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FACHA 
Cultura, Memória 
e Sociedade 
Professor: Fábio Mário 
Comunicação Social 
 
 
 
 
Capítulo 1 
Cultura e sociedade 
1.1 - Diversidade cultural 
A) Conceito de Cultura 
Cultura é um sistema simbólico1 de uma sociedade, gerador dos laços de 
pertencimento e identidades entre grupos e instituições sociais, cuja produção 
discursiva, traz o modo de vida de cada agente social em seu território e 
relacionamento rotineiro. Tem uma composição diversa, dispersa e conflitante 
de crenças, hábitos e práticas produtivas: material e imaterial. Constrói a 
realidade social e como princípio de realidade sustenta o princípio do prazer 
onde o desejo ocupa o enredo social. 
É historicamente demarcada, revela seu impasse, permitindo saberes e crítica. 
Como saberes: religião, filosofia, ciência, artes, técnicas etc, realiza todas as 
ações de uma etnia (cultura de um “povo” na história), inclusive a reflexão, o 
conhecimento e a criação. 
 
B) Tipos de Cultura 
― Condições materiais, sociais, econômicas e registros culturais, 
territorializados; 
― Não há isolamento cultural, mas sim, fronteiras de pertencimento; 
― Indústria cultural determina a relação entre cultura, consumo e capital, 
absorvendo vários traços culturais. 
 
1
 Tudo que significa na vida humana, isto é, o que ele representa. 
 
 
C) Cultura contemporânea 
Hibridismo → combinações e mutações culturais resultantes das migrações 
constantes e das tecnologias integradoras (dos transportes e das 
comunicações), gerando à “globalização”. 
 
1.2 - Etnocentrismo e relações de poder 
A) Conceito de etnocentrismo 
Supremacia por dominação de uma etnia sobre as outras no processo 
histórico. 
A raça (etnia) não é resultado das condições geo-climáticas e traços físicos 
de uma população. Resulta do processo histórico de uma sociedade 
específica, sendo a soma dos cruzamentos culturais e seus mecanismos de 
poder para estruturação do sistema simbólico como um todo. 
O etnocentrismo é a imposição de padrões e modelo de cultura em uma 
sociedade conforme sua história, em detrimento das outras culturas de sua 
formação. 
 
B) Etnocentrismo e hegemonia 
Só é possível o etnocentrismo com domínio social e cultural de um grupo 
étnico na sua formação e isso propicia o exercício do poder e a reprodução 
do sistema social estabelecido. 
Para manter e desenvolver um sistema social com dominação de classes 
faz-se necessário a dominação cultural e o consentimento coletivo como 
resultante. 
 
C) Racismo no Brasil 
No Brasil e em cada formação cultural contemporânea, encontramos a luta 
de classe revestida de um discurso apontando para a supremacia da 
 
 
civilização ocidental e segundo com a aposta quase de um modelo único da 
Nova Ordem Mundial Neoliberal Capitalista. 
Há ainda subsistemas reprodutores do regime em várias distorções: gênero, 
sexo, localidade etc. 
 Submissão ao Modelo Capitalista Ocidental → manteve os antigos 
valores 
 Conflitos de subculturas 
 Identidades e diferenças → a formação de cada identidade demarca 
faces e diferenças na pluralidade do processo de pertencimento dos 
laços simbólicos de uma sociedade. As identidades fixas são 
limitadas pelo desgaste constante do imaginário coletivo, 
permitindo questionamentos e mudanças de concepção consciente. 
 
1.3 - Sociedade de massa 
A) Origem 
Séculos XVIII-XIX (Europa Ocidental, EUA, Japão). 
Com a revolução capitalista que apresentou: urbanização, exploração 
demográfica, maquinofatura, laicização, binômio ciência-tecnologia, 
anonimato individualista, supremacia mercantil na ótica da produção, 
divisão de trabalho intensa e extensa, sociabilidade complexa e 
circunstancial, padronização técnica e cultural, midiatização, 
supervalorização imediatista do consumo material e novas formas de 
mobilização e luta social. 
 
B) Características básicas 
 Passagem da Comunidade para a Sociedade; 
 Submissão constante de tradições e laços de parentesco ao processo 
de modernização de valores por relações efêmeras e vinculadas ao 
universo produtivo do trabalho; 
 
 
 Concentrações populacionais em estratos de modo de vida 
padronizados; 
 Individualismo (“racionalismo pragmático”) voltado para a liberdade 
e a mobilidade de laços de pertencimento segundo as demandas do 
presente em múltiplas comunidades entrecruzadas; 
 Atualidade como paradigma de progressão e formação de crenças e 
hábitos institucionais; 
 Sistema de comunicação de massa através da midiatização 
relacionando o espaço social ao virtual da tecnologia da informação e 
entretenimento. 
 
C) Cultura de massa 
Engajamento individual na totalidade social através dos meios de 
comunicação de massa (Mass Media), com seu imediatismo serial 
(padronização em ciclos), cujo espaço virtual o tempo condensa e o processo 
massivo também é individualizado. 
 
Indústria da cultura baseada no princípio mercantil da informação, que se 
associa ao entretenimento, gerando a especularização cultural e social, 
enquanto estetização da vida cotidiana e conexão central capitalista. 
 
Racionalidade técnica com etapas tecnológicas de alteração do ato 
comunicativo para a interação e participação coletiva em segmentos e 
personalizada. 
 
1.4 – Consumidores e cidadãos 
A) Globalização e multiculturalismo 
― Nova Ordem Mundial Capitalista → Globalização neoliberal 
(Transnacional) de tecnologias integradoras do capital concentrado 
(Oligopólios); 
 
― Migrações constantes e midiatização → Hibridismo cultural e 
desraizamento, gerando os confrontos entre Tradição X Tradução e Cultura 
global X Cultura local; 
 
 
 
― Distensão política entre ideologias nacionais e modelo de civilidade 
ocidental → mal-estar pós-moderno (supremacia de desrepressão e do 
transgressismo). 
 
B) Sociedade do consumo 
― Cultura como mercadoria primordial através do espetáculo generalizado. 
 
― Economia de mercado unificado e liberado, propiciando a 
supervalorização das necessidades cotidianas e do novo individualismo, em 
que a cidadania representa acesso aos bens materiais e a satisfação egóica. 
 
―Produção serial em ciclos modistas, impulsionando a renovação 
permanente dos produtos/ serviços e ocupação urbana, gerando o consumo 
descartável e a economia da abundância. 
 
C) Marketing e Cidadania 
A marca (representação jurídica, nomeação da empresa e mercadorias, 
posicionamento w valorização do mercado) é hoje o maior patrimônio 
empresarial e está além da estratégia mercadológica, localizando em 
projetos sociais (responsabilidade social da empresa cidadã e entidades do 
3º setor). 
 
A produção cultural da indústria de entretenimento também estabelece a 
supervalorização da marca, até mesmo na assinatura autoral e idolatria 
massiva, integrando-se às outras marcas como “personalidade atraente”. 
 
Na sociedade para os consumidores as maquinações capitalistas apostam 
na relação cultura-consumo, desdobrando-a em consumidor-cidadão, tanto 
pela lógica ascensional, quanto pela combinação liberdade-princípio de 
prazer, onde a suposição hedonista de felicidade representa a identificação 
ao imaginário coletivo.

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