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WORKSHOP 
 
 
OZONIOTERAPIA 
NAS DISFUNÇÕES 
ESTÉTICAS 
Dra. Lilian Scarpin - Fisioterapeuta 
 
O que é Ozonioterapia (ou Ozonoterapia)? 
 
 Tratamento com um gás, que é gerado a partir do Oxigênio (O2) 
puro/medicinal, transformado em Ozonio (O3) numa reação controlada de 
descarga corona e aplicado no paciente de acordo com a disfunção a ser 
tratada. 
 
 
Uma das maiores descobertas da história, esta é uma técnica 
terapêutica que utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e 
ozônio; ou seja, o ozônio medicinal. Usada no tratamento de um amplo 
número de patologias, a Ozonioterapia pode ser aplicada de modo 
isolado e complementar. 
É um tratamento medicinal que usa uma mescla oxigênio – ozônio 
(95% - 99.95% de oxigênio e 0,05 a 5% de ozônio) como agente 
terapêutico para tratar um amplo de enfermidades. 
Há séculos utilizado por países desenvolvidos e com benefícios 
comprovados por inúmeros estudos, o ozônio tem excelentes 
propriedades medicinais, como: 
- Anti-inflamatórias 
- Antissépticas 
- Modulação do estresse oxidativo 
- Melhora da circulação periférica e da oxigenação 
 
 
 
 
 
Muito além da medicina, o ozônio torna-se indispensável para 
aplicações em diversas áreas. 
 
Considerado um dos oxidantes naturais mais potentes e também um 
poderoso germicida, pode ser utilizado em: 
• Processos industriais 
• Tratamento de águas 
• Produção de alimentos 
• Tratamentos estéticos 
• Produção de gases e efluentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formando uma camada protetora que age como um filtro da energia ultravioleta 
(UV), o ozônio é um dos gases mais importantes na estratosfera que cerca a Terra. 
Seja na medicina ou em nosso planeta, o ozônio tem a mesma função: proteger a 
vida. 
 
A COMPOSIÇÃO DO GÁS OZÔNIO 
 
O ozônio é a forma triatômica do oxigênio, enquanto este último é 
normalmente encontrado em sua forma diatômica (O2). O ozônio forma-
se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem e os átomos separados 
combinam-se individualmente com outras moléculas de oxigênio. 
 
 
Pode ser formado naturalmente, pela ação dos raios UV ou pelos geradores 
de ozônio, que convertem O2 em O3. O ozônio (O3) é um gás bastante 
reativo e altamente instável; ou seja, logo se recompõe a oxigênio (O2). 
A ESTRUTURA DA MOLECULA DE OZONIO É UMA CADEIA DE TRES ATOMOS 
DE OXIGÊNIO QUE FORMAM UM ÂNGULO DE 117 GRAUS. 
 
 
Formas de obter: 
 
 
 
 O ozônio é formado em todos os 
processos que acompanham a 
aparência do oxigênio atômico. Pode 
ser obtido passando a corrente elétrica 
através do oxigênio. 
 
O2 + e– → O3 
 
 
 
 
Em laboratórios e indústrias, o ozônio é obtido em ozonizantes pela 
ação de uma descarga elétrica silenciosa sobre o oxigênio. Os principais 
tipos de ozonizadores industriais têm uma câmara de descarga plana ou 
em forma de tubo, como materiais os dielétricos são vidro usado ou 
cerâmica. Os eletrodos são feitos de alumínio ou cobre. O poder do 
ozonizador é proporcional à frequência da corrente. O ozônio também é 
formado pela aplicação de luz ultravioleta ao oxigênio. Neste princípio a 
síntese do ozônio na natureza baseia-se na ação dos raios ultravioleta 
com comprimento de onda <200 nm. 
 
A ÁREA MEDICINAL 
 
O ozônio que é usado para fins medicinais é uma mistura de ozônio 
e oxigênio que é obtida de oxigênio por uma descarga elétrica fraca, que é 
conseguida com a ajuda de geradores de ozônio medicinais (ozonizantes). 
O princípio da ação da ozonização para fins médicos é o seguinte: o 
oxigênio entra entre dois tubos de alta tensão que estão conectados em 
série e que estão sob tensões de potência diferente formando um campo 
elétrico. Pela ação do poderoso campo elétrico, uma parte das moléculas 
de oxigênio é dividido em átomos, que reagem com outras moléculas de 
oxigênio e formam moléculas de ozônio. Dependendo da tensão aplicada e 
da velocidade do fluxo de gás, serão alcançadas diferentes concentrações 
de ozônio. Quanto maior a tensão e menor a velocidade da corrente de 
oxigênio, maior a concentração de ozônio e vice-versa. 
Para produzir uma mistura de ozônio e oxigênio para uso 
terapêutico, é essencial fornecer apenas oxigênio de alta pureza 
(medicinal) ao ozonizador. Não é permitido usar oxigênio de menor pureza 
e, em particular, ar, devido à presença de uma grande quantidade de 
nitrogênio que, sob a ação de altas tensões, é transformado em óxido de 
nitrogênio tóxico. Entre outros requisitos que os ozonizadores médicos 
devem atender, é a precaução para evitar que o ozônio escape ao ar 
circundante, pois atua como irritante no epitélio pulmonar. 
 
 
 Para o efeito, os geradores de ozônio têm destrutores, aos quais o 
excesso de ozônio é conduzido e onde é novamente regenerado em 
oxigênio. Tendo em conta as propriedades oxidantes intensas do ozônio, 
os geradores usam materiais resistentes a ele, fisiologicamente limpos (o 
melhor é o vidro, os fungíveis de silicone). 
 
 
1840 
O gás ozônio foi descoberto pelo pesquisador alemão Dr. Christian 
Friedrich Schoenbein, que observou um odor característico quando o 
oxigênio era submetido a uma descarga elétrica. E, pela frequência 
sistemática com que isto ocorria, o chamou de “ozein”, que em grego 
significa “aquilo que cheira”. 
 
1857 
O físico Dr. Werner Von Siemens desenvolveu o Gerador de Alta Frequência, 
aparelho que forma o gás ozônio em átomos de oxigênio por meio de 
descargas elétricas. 
 
1914-1918 
Durante a 1ª Guerra Mundial, médicos alemães e ingleses utilizaram o 
ozônio para tratamento de feridas em soldados, conforme já publicado na 
revista THE LANCET, nos anos 1916 e 1917. 
 
Desde o século XIX, a Ozonioterapia médica era usada na Alemanha, 
inicialmente para combater a ação de bactérias e germes na pele humana. 
 
1935 
Erwin Payr, importante cirurgião austríaco e professor em Leipzig, 
experienciou o tratamento com ozônio por seu dentista, E. A Fisch, e 
apresentou uma publicação de 290 páginas intitulada "O tratamento 
com ozônio na cirurgia". 
 
Este foi o início da Ozonioterapia que conhecemos hoje. A ausência de 
materiais adequados e resistentes à oxidação – como plásticos para 
aplicação local de ozônio em feridas, ou insuflação retal do gás - 
tornava sua utilização complicada, razão pela qual foi esquecida 
durante um tempo. 
 
1975 
No Brasil, o médico Heinz Konrad iniciou a prática em sua clínica em São 
Paulo, e com ela trabalha até hoje. Em meados dos anos 90, Dr. Edison de 
Cezar Philippi (in memorian) introduziu a prática em Santa Catarina e 
difundiu a Ozonioterapia em inúmeros cursos e congressos. 
 
1979 
Hans H. Wolff dedicou sua vida à pesquisa e à aplicação do ozônio. Em 
1979, um ano antes de sua morte, publicou seu livro "O Ozônio Medicinal" 
– no qual apresenta sua pesquisa e prática médica do uso do ozônio. Ele 
fundou a Sociedade Médica Alemã de Ozônio, posteriormente renomeada 
Sociedade Médica para Aplicação Preventiva e Terapêutica do Ozônio. 
 
 
Reconhecida pelo Sistema de Saúde de nações mundo afora, a 
Ozonioterapia é praticada há várias décadas nos 5 continentes. Seus 
benefícios comprovados são tantos que, na Alemanha, este procedimento 
médico faz parte dos tratamentos pagos pelos seguros-saúde do governo. 
DECLARAÇÃO DE MADRID – SOBRE A OZONIOTERAPIA 
1 EDIÇÃO: 4 de junho de 2010 
2 EDIÇÃO: 12 de junho de 2015 
 
FUNDAMENTOS TERAPÊUTICOS 
A aplicação de ozônio com fins curativos é caracterizada pela 
diversidade de formas, modos e doses, dependendo do tipo de patologia e 
dos objetivos terapêuticos. A terapia com ozônio é utilizada na forma de 
administração parenteral e enteral de misturas de ozônio e oxigênio, 
gaseificação em volumes fechados e, também, aplicações com produtos 
ozonizados. As observações mostraram que, se a aplicação estiver correta, 
a terapia com ozônio raramente é acompanhada de efeitos colaterais ou 
complicações.A dose de ozônio administrada é uma condição fundamental 
e não deve exceder o potencial das enzimas antioxidantes, o que é 
essencial para evitar o excesso de formas ativas de oxigênio. 
As indicações terapêuticas para o uso do ozono estão 
fundamentadas no conhecimento que baixas concentrações de ozono 
podem desempenhar funções importantes dentro da célula. Tem-se 
demonstrado a nível molecular diferentes mecanismos de ação, que 
suportam as evidências clínicas desta terapia. 
Existem concentrações placebo, terapêuticas e tóxicas. Tem-se 
demonstrado que concentrações de 10 ou 5 µ/ml ou ainda doses mais 
pequenas exercem efeitos terapêuticos com uma ampla margem de 
segurança, por isso atualmente se aceita concentrações terapêuticas que 
variam dos 5-60 µ g/ml. Para esta escala de doses incluímos tanto técnicas 
de aplicação local como sistémica. Devemos realçar que cada via de 
aplicação tem doses mínimas e máximas; assim como concentrações e 
volumes a administrar. 
As doses terapêuticas são divididas em três tipos segundo o seu 
mecanismo de ação: 
a) Dose baixa: estas doses têm um efeito imunomodulador e utilizam-se 
nas doenças onde há suspeitas de compromisso do sistema imunológico. 
b) Dose média: são imunomoduladoras e estimuladoras do sistema 
enzimático de defesa antioxidante e de grande utilidade nas doenças 
crónico-degenerativas tais como, diabetes, arteriosclerose, DPOC, doença 
de Parkinson, Alzheimer e demência senil. 
 c) Doses altas: se utilizam especialmente em úlceras ou feridas infectadas. 
Também para ozonizar azeite e água. A ozonização de azeite nunca pode 
ser produzida com um gerador médico, porque não se pode evitar que o 
vapor do azeite se difunda nos tubos de alta tensão. O resultado é a 
produção de diversas substâncias muito tóxicas! Exceto nos geradores 
com válvula que cortam a saída do ozono. 
 
PRECAUÇÕES 
É importante saber que somente 
profissionais capacitados podem 
indicar a dosagem e a via correta 
de aplicação da Ozonioterapia. 
Além disso, o ozônio é um gás 
altamente instável e nocivo se 
inalado, necessitando ser gerado de 
forma precisa com equipamentos 
específicos, no local do uso. 
SUSPENDER VITAMINAS C e E 
DURANTE O TRATAMENTO DE 
OZONIOTERAPIA 
 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
 
-A principal contraindicação é deficiência da enzima Glicose-6-Fosfato 
Desidrogenase (G6PD), conhecida como favismo, em função do risco de 
hemólise. 
-Todos os distúrbios da coagulação sanguínea. 
-Alergia e intolerância ao ozônio. 
-Infarto do miocárdio recente. 
-Hemorragia cerebral. 
-Trombocitopenia. 
-Em casos de hipertireoidismo descompensado, diabetes mellitus 
descompensado, hipertensão arterial severa descompensada e anemia 
grave, é necessário que a estabilização clínica dessas situações seja 
realizada previamente à aplicação da Ozonioterapia. 
PARTICULARIDADES DO OZONIO: 
• Produto Natural; 
• Altamente reativo; 
• Gasoso; 
• Molécula produzida por uma descarga elétrica ou radiação UV; 
• Leucócitos ativados podem gerar Ozônio invivo; 
• Pode ser protetor ou ofensivo, dependendo de concentração e 
localização; 
• Nunca ser inalado. 
 
BIOQUÍMICA: 
• As reações Bioquímicas sucessivas e múltiplas acontecem em 
células diferentes em todo o corpo; 
• Reação inicial: Uma boa dose de Ozônio é consumida por 
antioxidantes presentes no Plasma; 
• Reação secundária: é responsável pelos efeitos tardios biológicos 
eterapêuticos. 
• Ozônio + Plasma = ROS + LOPS 
• O Ozônio dissolvido na água plasmática reage imediatamente com 
várias biomoléculas e desaparece; 
• Os compostos gerados durante a reação ROS LOPS representam 
mensageiros de Ozônio e são responsáveis por efeitos biológico e 
terapêuticos. 
• ROS: Incluem vários Radicais como Superóxido, Nitrogênio, 
Hidroxilo, Monóxido e outros compostos oxidantes; 
• LOPS: Geradas após peroxidação de uma grande quantidade de 
PUFAS, ácido graxo polinsaturados. 
• Os ROS são produzidos apenas durante um curto período detempo; 
• Os LOPS produzidos simultaneamente, tem meia vida mais longa, e 
alcança os efeitos vasculares e interagem com todos os órgãos. 
• Quando o sangue é exposto a dose terapêutica de Oxigênio-Ozônio 
ambos os gases se dissolvem na água do plasma; 
• A reação cede Peróxido de Hidrogênio (ROS) e Oxidação Lipídica 
(LOPS), O AUMENTO REPENTINO DO PLASMA DA CONCENTRAÇAO DE 
H2O2 gera um gradiente, o que provoca a transferência rápida nas 
células sanguíneas, onde em alguns segundos, ativa vários 
produtos bioquímicos processa e sofre simultaneamente redução na 
água pelo Sistema antioxidante intracelular eficiente (GSH), PASSO 
CRÍTICO CORRESPONDENTE A 
Na avaliação dos efeitos clínicos do ozônio, devem ser consideradas 
reações com diferentes compostos biológicos que fazem parte da 
composição dos tecidos do organismo. Assim, na administração pelo 
sangue, os principais elementos que reagem são as membranas celulares 
dos elementos formados do sangue (eritrócitos, linfócitos, trombócitos), 
os metabolitos plasmáticos e também as células endoteliais vasculares. 
Não se esqueça de que, em cada caso específico, uma parte do ozônio perde 
as propriedades oxidantes devido à presença de antioxidantes no 
organismo e na corrente sanguínea em particular. Assim, no plasma 
existem compostos que possuem grupos que prendem os radicais livres de 
oxigênio: os grupos sulfidrilo dos aminoácidos (cistina, cisteína, 
metionina), ácidos graxos, péptidos, proteínas, os grupos NH e NH2 da 
ureia, ácido úrico, taurina, bilirrubina, tripeptídeo glutationa (glicina, 
metionina, ácido glutâmico), hormônios esteróides e vitaminas 
(principalmente, tocoferol e ácido ascórbico). 
Dado isto, é muito difícil imaginar todas as variantes de produtos de 
ozonólise que se formam cada vez, tanto do ponto de vista qualitativo 
como do ponto de vista quantitativo, e conhecer todas as possíveis 
reações de resposta do organismo aos compostos individuais ou a sua 
ação conjunta. Por todas estas razões, apesar de quase um século de uso 
efetivo do ozônio na medicina, os mecanismos biológicos de sua ação 
continuam a ser estudados, e pode-se dizer que não se espera que se torne 
dominado no futuro próximo. 
A interação do ozônio com os lipídios, em que os produtos de 
peroxidação são formados, foi estudada mais completamente. No entanto, 
devemos também ter em conta as possíveis reações e, consequentemente, 
as diferentes respostas devido à interação do ozônio com hidrocarbonetos 
complexos, proteínas, glicoproteínas e esfingolípidos. Considerando que a 
quantidade de ozônio introduzida é insignificante em comparação com a 
quantidade de substratos, os principais efeitos biológicos do primeiro 
podem ser explicados pela formação dos diferentes produtos da ozonólise. 
Aparentemente, alguns deles, que têm atividade biológica, são capazes, à 
custa do mecanismo de equilíbrio, de iniciar processos bioquímicos em 
cascata que corrigem as afeições patológicas. 
 
AÇÃO BACTERICIDA, VIRUCIDA E FUNGICIDA DO OZÔNIO: 
Entre os efeitos biológicos do ozônio, o 
primeiro lugar é tradicionalmente 
ocupado pelo efeito bactericida, virucida 
e fungicida. Esta ação direta do ozônio se 
manifesta de forma geral quando 
aplicada por uma via externa, seguindo 
as diferentes modalidades terapêuticas, 
principalmente em altas concentrações. 
Ao contrário de muitos anti-sépticos 
conhecidos, o ozônio não irrita ou destrói os tecidos protetores das 
pessoas, pois, ao contrário dos microorganismos, o organismo multicelular 
do ser humano possui um poderoso sistema de defesa antioxidante. 
EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DO OZÔNIO 
O efeito anti-inflamatório 
do ozônio baseia-se na sua 
capacidade de oxidar 
compostos que contêm 
ligações duplas, incluindo 
ácido araquidônico (20: 4) e 
prostaglandinas, 
substâncias biologicamente 
ativas que são sintetizadas 
a partir deste ácido e que 
participamde grandes 
concentrações em o 
desenvolvimento e manutenção do processo inflamatório (Wong, Gómez, 
citado por Viebahn-Haensler, 1999). Em pacientes com asma brônquica, o 
efeito da terapia com ozônio pode ser parcialmente explicado por suas 
reações com outros produtos de ácido araquidônico, leucotrienos. 
Precisamente leucotrienos, que são formados em leucócitos do ácido 
araquidônico e são particularmente compostos patológicos, causam o 
início de reações alérgicas lentas, como o início da asma brônquica. Além 
disso, o ozônio diminui o grau de hipoxia tecidual e restaura os processos 
metabólicos no ponto de inflamação dos tecidos afetados, corrige o pH e 
o equilíbrio eletrolítico. 
EFEITO ANALGÉSICO DO OZÔNIO 
Em muitos estados patológicos e, principalmente, em processos 
inflamatórios (reumatismo, artrite), o efeito analgésico do ozônio é 
claramente manifestado. Este efeito tem um caractere duplo. Por um lado, 
é motivado pela entrada progressiva de oxigênio na zona inflamada e a 
oxidação dos mediadores algogênicos, que se formam na área do tecido 
danificado e participam da transmissão do sinal nociceptivo para o SNC 
(RivaSanseverino, 1987). ). Tudo isso explica a eliminação pelo ozônio da 
dor aguda que existe nos processos inflamatórios traumáticos. 
EFEITO DESINTOXIFICANTE DO OZÔNIO 
 O efeito desintoxicante é claramente observado e manifestado através da 
otimização do sistema microscópico de hepatócitos e pelo fortalecimento 
da filtração hepática. O ozônio também altera o metabolismo dos 
hepatócitos. Após um tratamento de terapia de ozônio, muitos 
pesquisadores observaram uma diminuição nos valores de moléculas de 
massa média, que caracterizam a toxicidade no organismo em diferentes 
estados de gravidade. 
REGULAÇÃO IMUNE PELO OZÔNIO 
O efeito da regulação imunológica 
pelo ozônio foi demonstrado de 
forma convincente pela primeira 
vez nos estudos da ação desse 
elemento no sistema imunológico 
com a ajuda da análise 
imunoenzimática de pesquisadores 
ocidentais Winkler (1989) e Bocci 
(1997) e confirmado nas 
investigações do Instituto de Imunologia do Ministério da Saúde da 
Federação Russa (Moscou). Demonstrou-se que, na administração 
parenteral, o ozônio, sem dúvida, exerce um efeito regulador sobre a 
mudança na composição dos indicadores de imunidade celular: diminui os 
níveis aumentados e, inversamente, aumenta os níveis diminuídos dos 
linfócitos T. 
 
 
REGULADOR METABÓLICO 
Várias observações pré-clínicas e clínicas nos permitiram observar a ação 
reguladora do ozônio nos indicadores metabólicos, e detectámos, em geral, 
uma modulação dos indicadores inicialmente patológicos em relação aos 
valores normais. Entre eles estão: glicose, creatinina, hemoglobina, 
hematócrito, proteínas totais, lactato desidrogenase, colesterol, 
triglicerídeos, lipoproteínas, enzimas hepáticas, bilirrubina, ácido úrico, 
ácido lático e cálcio. Não há uma explicação clara dos mecanismos de ação 
mediados pelo ozônio que intervêm neste caso. Provavelmente, o re-
equilíbrio do sistema redox ajusta as vias metabólicas relacionadas à 
estabilização desses indicadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Ozonioterapia pode ser 
utilizada na estética facial, 
corporal e capilar. 
 
 
Princípios Básicos da Ozonioterapia na Estética: 
 
 • Primum non nocere: em primeiro lugar não fazer mal; 
• Escalonar a dose: em geral começar sempre com doses baixas e ir 
subindo lentamente, exceto úlceras infectadas, nessas proceder de forma 
inversa; 
• Aplicar a concentração necessária: maiores concentrações de Ozônio 
não são necessariamente melhores. 
 
Na dermatologia, praticamente todos os métodos existentes de 
ozonoterapia podem ser utilizados, sendo fundamental os procedimentos 
de ação local, que podem ser combinados com procedimentos de 
tratamento sistêmico. 
FORMAS DE APLICAÇÃO CONVENCIONAIS: 
✓ Diretamente sobre a pele umedecida com água ou soro fisiológico 
envolvida em bolsa plástica; 
✓ Vapor ozonizado; 
✓ Água ou soro fisiológico ozonizado; 
✓ Óleos ou cremes ozonizados; 
✓ Aplicação subcutânea, intradérmica, via retal; 
✓ Banhos de ozônio em banheiras apropriadas. 
As doses propostas foram elaboradas com base nas fontes bibliográficas 
disponíveis, na Declaração de Madri. Tudo dito, também é transferido para as 
formas de aplicação das misturas ozonizados e determinação da duração do 
tratamento (Peretiagin, 1991; Kontorschikova, 1992;. Grechkanev, 1995; 
Kuzmina et al, 1998; Boiarinov e Sokolov, 1999; Lobo 1974, 1982, Dorstewitz, 
1981, Fahmy, 1982, Rokitansky, 1982, Knoch, 1988). 
 
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO: 
1.Insuflação Retal 
Os primeiros relatos sobre a aplicação da insuflação retal na 
literatura aparecem a partir de Payr (1935) e Aubourg (1936). 
A concentração de ozônio na mistura de ozônio e oxigênio é de 10-
60 μg / ml e o volume é de 150 ml a 300 ml em adultos, dependendo do 
tipo de patologia, natureza, duração e fase da doença. 
A dosagem é alterada a cada 5 sessões e os ciclos de 15-20 sessões 
são indicados a cada 3 meses durante o primeiro ano. Em seguida, o 
paciente será avaliado para determinar a freqüência dos ciclos durante o 
segundo ano (Declaração de Madrid, 2015). 
É uma alternativa à auto-hemoterapia principal e à administração 
de solução fisiológica ozonizada, uma vez que a mistura de ozônio e 
oxigênio, quando absorvida rapidamente, produz uma ação metabólica 
geral. É especialmente indicado nos casos em que as autohemoterapias 
são difíceis. 
Wolf (1982) mostrou que a oxigenação do sangue aumenta com 
insuflação retal, bem como com maior auto-hemoterapia. O tempo de 
redução da oxihemoglobina, geralmente 130-150 segundos, aumentou 
para 200-220 segundos 40 minutos após a introdução da mistura ozono-
oxigênio. Às 24 horas diminuiu, mas não retornou ao nível inicial. Com os 
tratamentos diários repetidos, a dispersão dos tempos de redução da 
oxihemoglobina do máximo para o inicial foi diminuindo passo a passo e, 
no vigésimo dia do tratamento, aproximou-se de zero (mostrado na Figura 
4-1, retirado de obra de Wolf, 1982). 
Após o tratamento, o aumento do tempo de redução da 
oxihemoglobina diminuiu muito devagar, ao longo de várias semanas e 
até vários meses, proporcionando um efeito terapêutico prolongado 
devido ao elevado teor de hemoglobina no sangue. Observou-se que quanto 
mais o intestino grosso foi limpo, maior a quantidade de gás absorvido no 
sangue. 
 
Em regra geral, o tratamento começa com a metade da dose e um 
volume mínimo da mistura de ozônio e oxigênio (100-200 ml), que é 
gradualmente aumentado (em incrementos de 50 ml) até atingir o volume 
desejado. 
Segundo a Declaração de Madrid (2015), volumes aceitos de 100 – 
200ml, com concentrações que variam de 10-30 µg/Nml. 
 
2. APLICAÇÃO SUBCUTÂNEA 
Esta aplicação é utilizada para fins estéticos em celulite e gordura 
localizada. Neste caso em particular, nunca use um maior volume de 
200ml por sessão, uma injeção a cada (5-10)cm na dobra da pele e em 
um volume de (2-3)mL por ponto. 
Concentração de 15 ug /NML a 20 ug /NM L com uma agulha 27 G (0,3 
mm ). Ciclos de 15 - 20 sessões, duas vezes por semana. 
Estes resultados são melhores se forem associados com insuflação de 
ozono retal. 
 
3. Infiltração intradérmica de uma mistura de ozônio e 
oxigênio. 
4. Óleo ozonizado para aplicação local. 
5. Água Ozonizada 
6. Vapor de Ozônio 
7. Geração de Ozonio por equipamento de alta 
frequencia. 
8. Bags de Plastico; 
9. Banheiras e banhos ozonizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACNE 
A acne é uma doença crônica, de várias etiologias, que afeta os 
folículos pilosos e as glândulas sebáceas. Apesar meios eficazes disponíveis 
para o tratamento desta condição nos últimos 10 anos têm visto um 
aumento na morbidade entre ambos os adolescentes e adultos. A acne 
afeta quase 95% dos pacientescom menos de 25 anos e mais de 50% dos 
idosos. Os homens são afetados com mais frequência do que mulheres 
jovens. Além disso, as formas persistentes da doença começaram a ser 
detectadas. 
Após a resolução dos elementos da erupção, eles permanecem em 
seus locais com padrões estéticos estáveis: discromia, pseudoatrofia e 
cicatrizes. Na patogênese da acne, que são fatores fundamentais aumento 
da produção sebácea pelas glândulas sebáceas, perturbações na 
proliferação e diferenciação de queratinócitos e colonização microbiana 
dos folículos capilares sebáceas. As formas clínicas da acne são divididos 
em não-inflamatórias (comedões abertos e são desligados, Milio) e 
inflamatórias (pápulas e pústulas superficiais, acne profunda, confluentes 
endurecida, complicações com a formação de abscessos e instantânea 
furúnculos, acne tipo quelóide e Scar. 
A gravidade da doença é avaliada de acordo com a classificação 
proposta pela Academia Americana de Dermatologia: 
• 1º GRAU: presença de comedões e pápulas individuais. 
• 2ª GRAU: erupção cutânea e não significativa de pústulas 
• 5 nódulos-GRAU: pápulas, pustulas e a presençã de 33º 
• 4º GRAU :reação inflamatória em camadas profundas da derme, 
com a formação de numerosos nódulos e cistos. 
Formas de Aplicação 
• Infiltração intracutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio. 
• Óleo ozonizado para aplicação local. 
• insuflação retal de uma mistura de ozônio e oxigênio. 
Cronograma terapêutico 
 Na acne de primeiro ou segundo grau, são prescritas 6-8 sessões de 
insuflações rectais de uma mistura de ozônio e oxigênio, 100-200 ml com 
uma concentração de 20 μg / ml. As sessões são realizadas em dias 
alternados. 
Em todas as formas de acne, infiltrações intracutâneas ou lesões 
inflamatórias da acne são feitas com uma mistura de ozônio e oxigênio, 
uma vez a cada 3-5 dias, com uma concentração de ozônio de 4-5 μg / l e 
um total de sessões de 6-8. Em cada ponto, é administrado 0,5-1,5 ml de 
gás; Antes da infiltração, a pele é tratada com loção desinfectante. 
O óleo ozonizado é aplicado na superfície afetada 1-2 vezes por dia, por 
cerca de 20 minutos em cada sessão e por um mês. O tratamento repetido 
será prescrito após 4-6 meses. 
De acordo com Glavinskaia (2003), o tratamento da acne deve ser 
repetido várias vezes e combinado com sessões de tratamentos 
dermatológicos e cosmetológicos convencionais. Os melhores resultados 
foram obtidos nos casos de acne inflamatória aguda e acne indutiva, onde 
o efeito positivo foi maior do que nas formas mais simples da doença. As 
manifestações clínicas foram completamente eliminadas em 20% dos 
casos, e em 69% uma melhora foi alcançada, enquanto em 11%, 
principalmente na acne na forma de pápulas, nenhum efeito foi observado 
 
➔ CELULITE: 
A celulite ou paniculopatia fibrosclerótica edematosa, lipodistrofia 
local ou atrofia indurativa da pele é a afectação do tecido celular adiposo 
subcutâneo que aparece em mulheres de 30 a 40 anos de idade com excesso 
de tecido adiposo. 
Devido às peculiaridades hereditárias e constitucionais dos tecidos 
adiposos, uma dieta irracional e distúrbios endócrinos, há uma alteração 
da microcirculação no tecido celular, que causa hipoxia e isquemia da área 
e um piora da circulação sanguínea. que, por sua vez, produz o 
crescimento excessivo de fibrilas do tecido conjuntivo que envolve as 
células de gordura. Assim, formam-se os chamados "nós de celulite", que 
dão à pele a aparência de "casca de laranja". A administração de uma 
mistura de ozônio e oxigênio no tecido celular subcutâneo melhora a 
microcirculação, possibilita a transformação de lipídios hidrófobos em 
hifrofrófilos menos estáveis, cria condições para a reabsorção das 
coberturas conjuntivas esclerosantes que circundam células de gordura e 
destrói, desta forma, os "nós de celulite". 
Formas de Aplicação 
• Administração subcutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio 
 • Gasificação de uma mistura de ozônio e oxigênio em uma bolsa de 
plástico. 
• Óleo vegetal ozonizado. 
Cronograma terapêutico 
O tratamento consiste na aplicação de injeções subcutâneas de uma 
mistura de ozônio e oxigênio nas áreas problemáticas das coxas, nádegas 
e abdômen. A concentração de ozônio na mistura de gases é de 10-15 μg / 
ml. Durante a sessão, 100-200 ml da mistura de ozônio e oxigênio, 5-10 
ml de gás são administrados sob a pele uma vez em cada ponto. A 
distância entre os pontos é de 5 cm e a profundidade da injeção é de 13 
mm (agulha 0,3 × 13 mm). O esquema terapêutico mais difundido é o 
seguinte: 10 sessões são realizadas duas vezes por semana; então, 4-8 
sessões são aplicadas uma vez por semana e depois 4 sessões, uma vez por 
semana. 
Após a sessão, o paciente aplicará o óleo vegetal ozonizado no ponto 
de injeção em casa. O efeito alcançado é conservado por 4-6 meses; Após 
2-3 meses, as sessões de manutenção podem ser realizadas uma vez por 
mês 
Causas Frequentes Celulite: 
➢ Deficiência na capacidade de dilatação dos adipócitos; 
➢ Degeneração do tecido adiposo, caracterizada pela redução da 
microcirculação; 
➢ Êxtase sanguíneo pela destruição dos capilares; 
➢ Edema; 
Em segunda fase, celulite edematosa que induz a uma resposta do tecido 
adiposo, que implica na formação de tecido conjuntivo esclerótico e 
micronódulos. 
AÇÃO DO OZÔNIO NA CELULITE 
• Ativa o metabolismo das gorduras; 
• Propriedades antiinflamatórias, bactericidas e analgésicas; 
• Aumento das glicólises; 
• Diminuição de ácido úrico; 
• Ativação da microcirculação. 
• Reaciona com ácidos graxos insaturados, transformando em hidrófilos; 
• Alteração da balança oxidativa, a favor dos fatores peroxidantes que 
atacariam os ácidos graxos insaturados dos lipídios, danificando a 
estrutura das membranas adipocitárias; 
• Melhora a oxigenação dos tecidos e ativa a microcirculação, graças a 
ação do O3 sobre a hemoglobina e sobre os eritrócitos permitindo a 
eliminação de fragmentos das cadeias dos adipócitos. 
TÉCNICAS ASSOCIADAS 
• Drenagem linfática, Microcorrente, US, intradermoterapia, criolipolise, 
etc 
➔ GORDURA LOCALIZADA 
A gordura localizada pode ser definida como uma distribuição regional 
de gordura que pode ser classificada em ginóide (quando a deposição 
excessiva está localizada em quadril e coxas) e andróide (quando a 
deposição excessiva é na área abdominal). Há 8 a 10% mais gordura 
corporal no sexo feminino do que no masculino, em média. Devemos 
recordar que nas mulheres a gordura essencial representa entre 9 e 12% e, 
nos homens, 3%; isso faz uma grande diferença, que é devida à 
diferenciação hormonal de cada sexo. As mulheres em idade universitária 
mantêm entre 20 e 25% de seu peso corporal em gordura. As que se 
mantêm ativas no esporte e possuem uma alimentação saudável e 
balanceada possuem, em média, entre 15 e 18% de gordura corporal, mas, 
nas sedentárias, observa-se entre 25 e 27%. 
O tecido adiposo é, em geral, designado como depósito lipídico ou, 
simplesmente, depósito de gordura. Sua principal função é o 
armazenamento de triglicerídios até que estes sejam necessários para 
fornecer energia em outra parte do corpo. Uma função subsidiária, 
contudo, é a de proporcionar isolamento térmico do corpo. As células 
adiposas do tecido adiposo são fibroblastos modificados capazes de 
armazenar triglicerídios praticamente puros em quantidades iguais a 80 a 
95% de seu volume. Elas também podem sintetizar uma quantidade muito 
pequena de ácidos graxos e triglicerídios a partir dos carboidratos, esta 
função suplementa a síntese hepática de lipídios. As lipases teciduais estão 
presentes em grande quantidade no tecido adiposo. Algumas dessas 
enzimas catalisam a deposição dos triglicerídios derivados dos 
quilomícrons e de outras proteínas. Outras, quando ativadas por 
hormônios, promovem clivagem dos triglicerídios das células dos ácidos 
graxos, os triglicerídios nas célulasadiposas liberando ácidos graxos livres. 
Devido às rápidas trocas dos ácidos graxos, os triglicerídios nas células 
adiposas são renovados, aproximadamente, uma vez a cada 2 a 3 
semanas, o que indica que os lipídios armazenados, hoje, nos tecidos não 
são os mesmos que estavam armazenados mês passado, enfatizando o 
estado dinâmico dos lipídios armazenados. 
O tecido adiposo tem como função principal o armazenamento de 
energia em forma de triglicerídeos, suas células, os adipócitos, apresentam 
seu desenvolvimento a partir de células semelhantes aos fibroblastos, 
multiplicam-se durante a infância e adolescência, permanecendo um 
número constante durante a vida adulta. Sendo que no adulto pode variar 
a quantidade de lipídio depositado em seu interior. As células adiposas, ou 
adipócitos, ocorrem isoladamente ou em grupos nas malhas de muitos 
tecidos conjuntivos, sendo especialmente numerosas no tecido adiposo. À 
medida que a gordura se acumula, as células aumentam de tamanho e se 
tornam globulosas, a gordura aparece, primeiramente, como pequenas 
gotas que, posteriormente, juntam-se para formar uma só gota. A 
mobilização da gordura está sob o controle nervoso e hormonal que leva 
à liberação de ácidos graxos e glicerol, os quais passam para o sangue. A 
noradrenalina liberada nas terminações pós-ganglionares dos nervos 
simpáticos do tecido adiposo é, particularmente, importante a este 
respeito, quando o organismo está sujeito a atividades físicas intensas, 
jejum prolongado ou frio. Acredita-se que os adipócitos evoluam dos 
fibroblastos, tanto no desenvolvimento normal como em várias 
circunstâncias patológicas, como no caso da distrofia muscular, onde 
ocorre a destruição de células musculares e substituição por tecido 
conjuntivo adiposo. Estas células estão em contato com a porção 
profunda da derme, sendo que o seu conjunto constitui a hipoderme, e são 
encontradas sobre a rede de colágeno. Também conhecidas como 
adipócitos, são agrupadas em forma de “cachos de uva”, os lóbulos 
adiposos, que são separados por paredes de conjuntivo, os septa lobulares. 
A troca gasosa entre as células adiposas e a corrente sanguínea é intensa, 
contribuindo para isso a rica vascularização do tecido conjuntivo. Pelas 
paredes interlobulares conjuntivas passam os vasos sanguíneos e as 
terminações nervosas. 
FORMA DE APLICAÇÃO: 
o Via subcutânea, mais profunda possível para evitar a 
eliminação exagerada de adiposidade; 
o Injeta-se em vários pontos de tecido subcutâneo alternados; 
o De15 a 20 sessões; 1 – 2 x na semana 
o Máximo De 200ml de ozônio por aplicação. 
o Sempre fazer massagens difusoras após a injeção, e segue-se 
óleo ozonizado ou creme. 
TÉCNICAS ASSOCIADAS 
• Drenagem linfática, Microcorrente, US, intradermoterapia, criolipolise, 
etc 
 
➔ ESTRIAS 
Injeta-se semanal ou bisemanalmente, subcutâneo ou intradérmico 
(intracicatriz) 5 a 50 ml de ozônio a 5 ou 10 gamas, seguido de massagem 
para difusionar o gás. Geralmente 20 aplicações e pode-se fazer depois 
cada 15 ou 30 dias, ate um resultado adequado, máximo de 30 aplicações. 
➔ MICROVASOS 
o Aplicação subcutânea; 
o 5 un em cada local; 
o Lateral aos microvasos (não aplicar diretamente nos 
microvasos); 
o Aplicação em direção linfática. 
o Máximo 10ml por sessão. 
o 1 x semana 
O que ocorre na microcirculação? 
▪ Alteração formação pre capilar; 
▪ Aumento da permeabilidade vascular; 
▪ Edema intersticial com compressão linfática. 
 
➔ CAPILAR: 
As causas dos focos de alopecia são as alterações degenerativas do 
epitélio dos folículos capilares, os distúrbios de microcirculação da pele do 
couro cabeludo e a formação de infiltrações linfohistiocíticas nas zonas 
perivascular e perifolicular. 
Nas regiões afetadas, há uma hipoxia crônica dos tecidos e também 
inadequação da defesa antioxidante, bem como uma diminuição da 
energia celular. Normalmente, tudo isso acontece dentro do quadro de um 
estado de déficit imunológico. 
 A terapia com ozônio, como pode ser deduzido do exposto, é um 
método com funções patogênicas para o tratamento de focos de alopecia, 
que afeta o metabolismo, aumentando a energia celular e tecidual, elimina 
a hipoxia tecidual e normaliza a imunidade. Isto foi demonstrado por 
Zavadski e Glazirina, que, no tratamento de 106 pacientes com alopecia 
nudificada, documentada pela oximetria, a normalização, sob a influência 
da terapia com ozônio, diminuiu inicialmente o conteúdo de oxigênio na 
pele do foco da alopecia e também a diminuição do déficit de oxigênio no 
cabelo de acordo com os dados de gasometria (citado por Nikulin et al., 
2005). 
Formas de Aplicação 
• insuflações rectais com uma mistura de ozônio e oxigênio. 
• Administração intracutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio. 
• Gasificação por fluxo de uma mistura de ozônio e oxigênio em uma bolsa 
de plástico. 
• Óleo vegetal ozonizado. 
Cronograma terapêutico 
Nesse contexto, nos focos de alopecia do couro cabeludo, são aplicadas 
injeções intracutâneas de 1 ml de uma mistura de ozônio e oxigênio, com 
uma concentração de ozônio de 2-3 μg / ml, com uma freqüência de 1-2 
vezes a a semana e um total de 8 a 10 sessões. 
 As injeções intra-cutâneas são alternadas com gaseificação com uma 
mistura de ozônio e oxigênio (concentração de 1-2 μg / ml) em uma bolsa 
de plástico, no total de 8-10 sessões. 2-3 tratamentos de ozonoterapia são 
realizados com intervalos de 3-4 meses. 
Naimushina et al. (2005) utilizaram a administração subcutânea de 
uma mistura de ozônio e oxigênio na região do couro cabeludo na forma 
difusa de alopecia, com uma concentração de oxigênio de 1.000-1.300 μg / 
l; em casos com focos de alopecia, a concentração foi de 4.000-5.000 μg / 
l, com um volume de fase gasosa de 2 ml em cada injeção e 10-40 ml ao 
longo do tratamento. O número total de sessões foi de 10, duas vezes por 
semana. O atraso médio na prisão de perda de cabelo em alopecia difusa 
foi de 6 semanas (com a aplicação do esquema convencional foi de 8 
semanas). O início do crescimento do cabelo em pacientes com alopecia 
nos focos apareceu após 8 semanas, naqueles que receberam terapia com 
ozônio e 14 semanas, após o tratamento convencional. A análise de 
resultados a longo prazo em 165 pacientes mostrou que as recorrências 
de pacientes tratados com ozônio apareceram em 18,5% dos casos; 
naqueles tratados com o método tradicional, eles apareceram em 34,8% 
dos casos. 
 
➔ FLACIDEZ DERMICA: 
Injeta-se semanal ou bisemanalmente, subcutâneo ou intradérmico 
(intracicatriz) 5 a 50 ml de ozônio a 5 ou 10 gamas, seguido de massagem 
para difusionar o gás. Geralmente 20 aplicações e pode-se fazer depois 
cada 15 ou 30 dias, ate um resultado adequado, máximo de 30 aplicações. 
➔ REJUVENESCIMENTO, RUGAS 
A terapia com ozônio obtém bons resultados na reabilitação do 
envelhecimento da pele. Aplicando injeções intracutâneas de uma mistura 
de ozônio e oxigênio nas áreas problemáticas do rosto, pescoço e decote, 
é possível eliminar a rede de rugas finas e nivelar as mais profundas. 
Posteriormente, aparecem os chamados "efeitos de elevação", que 
consistem na melhora da turgência da pele e no aperto dos contornos do 
rosto (Lazareva, 2004). 
Formas de Aplicação 
• Administração intracutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio. 
 • Óleo vegetal ozonizado. 
Cronograma terapêutico 
O tratamento é aplicado em 10 a 12 sessões, realizando injeções 
intracutâneas / intradermicas da mistura de ozônio e oxigênio em pontos 
de acordo com a via de rugas e nas regiões com sinais de envelhecimento. 
As sessões são realizadas 1-2 vezes por semana. 
A concentração de ozônio na mistura de gás é de 1-2 μg / ml e o 
volume de gás administrado em cada ponto na área da rugas é: 0.2-0.5 ml 
ao redor dos olhos; 0,5-1 ml nos lábios e nas rugas nasais e 1 ml na região 
do pescoço. Em um dia, é administrado 100-150 ml da mistura ozono-oxigênio. 
Em casos de pele seca, as aplicações são feitas com óleo vegetal 
ozonizado sob a forma de uma pomada, no primeiro diário (10-12) e duas 
vezes por semana. Recomenda-se realizar o tratamento duas vezes por 
ano, e as sessões de manutenção, uma vez por mês. 
– Liberação de hormônios do crescimento 
– Aumento das defesas antioxidantes 
Provoca na pele um rejuvenescimento bastante acentuado, comparável ao 
tratamento com hormônio do crescimento injetado. 
REJUVENESCIMENTO FACIAL, EM MÃOS E COLO 
a) Lavação dessas áreas com soro fisiológico, e a seguir suaves massagens, 
por cerca de 10 a15 minutos. 
b) Aplicação intradermico ou subcutâneo de injeções de ozônio subcutâneo 
na região parietal da cabeça, em torno de10 a 20cc de ozônio a 10 gamas, 
e espalhar pela face. Em casos que se deseja ação mais específica, como 
próximo ao canto externo dos olhos, ou nos olhos, ou em regiões mais 
pigmentadas, injeta-se entre 1 a 3cc, fazendo-se fricções por alguns 
segundos a minutos. Este procedimento atenua rugas, cicatrizes e 
manchas solares e senis. 
c) Aplicação de óleo ou creme ozonizado, e deixa-se a paciente repousar 
por alguns minutos, com os olhos fechados para relaxar. 
Aplicações semanais, bisemanais ou trisemanais, evitando-se ultrapassar 
em certos casos, a capacidade antioxidante de cada paciente. 
 
➔ ATENUAÇÃO DE CICATRIZES E QUELOIDES: 
 
o Injeta-se semanal ou bisemanalmente, subcutâneo ou 
intradérmico (intracicatriz) 5 a 50 cc ou mas de ozônio a 5 ou 10 
gamas, seguido de massagem para difusionar o gás. Geralmente 
20 aplicações e pode-se fazer depois cada 15 ou 30 dias, ate um 
resultado adequado, máximo de 30 aplicações. 
HIDRO OZONIOTERAPIA 
❖ Apóia os eritrócitos no desempenho da sua função biológica; 
❖ Melhora respiração celular :recuperação fluxo sanguíneo , aumenta 
taxa de glicólise nos eritrócitos , aumenta ativação de enzimas que 
participam na limpeza de radicais livres; 
❖ Eliminação toxinas capilares e celulares; 
❖ Hidratação; 
❖ Dilatação dos poros; 
❖ Nutrição Celular; 
❖ Ativação da circulação sanguínea e linfática; 
❖ Produz Água Inócua; 
❖ Descongestionante; 
❖ Relaxante; 
❖ Bactericida; 
❖ Fungicida. 
 
 
ÁGUA OZONIZADA: 
Atualmente, o uso de ozônio para o 
tratamento da água está aumentando 
progressivamente em todos os países, tanto 
na área da água potável como nas águas 
industriais e de efluentes, pois é um excelente 
esterilizador de bactérias, vírus e fungos, 
bem como seu efeito desodorante e 
branqueador. 
Conseqüentemente, a qualidade 
organoléptica (odor, cor e sabor) e qualidade 
microbiológica das águas após o tratamento com ozônio garante uma 
água totalmente tolerável para a saúde pública. A água ozonizada 
também tem um grande campo de aplicação em estomatologia, pois seu 
uso durante intervenções dentárias é alcançado com alto grau de assepsia 
que afeta uma melhor recuperação dos pacientes. 
Por outro lado, as propriedades germicidas do ozônio não se limitam 
ao próprio ozônio, mas também estão presentes nos produtos da reação 
deste gás com certas substâncias. Os óleos de origem vegetal (por exemplo, 
coco, palmeira, azeitona, girassol, gergelim, entre outros) foram utilizados 
como meio adequado para a terapia com ozônio. Os óleos ozonizados 
estabilizados têm um caráter germicida e parasiticida muito intenso, o 
que os torna úteis para o tratamento de um grande número de doenças. 
É necessário enfatizar que, diante desses agentes, o fenômeno da 
resistência microbiana não é possível, pois eles atuam basicamente pela 
oxidação das paredes microbianas. 
A solubilidade em água do ozônio é 10 vezes maior que a do oxigênio: 
49,0 ml de O3 por 100 ml de água, em comparação com 4,89 ml de O2 por 
100 ml de água. A água ozonizada é preparada passando o ozônio através 
de um agitador de vidro aglomerado e borbulhando a água por pelo menos 
5 minutos, até se atingir a saturação. Vários dos equipamentos modernos 
para uso clínico incluem os dispositivos necessários para produzir água 
ozonizada. 
A estabilidade do ozônio na solução aquosa é escassa; cerca de 5 a 6 
minutos após a obontagem da água ozonizada, a concentração de O3 cai 
em 25% em relação à concentração inicial. Quando a água ozonizada em 
alta concentração é necessária para fins médicos, deve ser utilizada uma 
concentração de O3 de 80 μg / ml, o que proporcionará uma concentração 
aproximada de 20 μg / ml. Esta solução é útil para o tratamento e 
desinfecção de feridas, para eliminar pus e áreas necróticas e para eliminar 
germes em geral. Uma vez que as feridas começam a evoluir, recomenda-
se o uso de uma menor concentração, isto é, a partir da ozonação com 
uma concentração de O3 de 20 μg / ml para ter uma concentração final 
de 5 μg / ml. 
Quão estável são as soluções aquosas de O3? Pode-se dizer que este 
é o ponto fraco das águas ozonizadas. Na preparação de água ozonizada 
de dupla destilação, uma vez obtida, deve ser mantida a 5 ° C num frasco 
de vidro com uma tampa de vidro ou de silicone firme. Nestas condições, 
a concentração de O3 é reduzida para metade da concentração inicial em 
cerca de 110 horas; No entanto, se deixado a 20 ° C, a meia-vida do ozônio 
é de apenas 9 horas. Se a água mono-destilada for utilizada, a meia-vida 
de O3 é inferior a 1 h. Esta informação tem um impacto prático e indica 
que, para fins de desinfecção de feridas, é aconselhável usar água recém-
ozonizada, e se for decidida a armazená-la ou a paciente levar a sua casa, 
as recomendações de armazenamento devem ser seguidas. ótimo. 
Em geral, a solubilização do ozônio na água está em conformidade 
com a lei de Henry (1803), que afirma que o estado de saturação do gás 
na água é proporcional à sua concentração. No entanto, a lei só é válida 
se a água pura for ozonizada; Se a água é monodestilada ou contém traços 
iónicos, é praticamente inutilizável para a desinfecção porque os iões 
facilitam a formação de substâncias potencialmente tóxicas, como o ácido 
hipocloroso (Bocci, 2005). 
A água ozonizada é amplamente utilizada em diferentes campos da 
medicina. No campo da gastroenterologia, é utilizado para administração 
interna em esofagite, gastrite, úlceras e colecistite crônica; É usado na 
forma de enemas, em casos de colite. Na tomatologia prática, é utilizado 
na forma de enxaguamento para a desinfecção da cavidade oral em casos 
de periodontite, estomatite e abscessos nas cavidades dos canais 
radiculares. Na cirurgia, é utilizado para a lavagem perioperatória e pós-
operatória de feridas infectadas abertas ou fechadas. Em 
otorrinolaringologia, é utilizado sob a forma de inalações. Para resolver 
diferentes tarefas clínicas, são utilizados diferentes métodos de 
administração e diferentes concentrações de ozônio. Nas investigações 
experimentais e clínicas realizadas por Zarivchatckoi M.F. e cols. (2000), 
mostrou-se que, em relação à ação antimicrobiana, a solução ozonizada 
ideal é aquela que possui uma concentração de ozônio de 30 μg / ml na 
saída do ozonizador e um tempo de borbulhamento de 30 minutos. No 
manual de terapia de ozônio do Centro Científico de Medicina 
Restaurativa e Spas da Rússia (2000), é 24 recomendada água destilada 
oralizada com uma concentração de ozônio de 4-7 μg / ml para o 
tratamento de doenças gástricas e intestinais. 
Em solução aquosa é observada durante 8-15 minutos. Após uma 
hora, não há mais ozônio na mistura, onde apenas são encontrados 
radicais livres de oxigênio. Tudo isso deve ser levado em consideração ao 
usar água ozonizada para fins terapêuticos, e de todos os itens acima 
conclui-se que a água ozonizada para tratamento deve ser usada nos 
primeiros 20-30 minutos após a preparação. 
ÓLEOS VEGETAIS OZONIZADOS 
Os óleos vegetais são um meio eficaz no campo da terapia com 
ozônio. Essencialmente, esses óleos sofrem oxidação controlada, reagindo 
com ozônio em condições pré-estabelecidas.Uma vez que os produtos de 
oxidação são formados, diferentes técnicas são usadas para estabilizá-las 
por um longo período de tempo (geralmente, 2 anos). Os ingredientes 
ativos resultantes são hidroperóxidos e outros produtos de peroxidação 
lipídica, que possuem propriedades germicidas não específicas e também 
de forma satisfatória nos processos de cura e regeneração de tecidos. Por 
todas estas razões, eles são muito úteis no tratamento de infecções locais, 
úlceras, fístulas e outros processos sépticos. A estabilidade relativa dos 
óleos em relação ao ozo-non-gaseous proporciona vantagens para este 
método terapêutico. 
Os óleos vegetais mais utilizados são o óleo de girassol e azeite. Com 
o uso de derivados ozonizados destes óleos, foram desenvolvidos 
numerosos estudos clínicos nos quais as suas propriedades bactericidas, 
fungicidas e viricidas foram demonstradas, bem como a sua capacidade 
de estimular a regeneração do tecido epitelial e exercer outros efeitos a 
maior profundidade, tais como redução das concentrações de ácido láctico 
no músculo após intenso esforço físico. 
Todas as possibilidades de formação de compostos oxigenados 
ocorrem em maior ou menor grau, dependendo das condições sob as quais 
ocorre a reação de ozonização e a natureza do óleo vegetal, entre os quais 
o aumento da concentração de aldeídos na mistura reaccional e a variação 
na viscosidade, que aumenta entre 5 e 10 vezes em relação ao valor inicial, 
demonstrando que o estágio de polimerização desempenha um papel 
importante. 
Os óleos vegetais ozonizados, que contêm ácido linoleico na sua 
composição, apresentarão, entre os componentes voláteis da mistura de 
reação, aldeídos e ácidos saturados de 3 e 6 átomos de carbono e ácidos 
monossaturados de 9 átomos de carbono, típicos da estrutura do ácido e 
o mecanismo de ozonização. Por outro lado, como produto da ozonação 
de óleos vegetais contendo ácido oleico como único ácido gordo 
insaturado na sua estrutura, apenas o aldeído saturado de 9-carbono 
(nonaldeído) será obtido na sua fração volátil. Esses componentes, 
geralmente aldeídos e ácidos, são responsáveis pelo odor característico 
desses produtos. 
Deve-se notar que praticamente todos os óleos vegetais 
comercializados foram ozonizados, usando diferentes procedimentos ou 
condições de ozonização e patenteados dois. No início do século XX (1911), 
foi aceita a primeira patente sobre a ozonização de um óleo vegetal (óleo 
de coco). Posteriormente, foram patenteados outros métodos de 
ozonização de óleos vegetais diferentes, como soja, castanha e azeitona. 
Nas últimas duas patentes, a ozonização do óleo é realizada em seu estado 
puro e para fins farmacêuticos. Em outro artigo, foi descrita a ozonização 
de diferentes óleos vegetais, como milho, azeitona e gergelim. Da mesma 
forma, sabe-se que o autor realizou a ozonização desses óleos vegetais 
para o tratamento da acne e que, dois anos depois, desenvolveu um 
método para a ozonização de um óleo de origem cerica, óleo de jojoba. 
Apesar da utilidade deste tipo de preparações, demonstrada em 
vários estudos clínicos, não há consenso sobre os índices de qualidade que 
devem ser coletados, o que afetou a generalização do seu uso no nível 
clínico. Em termos gerais, o índice de qualidade do óleo, o número de ácido, 
a viscosidade e a concentração de aldeídos foram estabelecidos como 
índices de qualidade do óleo. 
Os óleos vegetais ozonizados proporcionam uma ação prolongada de 
pequenas doses de ozônio e peróxidos nos tecidos e são basicamente 
utilizados para suas propriedades desinfectantes. Além de sua ação 
bactericida, eles também aceleram processos de cicatrização de feridas e 
têm uma ação antimicótica significativa. Demonstrou-se que suas 
propriedades anti-sépticas são centenas de vezes mais ativas do que as 
soluções de ozônio. Sua administração é interna e também em aplicações 
locais, e neste caso, eles são capazes de alcançar pontos que outros anti-
sépticos não podem alcançar. Eles podem ser usados com sucesso para o 
tratamento de queimaduras e infecções da pele. 
Preparação do óleo 
 Os óleos purificados (refinados) de girassol, azeitona, milho e outros 
são bem ozonizados. O processo de ozonização é realizado em condições 
de diferentes concentrações e diferentes tempos de borbulhamento: 
• Para aplicação interna (bebida) com uma concentração de ozônio na 
mistura oxigenada de 20 μg / ml, o tempo de borbulhamento para 100 ml 
de óleo é de 10 minutos; para uma concentração de 40 μg / ml, é de 5 
minutos, e assim por diante. 
• Para aplicação externa com uma concentração de ozônio de 20 μg / ml, 
o tempo de borbulhamento de 100 ml de óleo é de 15 minutos; para uma 
concentração de 40 μg / ml, serão 8 minutos, e assim por diante. 
• Diretrizes para uso médico do ozônio. 
 Fundamentos terapêuticos e indicações: 
• Para aplicação externa (micosis) com uma concentração de ozônio de 24 
μg / ml, o tempo de borbulhamento para 100 ml de óleo é de 15 minutos; 
Para uma concentração de 50 μg / ml, serão 8 minutos, e assim por diante. 
• O óleo ozonizado é armazenado em um recipiente de vidro escuro. A sua 
conservação depende muito da temperatura de armazenamento. De 
acordo com dados recentes, fornecidos por Miura T. et al. (2001) com a 
ajuda de equipamentos modernos, o óleo ozonizado mantém sua atividade 
à temperatura ambiente por 3 meses e em refrigeração por 2 anos. 
• Quando o uso for interno, a quantidade de óleo que será tomada no início 
será uma colher de chá, 20 a 30 minutos após as refeições, 2-4 vezes por 
dia, e será aumentada lentamente para uma colher de sopa 2- 4 vezes por 
dia 
• Quando administrado internamente, o óleo vegetal ozonizado não 
apenas exerce uma ação anti-inflamatória. Nas obras de Alferina et al. 
(2000) e Mamikina et al. (2000), realizada com pacientes afetados por 
diferentes doenças infecciosas, mostrou a influência imunológica sobre os 
indicadores de imunidade celular e humoral, tanto no específico quanto 
no não específico. Em todas as patologias infecciosas estudadas, a 
inclusão de óleo ozonizado no tratamento basal (5 ml duas vezes ao dia) 
permitiu curto-termizar o conteúdo absoluto e percentual de linfócitos T, 
diminuiu o número de linfócitos B e aumentou A atividade da fagocitose. 
A aplicação de óleo vegetal ozonizado levou à normalização ou aumento 
da imunidade humoral não específica, atividade bactericida e lisozimas de 
soro sanguíneo. 
Alguns exemplos de condições em que a aplicação de óleos ozonizados 
forneceu bons resultados são 
: • Acne. 
• Cicatrizes, fístulas e feridas pós-cirúrgicas. 
 • Úlceras gástricas. 
 • Giardíase. 
• Gengivostomatite. 
 • Úlceras dos membros inferiores (insuficiência venosa ou arterial). 
• Infecções vulvovaginais. 
 • Queimaduras cutâneas. 
 • Herpes simple labial e genital recorrente. Otite externa crônica. 
• Onicomicosis. 
• Epidermófitoses (infecção de canais radiculares). 
• Não relacionado aos processos infecciosos: - Atenuação de rugas. - 
Dermatite e manchas cutâneas. - Celulite e pele deteriorada. - Hiperestesia 
dental.

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