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WORKSHOP OZONIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS Dra. Lilian Scarpin - Fisioterapeuta O que é Ozonioterapia (ou Ozonoterapia)? Tratamento com um gás, que é gerado a partir do Oxigênio (O2) puro/medicinal, transformado em Ozonio (O3) numa reação controlada de descarga corona e aplicado no paciente de acordo com a disfunção a ser tratada. Uma das maiores descobertas da história, esta é uma técnica terapêutica que utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio; ou seja, o ozônio medicinal. Usada no tratamento de um amplo número de patologias, a Ozonioterapia pode ser aplicada de modo isolado e complementar. É um tratamento medicinal que usa uma mescla oxigênio – ozônio (95% - 99.95% de oxigênio e 0,05 a 5% de ozônio) como agente terapêutico para tratar um amplo de enfermidades. Há séculos utilizado por países desenvolvidos e com benefícios comprovados por inúmeros estudos, o ozônio tem excelentes propriedades medicinais, como: - Anti-inflamatórias - Antissépticas - Modulação do estresse oxidativo - Melhora da circulação periférica e da oxigenação Muito além da medicina, o ozônio torna-se indispensável para aplicações em diversas áreas. Considerado um dos oxidantes naturais mais potentes e também um poderoso germicida, pode ser utilizado em: • Processos industriais • Tratamento de águas • Produção de alimentos • Tratamentos estéticos • Produção de gases e efluentes Formando uma camada protetora que age como um filtro da energia ultravioleta (UV), o ozônio é um dos gases mais importantes na estratosfera que cerca a Terra. Seja na medicina ou em nosso planeta, o ozônio tem a mesma função: proteger a vida. A COMPOSIÇÃO DO GÁS OZÔNIO O ozônio é a forma triatômica do oxigênio, enquanto este último é normalmente encontrado em sua forma diatômica (O2). O ozônio forma- se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem e os átomos separados combinam-se individualmente com outras moléculas de oxigênio. Pode ser formado naturalmente, pela ação dos raios UV ou pelos geradores de ozônio, que convertem O2 em O3. O ozônio (O3) é um gás bastante reativo e altamente instável; ou seja, logo se recompõe a oxigênio (O2). A ESTRUTURA DA MOLECULA DE OZONIO É UMA CADEIA DE TRES ATOMOS DE OXIGÊNIO QUE FORMAM UM ÂNGULO DE 117 GRAUS. Formas de obter: O ozônio é formado em todos os processos que acompanham a aparência do oxigênio atômico. Pode ser obtido passando a corrente elétrica através do oxigênio. O2 + e– → O3 Em laboratórios e indústrias, o ozônio é obtido em ozonizantes pela ação de uma descarga elétrica silenciosa sobre o oxigênio. Os principais tipos de ozonizadores industriais têm uma câmara de descarga plana ou em forma de tubo, como materiais os dielétricos são vidro usado ou cerâmica. Os eletrodos são feitos de alumínio ou cobre. O poder do ozonizador é proporcional à frequência da corrente. O ozônio também é formado pela aplicação de luz ultravioleta ao oxigênio. Neste princípio a síntese do ozônio na natureza baseia-se na ação dos raios ultravioleta com comprimento de onda <200 nm. A ÁREA MEDICINAL O ozônio que é usado para fins medicinais é uma mistura de ozônio e oxigênio que é obtida de oxigênio por uma descarga elétrica fraca, que é conseguida com a ajuda de geradores de ozônio medicinais (ozonizantes). O princípio da ação da ozonização para fins médicos é o seguinte: o oxigênio entra entre dois tubos de alta tensão que estão conectados em série e que estão sob tensões de potência diferente formando um campo elétrico. Pela ação do poderoso campo elétrico, uma parte das moléculas de oxigênio é dividido em átomos, que reagem com outras moléculas de oxigênio e formam moléculas de ozônio. Dependendo da tensão aplicada e da velocidade do fluxo de gás, serão alcançadas diferentes concentrações de ozônio. Quanto maior a tensão e menor a velocidade da corrente de oxigênio, maior a concentração de ozônio e vice-versa. Para produzir uma mistura de ozônio e oxigênio para uso terapêutico, é essencial fornecer apenas oxigênio de alta pureza (medicinal) ao ozonizador. Não é permitido usar oxigênio de menor pureza e, em particular, ar, devido à presença de uma grande quantidade de nitrogênio que, sob a ação de altas tensões, é transformado em óxido de nitrogênio tóxico. Entre outros requisitos que os ozonizadores médicos devem atender, é a precaução para evitar que o ozônio escape ao ar circundante, pois atua como irritante no epitélio pulmonar. Para o efeito, os geradores de ozônio têm destrutores, aos quais o excesso de ozônio é conduzido e onde é novamente regenerado em oxigênio. Tendo em conta as propriedades oxidantes intensas do ozônio, os geradores usam materiais resistentes a ele, fisiologicamente limpos (o melhor é o vidro, os fungíveis de silicone). 1840 O gás ozônio foi descoberto pelo pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich Schoenbein, que observou um odor característico quando o oxigênio era submetido a uma descarga elétrica. E, pela frequência sistemática com que isto ocorria, o chamou de “ozein”, que em grego significa “aquilo que cheira”. 1857 O físico Dr. Werner Von Siemens desenvolveu o Gerador de Alta Frequência, aparelho que forma o gás ozônio em átomos de oxigênio por meio de descargas elétricas. 1914-1918 Durante a 1ª Guerra Mundial, médicos alemães e ingleses utilizaram o ozônio para tratamento de feridas em soldados, conforme já publicado na revista THE LANCET, nos anos 1916 e 1917. Desde o século XIX, a Ozonioterapia médica era usada na Alemanha, inicialmente para combater a ação de bactérias e germes na pele humana. 1935 Erwin Payr, importante cirurgião austríaco e professor em Leipzig, experienciou o tratamento com ozônio por seu dentista, E. A Fisch, e apresentou uma publicação de 290 páginas intitulada "O tratamento com ozônio na cirurgia". Este foi o início da Ozonioterapia que conhecemos hoje. A ausência de materiais adequados e resistentes à oxidação – como plásticos para aplicação local de ozônio em feridas, ou insuflação retal do gás - tornava sua utilização complicada, razão pela qual foi esquecida durante um tempo. 1975 No Brasil, o médico Heinz Konrad iniciou a prática em sua clínica em São Paulo, e com ela trabalha até hoje. Em meados dos anos 90, Dr. Edison de Cezar Philippi (in memorian) introduziu a prática em Santa Catarina e difundiu a Ozonioterapia em inúmeros cursos e congressos. 1979 Hans H. Wolff dedicou sua vida à pesquisa e à aplicação do ozônio. Em 1979, um ano antes de sua morte, publicou seu livro "O Ozônio Medicinal" – no qual apresenta sua pesquisa e prática médica do uso do ozônio. Ele fundou a Sociedade Médica Alemã de Ozônio, posteriormente renomeada Sociedade Médica para Aplicação Preventiva e Terapêutica do Ozônio. Reconhecida pelo Sistema de Saúde de nações mundo afora, a Ozonioterapia é praticada há várias décadas nos 5 continentes. Seus benefícios comprovados são tantos que, na Alemanha, este procedimento médico faz parte dos tratamentos pagos pelos seguros-saúde do governo. DECLARAÇÃO DE MADRID – SOBRE A OZONIOTERAPIA 1 EDIÇÃO: 4 de junho de 2010 2 EDIÇÃO: 12 de junho de 2015 FUNDAMENTOS TERAPÊUTICOS A aplicação de ozônio com fins curativos é caracterizada pela diversidade de formas, modos e doses, dependendo do tipo de patologia e dos objetivos terapêuticos. A terapia com ozônio é utilizada na forma de administração parenteral e enteral de misturas de ozônio e oxigênio, gaseificação em volumes fechados e, também, aplicações com produtos ozonizados. As observações mostraram que, se a aplicação estiver correta, a terapia com ozônio raramente é acompanhada de efeitos colaterais ou complicações.A dose de ozônio administrada é uma condição fundamental e não deve exceder o potencial das enzimas antioxidantes, o que é essencial para evitar o excesso de formas ativas de oxigênio. As indicações terapêuticas para o uso do ozono estão fundamentadas no conhecimento que baixas concentrações de ozono podem desempenhar funções importantes dentro da célula. Tem-se demonstrado a nível molecular diferentes mecanismos de ação, que suportam as evidências clínicas desta terapia. Existem concentrações placebo, terapêuticas e tóxicas. Tem-se demonstrado que concentrações de 10 ou 5 µ/ml ou ainda doses mais pequenas exercem efeitos terapêuticos com uma ampla margem de segurança, por isso atualmente se aceita concentrações terapêuticas que variam dos 5-60 µ g/ml. Para esta escala de doses incluímos tanto técnicas de aplicação local como sistémica. Devemos realçar que cada via de aplicação tem doses mínimas e máximas; assim como concentrações e volumes a administrar. As doses terapêuticas são divididas em três tipos segundo o seu mecanismo de ação: a) Dose baixa: estas doses têm um efeito imunomodulador e utilizam-se nas doenças onde há suspeitas de compromisso do sistema imunológico. b) Dose média: são imunomoduladoras e estimuladoras do sistema enzimático de defesa antioxidante e de grande utilidade nas doenças crónico-degenerativas tais como, diabetes, arteriosclerose, DPOC, doença de Parkinson, Alzheimer e demência senil. c) Doses altas: se utilizam especialmente em úlceras ou feridas infectadas. Também para ozonizar azeite e água. A ozonização de azeite nunca pode ser produzida com um gerador médico, porque não se pode evitar que o vapor do azeite se difunda nos tubos de alta tensão. O resultado é a produção de diversas substâncias muito tóxicas! Exceto nos geradores com válvula que cortam a saída do ozono. PRECAUÇÕES É importante saber que somente profissionais capacitados podem indicar a dosagem e a via correta de aplicação da Ozonioterapia. Além disso, o ozônio é um gás altamente instável e nocivo se inalado, necessitando ser gerado de forma precisa com equipamentos específicos, no local do uso. SUSPENDER VITAMINAS C e E DURANTE O TRATAMENTO DE OZONIOTERAPIA CONTRAINDICAÇÕES -A principal contraindicação é deficiência da enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD), conhecida como favismo, em função do risco de hemólise. -Todos os distúrbios da coagulação sanguínea. -Alergia e intolerância ao ozônio. -Infarto do miocárdio recente. -Hemorragia cerebral. -Trombocitopenia. -Em casos de hipertireoidismo descompensado, diabetes mellitus descompensado, hipertensão arterial severa descompensada e anemia grave, é necessário que a estabilização clínica dessas situações seja realizada previamente à aplicação da Ozonioterapia. PARTICULARIDADES DO OZONIO: • Produto Natural; • Altamente reativo; • Gasoso; • Molécula produzida por uma descarga elétrica ou radiação UV; • Leucócitos ativados podem gerar Ozônio invivo; • Pode ser protetor ou ofensivo, dependendo de concentração e localização; • Nunca ser inalado. BIOQUÍMICA: • As reações Bioquímicas sucessivas e múltiplas acontecem em células diferentes em todo o corpo; • Reação inicial: Uma boa dose de Ozônio é consumida por antioxidantes presentes no Plasma; • Reação secundária: é responsável pelos efeitos tardios biológicos eterapêuticos. • Ozônio + Plasma = ROS + LOPS • O Ozônio dissolvido na água plasmática reage imediatamente com várias biomoléculas e desaparece; • Os compostos gerados durante a reação ROS LOPS representam mensageiros de Ozônio e são responsáveis por efeitos biológico e terapêuticos. • ROS: Incluem vários Radicais como Superóxido, Nitrogênio, Hidroxilo, Monóxido e outros compostos oxidantes; • LOPS: Geradas após peroxidação de uma grande quantidade de PUFAS, ácido graxo polinsaturados. • Os ROS são produzidos apenas durante um curto período detempo; • Os LOPS produzidos simultaneamente, tem meia vida mais longa, e alcança os efeitos vasculares e interagem com todos os órgãos. • Quando o sangue é exposto a dose terapêutica de Oxigênio-Ozônio ambos os gases se dissolvem na água do plasma; • A reação cede Peróxido de Hidrogênio (ROS) e Oxidação Lipídica (LOPS), O AUMENTO REPENTINO DO PLASMA DA CONCENTRAÇAO DE H2O2 gera um gradiente, o que provoca a transferência rápida nas células sanguíneas, onde em alguns segundos, ativa vários produtos bioquímicos processa e sofre simultaneamente redução na água pelo Sistema antioxidante intracelular eficiente (GSH), PASSO CRÍTICO CORRESPONDENTE A Na avaliação dos efeitos clínicos do ozônio, devem ser consideradas reações com diferentes compostos biológicos que fazem parte da composição dos tecidos do organismo. Assim, na administração pelo sangue, os principais elementos que reagem são as membranas celulares dos elementos formados do sangue (eritrócitos, linfócitos, trombócitos), os metabolitos plasmáticos e também as células endoteliais vasculares. Não se esqueça de que, em cada caso específico, uma parte do ozônio perde as propriedades oxidantes devido à presença de antioxidantes no organismo e na corrente sanguínea em particular. Assim, no plasma existem compostos que possuem grupos que prendem os radicais livres de oxigênio: os grupos sulfidrilo dos aminoácidos (cistina, cisteína, metionina), ácidos graxos, péptidos, proteínas, os grupos NH e NH2 da ureia, ácido úrico, taurina, bilirrubina, tripeptídeo glutationa (glicina, metionina, ácido glutâmico), hormônios esteróides e vitaminas (principalmente, tocoferol e ácido ascórbico). Dado isto, é muito difícil imaginar todas as variantes de produtos de ozonólise que se formam cada vez, tanto do ponto de vista qualitativo como do ponto de vista quantitativo, e conhecer todas as possíveis reações de resposta do organismo aos compostos individuais ou a sua ação conjunta. Por todas estas razões, apesar de quase um século de uso efetivo do ozônio na medicina, os mecanismos biológicos de sua ação continuam a ser estudados, e pode-se dizer que não se espera que se torne dominado no futuro próximo. A interação do ozônio com os lipídios, em que os produtos de peroxidação são formados, foi estudada mais completamente. No entanto, devemos também ter em conta as possíveis reações e, consequentemente, as diferentes respostas devido à interação do ozônio com hidrocarbonetos complexos, proteínas, glicoproteínas e esfingolípidos. Considerando que a quantidade de ozônio introduzida é insignificante em comparação com a quantidade de substratos, os principais efeitos biológicos do primeiro podem ser explicados pela formação dos diferentes produtos da ozonólise. Aparentemente, alguns deles, que têm atividade biológica, são capazes, à custa do mecanismo de equilíbrio, de iniciar processos bioquímicos em cascata que corrigem as afeições patológicas. AÇÃO BACTERICIDA, VIRUCIDA E FUNGICIDA DO OZÔNIO: Entre os efeitos biológicos do ozônio, o primeiro lugar é tradicionalmente ocupado pelo efeito bactericida, virucida e fungicida. Esta ação direta do ozônio se manifesta de forma geral quando aplicada por uma via externa, seguindo as diferentes modalidades terapêuticas, principalmente em altas concentrações. Ao contrário de muitos anti-sépticos conhecidos, o ozônio não irrita ou destrói os tecidos protetores das pessoas, pois, ao contrário dos microorganismos, o organismo multicelular do ser humano possui um poderoso sistema de defesa antioxidante. EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DO OZÔNIO O efeito anti-inflamatório do ozônio baseia-se na sua capacidade de oxidar compostos que contêm ligações duplas, incluindo ácido araquidônico (20: 4) e prostaglandinas, substâncias biologicamente ativas que são sintetizadas a partir deste ácido e que participamde grandes concentrações em o desenvolvimento e manutenção do processo inflamatório (Wong, Gómez, citado por Viebahn-Haensler, 1999). Em pacientes com asma brônquica, o efeito da terapia com ozônio pode ser parcialmente explicado por suas reações com outros produtos de ácido araquidônico, leucotrienos. Precisamente leucotrienos, que são formados em leucócitos do ácido araquidônico e são particularmente compostos patológicos, causam o início de reações alérgicas lentas, como o início da asma brônquica. Além disso, o ozônio diminui o grau de hipoxia tecidual e restaura os processos metabólicos no ponto de inflamação dos tecidos afetados, corrige o pH e o equilíbrio eletrolítico. EFEITO ANALGÉSICO DO OZÔNIO Em muitos estados patológicos e, principalmente, em processos inflamatórios (reumatismo, artrite), o efeito analgésico do ozônio é claramente manifestado. Este efeito tem um caractere duplo. Por um lado, é motivado pela entrada progressiva de oxigênio na zona inflamada e a oxidação dos mediadores algogênicos, que se formam na área do tecido danificado e participam da transmissão do sinal nociceptivo para o SNC (RivaSanseverino, 1987). ). Tudo isso explica a eliminação pelo ozônio da dor aguda que existe nos processos inflamatórios traumáticos. EFEITO DESINTOXIFICANTE DO OZÔNIO O efeito desintoxicante é claramente observado e manifestado através da otimização do sistema microscópico de hepatócitos e pelo fortalecimento da filtração hepática. O ozônio também altera o metabolismo dos hepatócitos. Após um tratamento de terapia de ozônio, muitos pesquisadores observaram uma diminuição nos valores de moléculas de massa média, que caracterizam a toxicidade no organismo em diferentes estados de gravidade. REGULAÇÃO IMUNE PELO OZÔNIO O efeito da regulação imunológica pelo ozônio foi demonstrado de forma convincente pela primeira vez nos estudos da ação desse elemento no sistema imunológico com a ajuda da análise imunoenzimática de pesquisadores ocidentais Winkler (1989) e Bocci (1997) e confirmado nas investigações do Instituto de Imunologia do Ministério da Saúde da Federação Russa (Moscou). Demonstrou-se que, na administração parenteral, o ozônio, sem dúvida, exerce um efeito regulador sobre a mudança na composição dos indicadores de imunidade celular: diminui os níveis aumentados e, inversamente, aumenta os níveis diminuídos dos linfócitos T. REGULADOR METABÓLICO Várias observações pré-clínicas e clínicas nos permitiram observar a ação reguladora do ozônio nos indicadores metabólicos, e detectámos, em geral, uma modulação dos indicadores inicialmente patológicos em relação aos valores normais. Entre eles estão: glicose, creatinina, hemoglobina, hematócrito, proteínas totais, lactato desidrogenase, colesterol, triglicerídeos, lipoproteínas, enzimas hepáticas, bilirrubina, ácido úrico, ácido lático e cálcio. Não há uma explicação clara dos mecanismos de ação mediados pelo ozônio que intervêm neste caso. Provavelmente, o re- equilíbrio do sistema redox ajusta as vias metabólicas relacionadas à estabilização desses indicadores. A Ozonioterapia pode ser utilizada na estética facial, corporal e capilar. Princípios Básicos da Ozonioterapia na Estética: • Primum non nocere: em primeiro lugar não fazer mal; • Escalonar a dose: em geral começar sempre com doses baixas e ir subindo lentamente, exceto úlceras infectadas, nessas proceder de forma inversa; • Aplicar a concentração necessária: maiores concentrações de Ozônio não são necessariamente melhores. Na dermatologia, praticamente todos os métodos existentes de ozonoterapia podem ser utilizados, sendo fundamental os procedimentos de ação local, que podem ser combinados com procedimentos de tratamento sistêmico. FORMAS DE APLICAÇÃO CONVENCIONAIS: ✓ Diretamente sobre a pele umedecida com água ou soro fisiológico envolvida em bolsa plástica; ✓ Vapor ozonizado; ✓ Água ou soro fisiológico ozonizado; ✓ Óleos ou cremes ozonizados; ✓ Aplicação subcutânea, intradérmica, via retal; ✓ Banhos de ozônio em banheiras apropriadas. As doses propostas foram elaboradas com base nas fontes bibliográficas disponíveis, na Declaração de Madri. Tudo dito, também é transferido para as formas de aplicação das misturas ozonizados e determinação da duração do tratamento (Peretiagin, 1991; Kontorschikova, 1992;. Grechkanev, 1995; Kuzmina et al, 1998; Boiarinov e Sokolov, 1999; Lobo 1974, 1982, Dorstewitz, 1981, Fahmy, 1982, Rokitansky, 1982, Knoch, 1988). TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO: 1.Insuflação Retal Os primeiros relatos sobre a aplicação da insuflação retal na literatura aparecem a partir de Payr (1935) e Aubourg (1936). A concentração de ozônio na mistura de ozônio e oxigênio é de 10- 60 μg / ml e o volume é de 150 ml a 300 ml em adultos, dependendo do tipo de patologia, natureza, duração e fase da doença. A dosagem é alterada a cada 5 sessões e os ciclos de 15-20 sessões são indicados a cada 3 meses durante o primeiro ano. Em seguida, o paciente será avaliado para determinar a freqüência dos ciclos durante o segundo ano (Declaração de Madrid, 2015). É uma alternativa à auto-hemoterapia principal e à administração de solução fisiológica ozonizada, uma vez que a mistura de ozônio e oxigênio, quando absorvida rapidamente, produz uma ação metabólica geral. É especialmente indicado nos casos em que as autohemoterapias são difíceis. Wolf (1982) mostrou que a oxigenação do sangue aumenta com insuflação retal, bem como com maior auto-hemoterapia. O tempo de redução da oxihemoglobina, geralmente 130-150 segundos, aumentou para 200-220 segundos 40 minutos após a introdução da mistura ozono- oxigênio. Às 24 horas diminuiu, mas não retornou ao nível inicial. Com os tratamentos diários repetidos, a dispersão dos tempos de redução da oxihemoglobina do máximo para o inicial foi diminuindo passo a passo e, no vigésimo dia do tratamento, aproximou-se de zero (mostrado na Figura 4-1, retirado de obra de Wolf, 1982). Após o tratamento, o aumento do tempo de redução da oxihemoglobina diminuiu muito devagar, ao longo de várias semanas e até vários meses, proporcionando um efeito terapêutico prolongado devido ao elevado teor de hemoglobina no sangue. Observou-se que quanto mais o intestino grosso foi limpo, maior a quantidade de gás absorvido no sangue. Em regra geral, o tratamento começa com a metade da dose e um volume mínimo da mistura de ozônio e oxigênio (100-200 ml), que é gradualmente aumentado (em incrementos de 50 ml) até atingir o volume desejado. Segundo a Declaração de Madrid (2015), volumes aceitos de 100 – 200ml, com concentrações que variam de 10-30 µg/Nml. 2. APLICAÇÃO SUBCUTÂNEA Esta aplicação é utilizada para fins estéticos em celulite e gordura localizada. Neste caso em particular, nunca use um maior volume de 200ml por sessão, uma injeção a cada (5-10)cm na dobra da pele e em um volume de (2-3)mL por ponto. Concentração de 15 ug /NML a 20 ug /NM L com uma agulha 27 G (0,3 mm ). Ciclos de 15 - 20 sessões, duas vezes por semana. Estes resultados são melhores se forem associados com insuflação de ozono retal. 3. Infiltração intradérmica de uma mistura de ozônio e oxigênio. 4. Óleo ozonizado para aplicação local. 5. Água Ozonizada 6. Vapor de Ozônio 7. Geração de Ozonio por equipamento de alta frequencia. 8. Bags de Plastico; 9. Banheiras e banhos ozonizados. ACNE A acne é uma doença crônica, de várias etiologias, que afeta os folículos pilosos e as glândulas sebáceas. Apesar meios eficazes disponíveis para o tratamento desta condição nos últimos 10 anos têm visto um aumento na morbidade entre ambos os adolescentes e adultos. A acne afeta quase 95% dos pacientescom menos de 25 anos e mais de 50% dos idosos. Os homens são afetados com mais frequência do que mulheres jovens. Além disso, as formas persistentes da doença começaram a ser detectadas. Após a resolução dos elementos da erupção, eles permanecem em seus locais com padrões estéticos estáveis: discromia, pseudoatrofia e cicatrizes. Na patogênese da acne, que são fatores fundamentais aumento da produção sebácea pelas glândulas sebáceas, perturbações na proliferação e diferenciação de queratinócitos e colonização microbiana dos folículos capilares sebáceas. As formas clínicas da acne são divididos em não-inflamatórias (comedões abertos e são desligados, Milio) e inflamatórias (pápulas e pústulas superficiais, acne profunda, confluentes endurecida, complicações com a formação de abscessos e instantânea furúnculos, acne tipo quelóide e Scar. A gravidade da doença é avaliada de acordo com a classificação proposta pela Academia Americana de Dermatologia: • 1º GRAU: presença de comedões e pápulas individuais. • 2ª GRAU: erupção cutânea e não significativa de pústulas • 5 nódulos-GRAU: pápulas, pustulas e a presençã de 33º • 4º GRAU :reação inflamatória em camadas profundas da derme, com a formação de numerosos nódulos e cistos. Formas de Aplicação • Infiltração intracutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio. • Óleo ozonizado para aplicação local. • insuflação retal de uma mistura de ozônio e oxigênio. Cronograma terapêutico Na acne de primeiro ou segundo grau, são prescritas 6-8 sessões de insuflações rectais de uma mistura de ozônio e oxigênio, 100-200 ml com uma concentração de 20 μg / ml. As sessões são realizadas em dias alternados. Em todas as formas de acne, infiltrações intracutâneas ou lesões inflamatórias da acne são feitas com uma mistura de ozônio e oxigênio, uma vez a cada 3-5 dias, com uma concentração de ozônio de 4-5 μg / l e um total de sessões de 6-8. Em cada ponto, é administrado 0,5-1,5 ml de gás; Antes da infiltração, a pele é tratada com loção desinfectante. O óleo ozonizado é aplicado na superfície afetada 1-2 vezes por dia, por cerca de 20 minutos em cada sessão e por um mês. O tratamento repetido será prescrito após 4-6 meses. De acordo com Glavinskaia (2003), o tratamento da acne deve ser repetido várias vezes e combinado com sessões de tratamentos dermatológicos e cosmetológicos convencionais. Os melhores resultados foram obtidos nos casos de acne inflamatória aguda e acne indutiva, onde o efeito positivo foi maior do que nas formas mais simples da doença. As manifestações clínicas foram completamente eliminadas em 20% dos casos, e em 69% uma melhora foi alcançada, enquanto em 11%, principalmente na acne na forma de pápulas, nenhum efeito foi observado ➔ CELULITE: A celulite ou paniculopatia fibrosclerótica edematosa, lipodistrofia local ou atrofia indurativa da pele é a afectação do tecido celular adiposo subcutâneo que aparece em mulheres de 30 a 40 anos de idade com excesso de tecido adiposo. Devido às peculiaridades hereditárias e constitucionais dos tecidos adiposos, uma dieta irracional e distúrbios endócrinos, há uma alteração da microcirculação no tecido celular, que causa hipoxia e isquemia da área e um piora da circulação sanguínea. que, por sua vez, produz o crescimento excessivo de fibrilas do tecido conjuntivo que envolve as células de gordura. Assim, formam-se os chamados "nós de celulite", que dão à pele a aparência de "casca de laranja". A administração de uma mistura de ozônio e oxigênio no tecido celular subcutâneo melhora a microcirculação, possibilita a transformação de lipídios hidrófobos em hifrofrófilos menos estáveis, cria condições para a reabsorção das coberturas conjuntivas esclerosantes que circundam células de gordura e destrói, desta forma, os "nós de celulite". Formas de Aplicação • Administração subcutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio • Gasificação de uma mistura de ozônio e oxigênio em uma bolsa de plástico. • Óleo vegetal ozonizado. Cronograma terapêutico O tratamento consiste na aplicação de injeções subcutâneas de uma mistura de ozônio e oxigênio nas áreas problemáticas das coxas, nádegas e abdômen. A concentração de ozônio na mistura de gases é de 10-15 μg / ml. Durante a sessão, 100-200 ml da mistura de ozônio e oxigênio, 5-10 ml de gás são administrados sob a pele uma vez em cada ponto. A distância entre os pontos é de 5 cm e a profundidade da injeção é de 13 mm (agulha 0,3 × 13 mm). O esquema terapêutico mais difundido é o seguinte: 10 sessões são realizadas duas vezes por semana; então, 4-8 sessões são aplicadas uma vez por semana e depois 4 sessões, uma vez por semana. Após a sessão, o paciente aplicará o óleo vegetal ozonizado no ponto de injeção em casa. O efeito alcançado é conservado por 4-6 meses; Após 2-3 meses, as sessões de manutenção podem ser realizadas uma vez por mês Causas Frequentes Celulite: ➢ Deficiência na capacidade de dilatação dos adipócitos; ➢ Degeneração do tecido adiposo, caracterizada pela redução da microcirculação; ➢ Êxtase sanguíneo pela destruição dos capilares; ➢ Edema; Em segunda fase, celulite edematosa que induz a uma resposta do tecido adiposo, que implica na formação de tecido conjuntivo esclerótico e micronódulos. AÇÃO DO OZÔNIO NA CELULITE • Ativa o metabolismo das gorduras; • Propriedades antiinflamatórias, bactericidas e analgésicas; • Aumento das glicólises; • Diminuição de ácido úrico; • Ativação da microcirculação. • Reaciona com ácidos graxos insaturados, transformando em hidrófilos; • Alteração da balança oxidativa, a favor dos fatores peroxidantes que atacariam os ácidos graxos insaturados dos lipídios, danificando a estrutura das membranas adipocitárias; • Melhora a oxigenação dos tecidos e ativa a microcirculação, graças a ação do O3 sobre a hemoglobina e sobre os eritrócitos permitindo a eliminação de fragmentos das cadeias dos adipócitos. TÉCNICAS ASSOCIADAS • Drenagem linfática, Microcorrente, US, intradermoterapia, criolipolise, etc ➔ GORDURA LOCALIZADA A gordura localizada pode ser definida como uma distribuição regional de gordura que pode ser classificada em ginóide (quando a deposição excessiva está localizada em quadril e coxas) e andróide (quando a deposição excessiva é na área abdominal). Há 8 a 10% mais gordura corporal no sexo feminino do que no masculino, em média. Devemos recordar que nas mulheres a gordura essencial representa entre 9 e 12% e, nos homens, 3%; isso faz uma grande diferença, que é devida à diferenciação hormonal de cada sexo. As mulheres em idade universitária mantêm entre 20 e 25% de seu peso corporal em gordura. As que se mantêm ativas no esporte e possuem uma alimentação saudável e balanceada possuem, em média, entre 15 e 18% de gordura corporal, mas, nas sedentárias, observa-se entre 25 e 27%. O tecido adiposo é, em geral, designado como depósito lipídico ou, simplesmente, depósito de gordura. Sua principal função é o armazenamento de triglicerídios até que estes sejam necessários para fornecer energia em outra parte do corpo. Uma função subsidiária, contudo, é a de proporcionar isolamento térmico do corpo. As células adiposas do tecido adiposo são fibroblastos modificados capazes de armazenar triglicerídios praticamente puros em quantidades iguais a 80 a 95% de seu volume. Elas também podem sintetizar uma quantidade muito pequena de ácidos graxos e triglicerídios a partir dos carboidratos, esta função suplementa a síntese hepática de lipídios. As lipases teciduais estão presentes em grande quantidade no tecido adiposo. Algumas dessas enzimas catalisam a deposição dos triglicerídios derivados dos quilomícrons e de outras proteínas. Outras, quando ativadas por hormônios, promovem clivagem dos triglicerídios das células dos ácidos graxos, os triglicerídios nas célulasadiposas liberando ácidos graxos livres. Devido às rápidas trocas dos ácidos graxos, os triglicerídios nas células adiposas são renovados, aproximadamente, uma vez a cada 2 a 3 semanas, o que indica que os lipídios armazenados, hoje, nos tecidos não são os mesmos que estavam armazenados mês passado, enfatizando o estado dinâmico dos lipídios armazenados. O tecido adiposo tem como função principal o armazenamento de energia em forma de triglicerídeos, suas células, os adipócitos, apresentam seu desenvolvimento a partir de células semelhantes aos fibroblastos, multiplicam-se durante a infância e adolescência, permanecendo um número constante durante a vida adulta. Sendo que no adulto pode variar a quantidade de lipídio depositado em seu interior. As células adiposas, ou adipócitos, ocorrem isoladamente ou em grupos nas malhas de muitos tecidos conjuntivos, sendo especialmente numerosas no tecido adiposo. À medida que a gordura se acumula, as células aumentam de tamanho e se tornam globulosas, a gordura aparece, primeiramente, como pequenas gotas que, posteriormente, juntam-se para formar uma só gota. A mobilização da gordura está sob o controle nervoso e hormonal que leva à liberação de ácidos graxos e glicerol, os quais passam para o sangue. A noradrenalina liberada nas terminações pós-ganglionares dos nervos simpáticos do tecido adiposo é, particularmente, importante a este respeito, quando o organismo está sujeito a atividades físicas intensas, jejum prolongado ou frio. Acredita-se que os adipócitos evoluam dos fibroblastos, tanto no desenvolvimento normal como em várias circunstâncias patológicas, como no caso da distrofia muscular, onde ocorre a destruição de células musculares e substituição por tecido conjuntivo adiposo. Estas células estão em contato com a porção profunda da derme, sendo que o seu conjunto constitui a hipoderme, e são encontradas sobre a rede de colágeno. Também conhecidas como adipócitos, são agrupadas em forma de “cachos de uva”, os lóbulos adiposos, que são separados por paredes de conjuntivo, os septa lobulares. A troca gasosa entre as células adiposas e a corrente sanguínea é intensa, contribuindo para isso a rica vascularização do tecido conjuntivo. Pelas paredes interlobulares conjuntivas passam os vasos sanguíneos e as terminações nervosas. FORMA DE APLICAÇÃO: o Via subcutânea, mais profunda possível para evitar a eliminação exagerada de adiposidade; o Injeta-se em vários pontos de tecido subcutâneo alternados; o De15 a 20 sessões; 1 – 2 x na semana o Máximo De 200ml de ozônio por aplicação. o Sempre fazer massagens difusoras após a injeção, e segue-se óleo ozonizado ou creme. TÉCNICAS ASSOCIADAS • Drenagem linfática, Microcorrente, US, intradermoterapia, criolipolise, etc ➔ ESTRIAS Injeta-se semanal ou bisemanalmente, subcutâneo ou intradérmico (intracicatriz) 5 a 50 ml de ozônio a 5 ou 10 gamas, seguido de massagem para difusionar o gás. Geralmente 20 aplicações e pode-se fazer depois cada 15 ou 30 dias, ate um resultado adequado, máximo de 30 aplicações. ➔ MICROVASOS o Aplicação subcutânea; o 5 un em cada local; o Lateral aos microvasos (não aplicar diretamente nos microvasos); o Aplicação em direção linfática. o Máximo 10ml por sessão. o 1 x semana O que ocorre na microcirculação? ▪ Alteração formação pre capilar; ▪ Aumento da permeabilidade vascular; ▪ Edema intersticial com compressão linfática. ➔ CAPILAR: As causas dos focos de alopecia são as alterações degenerativas do epitélio dos folículos capilares, os distúrbios de microcirculação da pele do couro cabeludo e a formação de infiltrações linfohistiocíticas nas zonas perivascular e perifolicular. Nas regiões afetadas, há uma hipoxia crônica dos tecidos e também inadequação da defesa antioxidante, bem como uma diminuição da energia celular. Normalmente, tudo isso acontece dentro do quadro de um estado de déficit imunológico. A terapia com ozônio, como pode ser deduzido do exposto, é um método com funções patogênicas para o tratamento de focos de alopecia, que afeta o metabolismo, aumentando a energia celular e tecidual, elimina a hipoxia tecidual e normaliza a imunidade. Isto foi demonstrado por Zavadski e Glazirina, que, no tratamento de 106 pacientes com alopecia nudificada, documentada pela oximetria, a normalização, sob a influência da terapia com ozônio, diminuiu inicialmente o conteúdo de oxigênio na pele do foco da alopecia e também a diminuição do déficit de oxigênio no cabelo de acordo com os dados de gasometria (citado por Nikulin et al., 2005). Formas de Aplicação • insuflações rectais com uma mistura de ozônio e oxigênio. • Administração intracutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio. • Gasificação por fluxo de uma mistura de ozônio e oxigênio em uma bolsa de plástico. • Óleo vegetal ozonizado. Cronograma terapêutico Nesse contexto, nos focos de alopecia do couro cabeludo, são aplicadas injeções intracutâneas de 1 ml de uma mistura de ozônio e oxigênio, com uma concentração de ozônio de 2-3 μg / ml, com uma freqüência de 1-2 vezes a a semana e um total de 8 a 10 sessões. As injeções intra-cutâneas são alternadas com gaseificação com uma mistura de ozônio e oxigênio (concentração de 1-2 μg / ml) em uma bolsa de plástico, no total de 8-10 sessões. 2-3 tratamentos de ozonoterapia são realizados com intervalos de 3-4 meses. Naimushina et al. (2005) utilizaram a administração subcutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio na região do couro cabeludo na forma difusa de alopecia, com uma concentração de oxigênio de 1.000-1.300 μg / l; em casos com focos de alopecia, a concentração foi de 4.000-5.000 μg / l, com um volume de fase gasosa de 2 ml em cada injeção e 10-40 ml ao longo do tratamento. O número total de sessões foi de 10, duas vezes por semana. O atraso médio na prisão de perda de cabelo em alopecia difusa foi de 6 semanas (com a aplicação do esquema convencional foi de 8 semanas). O início do crescimento do cabelo em pacientes com alopecia nos focos apareceu após 8 semanas, naqueles que receberam terapia com ozônio e 14 semanas, após o tratamento convencional. A análise de resultados a longo prazo em 165 pacientes mostrou que as recorrências de pacientes tratados com ozônio apareceram em 18,5% dos casos; naqueles tratados com o método tradicional, eles apareceram em 34,8% dos casos. ➔ FLACIDEZ DERMICA: Injeta-se semanal ou bisemanalmente, subcutâneo ou intradérmico (intracicatriz) 5 a 50 ml de ozônio a 5 ou 10 gamas, seguido de massagem para difusionar o gás. Geralmente 20 aplicações e pode-se fazer depois cada 15 ou 30 dias, ate um resultado adequado, máximo de 30 aplicações. ➔ REJUVENESCIMENTO, RUGAS A terapia com ozônio obtém bons resultados na reabilitação do envelhecimento da pele. Aplicando injeções intracutâneas de uma mistura de ozônio e oxigênio nas áreas problemáticas do rosto, pescoço e decote, é possível eliminar a rede de rugas finas e nivelar as mais profundas. Posteriormente, aparecem os chamados "efeitos de elevação", que consistem na melhora da turgência da pele e no aperto dos contornos do rosto (Lazareva, 2004). Formas de Aplicação • Administração intracutânea de uma mistura de ozônio e oxigênio. • Óleo vegetal ozonizado. Cronograma terapêutico O tratamento é aplicado em 10 a 12 sessões, realizando injeções intracutâneas / intradermicas da mistura de ozônio e oxigênio em pontos de acordo com a via de rugas e nas regiões com sinais de envelhecimento. As sessões são realizadas 1-2 vezes por semana. A concentração de ozônio na mistura de gás é de 1-2 μg / ml e o volume de gás administrado em cada ponto na área da rugas é: 0.2-0.5 ml ao redor dos olhos; 0,5-1 ml nos lábios e nas rugas nasais e 1 ml na região do pescoço. Em um dia, é administrado 100-150 ml da mistura ozono-oxigênio. Em casos de pele seca, as aplicações são feitas com óleo vegetal ozonizado sob a forma de uma pomada, no primeiro diário (10-12) e duas vezes por semana. Recomenda-se realizar o tratamento duas vezes por ano, e as sessões de manutenção, uma vez por mês. – Liberação de hormônios do crescimento – Aumento das defesas antioxidantes Provoca na pele um rejuvenescimento bastante acentuado, comparável ao tratamento com hormônio do crescimento injetado. REJUVENESCIMENTO FACIAL, EM MÃOS E COLO a) Lavação dessas áreas com soro fisiológico, e a seguir suaves massagens, por cerca de 10 a15 minutos. b) Aplicação intradermico ou subcutâneo de injeções de ozônio subcutâneo na região parietal da cabeça, em torno de10 a 20cc de ozônio a 10 gamas, e espalhar pela face. Em casos que se deseja ação mais específica, como próximo ao canto externo dos olhos, ou nos olhos, ou em regiões mais pigmentadas, injeta-se entre 1 a 3cc, fazendo-se fricções por alguns segundos a minutos. Este procedimento atenua rugas, cicatrizes e manchas solares e senis. c) Aplicação de óleo ou creme ozonizado, e deixa-se a paciente repousar por alguns minutos, com os olhos fechados para relaxar. Aplicações semanais, bisemanais ou trisemanais, evitando-se ultrapassar em certos casos, a capacidade antioxidante de cada paciente. ➔ ATENUAÇÃO DE CICATRIZES E QUELOIDES: o Injeta-se semanal ou bisemanalmente, subcutâneo ou intradérmico (intracicatriz) 5 a 50 cc ou mas de ozônio a 5 ou 10 gamas, seguido de massagem para difusionar o gás. Geralmente 20 aplicações e pode-se fazer depois cada 15 ou 30 dias, ate um resultado adequado, máximo de 30 aplicações. HIDRO OZONIOTERAPIA ❖ Apóia os eritrócitos no desempenho da sua função biológica; ❖ Melhora respiração celular :recuperação fluxo sanguíneo , aumenta taxa de glicólise nos eritrócitos , aumenta ativação de enzimas que participam na limpeza de radicais livres; ❖ Eliminação toxinas capilares e celulares; ❖ Hidratação; ❖ Dilatação dos poros; ❖ Nutrição Celular; ❖ Ativação da circulação sanguínea e linfática; ❖ Produz Água Inócua; ❖ Descongestionante; ❖ Relaxante; ❖ Bactericida; ❖ Fungicida. ÁGUA OZONIZADA: Atualmente, o uso de ozônio para o tratamento da água está aumentando progressivamente em todos os países, tanto na área da água potável como nas águas industriais e de efluentes, pois é um excelente esterilizador de bactérias, vírus e fungos, bem como seu efeito desodorante e branqueador. Conseqüentemente, a qualidade organoléptica (odor, cor e sabor) e qualidade microbiológica das águas após o tratamento com ozônio garante uma água totalmente tolerável para a saúde pública. A água ozonizada também tem um grande campo de aplicação em estomatologia, pois seu uso durante intervenções dentárias é alcançado com alto grau de assepsia que afeta uma melhor recuperação dos pacientes. Por outro lado, as propriedades germicidas do ozônio não se limitam ao próprio ozônio, mas também estão presentes nos produtos da reação deste gás com certas substâncias. Os óleos de origem vegetal (por exemplo, coco, palmeira, azeitona, girassol, gergelim, entre outros) foram utilizados como meio adequado para a terapia com ozônio. Os óleos ozonizados estabilizados têm um caráter germicida e parasiticida muito intenso, o que os torna úteis para o tratamento de um grande número de doenças. É necessário enfatizar que, diante desses agentes, o fenômeno da resistência microbiana não é possível, pois eles atuam basicamente pela oxidação das paredes microbianas. A solubilidade em água do ozônio é 10 vezes maior que a do oxigênio: 49,0 ml de O3 por 100 ml de água, em comparação com 4,89 ml de O2 por 100 ml de água. A água ozonizada é preparada passando o ozônio através de um agitador de vidro aglomerado e borbulhando a água por pelo menos 5 minutos, até se atingir a saturação. Vários dos equipamentos modernos para uso clínico incluem os dispositivos necessários para produzir água ozonizada. A estabilidade do ozônio na solução aquosa é escassa; cerca de 5 a 6 minutos após a obontagem da água ozonizada, a concentração de O3 cai em 25% em relação à concentração inicial. Quando a água ozonizada em alta concentração é necessária para fins médicos, deve ser utilizada uma concentração de O3 de 80 μg / ml, o que proporcionará uma concentração aproximada de 20 μg / ml. Esta solução é útil para o tratamento e desinfecção de feridas, para eliminar pus e áreas necróticas e para eliminar germes em geral. Uma vez que as feridas começam a evoluir, recomenda- se o uso de uma menor concentração, isto é, a partir da ozonação com uma concentração de O3 de 20 μg / ml para ter uma concentração final de 5 μg / ml. Quão estável são as soluções aquosas de O3? Pode-se dizer que este é o ponto fraco das águas ozonizadas. Na preparação de água ozonizada de dupla destilação, uma vez obtida, deve ser mantida a 5 ° C num frasco de vidro com uma tampa de vidro ou de silicone firme. Nestas condições, a concentração de O3 é reduzida para metade da concentração inicial em cerca de 110 horas; No entanto, se deixado a 20 ° C, a meia-vida do ozônio é de apenas 9 horas. Se a água mono-destilada for utilizada, a meia-vida de O3 é inferior a 1 h. Esta informação tem um impacto prático e indica que, para fins de desinfecção de feridas, é aconselhável usar água recém- ozonizada, e se for decidida a armazená-la ou a paciente levar a sua casa, as recomendações de armazenamento devem ser seguidas. ótimo. Em geral, a solubilização do ozônio na água está em conformidade com a lei de Henry (1803), que afirma que o estado de saturação do gás na água é proporcional à sua concentração. No entanto, a lei só é válida se a água pura for ozonizada; Se a água é monodestilada ou contém traços iónicos, é praticamente inutilizável para a desinfecção porque os iões facilitam a formação de substâncias potencialmente tóxicas, como o ácido hipocloroso (Bocci, 2005). A água ozonizada é amplamente utilizada em diferentes campos da medicina. No campo da gastroenterologia, é utilizado para administração interna em esofagite, gastrite, úlceras e colecistite crônica; É usado na forma de enemas, em casos de colite. Na tomatologia prática, é utilizado na forma de enxaguamento para a desinfecção da cavidade oral em casos de periodontite, estomatite e abscessos nas cavidades dos canais radiculares. Na cirurgia, é utilizado para a lavagem perioperatória e pós- operatória de feridas infectadas abertas ou fechadas. Em otorrinolaringologia, é utilizado sob a forma de inalações. Para resolver diferentes tarefas clínicas, são utilizados diferentes métodos de administração e diferentes concentrações de ozônio. Nas investigações experimentais e clínicas realizadas por Zarivchatckoi M.F. e cols. (2000), mostrou-se que, em relação à ação antimicrobiana, a solução ozonizada ideal é aquela que possui uma concentração de ozônio de 30 μg / ml na saída do ozonizador e um tempo de borbulhamento de 30 minutos. No manual de terapia de ozônio do Centro Científico de Medicina Restaurativa e Spas da Rússia (2000), é 24 recomendada água destilada oralizada com uma concentração de ozônio de 4-7 μg / ml para o tratamento de doenças gástricas e intestinais. Em solução aquosa é observada durante 8-15 minutos. Após uma hora, não há mais ozônio na mistura, onde apenas são encontrados radicais livres de oxigênio. Tudo isso deve ser levado em consideração ao usar água ozonizada para fins terapêuticos, e de todos os itens acima conclui-se que a água ozonizada para tratamento deve ser usada nos primeiros 20-30 minutos após a preparação. ÓLEOS VEGETAIS OZONIZADOS Os óleos vegetais são um meio eficaz no campo da terapia com ozônio. Essencialmente, esses óleos sofrem oxidação controlada, reagindo com ozônio em condições pré-estabelecidas.Uma vez que os produtos de oxidação são formados, diferentes técnicas são usadas para estabilizá-las por um longo período de tempo (geralmente, 2 anos). Os ingredientes ativos resultantes são hidroperóxidos e outros produtos de peroxidação lipídica, que possuem propriedades germicidas não específicas e também de forma satisfatória nos processos de cura e regeneração de tecidos. Por todas estas razões, eles são muito úteis no tratamento de infecções locais, úlceras, fístulas e outros processos sépticos. A estabilidade relativa dos óleos em relação ao ozo-non-gaseous proporciona vantagens para este método terapêutico. Os óleos vegetais mais utilizados são o óleo de girassol e azeite. Com o uso de derivados ozonizados destes óleos, foram desenvolvidos numerosos estudos clínicos nos quais as suas propriedades bactericidas, fungicidas e viricidas foram demonstradas, bem como a sua capacidade de estimular a regeneração do tecido epitelial e exercer outros efeitos a maior profundidade, tais como redução das concentrações de ácido láctico no músculo após intenso esforço físico. Todas as possibilidades de formação de compostos oxigenados ocorrem em maior ou menor grau, dependendo das condições sob as quais ocorre a reação de ozonização e a natureza do óleo vegetal, entre os quais o aumento da concentração de aldeídos na mistura reaccional e a variação na viscosidade, que aumenta entre 5 e 10 vezes em relação ao valor inicial, demonstrando que o estágio de polimerização desempenha um papel importante. Os óleos vegetais ozonizados, que contêm ácido linoleico na sua composição, apresentarão, entre os componentes voláteis da mistura de reação, aldeídos e ácidos saturados de 3 e 6 átomos de carbono e ácidos monossaturados de 9 átomos de carbono, típicos da estrutura do ácido e o mecanismo de ozonização. Por outro lado, como produto da ozonação de óleos vegetais contendo ácido oleico como único ácido gordo insaturado na sua estrutura, apenas o aldeído saturado de 9-carbono (nonaldeído) será obtido na sua fração volátil. Esses componentes, geralmente aldeídos e ácidos, são responsáveis pelo odor característico desses produtos. Deve-se notar que praticamente todos os óleos vegetais comercializados foram ozonizados, usando diferentes procedimentos ou condições de ozonização e patenteados dois. No início do século XX (1911), foi aceita a primeira patente sobre a ozonização de um óleo vegetal (óleo de coco). Posteriormente, foram patenteados outros métodos de ozonização de óleos vegetais diferentes, como soja, castanha e azeitona. Nas últimas duas patentes, a ozonização do óleo é realizada em seu estado puro e para fins farmacêuticos. Em outro artigo, foi descrita a ozonização de diferentes óleos vegetais, como milho, azeitona e gergelim. Da mesma forma, sabe-se que o autor realizou a ozonização desses óleos vegetais para o tratamento da acne e que, dois anos depois, desenvolveu um método para a ozonização de um óleo de origem cerica, óleo de jojoba. Apesar da utilidade deste tipo de preparações, demonstrada em vários estudos clínicos, não há consenso sobre os índices de qualidade que devem ser coletados, o que afetou a generalização do seu uso no nível clínico. Em termos gerais, o índice de qualidade do óleo, o número de ácido, a viscosidade e a concentração de aldeídos foram estabelecidos como índices de qualidade do óleo. Os óleos vegetais ozonizados proporcionam uma ação prolongada de pequenas doses de ozônio e peróxidos nos tecidos e são basicamente utilizados para suas propriedades desinfectantes. Além de sua ação bactericida, eles também aceleram processos de cicatrização de feridas e têm uma ação antimicótica significativa. Demonstrou-se que suas propriedades anti-sépticas são centenas de vezes mais ativas do que as soluções de ozônio. Sua administração é interna e também em aplicações locais, e neste caso, eles são capazes de alcançar pontos que outros anti- sépticos não podem alcançar. Eles podem ser usados com sucesso para o tratamento de queimaduras e infecções da pele. Preparação do óleo Os óleos purificados (refinados) de girassol, azeitona, milho e outros são bem ozonizados. O processo de ozonização é realizado em condições de diferentes concentrações e diferentes tempos de borbulhamento: • Para aplicação interna (bebida) com uma concentração de ozônio na mistura oxigenada de 20 μg / ml, o tempo de borbulhamento para 100 ml de óleo é de 10 minutos; para uma concentração de 40 μg / ml, é de 5 minutos, e assim por diante. • Para aplicação externa com uma concentração de ozônio de 20 μg / ml, o tempo de borbulhamento de 100 ml de óleo é de 15 minutos; para uma concentração de 40 μg / ml, serão 8 minutos, e assim por diante. • Diretrizes para uso médico do ozônio. Fundamentos terapêuticos e indicações: • Para aplicação externa (micosis) com uma concentração de ozônio de 24 μg / ml, o tempo de borbulhamento para 100 ml de óleo é de 15 minutos; Para uma concentração de 50 μg / ml, serão 8 minutos, e assim por diante. • O óleo ozonizado é armazenado em um recipiente de vidro escuro. A sua conservação depende muito da temperatura de armazenamento. De acordo com dados recentes, fornecidos por Miura T. et al. (2001) com a ajuda de equipamentos modernos, o óleo ozonizado mantém sua atividade à temperatura ambiente por 3 meses e em refrigeração por 2 anos. • Quando o uso for interno, a quantidade de óleo que será tomada no início será uma colher de chá, 20 a 30 minutos após as refeições, 2-4 vezes por dia, e será aumentada lentamente para uma colher de sopa 2- 4 vezes por dia • Quando administrado internamente, o óleo vegetal ozonizado não apenas exerce uma ação anti-inflamatória. Nas obras de Alferina et al. (2000) e Mamikina et al. (2000), realizada com pacientes afetados por diferentes doenças infecciosas, mostrou a influência imunológica sobre os indicadores de imunidade celular e humoral, tanto no específico quanto no não específico. Em todas as patologias infecciosas estudadas, a inclusão de óleo ozonizado no tratamento basal (5 ml duas vezes ao dia) permitiu curto-termizar o conteúdo absoluto e percentual de linfócitos T, diminuiu o número de linfócitos B e aumentou A atividade da fagocitose. A aplicação de óleo vegetal ozonizado levou à normalização ou aumento da imunidade humoral não específica, atividade bactericida e lisozimas de soro sanguíneo. Alguns exemplos de condições em que a aplicação de óleos ozonizados forneceu bons resultados são : • Acne. • Cicatrizes, fístulas e feridas pós-cirúrgicas. • Úlceras gástricas. • Giardíase. • Gengivostomatite. • Úlceras dos membros inferiores (insuficiência venosa ou arterial). • Infecções vulvovaginais. • Queimaduras cutâneas. • Herpes simple labial e genital recorrente. Otite externa crônica. • Onicomicosis. • Epidermófitoses (infecção de canais radiculares). • Não relacionado aos processos infecciosos: - Atenuação de rugas. - Dermatite e manchas cutâneas. - Celulite e pele deteriorada. - Hiperestesia dental.