Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>Prof. Me. Pedro Mota</p><p>UNIDADE II</p><p>Estudos Disciplinares</p><p>O papel das instituições no</p><p>desenvolvimento socioeconômico:</p><p>inclusão política e econômica</p><p> O sentido da relação de causa e efeito entre instituições e desenvolvimento:</p><p> Hipótese 1: instituições causam o desenvolvimento socioeconômico;</p><p> Distribuição dos ganhos;</p><p> Criação de capacidades.</p><p> Hipótese 2: o desenvolvimento socioeconômico depende de políticas específicas de</p><p>fomento;</p><p> Proteção às fases iniciais de desenvolvimento;</p><p> Nem sempre essas políticas são consideradas pela visão institucional ortodoxa.</p><p>Hipóteses sobre o desenvolvimento socioeconômico</p><p> Exemplos de instituições “boas”:</p><p> Judiciário e Banco Central independentes;</p><p> Democracia e Estado de direito;</p><p> Direito à propriedade privada.</p><p> Promovem:</p><p> Acesso à produção de riqueza;</p><p> Ascensão social ao maior número possível de pessoas.</p><p>Visão institucionalista ortodoxa</p><p> “[...] Muitos recorreram ativamente a políticas comerciais e industriais ‘ruins’, como a</p><p>proteção à indústria nascente e subsídios à exportação [...] Antes de se tornarem</p><p>completamente desenvolvidos, eles possuíam pouquíssimas dessas instituições agora</p><p>consideradas tão essenciais aos países em desenvolvimento, inclusive as mais ‘básicas’,</p><p>como os bancos centrais.” (Chang, 2004, p. 13-14) [grifo nosso]</p><p> Chang (2004):</p><p> No debate internacional, países desenvolvidos e organizações internacionais “chutam a</p><p>escada” para o desenvolvimento;</p><p> Consideram natural um nível de desenvolvimento institucional</p><p>obtido nos estágios mais aprimorados de desenvolvimento;</p><p> Advogam por regras e políticas que não utilizaram em sua</p><p>própria trajetória.</p><p>A crítica à visão ortodoxa segundo Chang (2004)</p><p> “Para o livre mercado operar corretamente, as nações menos avançadas devem ser</p><p>elevadas, por medidas artificiais, ao nível que a Inglaterra de forma artificial se elevou.” (List,</p><p>1841 apud Brown, 2002, p. 517) [grifo nosso] [traduzido pelo autor]</p><p> Friedrich List (1841)</p><p> Crítica da imagem da Inglaterra como pátria do livre-comércio;</p><p> Inglaterra como pioneira na proteção à indústria nascente;</p><p> Abertura comercial após o pleno desenvolvimento econômico;</p><p> Desenvolvimento de políticas de ICT (Indústria, Comércio e Tecnologia).</p><p>List, a indústria nascente e a economia nacional</p><p> Argumento de List (1841) não é uma crítica à existência do livre mercado em si:</p><p> Papel fundamental do livre mercado para a paz entre as nações;</p><p> Diálogo com “A paz perpétua” de Kant.</p><p> O mercado verdadeiramente livre:</p><p> Possível apenas entre Estados com direitos e capacidades iguais;</p><p> Políticas nacionais como forma de garantir o desenvolvimento individual de cada Estado;</p><p> Resultado é o verdadeiro cosmopolitismo.</p><p>List, a indústria nascente e a economia nacional</p><p> Grã-Bretanha</p><p> Século XVI e a política exclusivista de manufaturas</p><p> Proibição de importações de produtos de países competidores (ex.: tecidos de Flandres);</p><p> Investimento naval e política de colonização inglesa como forma de sustentar o comércio.</p><p> Política de Robert Walpole (1721)</p><p> Proteção tarifária e subsídios às exportações de produtos manufaturados.</p><p> Século XIX:</p><p> Destruição da indústria têxtil da colônia e abastecimento do mercado indiano.</p><p>Protecionismo e desenvolvimento econômico</p><p>Livre-comércio na Inglaterra:</p><p> Enfatizado após as Corn Laws (1815-</p><p>1846) e acordo anglo-francês de livre-</p><p>comércio (1860);</p><p> Associado não à ideologia do laissez-</p><p>faire, mas à posição hegemônica no</p><p>sistema internacional.</p><p>Políticas de emparelhamento</p><p>*Fim das Leis de Cerais (Corn Laws) (1846)</p><p>**Tratado de livre-comércio anglo-francês (1860)</p><p>Fonte: Adaptado de: Nye (1991) apud Chang (2004).</p><p>Protecionismo britânico e francês (renda</p><p>alfandegária como porcentagem das importações)</p><p>Anos Grã-Bretanha França</p><p>1821-1825 53,1 20,3</p><p>1831-1835 40,5 21,5</p><p>1846-1850* 25,3 17,2</p><p>1861-1865** 11,5 5,9</p><p>1906-1910 5,9 8,0</p><p>1911-1913 5,4 8,8</p><p> Chang (2004)</p><p> Não é uma crítica generalizada ao livre-comércio ou instituições liberais;</p><p> Avalia as políticas nacionais tomadas pelos países desenvolvidos;</p><p> Como podem ser utilizadas pelos países em desenvolvimento hoje?</p><p> Quais as alternativas para o uso de instrumentos de políticas de ICT?</p><p> Políticas de proteção à indústria nascente;</p><p> Abertura econômica favorável aos objetivos nacionais de desenvolvimento;</p><p> Papel do Estado no estímulo à inovação tecnológica.</p><p>Síntese do argumento</p><p>Ao longo da História, países empregaram políticas de estímulo à indústria nacional, ao</p><p>comércio e à inovação tecnológica. Assinale a alternativa correta sobre os argumentos</p><p>adotados por Chang (2004) quanto a essa questão.</p><p>a) Apenas os países em desenvolvimento fizeram uso de políticas de apoio à indústria,</p><p>comércio e tecnologia.</p><p>b) Políticas de apoio à indústria, comércio e tecnologia são prejudiciais ao livre-comércio.</p><p>c) Políticas de apoio à indústria, comércio e tecnologia são incompatíveis com o</p><p>desenvolvimento.</p><p>d) Por vezes consideradas como práticas “ruins”, políticas de</p><p>apoio à indústria, comércio e tecnologia foram fundamentais</p><p>para o desenvolvimento econômico das nações.</p><p>e) Não há relação entre políticas de apoio à indústria, comércio</p><p>e tecnologia e o desenvolvimento econômico das nações.</p><p>Interatividade</p><p>Resposta</p><p>Ao longo da História, países empregaram políticas de estímulo à indústria nacional, ao</p><p>comércio e à inovação tecnológica. Assinale a alternativa correta sobre os argumentos</p><p>adotados por Chang (2004) quanto a essa questão.</p><p>a) Apenas os países em desenvolvimento fizeram uso de políticas de apoio à indústria,</p><p>comércio e tecnologia.</p><p>b) Políticas de apoio à indústria, comércio e tecnologia são prejudiciais ao livre-comércio.</p><p>c) Políticas de apoio à indústria, comércio e tecnologia são incompatíveis com o</p><p>desenvolvimento.</p><p>d) Por vezes consideradas como práticas “ruins”, políticas de</p><p>apoio à indústria, comércio e tecnologia foram fundamentais</p><p>para o desenvolvimento econômico das nações.</p><p>e) Não há relação entre políticas de apoio à indústria, comércio</p><p>e tecnologia e o desenvolvimento econômico das nações.</p><p> Políticas de estímulo à indústria nacional, ao comércio e à inovação tecnológica</p><p> Não foram apenas utilizadas por países ocidentais;</p><p> Práticas aceitas e empregadas no século XX.</p><p> Caso do desenvolvimento econômico sul-coreano.</p><p> 1950-1960: PIB per capita sul-coreano estava na média dos países do Leste Asiático;</p><p> 1970: parte dos Tigres Asiáticos (Singapura, Taiwan e Hong Kong);</p><p> 1965: PIB sul-coreano estimado em 3,1 bilhões (US$)  PIB brasileiro estimado em 21,7</p><p>bilhões (US$);</p><p> Ano 2001: PIB sul-coreano atinge 547 bilhões (US$)  PIB</p><p>brasileiro estimado em 559 bilhões (US$).</p><p>A ascensão econômica da Coreia do Sul</p><p> Visão “ortodoxa”:</p><p> Estado sul-coreano adotou políticas e instituições liberais;</p><p> Políticas de liberalização comercial;</p><p> Modelo de industrialização voltada para exportações de bens industriais.</p><p> Baixos níveis de inflação;</p><p> Responsabilidade fiscal.</p><p> Visão “desenvolvimentista”:</p><p> Estado sul-coreano adotou uma série de medidas para</p><p>incentivo ao desenvolvimento;</p><p> Investimento em educação e formação de capital humano;</p><p> Investimento em pesquisa e desenvolvimento;</p><p> Possibilitou que empresas nacionais desenvolvessem</p><p>tecnologias de ponta.</p><p>As hipóteses sobre o desenvolvimento sul-coreano</p><p> “Mesmo a um observador pouco atento duas particularidades chamam a atenção no caso</p><p>coreano: o grau excepcionalmente elevado de concentração de capital e a estreita relação</p><p>de complementaridade entre o Estado e os grandes grupos econômicos. É a conjugação</p><p>dessas características que justificava o dito segundo o qual a Coreia devia ser tratada como</p><p>uma empresa: a Korea inc.” (Cruz, 2007, p. 206)</p><p>O modelo sul-coreano combina:</p><p>i. forte orientação externa  exportações e inserção no comércio internacional;</p><p>ii. centralização estatal  coordenação da economia junto com o setor privado.</p><p>Conglomerados econômicos</p><p>na Coreia do Sul</p><p> Forte organização comercial:</p><p> Conglomerados (chaebols);</p><p> Grandes grupos econômicos;</p><p> Ex.: Samsung, Hyundai e LG.</p><p> Grande produtividade:</p><p> Em 1985: 30 maiores grupos correspondiam a aproximadamente 40% da produção</p><p>industrial sul-coreana;</p><p> Anos 2000: cerca de 50% do PIB proveio das vendas de grandes conglomerados (Cruz,</p><p>2007);</p><p> Competitividade no mercado internacional.</p><p> Diversificação:</p><p> Maior parte das filiais não atuam no setor produtivo da</p><p>matriz;</p><p> Ex.: LG  de produção de plásticos a eletrodomésticos;</p><p> Ex. 2: Hyundai  automóveis e navios.</p><p>Conglomerados econômicos na Coreia do Sul</p><p> Capacidade de financiamento:</p><p> Caráter “familiar” do empreendimento;</p><p> Controle sobre as ações e maior autonomia decisória;</p><p> Os chaebols conseguiram financiar-se com abertura controlada ao capital financeiro.</p><p>Conglomerados econômicos na Coreia do Sul</p><p>Fonte: Lim et al. (2003) apud Cruz (2007).</p><p>Participação interna no controle acionário</p><p> Não é um estado desenvolvimentista:</p><p> Não criou grandes empresas estatais;</p><p> Ação em parceria com o setor privado nacional.</p><p> Concessões para exploração de novas atividades:</p><p> Política dos campeões nacionais;</p><p> Ex.: Estado estimulou a Hyundai a construir o primeiro estaleiro sul-coreano (1970).</p><p> Estabeleceu critérios para entrada de capital estrangeiro:</p><p> Medidas de desempenho;</p><p> Produtividade e percentual de exportação.</p><p> Transferência de tecnologia e cooperação técnica;</p><p> Formação de joint-ventures.</p><p>O papel do Estado no desenvolvimento econômico</p><p> Por um lado, a concentração de poder do Estado sul-coreano possibilitou:</p><p> Diminuição do controle do poder político e econômico de grupos oligarcas;</p><p> Preservação de estruturas de administração e serviços públicos;</p><p> Apoio à burguesia nacional e ao processo de industrialização da economia.</p><p> Por outro lado, levou a diminuição das liberdades individuais:</p><p> Forte repressão política a formas de organização social;</p><p> Número de trabalhadores sindicalizados: 553.000 (1945)  42.250 (1947);</p><p> 1970-1987: em torno de 50 horas de trabalho semanais (Cruz, 2007).</p><p>O papel do Estado na construção de capacidades</p><p> Aumento do número de acidentes e óbitos (Cruz, 2007):</p><p> Acidentes: 35.389 (1970)  140.128 (1985)</p><p> Óbitos: 639 (1970)  1.718 (1985)</p><p> Baixa evolução dos salários (até 1980):</p><p> Mulheres menos integradas em atividades com maior remuneração;</p><p> Representavam 69% dos empregados do setor têxtil e 78% do setor de calçados</p><p>(Cruz, 2007).</p><p> Restrição dos direitos civis não teve efeito positivo sobre o crescimento econômico:</p><p> Ideologia do governo;</p><p> Abertura e reformas políticas, a partir de 1993, melhoraram os</p><p>indicadores sociais;</p><p> Manutenção do desempenho econômico.</p><p>O papel do Estado na construção de capacidades</p><p>O processo de desenvolvimento sul-coreano demonstra alternativas para estratégias de</p><p>desenvolvimento nacional. Sobre esse processo, é correto afirmar que:</p><p>a) Foi baseado apenas na liberalização econômica.</p><p>b) Pequenas e médias empresas tiveram papel principal no estímulo ao crescimento</p><p>econômico.</p><p>c) Não houve participação significativa do Estado.</p><p>d) Produziu poucos efeitos negativos sobre indicadores sociais.</p><p>e) Combinou centralização das atividades econômicas pelo</p><p>Estado e grupos econômicos com a inserção no comércio</p><p>internacional.</p><p>Interatividade</p><p>Resposta</p><p>O processo de desenvolvimento sul-coreano demonstra alternativas para estratégias de</p><p>desenvolvimento nacional. Sobre esse processo, é correto afirmar que:</p><p>a) Foi baseado apenas na liberalização econômica.</p><p>b) Pequenas e médias empresas tiveram papel principal no estímulo ao crescimento</p><p>econômico.</p><p>c) Não houve participação significativa do Estado.</p><p>d) Produziu poucos efeitos negativos sobre indicadores sociais.</p><p>e) Combinou centralização das atividades econômicas pelo</p><p>Estado e grupos econômicos com a inserção no comércio</p><p>internacional.</p><p> Século XIX: proteção à indústria nascente</p><p> Ano de 1820:</p><p> Tarifa média aplicada nos EUA era de 40%;</p><p> Todos os bens industriais.</p><p> Correlação entre proteção e crescimento:</p><p> Os anos com maior protecionismo  maior crescimento econômico;</p><p> 1870-1890: crescimento de 2,1%;</p><p> 1890-1910: crescimento de 2%.</p><p> Tendência ao protecionismo segue no século XX:</p><p> Média da proteção tarifária na década de 1920: 37%;</p><p> Tarifa Smoot-Hawley (1930): 48% de tarifação sobre todas</p><p>as manufaturas (Chang, 2004).</p><p>Políticas de desenvolvimento nos EUA</p><p> Após a 2ª Guerra Mundial:</p><p> Comprometimento com a ordem econômica liberal;</p><p> Atualmente, EUA tem acordos de livre-comércio com 20 países (USTR, 2020).</p><p> O capitalismo liberal nos EUA:</p><p> Forte interdependência com o mercado financeiro;</p><p> Estado pouco intervencionista;</p><p> Mercado de trabalho flexível.</p><p> Cooperação entre Estado e setor privado:</p><p> Desenvolvimento e exploração comercial de tecnologias de</p><p>ponta.</p><p>Políticas de desenvolvimento nos EUA</p><p> Política de competitividade costuma ser a principal motivação:</p><p> Free and fair trade;</p><p> Livre-comércio de bens  respeito às normas de propriedade.</p><p> Intensificação após os anos 1980:</p><p> Ascensão econômica do Japão e da Alemanha;</p><p> Receio dos EUA em perder espaço na produção;</p><p> Impacto sobre a estrutura produtiva e empregos.</p><p>Políticas de desenvolvimento nos EUA</p><p> Coreia do Sul e Japão:</p><p> Estado desenvolvimentista burocrático (developmental bureaucratic state);</p><p> Cria regras para entrada do capital estrangeiro;</p><p> Promove acordos de transferência de tecnologia.</p><p> Possibilita competitividade de firmas nacionais;</p><p> Inserção em setores específicos no mercado mundial.</p><p> EUA: developmental network state (DNS) (Block, 2008):</p><p> Ajuda firmas a desenvolverem produtos e inovações</p><p>processuais que ainda não existem;</p><p> Ex.: softwares e biotecnologias;</p><p> Envolve a atividade governamental em auxiliar no P&D.</p><p>Estado de desenvolvimento em network</p><p> Direcionamento de recursos para agências nacionais de pesquisa:</p><p> Cooperação entre firmas de start up e grandes multinacionais;</p><p> Formação de instituições para resolver desafios particulares na tecnologia;</p><p> Conexão com firmas e acadêmicos para tanto;</p><p> Ex.: Projeto Manhattan.</p><p> “Abertura de janelas”:</p><p> Por em contato pesquisas desenvolvidas pelo setor público, com ideias do setor privado;</p><p> Evitar falhas de mercado.</p><p> Intermediação (brokering):</p><p> Por em contato grupos para avaliar potencialidades de</p><p>mercado;</p><p> Apresentar a tecnologia desenvolvida de modo a encontrar</p><p>financiadores ou consumidores.</p><p>Atividades de network desempenhadas pelo Estado dos EUA</p><p> Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA):</p><p> Desenvolvimento da indústria de informática;</p><p> Voltada para o setor militar;</p><p> Intercâmbio entre empresas e com potencial setor de consumo.</p><p> Semiconductor Manufacturing Technology (SEMATECH):</p><p> Resposta da competição japonesa em semicondutores;</p><p> Cria uma infraestrutura de liderança na tecnologia de semicondutores.</p><p> National Institute of Health (NIH):</p><p> Descoberta do DNA em 1953;</p><p> Combinação de genes entre diferentes espécimes, 1971;</p><p> Uso do laboratório da NIH pela Genentech.</p><p>Agências de desenvolvimento nos EUA</p><p> Déficit democrático:</p><p> Ausência de direcionamento público dos gastos em P&D;</p><p> Maior influência do aparato militar e de segurança;</p><p> Impossibilidade de se estabelecer prioridades via debate público;</p><p> Pouco acesso às informações pelos políticos de oposição.</p><p> “Comodificação” do conhecimento:</p><p> Lei Bayh-Dole (1980);</p><p> Permite a exploração comercial de tecnologias produzidas por</p><p>universidades e institutos de pesquisa;</p><p> Privatização de produtos desenvolvidos com investimento</p><p>público;</p><p> Apenas empresas dos EUA.</p><p>Limitações do estado de desenvolvimento em network</p><p> Países em desenvolvimento:</p><p> Modelo de desenvolvimento de network seria dificilmente reproduzido;</p><p> Setor privado atuante em tecnologia de ponta é reduzido;</p><p> Potencialidades para países emergentes;</p><p> Ex.: Índia e setor farmacêutico.</p><p>Limitações</p><p>do estado de desenvolvimento em network</p><p>Nos EUA identifica-se uma estrutura estatal de apoio à pesquisa e desenvolvimento em íntima</p><p>colaboração com o setor privado. Assinale a alternativa correta sobre o chamado</p><p>Developmental Network State.</p><p>a) É formado por grandes empresas estatais.</p><p>b) Consiste numa rede de agências nacionais, instituições de pesquisa e empresas.</p><p>c) Necessita de ampla interferência do Estado na política econômica.</p><p>d) Envolve a aplicação de tarifas sobre bens industriais.</p><p>e) Envolve a aplicação de tarifas sobre bens agrícolas.</p><p>Interatividade</p><p>Resposta</p><p>Nos EUA identifica-se uma estrutura estatal de apoio à pesquisa e desenvolvimento em íntima</p><p>colaboração com o setor privado. Assinale a alternativa correta sobre o chamado</p><p>Developmental Network State.</p><p>a) É formado por grandes empresas estatais.</p><p>b) Consiste numa rede de agências nacionais, instituições de pesquisa e empresas.</p><p>c) Necessita de ampla interferência do Estado na política econômica.</p><p>d) Envolve a aplicação de tarifas sobre bens industriais.</p><p>e) Envolve a aplicação de tarifas sobre bens agrícolas.</p><p> Economia internacional após a 2ª Guerra Mundial:</p><p> Reestruturação econômica da Europa e do Japão;</p><p> Grande relevância dos EUA:</p><p> Maior economia capitalista;</p><p> Ênfase no comércio internacional;</p><p> Liberalização e multilateralismo;</p><p> Superação dos tratados discriminatórios e barreiras comerciais entre países.</p><p> Criação do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade):</p><p> 1947;</p><p> Redução progressiva das tarifas;</p><p> Proibição de barreiras não tarifárias;</p><p> Criação da Organização Mundial do Comércio (1995).</p><p>Regime internacional de comércio: entre a liberalização comercial e a</p><p>autonomia para o desenvolvimento</p><p> Ruggie (1982): regime internacional e o conceito de liberalismo incrustado (embedded</p><p>liberalism).</p><p> “[...] a essência do compromisso do liberalismo incrustado: ao contrário do nacionalismo</p><p>econômico dos anos trinta, seria de caráter multilateral; ao contrário do liberalismo do</p><p>padrão-ouro e do livre-comércio, seu multilateralismo seria baseado no intervencionismo</p><p>doméstico.” (Ruggie, 1982, p. 193) [grifo nosso] [traduzido pelo autor]</p><p> Liberalização econômica e manutenção da capacidade de elaboração de políticas nacionais</p><p>para o desenvolvimento;</p><p> Evitar tanto a restrição do comércio internacional, como a</p><p>diminuição da autonomia nacional.</p><p>Regime internacional de comércio: entre a liberalização comercial e a</p><p>autonomia para o desenvolvimento</p><p> Negociações do GATT;</p><p> Aumento no número de membros;</p><p> Diminuição de barreiras tarifárias;</p><p> Adoção de normas especiais para</p><p>países em desenvolvimento;</p><p> Negociação sobre temas</p><p>relacionados ao comércio.</p><p>Regime internacional de comércio: entre a liberalização comercial e a</p><p>autonomia para o desenvolvimento</p><p>Fonte: Adaptado de: Winhan, 2008.</p><p>Negociação Número</p><p>de países</p><p>Resultado</p><p>Rodada Dilon</p><p>(1960-1961)</p><p>26 Redução média de 10% das tarifas</p><p>aplicadas (4,9 bilhões de comércio)</p><p>Rodada Kennedy</p><p>(1963-1967)</p><p>62 Redução média de 35% das tarifas</p><p>aplicadas (40 bilhões de comércio)</p><p>Adoção de leis antidumping</p><p>Rodada Tóquio</p><p>(1973-1979)</p><p>102 Redução média de 35% das tarifas</p><p>aplicadas (100 bilhões de comércio)</p><p>Acordo sobre barreiras não tarifárias</p><p>Tratamento especial e diferenciado para</p><p>países em desenvolvimento</p><p>Rodada Uruguai</p><p>(1986-1994)</p><p>128 Redução média de 37% das tarifas</p><p>aplicadas (1 trilhão de comércio)</p><p>Acordos sobre temas relacionados ao</p><p>comércio (serviços, investimento e</p><p>propriedade intelectual)</p><p>Criação do Mecanismo de Solução de</p><p>Controvérsias</p><p> Opções de políticas de fomento ao desenvolvimento e como se relacionam com a OMC:</p><p> Proteção à indústria nascente;</p><p> Aplicação de tarifas;</p><p> Utilizadas tanto por países desenvolvidos como por países em desenvolvimento;</p><p> Limitação da competição e uso da renda tarifária para financiamento.</p><p> Política industrial e requerimentos de performance:</p><p> Condicionar entrada de investimentos de capital estrangeiro;</p><p> Critérios como produtividade e transferência de tecnologia;</p><p> Ex.: Ford e Reino Unido (1960);</p><p> Critérios sobre exportações e empregabilidade (Kumar;</p><p>Gallagher, 2007).</p><p> Restrição do uso após o acordo TRIMS da OMC;</p><p> Acordo da OMC relacionado ao investimento.</p><p>OMC e políticas para desenvolvimento nacional</p><p> Subsídios:</p><p> Auxílio financeiro por governos;</p><p> Objetivo de assegurar renda ou aumentar a competitividade;</p><p> Subsídios a exportações de manufaturas;</p><p> EUA e o Foreign Sales Corporation  cerca de US$ 4 bilhões em investimentos (Kumar;</p><p>Gallagher, 2007);</p><p> Subsídios em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D);</p><p> Alemanha e instalação da Dow (1996)  cerca de US$ 6,8 bilhões para criação de</p><p>empregos e investimento em P&D (Kumar; Gallagher, 2007);</p><p> OMC considera válidos apenas subsídios aplicados por países</p><p>menos desenvolvidos;</p><p> Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias (em</p><p>inglês, SCM).</p><p>OMC e políticas para desenvolvimento nacional</p><p> Propriedade intelectual:</p><p> Ex.: patentes, direitos autorais e marcas comerciais;</p><p> Engenharia reversa e imitação  estímulos à inovação em economias em</p><p>desenvolvimento;</p><p> Práticas utilizadas por países como EUA, Japão e Coreia do Sul.</p><p> Acordo TRIPS da OMC:</p><p> Temas relacionados à propriedade intelectual;</p><p> Assegura a proteção sobre todas as tecnologias;</p><p> Diminui a autonomia dos países em formular políticas de desenvolvimento;</p><p> Ex.: políticas de saúde pública e desenvolvimento de</p><p>medicamentos de baixo custo.</p><p>OMC e políticas para desenvolvimento nacional</p><p> Algumas dificuldades de negociação da Rodada Doha (2001):</p><p> O debate sobre espaço político para o desenvolvimento;</p><p> Permanência de subsídios na Europa e nos EUA;</p><p> Perdas com renúncia de tarifas são maiores que ganhos com abertura comercial.</p><p>OMC e políticas para desenvolvimento nacional</p><p>Custos e benefícios com a liberalização comercial na Rodada Doha da</p><p>OMC (em milhões US$)</p><p>Fonte: KUMAR; GALLAGHER, 2007.</p><p>Benefícios esperados</p><p>com a liberalização</p><p>Perdas de renda</p><p>tarifária*</p><p>Países Desenvolvidos 79,9 38,0</p><p>Países em</p><p>Desenvolvimento</p><p>16,1 63,4</p><p>Brasil 3,6 3,1</p><p>Índia 2,2 7,9</p><p>México -0,9 0,4</p><p> Rodada Doha:</p><p> Dificuldade em equilibrar interesses entre países desenvolvidos e em desenvolvimento;</p><p> Também entre liberalização econômica e autonomia nacional.</p><p> Acordos bilaterais de livre-comércio:</p><p> EUA e União Europeia;</p><p> Aumento da liberalização, diminuição do espaço político;</p><p> Ex.: menos opções para promover contratos de transferência tecnológica;</p><p> Ex. 2: extensão dos direitos de propriedade intelectual  redução do espaço político</p><p>para promoção do acesso ao conhecimento.</p><p>OMC e políticas para desenvolvimento nacional</p><p>Sobre a relação da Organização Mundial do Comércio e o espaço político para o</p><p>desenvolvimento, é correto afirmar que:</p><p>a) A OMC não busca compatibilizar liberalização comercial e autonomia para o</p><p>desenvolvimento.</p><p>b) A OMC promove acordos que limitam o comércio internacional e o desenvolvimento</p><p>nacional.</p><p>c) Embora alguns acordos limitem a autonomia dos países para formular políticas de</p><p>desenvolvimento, garantir essa autonomia é um objetivo reconhecido pela Organização.</p><p>d) A redução de tarifas promovidas pela OMC não é benéfica</p><p>para o comércio internacional.</p><p>e) As negociações promovidas pela OMC apenas beneficiaram</p><p>países em desenvolvimento.</p><p>Interatividade</p><p>Resposta</p><p>Sobre a relação da Organização Mundial do Comércio e o espaço político para o</p><p>desenvolvimento, é correto afirmar que:</p><p>a) A OMC não busca compatibilizar liberalização comercial e autonomia para o</p><p>desenvolvimento.</p><p>b) A OMC promove acordos que limitam o comércio internacional e o desenvolvimento</p><p>nacional.</p><p>c) Embora alguns acordos limitem a autonomia dos países para formular políticas de</p><p>desenvolvimento, garantir essa autonomia é um objetivo reconhecido pela Organização.</p><p>d) A redução de tarifas promovidas pela OMC não é benéfica</p><p>para o comércio internacional.</p><p>e) As negociações promovidas</p><p>pela OMC apenas beneficiaram</p><p>países em desenvolvimento.</p><p> BLOCK, Fred. Swimming against the current: the rise of a hidden developmental state in the</p><p>United States. Politics & Society, v. 36, n. 2, p. 169-206, June 2008.</p><p> BROWN, Chris et al. (eds.). International relations in political thought. Cambridge: Cambridge</p><p>University Press, 2002.</p><p> CHANG, Ha-joon. Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva</p><p>histórica. São Paulo: Editora UNESP, 2004.</p><p> CRUZ, Sebastião Velasco e. Trajetórias: capitalismo neoliberal e reformas econômicas nos</p><p>países da periferia. São Paulo: UNESP, 2007.</p><p> GALLAGHER, Kevin P. (org.). Putting development first: the importance of policy space in the</p><p>WTO and International Financial Institutions. New York: Zed Books, 2005.</p><p> GUIMARÃES, Alexandre. Estado, instituições e</p><p>desenvolvimento: o modelo coreano. Revista de Sociologia e</p><p>Política. v. 17, n. 34, 2009.</p><p>Referências bibliográficas</p><p> KUMAR, Nagesh; GALLAGHER, Kevin. Relevance of ‘policy space’ for development:</p><p>implications for multilateral trade negotiations. RIS Discussion Paper, n. 120, 2007.</p><p> RUGGIE, J. International regimes, transactions, and change: embedded liberalism in the</p><p>postwar economic order. International Organization, v. 36, n. 2, 1982.</p><p> USTR. Free trade agreements. 2020. Disponível em: https://ustr.gov/trade-agreements/free-</p><p>trade-agreements.</p><p> WINHAM, Gilbert R. The evolution of the global trade regime. In: RAVENHILL, John. Global</p><p>political economy. Oxford: Oxford University Press, 2008.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>ATÉ A PRÓXIMA!</p>

Mais conteúdos dessa disciplina