interesse médico devido ao seu</p><p>relacionamento intenso com sepse, síndromes de inflamação sistêmica generalizada e</p><p>disfunção de múltiplos órgãos, choque e trauma, entre outros. Os resultados de um estudo</p><p>experimental sobre queimaduras em camundongos, para avaliar a eficácia do tratamento</p><p>com ozônio na evolução da lesão multiorgânica, demonstraram que as queimaduras</p><p>produzem edema importante com isquemia de tecido local. A falta de fornecimento de</p><p>sangue complica a necrose e retarda a taxa de cicatrização e aumenta a possibilidade de</p><p>sepsis. Nesta investigação, demonstrou-se que o tratamento por insuflação rectal de ozônio</p><p>produz uma diminuição da mortalidade, aumento da atividade do tecido linfático esplênico</p><p>e menor prejuízo hepático e renal, em comparação com os resultados obtidos com um</p><p>tratamento intraperitoneal com soro fisiológico ou aloe.</p><p>Também foi possível demonstrar o efeito germicida do ozônio por meios sistêmicos</p><p>através de experiências clínicas. Este é o caso de um estudo no qual a terapia com ozônio</p><p>foi utilizada como</p><p>44 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>adjuvante no tratamento de um paciente queimado em estado crítico. Após 23 dias</p><p>em uma situação crítica, foi decidido iniciar a terapia com ozônio com auto-hemoterapia</p><p>principal e local. Para fazer isso, o corpo do paciente foi colocado em uma bolsa de</p><p>plástico, deixando a cabeça para fora. Antes de aplicar o tratamento local ao saco, as</p><p>feridas foram limpas com água ozonizada e, uma vez que o saco foi removido, foram</p><p>cobertos com óleo ozonizado. Quatro grandes tratamentos de auto-hemoterapia e três com</p><p>uma bolsa foram aplicados. No início do tratamento com ozônio, foram realizadas 12</p><p>culturas microbiológicas das lesões, cujos resultados foram positivos. Após o tratamento</p><p>com ozônio, foram realizadas 13 culturas microbiológicas, todas negativas e 22 estudos</p><p>bacteriológicos (lesões, ponta dos cateteres, culturas de urina, escarro e exsudatos</p><p>faríngeos), todos com resultados negativo</p><p>Outro estudo foi realizado em 19 pacientes politraatizados admitidos em uma</p><p>unidade de terapia intensiva; o tratamento com ozônio consistiu na aplicação de</p><p>autohemotera-pia (cinco sessões com uma dose de 9 mg). O ozônio utilizado no início de</p><p>pacientes críticos impediu o aparecimento da sepse respiratória e, nos casos em que o uso</p><p>coincidente de antibióticos foi necessário, um melhor controle do processo séptico foi</p><p>alcançado (Menéndez et al., 2008).</p><p>3.2. Ativação metabólica</p><p>Como resultado das investigações realizadas nos últimos anos, verificou-se que o</p><p>uso de ozônio reforça o consumo de glicose por tecidos e órgãos, diminui o conteúdo de</p><p>metabólitos parcialmente oxidados no plasma (Viebahn-Haensler, 1999) e diminui a</p><p>frequencia respiratória.</p><p>Ao longo de muitos anos, realizaram-se investigações de processos bioquímicos cuja</p><p>atividade era sensível a doses muito pequenas de ozônio, independentemente do modo de</p><p>administração ao corpo. Os objetos desses estudos foram: animais de laboratório, sangue</p><p>total e órgãos isolados. As reações de ozônio com ácidos graxos não saturados são aquelas</p><p>que foram estudadas de forma mais completa.</p><p>Em experimentos realizados in vitro com plasma sanguíneo humano, avaliou-se a</p><p>influência da solução fisiológica ozonizada preparada com uma mistura de gás com uma</p><p>concentração de ozônio de 800 μg / l. O número de ligações duplas foi medido com a ajuda</p><p>de um analisador destes fabricado no Instituto de Química Física da Academia de Ciências</p><p>da Federação Russa. No estado inicial, o conteúdo de ligações duplas foi de 2,4 • 10-2 mol</p><p>/ l; Após 5 minutos de interação com a solução ozonizada, o conteúdo diminuiu para 2,2 •</p><p>10-2 mol / l, e após 40 minutos, diminuiu pela metade. Ao multiplicar por 2-3 o volume da</p><p>solução ozonizada, o número de ligações duplas diminuiu a metade aos 5 minutos. A</p><p>variação no número de ligações duplas corresponde à diminuição, no plasma sanguíneo, de</p><p>2-3 vezes do teor percentual de ácidos graxos não saturados, C20: 4, C20: 3, C18: 3, C18:</p><p>2, na presença de um aumento significativo de ácidos monoolefínicos C16: 1 e ácidos</p><p>saturados C14: 0, C15: 0, C16: 0. A influência da solução ozonizada no índice de</p><p>insaturação pode ser explicada pela reação nas posições das duplas ligações dos ácidos</p><p>gordurosos, o que produz sua</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 45</p><p>encurtamento e encurtamento, ou a formação dos produtos correspondentes</p><p>(Kontorschikova, 1992) na direção do aumento de ácidos gordos de cadeia curta.</p><p>A ligação dipolar do ozônio com a dupla ligação dá origem à formação de ozonidos.</p><p>Na forma de um pacote denso de lipídios e proteínas em biomembranas, as membranas</p><p>plasmáticas atuam precisamente como o alvo principal da ação do ozônio na célula (Konev</p><p>e Matus, 1992). Considerando o alto teor de ácidos gordos insaturados e seus éteres, uma</p><p>grande parte do ozônio introduzido é consumido na reação com as ligações C = C, com</p><p>formação de grupos funcionais biologicamente ativos, os ozonidos. Sob condições in vitro</p><p>e com a ajuda da ressonância magnética de prótons, cientistas japoneses demonstraram</p><p>que, na ozonização do azeite, o duplo vínculo dos triglicerídeos é transformado em</p><p>ozonidos sem a aparência de produtos da degradação destes últimos (aldeídos). e ácidos</p><p>carboxílicos). Por meio de cromatografia líquida de alta performance (HPLC), é possível</p><p>avaliar quantitativamente esses compostos (Miura e Suzuki, 2001).</p><p>Uma vez que a dose de ozônio introduzida no sangue ou a solução fisiológica é tão</p><p>pequena, em comparação com os inúmeros pontos de reação do corpo, o efeito da terapia</p><p>com ozônio não pode ser explicado através de suas reações diretas com todas as</p><p>membranas . De acordo com todos os dados, consiste em um mecanismo de equilíbrio dos</p><p>ozonidos, que desencadeia a síntese de diferentes compostos biologicamente ativos ou a</p><p>ativação de enzimas primárias.</p><p>H) Atualmente, são conhecidas duas rotas fundamentais para o início das</p><p>reações intracelulares que acompanham certas respostas fisiológicas:</p><p>I) • Através da interação de hormônios com receptores.</p><p>J) • Através de variações na estrutura das bicamadas lipídicas das</p><p>membranas, com a conexão subseqüente do sistema de segundos mensageiros</p><p>intracelulares, que transmitem o sinal ao genoma.</p><p>K) Os efeitos reguladores do ozônio podem ser explicados pela interação com</p><p>os componentes lipídicos das membranas celulares e a formação de compostos diferentes</p><p>como resultado da ozonólise, entre eles os ozonidos.</p><p>L) São os fosfolípidos das membranas que, precisamente, cumprem a função</p><p>de ligação entre os receptores das membranas e os primeiros mensageiros secundários, o</p><p>sistema de adenilciclase, que controla a atividade da lipase e da fosforilase.</p><p>M) As investigações no nível de segundos mensageiros, AMP cíclico (cAMP)</p><p>e GMP cíclico (cGMP), em diferentes modelos experimentais in vivo, confirmam o papel</p><p>desses compostos únicos em reações de compensação celular a interações extremas. Assim,</p><p>no fígado de ratos com sarcoma 45, houve aumento nas concentrações de ATP e cAMP, o</p><p>......................................................... ... 101</p><p>6.3. Suplementar artrite ............................................... ............................................ 102</p><p>6.4. Artrose ................................................. .................................................. .......... 103</p><p>Capítulo 7. Terapia com ozônio em doenças endócrino e metabólico ............... 105</p><p>7.1. Diabetes mellitus ............................................... ............................................... 105</p><p>Capítulo 8. Bronquite crônica ........................................ ..................................... 115</p><p>8.1. Bronquite crônica ............................................... .............................................. 115</p><p>8.1.1. Bronquite não obstrutiva ................................................................................ 118</p><p>8.1.2. Bronquite obstrutiva .............................................................. ........................ 119</p><p>8.1.3. Resultados obtidos................................................ .......................................... 119</p><p>8.2. Asma brônquica ............................................... ................................................. 120</p><p>Capítulo 9. Terapia de ozônio em distúrbios hepáticos, rim e gastrointestinais 127</p><p>9.1. Pyelonefrite ................................................. .................................................. .. 127</p><p>9.2. Gastrite crônica ............................................... ................................................. 129</p><p>9.2.1. Gastrite crônica, em sua forma antral, tipo B ................................................ 131</p><p>9.2.2. Gastrite crônica, em sua forma difusa, tipo B ............................................... 132</p><p>9.3. Doença ulcerativa ............................................... ............................................. 133</p><p>9.3.1. Úlcera gástrica .................................................................................. ............ 136</p><p>9.3.2. Úlcera duodenal ................................................................................... ......... 137</p><p>9.4. Colite crônica não ulcerativa ......................................... .................................. 141</p><p>9,5 Hepatite crônica ............................................... ................................................. 144</p><p>viii • índice de conteúdo</p><p>Capítulo 10. Ozonoterapia em cirurgia ........................................................... ... 151</p><p>10.1. Tratamento da peritonite .............................................. .................................. 151</p><p>10.1.1. Peritonite Difusa ............................................... .......................................... 151</p><p>10.1.2. Peritonite local ............................................... ............................................. 154</p><p>Capítulo 11. Terapia de ozônio em ginecologia e obstetrícia ............................ 157</p><p>11.1. Ginecologia ................................................. .................................................... 157</p><p>11.1.1. Doenças inflamatórias dos órgãos pélvicos</p><p>(adnexite, endometrite, parametrite, pelviperitonite) ............................................... 157</p><p>11.1.2. Doenças inflamatórias da parte inferior</p><p>do trato genital (vulvite, vaginose bacteriana) ......................................................... 160</p><p>11.1.3. Crauris vulvar ............................................... ............................................... 162</p><p>11.2. Obstetrícia ................................................. ................................................... .. 163</p><p>11.2.1. Ameaça de parto prematuro, toxicosis precoce ............................................ 163</p><p>11.2.2. Obesidade da gravidez .............................................................. ................... 165</p><p>11.2.3. Gestosis ....................................................................... ................................. 166</p><p>11.2.4. Anemia em mulheres grávidas ........................................................ ............. 167</p><p>11.2.5. Insuficiência Fetoplacentária ............................................................ ........... 168</p><p>11.2.6. Infecção intra-uterina .................................................................................... 169</p><p>Capítulo 12. Terapia de ozônio em neurologia ..................................................... 171</p><p>12.1. Formas crônicas de insuficiências cerebrovasculares</p><p>(encefalopatia devido a distúrbios circulatórios) ................................................. ..... 171</p><p>12.2. Síndrome da distonia vegetativa .................................................................. ... 174</p><p>12.3. Manifestações neurológicas da osteocondrose da espinha ...............................175</p><p>12.4. Enxaqueca, dor de cabeça ...................................... ......................................... 178</p><p>12.5. Mononeuropaturas isquêmicas e de compressão e polineuropatias ................ 179</p><p>12.6. Distúrbios da circulação sanguínea cerebral</p><p>para infartos cerebrais isquêmicos ........................................................... ................ 181</p><p>Capítulo 13. Ozonoterapia em dermatologia e cosmetologia .............................. 183</p><p>13.1. Dermatologia ................................................. .................................................. 183</p><p>13.1.1. Neurodermatite, eczema, dermatite atópica .................................................. 184</p><p>13.1.2. Acne ................................................. ............................................................ 185</p><p>13.1.3. Pioderma ................................................. ..................................................... 186</p><p>13.1.4. Formas ulcerativas de vasculite cutânea ....................................................... 187</p><p>13.1.5. Infecção com vírus herpes ........................................................................ ... 188</p><p>13.1.6. Psoríase ................................................. ....................................................... 190</p><p>13.1.7. Micosis ................................................. ........................................................ 193</p><p>Índice • ix</p><p>13.1.8. Feridas em tecidos macios ............................................................................ 194</p><p>13.1.9. Úlceras e escaras tróficas .......................................................... .................. 196</p><p>13.2. Cosmetologia ................................................. ................................................ 198</p><p>13.2.1. Celulite ................................................. ...................................................... 198</p><p>13.2.2. Pele no processo de envelhecimento, rugas ................................................ 200</p><p>13.2.3. Alopecia ................................................. ..................................................... 200</p><p>Capítulo 14. Terapia com ozônio em oftalmologia ............................................. 203</p><p>14.1. Métodos de ozonoterapia local em oftalmologia ............................................. 203</p><p>14.1.1. Ventilação ocular com uma mistura de ozônio e oxigênio ........................... 203</p><p>14.1.2. Administração subconjuntival de uma mistura</p><p>de ozônio e oxigênio .............................................. ................................................... 204</p><p>14.1.3. Administração subcutânea orbital</p><p>de uma mistura de ozônio e oxigênio .................................................................. .... 204</p><p>14.1.4. Irrigação da bolsa conjuntival com uma solução</p><p>ozonizado fisiológico ............................................... ................................................ 204</p><p>14.1.5. Lavando as formas lacrimais com uma solução</p><p>ozonizado</p><p>que pode ser explicado pela rápida restauração das funções de síntese e desintoxicação</p><p>deste órgão após a administração de ozônio para o animal.</p><p>N) A normalização dos processos de troca no fígado desempenha um papel</p><p>fundamental na contenção do crescimento neoplásico (Scherbatiuk, 1997, Goncharova,</p><p>1998). Nos tecidos cerebrais de camundongos, as principais mudanças e suas correções</p><p>foram relacionadas às concentrações de cGMP e GTP. O aumento de cGMP ativo</p><p>• Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações a</p><p>proteína quinase, que por sua vez garante a fosforilação de um conjunto de proteínas do</p><p>músculo liso. Como resultado deste processo, a musculatura lisa enfraquece e o diâmetro</p><p>dos vasos encefálicos aumenta, algo que geralmente é observado na prática clínica durante</p><p>o uso do ozônio (Kotov, 2000).</p><p>Mesmo com a administração de doses muito pequenas de ozônio, observa-se uma</p><p>rápida ativação das enzimas que catalisam os processos de oxidação de carboidratos,</p><p>lípidos e proteínas, o que produz a formação do substrato de energia ATP. Muitos autores</p><p>indicam o fortalecimento das reações aeróbicas no processo de administração de ozônio.</p><p>Primeiro, a ativação das enzimas da via hexose-monofosfato e do ciclo de Krebs e a beta-</p><p>oxidação dos ácidos gordurosos foram demonstradas. O aumento das concentrações de</p><p>ATP também foi demonstrado tanto em experimentos com órgãos isolados quanto em todo</p><p>o organismo.</p><p>Na ativação do acoplamento dos processos respiratórios com fosforilação oxidativa,</p><p>mostra-se o aumento da atividade da adenosina trifosfatase protonada (ATPase)</p><p>nas mitocôndrias do miocárdio. Em experimentos com o modelo de morte clínica</p><p>em ratos, um aumento significativo na atividade dessa enzima, em comparação com</p><p>hipoxia, foi detectado durante a correção com ozônio de distúrbios de hipoxia do</p><p>metabolismo (Kontorschikova, 1992). Na monografia de Demurov E.A. (1985), é apontado</p><p>que a fosforilação oxidativa prossegue por acoplamento direto com a participação de</p><p>sistemas de elétrons pi que são formados em ácidos graxos poliinsaturados. Verificou-se</p><p>que nas membranas das mitocôndrias existem dois padrões de utilização dos radicais</p><p>lipídicos. Um deles é a peroxidação de lipídios (OLP); com a passagem deste regime para a</p><p>segunda, funcional, a inibição da OLP ocorre. No processo de síntese de ATP, os radicais</p><p>lipídicos levam elétrons da cadeia respiratória. De acordo com todos os dados, o retorno de</p><p>elétrons ocorre com a participação de proteínas com ferro e enxofre, que contêm ferro não</p><p>associado a glóbulos vermelhos. Na formação dos radicais lipídicos, os ácidos gordurosos</p><p>retornam os equivalentes reduzidos na forma de átomos de hidrogênio para as proteínas,</p><p>que contêm grupos que os retornam na forma de elétrons para a cadeia respiratória. Como</p><p>resultado desta troca, o equilíbrio geral de equivalentes reduzidos em seu caminho do</p><p>substrato para o oxigênio permanece constante. Merece mencionar aqui a hipótese de</p><p>Nedelina O. S. (1981) sobre a produção de formas de radicais livres ATP / ATPO no centro</p><p>ativo da ATPase; A capacidade de reação da ADP reside na associação com fosfato</p><p>inorgânico para formar ATP. Para a passagem do ATP para a forma de radical livre, é</p><p>necessário um fluxo de elétrons da cadeia respiratória das mitocôndrias para o complexo</p><p>ATPase e seu retorno à cadeia. Em relação a isso, a elevação de PO2 também leva a um</p><p>aumento na síntese de ATP.</p><p>A mudança na atividade da ATPase H nas mitocôndrias durante a ozonização</p><p>confirma essa hipótese. Sabe-se que esta enzima, que participa na formação de ATP na</p><p>geração de μ-H, é ao mesmo tempo ATPase. O aumento na geração de μ-H é a causa da</p><p>síntese de ATP.</p><p>A ação da ATPase H está diretamente relacionada aos processos oxoativos de fosfo-</p><p>rilação. O transporte de elétrons para a cadeia respiratória é acompanhado por</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 47</p><p>processos que formam um gradiente de concentração de prótons na membrana e,</p><p>conseqüentemente, a formação de uma diferença de potencial eletroquímico do íon H +,</p><p>uma vez que as hidrogenações não são capazes de se difundir através da membrana</p><p>mitocondrial. Através da ATPase H, a ATP é sintetizada, a partir de ADP e fósforo</p><p>inorgânico, à custa do potencial eletroquímico das ligações de hidrogênio que são</p><p>formadas. A ATPase H é chamada de fator conjugado F. Se F é separado, apenas o</p><p>transporte dos elétrons é conservado na membrana. O déficit de oxigênio produz a</p><p>diminuição de μ-H e a diminuição da atividade da ATPase H. Essa diminuição na atividade</p><p>de ATP como H foi relacionada à diminuição da quantidade de ATP. A restauração da</p><p>oxidação aeróbia reabastece μ-H. Além disso, um grande número de transportadores</p><p>reduzidos se acumulam sob condições hipóxicas. Portanto, a saturação com oxigênio cria</p><p>condições adequadas para a geração de μ-H.</p><p>Na ozonização, observa-se o deslocamento de equilíbrio entre o NAD oxidado eo</p><p>NAD reduzido em direção à forma oxidada, o que é extremamente necessário para a</p><p>realização dos processos de oxidação beta dos ácidos gordurosos. A acetil-coenzima A</p><p>formada neste processo é incorporada no ciclo de Krebs. NAD desempenha um papel</p><p>importante na oxidação e descarboxilação do piruvato. Nos resultados de muitos autores, a</p><p>diminuição das concentrações de lipídios, carboidratos e vários produtos de oxidação</p><p>incompleta é indicada.</p><p>A influência do ozônio nos processos bioquímicos nos eritrócitos tem sido estudada</p><p>de forma mais exaustiva, devido à simplicidade do modelo. Ao mesmo tempo, é algo que</p><p>não tem um significado pequeno, porque na prática médica o método de introdução de</p><p>ozônio no sangue por via parenteral é bastante usado.</p><p>Reações dependentes de oxigênio em eritrócitos são iniciadas com a formação de</p><p>ozonidos nas bicamadas lipídicas das membranas celulares. Os ácidos graxos</p><p>poliinsaturados da membrana fazem com que a bicamada lipídica seja macia e, dessa</p><p>forma, condicione uma certa elasticidade da mesma. A curvatura das moléculas nas</p><p>locações das ligações duplas serve como um centro ativo para a interação com a molécula</p><p>de ozônio. De acordo com todas as probabilidades, esta é a única reação conhecida que</p><p>permite a entrada de peróxidos nas células. Apesar da grande capacidade do ozônio para</p><p>reagir, a estrutura polar da molécula não permite que ele penetre através da membrana</p><p>celular, de modo que as reações de ozônio intracelular são descartadas.</p><p>A ozonólise das membranas celulares dos eritrócitos é produzida pela divisão das</p><p>cadeias de ácidos graxos insaturados, com a formação de hidroperóxidos. Os peróxidos</p><p>penetram no espaço intracelular (pelo menos parcialmente) e, assim, influenciam o</p><p>metabolismo dos eritrócitos. A acumulação é impedida pela ativação do sistema</p><p>antioxidante dependente da glutationa reduzida. Nas obras de Chow et al. (1981) e</p><p>Rokitanski (1982), foi demonstrada a atividade aumentada do sistema de glutationa, que</p><p>faz parte das defesas antioxidantes intracelulares. O acúmulo de formas oxidadas de</p><p>glutationa (GSSG) é o resultado da oxidação de grupos sulfidrilo; assim como o</p><p>deslocamento da razão entre as frações oxidadas e reduzidas de glutationa.</p><p>Rokitansky (1982) mostrou que o dador de prótons para a redução de glutationa</p><p>oxidada é NADPH2, formado através da via de fosfato de pentose, que entra</p><p>48 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>ação para manter o equilíbrio dinâmico de glutationa oxidada e glutationa reduzida</p><p>(1: 500). Além da glutationa, NADPH2 também reduz outros antioxidantes intracelulares,</p><p>principalmente vitamina E e ácido ascórbico. Por sua vez, a via da fosfato de pentose</p><p>permite o fortalecimento da glicólise e do metabolismo da glicose. Sob condições in vitro,</p><p>Rokitansky (1982) mostrou a diminuição das concentrações de glicose</p><p>no plasma</p><p>sanguíneo. Outros experimentos realizados posteriormente confirmaram os dados acima</p><p>mencionados, e isso é observado com particular clareza em pacientes com diabetes mellitus</p><p>(Pavlovskaia, 1998).</p><p>O NADPH2 que é formado na via de fosfato de pentose é oxidado para NAD. Como</p><p>resultado, e por meio da ativação das reações enzimáticas, as concentrações de 1,3-</p><p>difosfoglicerato (1,3-DPG) aumentam significativamente. Qualquer aumento nas</p><p>concentrações deste causa um aumento nas concentrações de 2,3-DPG. Desta forma, como</p><p>resultado da ozonólise, os peróxidos induzem uma reação em cascata, o que finalmente</p><p>leva a um aumento das concentrações de 2,3-DPG e ao aumento do número de</p><p>hidrogenações. Precisamente, o aumento das concentrações de 2,3-DPG desempenha um</p><p>papel fundamental no efeito curativo do ozônio:</p><p>HbO2 + 2,3-DPG → Hb2,3-DPG + O2</p><p>O aumento da concentração de 2,3-DPG facilita a liberação de oxigênio da</p><p>hemoglobina oxidada. Nos trabalhos de Rokitansky (1982), foi demonstrado, em 90% dos</p><p>casos, uma elevação significativa deste composto. Várias investigações sobre a medição de</p><p>gases no sangue mostraram uma diminuição na PO2 do valor normal (40 mm Hg) para</p><p>valores de 20 mm Hg e ainda menor, o que significa que, nos tecidos com um suprimento</p><p>inadequado de sangue, mais libertação de oxigênio, algo que não pode ser alcançado por</p><p>meio de medicamentos. O aumento complementar no número de iões de hidrogênio, devido</p><p>ao aumento da capacidade tampão da hemoglobina oxidada, também tem um efeito</p><p>desoxigenante, conhecido como "efeito Bohr".</p><p>A ativação dos processos metabólicos condiciona a acumulação de compostos de</p><p>alto teor de energia-ATP. Como resultado, a atividade das bombas de transporte é</p><p>restaurada, incluindo, como demonstrado em várias investigações, a ATPase de sódio e</p><p>potássio. Como resultado, as concentrações de ambos os catiões, potássio intracelular e</p><p>sódio extracelular são normalizadas, restaurando o potencial elétrico no repouso da célula e</p><p>sua carga, bem como a aderência celular e atividade de agregação, que determinam as</p><p>propriedades reológicas da célula. sangue Além disso, a formação dos peróxidos no lipídeo</p><p>bica-pas das membranas diminui a sua viscosidade. O tratamento de uma suspensão de</p><p>eritrócitos com ozônio a uma certa concentração reduziu a viscosidade da bi-camada</p><p>lipídica da membrana, o que foi demonstrado pela fluorescência com o uso de uma sonda</p><p>de pireno (Kontorschikova, 1992 e Kokcharov, 1992) . Nestas condições, observou-se um</p><p>aumento na capacidade de deformação dos eritrócitos, avaliando-se por meio do método de</p><p>aspiração de pipeta com medição da tensão isotrópica e da elasticidade da membrana. A</p><p>capacidade de deformação de eritrócitos depende do estado da rede de espectrina-actina e</p><p>sua interação com a bicamada lipídica. Como resultado total,</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 49</p><p>observou-se a melhora das propriedades reológicas do sangue, que tem sido apontada por</p><p>muitos autores (Tarasova, 1991), o que constitui uma parte importante da base da eficácia</p><p>da terapia com ozônio.</p><p>Barjotkina (2001) obteve resultados mais precisos sobre a normalização da estrutura</p><p>dos eritrócitos sob a ação do ozônio com o uso de microscopia de interferência holográfica.</p><p>Nesta investigação, demonstrou-se que após a administração intravenosa da solução</p><p>fisiológica ozonizada a pacientes com surdez neurossensorial, o número de alterações</p><p>anatomopatológicas das formas destrutivas, que constituem agregados de células, diminui;</p><p>os eritrócitos tomam a forma de um disco bicôncavo e, de fato, em casos com mudanças</p><p>patológicas iniciais mais graves, o efeito terapêutico é mais claramente expresso na forma</p><p>de eritrócitos. No sangue de dadores saudáveis com eritrócitos de disco bicôncava</p><p>evidentes, a administração de ozônio não teve influência. A restauração da forma dos</p><p>eritrócitos após a terapia com ozônio levou a um aumento da área superficial, para um</p><p>determinado volume, e correspondeu ao aumento da capacidade funcional. Um dos efeitos</p><p>sugeridos do ozônio sobre as propriedades reológicas do sangue é a ativação da NO-</p><p>sintetase, uma enzima encontrada em células endoteliais cuja ativação é o resultado da</p><p>interação do ozônio com a parede vascular. Atualmente, há estudos bastante completos</p><p>sobre as propriedades vasodilatadoras do radical de óxido nítrico como um fator de</p><p>relaxamento do endo-telium. Juntos, esta é a base para a melhoria da microcirculação</p><p>sanguínea e as propriedades reológicas do sangue, o aumento da disponibilidade de</p><p>oxigênio no plasma e o fornecimento de oxigênio pela oxihemoglobina nas células, e</p><p>também, graças ao caráter fundamental desses mecanismos anti-hipóxicos, a redução do</p><p>grau de expressão da hipoxia nos tecidos (Peretiaguin, 1991, Kontorschikova, 1992).</p><p>A ozonização do perfusado mantém uma velocidade relativamente alta do fluxo</p><p>sanguíneo na microcirculação, dificulta a aparência de paresia no tom vascular das vênulas</p><p>e arteriolas, bem como a diminuição significativa do número em operação e o aumento do</p><p>número de capilares Plasma (Zhemarina, 1997, Boiarinov e Sokolov, 1999), e também, ao</p><p>mostrar uma ação positiva sobre o metabolismo dos eritrócitos, evita a formação de</p><p>conglomerados a partir do conteúdo intracelular e aumenta a resistência das membranas e</p><p>evita a formação de um grande número de formas de células destrutivas e em mudança e</p><p>seus agregados.</p><p>No fígado, o ozônio ativa os processos de utilização de glicose, ácidos graxos e</p><p>glicerol, aumenta a intensidade da reação de fosforilação oxidativa e mantém alta síntese de</p><p>ATP, preservando o teor normal de glicogênio (Zelenov, 1988 Lebkova, 1995).</p><p>Nos rins, intensificando os processos de utilização de glicose, glicose-6-fosfato,</p><p>lactato, piruvato e a reação de fosforilação oxidativa, o ozônio normaliza os valores de</p><p>ATP na presença de uma alta atividade da gluconeogênese . Ao exercer uma ação positiva</p><p>sobre o metabolismo do fígado e dos rins, a ozonização diminui o grau de expressão das</p><p>alterações distróficas nesses órgãos durante a circulação artificial do sangue e também</p><p>aumenta a resistência das membranas de as organelas intracelulares, os hepatócitos e as</p><p>células renais.</p><p>50 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Em caso de choque hemorrágico, a administração de ozônio em qualquer das suas</p><p>formas sistêmicas (gotejamento de solução fisiológica ozonizada, auto-hemoterapia</p><p>principal, insuflação vaginal ou retal) reforça as reações de adaptação do sistema</p><p>cardiorrespiratório. Ao melhorar o metabolismo do músculo cardíaco, aumenta a função de</p><p>contração e bombeamento do coração e aumenta as concentrações de serotonina no sangue.</p><p>As investigações realizadas em animais de laboratório no estudo do espectro de</p><p>proteínas no plasma sanguíneo não revelaram mudanças nas proporções entre as frações, o</p><p>que indica que as concentrações terapêuticas do ozônio não danificam as estruturas das</p><p>proteínas (Kontorschikova, 1992) . Ao mesmo tempo, observou-se que, particularmente</p><p>em pacientes com condições inflamatórias do rosto e pescoço, a função de síntese protéica</p><p>hepática foi normalizada após a terapia com ozônio, que foi acompanhada por um aumento</p><p>da albumina e uma diminuição dos valores de proteínas de fase aguda (Durnovo, 1998).</p><p>Em experiências in vitro, foram mostradas as possíveis reações de ozônio com</p><p>aminoácidos, que são predecessores de compostos biologicamente ativos (dopamina, não</p><p>radrenalina, adrenalina). Como resultado, um suprimento mais rápido de ácidos graxos,</p><p>que desempenham um papel fundamental na atividade muscular do coração, pode assumir</p><p>que mobiliza a glicose como energia para o cérebro e diminui a secreção de insulina</p><p>(Peretiagin, 1991).</p><p>3.3. Modulador de estresse oxidativo</p><p>A otimização dos sistemas</p><p>oxidantes e antioxidantes do organismo é um dos efeitos</p><p>biológicos fundamentais da interação sistêmica da terapia com ozônio, que é realizada</p><p>através da influência nas membranas celulares e consiste na normalização do equilíbrio dos</p><p>níveis de produto de peroxidação de lipídios e sistema de defesa antioxidante.</p><p>Em resposta à introdução de ozônio em tecidos e órgãos, há um aumento</p><p>compensatório, especialmente na atividade de enzimas antioxidantes, superóxido</p><p>dismutase (SOD), catalase e glutationa peroxidase, que são amplamente representados no</p><p>músculo cardíaco. , fígado, eritrócitos e outros tecidos.</p><p>Os resultados de diferentes experimentos pré-clínicos e clínicos em diferentes</p><p>patologias e em diferentes tecidos indicam que, em resposta à introdução das primeiras</p><p>doses de ozônio (com diferentes modos de administração), observa-se aumento não</p><p>significativo nos processos oxidativos. que é determinado com o método de quimio-</p><p>luminescência dos tecidos biológicos analisados e com a análise das concentrações de</p><p>produtos de peroxidação lipídica: primário (DC, TC: conjugados dienólicos e trienólicos),</p><p>secundário (MDA: malonildialdeído) e final (BSH: bases de Schiff). No entanto, a</p><p>subsequente ativação dos sistemas antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos do</p><p>organismo restaura a atividade da OLP e, no final do tratamento, observa-se a</p><p>normalização de todos os componentes do sistema redox.</p><p>A restauração do sistema antioxidante não fermentativo é um processo complexo e</p><p>requer a ativação de reações metabólicas que permitem a acumulação de NADH</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 51</p><p>e o NADPH2 do ciclo de Krebs e a via do fosfato de pentose, que são dadores de prótons</p><p>para a redução dos componentes oxidados do sistema antioxidante não fermentativo</p><p>(glutationa, vitamina E, ácido ascórbico e outros).</p><p>Para a avaliação do equilíbrio geral do sistema antioxidante do organismo, foram</p><p>propostos diferentes métodos, entre eles o que utiliza quimioluminiscência, com a ajuda de</p><p>quais investigações podem ser feitas em diferentes fluidos biológicos e preparações de</p><p>homogeneizados de tecidos. Com base na determinação da atividade dos processos da OLP</p><p>e do sistema antioxidante, a concentração de ozônio pode ser escolhida e fundamentada</p><p>para diferentes estados patológicos, particularmente na nefrologia, na prática obstétrica e</p><p>na ação conjunta da quimioterapia. e terapia de ozônio em oncologia. (Kontorschikova,</p><p>1992, Kotov, 2000). A possível dose de ozônio é determinada pela potência do sistema de</p><p>defesa antioxidante do corpo. A escola russa usa o método de quimioluminiscência como</p><p>critério de segurança para o uso de ozo-noterapia (Kontorschikova, 1992). A aplicação de</p><p>antioxidantes exógenos, com o cálculo preliminar da dose administrada, é necessária</p><p>somente para altas concentrações de ozônio e também na presença de indicadores iniciais</p><p>muito baixos do sistema de defesa antioxidante em pacientes.</p><p>A terapia com ozônio está intimamente ligada ao conceito de equilíbrio oxidação-</p><p>redução (ambiente redox) porque, como parte de seu mecanismo de ação, gera um efeito</p><p>antioxidante, sendo, paradoxalmente, um tratamento oxidativo usado em doenças em que o</p><p>processo de estresse oxidativo intervém. Além disso, o mecanismo geral pelo qual a terapia</p><p>de ozônio sistêmica atua através da produção de um estresse oxidativo pequeno e</p><p>controlado (pelo antioxidante das defensas do organismo), que se torna um desafio</p><p>oxigênio para a célula. A repetição sistêmica deste estímulo induz várias respostas</p><p>terapêuticas no organismo. A terapia com ozônio está, portanto, intimamente ligada ao</p><p>processo biológico conhecido como estresse oxidativo (Figura 3-9) (Martínez-Sánchez e</p><p>Re, 2010).</p><p>A relação que existe entre a concentração de radicais livres e o estado de saúde dos</p><p>seres humanos é um fato atualmente aceito pela comunidade científico-médica. Novas</p><p>palavras como estresse oxidativo, radicais livres e antioxidantes estão se tornando mais</p><p>comuns, e o número de eventos científicos internacionais organizados a cada ano, bem</p><p>como os artigos que aparecem em revistas científicas e disseminação popular, indicam o</p><p>interesse de cada um mais tempo para este tópico. Esta avalanche deu origem à aparência</p><p>de milhares de produtos, de origem natural ou sintética, que geralmente são vendidos como</p><p>"produtos de saúde" com a qualificação de "antioxidantes", com os quais queremos apontar</p><p>sua capacidade de diminuir a concentração de radicais livres no organismo humano e,</p><p>portanto, melhorar o estado de saúde daqueles que os consumem.</p><p>Desde a década de 1960, o número de publicações científicas sobre radicais livres e</p><p>sua participação em patologias humanas aumentou consideravelmente e continuamente.</p><p>Embora no período entre 1990 e 1998 tenha havido uma grande proporção de trabalho</p><p>sobre o tema dos "radicais livres", com uma menor proporção de "antioxidantes", desde</p><p>essa data até hoje O tópico de "antioxidantes" apresentou decolagem considerável. As</p><p>razões para isso são diversas, mas o fato está em grande parte relacionado à observação de</p><p>que, em</p><p>52 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>No período anterior a 1998, a pesquisa fundamental foi basicamente realizada. Entre os</p><p>principais achados até agora, podemos apontar, em primeiro lugar, a demonstração na fase</p><p>pré-clínica e, em seguida, na clínica, a participação de radicais livres em diferentes</p><p>mecanismos fisiopatológicos. Em 1997, as bases para o uso de terapias antioxidantes foram</p><p>estabelecidas e, a partir desse ano, os estudos que tentam demonstrar a eficácia desses</p><p>tratamentos em diferentes condições clínicas aumentam. A "estagnação" em termos de</p><p>número de investigações por ano produzido desde 1998 é, para muitos especialistas,</p><p>intimamente relacionada a dois fatores (Núñez Sellés et al., 2009):</p><p>Os métodos analíticos que foram utilizados nas fases básicas de pesquisa não podem</p><p>ser facilmente aplicados a estudos em seres humanos.</p><p>• O pessoal que é diretamente responsável pela saúde humana não mede o</p><p>significado das variáveis analíticas relacionadas ao estresse oxidativo, pois, devido ao</p><p>rápido avanço da pesquisa nesta área, esse conhecimento não faz parte de sua preparação</p><p>básica.</p><p>Nas aplicações da terapia de ozônio sistêmica, é muito importante ter um sistema de</p><p>controle terapêutico e segurança toxicológica. O uso de indicadores bioquímicos</p><p>específicos para controlar as doses aplicáveis em termos de segurança e efeitos</p><p>terapêuticos satisfatórios está se tornando cada vez mais essencial, constituindo a base para</p><p>uma aplicação não empírica do ozônio no campo médico. No entanto, ainda não existe um</p><p>critério generalizado sobre quais indicadores bioquímicos específicos podem ser úteis na</p><p>avaliação da ausência do aparecimento de efeitos tóxicos e dos efeitos benéficos</p><p>proporcionados pela terapia de ozônio sistêmica.</p><p>O desequilíbrio do sistema redox está relacionado a um grande número de</p><p>patologias no ser humano, desde processos infecciosos ou autoimunes até afeções</p><p>neurodegenerativas, muitas delas com grande morbidade e mortalidade. Todo esse grupo</p><p>de patologias pode ser tratado com terapia de ozônio, e existem inúmeros resultados</p><p>clínicos e experimentais que apoiam sua aplicação; No entanto, novos estudos clínicos</p><p>controlados são necessários para apoiar ainda mais o uso desta terapia (Martínez-Sánchez,</p><p>2007).</p><p>Em termos de segurança, deve-se ter em mente que, em células normais, há um</p><p>equilíbrio delicado entre a atividade oxidante e antioxidante. No entanto, este equilíbrio</p><p>pode ser perturbado por uma produção excessiva de ROS ou por deficiências nos próprios</p><p>sistemas de defesa antioxidante do corpo ou aqueles contribuídos pela dieta, o que leva a</p><p>um estado oxidativo. Um estado prolongado de atividade oxidante</p><p>é o que caracteriza o</p><p>estabelecimento do estresse oxidativo que posteriormente causa efeitos nocivos</p><p>importantes, como na hiperoxia. Por esta razão, é conveniente conhecer a atividade</p><p>prooxidante e antioxidante do paciente, bem como a capacidade metabólica antes e durante</p><p>a aplicação da terapia com ozônio. A este respeito, o conhecimento do estado redox</p><p>fornece uma base real para selecionar a dose de ozônio no início e durante o curso do</p><p>tratamento e, acima de tudo, determinar analiticamente se houver uma resposta positiva a</p><p>ele.</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 53</p><p>O monitoramento do estado do estresse oxidativo tornou-se um desafio interessante</p><p>para os bioquímicos clínicos. É praticamente impossível avaliar diretamente o controle e</p><p>monitoramento (diagnóstico) do estresse oxidativo no organismo inteiro ou intacto. Devido</p><p>a essa limitação, é considerada a medida de variáveis indiretas nas quais as concentrações</p><p>circulantes de antioxidantes (enzimáticos e não enzimáticos), os produtos da oxidação de</p><p>lipídios e proteínas, a sensibilidade à oxidação da lipoproteínas ou as concentrações de</p><p>anticorpos dirigidos contra moléculas oxidadas.</p><p>A avaliação, independente de indicadores, de atividade antioxidante ou prooxidada,</p><p>não revela exatamente o estado do equilíbrio redox do organismo em um determinado</p><p>momento, uma vez que essas variáveis fazem parte de um sistema muito complexo e, em</p><p>muitos casos, A variação individual de uma variável não mostra o comportamento do</p><p>sistema como um todo.</p><p>Tipicamente, mais de 50 índices são usados para avaliar o estresse oxidativo, o que</p><p>levou ao desenvolvimento de mais de 100 métodos (Tabela 3-1). Foi documentado que os</p><p>procedimentos em que a capacidade de uma amostra para resistir à oxidação são medidos</p><p>são métodos inespecíficos e não são direcionados aos mecanismos fisiopatológicos</p><p>relevantes para o estresse oxidativo, por isso a sua utilidade é limitada a estudos</p><p>comparativos (Martínez -Sánchez et al., 2005).</p><p>Do mesmo modo, procedimentos complexos, bioquímicos e sensíveis foram</p><p>propostos para a determinação de níveis mínimos de estresse oxidativo in vivo. No</p><p>entanto, muitos desses métodos também têm uma especificidade relativa, são imensamente</p><p>trabalhosos e muito caros e requerem equipamentos complexos, portanto, eles devem ser</p><p>usados com essas características em mente. As indústrias que produzem material de</p><p>diagnóstico para laboratórios clínicos estiveram envolvidas em pesquisa de milhões de</p><p>dólares para tentar desenvolver procedimentos simples e econômicos que possam ser</p><p>incorporados na prática clínica.</p><p>Tabla 3-1. Comparação entre diferentes grupos de bioindicadores de acordo com</p><p>alguns critérios e requisitos a serem considerados biomarcadores.</p><p>Requisito Ac</p><p>anos</p><p>Aldehí</p><p>dos</p><p>i</p><p>P</p><p>8-</p><p>OH-dG</p><p>Aminoácidos</p><p>oxidados</p><p>Velocidade de</p><p>análise - ± - - -</p><p>Sensibilidade</p><p>± ± ± ± ±</p><p>Facilidade de</p><p>análise - ± - - ±</p><p>Técnicas não-</p><p>invasivas + + - ± -</p><p>Interferências</p><p>- - ± ± ±</p><p>Especificidade para</p><p>o efeito ± ± + ± ±</p><p>Correlação com</p><p>dano + + + ± ±</p><p>Aplicabilidade em</p><p>humanos + ± - ± ±</p><p>iP, isoprostanos; 8-OH-dG, 8-hidroxiexibuanina; -, não aplicável; ±, aplicável com desvantagens; +, aplicável..</p><p>Guia para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>usual Finalmente, também deve ser considerado que o estudo de parâmetros individuais</p><p>não aborda totalmente o fenômeno do estresse oxidativo, pelo que deve ser dada atenção à</p><p>seleção de uma metodologia adequada de acordo com a situação clínica específica</p><p>(Martínez-Sánchez et al. , 2010).</p><p>Para poder selecionar indicadores específicos de estresse oxidativo para a terapia</p><p>com ozônio, é necessário rever as diferentes reações químicas nas quais o ozônio pode</p><p>intervir ao entrar em contato com biomoléculas. Os substratos críticos para ozônio são</p><p>lipídios, proteínas e ácidos nucleicos; no entanto, lipídios e proteínas são os principais</p><p>alvos do ozônio no plasma sanguíneo, mucosa retal ou fluidos biológicos. A reação com</p><p>lipídios ocorre quase exclusivamente com as duplas carbono-carbono encontradas nos</p><p>ácidos gordos insaturados e com os grupos funcionais laterais das cadeias de vários</p><p>resíduos de aminoácidos nas proteínas. Essas reações dão origem a diferentes produtos de</p><p>ozonização, que são responsáveis pela transmissão dos efeitos do ozônio em locais</p><p>distantes do corpo. No entanto, quando as quantidades de produtos de ozonização excedem</p><p>os níveis do sistema antioxidante, ocorre um efeito tóxico que causa danos nos tecidos</p><p>(Figura 3-1) e o aparecimento de doenças. Portanto, o efeito terapêutico depende da</p><p>medição cuidadosa da dose de ozônio para obter a concentração apropriada nos produtos de</p><p>ozonização e atingir o efeito desejado sem risco de toxicidade. O mecanismo através do</p><p>qual esses produtos produzem o efeito terapêutico não está bem definido no presente, mas é</p><p>evidente que um pulso oxidativo transitório intervém que age como um gatilho metabólico</p><p>celular. Em outras palavras, esses produtos oxidados podem atuar como moléculas de</p><p>transdução de sinal para iniciar uma série de cascatas metabólicas que levam ao chamado</p><p>"pulso metabólico" da terapia com ozônio.</p><p>Os principais produtos que se originam durante a ozonização de lipídios e proteínas</p><p>são: ozônides de Criegee, hidroxihidroperóxidos, H2O2 e aldeídos. Os ozonidos de Criegee</p><p>são catabolizados pela enzima glutationa-S-transferase (GST), utilizando glutationa (GSH)</p><p>como agente redutor, para gerar aldeídos e dissulfureto de glutationa (GSSG). Os aldeídos</p><p>são metabolizados pela enzima aldeído desidrogenase (ALDH), utilizando o dinucleótido</p><p>de dicotinamida adenina (NAD +) como cofactor, ou pela enzima GST, como no caso de 4-</p><p>hidroxinonenal, usando GSH como cofator. A regeneração do GSH é conseguida pela ação</p><p>da enzima glutationa redutase (GR).</p><p>Os hidroxihidroperóxidos (ROOH) são metabolizados principalmente através da</p><p>ação da enzima glutationa peroxidase (GPx), com GSH como cofator. Nas aplicações da</p><p>terapia de ozônio sistêmica por auto-hemoterapia principal ou insuflação retal, uma</p><p>estimulação significativa da atividade desta enzima foi documentada. No entanto, os</p><p>hidroperóxidos orgânicos também são degradados catalíticamente pela enzima GST na</p><p>presença de pequenas quantidades de GSH. A importância do GSH é ainda maior se se</p><p>levar em conta que a concentração de glutationa pode regular as ações catabólicas de GPx e</p><p>GST sobre o ROOH. Em concentrações fisiológicas, o peróxido de hidrogênio é catalisado</p><p>pela enzima GPx, mas em altas concentrações é a catalase que apresenta a maior atividade.</p><p>A superóxido dismutase (SOD) catalisa a dismutação do anião superóxido radical para</p><p>peróxido de hidrogênio.</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 55</p><p>Por outro lado, a linha de defesa antioxidante não zymatic também deve ser levada</p><p>em consideração. Neste contexto, o GSH tem atividade antioxidante por si só, devido à</p><p>grande reatividade do ozônio pelo resíduo de cisteína na molécula de GSH e nutrientes</p><p>Ozono</p><p>O3</p><p>Capa bilipídica</p><p>COOH COOH</p><p>COOH COOH COOH</p><p>COOH COOH</p><p>COOH</p><p>No OLP</p><p>OLP</p><p>baja</p><p>OLP</p><p>moderada</p><p>OLP</p><p>elevada</p><p>Adequad</p><p>o</p><p>Señal de</p><p>estrés</p><p>Señal de</p><p>estrés</p><p>Daño</p><p>equilíbrio</p><p>metabóli</p><p>co</p><p>prooxida</p><p>ntes /</p><p>o</p><p>estructural</p><p>antioxi</p><p>dantes grave</p><p>Indu</p><p>cción Inducción</p><p>de</p><p>mecanismos</p><p>de</p><p>programa</p><p>antioxidante</p><p>s</p><p>de muerte</p><p>apoptótica</p><p>Vida Muerte apoptótica</p><p>Muerte</p><p>necrótica</p><p>Figura 3-1. Relação entre a peroxidação lipídica causada por mecanismos de transdução</p><p>de ozônio</p><p>e sinal. O3, ozônio; OLP, oxidação de lipídios por peróxidos (Martínez-Sánchez et al.,</p><p>2010).</p><p>56 Guia para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>antioxidantes como o a-tocoferol, ácido ascórbico e β-caroteno, que protegem a célula</p><p>contra a lipoperoxidação. Também foi documentado que os urates têm uma importante</p><p>atividade protetora contra a oxidação. Todas essas substâncias antioxidantes, que atuam</p><p>como eliminadores radicais, parecem ser de vital importância na proteção de membranas</p><p>biológicas contra a peroxidação de lipídios. Em um estudo realizado com coelhos</p><p>normocolesterolémicos e hipercolesterolémicos, demonstrou-se que o aumento</p><p>significativo do conteúdo sanguíneo de GSH correu em paralelo com a diminuição da</p><p>atividade de peroxidação lipídica após o tratamento com terapia de ozônio sistêmica por</p><p>insuflação retal.</p><p>As proteínas plasmáticas e os fluidos intersticiais também são bons substratos para a</p><p>reação do ozônio durante as aplicações da terapia de ozônio sistêmica. Neste caso, os</p><p>aminoácidos livres e aqueles das sequências de proteínas são sensíveis à reação com</p><p>ozônio, particularmente cisteína, triptofano, metionina, tirosina, fenilalanina e histidina. As</p><p>constantes de velocidade para a reação do ozônio com esses aminoácidos são entre duas e</p><p>seis ordens de grandeza maiores do que com os aminoácidos leucina, valina e outros. As</p><p>proteínas oxidadas pelo ozônio geram um conjunto de metabólitos, como os ozonidos de</p><p>Criegee, ROOH, peróxido de hidrogênio e aldeídos, que são os mesmos compostos gerados</p><p>pela ozonização de lipídios. Portanto, a atividade oxidativa em proteínas pode ser avaliada</p><p>pela determinação de hidroperóxidos pro-tepe, aminoácidos oxidados, proteínas carbonilos,</p><p>degradação de grupos de proteínas tiol e outros.</p><p>O estresse oxidativo não pode ser definido em termos universais porque é um</p><p>processo biológico complexo que precisa ser avaliado a partir de diferentes pontos. Por esta</p><p>razão, é atualmente aceito, de forma universal, que a avaliação do estado do estresse</p><p>oxidativo requer uma combinação de métodos, o que permitirá estabelecer o tipo de forma</p><p>personalizada, uma vez que muitas patologias podem ser associadas a diferentes tipos de</p><p>estresse. desequilíbrio oxidativo, o que força o uso de vários índices de avaliação.</p><p>A avaliação do estado do estresse oxidativo antes, durante e no final do tratamento</p><p>com terapia de ozônio facilita a personalização da terapia e garante um ótimo resultado.</p><p>Portanto, para certificar o uso ideal de aplicações de terapia de ozônio, um sistema de</p><p>controle bioquímico é muito útil. A proposta real é que, sempre que a terapia de ozônio</p><p>sistêmica seja utilizada, um sistema de controle de estresse oxidativo deve ser aplicado.</p><p>Na aplicação da terapia de ozônio sistêmica, o diagnóstico de estresse oxidativo é</p><p>um aspecto importante para definir o estado biológico do paciente antes de iniciar o</p><p>tratamento e, juntamente com os dados clínicos, tomar decisões sobre as doses iniciais,</p><p>bem como para controle e monitoramento do tratamento. Através do diagnóstico de</p><p>estresse oxidativo, o especialista pode selecionar a via de aplicação mais apropriada,</p><p>direcionar o tratamento para a obtenção de um pré-condicionamento oxidativo, escolher</p><p>diretamente as doses apropriadas ou as concentrações de ozônio que permitam atingir os</p><p>benefícios acima mencionados e expandir ou suspender o esquema de tratamento. O fato de</p><p>não poder diagnosticar o estresse oxidativo não significa que a terapia com ozônio não</p><p>pode ser aplicada, mas que não há informações importantes para personalizar o tratamento.</p><p>Neste caso, doses baixas podem ser usadas e movem-se lentamente, dependendo de</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 57</p><p>a resposta clínica, na dosagem. A avaliação clínica realizada pelo especialista e o</p><p>diagnóstico de estresse oxidativo fornecido pelo laboratório clínico são os aspectos</p><p>fundamentais para desenvolver o protocolo terapêutico adaptado a cada paciente.</p><p>3.4. Efeito anti-inflamatório do ozônio</p><p>O efeito anti-inflamatório do ozônio baseia-se na sua capacidade de oxidar</p><p>compostos que contêm ligações duplas, incluindo ácido araquidônico (20: 4) e</p><p>prostaglandinas, substâncias biologicamente ativas que são sintetizadas a partir deste ácido</p><p>e que participam de grandes concentrações em o desenvolvimento e manutenção do</p><p>processo inflamatório (Wong, Gómez, citado por Viebahn-Haensler, 1999). Em pacientes</p><p>com asma brônquica, o efeito da terapia com ozônio pode ser parcialmente explicado por</p><p>suas reações com outros produtos de ácido araquidônico, leucotrienos. Precisamente</p><p>leucotrienos, que são formados em leucócitos do ácido araquidônico e são particularmente</p><p>compostos patológicos, causam o início de reações alérgicas lentas, como o início da asma</p><p>brônquica. Além disso, o ozônio diminui o grau de hipoxia tecidual e restaura os processos</p><p>metabólicos no ponto de inflamação dos tecidos afetados, corrige o pH e o equilíbrio</p><p>eletrolítico.</p><p>3.5. Efeito analgésico do ozônio</p><p>Em muitos estados patológicos e, principalmente, em processos inflamatórios</p><p>(reumatismo, artrite), o efeito analgésico do ozônio é claramente manifestado. Este efeito</p><p>tem um caractere duplo. Por um lado, é motivado pela entrada progressiva de oxigênio na</p><p>zona inflamada e a oxidação dos mediadores algogênicos, que se formam na área do tecido</p><p>danificado e participam da transmissão do sinal nociceptivo para o SNC (Riva-</p><p>Sanseverino, 1987). ). Tudo isso explica a eliminação pelo ozônio da dor aguda que existe</p><p>nos processos inflamatórios traumáticos.</p><p>Na resolução de síndromes crônicas de doenças, um papel importante é atribuído à</p><p>restauração do equilíbrio entre os produtos da peroxidação e os valores antioxidantes dos</p><p>sistemas de defesa. Como resultado, diminui a quantidade de produtos moleculares tóxicos</p><p>de peroxidação lipídica (MDA e BS) nas membranas celulares, que são aqueles que variam</p><p>as funções das enzimas presentes nas membranas, participantes na síntese de ATP, que</p><p>mantêm a atividade vital dos tecidos e órgãos, algo que é observado em muitas doenças</p><p>crônicas acompanhadas de dor. Além disso, a ativação de mediadores antinociceptivos do</p><p>sistema não deve ser descartada (Kostov, 2000).</p><p>3.6. Efeito destoxificante do ozônio</p><p>O efeito desintoxicante é claramente observado e manifestado através da otimização</p><p>do sistema microscópico de hepatócitos e pelo fortalecimento da filtração hepática. O</p><p>ozônio também altera o metabolismo dos hepatócitos. Durante o tratamento, tem</p><p>58 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>observou que nas células do fígado acumulam enzimas do citocromo P450 e sistema</p><p>catalase, o que aumenta o número de moléculas de glicogênio e os antioxidantes mais</p><p>importantes, o que, por sua vez, aumenta a produção de ATP. oi-perplasia por peróxidos,</p><p>normalização dos elementos da estrutura de retículo endoplasmático liso e diminui o grau</p><p>de alterações distróficas: na reorganização das alterações do metabolismo morfofuncionais</p><p>de hepatócitos também são baseados. Graças à ação recíproca desses mecanismos, muitas</p><p>funções hepáticas, incluindo antitóxicas, melhoram (Peretiagin, 1991, Boiarinov, 1999).</p><p>Nos rins, o ozônio intensifica os processos de utilização de glicose, glicose-6-</p><p>fosfato, lactato e piruvato, mantendo uma atividade elevada da gluconeogênese (Zelenov,</p><p>1998). Observou-se uma conservação da ATP e o aumento da resistência das membranas</p><p>das células renais. Após um tratamento de terapia de ozônio, muitos pesquisadores</p><p>observaram uma diminuição nos valores de moléculas de massa média, que caracterizam a</p><p>toxicidade no organismo em diferentes estados de gravidade.</p><p>3.7. Regulação imune pelo ozônio</p><p>O efeito da regulação imunológica pelo ozônio foi demonstrado de forma</p><p>convincente</p><p>pela primeira vez nos estudos da ação desse elemento no sistema imunológico</p><p>com a ajuda da análise imunoenzimática de pesquisadores ocidentais Winkler (1989) e</p><p>Bocci ( 1997) e confirmado nas investigações do Instituto de Imunologia do Ministério da</p><p>Saúde da Federação Russa (Moscou). Demonstrou-se que, na administração parenteral, o</p><p>ozônio, sem dúvida, exerce um efeito regulador sobre a mudança na composição dos</p><p>indicadores de imunidade celular: diminui os níveis aumentados e, inversamente, aumenta</p><p>os níveis diminuídos dos linfócitos T.</p><p>Longos anos de estudos sobre a influência do ozônio no estado imune demonstraram</p><p>a sua propriedade de induzir a síntese de citocinas, cada uma das quais tem uma certa</p><p>função defensiva. A maioria dos pesquisadores aponta que os efeitos do ozônio no sistema</p><p>imunológico dependem da dose. As concentrações terapêuticas de ozônio permitem o</p><p>acúmulo nas membranas de células fagocíticas, monócitos e macrófagos, e de compostos</p><p>hidrófilos, os ozonidos, que estimulam a síntese de diferentes classes de citoquinas nessas</p><p>células.</p><p>As citocinas, que são péptidos biologicamente ativos, permitem a ativação de</p><p>sistemas de defesa não específicos (aumento da temperatura corporal, produção hepática de</p><p>proteínas de fase aguda) e, além disso, ativam a imunidade celular e humoral. Assim, o</p><p>interferão dificulta a aparência do vírus na célula hospedeira e o fator de necrose tumoral é</p><p>capaz de destruir células estranhas na formação. Sabe-se que a interleucina 6 permite a</p><p>síntese de imunoglobulina e estimula a interleucina 8 leucocitopoyesis, o que se reflecte em</p><p>normalizar os níveis de linfócitos T e B interleucina 1 aumenta a temperatura do corpo, e</p><p>reforça síntese hepática de proteína C-reativa, a1-antitripsina, transferrina e</p><p>ceruloplasmina, que são antioxidantes fundamentais. Além disso, a interleucina 1 activa</p><p>linfócitos T citolíticos e linfócitos T auxiliadores. Em resposta à ação da interleucina 1, o</p><p>T-H1 começa a</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 59</p><p>sintetizar uma série de substâncias biologicamente ativas, as linfocinas, que causam a pró-</p><p>vida dos linfócitos T e a transformação dos linfócitos B em células plasmáticas, com</p><p>aumento na síntese de imunoglobulinas (Bocci, 1997). São observadas alterações na</p><p>atividade fisiológica das células fagocíticas, que se manifesta pela aceleração da</p><p>homeostase, a ativação da capacidade de variação dos fagócitos ea diminuição confirmada</p><p>no nível inicialmente elevado de imunocomplexos circulantes (Shajova, 1996;</p><p>Grechkaniev, 1995). Todos os acima mencionados, sem dúvida, permitem a cura de déficits</p><p>imunológicos secundários (Bocci, 1997).</p><p>As altas concentrações de ozônio aumentam o estado dos processos de peroxidação</p><p>lipídica na membrana celular de células fagocíticas (macrófagos). A acumulação de</p><p>produtos tóxicos de peroxidação de lipídios (malonil aldeído e bases de Schiff) aumenta a</p><p>rigidez da membrana celular, altera o metabolismo dessas células e, em particular, inibe a</p><p>síntese de citoquinas. Da mesma forma, a ativação dos linfócitos T auxiliares é</p><p>interrompida, que é direcionada à regulação da produção de imunoglobulinas pelos</p><p>linfócitos B. A diminuição do nível de anticorpos permite a melhora em pacientes com</p><p>transtornos auto-imunes, conseguindo a remoção ou redução de dose de drogas (citostáticos</p><p>e hormônios esteróides) que apresentam efeitos colaterais.</p><p>Os especialistas alemães em ozonoterapia demonstraram em seus estudos a eficácia</p><p>da abordagem anterior no tratamento da artrite reumatóide (Fahmy, 1993), e os estudos de</p><p>especialistas russos o fizeram no tratamento da esclerose difusa (Kotov, 2000),</p><p>esclerodermetite e Lupus eritematoso disseminado (Glavinskaia e Bitkina, 1998).</p><p>O sistema genético das células humanas não é afetado pela ação do ozônio graças à</p><p>capacidade de organismos superiores para restaurar DNA e RNA. A ausência de efeito</p><p>genotóxico pelo ozônio foi confirmada nos cromossomos. Demonstrou-se que, durante a</p><p>aplicação da terapia com ozônio, não foram detectadas alterações no número de aberrações</p><p>cromossômicas (Musarella, 1989). Também foi demonstrado que o ozônio potencializa a</p><p>ação de outras drogas, pois, sob o efeito de sua ação, as membranas celulares tornam-se</p><p>mais porosas, o que facilita a entrada da droga na célula. Assim, por exemplo, quando o</p><p>ozônio e os anti-bióticos são aplicados em conjunto, a dose deste último pode ser reduzida</p><p>pela metade (Ivanov e Kocheleva, 2000).</p><p>O tratamento com ozônio foi descrito como um indutor ideal de citocinas, uma vez</p><p>que, até à data, a toxicidade é baixa (quando utilizada na faixa de dose apropriada e com os</p><p>métodos corretos), não é antigênica e produz uma resposta sistema imunológico sem</p><p>efeitos secundários adversos. Além disso, essa ação também pode ser classificada como</p><p>moduladora se levarmos em consideração que a liberação de citoquinas ocorre de forma</p><p>endógena, uma vez que a ação imunológica do ozônio no sangue é direcionada</p><p>principalmente para monócitos e linfócitos T.</p><p>Considera-se que, durante a administração de ozônio para fins terapêuticos, a</p><p>liberação de antagonistas de citoquinas, ou de citocinas, como a interleucina-10 (IL-10) e o</p><p>factor de transformação do crescimento β1 (TGF-β1), pode ser aumentada. capaz de</p><p>suprimir a citotoxicidade auto-reativa; portanto, a indução de citocinas não supera valores</p><p>superiores aos necessários uma vez que os elementos contra-regulatórios foram ativados,</p><p>também os de natureza fisiológica e natureza.</p><p>60 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Após o tratamento com O3, são gerados diferentes mediadores, incluindo H2O2. Um</p><p>pequeno aumento no H2O2 no citosol atua como um mensageiro de ozônio intracelular e</p><p>ativa o fator NFĸB. O H2O2 ativa a tirosina quinase, que fosforila o IĸB, de modo que as</p><p>duas subunidades passam do citosol para o núcleo e regula a expressão gênica de</p><p>citoquinas, proteínas de fase aguda, hematopoietinas, moléculas de adesão e outras</p><p>proteínas (Fig. 3-2). A ativação do H2O2 vem ganhando importância nos últimos anos, e</p><p>seu papel fisiológico (regulando processos metabólicos ou processos de morte celular) –</p><p>Ozono</p><p>Extracelular</p><p>TNFR-2</p><p>Intracelular</p><p>TRAF2</p><p>IKB</p><p>NFKB</p><p>O3</p><p>O</p><p>3-</p><p>Intermediarios</p><p>lipoperóxidos TNFR-1</p><p>H2O2</p><p>Núcleo</p><p>Apoptosis</p><p>NFKB</p><p>Transcripción</p><p>TNF-α</p><p>IL-1β</p><p>Outras citocinas</p><p>Moléculas de adesão ICAM-1, VCAM-1</p><p>Proteína de choque térmico HSP-70</p><p>Proteínas de fase aguda</p><p>Óxido nítrico sintase induzível (ONSi)</p><p>SOD dependente de Mn</p><p>Hematopoietins</p><p>Outras proteínas</p><p>Figura 3-2. Um pequeno aumento no H2O2 no citosol atua como um mensageiro de</p><p>ozônio intracelular e desencadeia o fator NFkB (Menéndez et al., 2008).</p><p>depende das suas concentrações. Os linfócitos têm níveis elevados de GSH e,</p><p>embora tenham menos catalase do que eritrócitos, estão bem equipados com o sistema</p><p>GPx-GR. Daí a importância da dose de terapia de ozônio que será utilizada: se for muito</p><p>baixa, os sistemas de defesa antioxidante eliminam o efeito, uma vez que a concentração de</p><p>H2O2 é incapaz de ativar o NFĸB e, se for muito alta (ou o número de antioxidantes é</p><p>muito pequeno), ele pode produzir toxicidade de saturação dos sistemas antioxidantes de</p><p>defesa. Esta é a explicação fundamental para a toxicidade observada quando o ozônio é</p><p>inalado (este gás é capaz de estimular a liberação de citocinas pró-inflamatórias por células</p><p>broncoalveolares), o dano que é aumentado devido à capacidade antioxidante mínima das</p><p>células. fluidos do trato respiratório, algo muito diferente do que acontece no sangue, que</p><p>possui uma poderosa capacidade antioxidante (Tabela 3-2) (Bocci, 2006, Menéndez et al.,</p><p>2008).</p><p>Estudos realizados in vitro mostraram que as concentrações</p><p>de ozônio entre 10 μg /</p><p>ml e 78 μg / ml de sangue produzem a liberação progressiva de citoquinas, como o</p><p>interferão (IFN) β e γ, o fator de necrose tumoral ( TNF), interleucinas (IL) 1β, 2, 4, 6, 8 e</p><p>10, o fator de estimulação de colônias de granulócitos-macrófagos (GM-CSF) e o factor de</p><p>crescimento transformante 1β (TGF-1β). Portanto, o ozônio é capaz de estimular as células</p><p>do sistema imunológico e assim liberar uma pequena quantidade de citocinas</p><p>imunoestimuladoras e imunossupressoras, que são retiradas por células vizinhas. Desta</p><p>forma, o sistema imunológico permanece alerta (Bocci, 2005),</p><p>Tabela 3-2. Comparação do conteúdo antioxidante do fluido alveolar superficial em relação ao sangue</p><p>(Bocci, 2006).</p><p>Líquido alveolar superficial Sangre</p><p>Volumes 17-20 ml Plasma ~ 2,71 l</p><p>Proteínas</p><p>totais</p><p>~7 µg/ml ~75 µg/ml</p><p>Total ~130 mg Total ~202 g</p><p>Albúmina</p><p>~3,5 µg/ml ~45 µg/ml</p><p>Total ~63 mg Total ~122 g</p><p>Transferrina ~0,3 µg/ml 2-3 µg/ml</p><p>Ceruloplasmin</p><p>a ~25 µg/l 140-400 µg/l</p><p>Lactoferrina ~0,5 µg/l ?</p><p>GSH 300-400 µM</p><p>Plasma ~3 µM</p><p>Eritrocitos ~2,2 mM</p><p>Vitamina E ~2 µg/l ~10-20 µg/l</p><p>Vitamina C ~3,5 µg/l ~9 µg/l</p><p>Ácido úrico ~0,05 µg/ml ~0,04-0,07 µg/m</p><p>Bilirrubina ? ~1,0 mg/dl</p><p>Glicose ~0,4 µg/ml ~0,7-1,0 µg/ml</p><p>demonstrou-se que a proteína MX (marcador de interferão) induzível pelo interferão</p><p>detectado durante infecções virais bloqueia a transcrição do genoma viral. Há dados sobre</p><p>a expressão do interferão em um voluntário saudável, a quem o ozônio foi aplicado através</p><p>da auto-hemoterapia principal (seis sessões de tratamento), medido indiretamente através</p><p>da proteína MX em células de sangue mononucleares. Embora o interferão tenha uma</p><p>meia-vida após a administração subcutânea, a proteína MX tem uma meia-vida de 24 h a</p><p>36 h e pode ser detectada em células do sangue mononuclear 2 dias após o</p><p>desaparecimento total do interferão na plasma. Após o tratamento, detectou-se um</p><p>aumento progressivo mas variável no MX neste paciente, provavelmente devido à</p><p>liberação de interferão, atingindo um estado antiviral (Bocci, 2005).</p><p>Em estudos pré-clínicos realizados em Cuba [utilizando o modelo de I / R (isquemia</p><p>/ reperfusão) no fígado] sobre o fator de transcrição nuclear NFĸB, TNF-α e o programa de</p><p>propressão térmica HSP-70, um intenso expressão da subunidade p65, TNF-α e HSP-70 no</p><p>grupo I / R. No entanto, o tratamento com ozônio (pré-tratamento e depois + I / R)</p><p>modificou drasticamente a expressão dessas biomoléculas reguladoras da função celular,</p><p>em relação ao grupo tratado com I / R.</p><p>Durante a I / R hepática, a ativação das células de Kupffer é um fato importante na</p><p>lesão hepática. Essas células ativadas secretam um grande número de mediadores pró-</p><p>inflamatórios, como TNF-α e IL-1, que amplificam a resposta inflamatória generalizada,</p><p>afetando órgãos distantes, como o pulmão. O TNF-α ocorre à custa da ativação do fator de</p><p>transcrição nuclear NFĸB (p65) e, ao mesmo tempo, esta citocina é responsável pela</p><p>ativação desse fator, criando um ciclo que pode ser associado aos processos inflamatório</p><p>crônico Activação NFĸB conduz à expressão de vários genes, que codificam uma grande</p><p>variedade de enzimas e proteínas, incluindo a sintase do óxido nítrico induzível (iNOS),</p><p>SOD dependente proteína Mn e de choque de calor de HSP-70, envolvidas tanto na</p><p>citoproteção quanto na morte celular. As manipulações farmacológicas demonstraram que</p><p>a inibição de TNF-α e IL-1 durante a reperfusão fornece proteção hepática. No estudo</p><p>mencionado acima, foi possível verificar como o tratamento anterior com ozônio</p><p>conseguiu modular a expressão de NFĸB e TNF-a, protegendo as células do fígado contra</p><p>lesões por I / R (Ajamieh et al., 2004, 2005).</p><p>No soro de camundongos tratados com ozônio, tanto intraperitoneal quanto rectal,</p><p>observou-se um efeito inibitório significativo na liberação de TNF-α. As concentrações de</p><p>TNF-α nos animais previamente tratados com ozônio foram semelhantes às dos controles</p><p>negativos. Este efeito inibitório do ozônio no TNF-α pode ser uma conseqüência da</p><p>estimulação de sistemas de defesa antioxidante induzidos pela terapia de ozônio. Sabe-se</p><p>que os ROSs são altamente envolvidos na indução de processos inflamatórios e na</p><p>patogênese do choque endotóxico, bem como no efeito de agentes antioxidantes na</p><p>inibição de NFĸB.</p><p>Num modelo animal de peritonite letais, no qual sepsia por injecção intraperitoneal</p><p>de matéria fecal de um animal doador que foi induzida após tratamento com ozono foi</p><p>aplicado por via intraperitoneal durante 5 dias (com uma concentração de ozono de 10 ug /</p><p>ml e 80 ml de gás / kg de peso), uma vez por dia. A infecção com matéria fecal foi</p><p>realizada 24 h depois</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 63</p><p>da última aplicação do ozônio. A sobrevivência do grupo tratado com ozônio foi de</p><p>35%, enquanto todos os animais dos grupos não tratados ou tratados com ar morreram</p><p>após sofrer a infecção. Em relação às citocinas pró-inflamatórias medidas (IL-1β, IL-2,</p><p>TNF-α), nenhum efeito modulador foi observado na sua expressão derivada do tratamento</p><p>com ozônio, apesar da sobrevivência obtida neste grupo. No entanto, quando este mesmo</p><p>modelo é utilizado, mas é aplicado em combinação com ozono, uma mistura de sódio de</p><p>piperacilina (penicilina semi-sintética) e tazobactam de sio (inibidor de beta-lactamase), é</p><p>conseguido por aumento de sobrevivência de 93% quando aplicado Duas doses desta</p><p>mistura (a primeira ao mesmo tempo que a infecção e a outra, 1 h depois); Além disso,</p><p>observou-se uma diminuição significativa na IL-10 e TNF-α (medida no baço e no fígado).</p><p>No entanto, a mistura sozinha não aumentou a sobrevivência ou teve algum efeito nas</p><p>citocinas medidas. Resultados similares foram observados quanto à modulação de</p><p>citocinas pró-inflamatórias quando se utilizaram diferentes produtos anestésicos após</p><p>administração, durante 5 dias, de intra-ozônio.</p><p>Esta característica moduladora atribuível à terapia com ozônio é observada em</p><p>alguns dos achados clínicos que, embora aparentemente paradoxais, são vistos no</p><p>tratamento de pacientes com distúrbios imunológicos. Resultados satisfatórios foram</p><p>documentados ao aplicar este método terapêutico a pacientes com resposta imune</p><p>exagerada, como em doenças consideradas de etiologia auto-imune, bem como em outros</p><p>tipos de pacientes com déficits em suas funções imunológicas. Com relação a este último</p><p>aspecto, em um estudo realizado em 59 crianças com imunodeficiência humoral, uma</p><p>estimulação de imunoglobulinas IgA, IgG e IgM foi detectada até concentrações normais</p><p>com três ciclos de tratamento com ozônio retal ao longo de um ano. . Da mesma forma, em</p><p>um estudo realizado em 25 pacientes com queimaduras muito graves, críticos e críticos</p><p>extremos que, além do tratamento habitual nesses casos, receberam maior auto-</p><p>hemoterapia a partir do primeiro dia de admissão (em uma dose de 12 mg), uma</p><p>normalização de diferentes Indicadores imunológicos (IgG, IgM, complemento C4 e</p><p>antitrombina 3) após receber 10 sessões de terapia com ozônio. Este fato é muito</p><p>importante para destacar, porque o paciente queimado tem, entre suas complicações graves,</p><p>uma imunodepressão profunda, que, adicionada às suas grandes superfícies queimadas,</p><p>torna extremamente difícil as infecções, que muitas vezes causam a morte (Menéndez et</p><p>al., 2008).</p><p>3. 8. Efeito sobre a síntese de mediadores hormonais</p><p>Durante o tratamento com saunas de ozônio, foram registradas mudanças hormonais</p><p>temporárias, particularmente do hormônio do crescimento (somatotropina) e da beta-erisina</p><p>fina. Além disso, foi proposto que os tratamentos repetidos com saunas de ozônio seriam</p><p>úteis para baixar a pressão arterial em pacientes hipertensos, pois reage o sistema renina-</p><p>angiotensina-aldosterona. Essas mudanças hormonais que</p><p>ocorrem durante a terapia com</p><p>ozônio são breves e reversíveis. Em alguns casos, observou-se clinicamente que o ozônio</p><p>potencializa o efeito da hipertermia; Acredita-se que tanto a hipertermia como a terapia</p><p>com ozônio exercem seu efeito ao libertar uma cascata hormonal: CRH, ACTH,</p><p>64 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>cortisol, DHEA, hormônio do crescimento e outros. No entanto, o papel do ozônio</p><p>ainda não foi estudado profundamente no sistema neuroendócrino e a importância da</p><p>terapia com ozônio para modificar os perfis hormonais é desconhecida (Bocci, 2005).</p><p>Algumas observações clínicas (não publicadas) do Dr. Lambert Re mostraram que,</p><p>após o tratamento com auto-hemoterapia, há uma regulação e estabilização do ciclo</p><p>menstrual, observação que deve ser acompanhada por um estudo do perfil hormonal para</p><p>corroborar se a terapia afeta ou não decisivo na cascata de regulação hormonal.</p><p>3.9. Regulador metabólico</p><p>Várias observações pré-clínicas e clínicas nos permitiram observar a ação</p><p>reguladora do ozônio nos indicadores metabólicos, e detectámos, em geral, uma</p><p>modulação dos indicadores inicialmente patológicos em relação aos valores normais. Entre</p><p>eles estão: glicose, creatinina, hemoglobina, hematócrito, proteínas totais, lactato</p><p>desidrogenase, colesterol, triglicerídeos, lipoproteínas, enzimas hepáticas, bilirrubina,</p><p>ácido úrico, ácido lático e cálcio. Não há uma explicação clara dos mecanismos de ação</p><p>mediados pelo ozônio que intervêm neste caso. Provavelmente, o re-equilíbrio do sistema</p><p>redox ajusta as vias metabólicas relacionadas à estabilização desses indicadores.</p><p>Por exemplo, em 22 pacientes com doença cardíaca isquêmica, observou-se uma</p><p>diminuição estatisticamente significante do colesterol (COL) e da lipoproteína de baixa</p><p>densidade (LDL) no plasma após 5 e 15 dias de tratamento com ozônio. auto-hemoterapia,</p><p>com uma concentração de 50 μg / ml e 200 ml do gás, sem qualquer modificação de</p><p>lipoproteínas de alta densidade (HDL) ou triglicerídeos (TG). No quinto dia, COL e LDL</p><p>diminuíram 5,5% e 15,4%, respectivamente, enquanto no décimo quinto dia, a redução foi</p><p>de 9,7% e 19,8%, respectivamente. A diminuição das concentrações de COL e LDL foi</p><p>maior nos pacientes que receberam maior número de tratamentos com ozônio.</p><p>Em um estudo sobre o metabolismo lipídico realizado com ratos alimentados com</p><p>uma dieta rica em gordura (durante 25 dias) e depois tratados com 15 injeções</p><p>intramusculares de 0,2 ml de sangue ozonizado (com uma concentração de ozônio de 10</p><p>μg / ml) uma mudança significativa no conteúdo de lipídios do fígado foi demonstrada,</p><p>caracterizada por uma diminuição do colesterol total no grupo alimentado com uma dieta</p><p>gordurosa e tratada com ozônio, em comparação com o grupo que recebeu apenas uma</p><p>dieta gordo. Em experiências de insuficiência renal aguda e usando o modelo de cisplatina,</p><p>observou-se que, quando previamente tratado com ozônio e depois injetado com cisplatina,</p><p>como quando se aplicou cisplatino e depois tratado com ozônio, as concentrações de</p><p>creatinina no sangue diminuiu significativamente em relação aos animais tratados apenas</p><p>com cisplatina.</p><p>Em um estudo realizado em pacientes diabéticos tipo 2 com pé diabético</p><p>neuroinfeccioso, dos quais um grupo foi tratado com ozônio por via local e local (na</p><p>lesão), e outro grupo foi tratado com antibióticos (sistêmico e local) alta glicemia foi</p><p>detectada no início do estudo. No entanto, após o término de ambos os tratamentos, a</p><p>glicemia diminuiu significativamente para os valores de referência no grupo tratado com</p><p>ozônio, mas não no tratamento com antibióticos (Martínez-Sánchez et al., 2005a).</p><p>Capítulo 3. Mecanismos básicos para o uso clínico da terapia com ozônio • 65</p><p>Em um grupo de crianças com deficiência auditiva, os hormônios T3</p><p>(triiodtotironina) e T4 (tiroxina) e cortisol foram determinados no início e no final de um</p><p>tratamento constituído por 20 aplicações de ozônio retal (concentração de 40 μg). / ml e</p><p>volumes de gás entre 50 ml e 150 ml) uma vez por dia. No início do tratamento, os</p><p>pacientes apresentaram altos valores de T3 e T4, acima dos valores de referência, que</p><p>foram normalizados no final do tratamento. As concentrações de cortisol estavam dentro</p><p>do intervalo de referência no início do tratamento e permaneceram em termo (Menéndez et</p><p>al., 2008)..</p><p>3.10. Efeito da dose de ozônio dependente</p><p>Atualmente, uma grande atenção é dada aos sistemas proteolíticos como um dos</p><p>sistemas reguladores. Por um lado, as proteases cumprem uma função digestiva destrutiva,</p><p>eliminando estruturas anaboraides anômalas do organismo que desempenham suas funções.</p><p>Por outro lado, eles participam da ativação e funcionamento dos sistemas de coagulação do</p><p>sangue, fibrinólise, sistema kallikrein-kinin, sistema renina-angiotensina, sistema</p><p>complementar de albumina e apoptose. A análise da atividade de um grupo de sistemas</p><p>proteolíticos revelou, acima de tudo, sua interdependência segura com parâmetros de</p><p>peroxidação lipídica e com o sistema de defesa antioxidante.</p><p>A introdução no corpo de baixas doses de ozônio é acompanhada por um efeito de</p><p>hipocoagulação, com aumento dos tempos de coagulação, atividade anticoagulante e</p><p>fibrinolítica, bem como com a diminuição do grau de agregação induzida de trombócitos.</p><p>As altas doses de ozônio causaram um efeito vinculativo na ligação plasmática da</p><p>hemostasia, o que foi demonstrado pela aceleração da coagulação do sangue no contexto de</p><p>uma inativação severa da atividade anticoagulante. Ao mesmo tempo, aumentou a</p><p>capacidade de agregação dos trombócitos. Nestas condições, observou-se a existência de</p><p>uma relação linear entre os indicadores da OLP e a agregação induzida de trombócitos</p><p>(Okrut, 2000).</p><p>Algumas investigações determinaram a concentração de ozônio na fase gasosa para</p><p>preparar uma solução fisiológica ozonizada que se situa no limiar entre as condições</p><p>hipocoagulantes e hipercoagulantes: 2.500 μg / l. Essa mesma concentração foi crítica na</p><p>atividade de tripsinas, proteases, quimotripsinas, sistema de kallikrein-kinina, elastase e</p><p>aminopeptidase de lisina.</p><p>Em doses baixas, a atividade dessas enzimas aumentou apenas nos órgãos onde eles</p><p>deveriam desarmar sua função; com altas doses, a atividade também foi observada nos</p><p>tecidos circundantes circundantes e no sangue, causando efeitos negativos, como a ativação</p><p>da ligação coagulante da hemostasia, o fator de início da coagulação (Efremenko, 2001).</p><p>A influência reguladora do ozônio na atividade das enzimas proteolíticas digestivas</p><p>pode explicar a eficácia do tratamento de um grupo de doenças gástricas e intestinais. A</p><p>interação do ozônio com o sistema kallikrein-kinina e com a atividade da enzima quininase</p><p>mantém a pressão intravascular dentro dos valores normais, que é a base da terapia de</p><p>ozônio na hipertensão.</p><p>Capítulo 4</p><p>Rotas de</p><p>administração</p><p>e contra-</p><p>indicações da</p><p>ozonoterapia</p><p>4. 1. Formulários e métodos de aplicação de produtos ozonizados</p><p>A aplicação de ozônio com fins curativos é caracterizada pela diversidade de formas,</p><p>modos e doses, dependendo do tipo de patologia e dos objetivos terapêuticos. A terapia</p><p>com ozônio é utilizada na forma de administração parenteral e enteral de misturas de</p><p>ozônio e oxigênio, gaseificação em volumes fechados e, também, aplicações com produtos</p><p>ozonizados. As observações mostraram que, se a aplicação estiver correta, a terapia com</p><p>ozônio raramente é acompanhada de efeitos colaterais ou complicações. A dose de ozônio</p><p>administrada é uma condição fundamental e não deve exceder o potencial das enzimas</p><p>antioxidantes, o que é essencial para evitar o excesso de formas ativas de oxigênio.</p><p>As indicações terapêuticas do ozônio baseiam-se no conhecimento de que baixas</p><p>concentrações deste elemento</p><p>podem desempenhar funções importantes dentro da célula.</p><p>Diferentes mecanismos de ação a nível molecular que certificam os dados clínicos deste</p><p>tratamento foram demonstrados.</p><p>Existem concentrações de ozônio placebo, terapêuticas e tóxicas. Demonstrou-se</p><p>que, a concentrações terapêuticas de 10 μg / ml ou 5 μg / ml, e ainda menores, os efeitos</p><p>terapêuticos são exercidos com uma ampla margem de segurança, razão pela qual</p><p>atualmente é aceito que as concentrações terapêuticas variam de 5 μg / ml a 60 μg / ml.</p><p>Este intervalo serve tanto para técnicas de aplicação local quanto para aplicações sistêmicas</p><p>(Declaração de Madri, junho de 2010).</p><p>68 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>As doses terapêuticas são divididas em três tipos, de acordo com seu mecanismo de</p><p>ação:</p><p>• Baixa dose: doses que exercem um efeito imunomodulador e que são usadas nas</p><p>doenças em que se suspeite de uma deficiência do sistema imunológico.</p><p>• doses médias: são dose imunomodulador estimulante sistema de defesa</p><p>antioxidante Enzi-matic, e são úteis em doenças degenerativas Croni-cas, tais como</p><p>diabetes, aterosclerose, DPOC, síndrome de Parkinson, doença de Alzheimer e demência</p><p>senil</p><p>• Altas doses: são usadas especialmente em úlceras ou feridas infectadas. Eles</p><p>também são usados para ozonizar petróleo e água. A ozonação de óleos nunca pode ser</p><p>realizada com um gerador médico, porque não é possível evitar que o vapor do óleo se</p><p>espalhe nos tubos de alta tensão. O resultado é a produção de várias substâncias muito</p><p>tóxicas, exceto em geradores com válvulas que interrompem a produção de ozônio</p><p>(Declaração de Madri, junho de 2010).</p><p>As doses propostas pelos autores neste livro foram elaboradas com base nas fontes</p><p>bibliográficas disponíveis, na Declaração de Madri, bem como nas observações</p><p>experimentais e clínicas dos colaboradores da Academia Médica Estadual de Nizhny</p><p>Novgorod. Tudo dito, também é transferido para as formas de aplicação das misturas</p><p>ozonizados e determinação da duração do tratamento (Peretiagin, 1991; Kontorschikova,</p><p>1992;. Grechkanev, 1995; Kuzmina et al, 1998; Boiarinov e Sokolov, 1999; Lobo 1974,</p><p>1982, Dorstewitz, 1981, Fahmy, 1982, Rokitansky, 1982, Knoch, 1988).</p><p>4. 2. Administração de misturas de gases de ozônio e oxigênio</p><p>As administrações subcutânea e intracutânea são utilizadas para fins analgésicos e</p><p>são aplicadas em pontos dolorosos a diferentes sintomas nas costas, em injeções</p><p>periarticulares de 1-3 ml e concentrações de 10-15 μg / ml. A introdução subcutânea de</p><p>misturas de gases é realizada com sucesso na terapia de acupuntura, substituindo a injeção</p><p>com agu-ja e proporciona um efeito anestésico e anti-inflamatório, bem como uma ação</p><p>estimulante.</p><p>A ação anti-inflamatória do ozônio é usada em lágrimas, em torno de manchas</p><p>purulentas de feridas, escaras, furúnculos e queimaduras.</p><p>Para administração intramuscular, quantidades de 10-20 ml e concentrações de 10-</p><p>20 μg / ml são usadas para doenças inflamatórias em pacientes com câncer (Rilling e</p><p>Viebahn, 1987).</p><p>O efeito analgésico da administração intraarticular de ozônio pode estar relacionado</p><p>à oxidação dos mediadores que induzem a dor. O tratamento é aplicado a pacientes com</p><p>osteoartrite e artrite, é realizado com concentrações de ozônio de 5-15 μg / ml e as</p><p>seguintes quantidades de gás são administradas:</p><p>• Em juntas pequenas: 1-1,5 ml.</p><p>• Em juntas médias: 5-7 ml.</p><p>• Em juntas grandes: 20 ml.</p><p>Capítulo 4. Rotas de administração e contra-indicações da ozonoterapia • 69</p><p>4.2.1. Insuflação rectal de misturas de ozônio e oxigênio</p><p>Os primeiros relatórios sobre a aplicação intraintestinal da insuflação de misturas de</p><p>ozônio e oxigênio para o tratamento de doenças intestinais e conduções fistulosas são</p><p>devidos a Payr (1935) e Aubourg (1936).</p><p>Os tratamentos são realizados com a ajuda de uma seringa Janet ou com sacolas</p><p>plásticas especiais anexadas a cânulas de cloreto de polivinilo com a extremidade do lado</p><p>esquerdo e curvatura em direção à perna. Uma lavagem de limpeza é realizada no máximo</p><p>duas horas antes da sufocação. A concentração de ozônio na mistura de ozônio e oxigênio</p><p>é de 10-60 μg / ml e o volume é de 150 ml a 300 ml em adultos. , dependendo do tipo de</p><p>patologia, natureza, duração e fase da doença. Em recém nascidos e crianças pequenas, a</p><p>quantidade de mistura gasosa é de 15-50 ml; Em crianças mais velhas, é 50-100 ml</p><p>(Dorstewitz, 1990).</p><p>Dependendo da idade do paciente, os volumes recomendados são:</p><p>• 28 dias - 11 meses: 15-20 ml.</p><p>• 1 a 3 anos: 20-35 ml.</p><p>• 3 a 10 anos: 40-75 ml.</p><p>• 11-15 anos: 75-120 ml.</p><p>A dosagem é alterada a cada 5 sessões e os ciclos de 15-20 sessões são indicados a</p><p>cada 3 meses durante o primeiro ano. Em seguida, o paciente será avaliado para determinar</p><p>a freqüência dos ciclos durante o segundo ano (Declaração de Madrid, junho de 2010).</p><p>A insuflação intestinal é utilizada, por um lado, como um antiinflamatório e</p><p>desinfectante local, restaurador do equilíbrio microbiano no intestino alterado por</p><p>microrganismos patogênicos. Por outro lado, é aplicado como uma alternativa à auto-</p><p>hemoterapia principal e à administração de solução fisiológica ozonizada, uma vez que a</p><p>mistura de ozônio e oxigênio, quando absorvida rapidamente, produz uma ação metabólica</p><p>geral. É especialmente indicado nos casos em que as autohemoterápias são difíceis.</p><p>Wolf (1982) mostrou que a oxigenação do sangue aumenta com insuflação retal,</p><p>bem como com maior auto-hemoterapia. O tempo de redução da oxihemoglobina,</p><p>geralmente 130-150 segundos, aumentou para 200-220 segundos 40 minutos após a</p><p>introdução da mistura ozono-oxigênio. Às 24 horas diminuiu, mas não retornou ao nível</p><p>inicial. Com os tratamentos diários repetidos, a dispersão dos tempos de redução da</p><p>oxihemoglobina do máximo para o inicial foi diminuindo passo a passo e, no vigésimo dia</p><p>do tratamento, aproximou-se de zero (mostrado na Figura 4-1, retirado de obra de Wolf,</p><p>1982).</p><p>Após o tratamento, o aumento do tempo de redução da oxihemoglobina diminuiu</p><p>muito devagar, ao longo de várias semanas e até vários meses, proporcionando um efeito</p><p>terapêutico prolongado devido ao elevado teor de hemoglobina no sangue. Observou-se</p><p>que quanto mais o intestino grosso foi limpo, maior a quantidade de gás absorvido no</p><p>sangue.</p><p>Com base na interação metabólica, é proposta uma dose curativa de ozônio de 75 μg</p><p>por kg de peso do paciente. Por exemplo, para um paciente que pesa 80 kg, a dose de</p><p>ozônio será 75 × 80 = 6,000 μg.</p><p>70 • Guia para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>220</p><p>210</p><p>200</p><p>190</p><p>180</p><p>170</p><p>160</p><p>150</p><p>140</p><p>130</p><p>1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 1 8</p><p>Figura 4-1. Dinâmica do tempo de redução da oxihemoglobina na presença de administração diária de</p><p>insuflações rectais com misturas de ozônio e oxigênio.</p><p>Em regra geral, o tratamento começa com a metade da dose e um volume mínimo da</p><p>mistura de ozônio e oxigênio (100-200 ml), que é gradualmente aumentado (em</p><p>incrementos de 50 ml) até atingir o volume desejado (tabelas 4-1 e 4-2).</p><p>4.2.2. Autohemoterapia menor com mistura de ozônio e oxigênio</p><p>Usando uma seringa de 20 ml de volume, com 5-10 ml de uma mistura de ozônio e</p><p>oxigênio com uma concentração de ozônio de 10-40 μg / ml, são obtidos 5-10 ml de sangue</p><p>venoso, misturados e depois , a mistura é administrada por via intramuscular. O</p><p>autohemotera-pia menor (AHTMn) é usado mais freqüentemente como um tratamento que</p><p>produz uma ação estimulante em estados de imunodeficiência.</p><p>4.2.3. Auto-hemoterapia principal com mistura de ozônio e oxigênio</p><p>Atohemoterapia principal (AHTM) é um dos modos mais utilizados para a</p><p>administração de misturas de ozônio e oxigênio (Wolf, 1968, Hansler, 1976, Weiss, 1976,</p><p>Rilling, 1985).</p><p>A gama de volumes a utilizar</p><p>varia entre 50 ml e 100 ml. É necessário evitar</p><p>volumes de sangue de mais de 200 ml, para evitar o risco de distúrbios hemo-dinâmicos,</p><p>principalmente em pacientes idosos ou descompensados. O material do equipamento de</p><p>perfusão deve ser certificado, e em nenhum caso será PVC ou materiais que reagem com o</p><p>ozônio.</p><p>Também devem ser evitadas concentrações de 80 μg / ml ou mais, devido ao</p><p>aumento do risco de hemólise, redução de 2,3-DPG e consequente incapacidade de ativar</p><p>células imunocompetentes.</p><p>O número de sessões de tratamento e a dose de ozônio a ser administrada</p><p>dependerão do estado geral do paciente, da idade e da doença de base. Como regra geral, a</p><p>cada cinco sessões a dose de ozônio é aumentada e administrada em ciclos que variará</p><p>entre 15 e 20 sessões. Do ponto de vista clínico, a melhoria do paciente em</p><p>Capítulo 4. Rotas de administração e contra-indicações da ozonoterapia • 71</p><p>Tabela 4-1. Doses recomendadas para as diferentes rotas, propostas pela Declaração de</p><p>Madri (junho de 2010).</p><p>Vía de aplicação</p><p>Baixo</p><p>Conc. (µg/ml) Vol. (ml) Dose (µg)</p><p>RI*</p><p>10</p><p>100</p><p>1.000</p><p>20 2.000</p><p>AHTM**</p><p>10 50 500</p><p>20 100 2.000</p><p>AHTMn***</p><p>5</p><p>5</p><p>25</p><p>10 50</p><p>Vía de aplicação</p><p>Media</p><p>Conc. (µg/ml) Vol. (ml) Dose (µg)</p><p>RI*</p><p>20 100 2.000</p><p>30 150 4.500</p><p>AHTM**</p><p>20 50 1.000</p><p>30 100 3.000</p><p>AHTMn***</p><p>10</p><p>5</p><p>50</p><p>20 100</p><p>Vía de aplicação</p><p>Alta</p><p>Conc. (µg/ml) Vol. (ml) Dose (µg)</p><p>RI*</p><p>30 150 4.500</p><p>60*a 30-50 1.800-3.000</p><p>AHTM**</p><p>35 50 1.500</p><p>60**b 100 6.000</p><p>AHTMn</p><p>10</p><p>5</p><p>50</p><p>20 100</p><p>* RI, insuflação rectal. Deve-se ter em mente que concentrações superiores a 40 μg / ml podem danificar o enterócito. * a</p><p>Excepcionalmente, começa com altas concentrações em caso de sangramento ativo na colite ulcerativa (60 μg / ml</p><p>e 50 ml Vol.) À medida que o sangramento diminui, a concentração é reduzida. ** AHTM: auto-hemoterapia principal.</p><p>** b Embora seja geralmente preferível usar concentrações em torno de 40 μg / ml, em alguns casos pode-se avaliar o uso de até</p><p>60 μg / ml, doses que se mostraram seguras e com maior capacidade de indução de citoquinas.</p><p>*** AHTMn: auto-hemoterapia menor.</p><p>entre a quinta e a décima sessão, e considera-se que, após a duodécima sessão, os</p><p>mecanismos de defesa antioxidante já estão ativados. O ciclo de tratamento é administrado</p><p>diariamente, de segunda a sexta-feira, e também pode ser administrado 2 a 3 vezes por</p><p>semana (Declaração de Madri, junho de 2010).</p><p>Em uma garrafa ou bolsa de plástico inerte para anticoagulante contendo ozônio,</p><p>mistura-se 50-100 ml de sangue venoso do paciente com a mistura de ozônio e oxigênio de</p><p>um</p><p>72 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Tabela 4-2. Concentrações de ozônio em diferentes doenças tratadas com</p><p>insuficiências retais.</p><p>Concen</p><p>tração</p><p>Quantidad</p><p>e Volume do</p><p>Frequencia</p><p>Doenças</p><p>de</p><p>ozônio</p><p>de ozônio</p><p>(µg)</p><p>mistura de</p><p>gás</p><p>de introducão</p><p>(µg/l) Dose (ml)</p><p>Doenças da</p><p>1-2 tratamentos</p><p>no</p><p>20 6,000 300 ano, cada um</p><p>circulação</p><p>sanguínea</p><p>2 sessões por</p><p>semana</p><p>Estado de</p><p>1-2 tratamentos</p><p>em</p><p>10-20</p><p>3.000-</p><p>6.000 300 ano, cada um</p><p>inmunodeficien</p><p>cia</p><p>2 sessões por</p><p>semana</p><p>No princípio</p><p>diariamente; um</p><p>Hepatitis (A, B</p><p>y C) 30 9.000 300</p><p>então um</p><p>graves y</p><p>crónicas 10-20</p><p>3.000-</p><p>6.000 300</p><p>uma vez por</p><p>semana</p><p>até o</p><p>desaparecimento</p><p>dos sintomas</p><p>concentração de até 40 μg / ml (de acordo com os dados de Bocci, 1990, 1995, as</p><p>concentrações mais elevadas causam hemólise), após o que o sangue é devolvido ao</p><p>paciente por via intravenosa.</p><p>Conforme documentado por Rilling e Viebahn (1987), doses elevadas de ozônio (> 6</p><p>mg) atuam como imunossupressores. No tratamento de doenças ateroscleróticas do sistema</p><p>cardiovascular, a dose recomendada de ozônio é de 1-2 mg; em raras ocasiões, 4 mg</p><p>(Rentschke, 1985). São utilizadas altas doses de ozônio (8-9 mg) em estádios agudos de</p><p>hepatite infecciosa; então eles são reduzidos para 2.000-800 μg à medida que a gravidade</p><p>diminui (Wolf, 1968). Medidas semelhantes são utilizadas no tratamento de infecções por</p><p>herpesvírus.</p><p>Afanasiev e Spesivtseva (2000) propuseram uma modificação do AHTM, que é</p><p>essencialmente uma combinação de AHTM e a administração de solução de ozônio</p><p>fisiológico. Em princípio, 100 ml de solução fisiológica são ozonizados, aos quais é</p><p>adicionado um anticoagulante (2.500 unidades de heparina) mais tarde. Esta solução (50</p><p>ml) é utilizada para limpeza do sistema de transfusão intravenosa. Os restantes 50 ml de</p><p>solução fisiológica são misturados com 100-150 ml de sangue venoso. Depois de agitar</p><p>cuidadosamente o sangue, ele é retornado para a veia. Segundo os autores, este método é</p><p>mais fisiológico, pois permite um processo mais uniforme de mistura e saturação do sangue</p><p>com o ozônio, o qual, de acordo com eles, não é alcançado pela variante clássica.</p><p>A empresa Ecónica propôs a bomba peristáltica "Bozon-BAGTO" que simplifica e</p><p>otimiza significativamente o desempenho do AHTM (Nazarov, 2003)</p><p>4.2.4. Gasificação em saco de plástico</p><p>O método de gaseificação de saco de plástico foi amplamente divulgado após o</p><p>fabrico de materiais modernos resistentes à ozônio. O método foi recomendado</p><p>principalmente o</p><p>Capítulo 4. Vías de administración y contraindicaciones de la ozonoterapia •</p><p>tratamento para úlceras tróficas, feridas supurantes que cicatrizam com dificuldade,</p><p>escamas, cicatrizes dolorosas, defeitos após a remoção de superfícies irradiadas, tumores</p><p>subcutâneos e queimaduras (Bolgov et al., 2000). Antes de realizar o procedimento, o</p><p>membro afetado é umedecido com água destilada ou solução salina. Então, o saco é</p><p>colocado no membro, selado e o vácuo é feito.</p><p>Geralmente, são utilizadas concentrações de 60, 40, 30 ou 20 μg / ml, dependendo do</p><p>estágio e evolução da lesão, durante 20 a 30 minutos. As concentrações de 60-70 μg / ml</p><p>podem ser usadas apenas em infecções purulentas. Uma vez que a infecção foi controlada e</p><p>após a aparição do tecido de granulação saudável, a concentração será reduzida e as sessões</p><p>serão espaçadas para promover a cura (Declaração de Madri, junho de 2010).</p><p>No caso de superfícies cutâneas não deterioradas em pacientes com condições</p><p>vasculares, a concentração da mistura de ozônio e oxigênio será de 6-8 μg / l. Quando um</p><p>membro apresenta úlceras tróficas ou feridas purulentas, deve ser umedecido ou colocado</p><p>sobre a parte afetada uma bandagem humedecida com solução fisiológica ou água</p><p>destilada.</p><p>4. 3. Contra-indicações e avaliação dos resultados da ozonoterapia</p><p>São contra-indicações da ozonoterapia:</p><p>• Todos os distúrbios da coagulação sanguínea.</p><p>• Hemorragia orgânica.</p><p>• Trombocitopenia.</p><p>• Hemorragia cerebral.</p><p>• Infarto do miocárdio recente.</p><p>Alergia ao ozônio.</p><p>Intolerância ao ozônio.</p><p>Insistimos em não aconselhar a aplicação de uma injeção intravenosa direta de</p><p>ozônio, devido ao risco de produzir uma embolia gasosa, mesmo com o uso de uma bomba</p><p>de infusão lenta com volumes de 20 ml. As complicações da embolia variam desde uma</p><p>sensação simples de borbulhamento axilar, ao aparecimento de tosse, sensação de opressão</p><p>retroesternal, tonturas, distúrbios visuais (ambliopia), crise de hipotensão, sinais de</p><p>isquemia cerebral (paresia dos membros) e morte.</p><p>Além disso, não é justificado colocar o paciente em risco e tratamento quando</p><p>existem métodos seguros, comprovados e efetivos, como auto-hemoterapia principal,</p><p>autohemotera-pia menor e insuflação retal (Declaração de Madri, junho de 2010). Esta é</p><p>uma das rotas proibidas, de forma consensual, por todas as associações</p><p>fisiológico ............................................... ................................................ 204</p><p>14.1.6. Administração Parabulbar e retrobulbar</p><p>de uma solução fisiológica ozonizada ...................................................................... 205</p><p>14.1.7. Aplicações na conjuntiva e nos tecidos oculares</p><p>com óleo ozonizado .................................................................................................. 205</p><p>14.2. Terapia de ozônio em doenças oftalmológicas específicas ............................. 205</p><p>14.2.1. Doenças inflamatórias das pálpebras ............................................................ 205</p><p>14.2.1.1. Blefarite ................................................. ................................................... 205</p><p>14.2.1.2. Stye, chalazion ou cisto de Meibomian ..................................................... 206</p><p>14.2.2. Conjuntivite ................................................. ................................................ 206</p><p>14.2.3. Doenças do aparelho lacrimal ...................................................................... 207</p><p>14.2.4. Doenças da córnea .............................................. ......................................... 208</p><p>14.2.5. Doenças da esclerótica ............................................................................. ... 210</p><p>14.2.6. Doenças das tripas vasculares ...................................................................... 210</p><p>14.2.7. Doenças da retina ........................................................................ ................ 211</p><p>14.2.8. Doenças do nervo óptico ...................................................................... ....... 217</p><p>14.2.9. Alterações da pressão intra-ocular ............................................................... 218</p><p>Capítulo 15. Terapia de ozônio em otorrinolaringologia .................................. 223</p><p>15.1. Otite externa difusa ............................................... ......................................... 223</p><p>15.2. Purulenta de otite média ................................................................................. 224</p><p>15.3. Surdez neurosensorial .................................................. .................................. 227</p><p>15.4. Rinite ................................................. .................................................. .......... 228</p><p>15.4.1. Rinite aguda ............................................... ................................................. 228</p><p>x • Índice de conteúdos</p><p>15.4.2. Rinite crônica ........................................................................................... ... 228</p><p>15.4.3. Rinite vasomotora crônica ............................................................ ............... 229</p><p>15.5. Sinusite ................................................. .................................................. ....... 230</p><p>15.6. Amigdalite ................................................. ..................................................... 232</p><p>Capítulo 16. Terapia com ozônio em estomatologia ........................................... 235</p><p>16.1. Doenças periodontais ................................................................ ...................... 235</p><p>16.1.1. Gengivite ................................................. .................................................... 236</p><p>16.1.2. Periodontite ................................................. ................................................. 237</p><p>16.1.3. Periodontosis ................................................. .............................................. 238</p><p>Capítulo 17. Terapia com ozônio em oncologia ................................................... 239</p><p>Capítulo 18. Terapia de ozônio em geriatria ....................................................... 247</p><p>Capítulo 19. Terapia de ozônio em traumatologia .............................................. 253</p><p>19.1. Introdução e revisão histórica ................................................... ..................... 253</p><p>19.2. Generalidades ................................................. ................................................ 254</p><p>19.3. Vantagens da terapia com ozônio ..................................... .............................. 255</p><p>19.4. Técnicas para a coluna vertebral .................................................... ................. 256</p><p>19.4.1 Coluna lombar ............................................. .................................................. 256</p><p>19.4.2. Coluna cervical................................................ ............................................. 264</p><p>19.5. Articulações, tendões e ligamentos. Generalidades ........................................ 268</p><p>19.5.1. Técnicas de aplicação para o ombro ............................................................ 268</p><p>19.5.2. Técnicas de aplicação para a articulação acromioclavicular................. ....... 270</p><p>19.5.3. Técnicas de aplicação para o cotovelo ...................................................... ... 272</p><p>19.5.4. Técnicas de aplicação para o pulso ............................................................... 273</p><p>19.5.5. Técnicas de aplicação no joelho ................................................................ ... 274</p><p>19.5.6. Técnicas de aplicação no quadril .............................................................. ... 279</p><p>19.5.7. Tornozelo ................................................. .................................................... 280</p><p>Bibliografia ................................................. ............................................................. 283</p><p>Índice analítico ............................................... .......................................................... 309</p><p>História, reconhecimentos e reconhecimentos</p><p>História, reconhecimentos e reconhecimentos</p><p>A professora e a Dra. Claudia Kontorschikova, e o professor e o doutor Oleg V.</p><p>Malesnikov,</p><p>membros da Academia de Medicina de Nizhny Novgorod, Rússia, publicados em</p><p>O russo «Manual de terapia do ozônio» (2008). Seguindo a proposta do Presidente da</p><p>Associação</p><p>Profissionais médicos espanhóis em terapia de ozônio (AEPROMO), em dezembro</p><p>2009, para que sua publicação possa ser amplamente conhecida no exterior, eles aceitaram</p><p>gentilmente que o Manual poderia ser traduzido para espanhol, complementado e</p><p>enriquecido</p><p>com outros trabalhos de pesquisa. A tradução terminada pelo Dr. Adriana</p><p>Schwartz e o Dr. Gastón Juan Mora de la Cruz, começaram o trabalho de complementar e</p><p>atualizar o Manual, introduzir modificações e aprofundar os assuntos tratados,</p><p>além de adicionar novos capítulos. Podemos afirmar que o Anuário de 2008 foi</p><p>substancialmente modificado e enriquecido no trabalho atual.</p><p>Agradecemos sinceramente a Dra. Claudia N. Kontorschikova, Dr. Oleg V.</p><p>Malesnikov e Dr. Irina A. Gribkova por terem tomado a iniciativa de publicar o "Manual</p><p>Ozone Therapy », pois o esforço de pesquisa nos ajudou a desenvolver</p><p>deste trabalho.</p><p>Os autores e co-autores desejam registrar nossa gratidão para a</p><p>Associação Espanhola de Profissionais Médicos em Terapia do Ozônio (AEPROMO) por</p><p>ter</p><p>Acredita-se nesta empresa de pesquisa, treinamento e disseminação, confiança que se</p><p>materializou</p><p>em financiamento e patrocínio para a publicação deste livro.</p><p>Abreviaturas</p><p>OH Radical hidroxilo</p><p>AAO Actividad antioxidante</p><p>ADN Ácido desoxirribonucleico</p><p>ADP Difosfato de adenosina</p><p>AGPI Ácido graso poliinsaturado</p><p>AHTM Autohemoterapia mayor</p><p>AHTMn Autohemoterapia menor</p><p>AMP Monofosfato de adenosina</p><p>AMPc Monofosfato de adenosina cíclico</p><p>ARN Ácido ribonucleico</p><p>ATP Trifosfato de adenosina</p><p>ATPasa Adenosina trifosfatasa</p><p>ATPasa H Adenosina trifosfatasa protonada</p><p>CF Clase funcional (grupo funcional)</p><p>DAO Defensa antioxidante</p><p>DC Dienos conjugados</p><p>científicas.</p><p>Observações</p><p>Em baixas concentrações, o ozônio tem uma ação hipocoagulante moderada, de</p><p>modo que, durante o tratamento, são reduzidos pela metade ou os meios envolvidos são</p><p>suprimidos.</p><p>Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>tratamento para úlceras tróficas, fezes supurantes que cicatrizam com dificuldade, escamas,</p><p>cicatrizes dolorosas, derrotas com remoção de superfícies irradiadas, tumores subcutâneos</p><p>e queimaduras (Bolgov et al., 2000). Antes de realizar ou proceder, ou afixado, usado como</p><p>água destilada ou solução salina. Então, o saco é colocado não membro, selado e ou vácuo</p><p>é feito.</p><p>Geralmente, concentrações de 60, 40, 30 ou 20 μg / ml, dependendo do estágio e</p><p>evolução da lesão, são usadas por 20 a 30 minutos. Como concentrações de 60-70 μg / ml</p><p>podem ser usadas apenas em infecções purulentas. Uma vez que uma infecção é controlada</p><p>e uma concentração será reduzida para sessões sera espaçadas para promover uma cura</p><p>(Declaração de Madri, junho de 2010).</p><p>Nenhum caso de superfícies de pele não deterioradas em pacientes com condições</p><p>vasculares, concentração de ozônio e oxigenação será de 6-8 μg / l. Quando um membro</p><p>apresenta úlceras tróficas ou fezes purulentas, ele deve ser tratado ou colocado em uma</p><p>parte da parte afetada, uma cura úmida com uma solução fisiológica ou água destilada.</p><p>4. 3. Contra-indicações e avaliação dois resultados da ozonoterapia</p><p>São contra-indicações da ozonoterapia:</p><p>• Todos os tipos de coagulação sanguínea.</p><p>• Hemorragia orgânica.</p><p>• Trombocitopenia.</p><p>• Hemorragia cerebral.</p><p>• Infarto do miocárdio recente.</p><p>Alergia ao ozônio.</p><p>Intolerância ao ozônio.</p><p>Insistimos na aplicação de uma injeção intravenosa direta de ozônio, devido ao risco</p><p>de produzir uma embolia gástrica, bem como o uso de uma bomba de infusão lenta com 20</p><p>ml. Como Complicações amu dá êmbolos variam desde simples borbulhamento sensação</p><p>axilar, AO aparecimento de tosse, retrosternal sensação opressão, tonturas, perturbações</p><p>visuais (ambliopia), Hipotensão crise, SINAIS isquemia cerebral (paresia dois Membros) e</p><p>morte.</p><p>Disso Além, Não lugar é ou paciente justificado em when rochedo existem e</p><p>Tratamento de seguros, comprovados e efetivos métodos como principais auto-</p><p>hemoterapia, menor autohemotera-pia e insuflação retal (Declaração de Madri, junho de</p><p>2010). Esta é uma série de decisões pró-tendenciosas, consensualmente, por todas as</p><p>associações científicas.</p><p>Observações</p><p>Em baixas concentrações, o ozônio tem uma ação hipocoagulante moderada, de</p><p>modo que, durante o tratamento, é reduzida pela metada ou os envelopes que são</p><p>suprimidos.</p><p>Parte II</p><p>APLICAÇÕES DE</p><p>OZONOtERAPIA</p><p>POR</p><p>ESPECIALIDADES</p><p>75</p><p>Capítulo 5</p><p>Terapia de</p><p>ozônio em</p><p>doenças</p><p>cardiovasculares</p><p>5.1. Aterosclerose</p><p>O problema do tratamento da aterosclerose e suas complicações, incluído sob o</p><p>nome de doenças isquêmicas (coração, encéfalo, membros), é extraordinariamente atual, e</p><p>é intensamente pesquisado em todo o mundo. Tudo isso está relacionado à disseminação</p><p>generalizada da doença isquêmica e ao fato de ser uma das causas mais freqüentes de perda</p><p>de saúde e capacidade de trabalho, bem como a morte. Apesar de ter conseguido alguns</p><p>sucessos em tratamento e prevenção, a busca e a introdução de novos métodos de cura</p><p>continuam. Neste capítulo, serão discutidos os aspectos do tratamento da aterosclerose com</p><p>misturas de ozônio e oxigênio.</p><p>A aplicação da terapia de ozônio como meio de tratamento da aterosclerose,</p><p>condições ateroscleróticas vasculares e doenças associadas a elas exige um exame</p><p>cuidadoso dos mecanismos através dos quais as misturas de ozônio e oxigênio fornecem o</p><p>efeito curativo.</p><p>Atualmente, não há dúvida sobre a intervenção da alteração da troca de lipídios na</p><p>etiologia e na patogênese da aterosclerose. O aumento da concentração de colesterol e</p><p>lipoproteínas de baixa densidade no plasma sanguíneo é um dos principais fatores de risco</p><p>para o aparecimento e desenvolvimento da aterosclerose, razão pela qual, tanto na</p><p>profilaxia primária quanto na profilaxia secundária desta condição, o uso de drogas que</p><p>inibem a formação de colesterol no corpo é extenso.</p><p>78 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Existem dados sobre a ação hipolipidêmica da terapia com ozônio. Hernández et al.</p><p>(1995) relataram a diminuição do colesterol no sangue após o tratamento com</p><p>insuficiências retais; Bikov et al. (2000), ao estudar os lipidogramas de 161 pacientes com</p><p>doença isquêmica cardíaca (IAC) após o tratamento com ozônio, detectaram uma autêntica</p><p>diminuição dos valores de colesterol total em 18,4%, baixa lipoproteína e níveis baixos de</p><p>lipoproteínas. muito baixa densidade em 28,7%, e triglicerídeos em 17,2%, bem como um</p><p>aumento nas lipoproteínas de alta densidade em 3,7%.</p><p>Em outros estudos realizados em pacientes com CAI com hipercolesterolemia inicial</p><p>após tratamento com ozônio, a diminuição dos valores de colesterol total foi de 10%,</p><p>lipoproteínas de baixa densidade 12,5% e triglicerídeos 22%. e o coeficiente aterogênico de</p><p>12% (Maslennikov et al., 2007). Na análise da dinâmica dos indicadores de troca de</p><p>lipídios em pacientes com encefalopatias por distúrbios circulatórios no primeiro estágio,</p><p>Gustov et al. (1999) observaram, após o tratamento com ozônio, uma diminuição de 24,5%</p><p>dos valores lipídicos totais, de 6,4% do colesterol total, de 7% das β-lipoproteínas e de</p><p>10,5% triglicerídeos.</p><p>No trabalho de Kamisheva et al. (1998), a dinâmica positiva das alterações lipídicas</p><p>após o tratamento com ozônio está documentada. Além de todas as mencionadas, as</p><p>alterações patológicas do metabolismo lipídico não são apenas condicionadas pela</p><p>hipercolesterolemia, mas também distúrbios da regulação dos processos de radicais livres</p><p>são revelados. A modificação oxidativa das lipoproteínas de baixa densidade aumenta</p><p>drasticamente a aterogênese.</p><p>Dada a "teoria dos peróxidos" na aterosclerose, considera-se que o papel patogênico</p><p>dos processos em que os radicais livres intervêm na peroxidação dos lípidos é um dos</p><p>fundamentais no presente.</p><p>O reforço da OLP na presença de radicais livres na aterosclerose se desenvolve</p><p>graças ao aumento do teor de colesterol nas membranas biológicas dos tecidos vasculares</p><p>em condições hipercolesterolêmicas e é avaliado como uma reação fisiológica normal,</p><p>direcionada ao nivelamento da estabilidade das características físico-químicas da bicamada</p><p>lipídica (Lankin e Tijaze, 2000). No entanto, o outro lado do processo é a aparência na</p><p>corrente sanguínea de lipoproteínas oxidadas por peróxidos, isto é, modificadas, que são</p><p>aterogênicas. Sua essência anatomopatológica é determinada, em primeiro lugar, porque os</p><p>danos das lipoproteínas modificadas, pela sua toxicidade, os revestimentos endoteliais das</p><p>artérias, que é considerado o primeiro fator etiológico do processo aterosclerótico; Em</p><p>segundo lugar, pela capacidade de acumular com a ajuda de macrófagos nas células</p><p>endoteliais dos vasos, nos pontos danificados, para se transformar em células de espuma,</p><p>que são a base da formação das placas ateroscleróticas.</p><p>Adicionando os dados disponíveis até à data, Sirkin et al. (2001) apontam que as</p><p>lipoproteínas de baixa densidade modificadas por peróxidos podem prejudicar o endotélio</p><p>arterial, estimular a homeostase dos monócitos na íntima, interromper a migração dos</p><p>macrófagos e aumentar a agregação das plaquetas. As lipoproteínas oxidadas pelos</p><p>peróxidos param ou inativam o fator de relaxamento endotelial (óxido nítrico) e estimulam</p><p>a elaboração, pelo endotélio, vasoconstritores, endotelina e prostaglandinas.</p><p>Capítulo 5. Terapia de ozônio em doenças cardiovasculares • 79</p><p>Para ilustrar o acima, é apresentado um esquema de participação das</p><p>reações de</p><p>radicais livres no desenvolvimento da aterosclerose (Figura 5-1), retirado do trabalho de</p><p>Lankin et al. (2000).</p><p>Ao mesmo tempo que os processos dos radicais livres da OLP são intensificados, ele</p><p>diminui a atividade das enzimas antioxidantes do sistema. Com relação à função hepática,</p><p>particularmente, isso faz com que os hepatócitos comecem a secretar lipoproteínas intensas</p><p>na corrente sangüínea, possibilitando o desenvolvimento subsequente do processo</p><p>aterosclerótico.</p><p>Além disso, o excesso de produtos da OLP causa contração do músculo liso,</p><p>alterações na permeabilidade dos vasos e a possibilidade de provocar espasmos nas</p><p>artérias. Assim, o aumento de lipoperoxídeos no sangue de pacientes com angina de peito</p><p>ocorre no contexto da diminuição da atividade de enzimas que utilizam lipoperoxídeos, em</p><p>particular glutationa peroxidase. Neste caso, é ilustrativo que, em pacientes com angina</p><p>instável, o aumento do conteúdo de lipoperoxidos e a diminuição da atividade da</p><p>glutationa peroxidase são expressos em maior grau do que em pacientes com angina</p><p>estável (Sirkin et al. ., 2001).</p><p>A terapia com ozônio com baixas concentrações de ozônio na mistura de ozônio e</p><p>oxigênio utilizado no tratamento de condições ateroscleróticas não aumenta a peroxidação</p><p>lipídica tanto quanto ocorre, possibilita a ativação de sistemas antioxidantes de defesa e</p><p>normaliza suas proporções. , eliminando assim a toxicidade das lipopro-teins e diminuindo</p><p>a capacidade de deteriorar a parede vascular e penetrá-la.</p><p>O estudo da influência da terapia de ozônio no estado dos processos da OLP e das</p><p>defesas antioxidantes confirma todos os itens acima. Masik et al. (1998) e Bikov et al.</p><p>(2000) observaram o enfraquecimento dos processos da OLP e o reforço das defesas</p><p>antioxidantes em pacientes com CAI, de acordo com dados obtidos com o método de</p><p>bioquimioluminiscência sob a influência da terapia com ozônio.</p><p>Em condições vasculares ateroscleróticas, aguda como INFAR-a enfarte do</p><p>miocárdio, angina instável, derrame cerebral e trombose das artérias dos membros</p><p>inferiores têm episódios base morfológica comum: alterar a integridade do endotélio ou</p><p>ruptura de placas aterosclerótica e trombose no local de ruptura ou defeitos do endotélio, o</p><p>que leva a uma doença aguda da circulação sanguínea.</p><p>Em regra, em artrite aguda, os trombos são localizados, rupturas ou fissuras de</p><p>placas ateroscleróticas. Uma resistência de placas e determinado estado capilar de suas</p><p>cápsulas de "envelope", aquele núcleo separam ou trombogênico, rico em lipídios, do</p><p>sangue.</p><p>As placas sensíveis à ruptura são chamadas de "cedo", e são caracterizadas por um</p><p>núcleo grande e um envelope fino contendo uma pequena quantidade de células musculares</p><p>lisas. A cápsula é enfraquecida pela presença de inflamações dentro das placas, que é</p><p>acompanhada por infiltrações de linfócitos T e macrófagos. A reação inflamatória é</p><p>atualmente considerada um dos principais mecanismos de enfraquecimento do envelope,</p><p>uma vez que os macrófagos são uma fonte de enzimas que destroem o colágeno e outros</p><p>elementos da cápsula. É importante notar que as lipoproteínas de baixa densidade oxidadas</p><p>pelos peróxidos estimulam macrófagos e linfócitos T (Gratsianski, 1996).</p><p>Diminuição em</p><p>atividade enzimática</p><p>antioxidantes</p><p>Repressão de</p><p>a atividade do</p><p>7α colesterol de</p><p>hidroxidase</p><p>Indução de</p><p>oxidação</p><p>de radicais livres</p><p>de</p><p>Repressão de</p><p>lipídios nos</p><p>macrocitos</p><p>catabolismo</p><p>fermentativo</p><p>do colesterol</p><p>Secreção</p><p>do LPONP</p><p>oxidado</p><p>Hipercolesterolemia</p><p>Diminuição em</p><p>a atividade de</p><p>enzimas antioxidantes</p><p>Hiperlipoperoxidemia</p><p>LPONP oxidados</p><p>Ativacão</p><p>da</p><p>lipooxigenasa</p><p>To</p><p>rrente</p><p>sanguíneo</p><p>Reforço da</p><p>Migração das celulas</p><p>dos músculos lisos</p><p>Aumento da</p><p>Proliferação das celulas</p><p>dos músculos lisos</p><p>Disminución</p><p>de</p><p>la actividad</p><p>de las</p><p>enzimas</p><p>antioxidantes</p><p>Repressão</p><p>da biossíntese de</p><p>prostaciclina</p><p>Lipoidosis Trombosis</p><p>Ateromatosis</p><p>Figura 5-1. Diagrama da participação das reações de radicais livres no desenvolvimento</p><p>da aterosclerose.</p><p>Capítulo 5. Ozonoterapia en las enfermedades cardiovasculares • 81</p><p>Os sinais de inflamação (aumento do nível de proteína C-reativa, fibrinogênio e</p><p>outros) na presença de estados vasculares agudos e instáveis também são observados na</p><p>corrente sanguínea, o que está relacionado à ativação de monócitos e linfócitos. Estes</p><p>últimos produzem citoquinas, interleucina 6 e interleucina 8, que têm ação intensa e</p><p>coagulante.</p><p>As propriedades anti-inflamatórias do ozônio são reconhecidas em um grande grupo</p><p>de doenças. A confirmação de sua ação, neste caso, é a grande eficácia clínica em</p><p>distúrbios vasculares agudos (infarto do miocárdio, hemorragia cerebral, angina de peito</p><p>instável) e também os indicadores analíticos que mostram a diminuição da inflamação. A</p><p>depressão dos processos inflamatórios permite a estabilização das placas ateroscleróticas.</p><p>De acordo com tudo isso, o uso da terapia com ozônio pode ser considerado como um</p><p>método profilático de doença aterosclerótica vascular progressiva.</p><p>O programa terapêutico e profilático da aterosclerose será:</p><p>Formas de Aplcação</p><p>Auto-hemoterapia principal ou infusão intravenosa de solução fisiológica ozonizada,</p><p>ou insuflação rectal de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>Cronograma terapêutico</p><p>A infusão intravenosa de solução fisiológica ozonizada ou a insuflação retal de uma</p><p>mistura de ozônio e oxigênio são realizadas a cada dois dias, com um total de 10 a 12</p><p>aplicações. O AHTM é aplicado duas vezes por semana, com um total de 6-8 aplicações.</p><p>Insuflações rectais são realizadas diariamente, em ciclos de 15 a 20 sessões; O ciclo é</p><p>realizado 2-3 vezes por ano, controlado por lipidogramas.</p><p>Sicheva (2003) mostrou que a terapia com ozônio, como método que não usa drogas</p><p>para a correção de distúrbios metabólicos, tem um efeito prolongado e pode ser</p><p>recomendada para fins profiláticos e terapêuticos. De acordo com seus resultados após a</p><p>terapia com ozônio, os indicadores de lipidogramas foram mantidos dentro dos limites</p><p>normais por 8 meses em 54,3% dos pacientes e após 14 meses em 19,6%.</p><p>5. 2. Cardiopatia isquêmica, angina de peito, arritmias, cardio-esclerose aterosclerótica</p><p>A principal forma de CAD é a angina de tórax (stenocardia, que traduziu do grego</p><p>significa contração do coração, o que ressalta a manifestação clínica mais importante).</p><p>Angina de peitoral deve ser considerada uma doença crônica caracterizada por episódios</p><p>que consistem em uma ausência temporária de correspondência entre o fluxo sanguíneo</p><p>coronário e as necessidades de suprimento de miocárdio, causada por uma afecção</p><p>aterosclerótica dos vasos coronários. O principal sintoma da doença é o início da dor, que é</p><p>a manifestação clínica da isquemia miocárdica. A isquemia produz uma série de distúrbios</p><p>profundos no metabolismo das células, particularmente nos miocardiócitos,</p><p>82 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>que causam a redução da troca de energia e, como resultado, a redução da</p><p>capacidade de contração do coração.</p><p>Os eritrócitos são um dos principais alvos da interação do ozônio com o sangue, o</p><p>que está relacionado ao fato de que a membrana dos eritrócitos contém muitos fosfolípidos</p><p>com cadeias de ácidos graxos poliinsaturados. O ozônio (átomos de oxigênio) é intercalado</p><p>nas posições das ligações duplas dos ácidos gordurosos, transformando-os de compostos de</p><p>cadeia longa em compostos de cadeia curta. Como resultado, a membrana dos eritrócitos</p><p>torna-se mais elástica, o que torna possível aumentar</p><p>a plasticidade e a mobilidade dessas</p><p>células e melhora as características reológicas do sangue e da microcirculação. Sob a ação</p><p>do sistema de glutationa, a glicolise é ativada, o que resulta em um aumento do conteúdo</p><p>de 2-3-difosfogliceratos e hidrogenação, o que constitui o mecanismo fundamental da ação</p><p>terapêutica do ozônio, uma vez que como resultado enfraquece a ligação hemoglobina-</p><p>oxigênio, facilitando a desativação do oxigênio para os tecidos circundantes (Boiarinov e</p><p>Smirnov, 1987, Sunnen, 1989, Peretiagin, 1991, Kontorschikova et al., 1995).</p><p>O efeito anti-tóxico do ozônio corrigindo mudanças nos processos de transporte e</p><p>utilização de oxigênio em tecidos foi demonstrado nos estudos de Bikov et al. (1998, 2000)</p><p>sobre a cinética do metabolismo do oxigênio pelo método da polarografia transcutânea em</p><p>pacientes com IAC. O papel do ozônio nos estados ateroscleróticos isquêmicos não se</p><p>limita simplesmente a melhorar o fornecimento de oxigênio, mas também participa de</p><p>processos de intercâmbio profundo, particularmente influenciando os processos de</p><p>oxidação-redução que ocorrem na cadeia respiratória de as mitocôndrias.</p><p>A formação de ATP (fosforilação oxidativa) ocorre nas mitocôndrias, da qual passa</p><p>para o citoplasma e é transformada em fosfato de creatina, que é transportado para</p><p>substratos que requerem energia; Lá, com a ajuda do oxigênio, ele volta para o ATP.</p><p>Portanto, a acumulação e a velocidade do gasto de energia dependem diretamente da taxa</p><p>de nova síntese de ATP, que por sua vez é condicionada pelo grau de chegada de oxigênio.</p><p>A energia do fosfato de creatina e ATP é utilizada no trabalho de canais de cálcio e</p><p>sódio-potássio, que transportam os íons contra o gradiente de concentração e fornecem os</p><p>processos de acoplamento e contração das miofibrilas, bem como nos processos de síntese</p><p>que ocorrem no núcleo do miocardiócito.</p><p>A isquemia causa uma série de alterações metabólicas profundas nos miocárdocitos,</p><p>cujo principal fator é a hipoxia que, a curto prazo, altera a síntese de ATP nas</p><p>mitocôndrias, o que leva a uma diminuição da troca de energia e, como conseqüência, , a</p><p>diminuição da capacidade de contração do miocárdio.</p><p>A terapia com ozônio permite um melhor uso do oxigênio arterial, eliminando os</p><p>estados de hipoxia e restaurando as funções celulares. Nos trabalhos de Sicheva (2000,</p><p>2003), o aumento da função contrátil do miocardio é indicado utilizando a fração de ejeção</p><p>do ventrículo esquerdo como indicador (aumento de 10,4%) e a capacidade de trabalho</p><p>físico de acordo com dados de veloerometria (aumento do volume de trabalho realizado por</p><p>31,6% entre os homens e 38,7% entre as mulheres) após o tratamento com ozônio.</p><p>Capítulo 5. Ozonoterapia en las enfermedades cardiovasculares • 83</p><p>Na aparência de alterações agudas da circulação sanguínea coronária, a</p><p>agregação e adesão dos próprios elementos do sangue, em primeiro lugar, trombócitos</p><p>e eritrócitos, são de fundamental importância. Entre os indutores imediatos desses</p><p>processos estão a trombina, colágeno e catecolaminas. Nas afecções vasculares ate-</p><p>roscleróticas, a quantidade de trombina aumenta; A reversibilidade ou</p><p>irreversibilidade da agregação de trombócitos depende da sua concentração. A lesão</p><p>endotelial na afecção aterosclerótica dá origem ao contato dos elementos do sangue</p><p>com o colágeno.</p><p>Como a trombina, o colágeno é um potente indutor da liberação de compostos</p><p>biologicamente ativos que resultam na agregação e adesão de trombócitos. Esta</p><p>agregação e adesão de trombócitos contribui para a separação de histamina,</p><p>serotonina, tromboxano A2 e outras substâncias que afetam a parede vascular,</p><p>diretamente ou através de mediadores, e produzem vasoconstrição das artérias nas</p><p>zonas. afetado.</p><p>O estado funcional dos eritrócitos é de grande importância nos processos de</p><p>adesão e agregação de elementos sanguíneos. A deterioração dos eritrócitos pode levar</p><p>à formação de agregados de eritrócitos intravasculares, ao aumento da viscosidade do</p><p>sangue, à formação de trombos e à alteração da microcirculação, uma vez que os</p><p>eritrócitos possuem muitas substâncias que favorecem a adesão e a agregação. Na sua</p><p>superfície, muitos fatores plasmáticos da coagulação do sangue também são</p><p>absorvidos: tromboplastina, compostos tipo fibrinogênio e fatores estabilizadores da</p><p>fibrina, heparina, plasminogênio, seus ativadores e seus inibidores.</p><p>A agregação dos próprios elementos do sangue e a liberação por eles de</p><p>substâncias biologicamente ativas que possuem ação coagulante ativam os fatores</p><p>sorológicos da coagulação do sangue e podem levar à formação de trombos que</p><p>estreitam, ou mesmo fecham, os espaço livre das artérias, causando distúrbios da</p><p>circulação sanguínea.</p><p>O estudo da influência de indicadores de terapia de ozono da hemostasia e</p><p>fibrinólise em pacientes com doenças vasculares ateroscleróticas diferentes</p><p>localizacio-ne (Maslennikov et al., 1997) revelou que a acção positiva de tratamento</p><p>com ozono e misturas de oxigénio. A diminuição da capacidade de agregação dos</p><p>trombócitos, o aumento da atividade fibrinolítica e a hipocoagulação do sangue e a</p><p>diminuição do nível de fibrinogênio foram mostrados (Tabela 5-1). É importante notar</p><p>que essa dinâmica só foi observada nos casos de indicadores alterados e que teve um</p><p>caráter moderado, deslocando os valores médios dos indicadores em relação aos</p><p>valores-limite normais. Desta forma, a terapia com ozônio exerceu uma ação de</p><p>normalização no sistema de hemostasia.</p><p>Nas isquémias miocárdicas parciais e nos infartos em formação desenvolvidos</p><p>como resultado da afecção aterosclerótica vascular, também é observado o reforço dos</p><p>processos da OLP na presença de radicais livres, que constituem a base da lesão</p><p>tecidual. No IAC, mostrou-se que a gravidade da angina de peito depende dos valores</p><p>da OLP, e a ligação entre a intensificação dos processos da OLP na presença de</p><p>radicais livres e a manifestação de lesões miocárdicas foi descrita ( Kogan et al.,</p><p>1994). Conforme indicado acima, em doses adequadas, o ozônio não só não estimula</p><p>os processos da OLP, mas também leva à ativação dos sistemas de defesa.</p><p>84 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Tabela 5-1. Dinâmica dos indicadores do sistema de coagulação do sangue antes e após a terapia</p><p>com ozônio.</p><p>Indicador</p><p>Antes Después</p><p>del tratamiento del tratamiento</p><p>1</p><p>. Agregação de trombócitos com ADP ( %)</p><p>44</p><p>,4 ± 4,9 39,7 ± 7,5*</p><p>2</p><p>.</p><p>Agregação de trombócitos com ristocetina</p><p>( %) 30 ± 9,2 26,4 ± 6.9</p><p>3</p><p>. Atividade fibrinolítica (min)</p><p>21</p><p>3 ± 48 194 ± 50*</p><p>4</p><p>.</p><p>Tempo de tromboplastina parcial ativado</p><p>(s)</p><p>36</p><p>,6 ± 5,3 40,3 ± 7,3**</p><p>5</p><p>. Fibrinogênio (g/l)</p><p>4,</p><p>37 ± 0,9 3,02 ± 1,3</p><p>*- p</p><p>clusic-</p><p>funcionais (CCF). Os principais fatores da avaliação são: estado da circulação sanguínea e</p><p>suas reservas, estado funcional e hemodinâmico do miocardio e capacidade física do</p><p>organismo.</p><p>• 1º CCF: composto de pessoas com angina inicial de tórax, infreqüente, sem</p><p>insuficiência cardíaca, capaz de trabalhar e com capacidade para um trabalho físico</p><p>elevado.</p><p>• 2º CCF: pacientes com angina de grau médio estão incluídos aqui, o que não ocorre</p><p>todos os dias, sem insuficiência cardíaca e com capacidade para trabalho físico</p><p>moderadamente diminuído.</p><p>• 3º CCF: consiste em pacientes com angina constante e diária e manifestações</p><p>iniciais da insuficiência cardíaca, que não podem realizar o trabalho físico.</p><p>• 4º CCF: são os pacientes mais sérios, com angina freqüente e em repouso,</p><p>descompensação cardíaca manifesta, impróprios para o trabalho físico e com tolerância</p><p>extremamente baixa ao esforço.</p><p>Capítulo 5. Ozonoterapia en las enfermedades cardiovasculares • 85</p><p>A classificação dos pacientes com CAI de posições de tratamento tradicionais</p><p>obedece à necessidade de designar terapias, que serão diferentes entre os pacientes com</p><p>diferentes níveis de gravidade. A terapia com ozônio é eficaz em pacientes de todos os</p><p>tipos, desde o mais leve até o mais grave. A sua eficácia aumenta com o aumento da</p><p>gravidade da condição do paciente, que se relaciona com a natureza multilateral da sua</p><p>ação, mas de uma maneira importante com a eliminação da hipoxia tecidual, que é maior</p><p>nos doentes graves devido à progressão de insuficiência cardíaca.</p><p>Como mencionado anteriormente, nas áreas de tecido com circulação sanguínea</p><p>insuficiente, o suprimento de oxigênio aumenta com a terapia com ozônio, um efeito que</p><p>não pode ser alcançado com a ajuda de drogas. Esta é uma condição extremamente</p><p>importante. Os principais grupos de preparações para o tratamento de doenças coronárias,</p><p>entre os quais os nitratos, os bloqueadores β-adrenérgicos e os bloqueadores dos canais de</p><p>cálcio, desempenham a tarefa de eliminar a isquemia miocárdica pelo aumento do fluxo</p><p>sanguíneo externo, em relação a com o efeito vasodilatador e pela diminuição das</p><p>necessidades de oxigênio no miocárdio, limitando o fluxo sanguíneo para o coração ou</p><p>limitando sua capacidade de contração.</p><p>Entende-se que, devido ao estreitamento aterosclerótico dos vasos, os valores ótimos</p><p>do fluxo sanguíneo coronário não podem ser alcançados com essas preparações. Da mesma</p><p>forma, só é possível diminuir as necessidades de oxigênio do miocárdio para um</p><p>determinado nível, uma vez que, de outra forma, pode levar ao mau funcionamento do</p><p>miocardio. Portanto, o aumento do suprimento de oxigênio, sem a inclusão desses</p><p>mecanismos, com a ajuda da terapia com ozônio é, sem dúvida, muito importante, pois</p><p>permite focar o tratamento das IACs de novas perspectivas.</p><p>Também é importante ressaltar que a aplicação da terapia com ozônio não é</p><p>acompanhada pela manifestação de efeitos hemodinâmicos. Enquanto os nitratos,</p><p>bloqueadores β-adrenérgicos e antagonistas de cálcio aumentam o fluxo sanguíneo</p><p>coronário e diminuem as necessidades de oxigênio do miocardio, produzindo mudanças</p><p>evidentes nos indicadores de circulação sanguínea, a ação anti-isquêmica do ozo -noterapia</p><p>não está associada a influências na hemodinâmica, o que amplia consideravelmente suas</p><p>possibilidades de cura.</p><p>A terapia com ozônio pode ser aplicada a pacientes com diminuição da freqüência</p><p>cardíaca e baixa pressão arterial, com diferentes alterações de condução, a quem não se</p><p>pode administrar betabloqueadores ou antagonistas de cálcio, nem a pacientes com</p><p>intolerância a preparações antianginais. Finalmente, nos casos em que os resultados</p><p>suficientes não são alcançados através do tratamento medicamentoso, a incorporação da</p><p>terapia com ozônio permite alcançar o efeito complementar desejado.</p><p>O esquema de aplicação da terapia de ozônio no IAC é o seguinte:</p><p>Formas de Aplicação</p><p>• Auto-hemoterapia principal.</p><p>• Insuflação rectal.</p><p>• Administração intravenosa de 200 ml de solução fisiológica ozonizada.</p><p>86 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Cronograma terapêutico</p><p>Uma das formas de aplicação da mistura de ozônio e oxigênio é usada. O tratamento</p><p>será diferente dependendo da gravidade da condição do paciente, que é avaliada de acordo</p><p>com a divisão em classes clínico-funcionais:</p><p>• Em pacientes do 1º CCF, o tratamento consiste em 6-8 sessões.</p><p>• Em pacientes do 2º CCF, o tratamento consiste em 8 a 10 sessões.</p><p>• Em pacientes do 3º e 4º CCF, o tratamento consiste em 10 a 12 sessões.</p><p>As primeiras 2-3 sessões da administração intravenosa da solução fisiológica</p><p>ozonizada, insuflação rectal da mistura de ozônio e oxigênio ou auto-hemoterapia</p><p>principais são realizadas diariamente e as seguintes se aplicam em dias alternados. Na auto-</p><p>hemoterapia principal, as primeiras 2-3 sessões são realizadas em dias alternados, e as</p><p>próximas duas vezes por semana.</p><p>Observações</p><p>Se a terapia com ozônio é iniciada no contexto de um tratamento prévio, as drogas</p><p>com ação coronária não são imediatamente suprimidas, mas as doses são gradualmente</p><p>diminuídas à medida que a condição do paciente melhora. Quando a terapia com ozônio é</p><p>prescrita para pacientes que recebem drogas com ação anticoagulante (ácido</p><p>acetilsalicílico, anticoagulantes), as doses são reduzidas pela metade ou sua administração</p><p>é temporariamente interrompida, retornando aos valores iniciais no final do tratamento.</p><p>Recomenda-se o controle dos indicadores de coagulação. A Tabela 5-2 mostra os</p><p>resultados da aplicação da terapia com ozônio a 142 pacientes de diferentes graus.</p><p>A melhora na condição dos pacientes manifestou-se como uma diminuição nos</p><p>episódios de angina de peito e o consumo de nitroglicerina. Os episódios anginosos foram</p><p>completamente eliminados em 50% dos pacientes após o tratamento com ozonotera-pia;</p><p>em 41% dos pacientes, os episódios diminuíram para menos da metade.</p><p>Tabela 5-2. Resultados da terapia de ozônio em pacientes com doença cardíaca isquêmica.</p><p>Quantidade Resultados do tratamento</p><p>Nivel de gravidade de</p><p>pacien</p><p>tes Bons Aceitável</p><p>Não</p><p>satisfatorios</p><p>1.ª CCF 3 3 - -</p><p>2.ª CCF 82 74 6 2</p><p>3.ª CCF 50 45 4 1</p><p>4.ª CCF 7 7 - -</p><p>Resultados do tratamento em % 91 7 2</p><p>Capituloo 5. Ozonoterapia en las enfermedades cardiovasculares • 87</p><p>Bikov et al. (1998) obtiveram resultados semelhantes aplicando a terapia com ozônio</p><p>a 34 pacientes com angina de 2ª e 3ª CCF em tratamentos em um sanatório-spa constituído</p><p>por 6-8 sessões de administração intravenosa de solução fisiológica com uma concentração</p><p>de ozônio de 2,5-3 μg / ml. Como resultado, 56% dos pacientes diminuíram a dose de</p><p>nitratos que consumiram e 18% os eliminaram completamente.</p><p>Masik et al. (1998) utilizaram uma menor concentração de ozônio (800 μg / l) na</p><p>saída do ozonizador no tratamento de 20 pacientes com angina de peito e obtiveram</p><p>resultados positivos em termos de diminuição dos episódios de angina, o aumento de</p><p>tolerância a esforços físicos e redução do coeficiente de aterogenicidade. Em instalações</p><p>para terapia de ozônio (Minenkov, Maksimov et al., 2000), recomenda-se uma</p><p>concentração de ozônio de 2-5 mg para administração intravenosa de 200-400 ml de</p><p>solução fisiológica e 15-30 mg para insuflações rectais (volume de gás de 100-200 ml).</p><p>Quando aplicado a pacientes com arritmias, Zubeeva et al. (2000) observaram a ação</p><p>positiva da ozonoterapia. Em um contexto de humor melhorado, com diminuição da</p><p>dispneia e episódios anginais, os sintomas da insuficiência circulatória diminuíram e houve</p><p>redução na arritmia ventricular e ataques de extrasístole.</p><p>Artemenko (2006) realizou pesquisas sobre a restauração do ritmo sinusal com</p><p>drogas em pacientes com fibrilação</p><p>atrial e mostrou que a aplicação de ozo-noterapia na</p><p>presença da versão cardiológica da droga amiodarona permite restaurar o ritmo sinusal em</p><p>um número maior de pacientes. (77,2% vs. 68%). Em pacientes com fibrilação atrial que</p><p>não respondem ao tratamento farmacológico, a administração prévia da solução fisiológica</p><p>ozonizada aumentou a probabilidade de restauração do ritmo sinusal.</p><p>Portanto, tudo comentado acima confirma que as doenças acompanhadas de</p><p>alterações no fluxo sanguíneo causadas pela aterosclerose cardiovascular podem ser</p><p>tratadas de forma efetiva com a terapia com ozônio, que atuará em muitos links patológicos</p><p>importantes e abrirá novos caminhos e possibilidades para o tratamento de essa patologia.</p><p>5.3. Hipertensão arterial</p><p>Atualmente, a doença hipertensiva ou "hipertensão essencial" é o aumento crônico e</p><p>firme da pressão arterial sistólica ou diastólica, em cuja etiologia existe um defeito genético</p><p>estrutural que produz uma alta atividade dos mecanismos de pressão da ação. prolongado</p><p>A teoria principal sobre o desenvolvimento da doença hipertensiva é a teoria da</p><p>disfunção endotelial. Os vasos do endotélio processam um grande número de substâncias</p><p>biologicamente ativas, incluindo vasodilatadores, um dos quais é óxido nítrico, e também</p><p>vasoconstritores: angiotensina II, serotonina, tromboxano A. Essas substâncias determinam</p><p>o tom de células musculares lisas e regulam os processos locais de hemostasia.</p><p>A disfunção endotelial é a alteração do equilíbrio entre mediadores que ampliam os</p><p>vasos e os mediadores que os estreitam, com diminuição na produção de vasodilatadores e</p><p>aumento da síntese de vasoconstritores.</p><p>88 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Entre as funções fundamentais do endotélio, considera-se que uma das mais</p><p>importantes é a produção do fator específico de vasodilatação, óxido nítrico (NO), que</p><p>participa da regulação do tom vascular (Gogin, 1997). Na doença hipertensiva, é detectada</p><p>uma produção insuficiente ou destruição acelerada de NO, ou ambos.</p><p>A falta de NO desempenha um papel fundamental, não só no aumento da pressão</p><p>arterial, mas também no aparecimento de complicações graves da hipertensão, como</p><p>infarto cerebral, infarto do miocárdio e insuficiência renal, pois o NO também é inibidor da</p><p>agregação de trombócitos, adesão de monócitos e proliferação de células de músculo liso</p><p>(Liamina et al., 2001, Dupliakov e Emelianenko, 2001).</p><p>A base do tratamento moderno da hipertensão arterial é a hipótese da necessidade de</p><p>corrigir a disfunção endotelial. Não se pode considerar que a diminuição da pressão arterial</p><p>sem normalização das funções endoteliais seja efetivamente identificada de forma clínica.</p><p>Um dos mecanismos da ação do ozônio é a ativação da NO-sintetase, que estimula a</p><p>produção de NO pelo endotélio vascular e, conseqüentemente, pelo efeito vasodilatador.</p><p>Uma das causas da diminuição da produção de NO endotelial pode ser o reforço da</p><p>geração de radicais livres; Ao aumentar a potência da defesa antioxidante com a ajuda da</p><p>terapia com ozônio, é possível evitar esse fenômeno.</p><p>De acordo com a teoria das membranas da doença hipertensiva, o aumento da</p><p>pressão arterial ocorre como resultado da alteração dos mecanismos reguladores no sistema</p><p>de circulação sanguínea, motivado pelo déficit de energia no nível celular. A diminuição</p><p>energética das células está ligada a fatores genéticos relacionados às mudanças nas</p><p>membranas envolvidas na regulação do cálcio intracelular (Postnov, 1998, 2000).</p><p>As mitocôndrias realizam a entrega de energia a todos os tipos de tecidos. É</p><p>precisamente nas mitocôndrias que ocorre a oxidação do combustível celular,</p><p>principalmente ácidos gordurosos e glicose, em um processo no qual os elétrons passam</p><p>dos substratos orgânicos para o oxigênio através da cadeia respiratória. A energia liberada</p><p>neste processo é usada na formação de ATP, de ADP e fosfato. Um dos principais pontos</p><p>de uso da energia do ATP é o fornecimento do trabalho das bombas iônicas para manter um</p><p>gradiente normal das concentrações iónicas entre o citoplasma e o meio extracelular, algo</p><p>que constitui uma das condições para a existência da Modo de vida celular.</p><p>A concepção da patogênese da hipertensão primária da teoria das membranas baseia-</p><p>se na alteração da estrutura e funções do transporte iónico das membranas celulares, o que</p><p>é demonstrado pela diminuição da capacidade de manutenção no citoplasma das células os</p><p>valores normais do gradiente de concentração dos íons mais importantes (K +, Na +, Ca2</p><p>+, Mg2 +) em relação ao meio extracelular.</p><p>A manifestação mais significativa do defeito da membrana é o aumento da</p><p>concentração livre de cálcio do citoplasma, com a posterior adaptação funcional à</p><p>sobrecarga de cálcio. O papel do cálcio na fisiologia celular é de importância exclusiva,</p><p>pois exerce uma influência considerável nas características dos mecanismos intracelulares.</p><p>A consequência fundamental do aumento da concentração de cálcio</p><p>Capítulo 5. Ozonoterapia en las enfermedades cardiovasculares • 89</p><p>é o aparecimento de mudanças estruturais nas mitocôndrias, como resultado de uma</p><p>diminuição na síntese de ATP, o que resulta na diminuição da energia livre que entra nas</p><p>bombas das membranas. Tudo isso leva ao funcionamento dos sistemas de membrana a</p><p>serem organizados a um nível de energia mais baixo.</p><p>O aumento da pressão arterial é uma reação compensatória do organismo à</p><p>diminuição da energia celular. A aparência do excesso de cálcio livre no citoplasma</p><p>modifica a interação das células com o nervo simpático, com o sistema endócrino e com</p><p>outros sistemas de integração. Para preservar a magnitude singular da resposta fisiológica</p><p>normal, a ação do hormônio ou do mediador na célula deve ser reforçada em</p><p>conformidade. Desta forma, a célula começa a trabalhar em um novo regime de relações</p><p>entre células e hormônios, que é chamado de "reajuste", preservando sua função em uma</p><p>situação de alteração da regulação do cálcio na membrana. Por isso, todo o conjunto de</p><p>células que formam os tecidos interage novamente com o sistema neurorohormonal de</p><p>integração a partir do interior do lado celular dos músculos, alterando (aumentando) a</p><p>atividade desses sistemas, do nervo simpático, do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e do</p><p>sistema de insulina.</p><p>Assim, o aumento constante da pressão sanguínea se desenvolve em relação ao</p><p>reforço da atividade eferente simpática e outros sistemas de integração funcional, e está</p><p>condicionado pela acumulação nas mitocôndrias do excesso de cálcio plasmático, pela</p><p>diminuição subseqüente em sua função de produção de energia e a interrupção dos</p><p>mecanismos de transporte de íons das membranas.</p><p>A alta pressão arterial sistêmica é um estado natural de circulação sanguínea, o que</p><p>corresponde à diminuição da energia celular, algo compreensível porque a ação de drogas</p><p>anti-hipertensivas é transitória e a pressão arterial alta retorna ao seu valor inicial</p><p>imediatamente após sua eliminação.</p><p>O principal efeito terapêutico do ozônio é que ele é capaz de resolver o déficit de</p><p>energia a nível celular, influenciando os processos de redução de energia que ocorrem nas</p><p>membranas. A interação das estruturas biológicas com o ozônio é produzida através de um</p><p>mediador universal, adenil ciclase, que participa do fornecimento de energia às células.</p><p>Atuando através do sistema de glutationa, reforça a glicólise e outras vias de oxidação da</p><p>glicose, aumentando a entrada de energia e condicionando o efeito de sua influência em</p><p>vários órgãos. Devido à resolução do déficit de oxigênio e à restauração do potencial</p><p>eletroquímico do íon de hidrogênio, o ozônio ativa ATPase-H, que liga os processos de</p><p>respiração e fosforilação oxidativa nas mitocôndrias e participa da síntese de ATP. Além</p><p>disso, o ozônio normaliza a atividade das</p><p>bombas de transporte de K +, Na +, Ca2 + -</p><p>ATPases, responsável por manter o gradiente dos catiões correspondentes e a formação do</p><p>potencial elétrico da camada (Yakovleva, 1992; Kontorschikova, 1995; Belianin , 1997).</p><p>A peroxidação lipídica também intervém na patogênese e na progressão da doença</p><p>hipertensiva. Devido à diminuição da atividade de Ca2 +, Mg2 +, K +, Na + -ATPases, o</p><p>aumento do conteúdo de cálcio iónico intracelular e a mudança nas funções da membrana,</p><p>quando há hipertensão, ocorre a ativação da OLP. Os produtos secundários do OLP</p><p>influenciam o tom dos vasos arteriais,</p><p>Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>deitado. Em comparação com outros tecidos, os processos de peroxidação são mais</p><p>intensos na parede arterial, devido ao nível relativamente baixo de metabolismo e à alta</p><p>concentração de oxigênio no sangue arterial. O efeito dos produtos secundários da OLP</p><p>ocorre ao nível dos receptores arteriole, bem como pela influência direta na estrutura e nas</p><p>propriedades barreira das membranas celular e subcelular responsáveis pelo transporte de</p><p>cálcio.</p><p>Em baixas concentrações terapêuticas, o ozônio estimula a síntese intracelular de</p><p>antioxidantes, que permite a oxidação de ácidos graxos poliinsaturados na célula, para fins</p><p>energéticos. De acordo com os pontos de vista contemporâneos, considera-se que os ácidos</p><p>graxos poliinsaturados são uma classe particular de "hormônios" intracelulares que regulam</p><p>a nível genético a síntese e a atividade das principais enzimas do catabolismo de ácidos</p><p>graxos e também a peroxidação destes. De acordo com os dados experimentais, a terapia de</p><p>ozônio aumenta o teor de peróxidos e mem-branas do retículo endoplasmático suave nos</p><p>hepatócitos, ou seja, as ultraestruturas com as quais os processos de oxidação de ácidos</p><p>graxos poliinsaturados estão ligados. Portanto, no nível subcelular, a terapia com ozônio</p><p>pode ser considerada como um dos métodos efetivos para manter a homeostase energética</p><p>do organismo (Lebkova, 1998). De tudo isso, pode-se concluir que a terapia com ozônio é</p><p>um método com base patogênica para o tratamento da doença hipertensiva, pois atua</p><p>corrigindo uma das ligações fundamentais da patogênese: a diminuição energética das</p><p>células. Nenhum dos medicamentos anti-hipertensivos propostos até à data possui tais</p><p>propriedades.</p><p>No tratamento da hipertensão, a terapia com ozônio pode ser utilizada como método</p><p>independente, bem como combinada com outros medicamentos. Como demonstrado em</p><p>algumas observações clínicas, sem o uso de outros meios terapêuticos, independentemente,</p><p>a terapia com ozônio é efetiva em pacientes que estão nos estágios iniciais da doença</p><p>hipertensiva, com hipertensão leve, de caráter lábil Neles, resultados positivos confiáveis</p><p>foram obtidos em 70% dos casos.</p><p>Deve-se lembrar que a hipertensão arterial se intensifica a partir do momento em que</p><p>há uma depressão das funções hipotônicas do fígado e torna-se irreversível com o</p><p>desenvolvimento de transformações estruturais no coração e vasos (arterio nefrosclerose),</p><p>hipertrofia adrenal, etc. Esta é a razão pela qual, em pacientes com hipertensão grave, é</p><p>aconselhável combinar a terapia de ozônio com drogas anti-hipertensivas, que possuem</p><p>seus próprios mecanismos de ação. De acordo com dados clínicos, esta combinação nos</p><p>permitiu usar doses farmacológicas mais baixas do que as usuais usadas no controle da</p><p>pressão sanguínea. Quando a terapia de ozônio parou antes do tratamento farmacológico</p><p>sozinho, as manifestações clínicas da doença hipertensiva (dor de cabeça, tonturas, dor na</p><p>região cardíaca) diminuíram ou desapareceram, algo que foi observado especificamente</p><p>nos casos de pacientes que apresentaram condições de Órgãos alvo: coração e cérebro.</p><p>Esta afirmação é confirmada com alguns resultados, que mostram que um efeito</p><p>positivo da aplicação da terapia com ozônio é observado em 92% dos pacientes com CAI e</p><p>em 78% dos pacientes com encefalopatia por distúrbios circulatórios ( Maslennikov e</p><p>Kontorschikova, 1999; Maslennikov et al., 2001). Ao aplicar a terapia com ozônio a 49</p><p>pacientes</p><p>Capítulo 5. Ozonoterapia en las enfermedades cardiovasculares • 91</p><p>com doença hipertensiva no segundo ou terceiro estágio e encefalopatia hipertensiva</p><p>por distúrbios circulatórios, Ivanchikov et al. (2003) observaram a estabilização da pressão</p><p>arterial, a diminuição da intensidade das dores de cabeça em 79,5% dos pacientes e a</p><p>diminuição dos episódios deste último em 88%.</p><p>Formas de Aplcação</p><p>• Insuflações rectais.</p><p>• Auto-hemoterapia principal.</p><p>• Administração intravenosa de 200 ml de solução fisiológica ozonizada.</p><p>Cronograma terapêutico</p><p>Uma das formas de administração será usada. O tratamento com administração</p><p>intravenosa de solução fisiológica ozonizada ou com insuficiências rectais começa com 2-</p><p>3 sessões consecutivas, que são aplicadas a cada dois dias, 3-4 vezes; Dependendo da</p><p>diminuição da pressão arterial, o número de sessões é reduzido para 2 por semana e depois</p><p>para uma sessão semanal. O número total de sessões será 10-12.</p><p>O AHTM é feito duas vezes por semana e o número de sessões será 6-8.</p><p>5.4. Doença arterial periférica (PAD)</p><p>A aterosclerose obliterante dos vasos sanguíneos das extremidades inferiores é uma</p><p>das doenças mais freqüentes, observada em 3-5% da população masculina entre 40 e 60</p><p>anos, e sua freqüência está crescendo constantemente. Assim, de acordo com os dados de</p><p>Kirichenko e Skriabin (2003), em uma das regiões de São Petersburgo, esta doença afetou</p><p>em 1999 a 10,8 pessoas por 1.000 habitantes, para 12,3 no ano 2000, para 19,7 em no ano</p><p>de 2001 e 16,9 no ano de 2002.</p><p>O quadro clínico da aterosclerose obliterante dos vasos das extremidades inferiores é</p><p>manifestado por diferentes sintomas de insuficiência arterial: frieza nas pernas, mudança</p><p>de coloração, parestesias, ausência ou enfraquecimento dos pulsos nos vasos principais,</p><p>alterações tróficas dos revestimentos ósseos e alterações necróticas ulcerativas nas partes</p><p>distal das extremidades. O principal sintoma de isquemia do tecido muscular das</p><p>extremidades inferiores é a mudança de coloração, e entre as primeiras manifestações há</p><p>maior sensibilidade ao frio, à frieza e à fadiga precoce.</p><p>A situação do paciente é caracterizada pelo estado do fluxo sangüíneo principal e</p><p>pelo estado funcional das arteríolas e capilares. Os distúrbios da microcirculação</p><p>desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e evolução da doença.</p><p>A classificação mais ampla dos pacientes, de acordo com o grau de manifestação da</p><p>isquemia tecidual em diferentes estágios, é a de Fontain R. et al. (1968) modificado por</p><p>Saveleb et al. (tabela 5-3).</p><p>• Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>Tabela 5-3. Etapas no grau de manifestação da isquemia tecidual.</p><p>Estadoo Significado</p><p>1</p><p>2a</p><p>2b</p><p>3a</p><p>3b</p><p>4a</p><p>4b</p><p>A dor na perna se manifesta apenas após a caminhada</p><p>prolongada (mais do que 1.000 metros)</p><p>A dor na perna se manifesta depois de andar entre 200 e 1.000 metros</p><p>A ambulação sem dor atinge menos de 200 metros</p><p>Aparência de "dor em repouso", surgindo em posição horizontal</p><p>«Dores de descanso» freqüentes, exigindo pernas mais de 3-4 vezes</p><p>durante a noite</p><p>Aparência de alterações necróticas dos dedos dos</p><p>pés Gangrena nos pés ou nas pernas</p><p>A terapia com ozônio é um tipo de tratamento prioritário para esta doença, uma vez</p><p>que não só pode ser utilizado em múltiplos tratamentos. Quando aplicado de forma</p><p>independente, sem adicionar drogas ou outros meios terapêuticos, exerce uma ação positiva</p><p>sobre as manifestações clínicas da doença e melhora consideravelmente a qualidade de vida</p><p>da maioria dos pacientes. Isto é conseguido com a melhoria das propriedades</p><p>reológicas do sangue e da circulação periférica, o aumento</p><p>do teor de oxigênio no</p><p>sangue arterial e a melhora da oxigenação dos tecidos.</p><p>Atasov et al. fornecer dados interessantes a este respeito e avaliar o efeito anti-</p><p>tóxico da ozonoterapia em pacientes com diabetes mellitus e condições vasculares</p><p>nas extremidades inferiores antes de diferentes rotas de administração de solução</p><p>fisiológica ozonizada. Os pacientes foram divididos em quatro grupos. O primeiro</p><p>deles foi formado por aqueles que foram administrados, por rotas diferentes, uma</p><p>solução fisiológica saturada de oxigênio puro. No segundo grupo de pacientes, uma</p><p>solução salina foi administrada por via intravenosa. No terceiro grupo, os pacientes</p><p>que receberam a solução fisiológica ozonizada por via intraarterial foram incluídos</p><p>na artéria epigástrica inferior do lado afetado e os pacientes do quarto grupo</p><p>receberam a solução salina intraocular no osso do calcâneo do membro. afetado.</p><p>A dinâmica da pressão de oxigênio na pele do membro afetado é apresentada</p><p>na Tabela 5-4, obtida a partir do estudo desses autores, cujos dados corroboram o</p><p>aumento da oxigenação tecidual.</p><p>A publicação de Doroshkova et al. (2003) aponta as vantagens da terapia com</p><p>ozônio. A obliteração da aterosclerose dos vasos dos membros inferiores é</p><p>frequentemente combinada com CAI, e vários medicamentos utilizados no seu</p><p>tratamento (por exemplo, pentoxifilina) podem causar "síndrome de roubo", devido à</p><p>melhoria da circulação sanguínea periférica. A terapia com ozônio melhora o</p><p>suprimento de sangue tanto para o coração como para a periferia, de modo que sua</p><p>escolha seria a mais apropriada.</p><p>Ao usar a terapia com ozônio, a divisão de pacientes em grupos tem sido</p><p>utilizada de acordo com o grau de expressão da insuficiência arterial crônica (CEI),</p><p>que é utilizada para o tratamento de</p><p>Capítulo 5. Terapia de ozônio em doenças cardiovasculares • 93</p><p>Tabela 5-4. Pressão parcial de oxigênio na pele do membro afetado antes de diferentes</p><p>modos de terapia de ozônio parenteral.</p><p>Grupos Antes da</p><p>Ao final da</p><p>sessão</p><p>Uma hora</p><p>depois Após finalizar</p><p>de</p><p>pacientes</p><p>ozonoterap</p><p>ia da ozonoterapia da sessão o tratamento</p><p>Grupo 1</p><p>38,40 ± 1,5 - - 40,52 ± 1,12*</p><p>n = 20</p><p>Grupo 2 38,00 ±</p><p>1,72 44,02 ± 0,92* 40,62 ± 1,12* 43,91 ± 1,07*</p><p>n = 20</p><p>Grupo 3 37,20 ±</p><p>0,90 50,69 ± 1,15* 45,93 ± 1,12* 49,71 ± 1,51*</p><p>n = 10</p><p>Grupo 4 37,95 ±</p><p>0,89 52,01 ± 0,99* 50,00 ± 1,18* 51,52 ± 1,72*</p><p>n = 10</p><p>* Diferenças significativas (p</p><p>em uma das policlínicas da cidade de São Petersburgo, Kirichenko e Skria-bin</p><p>(2003). ) estabeleceu que a aplicação da terapia com ozônio foi mais eficaz do ponto de</p><p>vista clínico do que o esquema usual de tratamento recomendado em muitos livros e</p><p>manuais (pentoxifilina, nicotinato de xantinol, solução fisiológica). O custo do tratamento</p><p>com ozonoterapia foi de 327 rublos; As despesas com medicamentos para o tratamento</p><p>tradicional foram de 658 rublos.</p><p>O efeito do tratamento combinado de terapia com ozônio e drogas, cujo custo foi</p><p>avaliado em 976 rublos, foi avaliado. No entanto, seus indicadores clínicos foram os</p><p>melhores e, na análise dos resultados a longo prazo, foi estabelecido que foi suficiente para</p><p>realizá-lo duas vezes por ano, enquanto para manter os pacientes tratados com ozonoterapia</p><p>sozinhos ou apenas com medicação. Eles precisavam de 3-4 tratamentos. Assim, ao longo</p><p>de um ano, os custos econômicos dos pacientes a quem a terapia com ozônio foi aplicada</p><p>foram 981-1,308 rublos, os dos pacientes que receberam o tratamento tradicional com</p><p>drogas foram 1.974-2.632 rublos e os custos daqueles que receberam o tratamento</p><p>combinado foram 1.952 rublos.</p><p>Os autores concluíram que, como método de prevenção no tratamento da</p><p>aterosclerose obliterante vascular dos membros inferiores em ambulatório, a terapia com</p><p>ozônio é mais efetiva, tanto do ponto de vista clínico como econômico.</p><p>Capítulo 6</p><p>Terapia com</p><p>ozônio em</p><p>doenças do</p><p>tecido</p><p>musculoesquel</p><p>ético e</p><p>conjuntivo</p><p>6.1. Artrite reumatóide</p><p>A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica e sistêmica do tecido</p><p>conjuntivo com alterações vasculares erosivas destrutivas, nas quais a imunidade humoral</p><p>(fator reumatóide) e a imunidade celular são alteradas. O sistema imunológico intervém na</p><p>inflamação da artrite reumatóide e é acompanhado pela proliferação impetuosa de</p><p>sinoviócitos, comparável à proliferação observada nos processos tumorais. Os fatores</p><p>etiológicos são fatores infecciosos (estreptococos do grupo B, micoplasmas, retrovírus,</p><p>vírus Epstein-Barr) e a presença de predisposição.</p><p>O início da doença consiste na afectação, pelos fatores etiológicos, nos revestimentos</p><p>sinoviais e na lesão das estruturas endoteliais, para as quais há acumulação de células</p><p>imunocompetentes na sinóvia (linfócitos B, células T helper) ativados, macrófagos) que</p><p>sintetizam citoquinas diferentes: interleucina 1, interferão γ e fator de necrose tumoral, que</p><p>apresentam uma ação inflamatória. Como resultado, a lesão endotelial é agravada e a</p><p>permeabilidade vascular aumenta. Na cavidade vascular, penetram um grande número de</p><p>neutrófilos que, quando destruídos pela fagocitose dos imunocomplexos, liberam enzimas</p><p>lisossômicas e diferentes mediadores da inflamação. Tudo isso leva à aparência de</p><p>inflamação e, mais tarde, ao desenvolvimento de mudanças destrutivas nos revestimentos</p><p>sinoviais e, mais tarde, nas cartilagens.</p><p>A acumulação de produtos de decomposição estimula, por sua vez, o processo de</p><p>auto-imunidade, a sobreprodução de anticorpos, entre eles o fator reumatóide, que é</p><p>98</p><p>um autoantígeno para o fragmento Fc das IgG agregadas, ou seja, um anticorpo do</p><p>anticorpo, e também do colágeno e outros componentes. Os distúrbios de imunidade celular</p><p>e humoral descritos determinam a natureza crônica da sinovite, lesões nos tecidos perto das</p><p>articulações, cartilagens e ossos subcondrais, e também geram manifestações sistêmicas,</p><p>particularmente a vasculite reumatóide. Com o último, algumas condições sistêmicas estão</p><p>relacionadas, como neuropatia isquêmica, úlceras crônicas nas pernas e outras. As afecções</p><p>sistêmicas dos órgãos internos (coração, pulmões) também estão relacionadas ao</p><p>desenvolvimento de processos granulomatosos devido à infiltração linfóide progressiva.</p><p>A acumulação de produtos imunológicos da degradação dos componentes vasculares</p><p>dos tecidos conjuntivos, das concentrações patológicas de enzimas de coagulação,</p><p>fibrinolíticos, sistema de kallikreína, anticorpos, imunocomplexos circulantes, mediadores</p><p>de inflamação, aminas biogênicas e produtos de a peroxidação lipídica permite o</p><p>desenvolvimento intensivo da síndrome da intoxicação endógena. Devido ao mecanismo de</p><p>desenvolvimento e à forma de expressão, a intoxicação endógena na artrite reumatóide é</p><p>comparável aos processos que condicionam o crescimento tumoral.</p><p>Sabe-se que a terapia com ozônio é um fator potente para a eliminação da</p><p>intoxicação endógena. Atuando através da otimização dos sistemas microsomáticos de</p><p>hepatócitos e do fortalecimento da filtração hepática, o ozônio permite a eliminação dessa</p><p>complicação, que determina a gravidade do curso da doença.</p><p>O processo anatomopatológico é agravado pelo aparecimento de hipoxia. Os</p><p>distúrbios sistêmicos da microcirculação e hipoxia tecidual fortalecem-se mutuamente,</p><p>fazem com que o processo inflamatório continue e contribua para a sua cronicidade. O</p><p>efeito anti-tóxico da terapia com ozônio baseia-se na saturação do sangue com oxigênio,</p><p>estimulação da contribuição aos tecidos e melhora da viscosidade do sangue e na</p><p>microcirculação contribui para a normalização dos processos de oxidação-redução que</p><p>ocorrem nas cadeias respiratórias das mitocôndrias. O último melhora significativamente a</p><p>formação de ATP e condiciona a acumulação e velocidade do consumo de energia em</p><p>células, particularmente células imunocompetentes, o que, por sua vez, leva à otimização</p><p>da atividade do sistema imunológico.</p><p>Finalmente, a resolução da intoxicação endógena, a eliminação da hipoxia, que leva</p><p>à normalização do sistema imune favorece a limitação do processo inflamatório.</p><p>Formulários de inscrição</p><p>• Insuflação rectal.</p><p>• Auto-hemoterapia principal.</p><p>• Administração intravenosa de 200 ml de solução fisiológica ozonizada.</p><p>• Administração periarticular de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>Cronograma terapêutico</p><p>A terapia com ozônio é utilizada no contexto de um tratamento basal. É usado</p><p>como um método independente em casos de intolerância ou alergia às drogas usuais de</p><p>uma patologia concreta.</p><p>Capítulo 6.</p><p>•</p><p>99</p><p>Neste caso, um dos procedimentos de influência geral é usado. O tratamento com</p><p>administração intravenosa de solução fisiológica ou com insuflação rectal começa com a</p><p>prescrição de 2-3 sessões diárias, após o que é passado para sessões em dias alternados</p><p>(3-4); dependendo da melhora da condição do paciente, o número de sessões é reduzido</p><p>para 2 por semana e depois para uma sessão semanal; O número total de sessões é 15-20.</p><p>A maior auto-hemoterapia é realizada duas vezes por semana e 10-15 procedimentos são</p><p>aplicados.</p><p>A administração periarticular da mistura de ozônio e oxigênio é realizada todos os</p><p>dias durante todo o tratamento. A injeção intra-articular da mistura é realizada 1-2 vezes</p><p>por semana; o número total de sessões é 4-6.</p><p>Autohemoterapia maior em 100 ml de sangue</p><p>Semana de</p><p>tratamento</p><p>Concentracão O3 Volume O3 Dose</p><p>(µg/ml) (ml) (mg)</p><p>Primera 15 125 1,9</p><p>Segunda 20 125 2,5</p><p>Terceira 40 110 4,4</p><p>Quarta 45 110 4,9</p><p>Quinta 50 110 5,5</p><p>15 sessões serão concluídas.</p><p>Autohemoterapia menor en 5 ml de sangue</p><p>Semana de tratamento</p><p>Concentracão O3 Volume O3 Dose</p><p>(µg/ml) (ml) (mg)</p><p>Primera 15 5 0,075</p><p>Segunda 20 5 0,10</p><p>Terceira 30 5 0,15</p><p>Quarta 35 5 0,175</p><p>Quinta 45 5 0,225</p><p>15 sessões serão concluídas.</p><p>Vía retal</p><p>Semana de tratamento</p><p>Concentração O3 Volume O3 Dose</p><p>(µg/ml) (ml) (mg)</p><p>Primera 15 100 1,5</p><p>Segunda 30 120 3,6</p><p>Tercera 35 150 5,2</p><p>Quarta 40 200 8,0</p><p>Freqüência diária; 20 sessões serão concluídas e o ciclo será repetido a cada 3 meses. • Guía</p><p>para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>Infiltrações intra-articulares</p><p>As infiltrações</p><p>são realizadas duas vezes por semana, durante 4 semanas.</p><p>Dependendo da articulação, o volume de ozônio médico a ser administrado variará de 2 ml</p><p>a 10 ml e as concentrações, entre 10 μg / ml e 20 μg / ml. Deve-se notar que um grupo de</p><p>autores recomenda concentrações mais altas de ozônio para injeções intra-articulares.</p><p>Assim, Cherbakova (2003) aplica a mistura de ozônio e oxigênio com uma concentração de</p><p>ozônio de 40 μg / ml.</p><p>Yakovleva et al. (2003) consideram que a administração intra-articular de uma</p><p>solução fisiológica ozonizada com uma concentração de ozônio de 2 μg / ml num volume</p><p>de 3-5 ml (dependendo do tamanho da articulação) é mais eficaz do que a injeção de uma</p><p>mistura. de ozônio e oxigênio.</p><p>Fahmy (1982) descreveu os bons resultados da aplicação da terapia de ozônio no</p><p>quadro de um tratamento basal, usando o AHTM com dose de ozônio de 2-4 mg e injeções</p><p>intra-articulares de misturas de ozônio e oxigênio com concentrações de 7- 30 μg / ml.</p><p>No trabalho de tese de Zhuravleva (2003), os resultados do tratamento de pacientes</p><p>com artrite reumatóide no segundo estágio com o mesmo tratamento basal são</p><p>apresentados. Em um dos grupos (o grupo basal), utilizou-se a administração intravenosa</p><p>de uma solução fisiológica ozonizada; Na Tabela 6-1, a avaliação geral (clínica e analítica)</p><p>do tratamento é mostrada.</p><p>Nos pacientes do grupo basal, foram observadas melhorias desde o primeiro dia após</p><p>o início da terapia com ozônio e foram detectadas: diminuição da fraqueza e fadiga, aumento da atividade física e</p><p>aumento do sono. No grupo de controle, as melhorias começaram cerca de 7 a 10 dias após</p><p>o início do tratamento. Sob a influência do ozônio, os valores médios do período de</p><p>matança da manhã, os índices de dor articular e muscular, o índice de inchaço (p≤0.01) e a</p><p>assimetria na temperatura da pele diminuíram (p≤0.001). ), e uma diminuição nos</p><p>indicadores clínicos da doença foi observada de 16,8 ± 0,42 a 7,38 ± 0,67 graus (p≤0,001).</p><p>Essas mudanças apareceram mais cedo e foram mais intensas do que no grupo de</p><p>comparação. Também foi observada uma redução significativa nos valores de fibrinogênio,</p><p>seromucóide e hidroxiprolina, o que apóia o fato de uma recessão mais rápida tanto dos</p><p>episódios clínicos como dos indicadores analíticos da artrite reumatóide. Observou-se uma</p><p>influência positiva mais rápida nos indicadores imunológicos. Após uma média de 14-15</p><p>dias, houve um aumento no nível de linfócitos T auxiliares e uma diminuição no número de</p><p>linfócitos T assassinos ou assassinos, um aumento na atividade fagocítica de</p><p>Tabela 6-1. Resultados da terapia com ozônio em pacientes com artrite reumatóide.</p><p>Grupo Número</p><p>Resultados del tratamiento</p><p>de pacientes de pacientes</p><p>Excelentes Bons Aceitáveis</p><p>Não</p><p>satisfatorios</p><p>Basal 70 18 39 10 3</p><p>Controle 70 - 28 26 16</p><p>Capítulo 6. Ozonoterapia en las enfermedades musculoesqueléticas y del tejido... • 101</p><p>neutrófilos e uma diminuição da hiperimunoglobulinemia das classes A, M e G, em</p><p>comparação com o grupo controle após 20-22 dias.</p><p>A diminuição manifestada na atividade inflamatória observada tão cedo quanto 5-7</p><p>dias após o início da administração da terapia com ozônio permitiu reduzir a dose de</p><p>drogas não-esteróides e glicocorticóides, reduzindo assim ao mínimo o risco de</p><p>aparecimento de efeitos colaterais. Os resultados das observações após 3 anos mostraram</p><p>que a terapia com ozônio diminui a freqüência das recorrências e que ela pode ser usada</p><p>para sua profilaxia.</p><p>6.2. Osteomielite de ossos longos tubulares</p><p>A osteomielite ocorre como resultado da lesão de uma embolia séptica de focos</p><p>purulentos (fervura, angina, pielonefrite, mastite) ou na presença de septicemia e também</p><p>pela passagem da inflamação dos tecidos moles circundantes.</p><p>A osteomielite pode ocorrer após o trauma e as operações. A localização típica é a</p><p>metafise de ossos longos, e muitas vezes se desenvolve na coluna vertebral. No período</p><p>agudo, o pus se acumula nos espaços medulares dos ossos e abre caminho, formando uma</p><p>fístula. As articulações adjacentes podem ser incorporadas no processo, aparecendo uma</p><p>sinovite ou artrite purulenta.</p><p>A terapia com ozônio ocupa um nicho especial no tratamento de pacientes com esta</p><p>condição, uma vez que permite alcançar uma melhoria significativa no processo da ferida,</p><p>levando à rápida separação da massa necrótica, à maturação da granulação, ao</p><p>aprimoramento de a ação das drogas na microflora patogênica e permite a eliminação da</p><p>toxicidade endógena (Ruchkina e Zaitsev, 2007; Tujanov et al., 2007)</p><p>Formas de aplicação</p><p>• Solução fisiológica ozonizada para bandagens.</p><p>• Gasificação com uma mistura de ozônio e oxigênio em uma bolsa de plástico.</p><p>• Auto-hemoterapia principal.</p><p>• Infusão intravenosa de solução fisiológica ozonizada.</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Infiltração intra-óssea da solução fisiológica ozonizada.</p><p>Pauta terapéutica</p><p>Um tratamento múltiplo é realizado, incluindo todos os tipos de ozônio</p><p>mencionados. Os procedimentos locais serão realizados da seguinte maneira (Zaitsev,</p><p>2000): após o tratamento da ferida com peróxido de hidrogênio, a cavidade da ferida é</p><p>obstruída com uma gaze estéril umedecida com água bidestilada. No fundo da ferida, é</p><p>colocado um tubo de drenagem de polivinilo, através do qual a mistura de ozônio e</p><p>oxigênio é administrada com uma concentração de ozônio de 2,5-5 μg / ml. Durante todo</p><p>esse tempo, o membro está em uma bolsa de polivinilo. No final do procedimento, a ferida</p><p>enrolada é coberta com papel encerado.</p><p>102</p><p>Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>• Estes procedimentos são realizados 1 ou 2 vezes por dia, dependendo da</p><p>manifestação do processo purulento, e continuam até o desaparecimento da supuração e</p><p>fechamento das células. Infusões intravenosas de solução fisiológica ozonizada são</p><p>administradas diariamente durante 3 dias e depois em dias alternados. O AHTMn é</p><p>realizado em dias alternados.</p><p>• A administração intraósea de solução fisiológica ozonizada é feita diariamente nos</p><p>primeiros 3 dias, e depois em dias alternados. A quantidade total de infusões intravenosas é</p><p>10-12; o número total de sessões de AHTMn é de 4-5, e de administração intraósea, de 10-</p><p>15.</p><p>• A infusão intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada e a auto-hemoterapia</p><p>menor podem ser substituídas pela auto-hemoterapia principal, num total de 6-8 sessões em</p><p>dias alternados.</p><p>• A aplicação deste tratamento permite suprimir a síndrome da dor para o segundo</p><p>ou terceiro dia, eliminar a secreção purulenta entre o terceiro eo quinto dia e o</p><p>aparecimento da granulação sob a forma de partículas finas para o sétimo ou o oitavo dia.</p><p>A aparência do epitélio nas bordas é observada a partir do décimo dia e, a partir do quinto</p><p>dia, as culturas de amostras obtidas a partir das feridas geralmente dão resultados</p><p>negativos.</p><p>• Urazgildeev et al. (2003) demonstraram a ação da correção imunológica da terapia</p><p>com ozônio, avaliando pacientes com osteomielite crônica de ossos longos como afetados</p><p>por um estado de déficit imunológico. Nas investigações sobre a composição populacional</p><p>dos linfócitos e a atividade funcional dos neutrófilos, estabeleceram que durante o processo</p><p>de tratamento, em um quadro de movimento moderado da composição populacional dos</p><p>linfócitos, observou-se um aumento. atividade fagocítica notável de neutrófilos. A inclusão</p><p>da terapia de ozônio no tratamento cirúrgico múltiplo permitiu-lhes resolver a osteomielite</p><p>crônica em 48 dos 51 pacientes.</p><p>6.3. Artrite rubor</p><p>Formas de Aplicação</p><p>• Lavagem intra-articular através de punções com solução fisiológica ozonizada.</p><p>• Drenagem articular através do fluxo de uma solução fisiológica ozonizada.</p><p>• Infusão intravenosa de solução fisiológica</p><p>ozonizada.</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Administração intra-articular e periarticular de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Auto-hemoterapia Maior.</p><p>Pauta terapéutica</p><p>A punção da articulação é realizada, evacuando o conteúdo purulento e lavando com</p><p>solução fisiológica ozonizada até a obtenção das águas de lavagem da cavidade articular.</p><p>Se o tratamento com punções não for efetivo, será necessário instalar um sistema</p><p>para lavar a cavidade articular através do fluxo de uma solução fisiológica ozonizada. Para</p><p>fazer isso, os microcuts são feitos nas superfícies laterais da junta e os microjetos são</p><p>instalados na cavidade articular, costurando-os e fixando-os sobre a pele. Em um dos</p><p>micro-drenos, uma solução fisiológica é administrada ininterruptamente e por gotejamento</p><p>Capítulo 6. Terapia de ozônio em doenças musculoesqueléticas e teciduais ... • 103</p><p>lógica ozonizada (a ozonação da solução fisiológica é constantemente realizada por</p><p>borbulhamento). A concentração de ozônio na solução é de 4-5 μg / ml.</p><p>Lavagens por punção ou drenagem por fluxo são feitas até o processo inflamatório</p><p>começar a desaparecer, mas não por menos de dois dias. Uma vez que a inflamação cessa,</p><p>o sistema de drenagem é separado e é realizada a administração intraarticular e</p><p>periarticular da mistura gasosa de ozônio e oxigênio. No total, serão realizadas 4-5 sessões.</p><p>No contexto do tratamento local, será realizada a administração intravenosa de</p><p>solução fisiológica ozonizada. Até que o processo inflamatório cesse, ele será feito</p><p>diariamente e, em dias alternados, para um total de 10-12 sessões; O AHTMn é aplicado</p><p>em 4-5 sessões.</p><p>Infusões intravenosas de solução fisiológica ozonizada e auto-hemoterapia podem</p><p>ser substituídas por 10-12 sessões de auto-hemoterapia principal em dias alternados.</p><p>Observações: a imobilização da articulação até o desaparecimento do processo</p><p>inflamatório supurante é obrigatória.</p><p>6.4. Osteoartrite</p><p>A artrose é o carinho comum mais comum, representando quase 80% de todas as</p><p>patologias articulares. A morbidade aumenta com a idade, e é encontrada em 97% das</p><p>pessoas com mais de 65 anos.</p><p>A base da doença são as alterações distróficas e a posterior destruição das</p><p>superfícies da cartilagem e das articulações, bem como as reações secundárias dos tecidos</p><p>ósseos, a osteosclerose subcondral e o crescimento excessivo das bordas.</p><p>Normalmente, são afetadas grandes articulações das extremidades inferiores, co-</p><p>xofemoral e joelho, que são aquelas que apresentam as maiores cargas. Entre as</p><p>articulações pequenas, as do pulso são aquelas que sofrem esta condição com freqüência.</p><p>O principal sintoma é a dor, que se manifesta inicialmente apenas em certas</p><p>circunstâncias, ao realizar certas cargas: subindo ou descendo escadas, permanecendo por</p><p>muito tempo e rapidamente se movendo para descansar. Posteriormente, há um aumento</p><p>constante da dor, que adquire um caráter persistente e surge com qualquer carga, o início</p><p>da sinovite e a deformação das articulações.</p><p>Ao prescrever a terapia com ozônio, são levadas em consideração suas</p><p>possibilidades para a melhoria trófica dos tecidos das articulações e também o efeito</p><p>analgésico do ozônio. Como um método terapêutico independente, ele é usado nas formas</p><p>iniciais de artrose óssea. Os estágios posteriores da doença precisam da combinação com</p><p>tratamento farmacológico e procedimentos fisioterapêuticos. De acordo com os resultados</p><p>de Cherbakova (2003), o efeito analgésico após a administração intra-articular de uma</p><p>mistura de ozônio e oxigênio pode começar a ser apreciado em cerca de 10-15 min.</p><p>Formas de aplicação</p><p>• Administração intra-articular de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Administração periarticular subcutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>104 • Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e</p><p>indicaciones</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Infusão intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada ou insuflação rectal de</p><p>uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>Cronograma terapêutico</p><p>O tratamento deve ser múltiplo. A administração intra-articular de uma mistura de</p><p>ozônio e oxigênio será realizada a cada dois dias e será alternada com infusões intravenosas</p><p>de solução ozonizada fisiológica (ou com insuflações rectais de uma mistura de ozônio e</p><p>oxigênio) e administração da mistura de ozônio e oxigênio. O AHTMn é feito uma ou duas</p><p>vezes por semana. A osteoartrite incipiente é tratada por 2-3 semanas; o mais avançado, por</p><p>4-5 semanas.</p><p>Grechko (2000, 2003) e Scherbakova (2003) consideram que, para alcançar o efeito</p><p>clínico, é suficiente administrar 3-5 injeções intra-articulares da mistura de gás, e as</p><p>sessões devem ser realizadas em intervalos de 2-3 a 5-7 dias. De acordo com os resultados,</p><p>em pacientes com até 50 anos de idade, a terapia com ozônio proporciona um período</p><p>prolongado sem dor (7-9 meses na maioria dos casos). Em pacientes mais velhos, esse</p><p>período é de 2-3 meses, após o que, para preservar o efeito, recomenda-se a repetição das</p><p>injeções intra-articulares uma vez a cada 1,5-2 meses.</p><p>Capítulo 7</p><p>Terapia de</p><p>ozônio em</p><p>doenças</p><p>endócrinas e</p><p>metabólicas</p><p>7.1. Diabetes mellitus</p><p>Diabetes mellitus é uma doença que é acompanhada pela presença de</p><p>hiperglicemia e que é determinada por uma insuficiência absoluta ou relativa de</p><p>insulina, devido a alterações na capacidade do pâncreas para produzi-lo nas</p><p>quantidades necessárias para satisfazer as necessidades metabólicas do organismo. .</p><p>Diabetes mellitus é de dois tipos: tipo I ou dependente de insulina, que é a</p><p>diabetes geralmente observada em jovens e caracterizada por um déficit absoluto de</p><p>insulina que necessita de terapia de insulina de reposição e tipo II ou não dependente</p><p>de insulina, que é diabetes. - isso geralmente é visto em adultos e que tem uma</p><p>relativa insuficiência de insulina.</p><p>Entre outras causas, o diabetes mellitus pode ser devido a fatores hereditários,</p><p>infecções virais e alterações imunológicas, e é uma doença geneticamente</p><p>dependente. A predisposição genética ao diabetes tipo I está relacionada a defeitos no</p><p>sistema dos genes HLA-B8, B-15, B18, DRW-3 ou DRW4. O sistema HLA</p><p>determina a sensibilidade das células aos antígenos virais ou influencia o grau de</p><p>expressão da imunidade antiviral aos vírus tropicais β da rubéola congênita, caxumba</p><p>epi-dema, infecção com coxsackievirus B4, hepatite virais e outros, que levam à</p><p>destruição de células β, que por sua vez causam a formação de autoanticorpos, com</p><p>reações citotóxicas subsequentes.</p><p>O aumento das necessidades de insulina na diabetes tipo II está relacionado a</p><p>defeitos genéticos da ligação pós-receptor de tecidos insulino-dependentes. O insufi -</p><p>105</p><p>• Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>A ciência da insulina absoluta ou relativa causa a alteração de todos os tipos de</p><p>troca. Reduz a entrada de glicose na célula e, portanto, altera a função básica dos</p><p>carboidratos (energéticos), e as células estão "com fome" de energia, o que obriga a</p><p>conectar o endógeno formação de glicose a partir de glicogênio e proteínas, aumentando a</p><p>gluconeogênese. No entanto, esta glicose também não pode ser completamente assimilada,</p><p>novamente devido à insuficiência de insulina. Eles diminuem a via da fosfato de pentose e</p><p>a glicólise aeróbica, e a hiperglicemia e a insuficiência de energia são dobradas. Nos</p><p>eritrócitos, aumenta a concentração de hemoglobina glicosilada, que não transporta</p><p>oxigênio, o que leva à hipoxia dos tecidos. A biossíntese diminui e a decomposição das</p><p>proteínas é ativada e os processos catabólicos começam a prevalecer. Isso produz a</p><p>diminuição das macroergias nos músculos esqueléticos e no miocárdio, condicionando a</p><p>fraqueza muscular.</p><p>Além disso, a síntese de lipídios é alterada a partir de substratos</p><p>DFG Difosfoglicerato</p><p>DM Diabetes mellitus</p><p>ECG Electrocardiograma</p><p>FAO Formas activas del oxígeno</p><p>FAT Factor de activación de trombocitos</p><p>GDP Difosfato de guanosina</p><p>GMP Monofosfato de guanosina</p><p>GMPc Monofosfato de adenosina cíclico</p><p>GSSG Glutatión oxidado</p><p>GTP Trifosfato de guanosina</p><p>HP Helicobacter pylori</p><p>IAC Insuficiencia arterial crónica</p><p>LDL Lipoproteínas de baja densidad</p><p>MDA Malonildialdehído</p><p>NAD Nicotinamida adenina dinucleótido (forma oxidada)</p><p>NADH Nicotinamida adenina dinucleótido (forma reducida)</p><p>NADP Nicotinamida adenina dinucleótido fosfato</p><p>NADPH2 Nicotinamida adenina dinucleótido fosfato reducido</p><p>OLP Oxidación de lípidos por peróxidos</p><p>PA Presión arterial</p><p>RL Radicales libres</p><p>SOD Superóxido dismutasa</p><p>T citolíticos Linfocitos T citolíticos</p><p>T colaboradores Linfocitos T colaboradores</p><p>T efectores Linfocitos T efectores</p><p>T supressores Linfocitos T supresores</p><p>TC Trieno conjugado</p><p>Prefacio</p><p>"A coisa mais linda que podemos experimentar</p><p>é o mistério.</p><p>Existe a fonte de toda a verdadeira ciência "</p><p>Albert Einstein</p><p>A busca de novos métodos terapêuticos no campo da Medicina é um processo</p><p>constante Juntamente com os sucessos significativos alcançados no campo da</p><p>farmacoterapia e intervenções cirúrgicas, métodos terapêuticos são amplamente utilizados</p><p>que não eles usam medicamentos, como fisioterapia, acupuntura, hidroterapia e terapia</p><p>manual, entre outros. O uso da mistura de ozônio e oxigênio é uma dessas terapias</p><p>conservadoras e respeitoso com o organismo que permite aplicar uma solução</p><p>qualitativamente romance para problemas terapêuticos atuais de muitas doenças que</p><p>possivelmente eles não encontram respostas adequadas nos tratamentos convencionais. O</p><p>ozônio é usado em medicina interna, cirurgia, obstetrícia e ginecologia, dermatologia,</p><p>estomatologia, traumatologia e em doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis.</p><p>Nos últimos anos, o desenvolvimento e difusão da terapia de ozônio como método</p><p>terapêutico O dinheiro vem aumentando. Um exemplo de seu importante desenvolvimento</p><p>é encontrado no fortalecimento e no avanço do pesquisador da escola russa de ozônio e em</p><p>particular a de Nizhny Novgorod. Houve esferas de aplicação assimiladas e aperfeiçoadas</p><p>completamente novo, e surgiram novos procedimentos para a terapia com ozônio.</p><p>Na monografia "Ozone Technology in Obstetrics and Gynecology", os autores</p><p>russos T.S. Kachalina e G.O. Grechkanev descreve os progressos realizados: «A situação</p><p>atual difere sensacionalmente da época da década de 1980, quando a gravidez foi</p><p>considerada uma das contra-indicações para o uso do ozônio, e sua aplicação no A esfera</p><p>ginecológica foi limitada ao tratamento da colpite Candida.</p><p>A esfera ginecológica foi limitada ao tratamento da colpite Candida. A experiência</p><p>acumulado, a natureza unificadora e a simplicidade dos procedimentos terapêuticos,</p><p>também uma vez que a existência de modernos geradores de ozônio permite o uso bem</p><p>sucedido da terapia com ozônio na prática diária do obstetra-ginecologista. »</p><p>Avanços no uso médico do ozônio em diferentes partes do mundo são demonstrados</p><p>com o aumento progressivo e constante do número de profissionais de saúde que usa essa</p><p>terapia. De acordo com estatísticas elaboradas pelo Conselheiro Jurídico da AEPROMO,</p><p>IMEOF e ISCO3, Roberto Quintero, o número de terapeutas de ozônio ao redor do mundo</p><p>é bem acima de 26.000. Ele também apontou que é uma figura aproximada, então pode-se</p><p>deduzir que o número é muito maior.</p><p>Progresso também foi feito no campo jurídico, embora não de forma tão rápida e</p><p>amplo como se desejaria. No momento da redação deste prefácio, a Rússia como Cuba,</p><p>Espanha e, em menor medida, a Itália realizou enormes esforços para alcançar o</p><p>reconhecimento desta terapia antes das instituições de saúde.</p><p>Um passo inicial, pioneiro e fundamental para a regularização da terapia com ozônio</p><p>foi Resoluções do Serviço de Vigilância Federal da Rússia no campo da Saúde Pública, que</p><p>emitiu o certificado de registro nº FC-2007/014 de 15/02/2007 sobre o "Pedido de ozônio</p><p>medicinal em obstetrícia, ginecologia e neonatologia "e, duas semanas depois, No. FC-</p><p>2007/029-Y de 28/02/2007, em «Aplicação da mistura de oxigênio e ozônio em</p><p>traumatologia ».</p><p>Em Cuba, que tem desde 1994 com o Ozone Research Center do Centro Nacional de</p><p>Pesquisa Científica de Cuba (CNIC), A Terapia do ozônio recebeu status legal por meio da</p><p>Resolução Ministerial 261 de 24 de Agosto de 2009, promulgada pelo Ministério da Saúde</p><p>Pública.</p><p>Na Espanha, graças aos esforços realizados pela AEPROMO, a regularização foi</p><p>alcançada de ozônio em 14 de suas 17 comunidades autônomas. Devido à poderes</p><p>delegados em questões de saúde para cada comunidade, a regularização não foi realizaram-</p><p>se de forma homogênea em todos eles. O que é importante notar é que o 14 comunidades</p><p>que o fizeram determinaram os requisitos necessários para uma O ozonoterápico pode</p><p>praticar legalmente esta terapia em seu território.</p><p>As regiões italianas de Lobardía, Emilia-Romagna e Marche falaram favoravelmente</p><p>pelo uso da terapia com ozônio, e com estas duas frases positivas da Tribunal</p><p>Administrativo da Região de Lascio.</p><p>Na verdade, os países em que a terapia com ozônio foi regularizada são muito</p><p>escassos, por isso será necessário fazer mais esforços coordenados. No entanto, e,</p><p>felizmente, Esses exemplos já existem, dos quais outros países podem e podem obter</p><p>referências.</p><p>Devido às ideias acumuladas sobre a sua toxicidade relacionada a altas</p><p>concentrações empregado na indústria, a aplicação do ozônio na prática médica foi</p><p>questionado por muito tempo pelos próprios médicos, e até hoje segue estar. Felizmente, no</p><p>entanto, o número de adversários está diminuindo.</p><p>Como todos os meios de cura, a terapia com ozônio depende da dose. É importante</p><p>saber que na prática clínica as concentrações de ozônio que são utilizadas são inferiores às</p><p>tóxico em várias ordens de grandeza. No campo dessas concentrações, o ozônio Atua como</p><p>um meio terapêutico e mostra propriedades imunomoduladoras, antiinflamatórias,</p><p>bactericidas, antivirais, fungicidas, analgésicos e outros.</p><p>Todos os anos, e em muitos países do mundo, milhares de pacientes recebem</p><p>tratamentos com ozônio para condições como a doença isquêmica (coração, cérebro,</p><p>extremidades, retina), doenças virais crônicas, gastrite, doenças ulcerativas, colite, diabetes</p><p>mellitus, déficits imunológicos secundários, processos purulentos, afecções do dispositivo</p><p>de apoio ao movimento, doenças da pele e até mesmo infecção por HIV / AIDS e câncer.</p><p>As melhorias clínicas são observadas na maioria dos casos, bem como a ausência de</p><p>qualquer indicação de toxicidade com a passagem de meses e anos após o final da</p><p>tratamento.</p><p>Atualmente, estudos clínicos e experimentais estão disponíveis para expor as</p><p>questões da aplicação efetiva e segura da ozonoterapia em uma série de condições, mas é</p><p>necessário aumentar o número de esforços voltados para a realização de mais estudos</p><p>científicos que podem fornecer esta terapia com o apoio necessário para ser devidamente</p><p>reconhecido.</p><p>Apesar de a terapia com ozônio ter um grande potencial terapêutico e que, em vários</p><p>casos, excede as possibilidades de métodos que usam drogas, que seu uso é simples e</p><p>variado, e do ponto de vista econômico é mais lucrativo que outros métodos terapêuticos,</p><p>sistemas de saúde não possuem informações suficientes sobre isso.</p><p>As investigações experimentais realizadas e as observações clínicas acumuladas</p><p>serviram de base para a redação deste Guia. No livro, é fornecida informação sobre as</p><p>propriedades e mecanismos de ação do ozônio, bem como sobre os formulários e métodos</p><p>de aplicação em medicina interna, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, nefrologia,</p><p>dermatologia e cosmetologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, estomatologia e</p><p>traumatologia.</p><p>alimentares, e a sua</p><p>decomposição é reforçada. Os processos PLO são ativados. Reforça a lipogênese endógena,</p><p>com o acúmulo de substratos mesotélicos do metabolismo dos lipídios: corpos de cetona e</p><p>produtos aterogênicos.</p><p>Além de uma hiperglicemia superior a 6,6 mmol / l de jejum e superior a 11,5 mmol</p><p>/ l após as refeições, o quadro clínico do diabetes mellitus consiste nos seguintes sintomas:</p><p>poliúria, sede, fraqueza, desbaste com alto apetite, coceira cutânea, suposição de afecções</p><p>traumáticas, afecções do sistema nervoso periférico, angiopatias.</p><p>Aumentos prolongados nos níveis de glicose no sangue no diabetes mellitus</p><p>produzem alterações irreversíveis nos vasos sanguíneos, rins, nervos e estruturas oculares.</p><p>De acordo com dados de diferentes autores, após 15 anos com a doença, 2% dos pacientes</p><p>ficam cegos e os distúrbios visuais graves aparecem em 10%. A síndrome do pé diabético é</p><p>observada em 30% a 80% dos pacientes; Quase 50% das amputações não-traumáticas das</p><p>extremidades devem ser realizadas por complicações do diabetes mellitus (Maksimov et</p><p>al., 2000).</p><p>Como em outras doenças, a terapia com ozônio com diabetes mellitus ocupa um dos</p><p>principais lugares em termos de eficácia, algo que está relacionado ao fato de que, por meio</p><p>de seu mecanismo de ação, o ozônio realiza uma série de processos fundamentais que</p><p>condicionam é ação positiva Primeiro, o ozônio aumenta a permeabilidade das membranas</p><p>celulares à glicose, algo que é conseguido com a ajuda da estimulação da via do fosco do</p><p>pentose e da glicólise aeróbica (que estão deprimidos em diabetes), o que torna possível</p><p>diminuição da hiperglicemia devido à maior entrada de oxigênio nos tecidos (Figura 7-1).</p><p>Pavlovskaia et al. (1998) observaram um grupo de 70 pessoas, composto por</p><p>pacientes com diabetes insulino-dependente e não dependente de insulina. Após o</p><p>tratamento com terapia de ozônio, o nível médio de hiperglicemia nos mesmos diminuiu</p><p>26%. Em um terço dos pacientes, a dose de insulina administrada foi diminuída em 16%.</p><p>Em uma quarta parte dos pacientes com diabetes não insulino-dependente, a dose de</p><p>antidiabéticos orais foi reduzida em 32%.</p><p>Ambos os processos (estimulação da via de fosfato de pentose e glicólise aeróbica)</p><p>fortalecem a produção de glutationa, que participa na síntese de glicogênio e gordura</p><p>Capítulo 7. Ozonoterapia en las enfermedades endocrinas y metabólicas •</p><p>1</p><p>07</p><p>1</p><p>6</p><p>1</p><p>4</p><p>sa</p><p>n</p><p>g</p><p>u</p><p>e</p><p>1</p><p>2</p><p>1</p><p>0</p><p>E</p><p>m</p><p>d</p><p>e</p><p>g</p><p>lic</p><p>o</p><p>se</p><p>8</p><p>6</p><p>N</p><p>iv</p><p>e</p><p>l</p><p>4</p><p>2</p><p>0</p><p>1 2 3 4 5 6 7 8 9</p><p>1</p><p>0</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>1</p><p>3</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>5</p><p>Día de tratamento</p><p>Figura 7-1. Dinâmica do nível de glicose no sangue de um paciente de 50 anos com</p><p>diabetes não insulino-dependente durante a aplicação da terapia com ozônio.</p><p>de glicose. A oxidação da glicose ocorre nos produtos finais. Como resultado, a função</p><p>básica dos carboidratos (energia) é restaurada, a "fome" energética dos tecidos é suprimida</p><p>e a via da formação endógena de glicose do glicogênio e das proteínas é inibida, isto é, A</p><p>gluconeogênese é inibida. A decomposição das proteínas é reduzida, e os processos</p><p>catabólicos são reduzidos, diminuindo também os processos da OLP. Ou seja, o ozônio</p><p>cumpre uma série de funções que são específicas da insulina.</p><p>O outro factor importante é que, após a activação da troca de glucose nos</p><p>eritrócitos pela acção de ozono, a formação de 2,3-difosfoglicerato, cujo aumento</p><p>desloca a dissociação da oxi-hemoglobina e direita de reforço po - Facilita uma</p><p>melhor chegada de oxigênio aos tecidos. Uma vez que em pacientes com diabetes</p><p>mellitus predomina chamada hemoglobina glicada, em que a ligação com o Oxi-</p><p>geno é muito estável, e hipóxia tecidual, que aparece como resultado desse fato, ele</p><p>determina a gravidade da doença, A eliminação da hipoxia pela ação da terapia com</p><p>ozônio desempenha um papel que é quase o mais importante no processo de</p><p>cicatrização.</p><p>No trabalho de Pavlovskaia (1998), a diminuição dos valores de hemoglobina</p><p>glicosilada é demonstrada em todos os pacientes tratados com ozônio. Atiasov e Ga-zin</p><p>(2000) observaram uma diminuição da glicemia em 5-14 mmol / l, e uma diminuição em</p><p>108 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>70% da concentração de hemoglobina glicosilada após o tratamento com terapia de ozônio</p><p>em pacientes descompensados. De acordo com seus dados, nesses pacientes, observou-se</p><p>aumento do pH e diminuição do déficit de bases tampão (mais do que no grupo controle), a</p><p>hipoxemia arterial desapareceu e o aumento das diferenças foi detectado. entre oxigênio</p><p>arterial e venoso. Após tratamento com ozônio, os níveis de uréia, colesterol e fibrinogênio</p><p>diminuíram.</p><p>A ação positiva da terapia de ozônio na microcirculação e nos processos</p><p>metabólicos, juntamente com a diminuição das concentrações de glicose, colesterol e</p><p>triglicerídeos, resultaram na melhoria das propriedades reológicas do sangue e dos</p><p>indicadores de coagulação. sangue, nível de normalização PLO e aumentar a actividade do</p><p>sistema antioxidante com base na fluorimetria de laser, a análise dos parâmetros de</p><p>coagulação, e a dinâmica de malondialdeído e dienos conjugados (MAKSIMOV e Tartinov</p><p>et al., 2000; Gazin, 2000).</p><p>Ao diminuir a hiperglicemia, melhorar a entrada de glicose nos tecidos, aumentar o</p><p>suprimento de oxigênio e eliminar a hipoxia, a terapia com ozônio evita a aparência dos</p><p>processos relacionados à baixa entrada de glicose nos tecidos: acumulação de sorbitol nos</p><p>tecidos. tecidos, que favorecem o desenvolvimento de cataratas, neuropatias e</p><p>microangiopatias; formação de glucosoaminoglicanos, que são a base das artropatias e</p><p>síntese das glicoproteínas que dão origem ao aparecimento de angiopatias progressivas.</p><p>• O ozônio é utilizado como agente profilático e terapêutico em pacientes de idade</p><p>avançada com diabetes mellitus com condições ateroscleróticas do sistema cardiovascular,</p><p>como CAI, encefalopatia por distúrbios circulatórios ou aterosclerose obliterante de vasos</p><p>nas extremidades inferiores. O mecanismo de ação do ozônio nessas doenças é explicado</p><p>no capítulo correspondente.</p><p>•</p><p>• Ao aplicar a terapia com ozônio para tratar diabetes mellitus, é necessário</p><p>considerar sua ação imunomoduladora. Isto é especialmente importante na diabetes</p><p>insulino-dependente, em que as reações citotóxicas, devido a antígenos e anticorpos na</p><p>presença de formas autônomas e formas induzidas por vírus da doença, levam à destruição</p><p>de células β. Na presença dessas mesmas formas, o anticorpo para insulina administrada é</p><p>elaborado, inativando-o.</p><p>Em diabetes não insulino-dependente, a depressão da imunidade é característica, o</p><p>que determina a tendência para infecções crônicas (pielonefrite) e condições purulentas</p><p>(furúnculos). Tudo o que foi explicado acima justifica o uso de ozônio nesta patologia, com</p><p>base em suas propriedades imunomoduladoras.</p><p>Os esquemas de tratamento recomendados são os seguintes.</p><p>Formulários de inscrição</p><p>• Insuflação retal de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Auto-hemoterapia principal.</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Administração subcutânea (infiltração) de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Administração de uma mistura de ozônio e oxigênio nos pontos</p><p>biologicamente ativos.</p><p>• Administração intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada.</p><p>Capítulo 7. Ozonoterapia en las enfermedades endocrinas y metabólicas</p><p>• 109</p><p>Pauta terapéutica</p><p>As seguintes técnicas podem ser combinadas (Protocolos AEPROMO, 2010,</p><p>do site www.aepromo.org).</p><p>Autohemoterapia maior en 150 ml de sangue</p><p>Semana de</p><p>tratamento</p><p>Concentraçãon de O3 Volume</p><p>de O3 Dose</p><p>(µg/ml) (ml) (mg)</p><p>Primeira 15 125 1,9</p><p>Segunda 20 125 2,5</p><p>Terceira 30 150 4,5</p><p>Quarta 35 150 5,2</p><p>Quinta 40 150 6,0</p><p>15 sessões serão concluídas.</p><p>Autohemoterapia menor en 5 ml de sangue</p><p>Semana de</p><p>tratamento</p><p>Concentração de O3 Volume de O3 Dose</p><p>(µg/ml) (ml) (mg)</p><p>Primeira 15 5 0,075</p><p>Segunda 20 5 0,10</p><p>Terceira 30 5 0,15</p><p>Quarta 35 5 0,175</p><p>Quinta 40 5 0,20</p><p>15 sessões serão concluídas</p><p>Vía retal (Esta via pode ser usada como única ou combinada com AMTM ou</p><p>AMTMn)</p><p>Semana de</p><p>tratamento</p><p>Concentração de O3 Volume de O3 Dose</p><p>(µg/ml) (ml) (mg)</p><p>Primeira 15 120 1,8</p><p>Segunda 25 150 3,7</p><p>Terceira 35 150 5,2</p><p>Quarta 40 200 8,0</p><p>Freqüência diária; 20 sessões serão concluídas e o ciclo será repetido a cada 3-4 meses.•</p><p>Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>Em pacientes com pé diabético como uma complicação:</p><p>• A ênfase será colocada em repouso; O membro deve ser mantido em uma posição</p><p>que favorece a drenagem linfática.</p><p>• Um esquema de tratamento sistêmico será selecionado e combinado com curas</p><p>locais.</p><p>• As curas devem ser feitas, de preferência, diariamente, na seguinte ordem:</p><p>- A lesão é desinfectada com água ozonizada (1.000 ml de água destilada que é</p><p>ozonizada em fluxo contínuo durante 15 minutos a altas concentrações de 80 μg / ml).</p><p>- Em seguida, um saco é colocado no membro ulcerado e aspirado por vácuo para</p><p>extrair todo o ar do interior.</p><p>- O saco é insuflado com concentrações de 60 μg / ml e é mantido por 20 a 30</p><p>minutos. Uma vez que a infecção é controlada, as concentrações são reduzidas para 30 e 20</p><p>μg / ml, e as sessões são espaçadas.</p><p>- Antes de remover a bolsa, vácuo novamente.</p><p>- Finalmente, o óleo ozônio é aplicado à lesão, que deve permanecer ocluída até a</p><p>próxima cura. No início, a taxa de peroxidação do óleo deve ser alta (800-1.200 IP);</p><p>Quando o tecido de granulação aparece e não há infecção, a concentração é reduzida para</p><p>400-600 IP. As curas devem ser diárias.</p><p>A base do tratamento são as administrações intravenosas de uma solução fisiológica</p><p>ozonizada ou insuflações rectais de uma mistura de ozônio e oxigênio, que são realizadas a</p><p>cada dois dias, ou a auto-hemoterapia maior, que é realizada duas vezes por semana, em</p><p>um total de 10 a 12-15 sessões. Os outros procedimentos são prescritos dependendo do tipo</p><p>de diabetes mellitus e da presença de complicações.</p><p>No caso do diabetes mellitus tipo II, a incorporação da administração da mistura de</p><p>ozônio e oxigênio nos locais biologicamente ativos, de acordo com os esquemas</p><p>geralmente aceitos. Se houver indicações de déficits imunológicos secundários (doenças</p><p>purulentas e inflamatórias), as infiltrações subcutâneas com uma mistura gasosa serão</p><p>aplicadas de forma complementar nos focos purulentos, ou o AHTMn será usado para 6-8</p><p>sessões em dias alternados..</p><p>Observações</p><p>Devido ao fato de que o ozônio possui propriedades hipoglicêmicas, é necessário o</p><p>controle constante dos níveis de glicemia e a correção de preparações hipoglicêmicas ao</p><p>longo do tratamento.</p><p>As Tabelas 7-1 e 7-2 mostram os resultados do tratamento em 90 pacientes com</p><p>diabetes mellitus tipo I e II. Os dados nas tabelas mostram que o efeito do tratamento foi</p><p>favorável em pacientes insulino-dependentes e não dependentes de insulina, e se</p><p>manifestou por uma diminuição da hiperglicemia, diminuição da sede e desaparecimento</p><p>da picada na pele. de fraqueza, entre outros.</p><p>Capítulo 7. Ozonoterapia en las enfermedades endocrinas y metabólicas • 111</p><p>Tabela 7-1. Resultados da terapia de ozônio em pacientes com diabetes mellitus de tipo I.</p><p>Nivel de gravedade</p><p>Número Resultados do tratamento</p><p>de pacientes</p><p>Bons Aceitáveis Não satisfatorios</p><p>Leve - - - -</p><p>Medio 16 14 2 -</p><p>Grave 10 10 - -</p><p>Resultados del tratamiento ( %) 92 8 -</p><p>Tabla 7-2. Resultados da terapia de ozônio em pacientes com diabetes mellitus de tipo II.</p><p>Nivel de gravedade</p><p>Número Resultados do tratamento</p><p>de pacientes</p><p>Bons Aceitáveis</p><p>Não</p><p>satisfatorios</p><p>Leve 14 14 - -</p><p>Medio 45 38 - 7</p><p>Grave 5 5 - -</p><p>Resultados do tratamento ( %) 89 - 11</p><p>Um dos principais indicadores de sucesso no tratamento do diabetes mellitus é</p><p>compensar o estado dos pacientes.</p><p>Os critérios de compensação em diabetes não insulino-dependente são:</p><p>• Normalização da massa corporal, bom humor e preservação da capacidade de</p><p>trabalho.</p><p>• Glicemia em jejum de 5-6 mmol / l e não superior a 11 mmol / l durante o dia.</p><p>• Ausência de glucosuria.</p><p>• Ausência de hipoglicemia.</p><p>• Nível de hemoglobina glicosilada inferior a 7%.</p><p>• Indicadores normais de troca de lipídios.</p><p>Os critérios de compensação em diabetes insulino-dependente são os seguintes:</p><p>• Ausência de reclamações e conservação da capacidade de trabalho.</p><p>• Glicemia de jejum de 6-7 mmol / l e não superior a 12 mmol / l durante o dia.</p><p>• Diminuição da glicosuria.</p><p>• Níveis de hemoglobina glicosilada inferior a 9%.</p><p>• Indicadores normais de lipídios e proteinogramas no sangue.</p><p>• Indicadores normais de imunidade celular e humoral.</p><p>112 • Guia para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>A maioria dos pacientes obtém compensação com a aplicação da terapia com ozônio.</p><p>De acordo com os dados mostrados na Figura 7-2, após o tratamento com terapia de</p><p>ozônio, o número de pacientes com compensação aumenta quase 4 vezes e a dos pacientes</p><p>descompensados diminui 5 vezes (Pavlovskaia et al., 1998, Maslennikov e Kontorschikova,</p><p>1999). Significativo foi o fato de que os pacientes que receberam o tratamento puderam</p><p>reduzir o uso de preparações hipoglicêmicas em 20-25%. O efeito do tratamento da terapia</p><p>com ozônio durou de 3 a 6 meses.</p><p>A terapia com ozônio também é muito eficaz no tratamento de formas complicadas</p><p>de diabetes mellitus. Assim, devido à retinopatia que ocorre nesses pacientes, há uma</p><p>diminuição da acuidade visual e alterações do fundo, sob a forma de microaneurismas,</p><p>hemorragias pontuais, finamente manchadas internas e exsudatos sólidos macios. Após o</p><p>tratamento com terapia de ozônio, os pacientes perceberam uma "maior clareza" subjetiva.</p><p>Do ponto de vista objetivo, aumentou a acuidade visual e diminuiu a quantidade de</p><p>sangramento interno e exsudados moles no fundo do olho (Maksimov et al., 2000).</p><p>Fernández et al. (1997) realizaram um estudo comparativo de dois grupos de</p><p>pacientes com diabetes mellitus e complicações neuroangiopáticas. Em um dos grupos, o</p><p>tratamento foi aplicado sob a forma de insuflação retal com uma mistura de ozônio e</p><p>oxigênio; no outro, utilizou-se oxigênio puro. Os resultados foram os seguintes: o clima</p><p>geral melhorou</p><p>Compensado Descompensado Subdescompensado</p><p>59%</p><p>40% 40%</p><p>????</p><p>19%</p><p>10% 9%</p><p>Antes del tratamiento Después del tratamiento</p><p>Figura 7-2. Efectividad de la ozonoterapia en pacientes con diabetes mellitus.</p><p>Capítulo 7. Ozonoterapia en las enfermedades endocrinas y metabólicas • 113</p><p>• em ambos os grupos; no entanto, a melhora na condutividade, na forma de um</p><p>aumento significativo na amplitude e velocidade do percurso dos sinais das seções</p><p>proximal e distal do nervo peroneal, foi documentada apenas no grupo tratado com ozônio</p><p>e a dinâmica desses indicadores estava ausente no grupo que recebeu apenas oxigênio.</p><p>Além disso, apenas no grupo tratado com ozônio foi uma diminuição nas concentrações de</p><p>hemoglobina glicosilada e hiperglicemia observada.</p><p>• Uma das complicações mais freqüentes do diabetes é a síndrome do pé diabético,</p><p>cuja variante mais grave é supurativa-necrótica. Devido à angiopatia das extremidades</p><p>inferiores, a isquemia dos tecidos aparece em primeiro lugar e, em seguida, a destruição</p><p>delas se manifesta com a subseqüente adição do processo supurativo necrótico. Na área do</p><p>carinho, aparecem produtos da decomposição de células, microorganismos e toxinas de</p><p>origem microbiana.</p><p>• Sob a influência da inflamação suppurativa local, os processos da OLP são</p><p>ativados no organismo, e há uma acumulação de complexos imunes circulantes, produtos</p><p>metabólicos alterados e detritos. Tudo isso altera a homeostase, a reologia do sangue e a</p><p>microcirculação e agrava as alterações das membranas celulares e das enzimas respiratórias</p><p>intracelulares. As mudanças indicadas em pacientes com diabetes mellitus resultam no</p><p>esgotamento dos mecanismos de adaptação e na alteração das funções dos órgãos e</p><p>sistemas, levando a uma insuficiência mulioriorganica por intoxicação endógena. O curso</p><p>agudo e recorrente, a tendência à progressão rápida e as limitações das possibilidades de</p><p>tratamento tradicional são características desse tipo de complicações.</p><p>• Em pacientes com síndrome do pé diabético, a terapia de ozônio associada ao</p><p>tratamento local em focos purulentos necróticos e ao efeito metabólico geral possibilitou</p><p>diminuir o período de limpeza de massas purulentas necróticas quase o dobro do</p><p>desenvolvimento dos processos regenerativos. Isso possibilitou a redução do tempo de</p><p>hospitalização em 9-11 dias em relação aos pacientes tratados com métodos tradicionais e</p><p>conseguiu reduzir o número de amputações dos membros em 1,7 vezes, bem como a</p><p>incapacidade e o número de mortes (Moshurov e Gliantsev, 1998; Beliaev et al., 2000;</p><p>Gazin, 2000).</p><p>• As observações clínicas de Belianin (1997) sobre a evolução da tuberculose</p><p>pulmonar em pacientes com diabetes mellitus a quem a terapia de ozônio foi aplicada</p><p>mostraram que não só fornece efeito hipoglicêmico, como também influencia</p><p>positivamente a evolução da processo específico. A administração intravenosa de uma</p><p>solução fisiológica ozonizada levou a uma diminuição significativa nos sintomas da</p><p>intoxicação, o que se manifestou pela redução ou eliminação da infecção bacteriana maciça</p><p>de micobactérias tuberculosas.</p><p>• Particularmente demonstrativo foi a eliminação da rejeição do tratamento com pré-</p><p>paradas antituberculosas sob a influência do ozônio. Analisando os mecanismos da ação</p><p>terapêutica do ozônio, o autor aponta sua capacidade para:</p><p>• Compensar diabetes mellitus.</p><p>• Aumentar a energia energética alterada das células fagocíticas.</p><p>114 • Guia para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>• Fortalecer a capacidade de proliferação dos linfócitos.</p><p>• Fortalecer a hemopoiese e aumentar a "via do colaborador CD-4" na presença de</p><p>déficit imunológico secundário.</p><p>O autor enfatiza o caráter único da ação do ozônio nesta categoria de pacientes, na</p><p>qual eletiva a mudança no macroorganismo e reprime-o no microorganismo. Nas</p><p>membranas do macroorganismo, o ozônio interage com as oxidases de praticamente todas</p><p>as células. Através do ozônio, a adenilato ciclase é ativada, um mediador que participa do</p><p>fornecimento de energia das células. Atuando no sistema de glutationa, o ozônio fortalece a</p><p>glicólise e outras vias de oxidação da glicose, aumenta a ingestão de energia e, assim,</p><p>determina o efeito da influência em múltiplos órgãos.</p><p>O ozônio produz uma ação completamente oposta na membrana das células dos</p><p>microorganismos, onde, ao inativar os grupos SH, produz um efeito antibacteriano. Tudo</p><p>isso ocorre bloqueando os receptores das membranas pelos ozonidos.</p><p>Todos os dados apresentados neste capítulo testemunham a influência do ozônio em</p><p>diferentes elos na patogênese do diabetes mellitus, o que explica a grande efetividade da</p><p>terapia com ozônio no tratamento de formas simples e complicadas. desta doença.</p><p>Capítulo 8</p><p>Bronquitis</p><p>crónica</p><p>8.1. Bronquite crônica</p><p>A bronquite crônica é uma doença caracterizada por uma condição inflamatória</p><p>difusa e progressiva das paredes dos brônquios, acompanhada de hipersecreção, que</p><p>apresenta agravamentos e remissões.</p><p>De acordo com a determinação do grupo de especialistas VOICE, pacientes com</p><p>bronquite crônica são aqueles que apresentam tosse e expectoração por pelo menos 3 meses</p><p>por ano, por 2 anos, excluindo outras doenças do trato respiratório superior, brônquios e</p><p>pulmões que podem causar esses sintomas. A bronquite crônica está entre as doenças mais</p><p>freqüentemente observadas. De acordo com os dados da VOZ, até o ano 2020, a doença</p><p>pulmonar obstrutiva crônica ocupará, em todo o mundo, o quinto lugar em termos de</p><p>disseminação e o terceiro lugar entre as causas da morte.</p><p>Sob a influência de diferentes fatores (poeira, fumaça, monóxido de carbono e,</p><p>fundamentalmente, tabagismo), não só mudanças morfológicas na árvore brônquica, mas</p><p>também as funções de barreira defensiva dos brônquios são alteradas, que são ativados no</p><p>início das doenças e depois ficam exaustos. Isso causa a ativação dos processos da OLP,</p><p>com a acumulação de radicais livres nos tecidos, que apresentam efeitos nocivos nas</p><p>células e desempenham um papel importante na patogênese das doenças</p><p>broncopulmonares, no contexto de uma insuficiência progressiva de agentes antioxidantes</p><p>e imunológicos. Como resultado, hipertrofia e hiperfunção das glândulas brônquicas, e uma</p><p>alteração da actividade do epitélio ciliar da mucosa brônquica, levando ao aparecimento de</p><p>muco viscoso e falha ocorre mucociliar.</p><p>116 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>desordens na função de drenagem brônquica permitir conjunto com inflamações</p><p>assépticas de infecções broncopulmonares (vírus respiratórios, bactérias diferentes), cuja</p><p>actividade e recorrência dependem significativamente imunidade local dos brônquios</p><p>(Aleksandrova, 1995).</p><p>Dependendo da presença e expressividade dos distúrbios de ventilação, são definidas</p><p>duas formas de bronquite crônica: obstrutiva e não obstrutiva.</p><p>A bronquite crônica não obstrutiva é geralmente referida quando o paciente não</p><p>apresenta dificuldade respiratória, mas apenas tosse com expectoração. Esta forma de</p><p>bronquite crônica é caracterizada por uma alta capacidade de fixação de vírus RC e</p><p>coronavírus, que são capazes de se multiplicar nas menores divisões do trato respiratório,</p><p>diminuindo a secreção de IgA, responsável pela defesa local, bem como para diminuir a</p><p>atividade fagocítica de neutrófilos de sangue periférico.</p><p>Um fator indesejável, que determina em grande parte o prognóstico, é a aparência de</p><p>alterações obstrutivas na árvore brônquica. A bronquite obstrutiva crônica é caracterizada</p><p>por uma tríade de sintomas: tosse, expectoração e dispnéia, que é o principal sintoma.</p><p>Espessamento das camadas de mucosa e submucosa produz a bronquite obstrutiva</p><p>brônquio-menor por causa da hiperplasia epitelial e glândulas brônquicas, edema,</p><p>infiltração inflado-terizada e fibrose das paredes, com estenose ou obliteração dos</p><p>brônquios e e espasmos brônquicos. Tudo isso é determinado por distúrbios significativos</p><p>da reatividade imunológica que se desenvolve na presença de bronquite obstrutiva crônica.</p><p>Nestes pacientes, observa-se a associação de muitos componentes dos vírus e bactérias</p><p>respiratórias e a incapacidade para a eliminação ativa dos fatores infecciosos e a</p><p>persistência dos vírus é notada (Chmelev et al., 1996).</p><p>A defesa anti-infecciosa inadequada manifesta-se pela diminuição da atividade dos</p><p>linfócitos T no período de deterioração e pelo desequilíbrio das células imunorreguladoras</p><p>devido à diminuição dos níveis de células T helper e ao aumento da atividade supressora.</p><p>Existe uma diminuição intensa nos níveis de IgA e IgG segregados no soro sanguíneo. A</p><p>supressão das ligações celulares e humorais da atividade, que se manifesta abruptamente, é</p><p>preservada em pacientes com bronquite obstrutiva crônica durante o período de</p><p>exacerbação e remissão. Essas alterações são mais significativas em pacientes com</p><p>insuficiência respiratória grave e enfisema pulmonar agudo.</p><p>Os sintomas clínicos dependem do tamanho dos tubos brônquicos afetados: tosse,</p><p>com ou sem expectoração, é característica do envolvimento dos principais bronquios,</p><p>enquanto que a dispneia progressiva é mais freqüente nas condições bronquiolares.</p><p>A bronquite crônica se desenvolve gradualmente, e por muitos anos, com exceção de</p><p>episódios periódicos de tosse, não se manifesta de forma alguma. Ao longo do tempo, e</p><p>como resultado de exacerbações repetidas, a tosse torna-se constante e a expectoração</p><p>aumenta e adquire um caráter purulento. A progressão da doença e a incorporação dos</p><p>bronquíolos no processo conduzem a uma clara alteração da ventilação pulmonar e à</p><p>permeabilidade dos brônquios, com aparência de dispnéia, primeiro antes dos esforços</p><p>físicos, e também em repouso. A presença de obstruções durante a progressão da doença</p><p>leva ao desenvolvimento de esclerose pulmonar, enfisema pulmonar com</p><p>Capítulo 8. Bronquitis crónica • 117</p><p>insuficiência respiratória e atelectasia, com aparência de pneumonia e cor pulmonale</p><p>com insuficiência cardíaca direita</p><p>As realizações no tratamento da bronquite crônica são bastante modestas,</p><p>particularmente no estudo da asma brônquica. Nas últimas décadas, as abordagens para o</p><p>tratamento da bronquite crônica permaneceram praticamente inalteradas. Na Rússia, é</p><p>essencialmente reduzido à administração de antibióticos e broncodilatadores. A questão da</p><p>cura da bronquite crônica com antibióticos é complexa. Embora seu uso seja</p><p>indubitavelmente útil em casos graves, existem muitos estudos sobre o desenvolvimento</p><p>de complicações graves, entre elas candidíase e alterações de imunidade, de modo que a</p><p>inclusão de novos métodos no arsenal de meios terapêuticos é um assunto dos eventos</p><p>atuais</p><p>As propriedades imunomoduladoras do ozônio são de importância decisiva no</p><p>tratamento da bronquite crônica. A terapia com ozônio permite a normalização da resposta</p><p>imune anti-infecciosa do organismo na infecção viral e bacteriana, o que se manifesta na</p><p>alteração da imunidade local e geral, que é reduzida na bronquite crônica. Como resultado</p><p>do tratamento, é detectado um aumento no número total de linfócitos T e linfócitos T</p><p>auxiliares, que estimulam a proliferação e produção de células B, no conteúdo das células</p><p>brônquicas e mucosas e também no sangue periférico. de anticorpos. No soro sanguíneo, o</p><p>nível de IgA e IgM aumenta. Aumenta a quantidade de imunocomplexos circulantes e a</p><p>atividade de neutrófilos fagocíticos e normaliza os indicadores de IgA no conteúdo</p><p>brônquico.</p><p>À medida que a doença cessa, aumenta a atividade supressora nos brônquios, o que</p><p>determina a adequação da resposta imune. As capacidades de absorção de monócitos e</p><p>neutrófilos no sangue periférico são ativadas, o que possibilita a eliminação de</p><p>estimulantes.</p><p>O tecido respiratório do pulmão contém um excesso de ácidos graxos insaturados,</p><p>que são substratos da OLP, que, na presença de patologia, aumenta a possibilidade de</p><p>ocorrência de reações de radicais livres no sistema broncopulmonar.</p><p>Nas investigações dos últimos anos, verificou-se que os oxidantes (formas ativas de</p><p>oxigênio) desempenham um papel fundamental na patogênese das doenças pulmonares</p><p>obstrutivas crônicas, pois produzem um desequilíbrio no sistema antioxidante-</p><p>antioxidante, permitindo que a aparência do chamado "estresse oxidativo", que se</p><p>caracteriza pela produção excessiva das formas ativas de oxigênio pelas células</p><p>fagocíticas, o que provoca a deterioração dos tecidos próprios e adjacentes. A OLP é uma</p><p>manifestação da ação prejudicial das formas ativas de oxigênio, que alteram as funções de</p><p>barreira das membranas biológicas e, conseqüentemente, produzem a transformação da</p><p>integridade e funções das células (fermentativa, receptor, transporte de íons) e, em última</p><p>instância, levam à sua destruição e morte.</p><p>Com a ajuda da ozonoterapia, é possível corrigir a situação dos radicais livres e a</p><p>ativação da defesa antioxidante do organismo. De acordo com os dados de Bikov et al.</p><p>(2001), nesta categoria de pacientes, durante o tratamento com terapia de ozônio, há um</p><p>aumento estatisticamente significativo nos indicadores que refletem a atividade</p><p>antioxidante em geral, juntamente com uma diminuição significativa na oxidação por</p><p>peróxidos lipídicos.</p><p>• Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>Um dos principais problemas da terapia com ozônio é a sua utilização na bronquite</p><p>obstrutiva, onde os fenômenos de insuficiência respiratória sempre têm diferentes graus de</p><p>expressão.</p><p>A oxigenação prolongada (16-18 horas por dia) em casa desempenha um papel</p><p>importante no tratamento de doenças pulmonares obstrutivas crônicas. De acordo com os</p><p>dados de Tarpy e Celli (1995), a oxigenoterapia prolongada diminui a mortalidade e</p><p>aumenta a qualidade de vida de pacientes com doença aguda e hipoxemia mani-fiesta. A</p><p>experiência na aplicação de oxigenoterapia na Inglaterra, na França e nos Estados Unidos</p><p>mostra um aumento na vida desses pacientes em 15 anos. Na Rússia, a questão dessa</p><p>aplicação tem, no máximo, uma importância teórica, uma vez que, devido ao seu alto custo,</p><p>praticamente não é usado. A melhoria das funções de transporte de oxigênio no sangue</p><p>através da administração parenteral de uma mistura de ozônio e oxigênio, com exceção dos</p><p>pulmões, e a melhoria do fornecimento de oxigênio aos tecidos por eritrócitos levam à</p><p>eliminação da hipoxemia e hipoxia tecidual durante um tempo suficientemente longo. Por</p><p>esta razão, a terapia com ozônio é uma alternativa real para o oxi-genoterapia prolongado,</p><p>uma vez que permite obter resultados análogos em um tempo muito mais curto e com</p><p>despesas substancialmente mais baixas.</p><p>A obstrução bronquial persistente não só produz insuficiência respiratória</p><p>progressiva, mas também permite a aparência de hipertensão pulmonar. Neste caso, as</p><p>possibilidades vasodilatadoras da terapia com ozônio revertem o processo.</p><p>8.1.1. Bronquite não obstrutiva</p><p>O esquema proposto para o tratamento da bronquite não obstrutiva é o seguinte.</p><p>Formulários de inscrição</p><p>• Insuflação retal de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Administração de uma mistura de ozônio e oxigênio em pontos biologicamente</p><p>ativos.</p><p>• Administração intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada.</p><p>• Inalações com água ozonizada ou emulsões compostas por água ozonizada e óleo</p><p>ozonizado.</p><p>Cronograma terapêutico</p><p>O tratamento começa com a administração intravenosa de uma solução fono-lógica</p><p>ozonizada ou a insuflação rectal de uma mistura de ozônio e oxigênio, sob a forma de 3 ou</p><p>4 sessões diárias. Em seguida, a auto-hemoterapia menor é passada em dias alternados (3-4</p><p>vezes por semana), e mais tarde, uma vez a cada 3 dias (3 a 5 sessões). O ozonote-rapia por</p><p>punções com mistura de ozônio e oxigênio em pontos biologicamente ativos, é realizado de</p><p>acordo com o esquema estabelecido. Inalações com água ozonizada ou com emulsão</p><p>ozonizada são realizadas 1-2 vezes por dia durante 10-15 dias.</p><p>Capítulo 8. Bronquitis crónica • 119</p><p>8.1.2. Bronquite obstrutiva</p><p>O esquema proposto para o tratamento da bronquite obstrutiva é o seguinte.</p><p>Formas de Aplicação</p><p>• Insuflação retal de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Auto-hemoterapia principal.</p><p>• Administração de uma mistura de ozônio e oxigênio em pontos biologicamente</p><p>ativos.</p><p>• Inalações com água ozonizada ou emulsões compostas por água ozonizada e óleo</p><p>ozonizado.</p><p>• Administração intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada.</p><p>Pauta terapêutico</p><p>A terapia é realizada no contexto do tratamento farmacológico, com</p><p>a inclusão de</p><p>todas as formas acima mencionadas de administração de ozônio. Começa com a</p><p>administração intravenosa de gotejamento de uma solução fisiológica ozonizada ou com</p><p>insuflação retal, em 3-4 sessões diárias. Se a condição do paciente melhora, 3-5 sessões</p><p>são realizadas todos os dias e, em seguida, uma vez a cada 2-3 dias, com um total de cerca</p><p>de 7-12 sessões. A terapia com ozônio em pontos de acupuntura com uma mistura de</p><p>ozônio e oxigênio é realizada de acordo com o esquema estabelecido. Inalações com água</p><p>ozonizada ou com emulsão ozonizada são realizadas 1-2 vezes por dia durante 10-15 dias.</p><p>A auto-hemoterapia principal substitui a administração intravenosa por gotejamento</p><p>de uma solução fisiológica ozonada ou insuflação retal. É feito duas vezes por semana,</p><p>com um total de cerca de 6-8 sessões.</p><p>8.1.3. Resultados obtidos</p><p>Os resultados da aplicação da terapia de ozônio nesta doença foram os seguintes: em</p><p>79% dos pacientes, uma melhora do estado foi alcançada, enquanto em 29% dos casos, foi</p><p>revalorizada como uma melhoria significativa, ou seja, ocorreu a eliminação total dos</p><p>sintomas (tosse, dispneia, fraqueza e ronchi pulmonar); Em 21% dos casos, os resultados</p><p>foram considerados aceitáveis.</p><p>No trabalho de Struchkov et al. (2000) indica a alta eficácia do ozonote-rapia em</p><p>pacientes com doenças respiratórias obstrutivas. A melhora respiratória é indicada após</p><p>cada sessão de administração por gotejamento intravenoso de uma solução fisiológica</p><p>ozonizada, diminuição da tosse e dispnéia após 2-3 sessões, eliminação da expectoração</p><p>sem o uso de preparações antibacterianas. e a redução das obstruções brônquicas, de</p><p>acordo com os dados provenientes das investigações das funções respiratórias. Durante o</p><p>período de tratamento, observou-se o aumento da capacidade de trabalho dos pacientes,</p><p>bem como a diminuição do desconforto, fraqueza e transpiração. Houve uma melhora na</p><p>atividade do sistema cardiovascular, devido à</p><p>• Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>diminuição da disfunção diastólica do ventrículo direito e do ventrículo esquerdo,</p><p>bem como a diminuição da pressão arterial média e da artéria pulmonar.</p><p>De acordo com as obras de Bakirov et al. (2007), após o tratamento com ozônio,</p><p>observou-se melhora confiável em 79% dos pacientes com bronquite crônica. De acordo</p><p>com os dados de Myjarliamov et al. (2003), a terapia com ozônio, como método</p><p>complementar no tratamento múltiplo de doenças pulmonares obstrutivas crônicas, encurta</p><p>significativamente os tempos de tratamento, fortalece a eficácia do tratamento básico com</p><p>drogas, diminui a quantidade de medicamentos prescritos e melhora a função. respiratório</p><p>A terapia com ozônio é particularmente útil em pacientes em que a possibilidade de</p><p>administrar uma série de medicamentos é limitada pela existência de outras doenças, como</p><p>CAI, doença hipertensiva, doença cerebrovascular crônica, rinossinusite, intoxicações</p><p>prolongadas. , enfraquecimento das defesas do corpo, fraca eficácia do tratamento</p><p>antibacteriano e a presença de complicações de doenças respiratórias crônicas.</p><p>Após o tratamento com terapia de ozônio, o número médio de pacientes com doença</p><p>pulmonar obstrutiva crônica que retornou à policlínica diminuiu 2,8 vezes eo número de</p><p>dias de incapacidade para o trabalho diminuiu 2,3 vezes. No grupo de pacientes que</p><p>receberam o complexo de sessões terapêuticas, o número de pessoas que retornaram</p><p>diminuiu 1,2 vezes eo número de dias de incapacidade para trabalho diminuiu 1,4 vezes</p><p>(Bulat et al., 2006).</p><p>8.2. Asma brônquica</p><p>A asma brônquica é uma doença cujo principal sintoma é a crise de asfixia devido à</p><p>obstrução do trato respiratório devido ao aumento da sensibilidade da traqueia e brônquios</p><p>a diferentes irritantes. A alteração da permeabilidade brônquica está relacionada ao</p><p>espasmo do músculo liso, edema da mucosa, inflamação da mucosa brônquica e obstrução</p><p>dos bronquíolos pelas secreções.</p><p>De acordo com o acordo internacional de 1995, a asma brônquica é considerada um</p><p>processo inflamatório crônico do trato respiratório inferior. Essa determinação reflete o</p><p>principal aspecto patogênico da ligação infecciosa na aparência desta doença. E se os</p><p>ataques de asma brônquica ocorrerem episódicamente, o processo inflamatório é constante.</p><p>O aparecimento da inflamação inicial nas vias aéreas de pacientes afetados com asma</p><p>brônquica está relacionado a uma predisposição atópica, congênita e hereditária a reações</p><p>alérgicas. Os alérgenos mais difundidos (fatores de risco para a aparência da doença) são os</p><p>ácaros da casa, animais, casacos de lã, baratas, pólen e moldes. Um fator de risco potente é</p><p>fumar (também tabagismo passivo, em crianças), além de poluentes químicos e</p><p>atmosféricos. Além disso, as cargas físicas, as mudanças climáticas e climáticas frias,</p><p>aditivos culinários e ácido acetilsalicílico podem ser a causa do início ou piora da asma</p><p>brônquica. Atualmente, é dada grande importância ao aparecimento de asma brônquica em</p><p>infecções crônicas por vírus que afetam o sistema respiratório. A infecção mista leva a um</p><p>curso mais grave da doença.</p><p>Capítulo 8. Bronquitis crónica • 121</p><p>A piora da infecção causa início ou recaída da asma brônquica, que se manifesta</p><p>pela hiperreatividade dos brônquios, acompanhada de alterações funcionais e</p><p>morfopatológicas do trato respiratório na forma de alterações na regulação neuronal da</p><p>musculatura brônquica lisa. , lesão epitelial, aumento da permeabilidade vascular,</p><p>produção de IgE e aparência de reações alérgicas subsequentes. Tudo isso é a causa do</p><p>espasmo bronquial, do edema da mucosa brônquica e da hipersecreção das glândulas</p><p>brônquicas, que forma a síndrome da obstrução.</p><p>Na patogênese da hiperreatividade brônquica, a incorporação de células efectoras de</p><p>inflamação, que é a causa da degranulação de mastócitos (mediada por IgE), a liberação</p><p>por eosinófilos e neutrófilos da Fator hemotóxico, histamina, leucotrienos (LTC4, LTD4,</p><p>LTE4) e fator de ativação de trombócitos (FAT), que possuem propriedades</p><p>broncoconstritoras. Tudo isso é conhecido como reação asmática inicial. Além disso, a</p><p>prostaglandina PGE-2 é liberada, o que também causa constrangimento no trato</p><p>respiratório. A ativação de eosinófilos e macrófagos alveolares leva, por sua vez, à</p><p>produção de mediadores de inflamação, como o tromboxano A2, FAT, LTD4 e LTC 4,</p><p>responsáveis pelo aparecimento da fase subseqüente de reações alérgicas e eles garantem o</p><p>aumento prolongado da reatividade brônquica.</p><p>O principal sintoma de asma brônquica é a típica crise de asfixia, que geralmente</p><p>começa de noite ou no início da manhã, com tosse persistente e exaustiva e sem</p><p>expectoração. Em seguida, há a sensação de sufocar com dificuldade na expiração, e a</p><p>respiração torna-se ruidosa e sibilante. O paciente tem que se sentar devido a sufocação. O</p><p>episódio termina com tosse e secreção de muco. Se a crise não for interrompida, o estado</p><p>asmático aparece.</p><p>De acordo com o acima exposto, os princípios terapêuticos contemporâneos da asma</p><p>brônquica incidem sobre a influência sobre infecções virais e bacterianas, o sistema</p><p>imunológico, os mecanismos de broncoconstricção e reações alérgicas, bem como hipoxia.</p><p>O efeito da terapia com ozônio está relacionado à sua capacidade de influenciar</p><p>muitos pontos problemáticos do processo patológico, em primeiro lugar, pela sua</p><p>capacidade de eliminar espasmos brônquicos. Isto é devido ao efeito dilatador na</p><p>musculatura lisa do radical NO, que é formada em células endoteliais pela ação do ozônio.</p><p>A partir dessas posições, a capacidade do ozônio para eliminar a hipoxia tecidual, que</p><p>sempre existe em pacientes asmáticos devido ao desenvolvimento de insuficiência</p><p>pulmonar por espasmo brônquico, é apresentada como substancial. A chegada de oxigênio</p><p>no sangue, exceto nos pulmões,</p><p>a melhor entrega de oxigênio para os eritrócitos dos</p><p>tecidos e a melhoria das características reológicas do sangue constituem a base para a</p><p>eliminação da hipoxia.</p><p>Com a melhoria da oxigenação do sangue é precisamente o que Struchkov et al.</p><p>(2000) relatam a melhora respiratória após cada sessão de administração intravenosa de</p><p>solução fisiológica ozonizada. O aumento na chegada do oxigênio leva à normalização do</p><p>funcionamento dos órgãos e sistemas, em particular do sistema imunológico. Os</p><p>mecanismos imunológicos do organismo humano dependem do oxigênio, uma vez que a</p><p>homeostase ea fagocitose são adequadas com a geração de</p><p>122 • Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>• Os radicais livres de oxigênio por macrófagos e granulócitos na resposta à infecção</p><p>requerem o fornecimento de oxigênio correspondente.</p><p>• A influência imunomoduladora do ozônio é manifestada pela ativação do fabrico,</p><p>por linfócitos e monócitos, citocinas, interferão, fator necrotizante tumoral e interleucinas.</p><p>Os últimos, quando atingem o sangue, ativam a imunidade celular e humoral. A síntese de</p><p>linfócitos T citolíticos é reforçada, o que garante a imunidade celular e a produção de</p><p>linfócitos T auxiliares, que regulam a ação dos linfócitos B, é normalizada, visando a</p><p>síntese de imunoglobulinas (Paulesu e Luzzi, 1991).</p><p>• O aumento da pressão parcial de oxigênio nos tecidos como resultado da terapia</p><p>com ozônio elimina os efeitos negativos da hipóxia, o que distorce parcialmente a função</p><p>da interleucina 1 que, quando há hipoxia, em vez de atuar como um estimulante de</p><p>linfócitos T, começa a mostrar efeitos citotóxicos (Belianin, 1998). A estimulação do</p><p>sistema imune possibilita a depressão do processo inflamatório, com diminuição da</p><p>atividade das células colaboradoras e redução da elaboração por elas de substâncias</p><p>biologicamente ativas que alimentam as reações broncoespásticas.</p><p>• A influência antibacteriana e antiviral é fundamental. A ação bactericida do ozo-no</p><p>é análoga à dos processos que o organismo usa para destruir antígenos estranhos, ou seja,</p><p>reforça a ação dos radicais livres devido ao aumento da capacidade fagocitária dos</p><p>leucócitos. Além disso, o ozônio penetra em células microbianas e reage com proteínas no</p><p>citoplasma, alterando assim a proliferação de bactérias. O mecanismo antiviral do ozônio é</p><p>manifestado pela deterioração das cadeias polipeptídicas do envelope, o que afeta a</p><p>capacidade do vírus de se ligar às células. Há também a divisão de uma cadeia de ARN em</p><p>duas partes, graças ao qual o processo de multiplicação de vírus é alterado. É necessário</p><p>apontar a ação defensiva exercida pelo ozônio em células saudáveis contra a penetração de</p><p>vírus, devido à ativação da síntese de interferão e ao reforço da eliminação de células</p><p>danificadas pelo vírus.</p><p>• A terapia com ozônio pode ser utilizada como método profilático independente na</p><p>asma brônquica, visando a redução ou eliminação de convulsões, e também para evitar a</p><p>aparência delas. Além disso, a terapia com ozônio é um método eficaz para o tratamento de</p><p>doenças graves e, mesmo, devido ao seu potencial de potencialização, permite resolva o</p><p>problema de atingir o máximo efeito terapêutico com a aplicação da menor quantidade de</p><p>drogas. Artemeva et al. (2005) mostraram que a inclusão da terapia de ozônio no</p><p>tratamento desta doença atinge a diminuição mais acentuada nos níveis de histamina e</p><p>serotonina e o aumento mais importante nas catecolaminas em macrófagos, linfócitos,</p><p>neutrófilos, mastócitos e mucosa alveolar.</p><p>• Em seguida, são apresentados os esquemas terapêuticos recomendados.</p><p>Formas de Aplicação</p><p>• Insuflação retal de uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Auto-hemoterapia principal.</p><p>• Administração de uma mistura de ozônio e oxigênio em pontos biologicamente</p><p>ativos.</p><p>Capítulo 8. Bronquite crônica • 123</p><p>• Inalações com água ozonizada, ou emulsões compostas por água ozonizada e óleo</p><p>ozonizado.</p><p>• Administração intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada.</p><p>Pauta terapéutica</p><p>O tratamento é realizado de forma complexa, com a inclusão de todas as formas</p><p>acima mencionadas de aplicação de ozônio. Um começa com a administração intravenosa</p><p>de uma solução fisiológica ozonizada ou insuflação rectal, diariamente, em</p><p>aproximadamente 3-4 sessões. Se a condição do paciente melhora, 3-5 sessões são</p><p>realizadas todos os dias e, em seguida, uma vez a cada 2-3 dias, com um total de 10-14</p><p>sessões.</p><p>A punção com uma mistura de ozônio e oxigênio é realizada de acordo com o</p><p>procedimento geralmente aceito.</p><p>A Figura 8-1 mostra os padrões de distribuição dos pontos biológicos ativos que são</p><p>regularmente utilizados para a eliminação e profilaxia da asma brônquica.</p><p>Inalações com água destilada ozonizada ou com emulsões são feitas 1-2 vezes ao dia</p><p>por 10-15 dias.</p><p>A auto-hemoterapia principal substitui a administração intravenosa de solução fisio-</p><p>lógica ozonizada ou insuflação rectal. As sessões são realizadas três vezes por semana em</p><p>19</p><p>-22 XIV</p><p>1</p><p>3-16 V</p><p>I</p><p>I</p><p>1</p><p>.1</p><p>2</p><p>.1</p><p>4</p><p>2-45 VII</p><p>1.1</p><p>Figura 8-1. Pontos biológicos de asma bronquial.</p><p>124 • Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>início e duas vezes por semana (8 a 10 sessões) e, em seguida, 2-3 sessões uma vez</p><p>por semana.</p><p>O esquema de tratamento recomendado pelo Centro de Pesquisa de Ozônio de</p><p>Cuba, de acordo com um estudo clínico realizado é o seguinte:</p><p>• Maior auto-hemoterapia com concentrações de 20 μg / ml em 200 ml de volume,</p><p>para uma dose de 4 mg.</p><p>• Maior auto-hemoterapia com concentrações de 40 μg / ml em 200 ml de volume,</p><p>para uma dose de 8 mg.</p><p>• Roteira com dose de 10 mg.</p><p>Os melhores resultados foram obtidos com o uso das duas últimas alternativas.</p><p>Tendo em conta que a realização das aplicações seguidas pela auto-hemoterapia principal</p><p>eles são quase inviáveis, tanto pelo custo quanto pela necessidade de frequentar a</p><p>consulta, uma variante aceitável é a seguinte combinação disso com outras formas.</p><p>Proposta de tratamento no adulto</p><p>Selecione o AHTM, com freqüência semanal</p><p>Semana de</p><p>tratamento</p><p>Concentração de O3 Volume de O3 Dose</p><p>(µg/ml) (ml) (mg)</p><p>Primeira 20 200 4</p><p>Segunda 20 200 4</p><p>Terceira 40 200 8</p><p>Quarta 40 200 8</p><p>A via anterior será combinada com a via sistêmica retal: concentrações de mais de</p><p>40 μg / ml de dano retalico danificado nos enterócitos; terá que se aproximar do limite</p><p>superior, sem excedê-lo.</p><p>Vía retal</p><p>Semana de</p><p>tratamiento</p><p>Concentración de O3 Volumen de O3 Dosis</p><p>(µg/ml) (ml) (mg)</p><p>Primeira 20 150 3</p><p>Segunda 30 150 4,5</p><p>Terceira 35 180 6,3</p><p>Quarta 40 200 8</p><p>Freqüência diária; 20 sessões serão concluídas e o ciclo será repetido a cada 3</p><p>meses.</p><p>Capítulo 8. Bronquitis crónica • 125</p><p>O esquema com a auto-hemoterapia mais pequena também pode ser usado</p><p>Semana de</p><p>tratamento</p><p>Concentração de O3 Volume de O3 Dose</p><p>(µg/ml) (ml) (mg)</p><p>Primeira 20 5 0,10</p><p>Segunda 30 5 0,15</p><p>Terceira 35 5 0,175</p><p>Quarta 45 5 0,225</p><p>Freqüência diária; 20 sessões serão completadas e repetidas a cada 3-4 meses.</p><p>Observações</p><p>Como método independente, a terapia com ozônio é utilizada para fins profiláticos e</p><p>curativos de formas leves de asma brônquica. Em formas moderadamente severas ou</p><p>graves, a terapia com ozônio é utilizada no contexto de um tratamento básico; neste caso, a</p><p>dose dos medicamentos pode diminuir pouco a pouco na medida em que melhora a</p><p>condição do paciente.</p><p>A terapia com ozônio foi aplicada em 42 pacientes com asma brônquica sob</p><p>observação, dos quais a maioria (83%) apresentou uma afetação de gravidade</p><p>média.</p><p>Todos os pacientes estavam constantemente, ou quase sempre, tomando preparações</p><p>broncolíticas e broncodilatadoras, e uma grande parte deles, corticosteróides. Após o</p><p>tratamento, observou-se melhora significativa na condição dos pacientes (os episódios de</p><p>tosse diminuíram em mais de 50% e o uso de medicamentos diminuiu em 86% deles). Em</p><p>7%, os ataques de asma desapareceram completamente, assim como a tomada de</p><p>medicação. Em 7% dos casos, nenhuma melhora pode ser alcançada na condição do</p><p>paciente.</p><p>O tratamento proposto por Struchkov et al. (2000) incluíram 7-12 sessões de</p><p>administração intravenosa de solução fisiológica ozonizada com uma concentração de</p><p>ozônio de 2-4 μg / ml, que foram aplicadas 2-3 vezes por semana durante 3-4 semanas. Em</p><p>um paciente com rinossinusite crônica, a cura anterior local do foco infeccioso foi</p><p>realizada com solução fisiológica. Após algumas sessões, observou-se uma diminuição nos</p><p>episódios de asfixia em todos os pacientes, incluindo os noturnos, bem como a diminuição</p><p>da tosse e da dispneia.</p><p>Metade dos pacientes conseguiu reduzir a dose de corticosteróides inalados; Todos</p><p>os pacientes conseguiram reduzir a dose de inalações broncolíticas 1,5 vezes. No período</p><p>de acompanhamento dos pacientes durante meio ano após a terapia com ozônio, observou-</p><p>se aumento da resistência às doenças respiratórias agudas. A diminuição da</p><p>hiperreatividade brônquica e obstrução brônquica foi observada com a investigação</p><p>dinâmica dos indicadores máximos de fluxo expiratório. Burdo (2003) aplicou terapia de</p><p>ozônio no contexto de um tratamento basal para 23 crianças com idade entre 5 e 11 anos e</p><p>diagnóstico de asma brônquica de gravidade média.</p><p>Após a primeira sessão de administração intravenosa de solução fisiológica</p><p>ozonizada (concentração de ozônio na saída do aparelho de 600-800 μg / l), observou-se</p><p>em</p><p>126 • Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e</p><p>indicaciones</p><p>todos os pacientes apresentam uma melhora no humor em geral. Após 2-3 sessões, a tosse</p><p>produtiva foi interrompida, diminuindo gradualmente sua intensidade e a patência</p><p>brônquica melhorou de acordo com os dados da espirografia. O número de crises também</p><p>diminuiu significativamente. A permanência no hospital diminuiu em 2-3 dias. A aplicação</p><p>de ozonoterapia para fins profiláticos minimizou o número de complicações da doença.</p><p>Bakirov et al. (2007) documentaram uma melhora significativa no estado dos</p><p>pacientes após a inclusão da terapia de ozônio no tratamento múltiplo de pacientes com</p><p>asma brônquica em 86% dos casos. Nestes pacientes, foi possível reduzir a dose de</p><p>inalações broncolíticas 1,5-2 vezes.</p><p>Capítulo 9</p><p>Terapia com ozônio em</p><p>distúrbios hepáticos,</p><p>renais e gastrointestinais</p><p>9.1. Pielonefrite</p><p>A pielonefrite é uma doença renal grave ou crônica causada por uma infecção</p><p>bacteriana que afeta principalmente os tecidos intersticiais dos ductos e o sistema renal</p><p>calcifico-parenquimatoso. Causando pielonefrite, principalmente microrganismos gram-</p><p>negativas (Escherichia, Staphylococcus, Enterococcus, Proteus, Pseudomonas aeruginosa),</p><p>são capazes de aderir ao epitélio do tracto urinário, a qual impede a capacidade das</p><p>bactérias por fluxo de lavagem urina. Vírus, fungos e micoplasmas também podem</p><p>desencadear essa condição.</p><p>Os distúrbios urodinâmicos causados por urolitíase, lágrimas, nefroptoses, adenoma</p><p>prostático e outras condições permitem o aparecimento da pielonefrite e a diversidade das</p><p>manifestações clínicas. Isso é explicado pelas muitas causas, entre as quais as alterações</p><p>imunológicas com o desenvolvimento de diferentes formas de déficit imune.</p><p>Existe uma certa relação entre o quadro clínico da doença e o estado imunológico do</p><p>paciente; Um quadro clínico claro é acompanhado por uma variação evidente, porém</p><p>mutável, do estado imunológico. Com o tratamento adequado e no tempo, à medida que a</p><p>gravidade do processo diminui, as reações imunes se estabilizam e não precisam de</p><p>correção. Uma evolução sintomática longa e prolongada da pielonefrite, com recaídas e</p><p>progressiva, é acompanhada por um desequilíbrio e um déficit imunológico secundário e,</p><p>em regra geral, precisa de uma correção imunológica.</p><p>A alteração da homeostase imune em pacientes com pielonefrite crônica manifesta-</p><p>se com uma diminuição absoluta e relativa nos linfócitos T, uma diminuição da atividade</p><p>128 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>funcional no que respeita ao desenvolvimento de linfoquinas, um desequilíbrio na</p><p>subpopulação de células T, diminuição da proporção de linfócitos Tx / Tc, uma depressão</p><p>da actividade fagocitica de leucócitos neutrófilos e fagocitose incompleta. Ou seja, o estado</p><p>de imunidade na pielonefrite crônica pode ser caracterizado como um déficit imunológico</p><p>secundário, principalmente no que diz respeito ao componente celular. As causas do</p><p>desenvolvimento de transtornos imunológicos na pielonefrite crônica podem ser, como</p><p>fator primário, as mudanças na resposta imune condicionadas por fatores genéticos e, como</p><p>fator secundário, a aquisição por influência direta ou indireta de iniciadores uropatogênicos</p><p>e os produtos da sua atividade de vida. De acordo com a classificação atual da VOZ, as</p><p>infecções bacterianas e virais são uma das principais causas do desenvolvimento de déficits</p><p>imunológicos secundários. A insuficiência imunológica secundária leva a uma diminuição</p><p>da resistência do organismo contra as influências nocivas do ambiente externo. O</p><p>aparecimento de insuficiência imunológica na pielonefrite crônica é provavelmente devido</p><p>à persistência prolongada dos microorganismos iniciadores da pielonefrite nos rins. A</p><p>natureza incompleta das reações fagocíticas leva à preservação prolongada de antígenos</p><p>bacterianos nos tecidos do rim, estimulando a bifurcação supressiva da imunidade celular.</p><p>Por sua vez, o déficit imunológico secundário permite a cronicidade da pielonefrite, sua</p><p>progressão.</p><p>Os sintomas clínicos e os dados analíticos são mais claramente manifestados na</p><p>pielonefrite aguda e também no período de piora da pielonefrite crônica. Esse período,</p><p>como a pielonefrite crônica, corre com aumento da temperatura, dor na região da cintura,</p><p>alterações na diurese e sinais inflamatórios no sangue. Na urina aparece ou aumenta a</p><p>proteinúria, leucocitúria e bacteriúria. Na fase de re-missão, especialmente no período</p><p>latente, os sintomas são insignificantes ou ausentes. Em 40% a 70% dos pacientes com</p><p>hipertensão de pielonefrite crônica aparecem.</p><p>A terapia com ozônio é utilizada como agente antiinflamatório e anti-infeccioso no</p><p>tratamento da pielonefrite. Apesar da evidência de que as bactérias gram-negativas são</p><p>menos sensíveis ao ozônio do que as bactérias gram-positivas, a terapia com ozônio foi</p><p>recomendada como um método muito eficaz, especialmente nos casos em que o tratamento</p><p>farmacológico não é efetivo.</p><p>A acção bactericida de ozono envolve a estimulação da fagocitose, devido ao</p><p>aumento da produção por leucócitos de peróxido de hidrogénio durante o pro-cesso de</p><p>estado crónico passo não é formada ou produzido em quantidades insuficientes. A</p><p>influência do ozônio em linfócitos e monócitos leva a um aumento da energia, o que é</p><p>expresso, além do aumento das propriedades fagocíticas, pelo aumento da produção de</p><p>citoquinas, em particular interleucinas. Estes últimos normalizam a imunidade celular e</p><p>humoral, que são alteradas na pielonefrite crônica. Aumenta a produção de linfócitos T</p><p>citolíticos, que determinam a eficácia da imunidade celular. A produção de células T</p><p>auxiliares e células T supressoras são otimizadas, que controlam a ação dos linfócitos B,</p><p>que por sua vez respondem à síntese de imunoglobulinas. Esta é a maneira pela qual a ação</p><p>imunomoduladora</p><p>da ozonoterapia é assegurada.</p><p>O ozônio tem uma influência direta nas bactérias através da destruição da</p><p>integridade de seus envelopes pela oxidação dos fosfolípidos das lipoproteínas, pela</p><p>entrada do ozônio dentro da célula microbiana, pela reação com substâncias do citoplasma,</p><p>Capítulo 9. Terapia de ozônio em distúrbios hepáticos, renais e gastrointestinais • 129</p><p>em particular com o DNA e a alteração da proliferação das bactérias. A toxicidade</p><p>para o agente infeccioso, e não para o paciente, é explicada pela ausência de mecanismos</p><p>antioxidantes enzimáticos na bactéria, que os organismos superiores possuem.</p><p>Além da influência antiinflamatória, o ozônio produz um efeito positivo na</p><p>hemodinâmica renal, os indicadores da OLP e DAO (Boiko et al., 2003). Na pielonefrite</p><p>aguda e no período de agravamento evidente da doença, é aplicado um tratamento</p><p>combinado com antiinflamatórios. No curso latente, ligeiramente sintomático de</p><p>pielonefrite crônica, a terapia com ozônio pode ser usada tanto como tratamento</p><p>independente quanto em associação com medicamentos antiinflamatórios. Deve-se lembrar</p><p>que, sob a influência do ozônio, os agentes microbianos se acumulam mais ativamente, do</p><p>meio ambiente, substâncias medicinais, como anti-sépticos e antibióticos (Belianin, 1997).</p><p>A terapia com ozônio pode ser utilizada como método independente para profilaxia</p><p>de doença grave.</p><p>Formas de aplicação</p><p>• Insuflações rectais com uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Auto-hemoterapia principal.</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Administração intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada.</p><p>Pauta terapêutico</p><p>Tratamento combinado</p><p>O AHTMn (6-8 sessões) é combinado com administração intravenosa de uma</p><p>solução fisiológica ozonizada ou com insuflação retal (8 a 10 sessões). Nos primeiros 3</p><p>dias, o tratamento é feito uma vez por dia e depois em dias alternados. O AHTM (6-8</p><p>sesões) pode ser realizado no lugar dos procedimentos acima mencionados duas vezes por</p><p>semana.</p><p>De acordo com os dados de Chernish et al. (2003), a inclusão da terapia de ozônio</p><p>(administração intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada e insuflação rectal) no</p><p>tratamento múltiplo de pacientes com pielonefrite grave permitiu reduzir a metade o tempo</p><p>de tratamento.</p><p>Talalaenko et al. (2003) apontam para a redução da duração do tratamento com a</p><p>aplicação da terapia de ozônio a gestantes com pielonefrite em 29,1% (12,7 ± 1,1 para o</p><p>grupo basal e 17,9 ± 1,6). , para o grupo de comparação).</p><p>O uso de administração intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada em</p><p>gestantes com pielonefrite crônica, a fim de evitar o agravamento da doença, mostrou que</p><p>esta última ocorreu somente em 4,2% dos casos, no grupo basal , e em 62,5%, no grupo ao</p><p>qual a terapia de ozônio não foi aplicada.</p><p>9.2. Gastrite crônica</p><p>A gastrite crônica é uma doença inflamatória da mucosa gástrica, acompanhada pela</p><p>alteração da regeneração fisiológica do endotélio e, como resultado, por atrofia e</p><p>remodelação</p><p>Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>das funções do motor e incrementos do estômago. De acordo com a classificação atual, a</p><p>gastrite crônica A, B e C é distinguida. A gastrite crônica A é a doença auto-imune, B é de</p><p>etiologia bacteriana e C é devido a causas químicas ou gastrite por refluxo.</p><p>A gastrite auto-imune e a gastrite por refluxo são doenças específicas, que compõem</p><p>quase 6% de toda a gastrite. Em 94% dos casos, as bactérias helicoidenses são responsáveis</p><p>pelo aparecimento de alterações inflamatórias gástricas e duodenais, gastrite infecciosa,</p><p>razão pela qual, neste trabalho, seu tratamento é tratado com precisão por meio da terapia</p><p>com ozônio.</p><p>Gastrite B é gastrite associada a Helicobacter pylori (HP). As bactérias do gênero</p><p>Helicobacter são fatores patogênicos conhecidos em animais e humanos. HP é um bacilo</p><p>Gram-negativo que cresce otimamente em um ambiente microaerofílico a uma temperatura</p><p>de 37 ° C. Nos últimos anos, estudos intensivos permitiram que o mecanismo de ação da</p><p>HP fosse descrito com precisão suficiente. As bactérias produzem uma enzima específica, a</p><p>urease, que transporta a uréia para dióxido de carbono e amônia. O último deprime a</p><p>oxidação mitocondrial, retarda a reprodução celular e exerce influência citotóxica direta.</p><p>Além disso, a HP produz protease e lipase, que alteram a estrutura mineral e a viscosidade</p><p>das camadas gástricas, permitindo a ação do ácido clorídrico e da pepsina no epitélio</p><p>gástrico. Sob essas condições, é formado um poderoso mediador da inflamação, o fator de</p><p>agregação plaquetar, que causa alterações no suprimento sanguíneo, isquemia e erosão das</p><p>mucosas. Uma característica particular do desenvolvimento desta gastrite é a preservação</p><p>prolongada do ácido e a atividade da formação de gastrina; posteriormente, o</p><p>desenvolvimento da atrofia e a localização do processo na seção arterial do estômago.</p><p>Na gastrite crônica, são observadas alterações imunológicas. O estudo da imunidade</p><p>local no estômago e no intestino mostrou uma secreção de deficiência de IgA, que é</p><p>produzida pelos linfócitos e células plasmáticas do tecido linfático da mucosa gástrica. As</p><p>funções fundamentais das IgA secretoras são a defesa da mucosa através da neutralização</p><p>de toxinas e também o bloqueio da adesão bacteriana às células epiteliais. A insuficiência</p><p>de IgA secretoras determina uma inconsistência imunológica das membranas do trato</p><p>gastrointestinal (Aruin, 1993).</p><p>A terapia com ozônio provou ser um meio eficaz de tratar a gastrite crônica. Com</p><p>base na necessidade de sua aplicação, Andosov et al. (2000) apontou que o ozônio atua em</p><p>todos os mecanismos patogênicos fundamentais para o desenvolvimento desta doença: ele</p><p>exerce influência bactericida em muitas bactérias; tem um efeito antiinflamatório pela</p><p>oxidação do ácido araquidônico, que é o precursor da prostaglandina E, iniciador do</p><p>processo inflamatório; tem uma ação imunorreguladora e antiagregante, e também</p><p>propriedades analgésicas.</p><p>Na aplicação local, o ozônio supera as barreiras da inflamação devido a reações com</p><p>os lipídios das membranas e a formação de ozonetos. O óleo vegetal ozonizado e a água</p><p>ozonizada possuem ação bactericida, entregam o oxigênio ativo nos tecidos e aceleram</p><p>processos de cicatrização.</p><p>A influência da terapia de ozônio no estado da barreira da mucosa epitelial foi</p><p>avaliada por Karataev (1999). Através de sua prescrição, um aumento significativo</p><p>Capítulo 9. Terapia de ozônio em distúrbios hepáticos, renais e gastrointestinais • 131</p><p>da altura superficial do epitélio da mucosa e aumentou a atividade funcional do</p><p>revestimento da mucosa gástrica.</p><p>De acordo com os dados de Batpakov et al. (2005), obtidos através de investigações</p><p>endoscópicas e morfológicas, em 80% dos pacientes a que foi aplicada a terapia com</p><p>ozônio, observou-se a normalização dos processos de formação da mucosa, com melhora</p><p>da microcirculação, diminuição de inflamação e regressão de gastrite (desaparecimento de</p><p>leucócitos polimórficos e diminuição significativa no número de células plasmáticas).</p><p>O efeito da terapia de ozônio em bactérias helicoidais é demonstrado em diferentes</p><p>direções. A influência antibacteriana direta é manifestada pela alteração da integridade da</p><p>cobertura de microrganismos causada pela oxidação dos fosfolípidos e lipoproteínas. A</p><p>capacidade do ozônio para atuar na ligação mitocondrial (ativando a função de oxidação-</p><p>redução da cadeia respiratória mitocondrial) tem grande significância terapêutica. Tudo</p><p>isso leva à eliminação da ação citotóxica causada pela amônia, produzida pela HP, na</p><p>mucosa gástrica.</p><p>Utilizando a administração intravenosa de uma solução fisiológica ozonizada para o</p><p>tratamento de doenças causadas por bactérias helicoidais (gastrite crônica e ulcerases),</p><p>Karataev et al. (2000)</p><p>alcançaram um alto grau de erradicação da HP (93,7%); Ando-sov</p><p>et al. (2000) obteve resultados menos impressionantes. O efeito positivo contra a bactéria</p><p>helicoidal foi alcançado em 49% dos casos, em 26,3% deles a HP foi completamente</p><p>erradicada, a quantidade diminuiu em 22,7% dos casos de semeadura, nos 44 , 2% a</p><p>plantação não mudou e, em 6,8%, cresceu. No entanto, por meio de investigação</p><p>histomórfica em dois terços das biópsias gástricas com semeadura sem alterações,</p><p>determinou-se uma diminuição significativa nos sinais de inflamação, algo que os autores</p><p>explicam pela melhora da imunidade local que foi alcançada como resultado do</p><p>tratamento. .</p><p>A ação anti-inflamatória do ozônio também é expressa através da sua intervenção no</p><p>metabolismo do ácido araquidônico, cuja oxidação retarda a formação do fator de</p><p>agregação plaquetar.</p><p>A influência do ozônio sobre as mudanças na imunidade local foi estabelecida. Sob</p><p>a ação da terapia de ozônio, observa-se um aumento na produção secreta de IgA por</p><p>linfócitos e células plasmáticas, garantindo a defesa imunológica da mucosa gástrica.</p><p>9.2.1. Gastrite crônica, em sua forma antral, tipo B</p><p>O esquema de tratamento para a gastrite crônica, na sua forma antral, do tipo B é o</p><p>seguinte.</p><p>Formulários de inscrição</p><p>• Água ozonizada.</p><p>• Óleo ozonizado.</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Administração de uma mistura de ozônio e oxigênio em pontos biologicamente</p><p>ativos.</p><p>132 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>Pauta terapêutico</p><p>O tratamento inclui a ingestão diária de água ozonizada (100-150 ml) 1 a 3 vezes por</p><p>dia, 30-40 minutos após as refeições e 400 oz de óleo ozonizado 3 vezes ao dia, 15 minutos</p><p>após a água potável ozonizado Nos primeiros dois dias, uma colher de chá de chá (~ 5 ml)</p><p>será tomada; Se a tolerância for boa, a dose será aumentada gradualmente até uma colher</p><p>de sopa (~ 20 ml), durante 2-3 semanas.</p><p>Na auto-hemoterapia menor, 3 sessões diárias são realizadas, 3 sessões em dias</p><p>alternados e as restantes 2 vezes por semana, no total de 8-10 sessões.</p><p>A punção em manchas biologicamente ativas com ozônio e mistura de oxigênio é</p><p>feita de acordo com a prática estabelecida.</p><p>9.2.2. Gastrite crônica, em sua forma difusa, tipo B</p><p>O esquema de tratamento da gastrite crônica, na sua forma difusa, tipo B é:</p><p>Formulários de inscrição</p><p>• Água ozonizada.</p><p>• Óleo ozonizado.</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Insuflações rectais com uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>Pauta terapêutico</p><p>Ingestão diária de água ozonizada (200 ml), 10 μg / ml 1 a 3 vezes por dia, 30-40</p><p>minutos após as refeições e óleo ozonizado, 3 vezes ao dia, 15-20 minutos após a tomada</p><p>da água ozonizada (os dois primeiros dias, uma colher de chá de chá será tomada, se a</p><p>tolerância for boa, a dose será aumentada gradualmente até uma colher de sopa, 2-3 vezes</p><p>por dia, durante 3-4 semanas).</p><p>Auto-hemoterapia mínima e insuflações rectais com uma mistura de ozônio e</p><p>oxigênio são realizadas a cada dois dias, trocando-as: 6 sessões e, em seguida, 2 vezes por</p><p>semana; no total, 8 a 12 sessões. A punção dos pontos de acupuntura com uma mistura de</p><p>ozônio e oxigênio é feita de acordo com o procedimento estabelecido.</p><p>A terapia com ozônio foi aplicada, como método de tratamento independente, a 101</p><p>pacientes com gastrite crônica, cujos diagnósticos foram confirmados, em todos os casos,</p><p>por endoscopia e estudo histológico. Os resultados obtidos atestam a alta eficácia do</p><p>método neste tipo de patologia. Na Figura 9-1, são mostradas as variações das síndromes</p><p>fundamentais da gastrite crônica antes e após o tratamento, demonstrando a dinâmica</p><p>positiva das manifestações clínicas da doença.</p><p>Os resultados clínicos foram confirmados por exames endoscópicos, nos quais, após</p><p>o tratamento, foi detectada a diminuição ou desaparecimento dos sinais de inflamação,</p><p>hiperemia e edema da mucosa gástrica. Os resultados foram avaliados como melhora</p><p>significativa em 57% dos pacientes e como melhora em 40%. Em 3% dos casos, os</p><p>resultados foram considerados aceitáveis.</p><p>Capítulo 9. Ozonoterapia en los trastornos hepáticos, renales y gastrointestinales • 133</p><p>Antes da</p><p>ozonoterapia</p><p>Depois da</p><p>ozonoterapia</p><p>85%</p><p>82%</p><p>78%</p><p>2</p><p>1%</p><p>21%</p><p>21%</p><p>Síndrome da dor Síndrome dispéptico Debilidade</p><p>Figura 9-1. Dinâmica das síndromes fundamentais da gastrite crônica.</p><p>9.3. Doença ulcerativa</p><p>A doença ulcerativa é uma condição recidivante crônica em que ocorre a formação</p><p>de uma úlcera gástrica ou duodenal propensa à progressão, incorporando no processo</p><p>patológico outros órgãos do sistema digestivo. A patogênese da doença ulcerativa é</p><p>atualmente tratada como a conseqüência da alteração do equilíbrio entre os fatores</p><p>agressivos e defensivos do estômago e do duodeno. Considera-se que, embora no</p><p>desenvolvimento da úlcera no antro do estômago e do duodeno tenha um certo significado,</p><p>o reforço dos fatores agressivos, o aparecimento da úlcera no corpo do estômago é o</p><p>resultado do enfraquecimento dos fatores de defesa.</p><p>Mecanismos de agressão. Na gênese da úlcera, o lugar principal é dado ao ácido</p><p>péptico; As úlceras praticamente não aparecem em casos de achloridria. Isto confirma a</p><p>eficácia do tratamento com bloqueadores da secreção de ácido clorídrico e antiácidos. O</p><p>tempo de contato do conteúdo de ácido gástrico com a mucosa no espasmo ou estenose do</p><p>píloro e sua abundante chegada no duodeno desempenham um papel importante no</p><p>mecanismo de formação de úlceras.</p><p>O derrame ácido gástrico e a lisosomalina do conteúdo duodenal durante o refluxo</p><p>gastroduodenal alteram as funções de barreira da mucosa gástrica e levam ao aparecimento</p><p>de úlceras midgastricas (Grigorev e Yakovenko, 1993).</p><p>• Guía para el uso médico del ozono. Fundamentos terapéuticos e indicaciones</p><p>Mecanismos de defesa. A combinação da interação do muco com a secreção de</p><p>bicarbonato é um importante fator de defesa. O gel mucoso está densamente ligado à</p><p>cobertura epitelial e proporciona uma defesa contra lesões mecânicas e a ação da pepsina.</p><p>A produção, pela superfície epitelial celular, da secreção mucosa alcalina contendo</p><p>bicarbonato neutraliza as ligações de hidrogênio, evitando assim a formação excessiva de</p><p>ácido clorídrico. A alteração do sistema de defesa da mucosa-bicarbonato representa um</p><p>risco para a formação da úlcera.</p><p>O estado do fluxo sanguíneo, que garante os processos energéticos nas células, tem</p><p>grande importância na manutenção da resistência da mucosa gástrica e duodenal. O piora</p><p>da circulação sanguínea e hipoxia na zona gastroduodenal permite a remodelação da</p><p>microcirculação, a liberação dos produtos PLO, a deterioração das estruturas lisossômicas</p><p>das células eo aparecimento de úlceras (Minushkin, 1996).</p><p>A taxa de regeneração do epitélio superficial nos locais danificados é considerada</p><p>um fator fundamental na resistência e cura do revestimento da mucosa. O sistema imune</p><p>também participa, e as mudanças foram observadas na imunidade celular e humoral, que se</p><p>manifesta tanto no processo de formação do defeito ulcerativo como na duração da doença</p><p>ulcerativa em geral (Nevzorova, 1993).</p><p>Atualmente, a doença ulcerativa é estudada como uma doença infecciosa,</p><p>relacionada na maioria dos casos com Helicobacter pylori (HP). Este microorganismo é</p><p>detectado em 95% dos pacientes com úlcera duodenal, em 70-80% dos pacientes com</p><p>úlcera gástrica e em 60-70% dos casos de câncer gástrico.</p><p>A gastrite infecciosa causada por bactérias helicoidais é quase sempre responsável</p><p>pela aparência de úlceras gastroduodenais. Helicobacter pylori produz urease, uma enzima</p><p>muito reativa e um grupo de proteases que, por meio da ativação de neutrófilos, prejudicam</p><p>a mucosa gástrica alterando as propriedades defensivas do epitélio.</p><p>As enzimas</p><p>proteolíticas da HP diminuem a espessura e o caráter hidrófobo do gel protetoras da</p><p>mucosa. Esses microorganismos desencadeiam toda uma série de mecanismos patogênicos</p><p>da doença: processos destrutivos nos níveis molecular, celular e tecido; efeitos citotóxicos</p><p>da alteração das secreções, reação inflamatória intensa com predominância de infiltrações</p><p>de neutrófilos e grande número de células plasmáticas, que produzem IgA na mucosa. A</p><p>lesão do endotélio microvascular gástrico também altera a integridade da mucosa devido às</p><p>citocinas inflamatórias dos leucócitos e à HP ativada, que causam distúrbios na</p><p>microcirculação.</p><p>Este é o mecanismo pelo qual a úlcera gástrica é produzida, em cuja base estão</p><p>localizadas as alterações dos fatores de defesa. Helicobacter pylori não só intervém nos</p><p>mecanismos de deterioração, mas também facilita ativamente a aparência eo</p><p>desenvolvimento de fatores agressivos. O organismo se espalha na porção antral do</p><p>estômago, causando inflamação. Como resultado, a função motora da zona piloro-duodeno</p><p>é alterada, o que produz uma chegada prematura do teor de ácido gástrico no duodeno. O</p><p>aumento da acidez no duodeno causa metaplasia da mucosa do epitélio gástrico. O epitélio</p><p>intestinal, que não é resistente ao ácido clorídrico, é substituído por um epitélio gástrico</p><p>mais resistente. Helicobacter também está localizado nesses locais, causando inflamação</p><p>duodenal e, posteriormente, o aparecimento ou recorrência de doença ulcerativa.</p><p>Capítulo 9. Ozonoterapia en los trastornos hepáticos, renales y gastrointestinales • 135</p><p>O quadro clínico da doença também é determinado pela localização da úlcera. A</p><p>úlcera localizada na região angular do estômago e acima na cardia, no corpo do estômago</p><p>(curvaturas maiores e menores, paredes posteriores) é a chamada úlcera midgástrica. É</p><p>caracterizada por dor moderada no epigástrio, que aparece após as refeições e está</p><p>relacionada à qualidade dos alimentos consumidos. É acompanhada por fraqueza, perda de</p><p>peso, náuseas, vômitos, tendência à recaída e aparência de complicações graves,</p><p>hemorragias e doenças malignas. As úlceras da maior curvatura e a parede posterior são</p><p>muitas vezes malignas; aqueles da menor curvatura, benignos.</p><p>As úlceras localizadas nas áreas prepilórica e pilórica do estômago e do duodeno, as</p><p>chamadas úlceras pituoruodênicas, caracterizam-se por dor de fome tardia na noite, azia,</p><p>eructos, piora sazonal e aumento das setições gástricas.</p><p>A ação multilateral do ozônio no tratamento da doença ulcerativa manifesta-se</p><p>sobretudo pelo efeito antiinflamatório e pelo helicobacter. A diminuição da inflamação na</p><p>mucosa gastroduodenal é conseguida tanto pela ação geral da administração parenteral de</p><p>misturas de ozônio e oxigênio quanto pela aplicação local de materiais ozonizados. Acelera</p><p>os processos de epitelização do defeito da úlcera e o desaparecimento da infiltração na</p><p>mucosa em períodos mais curtos do que com o tratamento tradicional.</p><p>Por aplicação intragástrica de óleo ozonizado na úlcera, no quadro de um tratamento</p><p>tradicional, mas sem administração de antibacterianos, Chernejovskaia et al. (2003, 2004)</p><p>alertaram sobre a presença de HP em 2,2% dos pacientes, em comparação com 91,3% antes</p><p>do tratamento. No grupo de comparação após tratamento tradicional, incluindo</p><p>antibacterianos, HP foi detectada em 73,35% dos pacientes. Isso reduziu o termo de</p><p>epitelização da úlcera no grupo tratado para 10 ± 0,3 dias (no grupo de comparação foi de</p><p>24 ± 0,2 dias).</p><p>O papel do ozônio como imunomodulador no tratamento de patologias</p><p>gastroduodenais e, em particular, a doença ulcerativa também adquire significância,</p><p>considerando que, na inflamação crônica causada por bactérias helicoidais, a imunidade</p><p>sistêmica geral é afetada, algo que manifesta-se particularmente em pacientes com duode-</p><p>noeyeyunite. Nessa situação, observa-se o paralelismo na relação entre a expressão da</p><p>infecção por bactérias helicoidais e a aparência do estado de déficit imunológico</p><p>secundário. De acordo com os resultados de Karataev et al. (1998), a inclusão da terapia de</p><p>ozônio no tratamento de pacientes com úlcera duodenal e após uma semana trouxe os</p><p>indicadores de imunidade celular aos limites normais. Além disso, o aumento da imunidade</p><p>ao aplicar a terapia com ozônio melhora consideravelmente o prolongamento dos</p><p>resultados de cicatrização e diminui a recorrência da doença várias vezes.</p><p>A influência positiva da terapia de ozônio na imunidade local foi demonstrada. Após</p><p>o tratamento, observou-se aumento dos linfócitos mesoepiteliais na mucosa gástrica nos</p><p>estudos citomorfológicos de biópsias de áreas próximas à úlcera. Os linfócitos</p><p>mesoepiteliais produzem interferão e outras citocinas, o que reforça a produção de IgA. O</p><p>último desempenha um papel defensivo na mucosa gastroduodenal, aumentando sua</p><p>resistência às lesões.</p><p>136 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>A terapia com ozônio também é utilizada na doença ulcerativa como meio com ação</p><p>antioxidante, uma vez que na localização do substrato principal da doença ulcerativa (o</p><p>defeito da mucosa) e também na gastroduodenite que sempre o acompanha, a</p><p>fortalecimento dos processos da OLP.</p><p>Karataev et al. (1999) investigou o status do OLP e DAO em 15 pessoas</p><p>praticamente saudáveis e em 71 pacientes com úlcera duodenal e determinou um aumento</p><p>de 12% nos produtos da OLP nos pacientes em relação aos saudáveis, bem como uma</p><p>diminuição nos indicadores DAO. Em seguida, os pacientes foram divididos em grupos</p><p>aproximadamente iguais, o primeiro dos quais recebeu tratamento convencional com a</p><p>chamada tríade anthelicobacter (subcitrato de bismuto, tetraciclina e metronidazol, ou</p><p>CAO, claritromicina, amoxicilina e omeprazole). O segundo grupo foi tratado com</p><p>subcitrato de bismuto, omeprazole e terapia com ozônio. Foi demonstrado que, após a</p><p>administração do tratamento antihelicobacter, apenas no grupo de pacientes tratados com</p><p>terapia com ozônio foi uma diminuição estatisticamente significativa nos produtos da OLP.</p><p>O estado do DAO também foi caracterizado por um aumento estatisticamente significativo</p><p>e com valores próximos aos de pessoas saudáveis no grupo controle.</p><p>A capacidade do ozônio para diminuir a ação citotóxica da amônia fabricada pela HP</p><p>devido à ativação das funções de redução da oxidação da cadeia respiratória mitocondrial é</p><p>de grande importância.</p><p>A alteração da circulação sanguínea local ocupa uma das posições principais nas</p><p>concepções sobre a formação da úlcera. O espasmo das arteriolas, a estase venosa e, como</p><p>conseqüência, o desenvolvimento de hipoxia e acidose nos tecidos ativam o sistema</p><p>kallikrein-kinin. Isso aumenta a permeabilidade dos capilares e leva à remodelação da</p><p>microcirculação, bem como à intensificação dos processos da OLP e à deterioração das</p><p>estruturas lisossômicas dos elementos celulares. A ozonotera-pia consegue melhorar a</p><p>circulação sanguínea devido ao efeito espasmolítico significativo e à melhoria das</p><p>propriedades reológicas do sangue. Uma melhor nutrição do tecido também é alcançada,</p><p>graças a uma maior oferta de oxigênio pelos eritrócitos.</p><p>O estudo da microcirculação com a ajuda de uma sonda especial introduzida através</p><p>do endoscópio mostrou tendência favorável na mucosa da seção antral do estômago e</p><p>duodeno. Sob a ação da terapia de ozônio, a amplitude das oscilações de baixa freqüência</p><p>da corrente sanguínea aumentou 1,5 vezes e o indicador de resistência intravascular</p><p>diminuiu 18-21%.</p><p>O aumento no índice de efetividade da microcirculação manifestou-se mais</p><p>claramente na seção antral gástrica. Observou-se um viés positivo menos óbvio no corpo</p><p>do estômago e no bulbo duodenal (Kulikov et al., 2000).</p><p>Os esquemas de tratamento propostos são os seguintes.</p><p>9.3.1. Doença da úlcera gástrica</p><p>Formas de aplicação</p><p>• Agua</p><p>Para entender melhor a informação exposta e a essência do método, no livro os laços</p><p>patogênicos do desenvolvimento de diferentes doenças, a principais manifestações clínicas</p><p>e mecanismos de ação da terapia com ozônio eles. Além disso, o tratamento com misturas</p><p>de ozônio e oxigênio é analisado como um método independente (monoterapia), mas</p><p>também combinada com drogas e outras alternativas terapêutico.</p><p>Os avanços obtidos no campo de pesquisa, da aplicação mais frequente de terapia e</p><p>realizações, embora limitado até agora, na área legal de regularização deve ser</p><p>necessariamente acompanhado de um treinamento melhor e mais efetivo parte dos</p><p>profissionais de saúde que o utilizam. A terapia com ozônio é um ato médico de acordo</p><p>com a definição do Conselho Geral das Associações Médicas Oficiais da Espanha (OMC):</p><p>"A partir da premissa fundamental de que toda a terapia, convencional ou não, alopática,</p><p>holística ou homeopática, é, por si só, um ACTO MÉDICO que requer um diagnóstico</p><p>prévio, uma indicação terapêutica e uma aplicação da o mesmo, e isso deve ser feito,</p><p>necessariamente e obrigatoriamente, por uma pessoa qualificada e legalmente autorizado a</p><p>fazê-lo. Isto é, UM MÉDICO. "(Http://www.cgcom.org/ Notícias / 2009/12/09).</p><p>A terapia com ozônio é caracterizada pela simplicidade de sua aplicação, a grande</p><p>eficácia, a boa tolerância e ausência de efeitos colaterais. No entanto, estamos consciente</p><p>de que o profissional deve ser devidamente treinado e treinado, e Decidimos elaborar e</p><p>publicar este trabalho. Como o título indica, o conteúdo de O livro é concebido com o</p><p>objetivo de fornecer ao profissional da saúde um guia que Conte-lhe como usar a terapia de</p><p>ozônio, fornecendo-lhe bases terapêuticas como indicações práticas para sua</p><p>implementação. Gostaríamos que o Guia se tornasse em permanente referência do</p><p>profissional em sua prática diária, bem como em um livro de consulta em que você pode</p><p>encontrar respostas, pelo menos parciais, para suas perguntas.</p><p>O trabalho é destinado a estudantes de cursos superiores de medicina, odontologia e</p><p>veterinários, residentes, supervisores, especialistas, médicos, terapeutas de rede</p><p>estacionária, policlínicas, dentistas e veterinários, e confiamos que isso os ajudará na</p><p>assimilação prática deste método terapêutico.</p><p>Como qualquer empresa humana, este trabalho pode conter erros involuntários.</p><p>Além disso, À medida que progride, a pesquisa científica nos obriga, felizmente, a analise</p><p>nosso conhecimento e, portanto, o que expressamos por escrito. Isso será O que, com total</p><p>certeza, nos levará à publicação de uma segunda edição; ao menos, esperamos que sim.</p><p>Dra. Adriana Schwartz</p><p>Diretor de publicação</p><p>Parte I</p><p>FUNDAMENTOS DE</p><p>OZONOtERAPIA</p><p>1</p><p>Capítulo 1</p><p>Aspectos gerais e ozono</p><p>fisicoquímico</p><p>1.1. Revisão histórica da zonoterapia</p><p>Devido ao alto grau de alergização da população, a adaptação de microorganismos</p><p>medicamentos e o alto custo destes, métodos terapêuticos que não utilizam As drogas</p><p>atraem cada vez mais um grande número de apoiantes. A terapia com ozônio é baseada em</p><p>o uso, como medicamento, de uma mistura de ozônio e oxigênio, componentes que existem</p><p>no meio ambiente.</p><p>O uso em larga escala da terapia com ozônio começou na Alemanha, onde foi</p><p>estabelecido a produção de geradores de ozônio medicinais. Otôterapeutas italianos obtidos</p><p>grandes sucessos e popularidade em cosmetologia terapêutica. Um dos maiores</p><p>centros de pesquisa de ozônio está localizado em Cuba, e em seu programa científico é</p><p>Presta especial atenção aos problemas da gerontologia. Existem clínicas especializadas de</p><p>ozonoterapia em Espanha, Itália, Cuba, Alemanha, Estados Unidos, México, Rússia e</p><p>outros países da Europa Ocidental.</p><p>Na Rússia, nos anos 70 do século passado, as primeiras comunicações apareceram</p><p>sobre o sucesso da aplicação do ozono no tratamento de condições causadas por queima Na</p><p>antiga União Soviética, o primado da clínica acadêmica E. I. Ceppa na Estônia. Ao mesmo</p><p>tempo, em Minsk, as inalações foram utilizadas com sucesso de terpenos para o tratamento</p><p>de pacientes com asma brônquica.</p><p>Os cientistas da Academia de Medicina de Nizhny Novgorod foram os mais</p><p>entusiasmados no estudo da ozonoterapia na Rússia. Sob a direção do acadêmico RAMNB.</p><p>Capítulo 1</p><p>Guia para o uso médico da área. Fundamentos terapêuticos e indicações Um Korolev</p><p>no laboratório central de pesquisa científica da academia de medicina Estado de Nizhny</p><p>Novgorod, foi desenvolvido um novo modo de aplicação da terapia com ozônio, a</p><p>administração intravascular de soluções ozonizadas. Em outubro de 1977, ele tomou</p><p>realizou em um cachorro o primeiro experimento com base no "novo método" e em abril de</p><p>979 uma solução de cardioplegia foi administrada pela primeira vez no mundo no sistema</p><p>coronário de um paciente durante a operação de uma lesão cardíaca congênita.</p><p>Em novembro de 1986, a ozonização na circulação foi realizada pela primeira vez</p><p>sangue artificial, durante a colocação de uma prótese valvar mitral.</p><p>No caminho para o estudo do novo método e os meios técnicos para a utilização de</p><p>ozônio, foram desenvolvidas abordagens metodológicas para aplicação parenteral de</p><p>soluções drogas ozonizadas durante a realização de terapias de transfusão, o processamento</p><p>de sangue preservado, transfundido e pertencente a pacientes no pós-operatório, e após a</p><p>ressuscitação. Uma série de mecanismos fundamentais de ação foram revelados de ozônio</p><p>que determinam o efeito da terapia com ozônio em diversas doenças;</p><p>Em outras palavras, com base em fundamentos científicos, obteve-se evidência de</p><p>eficácia de ozonoterapia.</p><p>A primeira menção sobre ozônio que aparece na literatura científica pertence para o</p><p>físico holandês Mak Van Marum, e data de 1785. Durante a experimentação em um</p><p>poderoso instalação para eletrificação, ele descobriu que, passando uma faísca elétrica</p><p>através de do ar apareceu uma substância gasosa com um odor característico, que possui</p><p>propriedades intensas oxidantes Em 1801, Kriunchenk detectou um cheiro semelhante</p><p>durante a eletrólise da água. Em 1840, Christian Frederick Schonbein, professor da</p><p>Universidade de Basileia, dados relacionados sobre mudanças nas propriedades de</p><p>oxigênio com a formação de um gás de concreto que ele chamou de ozônio (da palavra</p><p>grega "oloroso"). Schonbein detectado por primeira vez que a capacidade do ozônio para se</p><p>ligar com substratos biológicos nas posições correspondente a ligações duplas</p><p>(Razumovski e Zaikov, 1974; Viebahn-Hansler, 1999). Posteriormente, De la Riva e</p><p>Moriniak demonstraram que o ozônio é uma variedade de oxigênio (citado por Lunin,</p><p>1998). Em 1848, Xant colocou a hipótese de que o ozônio Era oxigênio triatômico. Em</p><p>1857, com a ajuda do «tubo de indução magnética moderno» criado por Verner Von</p><p>Simens, foi construído o primeiro dispositivo técnico de ozonização, que Ele foi</p><p>empregado em uma instalação para a purificação da água potável. Desde então, o a</p><p>ozonização permite obter, de forma industrial, água potável higiênica e adequada para</p><p>consumo. Cem anos depois, Hansler construiu o primeiro gerador para o uso Ozone,</p><p>oferecendo a possibilidade de obter uma dosagem precisa da Mistura de ozônio e oxigênio</p><p>(Viebahn-Hansler, 1999).</p><p>É interessante que, em 1876, pela primeira vez na Rússia, a Universidade de Kazan</p><p>B. Chemezov realizou pesquisas científicas sobre a influência do ozônio nos tecidos dos</p><p>animais. Através da passagem do ozônio através dos tecidos celulares subcutaneamente,</p><p>um efeito de vasoconstrição foi observado primeiro e, em seguida, um efeito vasodilatador,</p><p>bem como a desidratação e a inibição dos nervos periféricos Pesquisas realizadas no século</p><p>XIX sobre as propriedades do ozônio provaram que é capaz de reagir com a maioria das</p><p>substâncias orgânicas e inorgânicas Capítulo 1. Aspectos gerais</p><p>ozonizada.</p><p>• Azeite ozonizado.</p><p>Capítulo 9. Ozonoterapia en los trastornos hepáticos, renales y gastrointestinales •</p><p>137</p><p>• Insuflações rectais com uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Administração intravenosa de solução fisiológica ozonizada.</p><p>• Auto-hemoterapia principal.</p><p>• Administração de uma mistura de ozônio e oxigênio nos pontos biologicamente</p><p>ativos.</p><p>Cronograma terapêutico</p><p>A água ozonizada e o óleo ozonizado são utilizados da mesma maneira que na</p><p>gastrite crônica.</p><p>O tratamento começa com insuflações rectais de uma mistura de ozônio e oxigênio a</p><p>cada dois dias, alternando com sessões de AHTMn (5-6 sessões). Posteriormente, os</p><p>mesmos procedimentos são realizados duas vezes por semana. Dada a impossibilidade de</p><p>aplicação de insuflações rectais, estas são substituídas pela administração intravenosa de</p><p>uma solução fisiológica ou ozonizada; no total, 12-15 sessões em dias alternados, ou 6-8</p><p>sessões de AHTM 2 vezes por semana.</p><p>A infiltração nos pontos paravertebrais nos níveis T6-T9 e T11-T12 com uma</p><p>mistura de ozônio e oxigênio é feita a cada dois dias, num total de 5-8 sessões.</p><p>9.3.2. Doença de úlcera duodenal</p><p>Formulários de inscrição</p><p>• Água ozonizada.</p><p>• Óleo ozonizado.</p><p>• Auto-hemoterapia menor.</p><p>• Administração intravenosa de solução fisiológica ozonizada.</p><p>• Insuflações rectais com uma mistura de ozônio e oxigênio.</p><p>• Administração de uma mistura de ozônio e oxigênio nos pontos biologicamente</p><p>ativos.</p><p>Cronograma terapêutico</p><p>A água ozonizada e o óleo ozonizado são utilizados da mesma maneira que na</p><p>gastrite crônica.</p><p>O tratamento começa com AHTMn em dias alternados, e depois 2 vezes por semana,</p><p>num total de 8-10 sessões.</p><p>A administração intravenosa de solução fisiológica ozonizada ou insuficiências</p><p>rectais com uma mistura de ozônio e oxigênio alternam com o AHTMn.</p><p>A administração intravenosa de solução fisiológica ozonizada e AHTMn pode ser</p><p>substituída por 8-10 sessões de AHTM, em primeiro lugar em dias alternados, e duas vezes</p><p>por semana.</p><p>138 • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações</p><p>O tratamento dura cerca de 3-4 semanas.</p><p>Após a cura da úlcera, o óleo ozonizado é administrado por 1-1,5 meses (à noite ou</p><p>no início da manhã, uma colher de sobremesa).</p><p>De acordo com as observações sobre os resultados do tratamento quando ozo-</p><p>noterapia foi utilizado como método independente, isto é, apenas com o uso de materiais</p><p>ozonizados (em 69 pacientes com doenças agudas), 10 dos pacientes apresentavam doença</p><p>da úlcera gástrica e 59 Eles tinham úlcera duodenal. Em 8 dos pacientes com úlcera</p><p>gástrica, os resultados foram avaliados como uma melhora significativa e documentaram a</p><p>cicatrização total do defeito da úlcera e a eliminação de todos os sintomas da doença.</p><p>Em dois casos, após o desaparecimento total de todos os sintomas clínicos da</p><p>doença, a cura da úlcera foi incompleta, ou seja, os resultados foram avaliados como</p><p>melhora. Em pacientes com úlcera duodenal, após tratamento com ozônio: em 56% dos</p><p>casos, o resultado foi avaliado como melhora significativa; em 39% dos casos, observou-se</p><p>uma melhora; Em 5% dos pacientes, obteve-se uma melhora parcial, com diminuição em</p><p>parte dos sintomas e cura incompleta do defeito da úlcera.</p><p>A terapia com ozônio é utilizada como método independente e também como</p><p>método complementar. Shajov et al. (1998) combinaram o tratamento convencional com</p><p>terapia auto-hemo-principal, que foi realizada todos os dias. Já após a primeira sessão,</p><p>observou-se diminuição da dor em todos os pacientes. Após 2-3 sessões, a metade dos</p><p>pacientes apresentou diminuição (pela metade) no tamanho do defeito da úlcera ou na</p><p>cicatrização da úlcera. Após 5-6 sessões, a cura completa dos defeitos da úlcera foi</p><p>alcançada em 87% dos pacientes. Em úlceras grandes e gigantes, o número de sessões</p><p>AHTM foi aumentado, mas os tempos de cura do defeito da úlcera, independentemente da</p><p>localização, diminuíram em 7-8 dias em relação ao tratamento convencional. Todos os</p><p>comentários permitiram que os autores concluíssem que a inclusão de auto-hemoterapia</p><p>com ozônio no tratamento da úlcera reduz significativamente o período de cicatrização.</p><p>Bajar (2001) propõe o tratamento combinado da doença ulcerativa do duodeno ao ingerir</p><p>250 ml de água destilada com uma concentração de ozônio de 12-20 μg / ml juntamente</p><p>com a tomada de 20 mg de omeprazole. A duração do tratamento é de 7-15 dias. Em todos</p><p>os pacientes, a dor parou após 3-4 dias. De acordo com os dados de endoscopia, a cura da</p><p>úlcera no décimo dia foi observada em 80% dos casos. Um ano após o tratamento, as</p><p>recorrências da doença foram detectadas em 28% dos casos.</p><p>Informações sobre procedimentos de cura mais complicados estão disponíveis com</p><p>aplicação da técnica endoscópica. Assim, Korabelnikov et al. (2000) realizada durante a</p><p>fibroduodenoscopia, o tratamento do defeito da úlcera de acordo com o princípio cirúrgico</p><p>primário, cortando a borda cicatrizada da úlcera. Então, e durante 5 minutos, a ventilação</p><p>dirigida do defeito da úlcera foi realizada com uma mistura de ozônio e oxigênio com uma</p><p>concentração de ozônio de 5 μg / ml. Após o tratamento com ozônio, o defeito da úlcera é</p><p>colado com uma massa de antibiótico e cola, e para uma melhor fixação do enchimento,</p><p>uma camada de cola biológica pura é colocada no topo. Estes procedimentos</p><p>Capítulo 9. Terapia de ozônio em distúrbios hepáticos, renais e gastrointestinais • 139</p><p>eles são repetidos após 2-3 dias. Durante as pausas, são aplicadas sessões de terapia</p><p>de ozônio, que consistem na administração, através da sonda, da mistura de ozônio e</p><p>oxigênio até o início do desconforto subjetivo.</p><p>Com este tipo de tratamento, a dor e outros sintomas desapareceram durante os</p><p>primeiros dois dias, a freqüência de aparência da HP foi reduzida de 92% para 3,8% e a</p><p>epitelização da úlcera foi observada em 23 dos 37 pacientes (Asadullaev , 2000). O uso</p><p>combinado de endoscopia curativa, que utiliza o preenchimento do defeito da úlcera com</p><p>uma massa de antibiótico e cola, e a ventilação com uma mistura de ozônio e oxigênio</p><p>permitiram a resolução do processo inflamatório, a epitelização do defeito da úlcera e a</p><p>formação de uma cicatriz delicada que não produziu deformação gástrica ou duodenal na</p><p>região da úlcera.</p><p>A administração intragástrica do óleo ozonizado durante a</p><p>esofagogastroduodenoscopia para o tratamento, sem antibacterianos, de 412 pacientes com</p><p>doença ulcerosa foi utilizada por Chernejovskaia et al. (2003,2004). De acordo com seus</p><p>resultados, o uso de óleo ozonizado no tratamento múltiplo desses pacientes não só acelera</p><p>a cura do defeito da úlcera e elimina os sintomas da doença, mas também constitui um</p><p>meio profilático para recidivas. Em 90,2% dos pacientes, a remissão foi adiada mais de 5</p><p>anos. A necessidade de antibióticos desapareceu, o que reduziu significativamente o custo</p><p>do tratamento.</p><p>A análise da eficácia econômica da terapia com ozônio foi realizada por Karataev na</p><p>tese de doutorado Terapia de ozônio de doenças causadas por bactérias helicoidais</p><p>(Moscou, 2001). Karataev tratou 570 pacientes, 107 deles com gastrite crônica, 95 com</p><p>úlcera gástrica e 400 com úlcera duodenal e terapia de ozônio aplicada na forma de</p><p>administração intravenosa de solução fisiológica ozonizada, ingestão de água ozonizada e</p><p>óleo ozonizado em 287 pacientes</p><p>Foi demonstrado que a inclusão da terapia de ozônio no esquema terapêutico foi</p><p>mais eficaz tanto do ponto de vista clínico como do ponto de vista econômico. O esquema</p><p>terapêutico mais caro contra bactérias helicoidais com aplicação de ozonoterapia custa</p><p>936,5 rublos. Ao mesmo tempo, os esquemas terapêuticos habituais contra bactérias</p><p>helicoidais, recomendados por grupos europeus e russos, para o estudo de Helicobacter</p><p>pylori custam</p><p>e físicos ou químicos da</p><p>zona até a sua completa oxidação, isto é, até a formação de água, óxidos de carbono e</p><p>óxidos superiores de outros elementos. Em relação aos temas biológicos, foi estabelecido a</p><p>influência seletiva do ozônio em substâncias que têm ligações duplas e triplas, dentre as</p><p>quais proteínas, aminoácidos e ácidos graxos não saturados, que fazem parte da</p><p>composição dos complexos de lipoproteínas plasmáticas e bicamadas de membranas</p><p>celulares. As reações com esses compostos suportam os efeitos biológicos da terapia com</p><p>ozônio e têm um significado na patogênese de vários doenças.</p><p>1.2. O ou zono na natureza</p><p>O ozônio, um gás naturalmente localizado na atmosfera, é formado na natureza, do</p><p>oxigênio e da energia gerada por tempestades elétricas.</p><p>Este gás é mais conhecido precisamente por seu papel essencial na atmosfera como</p><p>um filtro de radiação ultravioleta. As suas aplicações médicas são mais recentes e estão</p><p>baseadas fundamentalmente para tirar proveito de sua ótima capacidade oxidante contra as</p><p>biomoléculas, gerando desta forma um estresse controlado que ativa as respostas</p><p>antioxidantes endógeno.</p><p>A vida na Terra surgiu pela primeira vez em uma atmosfera redutora, e não foi até a</p><p>aparência de algas com capacidade fotossintética que o oxigênio começou a ser encontrado</p><p>em a atmosfera em quantidades crescentes. Isso representou uma pressão muito evolutiva</p><p>seria, ao criar uma atmosfera oxidante com concentrações de O2 muito altas. Porém, a</p><p>aparência de O2 na atmosfera terrestre permitiu o desenvolvimento de organismos mais</p><p>complexo, que usou essa molécula para a produção de energia de uma maneira muito mais</p><p>eficiente.</p><p>A massa total de ozônio na atmosfera da Terra é de 4 × 109 toneladas. A</p><p>concentração do ozônio estacionário médio é de 1 mg / m3. Os balanços foram gravados</p><p>concentrações sazonais e diárias de ozônio na troposfera. Na superfície do Terra, a</p><p>concentração de ozônio durante um dia passa por um máximo entre 10 e 18 horas e, no</p><p>mínimo, ao amanhecer. No verão e na primavera, a concentração de O ozônio é 3,5 vezes</p><p>maior do que no inverno e no outono, como resultado do fortalecimento da troca de</p><p>camadas de ar e a chegada do ozônio na estratosfera. Nas regiões polares é maior do que na</p><p>zona equatorial, e na atmosfera das cidades é maior do que na zonas rurais. A maior</p><p>distância da superfície da Terra, a concentração de ozônio aumenta, atingindo um máximo</p><p>a 20-30 km de altura. Nesta região, e por ação constante da radiação ultravioleta do sol, o</p><p>ozônio é formado como um gás incolor do oxigênio atmosférico.</p><p>As reações que levam à formação de ozônio podem ser representadas da seguinte</p><p>forma</p><p>forma:</p><p>O2 → O + O</p><p>O + O2 → O3</p><p>Guia para o uso médico da área. Fundamentos terapêuticos e indicações E,</p><p>inversamente, a molécula de ozônio tem a capacidade de absorver a radiação ultravioleta,</p><p>formando novamente dois átomos de oxigênio. Como resultado deste processo, foi formado</p><p>e mantém a camada de ozônio da Terra, a ozonesfera. A cada 11 anos, a concentração de</p><p>ozônio.</p><p>Nesta região atinge um máximo, algo relacionado ao ciclo de atividade solar.</p><p>A largura da camada de ozônio é muito pequena; a uma pressão de 760 mm Hg e a</p><p>uma temperatura de 0 ° C, o valor médio para toda a Terra é de 2,5-3 mm; na região</p><p>equatorial é quase 2 mm, e em altas latitudes, até 4 mm.</p><p>O ozônio protege a conservação da vida na Terra, já que a camada que se forma</p><p>retém a parte mais mortal para organismos vivos e plantas, radiações O ultravioleta, que é</p><p>concretamente entre 260 nm e 280 nm, é capaz de desnaturar e destruir proteínas e ácidos</p><p>nucleicos. Além disso, juntamente com gás dióxido de carbono, o ozônio absorve a</p><p>radiação infravermelha da Terra, dificultando assim está esfriando.</p><p>Na troposfera, o conteúdo de ozônio é muito pequeno e está mudando ao longo da</p><p>tempo e de acordo com a altitude. Periodicamente, como resultado da interação das</p><p>correntes ar turbulento, uma quantidade insignificante de ozônio (difícil de determinar)</p><p>desce para a camada da atmosfera perto da Terra. Após fortes tempestades, você pode</p><p>aprecie o cheiro característico do ozônio em quantidades traçadas.</p><p>Nos últimos anos, surgiu o perigo do desaparecimento da camada de ozônio. Tem</p><p>estabeleceu que a decomposição do ozônio atmosférico ocorre, não só como resultado dos</p><p>processos fotoquímicos, mas também nas suas reações com os radicais · OH e HO2 ·,</p><p>óxidos de nitrogênio, cloro e seus compostos.</p><p>A liberação maciça para a atmosfera de óxidos de nitrogênio como resultado do</p><p>desenvolvimento da aviação à reação atômica e dos foguetes cósmicos, o uso de</p><p>refrigerantes contendo cloro (freons) e a aplicação de fertilizantes constituídos por</p><p>partículas muito pequeno pode levar ao desaparecimento do ozônio na atmosfera. O</p><p>poderoso erupções vulcânicas, que são acompanhadas pela liberação de aerossóis na</p><p>atmosfera, eles também produzem a diminuição do teor de ozônio em latitudes médias em</p><p>4-8%.</p><p>De acordo com as avaliações feitas pelos especialistas, uma guerra nuclear com um</p><p>poder equivalente a 5.000 megatons de TNT causaria a destruição de 50% da camada de</p><p>ozônio, e para a sua restauração, levaria entre 5 e 8 anos.</p><p>A quantidade de ozônio na atmosfera é determinada pela análise de amostras de ar</p><p>usando dispositivos ópticos (espectrofotômetros) na superfície terrestre ou transportando</p><p>esses dispositivos com a ajuda de sondas ou foguetes para a atmosfera.</p><p>Os terpenos e isoprenes emitidos pelas árvores, e também o metano, que é um</p><p>produto natural da decomposição biogênica de compostos orgânicos, contribui para a</p><p>formação de ozônio na troposfera. Os produtos da atividade antropogênica também</p><p>contribuem para a formação de ozônio. Entre eles estão os hidrocarbonetos olefínicos,</p><p>formaldeído e óxido de nitrogênio. Sob a ação da luz solar sobre o óxido de nitrogênio, que</p><p>é parte integrante da poluição atmosférica, forma ozônio, o que é relativamente fácil para</p><p>determinar analiticamente e serve como um indicador na determinação da intensidade da</p><p>poluição atmosférica. Por esta razão, em regiões com alto grau de contaminação do meio</p><p>ambiente ambiente, o ozônio não é uma causa, mas uma conseqüência da poluição.</p><p>Atualmente, em alguns países europeus e nos Estados Unidos, foi oficialmente</p><p>estabelecido uma concentração limite de ozônio nas estações de trabalho de 0,2 mg / m3</p><p>para um dia útil de 8 horas, numa semana de 40 horas úteis. Deve-se notar que o limiar de</p><p>sensibilidade do nariz humano para o odor de ozônio é 10 vezes menor do que a</p><p>concentração limite admissível 0,02 mg / m3, portanto, considera-se que o nosso nariz é o</p><p>melhor indicador de sua presença (Viebahn-Haensler, 1999).</p><p>1.3. Propriedades físico-químicas da zona Ozônio</p><p>(O3) é uma modificação alotrópica de oxigênio cuja molécula é composta por três</p><p>átomos de oxigênio e pode existir nos três estados de agregação. A estrutura da molécula</p><p>de ozônio é uma cadeia de três átomos de oxigênio que formam um ângulo de 117 graus,</p><p>com uma distância entre os átomos ligados de 0,127 nm. Em correspondência Com esta</p><p>estrutura molecular, o momento do dipolo é de 0,55 Debye.</p><p>Na estrutura eletrônica da molécula de ozônio existem 18 elétrons, que eles formam</p><p>um sistema ressonante estável que existe em diferentes estados extremos. Os íons as</p><p>estruturas externas refletem o caráter dipolar da molécula e justificam seu comportamento</p><p>específico nas reações em relação ao oxigênio, que forma um radical livre com dois</p><p>elétrons não pareados.</p><p>À temperatura ambiente, o ozônio é um gás incolor que possui um odor</p><p>característico o que é percebido numa concentração molar de 10-7. Em estado líquido, o</p><p>ozônio é azul escuro, com uma temperatura de fusão de -192,5 ° C. O ozônio sólido é</p><p>apresentado sob a forma de cristais de cor preta, com uma temperatura de ebulição de -</p><p>111,9 ° C. A uma temperatura de 0 ° C e uma pressão de</p><p>1 atm (101,3 kPa), a densidade de</p><p>ozônio é de 2.143 g / l. No estado gaseoso, o ozônio é diamagnético e é repelido por um</p><p>campo magnético; em estado líquido, é fracamente paramagnético, isto é, tem seu próprio</p><p>campo magnético e é atraído por um campo magnético.</p><p>O potencial padrão de redução de ozônio é de 2,07 V, de modo que sua molécula não</p><p>é estável e se transforma espontaneamente em oxigênio com a liberação de calor. Em</p><p>baixas concentrações, o ozônio se decompõe lentamente; em altas concentrações, Isso</p><p>ocorre com uma explosão, uma vez que a molécula tem excesso de energia.</p><p>Aquecimento e contato de ozônio com quantidades muito pequenas de compostos</p><p>inorgânicos (hidróxidos, peróxidos, metais de transição e seus óxidos) acelera bruscamente</p><p>sua transformação. Pelo contrário, a presença de pequenas quantidades de ácido Nítrico</p><p>estabiliza o ozônio; Em recipientes de vidro, alguns tipos de plástico e metais puro, o</p><p>ozônio se decompõe praticamente a 78 ° C. A eletrotéinidade do ozônio é de 2 eV;</p><p>Somente o flúor e seus óxidos possuem eletroafirmação tão elevada.</p><p>O ozônio tem uma absorção máxima na região ultravioleta a 253,7 nm, com</p><p>absorção molar ε = 2,900 mol-1 · cm-1. De acordo com isso, a determinação</p><p>espectrofotométrica da concentração de ozônio, juntamente com a avaliação iodométrica,</p><p>foram adotadas como referências internacional O oxigênio, ao contrário do ozônio, não</p><p>reage com o iodeto de potássio.</p><p>O3 + 2KI + H2O = I2 + O2 + 2KOH</p><p>1.3.1. Solubilidade da zona e sua estabilidade em soluções aquosas</p><p>A taxa de decomposição de ozônio em solução é 5-8 vezes maior do que na fase</p><p>gasosa.</p><p>A solubilidade em água do ozônio é 10 vezes maior que a do oxigênio. De acordo</p><p>com os dados de diferentes autores, a magnitude do coeficiente de solubilidade do ozônio</p><p>na água oscila entre 0,49 ml e 0,64 ml de ozônio / ml de água.</p><p>Em condições termodinâmicas ideais, o equilíbrio segue a lei de Henrique, isto é, a</p><p>A concentração da solução saturada do gás é proporcional à sua pressão parcial:</p><p>Cs = B · d · Pi</p><p>onde:</p><p>Cs = concentração da solução saturada na água</p><p>B = coeficiente de solubilidade</p><p>d = massa de ozônio</p><p>Pi = pressão parcial de ozônio</p><p>O cumprimento da lei de Henry para o ozônio, como um gás metaestável, é</p><p>condicional.</p><p>A decomposição do ozono na fase gasosa depende da pressão parcial. Em um meio</p><p>aquoso, ocorrem processos que não cumprem a lei de Henry; em vez disso, em condições</p><p>ideais, age com a lei Gibs-Dukem-Margulesdu.</p><p>Na prática, acordou-se expressar a solubilidade em água do ozônio de acordo com a</p><p>relação entre a sua concentração no meio aquoso e a sua concentração na fase gasosa:</p><p>B </p><p>C</p><p>.</p><p>H</p><p>2</p><p>O</p><p>C</p><p>gas</p><p>A saturação com ozônio depende da temperatura e da qualidade da água, uma vez</p><p>que as impurezas orgânicas e inorgânicas fazem com que o pH do meio varie. No mesmo</p><p>condições, a concentração de ozônio é de 13 μg / ml em água da torneira e 20 μg / ml em</p><p>água duplamente destilada, e isso se deve à decomposição significativa do ozônio devido a</p><p>Importações iónicas presentes na água potável.</p><p>1.3.2. Decomposição de ozônio e período semi-decomposição</p><p>Em um meio aquoso, a decomposição do ozônio depende em grande medida da</p><p>qualidade de água, temperatura e pH do meio. Aumentar o pH do meio acelera a</p><p>decomposição de ozônio e diminui, portanto, a concentração de ozônio na água. Ante O</p><p>aumento de temperatura produzirá processos semelhantes.</p><p>O período de meia-decomposição do ozônio em água bidistilada é de 10 horas; em</p><p>água desmineralizada é de 80 min, e em água destilada, 120 min.</p><p>Sabe-se que a decomposição do ozônio é um processo complexo de reações em</p><p>cadeia radical:</p><p>O3 + ·H2O → 2 ·OH + O2 ...................................( início da cadeia)</p><p>O3 + ·OH → HO2· + O2 .......................................( desenvolvimento da cadeia)</p><p>O3 + HO2 → ·OH + 2O2</p><p>·OH + ·OH → H2O2 ................................................( quebra da corrente)</p><p>O3 + H2O2 → OH + HO2 · + O2</p><p>·OH + HO2· → H2O + O2</p><p>A quantidade máxima de ozônio em uma amostra de água é observada durante 8 a 15</p><p>min; para após uma hora, apenas os radicais livres de oxigênio são detectados na solução.</p><p>O mais importante é o radical hidroxilo (.OH) (Staehelin, 1985), algo que deve ser</p><p>levado em consideração no uso de água ozonizada para fins terapêuticos.</p><p>Uma vez que na prática clínica existem aplicações para a água e a solução ozonizado</p><p>fisiológico, uma avaliação destes líquidos ozonizados foi feita dependendo de das</p><p>concentrações utilizadas na prática médica russa. Os principais métodos que eles usaram</p><p>foram a titulação iodométrica e a determinação da intensidade de quimioluminiscência com</p><p>o uso de equipamentos de luminescência para bioquímica BXL-06 (produzido em Nizhny</p><p>Novgorod) (Kontorschikova, Peretiagin, Ivanova, 1995).</p><p>O fenômeno da quimioluminiscência está relacionado a reações de recombinação de</p><p>radicais livres que se formam durante a decomposição de ozônio na água.</p><p>No processamento de 500 ml de água bidistilada ou destilada com mistura de</p><p>borbulhamento ozônio e gás oxigênio, com uma concentração de ozônio entre 1.000 e</p><p>1.500 μg / l, com um fluxo de fluxo gasoso de 1 l / min durante 20 min, a</p><p>quimioluminiscência aparece por 160 min. Na verdade, em águas duplamente destiladas, a</p><p>intensidade da iluminação é maior, o que é explicado pela presença de uma maior</p><p>concentração de impurezas na água destilada do que no bidest, que atenua a luminescência.</p><p>A solubilidade do ozônio nas soluções de NaCl está em conformidade com a lei de</p><p>Henry, isto é, diminui com o aumento da concentração de sal. A solução fisiológica foi</p><p>processada com ozônio em concentrações de 400, 800 e 1000 μg / l durante 15 min. A</p><p>intensidade, luminescência geral (em mv) aumentou com o aumento da concentração de</p><p>ozônio A duração da iluminação foi de 20 min. Isso é explicado pela recombinação radicais</p><p>livres mais rápidos, que produzam atenuação da luminescência devido a à presença de</p><p>impurezas na solução fisiológica.</p><p>Independentemente do seu alto potencial de redução, o ozônio tem uma alta</p><p>seletividade, que está relacionado à estrutura polar da molécula. Os compostos que eles</p><p>contêm ligações duplas gratuitas (-C = C-) reagem instantaneamente com ozônio.</p><p>Como resultado, ácidos gordos insaturados, aminoácidos aromáticos e os péptidos,</p><p>especialmente aqueles que contêm grupos SH, são sensíveis à ação do ozônio.</p><p>De acordo com os dados de Criege (1953) (citado por Viebahn, 1994), o primeiro</p><p>produto da interação da molécula de ozônio com substratos orgânicos é uma molécula</p><p>dipolar 1-3. Esta é a reação fundamental na interação do ozônio com substratos orgânicos</p><p>para um pH</p><p>à ligar energia.</p><p>A ozonização de hidrocarbonetos saturados está relacionada a mecanismos de</p><p>introdução A ozonação de compostos orgânicos contendo enxofre ou nitrogênio.</p><p>Ele procede da seguinte forma:</p><p>O3</p><p>RSH → RSO2H</p><p>O3</p><p>RSR → R–S–R</p><p>O3</p><p>RNH2 → RNHOH</p><p>Os ozósidos são muitas vezes pouco solúveis em água, mas muito solúveis em</p><p>solventes orgânicos.</p><p>Antes do aquecimento ou a ação dos metais de transição são decompostos em</p><p>radicais.</p><p>A quantidade de ozonidos num composto orgânico é determinada pelo número de</p><p>iodo, que é a massa de iodo, em gramas, que é combinada com 100 g do composto</p><p>orgânico. Como padrão, o valor de iodo para ácidos graxos é 100-400, para gorduras</p><p>sólidas, 35-85, e para gorduras líquidas, 150-200.</p><p>1.4. Formas de obter a zona</p><p>O ozônio é formado em todos os processos que acompanham a aparência do</p><p>oxigênio atômico.</p><p>Pode ser obtido passando a corrente elétrica através do oxigênio.</p><p>O2 + e– → O3</p><p>Em laboratórios e indústrias, o ozônio é obtido em ozonizantes pela ação de uma</p><p>descarga elétrica silenciosa sobre o oxigênio. Os principais tipos de ozonizadores</p><p>industriais tem uma câmara de descarga plana ou em forma de tubo, como materiais os</p><p>dielétricos são vidro usado ou cerâmica. Os eletrodos são feitos de alumínio ou cobre.</p><p>O poder do ozonizador é proporcional à freqüência da corrente.</p><p>O ozônio também é formado pela aplicação de luz ultravioleta ao oxigênio. Neste</p><p>princípio a síntese do ozônio na natureza baseia-se na ação dos raios ultravioleta com</p><p>comprimento de onda</p><p>diretos sobre</p><p>vários germes. A descoberta de parte dos mecanismos moleculares de ação de ozônio e sua</p><p>intervenção no controle de vários distúrbios em que o estresse oxidativo revolucionou seu</p><p>uso na medicina moderna. As dificuldades em relação à sua geração no nível clínico nas</p><p>concentrações requeridas foram excedidas graças ao design de equipamentos muito</p><p>modernos cuja operação se baseia na passagem um choque elétrico por um fluxo de</p><p>oxigênio médico. O controle espectrofotométrico de as concentrações de ozônio permitem</p><p>obter um gás de grau médico com concentrações ideal para uso em seres humanos.</p><p>Do ponto de vista prático, o ozônio tem a desvantagem de que ele deve ser gerado</p><p>praticamente antes do seu uso, devido à sua fraca estabilidade. A chave para o sucesso na A</p><p>aplicação da terapia com ozônio é fundamentalmente regida pela conformidade de</p><p>diferentes fatores básicos:</p><p>• O profissional que o aplica deve ter o treinamento adequado e conhecer em</p><p>profundidade as bases teóricas que regem este procedimento.</p><p>• Procedimentos e técnicas padrão, já estudados e testados, devem ser respeitados</p><p>na prática médica.</p><p>• O tratamento será sempre realizado com equipamentos que geram ozônio de</p><p>qualidade médica e com um rigoroso sistema de controle de qualidade.</p><p>• As doses recomendadas para cada tipo de patologia serão rigorosamente</p><p>respeitadas, estipulado na Declaração de Madri de junho de 2010.</p><p>O cumprimento desses aspectos básicos garantirá o sucesso da terapia com ozônio. O</p><p>O ozônio pode ser classificado, do ponto de vista farmacológico, como um pró-</p><p>fármaco, porque essencialmente à cadeia de reações que desencadeiam seus efeitos</p><p>farmacológicos não é mediada pela sua ação per se, mas as taxas de reação com a</p><p>moléculas biológicas, e especialmente com lipídios, são tão altas que esses derivados</p><p>mediadores oxidados de seus efeitos finais (Figura 2-2) (Re et al., 2008).</p><p>Porque os efeitos biológicos do ozônio são produzidos principalmente através de de</p><p>segundos mensageiros (produtos da reação de O3 com biomoléculas) e não pela O3</p><p>molécula per se, os produtos da reacção O3 são descritos abaixo com diferentes moléculas</p><p>ou grupos químicos presentes em biomoléculas.</p><p>2.2. Caractere oxidante da zona</p><p>O ozônio é uma das moléculas com maior poder oxidante e é capaz de reagir com</p><p>uma grande variedade de compostos orgânicos e inorgânicos. A reatividade química do</p><p>Sustratos Objetivos Efectos</p><p>OZONO Eritrocitos Mejora la entrega de O2</p><p>Lípidos</p><p>Leucocitos</p><p>Activa el sistema inmunitario</p><p>Libera factores de crecimiento</p><p>Proteínas Plaquetas</p><p>Liberación de eritrocitos</p><p>superdotados</p><p>Carbohidratos Endotelio</p><p>Ácidos nucleicos</p><p>Médula</p><p>ósea</p><p>Liberación de células madre</p><p>Otros órganos</p><p>Regulación excesiva</p><p>de enzimas antioxidantes</p><p>Figura 2-2 Efeitos fundamentais do ozônio através da sua reação com moléculas mediadoras.</p><p>Modificado de V. Bocci. Toxicologia e Farmacologia Aplicada 216 (2006): 493-504.</p><p>ozonio e o oxigênio diferem consideravelmente, e embora o segundo se combine com</p><p>praticamente todos os elementos, ele faz isso apenas em temperaturas elevadas, enquanto o</p><p>ozônio faz isso em condições de reação muito mais nobres (Menéndez et al., 2008).</p><p>A relevância das poderosas características de oxidação do O3 e a modificação destes</p><p>dependendo de diferentes fatores (por exemplo, pH e temperatura, entre outros) terá uma</p><p>influência do ponto de vista clínico, porque, de acordo com o microambiente na Quando a</p><p>reação ocorre, essas características serão variadas. Por exemplo, a aplicação rectal O3 é</p><p>produzido a uma temperatura de aproximadamente 37 ° C sob condições elevadas irrigação</p><p>de sangue, o que favorece a reatividade e a absorção de O3, ao contrário do que o que</p><p>acontece com a aplicação local em sacos, onde a temperatura eo suprimento de sangue são</p><p>menores (Menéndez et al., 2008).</p><p>2.2.1. Reação do ozonio com compostos orgânicos insaturados</p><p>Nesta seção, as reações de O3 são descritas principalmente com lipídios. Os ácidos</p><p>gordos poliinsaturados (PUFA) são os mais sensíveis à oxidação. Por sua nomenclatura,</p><p>Foram estabelecidas regras diferentes, denominando "carbono Δ" para o carbono do grupo</p><p>ácido e "carbono ω" para o carbono terminal do grupo CH3. Ao numerar o C que participe</p><p>do vínculo duplo, apenas se faz referência àquele com a menor numeração, e esse número</p><p>geralmente é prefixado pela letra Δ, o que indica a presença de uma insaturação. Os links</p><p>duplos também podem ser especificados pela sua localização a partir do C em que estão</p><p>localize o primeiro deles, mas de -CH3 (carbono ω). Exemplo:</p><p>Ácido linoleico</p><p>9-12 octadecanodienoico (serie ω6)</p><p>18:2(9-12) 18Δ9-12</p><p>O</p><p>6</p><p>ω</p><p>1</p><p>HO 1 9 12</p><p>carbono ω</p><p>carbono CH</p><p>3</p><p>COOH</p><p>Nos ácidos gordos insaturados encontrados em organismos terrestres (Tabela 2-1), o</p><p>Os links duplos são encontrados a partir de C9; se houver vários links duplos, eles</p><p>estão dispostos em forma não conjugada e a configuração cis predomina. Os PUFAs podem</p><p>ser classificados em 3 séries, se você levar em consideração que os links duplos adicionais</p><p>são adicionados apenas entre o átomo de carbono em que está localizada a primeira ligação</p><p>dupla (de carbono ω) e o carbono do grupo -CO2H; Por esta razão, as séries são ω3, ω6 e</p><p>ω9.</p><p>Os principais grupos de produtos derivados dos processos de oxidação de lipídios</p><p>são: hidrocarbonetos voláteis, derivados da oxidação do ácido araquidônico (AA), aldeídos,</p><p>hidroperóxidos e dienos conjugados (Martínez-Sánchez et al., 2010).</p><p>Tabela 2-1. Principais ácidos gordurosos insaturados para humanos.</p><p>Nomenclatura* Nome comum Sistemático Serie</p><p>16:1(9) Palmitoleico 9-Hexadecenoico ω7</p><p>18:1(9) Oleico 9-Octadecamonoenoico ω9</p><p>18:2(9,12) Linoleico 9,12-Octadecadienoico ω6</p><p>18:3(9,12,15) Linolénico 9,12,15-Octadecatrienoico ω3</p><p>18:3 (6,9,12) γ-Linolénico 6,9,12-Octadecatrienoico ω6</p><p>20:3(8,11,14) Dihomo-γ-linolénico 8,11,14-Eicosatrienoico ω6</p><p>20:4(5,8,11,14) Araquidónico 5,8,11,14-Eicosatetraenoico ω6</p><p>20:5(5,8,11,14,17) - 5,8,11,14,17-Eicosapentaenoico ω3</p><p>* Nomenclatura baseada no número total de átomos de carbono: número de insaturações (posição de insaturação tomada de</p><p>carbono Δ).</p><p>Muitos desses produtos de oxidação de PUFA são gerados quando eles entram em</p><p>contato com o ozônio e intervêm em seus efeitos farmacológicos. As reações de ozônio</p><p>com compostos insaturados têm uma energia de ativação muito baixa, perto de zero, o que</p><p>permite altas taxas de reação, com constantes de velocidade da ordem de 105 a 106 m-1 · s-</p><p>1, por isso são reações que não são muito sensíveis às variações de temperatura (Menéndez</p><p>et al., 2008).</p><p>Um grupo de compostos descritos durante o estudo de reações de oxidação de ozônio</p><p>foram chamados de ozonidas. Esses intermediários se decompõem por duas rotas</p><p>diferentes: uma delas leva à formação de água e um aldeído, e a outro dá origem à</p><p>formação de ácidos e produtos poliméricos. De mais um estudo Descrição detalhada do</p><p>mecanismo de reação do ozônio, uma descrição de uma estrutura foi alcançada chamado</p><p>1,2,4-trioxolano ou Criegee ozonide (Figura 2-3).</p><p>Diferentes técnicas analíticas permitiram elucidar o mecanismo geral através da O</p><p>ozônio reage com compostos insaturados (Figura 2-4). Este mecanismo explica que a</p><p>reação ocorre em diferentes estádios com a formação de compostos intermediários</p><p>extremamente instável. Em todos os casos, os diferentes caminhos seguidos pela reação</p><p>dependem das condições específicas em que ocorre, para que possam obter produtos de</p><p>reação diferentes como resultado final.</p><p>Em geral, entre os produtos da reação do ozônio com os compostos insaturados,</p><p>podem ser obtidos: aldeídos, ácidos carboxílicos, hidroperóxidos, ozonidos, diperóxidos,</p><p>peróxido de hidrogénio e peróxidos poliméricos. O conceito mais importante do</p><p>mecanismo</p>