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<p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE - Conceito:</p><p>•Trata-se de modalidade de prisão processual expressamente prevista no art. 5º, LXI, da</p><p>Constituição Federal, e regulamentada nos arts. 301 a 310 do Código de Processo Penal;</p><p>○ CF - Art. 5º - LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e</p><p>fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão</p><p>militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;</p><p>• Medida de autodefesa da sociedade, consubstanciada na privação da liberdade de</p><p>locomoção daquele que é surpreendido em situação de flagrância, a ser executada</p><p>independentemente de prévia autorização judicial (Renato Brasileiro)</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE - Funções:</p><p>a) evitar a fuga do infrator;</p><p>b) auxiliar na colheita de elementos informativos: persecuções penais deflagradas a partir de</p><p>um auto de prisão em flagrante costumam ter mais êxito na colheita de elementos de</p><p>informação, auxiliando o dominus litis na comprovação do fato delituoso em juízo;</p><p>c) impedir a consumação do delito, no caso em que a infração está sendo praticada, ou de</p><p>seu exaurimento, nas demais situações;</p><p>d) preservar a integridade física do preso, diante da comoção que alguns crimes provocam</p><p>na população" evitando-se, assim, possível linchamento.</p><p>• Artigo 302 do CPP estabelece quatro hipóteses de flagrante;</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>INCISO I - FLAGRANTE PRÓPRIO / REAL / PERFEITO:</p><p>Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:</p><p>I - está cometendo a infração penal;</p><p>• Trata-se de situação em que o sujeito é visto durante a realização dos atos executórios</p><p>da infração penal ou colaborando para sua concretização.</p><p>• O fato de ser preso em flagrante o autor do crime não possibilita a prisão de partícipes</p><p>que não estejam em situação flagrancial.</p><p>• Em certos crimes a realização de ato executório dispensa a presença do agente no</p><p>local.</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>INCISO II - FLAGRANTE PRÓPRIO / REAL / PERFEITO:</p><p>Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:</p><p>I - acaba de cometê-la;</p><p>• Trata-se de situação em que o sujeito é encontrado ainda no local dos fatos,</p><p>imediatamente após encerrar os atos de execução do delito.</p><p>• Na prática, é muito comum esta modalidade de prisão em flagrante quando ladrões são</p><p>presos no exato instante em que saem do estabelecimento comercial onde praticavam</p><p>o roubo.</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>INCISO II - FLAGRANTE IMPRÓPRIO / IMPERFEITO / QUASE FLAGRANTE:</p><p>Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:</p><p>III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer</p><p>pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;</p><p>• Premissa dessa modalidade de prisão em flagrante é que o agente já tenha deixado o</p><p>local do crime, após a realização de atos executórios, e que seja perseguido.</p><p>• A lei esclarece que tal perseguição pode se dar por parte da autoridade (policiais civis</p><p>ou militares), do ofendido (vítima) ou de qualquer outra pessoa — o que, aliás, tornaria</p><p>desnecessária a menção aos demais.</p><p>• Não é necessário que a perseguição tenha se iniciado de imediato, muito embora seja</p><p>evidente a possibilidade de flagrante em tal caso.</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>INCISO II - FLAGRANTE IMPRÓPRIO / IMPERFEITO / QUASE FLAGRANTE:</p><p>Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:</p><p>III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer</p><p>pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;</p><p>• Uma vez iniciada a perseguição logo após a prática do crime, não existe prazo para sua</p><p>efetivação, desde que referida perseguição seja ininterrupta.</p><p>• Não existe prazo de 24 horas para a efetivação da prisão em flagrante.</p><p>• A palavra “perseguição” supõe que os fugitivos estejam na esfera visual dos</p><p>perseguidores, mas tão somente que os últimos estejam no encalço dos autores do</p><p>crime, à sua procura.</p><p>○ Obs.: Conceito de perseguição no artigo 290, § 1º, do CPP;</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>INCISO II - FLAGRANTE IMPRÓPRIO / IMPERFEITO / QUASE FLAGRANTE:</p><p>Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:</p><p>III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer</p><p>pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;</p><p>• O início de perseguição a que se refere o art. 302, III, do CPP diz respeito ao término da</p><p>ação delituosa e começo da fuga do bandido.</p><p>• Para a configuração do flagrante impróprio é irrelevante que o agente tenha conseguido</p><p>ou não consumar o crime que pretendia cometer. É plenamente possível tal modalidade</p><p>de flagrante em crimes tentados.</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>INCISO II - FLAGRANTE PRESUMIDO / FICTO:</p><p>Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:</p><p>IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis</p><p>que façam presumir ser ele autor da infração.</p><p>• Nessa modalidade, o sujeito não é perseguido, mas localizado, ainda que casualmente,</p><p>na posse das coisas mencionadas na lei, de modo que a situação fática leve à</p><p>conclusão de que ele é autor do delito.</p><p>• O alcance da expressão “logo depois” deve ser analisado no caso concreto, em geral</p><p>de acordo com a gravidade do crime, para se dar maior ou menor elastério a ela,</p><p>sempre de acordo com o prudente arbítrio do juiz.</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>OUTRAS HIPÓTESES - FLAGRANTE PROVOCADO OU PREPARADO:</p><p>• Nessa espécie de flagrante, agentes provocadores (que podem ser da autoridade,</p><p>vítima etc.) induzem, convencem alguém a praticar um suposto delito, tomando, ao</p><p>mesmo tempo, providências para que se torne impossível sua consumação.</p><p>• Em tais casos o flagrante é nulo por ter sido preparado por agente provocador.</p><p>• Súmula n. 145 do Supremo Tribunal Federal: “Não há crime, quando a preparação do</p><p>flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”.</p><p>• Trata-se de hipótese de crime impossível, que não é punível nos termos do art. 17 do</p><p>Código Penal.</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>OUTRAS HIPÓTESES - FLAGRANTE ESPERADO:</p><p>• É uma forma de flagrante válido e regular, no qual agentes da autoridade, cientes, por</p><p>qualquer razão (em geral notícia anônima), de que um crime poderá ser cometido em</p><p>determinado local e horário, sem que tenha havido qualquer preparação ou</p><p>induzimento, deixam que o suspeito aja, ficando à espreita para prendê-lo em flagrante</p><p>no momento da execução do delito.</p><p>• Não confundir com flagrante preparado!</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>OUTRAS HIPÓTESES - FLAGRANTE FORJADO:</p><p>• Trata-se de hipótese de flagrante nulo, que deve ser relaxado, porque foram criadas</p><p>provas de um delito inexistente exatamente para viabilizar a prisão.</p><p>• O autor da farsa deve responder por crime de denunciação caluniosa e também por</p><p>abuso de autoridade se for funcionário público.</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>OUTRAS HIPÓTESES - FLAGRANTE RETARDADO / DIFERIDO:</p><p>• Criado pelo art. 2º, II, da Lei n. 9.034/95, para permitir à polícia retardar a prisão em</p><p>flagrante de crimes praticados por organizações criminosas, desde que as atividades</p><p>dos agentes sejam mantidas sob observação e acompanhamento, a fim de que a prisão</p><p>se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação da prova e</p><p>fornecimento de informações.</p><p>• Está atualmente regulamentado no art. 8º da Lei n. 12.850/2013;</p><p>• A mesma providência passou a ser prevista no art. 53, II, da Lei n. 11.343/2006 (Lei de</p><p>Drogas)</p><p>Direito</p><p>Processual</p><p>Penal II</p><p>Prof. Tássio Baliza</p>

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