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<p>Saúde e Espiritualidade</p><p>nos Últimos Dias</p><p>Índice</p><p>01</p><p>Os Fundamentos de Nossa</p><p>Mensagem de Saúde02</p><p>O Menu Divino03</p><p>O Verdadeiro Jejum04</p><p>| 04</p><p>| 08</p><p>| 12</p><p>| 16</p><p>06 de outubro</p><p>13 de outubro</p><p>20 de outubro</p><p>27 de outubro</p><p>Prezado(a) líder,</p><p>Nesta série de sermões mergulharemos em um caminho de</p><p>descobertas, reflexões e práticas que nos conduzirão a uma vida</p><p>mais saudável, compensadora.</p><p>Diante dos desafios contemporâneos e das pressões do cotidiano,</p><p>é fundamental compreender que a verdadeira saúde vai além do</p><p>bem-estar físico, alcançando aspectos emocionais, espirituais e</p><p>mentais. Ao longo destas mensagens, exploraremos princípios</p><p>práticos, conceitos inspiradores e orientações baseadas na</p><p>Revelação Divina e em evidências científicas, que nos capacitarão</p><p>a superar obstáculos, transformar hábitos e buscar um equilíbrio</p><p>integral.</p><p>Convidamos você a descobrir como cada passo em direção ao</p><p>bem-estar nos aproxima da nossa melhor versão e, acima de tudo,</p><p>nos permite glorificar o Criador.</p><p>Que Deus nos abençoe ricamente nesta jornada!</p><p>Pr. Dênis Magalhães</p><p>Líder de Saúde e Mordomia Cristã da USeB</p><p>Introdução</p><p>Objetivo do sermão:</p><p>Conscientizar a congregação sobre a importância de cuidar da</p><p>saúde física como parte integrante da vida espiritual,</p><p>especialmente nos tempos finais. O sermão busca mostrar que</p><p>a manutenção da saúde não é apenas uma questão de bem-</p><p>estar, mas um aspecto crucial na preparação espiritual para os</p><p>desafios que virão. O sermão incentiva uma reforma no estilo de</p><p>vida, promovendo o uso dos oito remédios naturais dados por</p><p>Deus e destacando que a saúde do corpo é fundamental para a</p><p>santificação e a comunicação com o Criador.</p><p>Saúde e Espiritualidade</p><p>nos Últimos Dias01 |</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Vocês sabiam que a construção da Grande Muralha da China, uma das maiores obras</p><p>de engenharia da história, levou cerca de 2.000 anos para ser concluída? Essa</p><p>muralha, que se estende por mais de 21.000 quilômetros, foi erguida para proteger o</p><p>império chinês contra invasões. Mas, para que essa obra monumental fosse possível,</p><p>os trabalhadores tinham que seguir regras de saúde extremamente rigorosas. Eles</p><p>mantinham uma dieta balanceada, bebiam água fresca, descansavam ao ar livre, e se</p><p>exercitavam regularmente para garantir que estivessem em condições físicas</p><p>perfeitas para suportar a dura jornada de construção.</p><p>Agora, pensem comigo: se o grande império chinês tivesse negligenciado a saúde</p><p>desses trabalhadores, será que essa muralha, que hoje é símbolo de resistência e</p><p>proteção, teria sido completada? Da mesma forma, nossa vida espiritual também</p><p>precisa de uma base sólida de saúde bem cuidada. Assim como a muralha protegia o</p><p>império, nosso corpo saudável protege nossa mente e espírito, permitindo-nos</p><p>enfrentar os desafios espirituais dos tempos finais. Hoje, vamos explorar essa conexão</p><p>vital entre nossa saúde física e espiritual, e entender como ela é crucial para nossa</p><p>jornada rumo ao Reino de Deus.</p><p>04</p><p>ARGUMENTAÇÃO</p><p>1. O CONTEXTO ATUAL: UMA VIDA DE CORRERIA E DOENÇAS</p><p>No mundo moderno estamos constantemente sobrecarregados com obrigações e</p><p>responsabilidades que parecem nunca ter fim. O tempo para nós mesmos e para</p><p>Deus se torna cada vez mais escasso. Estamos sempre correndo de um lado para o</p><p>outro, acumulando informação, mas deixando para trás aquilo que é mais importante:</p><p>nosso relacionamento com Deus e o cuidado com o templo do Espírito Santo — nosso</p><p>corpo.</p><p>Essa vida desordenada leva a uma série de problemas de saúde. Doenças que</p><p>poderiam ser evitadas se tornam comuns, e as pessoas acabam recorrendo a</p><p>medicamentos para alívio temporário, sem tratar as causas subjacentes. Mas, como</p><p>nos alerta a Palavra de Deus em Provérbios 4:20-22: “Filho meu, atenta para as minhas</p><p>palavras; inclina o teu ouvido às minhas instruções. Não as deixes apartar-se dos teus</p><p>olhos; guarda-as no íntimo do teu coração. Porque são vida para os que as encontram,</p><p>e saúde para todo o seu corpo.” Deus nos oferece direções claras para manter a saúde,</p><p>mas muitas vezes as ignoramos em nossa correria.</p><p>2. OS OITO REMÉDIOS NATURAIS</p><p>Aprendemos sobre os oito remédios naturais dados por Deus: água, boa alimentação,</p><p>ar puro, exercício físico, luz solar, abstinência, repouso e confiança em Deus. Estes não</p><p>são apenas conselhos para melhorar nossa qualidade de vida; eles são elementos</p><p>fundamentais para a manutenção de nossa saúde física e espiritual.</p><p>No entanto, é fácil ignorar esses princípios. A correria nos leva a escolhas alimentares</p><p>rápidas e pouco saudáveis; o estresse nos priva de um sono reparador; a poluição nos</p><p>afasta do ar puro e do sol; e a falta de tempo nos faz negligenciar o exercício físico e a</p><p>confiança em Deus. A Bíblia nos lembra em 1 Coríntios 10:31: “Portanto, quer comais,</p><p>quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” Isso nos</p><p>mostra que nossas escolhas diárias, incluindo aquelas que afetam nossa saúde,</p><p>devem ser feitas com o propósito de glorificar a Deus.</p><p>3.. REAVIVAMENTO E REFORMA</p><p>Os processos de reavivamento e reforma são dois lados da mesma moeda. Muito se</p><p>fala em reavivamento espiritual, mas poucos percebem que ele deve vir</p><p>acompanhado de uma reforma em nosso estilo de vida.</p><p>Ilustração: Um dia desses, após pregar um eloquente sermão sobre reavivamento, um</p><p>renomado pregador estava à porta de uma grande igreja cumprimentando os</p><p>membros que saiam da mesma, quando recebeu uma observação inusitada: “Lindo</p><p>sermão! Se vocês continuarem desse jeito, ele nunca se cumprirá”, disse uma senhora,</p><p>olhando-lhe nos olhos, enquanto apertava sua mão. “Como assim?”, perguntou o líder</p><p>eclesiástico. E ela respondeu: “Já percebeu que, apesar do slogan ‘Reavivamento e</p><p>Reforma’, vocês falam muito sobre reavivamento e quase nada sobre reforma? Sabe</p><p>05</p><p>por quê? Porque se deleitam na beleza da teoria, mas não estão dispostos ao</p><p>incômodo da prática.” E isso é verdade. O reavivamento nunca virá enquanto o</p><p>desejarmos desassociado da reforma. Muitos se deliciam com a teoria do</p><p>reavivamento, mas não estão dispostos a enfrentar o desconforto da prática.</p><p>Jesus nos chamou para uma vida de transformação. Em Romanos 12:1-2, Paulo nos</p><p>exorta: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos</p><p>corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.</p><p>E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa</p><p>mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”</p><p>Nossa saúde física é parte integral dessa renovação, e sem ela, nossa mente não pode</p><p>estar plenamente sintonizada com Deus.</p><p>4. A CONEXÃO ENTRE CORPO E ESPÍRITO NO TEMPO DO FIM</p><p>Chegamos a uma parte muito relevante em nossa reflexão: como a saúde física se</p><p>conecta com a saúde espiritual, especialmente nos últimos dias? A Bíblia é clara ao</p><p>dizer que somos templos do Espírito Santo. Em 1 Coríntios 6:19-20, Paulo escreve: “Ou</p><p>não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós,</p><p>proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por</p><p>preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a</p><p>Deus.”</p><p>Nos tempo do fim, quando o grande conflito entre o bem e o mal se intensificar,</p><p>precisaremos de uma mente clara e um corpo saudável para discernir a vontade de</p><p>Deus e resistir às tentações. A comunicação com Deus acontece através do nosso</p><p>sistema nervoso, que é diretamente afetado pela nossa saúde física. Um corpo</p><p>enfraquecido pode prejudicar essa comunicação, tornando-nos vulneráveis aos</p><p>enganos do inimigo. Portanto, cuidar do corpo é fortalecer o espírito para os desafios</p><p>dos últimos dias</p><p>5. A REFORMA DA SAÚDE</p><p>Devemos entender que a reforma da saúde não é apenas uma questão de bem-estar</p><p>físico, mas de santificação. Deus deseja que nosso espírito, alma e corpo sejam</p><p>preservados íntegros até a vinda de Jesus. Em 1 Tessalonicenses 5:23, Paulo escreve: “E</p><p>o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam</p><p>conservados íntegros e irrepreensíveis para</p><p>a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”</p><p>A santificação é um processo que envolve todas as áreas de nossa vida, e o cuidado</p><p>com o corpo é parte essencial desse processo. Quando cuidamos do nosso corpo,</p><p>estamos glorificando a Deus e nos preparando para estar na presença dEle. Através da</p><p>prática dos oito remédios naturais, estamos nos alinhando com o plano de Deus para</p><p>nossa vida e nos preparando para os desafios espirituais do tempo do fim.</p><p>06</p><p>CONCLUSÃO E APELO</p><p>Queridos irmãos, Deus nos chama a uma vida plena em todos os aspectos. Ele nos</p><p>deu os meios para isso através dos oito remédios naturais, mas cabe a nós tomarmos</p><p>a decisão de aplicá-los em nossa vida. Ao fazer isso, não apenas melhoraremos nossa</p><p>saúde física, mas também fortaleceremos nossa saúde espiritual, nos preparando para</p><p>os desafios do tempo do fim.</p><p>Peça a Deus que lhe dê força e sabedoria para implementar essas mudanças em sua</p><p>vida. Lembre-se de que a reforma começa com você, e os frutos dessa escolha serão</p><p>visíveis em todas as áreas da sua vida, incluindo sua caminhada espiritual rumo ao</p><p>Reino dos Céus. Que Deus nos ajude a sermos fiéis em cuidar do templo que Ele nos</p><p>confiou! Amém.</p><p>07</p><p>Objetivo do sermão:</p><p>Destacar a importância da mensagem de saúde adventista</p><p>como uma expressão integral da adoração a Deus, mostrando</p><p>que ela não é apenas uma prática física, mas uma revelação</p><p>progressiva de Deus que integra os aspectos natural e</p><p>sobrenatural da vida.</p><p>Os Fundamentos de Nossa</p><p>Mensagem de Saúde02 |</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Imagine, por um momento, uma orquestra sinfônica. Cada instrumento tem um</p><p>papel único e essencial para criar uma harmonia perfeita. Um violino pode tocar uma</p><p>melodia suave, enquanto um trompete pode soar com grandeza e poder. Mas o que</p><p>acontece se um desses instrumentos está desafinado ou mal afinado? A sinfonia</p><p>inteira pode perder sua beleza e coesão.</p><p>Agora, pense em nossa saúde como a orquestra de nossa vida. Cada aspecto – desde a</p><p>alimentação e o exercício até o cuidado mental e espiritual – é como um instrumento</p><p>diferente. Quando cada “instrumento” está afinado e em harmonia, nossa vida canta</p><p>uma melodia de saúde e bem-estar. No entanto, quando um desses aspectos está fora</p><p>de sintonia, a sinfonia de nossa saúde pode se desintegrar.</p><p>Hoje mergulharemos em um tema relevante da nossa fé: a mensagem de saúde. À</p><p>primeira vista, muitos podem pensar que essa mensagem se resume a uma lista de</p><p>regras sobre o que devemos comer ou como devemos nos exercitar. Contudo, à</p><p>medida que exploramos mais profundamente, descobrimos que nossa mensagem de</p><p>saúde transcende meros hábitos físicos. Ela é, na verdade, uma parte vital de nossa</p><p>adoração a Deus, refletindo Sua unidade, poder criador e sustentador. Hoje, vamos</p><p>desvendar como essa mensagem integra o natural e o sobrenatural, o físico e o</p><p>espiritual, em uma síntese divina que nos chama a viver plenamente para a glória de</p><p>Deus.</p><p>08</p><p>ARGUMENTAÇÃO</p><p>1. A ORIGEM DE NOSSAS IDEIAS: A VERDADE PROGRESSIVA</p><p>“Mas a vereda dos justos é como a luz do alvorecer, que vai brilhando mais e mais até</p><p>ser dia claro” (Pv. 4:18). A mensagem adventista de saúde não surgiu de forma isolada</p><p>ou repentina. As noções sobre saúde e bem-estar estavam presentes na sociedade do</p><p>século XIX, especialmente na América. O que nos distingue é como Deus guiou um</p><p>pequeno grupo de crentes para sintetizar essas ideias em uma mensagem coesa,</p><p>fundamentada na inspiração divina. Essa mensagem não é apenas uma adaptação de</p><p>conceitos existentes; é uma verdade progressiva, revelada por Deus de forma única</p><p>para nos preparar para os desafios de nossos dias. Portanto, ao considerarmos a</p><p>importância dessa mensagem, devemos reconhecer a mão de Deus em sua</p><p>formação, guiando-nos para uma compreensão mais profunda e prática de nossa</p><p>saúde como parte integral de nossa adoração a Ele.</p><p>2. O FUNDAMENTO DOS FUNDAMENTOS: A UNIDADE DE DEUS</p><p>Ao nos aprofundarmos no fundamento de nossa fé, encontramos a unidade de Deus</p><p>como a base de todas as nossas crenças e práticas, incluindo nossa abordagem à</p><p>saúde. No coração do Shemá, encontramos a declaração: “Ouve, Israel, o Senhor nosso</p><p>Deus é o único Senhor” (Dt 6:4). Esta afirmação não é apenas uma verdade teológica;</p><p>ela é o pilar que sustenta nossa compreensão de Deus como Criador e Sustentador de</p><p>todas as coisas. A tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14:7 nos chama a adorar</p><p>“Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. Esse chamado à</p><p>adoração reflete nossa compreensão de que Deus, em Sua unidade, está presente e</p><p>ativo em cada aspecto da criação, inclusive na maneira como cuidamos de nossos</p><p>corpos. Ao entendermos Deus como uno, somos levados a ver nossa própria vida</p><p>como uma expressão de sua obra criadora, em que cada escolha de saúde que</p><p>fazemos é uma oportunidade de honrar esse Criador. Nossa mensagem de saúde,</p><p>portanto, não é isolada da nossa teologia; ela é uma extensão dela, enraizada na</p><p>unidade divina que nos convida a viver em harmonia com Suas leis naturais e</p><p>espirituais.</p><p>3. A INTERVENÇÃO DIVINA NA NATUREZA: NATURAL E SOBRENATURAL</p><p>Ellen White nos oferece uma visão profunda sobre a relação entre Deus e a natureza,</p><p>uma relação que muitas vezes é mal compreendida. Em um mundo onde a ciência</p><p>busca explicar tudo de maneira independente de Deus, somos lembrados de que as</p><p>leis da natureza não operam de forma autônoma. Deus não apenas criou essas leis;</p><p>Ele as utiliza como instrumentos contínuos de Sua vontade. Cada folha que brota,</p><p>cada flor que desabrocha, e até mesmo cada batida do nosso coração são evidências</p><p>da presença ativa de Deus no mundo natural. Isso nos leva a uma compreensão mais</p><p>rica da relação entre o natural e o sobrenatural. Ao contrário de ver esses domínios</p><p>como separados, somos chamados a reconhecer que Deus está em ação em ambos,</p><p>governando tudo com soberania. Ao cuidarmos de nossa saúde, devemos lembrar</p><p>que estamos colaborando com a obra divina, honrando tanto o Criador quanto Sua</p><p>criação. Nossa mensagem de saúde, então, não é apenas sobre o que é natural, mas</p><p>09</p><p>sobre reconhecer e participar da atividade contínua de Deus em nossas vidas.</p><p>4. DIMENSÕES DA ATIVIDADE DIVINA: VERTICAL E HORIZONTAL</p><p>Quando consideramos a atuação de Deus, podemos visualizar Sua obra em duas</p><p>dimensões: a vertical e a horizontal. A dimensão horizontal representa as leis naturais,</p><p>as atividades repetitivas e previsíveis da criação – como o ciclo das estações, o</p><p>movimento das marés, e o funcionamento regular do nosso corpo. Essas atividades</p><p>são um reflexo da fidelidade de Deus, que sustenta a criação de maneira consistente e</p><p>confiável. Por outro lado, a dimensão vertical abrange os atos extraordinários de Deus</p><p>– os milagres e intervenções que transcendem as expectativas naturais. Estes</p><p>momentos nos lembram da soberania de Deus e de Sua capacidade de intervir</p><p>diretamente em nossas vidas. Assim como o universo, nossas vidas também são uma</p><p>união dessas duas dimensões. Devemos aprender a ver tanto os aspectos comuns</p><p>quanto os extraordinários da vida como expressões da vontade divina. Quando</p><p>cuidamos de nossa saúde, estamos participando do ritmo regular da criação, mas</p><p>também abrindo espaço para que Deus opere de maneiras inesperadas. Esta</p><p>compreensão nos chama a viver com expectativa, sempre prontos para ver a mão de</p><p>Deus em todas as coisas.</p><p>5. A INTEGRALIDADE DA MENSAGEM DE SAÚDE</p><p>Agora chegamos a um ponto crucial: o holismo na mensagem adventista de saúde.</p><p>Para nós, o ser humano é uma unidade integrada, onde mente, corpo e espírito estão</p><p>interligados. Essa visão holística nos ajuda a entender por que a nossa mensagem de</p><p>saúde é tão vital. Quando cuidamos do nosso corpo, estamos cuidando do templo do</p><p>Espírito Santo. Como Ellen White destacou, os nervos cerebrais são o meio pelo qual o</p><p>Céu se comunica com o homem. Isso significa que nossa saúde física afeta</p><p>diretamente nossa capacidade de nos conectarmos com Deus e de sermos</p><p>influenciados por Sua vontade. O holismo nos convida a ver nossa vida como um todo</p><p>integrado, onde cada parte é interdependente. Ao cuidarmos de</p><p>nossa saúde física,</p><p>estamos, na verdade, cuidando de nossa saúde espiritual e emocional. Esta visão nos</p><p>chama a um estilo de vida que honra a Deus em todos os aspectos, reconhecendo</p><p>que cada escolha que fazemos, desde o que comemos até como tratamos nosso</p><p>próximo, tem implicações espirituais.</p><p>6. A MOTIVAÇÃO</p><p>Hoje em dia, muitos buscam a saúde por várias razões – seja para melhorar a</p><p>aparência, aumentar a longevidade ou simplesmente para se sentir bem. Mas para</p><p>nós, adventistas, há uma motivação mais profunda. Nossa busca por saúde deve ser</p><p>uma expressão de adoração ao Criador. Como Paulo escreveu, “portanto, se vocês</p><p>comem, ou bebem ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”</p><p>(1Co 10:31). Quando cuidamos de nosso corpo, não estamos apenas prolongando nossa</p><p>vida terrena; estamos glorificando a Deus em tudo o que fazemos. Nossa motivação é</p><p>viver de maneira que cada aspecto de nossa vida reflita nossa devoção a Deus. Isso</p><p>significa que nossas escolhas de saúde são, na verdade, atos de adoração,</p><p>reconhecendo que nosso corpo é um presente de Deus que deve ser preservado e</p><p>10</p><p>honrado. Este entendimento nos chama a uma vida de integridade, onde cada</p><p>decisão de saúde é tomada com o propósito de honrar e servir ao nosso Criador. Ao</p><p>fazermos isso, não estamos apenas buscando uma vida longa, mas uma vida cheia de</p><p>propósito, vivida para a glória de Deus.</p><p>CONCLUSÃO E APELO</p><p>Para encerrar, gostaria de refletir sobre o conceito de consagrar o secular. Thomas</p><p>Chalmers observou que, se o que caracteriza um homem ímpio é profanar o que é</p><p>santo, o cristão deve se distinguir por consagrar o que é secular, reconhecendo uma</p><p>divindade presente e reinante em todas as coisas. Isso significa que cada atividade,</p><p>cada escolha, cada momento do nosso dia pode ser uma expressão de adoração a</p><p>Deus. Imagine como seria diferente a nossa vida se, em tudo o que fizéssemos,</p><p>tivéssemos a consciência da presença divina. Isso é o que significa viver nossa fé de</p><p>maneira integral, reconhecendo que Deus é o Criador e Sustentador de todas as</p><p>coisas, e que cada aspecto de nossa vida, incluindo nossa saúde, deve ser uma</p><p>expressão de adoração a Ele.</p><p>Irmãos e irmãs, hoje somos chamados a renovar nosso compromisso com a</p><p>mensagem de saúde que Deus nos deu. Não apenas como uma prática de vida, mas</p><p>como uma expressão de nossa fé e adoração a Deus. Que cuidemos de nosso corpo,</p><p>mente e espírito, reconhecendo a presença divina em cada respiração, em cada</p><p>batida do coração. Viva plenamente para a glória de Deus, consagrando sua vida e</p><p>ações a Ele.</p><p>11</p><p>Sermão adaptado do artigo de</p><p>Jack Provonska, M.D., PhD.</p><p>Jack Provonska foi professor de filosofia da religião e ética cristã</p><p>Universidade de Loma Linda | Califórnia</p><p>Objetivo do sermão:</p><p>Despertar a consciência dos fiéis sobre a importância da</p><p>alimentação conforme o plano original de Deus, mostrando que</p><p>a dieta saudável prescrita na Bíblia não apenas promove o bem-</p><p>estar físico, mas também reflete o cuidado divino e fortalece a</p><p>vida espiritual. Através da análise bíblica e científica, o sermão</p><p>busca motivar os ouvintes a retornarem à simplicidade e pureza</p><p>da alimentação dada por Deus no Éden, como um ato de</p><p>adoração e comunhão com o Criador.</p><p>O Menu Divino03 |</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Meus queridos irmãos, vocês já perceberam como somos fascinados por segredos?</p><p>Seja o mistério de uma antiga civilização, a fórmula de um sucesso ou até mesmo o</p><p>segredo da juventude eterna, a humanidade sempre esteve em busca de respostas.</p><p>Mas, o que diriam se eu lhes contasse que um dos maiores segredos da vitalidade, da</p><p>saúde e da longevidade não está escondido em algum lugar distante, mas sim, bem</p><p>diante de nossos olhos, nas páginas da Bíblia?</p><p>Desde o início, Deus nos deu um guia claro para vivermos vidas saudáveis e plenas,</p><p>mas, com o passar do tempo, esse conhecimento foi sendo esquecido ou distorcido.</p><p>Hoje, no entanto, temos a chance de redescobrir esse segredo divino. E ele começa</p><p>com algo tão simples e cotidiano que muitas vezes subestimamos: nossa alimentação.</p><p>Neste sermão, vamos desvendar juntos os mistérios por trás da dieta que Deus</p><p>originalmente planejou para nós. Veremos como ela não só promove a saúde do</p><p>corpo, mas também reflete Seu cuidado e amor por nós que pode transformar não só</p><p>nossa vida física, mas também espiritual.</p><p>12</p><p>ARGUMENTAÇÃO</p><p>1. A DIETA QUE DEUS NOS DEU</p><p>Desde o princípio, Deus, em Sua infinita sabedoria, preparou para o homem uma dieta</p><p>perfeita, que incluía frutas, grãos, nozes e sementes, e, mais tarde, após a queda,</p><p>vegetais. Esse plano alimentar não foi um acaso; foi a provisão amorosa de Deus,</p><p>visando nossa saúde e bem-estar completos. Pensemos por um momento na</p><p>simplicidade e pureza desses alimentos. Eles não necessitam de complexos processos</p><p>para serem consumidos, e em sua forma natural, oferecem ao corpo humano tudo o</p><p>que ele precisa para funcionar de maneira ideal.</p><p>A inclusão dos vegetais após a queda do homem é um lembrete de que, mesmo em</p><p>nossa imperfeição, Deus continua a prover para nossas necessidades. Mesmo após o</p><p>pecado ter entrado no mundo, Deus não nos deixou à mercê do acaso, mas adaptou a</p><p>dieta original para que ainda pudéssemos desfrutar de saúde e vitalidade. Em Gênesis</p><p>3:18, lemos que a terra produziria “espinhos e ervas daninhas”, mas também que</p><p>comeríamos “a erva do campo”. Vemos aqui um Deus que ajusta Suas bênçãos para</p><p>atender às novas necessidades de Seu povo.</p><p>E que grande privilégio temos hoje, com a ciência moderna, de comprovar os</p><p>benefícios desses alimentos! Sabemos que dietas ricas em frutas, vegetais, grãos e</p><p>nozes são responsáveis por prevenir uma série de enfermidades, promovendo uma</p><p>vida longa e saudável. E assim como na época do Éden, esses alimentos continuam a</p><p>ser uma fonte de nutrição pura e equilibrada. A ciência moderna apenas confirma</p><p>aquilo que a Palavra de Deus já revelava: nossa saúde é diretamente influenciada</p><p>pelas escolhas que fazemos à mesa.</p><p>2. BENEFÍCIOS FÍSICOS E ESPIRITUAIS</p><p>A conexão entre o físico e o espiritual é profunda. Não podemos ignorar o impacto que</p><p>nossos hábitos alimentares têm em nossa vida espiritual. A ciência nos mostra que</p><p>uma dieta vegetariana não apenas prolonga a vida, mas também protege contra</p><p>diversas doenças crônicas, como problemas cardíacos, câncer e diabetes. Essas são</p><p>realidades que confirmam o que Deus já havia revelado em Suas escrituras. Em 1</p><p>Coríntios 6:19-20, Paulo nos lembra: “Acaso não sabem que o corpo de vocês é</p><p>santuário do Espírito Santo, que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus? Vocês</p><p>não são de si mesmos; vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a</p><p>Deus com o seu corpo.”</p><p>Quando escolhemos alimentar nosso corpo com os alimentos que Deus designou,</p><p>estamos, na verdade, escolhendo glorificá-Lo através de nossas ações. Estamos</p><p>reconhecendo que nosso corpo é um templo sagrado, e que tudo o que ingerimos</p><p>deve ser para honra e glória de Deus.</p><p>Além disso, a dieta que Deus nos propõe não apenas prolonga nossos dias na terra,</p><p>mas também nos ajuda a manter nossa mente clara e nosso espírito alerta para os</p><p>desafios espirituais que enfrentamos. Estudos têm mostrado que dietas ricas em</p><p>alimentos processados e carnes estão associadas a maiores níveis de estresse,</p><p>13</p><p>ansiedade e até mesmo a depressão. Quando consumimos alimentos naturais,</p><p>estamos nutrindo não apenas nosso corpo, mas também nossa mente e espírito,</p><p>criando uma base sólida para uma vida espiritual vibrante.</p><p>3. UM CONVITE AO RETORNO</p><p>Vivemos em um mundo que constantemente nos convida a nos afastar dos planos de</p><p>Deus. Somos bombardeados por alimentos processados, cheios de açúcar, sal e</p><p>gordura, que nos prometem satisfação instantânea, mas que, na verdade, nos afastam</p><p>da saúde e da paz interior que Deus deseja para nós. Mas o Senhor, em Sua infinita</p><p>misericórdia, nos chama de volta ao plano original. Ele nos convida a redescobrir a</p><p>simplicidade e a pureza da dieta que Ele nos deu no Éden.</p><p>Em Mateus 19, quando Jesus fala sobre o divórcio, Ele nos lembra que o plano original</p><p>de Deus é sempre o melhor. “Por causa da dureza do vosso coração”, Moisés permitiu</p><p>o divórcio, mas desde o princípio “não era assim” (Mateus 19:8). Da mesma forma,</p><p>Deus permitiu que certos alimentos fossem consumidos devido às condições</p><p>humanas após a queda, mas o plano original, a dieta dada no Éden, permanece como</p><p>o ideal para nós.</p><p>Hoje, temos a oportunidade de fazer essa escolha. Podemos optar por seguir o plano</p><p>original de Deus e desfrutar dos benefícios que ele traz, não apenas para nosso corpo,</p><p>mas também para nosso espírito. Quando escolhemos alimentos naturais e nutritivos,</p><p>estamos escolhendo viver de acordo com a vontade de Deus, buscando a restauração</p><p>não apenas de nossa saúde, mas também de nossa comunhão com Ele.</p><p>4. A UNIÃO DO CORPO E ESPÍRITO</p><p>Corpo, mente e espírito são partes inseparáveis de quem somos. Um corpo saudável</p><p>promove uma mente sã, e uma mente sã nos permite uma conexão mais profunda</p><p>com Deus. Assim como a oração e o estudo da Bíblia são essenciais para nossa vida</p><p>espiritual, cuidar de nosso corpo através de uma dieta saudável também é uma forma</p><p>de adoração.</p><p>Os estudos científicos mostram que os hábitos de saúde, como dieta e exercício, têm</p><p>um impacto direto em nossa condição espiritual. Uma dieta equilibrada e rica em</p><p>nutrientes não apenas melhora nosso bem-estar físico, mas também nossa</p><p>capacidade de discernir a vontade de Deus, de ser pacientes e gentis, e de resistir às</p><p>tentações. Cada decisão alimentar que tomamos é uma oportunidade de fortalecer</p><p>nossa vida espiritual e de nos aproximar mais de Deus.</p><p>CONCLUSÃO E APELO</p><p>Quando seguimos o plano original de Deus, encontramos na simplicidade dos</p><p>alimentos a chave para uma vida abundante. Reflitam profundamente sobre nossa</p><p>alimentação e as escolhas que fazemos diariamente. Deus nos deu um presente</p><p>maravilhoso em forma de alimentos naturais, e Ele nos convida a utilizá-los para nossa</p><p>saúde e para Sua glória. Vamos buscar, juntos, a sabedoria para escolher o que é</p><p>14</p><p>melhor para nossa vida, lembrando sempre de que nossa alimentação também é um</p><p>ato de adoração.</p><p>Que o Senhor nos abençoe nessa jornada de redescoberta da dieta excelente, e que</p><p>cada refeição seja um momento de gratidão e louvor ao nosso Criador! Amém.</p><p>15</p><p>Sermão adaptado do artigo de</p><p>J. A. Scharffenberg, M.D., M.P.H.</p><p>John Scharffenberg foi diretor assistente do</p><p>Departamento de Saúde e Temperança da Associação Geral</p><p>Objetivo do sermão:</p><p>Esclarecer o verdadeiro significado e propósito do jejum,</p><p>desafiando os ouvintes a superar práticas superficiais e</p><p>ostentosas para buscar um jejum genuíno, que deve ser</p><p>motivado por um desejo sincero de se aproximar de Deus. O</p><p>sermão busca destacar que o jejum não é apenas uma prática</p><p>externa, mas um meio de penitência, preparação espiritual e</p><p>auto-disciplina. Além disso, ele enfatiza que o verdadeiro jejum</p><p>deve ter benefícios tanto para a saúde física quanto para a vida</p><p>espiritual, e que o sucesso do jejum depende de alinhar nossas</p><p>ações com a vontade de Deus, buscando justiça e compaixão</p><p>para com os necessitados.</p><p>O Verdadeiro Jejum04 |</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Para o judeu, as três grandes obrigações da vida religiosa eram a oração, o jejum e a</p><p>esmola. Até os nossos tempos, o jejum é uma parte essencial da vida religiosa no</p><p>Oriente. Os muçulmanos observam de maneira estrita o jejum do Ramadã, o nono</p><p>mês do calendário islâmico. O jejum dura do nascer ao pôr do sol. Está proibido, além</p><p>da comida, tomar banho, beber, cheirar perfumes e qualquer outra forma de prazer</p><p>carnal. Os soldados e os viajantes podem não observá-lo, mas devem compensar sua</p><p>isenção jejuando uma quantidade equivalente de dias em outro momento do ano.</p><p>Por mais elevado que fosse o ideal do jejum, sua prática inevitavelmente envolvia</p><p>alguns perigos. O grande perigo era que o jejum fosse visto como um sinal de uma</p><p>piedade superior, uma ação que não era dirigida a Deus, mas aos homens. Diante de</p><p>tal manifestação de piedade, ninguém poderia deixar de pensar quão disciplinada e</p><p>piedosa era a pessoa que jejuava.</p><p>Os dias de jejum para o judeu eram segunda-feira e quinta-feira. Estes também eram</p><p>os dias de mercado, e em todos os povoados e vilarejos, principalmente na cidade de</p><p>Jerusalém, congregavam-se enormes multidões que vinham do campo. Os que</p><p>jejuavam durante esses dias, fazendo-o de maneira ostentosa, contavam com mais</p><p>16</p><p>testemunhas do que de costume.</p><p>Ali se juntavam muitos para ver e admirar sua piedade. Alguns se encarregavam</p><p>deliberadamente de fazer com que outros notassem que estavam jejuando.</p><p>Caminhavam pelas ruas com o cabelo deliberadamente despenteado e desordenado,</p><p>com a roupa suja e rasgada. Chegavam até ao extremo de pôr pó branco na cara para</p><p>acentuar sua palidez. Este não era um ato de humildade; era um ato de orgulho e</p><p>ostentação espiritual. O jejum bíblico não envolve essas práticas, nem tem como</p><p>propósito um reconhecimento exterior.</p><p>ARGUMENTAÇÃO</p><p>1. O VERDADEIRO JEJUM TEM PROPÓSITOS</p><p>A prática do jejum era comum nos tempos bíblicos e sempre envolvia algum</p><p>propósito especial.</p><p>Penitência Nacional: em muitos casos, o jejum era um ato de penitência nacional.</p><p>Assim, por exemplo, todo o povo judeu jejuou depois do desastre da guerra civil</p><p>contra Benjamim (Jz 20:26). Samuel fez o povo jejuar por ter-se afastado de Deus</p><p>seguindo a Baal (1 Sm 7:6). Neemias fez com que o povo jejuasse e confessasse seus</p><p>pecados (Ne 9:1). A nação judia inteira jejuou como manifestação de seu</p><p>arrependimento perante Deus. Era a demonstração de que, como povo, estavam</p><p>dispostos a render-se a Deus.</p><p>“O espírito do verdadeiro jejum e oração é o espírito que rende a Deus mente,</p><p>coração e vontade.” (Conselhos sobre o regime alimentar, p. 189)</p><p>Preparação para o Encontro com Deus: às vezes, o jejum era uma preparação para o</p><p>encontro com Deus. Moisés, no Monte Sinai, jejuou durante quarenta dias e quarenta</p><p>noites (Êx 24:18). Daniel jejuou enquanto esperava receber palavra de Deus (Dn 9:3).</p><p>Jesus mesmo jejuou enquanto enfrentava a prova da tentação (Mt 4:2). Esta era uma</p><p>medida muito sábia, porque quando o corpo está submetido à disciplina do jejum, o</p><p>espírito se mantém mais acordado e alerta. O verdadeiro jejum envolve não o simples</p><p>pensamento do que não irei comer, mas o pensamento sobre o que irá me alimentar</p><p>espiritualmente.</p><p>“O verdadeiro jejum, que deve ser recomendado a todos, é a abstinência de qualquer</p><p>espécie estimulante de alimento e o uso apropriado de alimento saudável e simples,</p><p>que Deus proveu em abundância. Precisam os homens pensar menos acerca do que</p><p>hão de comer e beber de alimento temporal, e muito mais acerca do alimento do Céu,</p><p>que dará tono e vitalidade à experiência religiosa toda.” (Conselhos sobre o regime</p><p>alimentar, p. 188)</p><p>2. BENEFÍCIOS PRÁTICOS DO JEJUM</p><p>Alguns benefícios práticos do jejum são:</p><p>Jejuar é bom para a saúde: é possível que muitos estejam vivendo para comer e não</p><p>17</p><p>comendo para viver. Seria um excelente remédio para muitos dos males que nos</p><p>afligem o praticar periodicamente alguma forma de jejum.</p><p>“A intemperança no comer é muitas vezes a causa da doença, e o que a natureza</p><p>precisa mais é ser aliviada da indevida carga que lhe foi imposta. Em muitos casos de</p><p>doença, o melhor remédio é o paciente jejuar por uma ou duas refeições, a fim de que</p><p>os sobrecarregados órgãos digestivos tenham oportunidade de descansar. Um</p><p>regime de frutas por alguns dias tem muitas vezes produzido grande benefício aos</p><p>que trabalham com o cérebro.” (Conselhos sobre o regime alimentar, p. 188)</p><p>O jejum é bom para a disciplina pessoal: é muito fácil satisfazer espontaneamente</p><p>todos os nossos impulsos. É muito fácil chegar ao ponto de não nos negar nada que</p><p>possamos possuir ou comprar. Para muitos seria excelente deixar de fazer tudo o que</p><p>mais querem, pelo menos uma vez por semana, e dominar seus desejos, exercendo</p><p>assim uma autodisciplina.</p><p>“Quando Cristo Se via mais tenazmente assaltado pela tentação, não comia nada.</p><p>Confiava-Se a Deus, e, mediante fervorosa oração e perfeita submissão à vontade de</p><p>Seu Pai, saía vencedor. Os que</p><p>professam a verdade para estes últimos dias, acima de</p><p>todas as outras classes de professos cristãos, devem imitar o grande Modelo na</p><p>oração.” (Conselhos sobre o regime alimentar, p. 186)</p><p>O jejum nos liberta de nos transformar em escravos do hábito: há muito poucos</p><p>entre nós que não sejam escravos de algum hábito, devido ao fato de acharem</p><p>impossível superá-lo. Os hábitos se tornam uma parte tão fundamental de nossa vida</p><p>que não conseguimos rompê-los. Desenvolvemos uma ansiedade tal por certas coisas,</p><p>que aquilo que deveria ser um prazer se transforma em uma necessidade. Se</p><p>praticássemos com sabedoria alguma forma de jejum, os prazeres não se</p><p>converteriam em uma cadeia e os hábitos não seriam o senhor de nossa vida.</p><p>Seríamos nós os senhores de nossos prazeres e nossos prazeres não dominariam</p><p>nossa vontade.</p><p>O jejum nos prepara para a compreensão aprofundada das Escrituras: “Pontos</p><p>difíceis da verdade presente têm sido compreendidos pelos fervorosos esforços de</p><p>alguns que eram dedicados à obra. Jejum e fervente oração a Deus têm levado o</p><p>Senhor a abrir-lhes ao entendimento os Seus tesouros de verdade.” (Conselhos sobre o</p><p>regime alimentar, p. 186)</p><p>3. DIFICULDADES COM O JEJUM</p><p>Alguns, entretanto, sentem muita dificuldade para realizar o jejum. Isso se deve a</p><p>vários motivos. É necessário, em alguns casos, um acompanhamento médico antes da</p><p>realização do jejum; em outros casos, o jejum é desaconselhado ou proibido, como no</p><p>caso de gestantes e pessoas com problemas crônicos de saúde. O Espírito de Profecia</p><p>nos alerta sobre alguns motivos que levam a sentir dificuldade para a realização do</p><p>jejum:</p><p>O hábito formado de comer liberalmente: “As pessoas que condescenderam com o</p><p>18</p><p>apetite para comer livremente carne, molhos altamente temperados e várias espécies</p><p>de substanciosos bolos e conservas, não podem imediatamente ter prazer num</p><p>regime simples, saudável e nutritivo. Seu paladar está tão pervertido que não têm</p><p>apetite para um regime saudável de frutas, pão simples e verduras. Não devem</p><p>esperar que logo de início tenham prazer em alimento tão diferente daquele com que</p><p>têm estado condescendendo. Se não podem, a princípio, ter prazer em alimento</p><p>simples, devem jejuar até que o possam. Esse jejum se lhes demonstrará maior</p><p>benefício do que remédios, pois o abusado estômago encontrará o descanso de que</p><p>há muito vinha necessitando, e a verdadeira fome pode ser satisfeita com um regime</p><p>simples.” (Conselhos sobre o regime alimentar, p. 190)</p><p>Você provavelmente experimentará a sensação de fome ou desconforto antes de</p><p>acabar o jejum, mas isso não é fome de verdade: durante anos, seu estômago foi</p><p>condicionado a emitir sinais de fome em momentos determinados. De vários</p><p>aspectos, o estômago é como uma criança mimada, e uma criança mimada não</p><p>precisa de pronto atendimento, mas de disciplina.</p><p>Não ver resultados do jejum realizado: Martinho Lutero, comentando o texto de</p><p>Mateus 6:16, afirmou: “Cristo não tinha a intenção de desprezar nem rejeitar o jejum...</p><p>Sua intenção era restaurar o jejum correto.”</p><p>Alguns estão realizando jejum, mas não veem resultados por não tratarem-se do</p><p>jejum correto. A Bíblia afirma que o jejum correto envolve alguns pontos, como:</p><p>“Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que</p><p>desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o</p><p>jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em</p><p>casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua</p><p>carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a</p><p>tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda” (Is 58:6-9).</p><p>Escrevendo sobre como o descumprimento de alguns requisitos da vida cristã nos</p><p>leva a perder o objetivo e a benção de Deus na realização de disciplinas espirituais,</p><p>Ellen White cita um interessante fato histórico: “Quando Lord Palmerston, premier da</p><p>Inglaterra, foi solicitado pelo clero escocês para designar um dia de jejum e oração a</p><p>fim de livrar o país da cólera, respondeu, com efeito: Limpai e desinfetai vossas ruas e</p><p>casas, promovei a limpeza e a saúde entre os pobres, e providenciai para que tenham</p><p>abundância de bom alimento e vestuário, e executai corretas medidas higiênicas em</p><p>geral, e não tereis nenhuma ocasião para jejuar e orar. Tampouco o Senhor ouvirá</p><p>vossas orações enquanto estas Suas precauções permanecerem desatendidas.”</p><p>(Santificação, p. 30)</p><p>Às vezes, não estamos vendo a nossa luz romper como a alva ou nossa cura brotar,</p><p>nem mesmo sentindo a glória do Senhor sendo nossa retaguarda durante o jejum,</p><p>porque não estamos soltando as ligaduras da impiedade, nem deixando livres os</p><p>oprimidos, nem repartindo o pão com o faminto, ou recolhendo em casa os pobres</p><p>abandonados, nem vestindo o nu, ou seja, não estamos fazendo a nossa parte no</p><p>cumprimento da promessa.</p><p>19</p><p>CONCLUSÃO E APELO</p><p>Embora Jesus condene a forma equivocada de jejuar, Suas palavras implicam que há</p><p>uma forma correta de fazê-lo e que Ele espera que Seus seguidores pratiquem o</p><p>jejum dessa maneira. “Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por</p><p>que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-</p><p>lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo</p><p>está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.”</p><p>(Mt 9:14-15)</p><p>Isto é algo em que muito poucos de nós jamais pensamos. Estamos agora sem o</p><p>noivo, e então chegou a hora de jejuar. Está você disposto a ter esta experiência?</p><p>20</p><p>Pr. Josanan Alves .</p><p>Pr. Josanan Alves é líder do</p><p>Departamento de Mordomia Cristã da DSA</p>

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