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<p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>No processo será uma solução impositiva, pois quem dirá isso é a lei, a mediação e os outros métodos não são o processo e sim meios alternativos de solução.</p><p>INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL</p><p>Processo é um procedimento.</p><p>Dentro de uma sociedade sempre irão existir conflitos e para evitar a barbárie, um ente irá assumir e julgar aquele conflito, esse ente é o estado. Dentro desse estado irá existir o judiciário, o legislativo e o executivo.</p><p>Quando nenhum outro meio serve para resolver o conflito, entre o estado, como última solução.</p><p>Não há como falar em processo sem falar de conflito, pois é através do conflito que o estado irá agir e aplicar as normas.</p><p>CONFLITO NA SOCIEDADE</p><p>O conflito faz o estado se pronunciar o qual é feito através do processo, através das normas processuais.</p><p>Características do judiciário:</p><p>1. O judiciário tem uma ação secundária, isso porque a provocação do judiciário não é a primeira racium e sim a última racium.</p><p>2. O judiciário é desinteressado, pois o magistrado depende das partes para tomar uma solução.</p><p>3. O judiciário tem que ser instrumental, pois o juiz só irá falar através do processo. A atuação do judiciário está sob os limites legais do processo.</p><p>4. O judiciário tem uma atividade criativa, pois o juiz extrairá da norma geral e aplicará de forma específica no caso concreto. Aplicando através do alheamento e das provas.</p><p>· Formas de autocomposição de solução de conflitos: Quando os próprios sujeitos envolvidos resolvem os conflitos (mediação e conciliação).</p><p>· Formas de Heterocomposição de conflitos: (arbitragem, as partes escolhem o árbitro e vão atuar fora do judiciário) e o (processo judicial em si, onde há o magistrado)</p><p>Art. 165 do cpc.</p><p>Parágrafo 2 - O conciliador…</p><p>Quando nenhum dos métodos autocompositivos e heterocompositivos, o jeito é ir ao judiciário, isso significa que você quer uma tutela jurisdicional, em que um ente de a ordem do direito. O judiciário uma vez provocado, faz uma prestação jurisdicional, que significa uma decisão judicial, essa decisão será construída pelo que as partes disse, através de uma técnica, processo.</p><p>Indo para as vias judiciais 2 dispositivos aparecem</p><p>1- inciso 35 do art 5 da constituição combinado com o</p><p>2- Art 3 do cpc</p><p>- ônus da prova de quem alega. Em regra, porém, o ônus da prova pode ser legal, judicial, inversão das próprias partes consensualmente. (Estudar sobre)</p><p>SISTEMA MULTIPORTAS</p><p>O Sistema Multiportas é um modelo alternativo para solução de conflitos que prevê a integração de diversas formas de resolução dos litígios, sendo judiciais ou extrajudiciais</p><p>IMPORTÂNCIA DA TUTELA JURÍDICA</p><p>Significa abraçar, resguardo, amparo, ou seja, o estado irá compor os conflitos litigiosos, garantindo o direito violado ou ameaçado (inafastabilidade da atividade jurisdicional). Logo, a tutela jurídica é promovida pela atividade jurisdicional, proporcionando a regulação das relações entre sujeitos de uma sociedade exercida pelo ESTADO, com o objetivo de defender direito que não podem ser defendido individualmente (esgotamento de todas as vias, logo o estado é a última racium)</p><p>CARACTERÍSTICAS DA DOUTRINA JUDICIAL</p><p>1. O judiciário tem uma atuação secundária</p><p>2. O judiciário é desinteressado, logo, deve ser provocado e imparcial.</p><p>3. O judiciário atua através do processo</p><p>4. O juiz vai condicionar e aplicar as normas de acordo com as alegações das provas.</p><p>PROCESSSO</p><p>Existe uma -> parte A e uma parte B ou mais de uma, que gera um -> conflito, a partir desse conflito surge uma -> pretensão, essa pretensão segue ao -> Judiciário e posteriormente -> decisão judicial.</p><p>· Se não houver provocação do judiciário, em regra, em meu silêncio, aceito as decisões impostas no prazo que acabou, de forma tácita, há a renúncia.</p><p>Quais são as consequências de aprender processo ?</p><p>1. A importância de compreender as relações entre direito material e direito processual.</p><p>O processo está diretamente relacionado com o direito material.</p><p>2. Autotutela e jurisdição (dizer o direito.) O estado é forte para impor a qualquer membro da sociedade: o cumprimento da norma jurídica concreta.</p><p>Não pode ser válida a autotutela, é através do estado que irá dizer o direito, a decisão judicial é tomada pelo juiz, fundamentada.</p><p>3. O que é processo ?</p><p>Ramo do direito público que irá estudar as normas jurídicas que regulam o processo.</p><p>4. Conjunto de normas jurídicas que regulam o processo. Se há normas específicas, existe um ramo específico do Direito. Daí a importância do DIREITO PROCESSUAL.</p><p>OBSERVAÇÕES. :</p><p>1. Cabe no estudo do processo compreender a relação jurídica de direito material e de direito processual. Na primeira, também chamada de substancial, refere-se às regras do dia a dia, dos fenômenos da vida, tais como, relações de consumo, contratos, casamento, dentre outros. Já o segundo, é o direito subjetivo de um sujeito que irresignado com o estado de coisas pede solução perante o estado através do processo, invocando o direito material. Além disso, percebe-se que o processo está diretamente relacionado com a afirmação de um direito, ou de direitos. Logo, pode-se afirmar, que o processo está atrelado ao direito material, a constituição e a teoria do direito</p><p>DIREITO PROCESSUAL</p><p>Não pode ser analisado sem a teoria do direito, o direito material e a constituição.</p><p>A primeira grande fase do processo, foi a fase imanentista. A segunda fase é a fase do processualismo, onde começa a analisar a diferença entre o direito material e o processo. A terceira fase foi a do instrumentalismo processual, começa a pensar que o processo não é um fim em si mesmo, e sim um instrumento de solução do conflito a partir da participação do poder judiciário, das partes e de ferramentas importantes como, defesa, recursos, leis…</p><p>O processo civil está diretamente ligado aos conceitos neoconstitucionais.</p><p>Dentro do processo iremos ver sobre a jurisdição civil, com ela podemos entender sobre o processo civil e as regras jurídicas que irão envolver o estado e as partes.</p><p>Para falar de direito processual vamos ligar diretamente sobre:</p><p>· Estado e constituição</p><p>· Constitucionalismo e neoconstitucionalismo</p><p>· Limitação do poder do estado</p><p>· Organização dos poderes</p><p>· Poder judiciário</p><p>· Direitos fundamentais e dignidade da pessoa humana</p><p>TERMOS E DEFINIÇÕES</p><p>> Pretensão: é o direito de exigir do outro um determinado bem da vida que está sendo resistido, no momento que o direito está sendo violado, abre para que a parte que está sendo violada recorra. Uma solicitação.</p><p>> LIDE: sinônimo de litígio. Conflito de interesse qualificado entre as partes em face de uma pretensão resistida, debate jurídico em que as partes expõem suas pretensões em conflito, buscando uma decisão em juízo.</p><p>> Processo: Instrumento colocado à disposição do cidadão para a solução de conflitos em que o estado o dizer do direito, à jurisdição.</p><p>> Procedimento: É a materialização do processo, como o processo será esterilizado. Será feito através de atos que visam a resolução do conflito, a sentença do judiciário. Através do procedimento que o processo age.</p><p>OBSERVAÇÃO</p><p>1. Percebe-se especialmente sob a ótica constitucional que o processo é uma relação jurídica contraditória. E o procedimento como uma sucessão de atos interligados de maneira lógica e consequencial visando um objetivo final. Logo, o procedimento é a exteriorização do processo.</p><p>PRINCÍPIOS PROCESSUAIS</p><p>CONCEITO</p><p>Os princípios são o meio em que a atividade processual deverá se comportar. Até porque quando se fala de princípios existem valores e quando se trata de processo envolvem valores, sociais, econômicos, jurídicos, políticos, entre outros.</p><p>O princípio está em todo o ordenamento jurídico e caso ele seja violado, é como se estivesse rachando esse ordenamento.</p><p>Os princípios em seu primeiro conceito são pensamentos diretos de uma regulamentação jurídica, ou seja, critérios para a ação e para a constituição de normas jurídicas e institutos jurídicos. Os princípios são diretrizes gerais e básicas para fundamentar e dar</p><p>unidade ao sistema ou a uma instituição. Ou seja, os princípios carregam consigo valores indispensáveis para uma carga jurídica.</p><p>METODOLOGIA</p><p>CPC+CF/88</p><p>· inafastabilidade da jurisdição</p><p>Também chamado de indeclinabilidade. Art.5 da constituição, inciso 35.</p><p>Significa dizer que o juiz não pode recusar julgar algum caso sob o pretexto de não ter uma lei específica para aquele assunto. Para que isso ocorra, é necessário provocar o judiciário, através da ação/inércia (direito de ação), previsto no art. 2 do cpc, para que dessa forma existe a petição inicial, esse art vincula-se a dois princípios, 1- princípio da imparcialidade e 2- princípio do acesso à justiça. Ou seja, nenhuma ameaça ou lesão a direito será excluída da apreciação do poder jurisdicional.</p><p>· Razoável duração do processo</p><p>Art. 5 inciso 78. Essa norma visa garantir que os processos, seja na seara judicial ou administrativa, tramitem em prazo razoável e que sejam assegurados os meios para a efetivação do rápido andamento dos feitos. O que vai trazer essa razoabilidade é a forma que o judiciário vai comandar o processo. Pois existem demandas mais simples e mais complexas, durando menos é mais respectivamente. A norma constitucional tutela, além do direito de ação ou de acesso ao poder judiciário, prestação jurisdicional dentro de um prazo razoável, com eficiência, celeridade e tempestividade. Atrelado a esse princípio surgido o da cronologia, art.12. O jurídico irá atender os processos por ordem cronológica. Garante que o processo tenha o tempo adequado para o processamento.</p><p>· cooperação</p><p>Art. 6 do cpc. “todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva”.Todos aqueles que atuam no processo (juiz, partes, oficial de justiça, advogados, Ministério Público etc.) têm o dever de colaborar para que a prestação jurisdicional seja concretizada da forma que prescreve a Carta de 1988.</p><p>As próprias partes afastam os seus interesses atuando no processo visando o seu resultado.</p><p>· Boa fé</p><p>Art. 5 do cpc. Boa fé objetiva. Aquele que de qualquer forma participar do processo deve aceitar os termos de está de boa fé. Isso envolve as partes, o magistrado e o próprio patrono. Existem 3 dispositivos para isso. 1- art. 77 do código que diz que a lei de outros previsto neste código são deveres das partes e de todos que participam do processo, expor os fatos em juízo conforme a verdade. 2- não formular pretensão ou apresentar defesa que não tem sustentação alguma, não produzir provas e não praticar atos inúteis não necessários a declaração.</p><p>· Princípio do devido processo legal</p><p>Art. 5 inciso 54. Princípio norteador da ampla defesa e do contraditório. O que se falar em devido processo legal? Qualquer ato do processo tem que estar dentro do que é estabelecido na lei. Ou seja, o processo legal deve estar dentro da lei. Basicamente tem que ser feito de forma legal.</p><p>· Devido processo legal formal: o processo tem que ser ditado de acordo com a lei.</p><p>· Devido processo legal substancial: Diz que não basta ter o processo dentro da legalidade, esse processo terá que estar subconstaciado na razoabilidade, da proporcionalidade, na equidade, de forma a trazer a melhor atividade do juíz.</p><p>Então o devido processo legal é o ponto de partida de outros princípios, ex: não pode ter o contraditório sem o processo legal e por aí vai. Ou seja, esse princípio é fundamental. A ele pode ser ligado por exemplo ao princípio da legalidade.</p><p>· Contraditório e ampla defesa</p><p>Art. 5, inciso 55. Derivam do processo legal. O contraditório significa dizer que todas as partes do processo devem ser escutadas. Ou seja, ouvir a contraparte, dá direito ao outro falar. Trazendo novas teses ou negar o que foi falado. O contraditório será manifestado dentro dos meios de defesa. O magistério não pode definir a decisão sem que a parte contrária tenha direito de se manifestar.</p><p>· Princípio da eficiência</p><p>mantém-se fiel ao comando constitucional, e valoriza os compromissos específicos do processo justo com a efetividade da tutela jurisdicional. Indica, portanto, que essa tutela somente será legítima se prestada tempestivamente (em tempo razoável, portanto) e de maneira a proporcionar à parte que faz jus a ela, sempre que possível, aquilo, e exatamente aquilo, que lhe assegura a ordem jurídica material (efetividade da prestação pacificadora da Justiça).173 Porém, mais do que uma tutela efetiva, o processo justo garante uma boa tutela, ou seja, uma tutela eficiente.</p><p>· Princípio da oralidade</p><p>A discussão oral da causa em audiência é tida como fator importantíssimo para concentrar a instrução e o julgamento no menor número possível de atos processuais.</p><p>Os elementos que caracterizam o processo oral em sua pureza conceitual são:</p><p>“a) a identidade da pessoa física do juiz, de modo que este dirija o processo desde o seu início até o julgamento;</p><p>b) a concentração, isto é, que em uma ou em poucas audiências próximas se realize a produção das provas e o julgamento da causa;</p><p>c) a irrecorribilidade das decisões interlocutórias, evitando a cisão do processo ou a sua interrupção contínua, mediante recursos, que devolvem ao tribunal o julgamento impugnado.”45</p><p>· Função social do processo</p><p>Art. 8 do CPC. O juiz deve conduzir o processo de forma justa e atendendo aos fins sociais, do bem comum, preservando a dignidade da pessoa humana.</p><p>· Motivação das decisões judiciais</p><p>A decisão judicial deve ser fundamentada. Como essa fundamentação é gerada ? O magistrado deve seguir as linhas do processo, que foram propostas entre as partes, para ele julgar deve buscar também dentro do processo. Logo, a decisão judicial deve ser motivada, dentro do que foi construído no processo. A decisão fundamentada permite 2 tipos de controle: o controle forte e o controle fraco. A fundamentação traz segurança para o processo. Permitindo uma maior estabilidade. É necessário que a fundamentação seja baseada no mais próximo à verdade que se chegue.</p><p>· Eventualidade / Preclusão</p><p>O processo deve ser dividido numa série de fases ou momentos, formando compartimentos estanques, entre os quais se reparte o exercício das atividades tanto das partes como do juiz. Ele terá um prazo. Dessa forma, cada fase prepara a seguinte e, uma vez passada à próxima, não mais é dado retornar à anterior. Assim, o processo caminha sempre para a frente, rumo à solução de mérito, sem dar ensejo a manobras de má-fé de litigantes inescrupulosos ou maliciosos.</p><p>Pelo princípio da eventualidade ou da preclusão, cada faculdade processual deve ser exercida dentro da fase adequada, sob pena de se perder a oportunidade de praticar o ato respectivo.</p><p>Assim, a preclusão consiste na perda da faculdade de praticar um ato processual, quer porque já foi exercitada a faculdade processual, no momento adequado, quer porque a parte deixou escoar a fase processual própria, sem fazer uso de seu direito.</p><p>Tradicionalmente, o processo civil costuma ser dividido em quatro fases:</p><p>a)a postulação = pedido do autor e resposta do réu;</p><p>b)o saneamento = solução das questões meramente processuais ou formais para preparar o ingresso na fase de apreciação do mérito;</p><p>c)a instrução = coleta dos elementos de prova; e</p><p>d)o julgamento = solução do mérito da causa (sentença).</p><p>· Dispositivo / inquisitivo</p><p>O que prevalece é o dispositivo. Quando se fala em inquisição é a prática de atos unilaterais, forçada, em que as partes não têm qualquer manifestação. No dispositivo o magistrado segue o processo de acordo com o que foi pleiteado entre as partes. No código de processo civil existe um pouco dos dois.</p><p>· Duplo grau de jurisdição</p><p>A parte tem direito a que sua pretensão seja conhecida e julgada por dois juízos distintos, mediante recurso, caso não se conforme com a primeira decisão. Desse princípio decorre a necessidade de órgãos judiciais de competência hierárquica diferente: os de primeiro grau (juízes singulares) e os de segundo grau (Tribunais Superiores). Os primeiros são os juízes da causa, e os segundos, os juízes dos recursos.</p><p>· Instrumentalidade das formas</p><p>Os Atos processuais têm suas formas, mas mesmo que não se cumpra algumas formas, sendo possível sua prática, o ato terá validade, salvo aquelas formas que o código exigir.</p><p>· Primazia da resolução do mérito</p><p>O juiz terá sempre que prezar pelo julgamento do mérito, sempre que ocorrer uma irregularidade ele terá que solucionar essa irregularidade, julgando sempre pela solução do mérito.</p><p>· Princípio do juiz natural</p><p>Também vinculado ao do promotor natural. O magistrado julga por uma lei para que ele de uma forma imparcial atue. Ou seja, dentro de sua competência, de acordo com o que é estabelecido pela lei. Ele tem as garantias estabelecidas na constituição.</p><p>JURISDIÇÃO</p><p>“uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça”.</p><p>É bom de ver, todavia, que não são todos os conflitos de interesses que se compõem por meio da jurisdição, mas apenas aqueles que configuram a lide ou o litígio. Para que haja, outrossim, a lide ou o litígio, é necessário que ocorra “um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida”. Há litígio quando o conflito surgido na disputa em torno do mesmo bem não encontra uma solução voluntária ou espontânea entre os diversos concorrentes. Aí o primeiro persistirá na exigência de que o segundo lhe entregue o bem e este resistirá, negando cumprir o que lhe é reclamado.</p><p>→ o que caracteriza a função jurisdicional é o papel da Justiça de prestadora da tutela (defesa) ao direito material, que hoje não pode ser senão efetiva e justa.</p><p>CARACTERÍSTICAS</p><p>A jurisdição se apresenta como atividade estatal “secundária”, “instrumental”, “declarativa ou executiva”, “desinteressada” e “provocada”.</p><p>→ “secundária” porque, por meio dela, o Estado realiza coativamente uma atividade que deveria ter sido primariamente exercida, de maneira pacífica e espontânea, pelos próprios sujeitos da relação jurídica submetida à decisão.</p><p>→ É “instrumental” porque, não tendo outro objetivo principal, senão o de dar atuação prática às regras do direito, nada mais é a jurisdição do que um instrumento de que o próprio direito dispõe para impor-se à obediência dos cidadãos.</p><p>OBJETIVO</p><p>Em síntese, “o fim do processo é a entrega da prestação jurisdicional, que satisfaz à tutela jurídica”32 a que se obrigou o Estado ao assumir o monopólio da justiça. Em consequência, podemos, filosoficamente, desdobrar a causa do processo, conforme o faz Arruda Alvim,33 em:</p><p>(a)causa final: a atuação da vontade da lei, como instrumento de segurança jurídica e de manutenção da ordem jurídica;</p><p>(b)causa material: o conflito de interesses, qualificado por pretensão resistida, revelado ao juiz através da invocação da tutela jurisdicional;</p><p>(c)causa imediata ou eficiente: a provocação da parte, isto é, a demanda (exercício concreto do direito de ação).</p><p>Em conclusão, dando ao direito do caso concreto a certeza de que é condição da verdadeira justiça e realizando a justa composição do litígio, promove, a jurisdição, o restabelecimento da ordem jurídica, mediante eliminação do conflito de interesses que ameaça a paz social.</p><p>PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS</p><p>(a)O princípio do juiz natural: só pode exercer a jurisdição aquele órgão a que a Constituição atribui o poder jurisdicional. Toda origem, expressa ou implícita, do poder jurisdicional só pode emanar da Constituição, de modo que não é dado ao legislador ordinário criar juízes ou tribunais de exceção, para julgamento de certas causas, tampouco dar aos organismos judiciários estruturação diversa daquela prevista na Lei Magna. Nem mesmo os órgãos hierárquicos superiores podem, em princípio, suprimir a competência do juiz natural.38</p><p>(b)O princípio da investidura: a jurisdição somente pode ser exercida por juízes regularmente investidos, providos em cargos de magistrados e que se encontram no efetivo exercício desses cargos. Apenas juízes nestas condições se consideram investidos no poder jurisdiccional.</p><p>(c)O princípio da improrrogabilidade: os limites do poder jurisdicional, para cada justiça especial, e, por exclusão, da justiça comum, são os traçados pela Constituição. Não é permitido ao legislador ordinário alterá-los, nem para reduzi-los nem para ampliá-los.</p><p>(d)O princípio da indeclinabilidade: o órgão constitucionalmente investido no poder de jurisdição tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional e não a simples faculdade. Não pode recusar-se a ela, quando legitimamente provocado. Trata-se do dever legal de responder a invocação da tutela jurisdicional assegurada pela Constituição. Na lei, porém, há uma exceção que consiste na permissão a que o juiz se abstenha de atuar sob alegação de suspeição por motivo íntimo (art. 145, § 1º).</p><p>(e)O princípio da indelegabilidade: não pode o juiz ou qualquer órgão jurisdicional delegar a outros o exercício da função que a lei lhes conferiu, conservando-se sempre as causas sob o comando e controle do juiz natural. Costuma-se falar em exceção do princípio nos casos de cartas precatórias ou de ordem. Na verdade, contudo, não se trata, na espécie, de delegação voluntária, mas de simples caso de colaboração entre órgãos judiciários, cada um dentro de sua natural e indelegável competência. O deprecante não delega poderes, já que o ato a ser praticado pelo deprecado nunca estaria compreendido nos limites da competência do primeiro. O que se pede é justamente que o único competente (o deprecado) pratique o ato que o deprecante não pode realizar, mas que é necessário para o prosseguimento do processo a seu cargo.</p><p>(f)O princípio da aderência territorial: todo juiz ou órgão judicial conta com uma circunscrição territorial dentro da qual exerce suas funções jurisdicionais, que pode ser a comarca, o Estado, o Distrito Federal ou todo o território nacional, conforme disposto na Constituição e nas leis de organização judiciária.</p><p>(g)O princípio da inércia: o acesso de todos à justiça é garantido pela Constituição (art. 5º, XXXV), mas o Poder Judiciário não pode agir por iniciativa própria, somente o fará quando adequadamente provocado pela parte (CPC/2015, art. 2º).</p><p>(h)O princípio da unidade: o Poder Judiciário é único e soberano, embora a partilha de competência se dê entre vários órgãos. Dessa maneira, qualquer que seja aquele que solucione o conflito, manifestará a vontade estatal única atuável diante dele. Nem mesmo a divisão constitucional entre várias justiças implica pluralidade de jurisdição, mas apenas “a existência de estruturas diversas, estabelecidas de acordo com a especialidade de cada uma dessas justiças, com o objetivo de assegurar a maior eficiência no seu desempenho”</p><p>Observação:</p><p>→ jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária</p><p>Jurisdição contenciosa é a jurisdição propriamente dita, isto é, aquela função que o Estado desempenha na pacificação ou composição dos litígios. Pressupõe controvérsia entre as partes (lide), a ser solucionada pelo juiz. Na ordem constitucional, a justiça foi expressamente concebida como a prestadora da função jurisdicional necessária para tutelar os direitos lesados ou ameaçados de lesão (CF, art. 5º, XXXV). Assim, na base do processo, por meio do qual atua a jurisdição, nos moldes constitucionais, está sempre “um conflito de interesses”, do qual decorre a pretensão deduzida em juízo, que, por sua vez revelará o litígio a ser composto pelo provimento jurisdicional.</p><p>Mas ao Poder Judiciário são, também, atribuídas certas funções em que predomina o caráter administrativo e que são desempenhadas sem o pressuposto do litígio. Trata-se da chamada jurisdição voluntária, em que o juiz apenas realiza gestão pública em torno de interesses privados, como se dá nas nomeações de tutores, nas alienações de bens de incapazes, divórcio e separação consensuais etc. Aqui não há lide nem partes, mas apenas um negócio jurídico- -processual envolvendo o juiz e os interessados.</p><p>JURISDIÇÃO CIVIL</p><p>Art. 16</p><p>Seu âmbito é delineado por exclusão, de forma que a jurisdição civil</p><p>se apresenta com a característica da generalidade. Aquilo que não couber na jurisdição penal e nas jurisdições especiais será alcançado pela jurisdição civil,41 pouco importando que a lide verse sobre direito material público (constitucional, administrativo etc.) ou privado (civil ou comercial).</p><p>REQUISITOS DE ADMISSÃO</p><p>· Interesse / legitimidade (17)</p><p>No que se refere ao artigo 17 do cpc, o interesse também chamado de interesse de agir, relaciona-se com a necessidade e utilidade da providência jurisdicional solicitada e com a adequação do meio utilizado para a solução do conflito.</p><p>A legitimidade é requisito também de admissibilidade identificada no âmbito subjetivo da demanda, ou seja, é indispensável que os sujeitos da demanda estejam em determinada situação jurídica que lhes autorizem a conduzir o processo no qual discute o direito material.</p><p>· Adequação</p><p>Esse é um requisito objetivo, segundo o qual o recurso a ser interposto tem que ser um recurso adequado. Ou seja, a parte deve verificar qual é o tipo de decisão proferida da qual se quer recorrer, o motivo da decisão, e interpor aquele que seja o recurso adequado para o seu caso. Em matéria recursal, no processo civil, a parte não tem a possibilidade de escolher qual recurso interpor. Portanto, para cada decisão proferida, há um recurso adequado para impugná-la.</p><p>· Tempestividade</p><p>Também é um requisito objetivo, segundo o qual o recurso deve ser interposto dentro do prazo legal. Logo, se ele não for interposto dentro desse prazo, será considerado um recurso intempestivo e, consequentemente, inadmissível.</p><p>· Preparo</p><p>Os recursos, como regra, exigem um pagamento de custas para serem interpostos. Dessa forma, para cada vez que a parte interpõe um recurso, ela deve pagar as custas referentes àquele recurso. No mais, as custas têm que ser pagas antes da interposição do recurso e comprovadas no ato da interposição do recurso</p><p>· Ausência de causa impeditiva ou extintiva do direito de recorrer</p><p>Basicamente, a desistência e a renúncia são causas que impedem o conhecimento do recurso.A renúncia é prévia. Ou seja, deve ocorrer antes da interposição do recurso. Pode ser expressa, quando a parte declara expressamente que renuncia ao seu direito de recorrer. Dessa forma, ao peticionar renunciando ao recurso, tem-se uma causa impeditiva do direito que a parte tem de recorrer. Mas também pode ser tácita, quando há a prática de um ato incompatível com o direito de recorrer, a exemplo do imediato cumprimento da obrigação e pedido de extinção do feito.Ademais, como dispõe o art. 999 do CPC, "a renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte".A desistência, por sua vez, é posterior à interposição do recurso, e, por isso mesmo, deve ser expressa. A desistência pode ser feita até o momento que antecede o início do julgamento do recurso: até esse momento, a parte pode desistir. Também não é necessária a anuência do recorrido para que o recorrente desista.</p><p>· Interesse processual</p><p>É um requisito subjetivo. Enquanto a legitimidade é aferida em tese (independentemente do resultado ou do conteúdo da decisão), é preciso fazer uma análise em concreto para verificar se há interesse, a fim de identificar se aquele recurso pode colocar a parte em uma situação processual melhor do que a que ela tinha com a decisão da qual se pretende recorrer. Em outras palavras, deve ser analisado se há a possibilidade de a situação da parte interessada ficar melhor com o recurso do que estava antes dele. Se sim, há interesse processual.</p><p>· Regularidade formal</p><p>Diz respeito à regularidade na interposição do recurso – observância de formalidades exigidas pela lei para a sua interposição. Alguns recursos têm formalidades genéricas, e outros formalidades específicas.Como regra, há a interposição do recurso por petição escrita, acompanhada das razões recursais. Na petição, há a fundamentação do recurso, justificando-se os motivos pelos quais a parte entende que a decisão está equivocada e que, por isso, deve ser reformada/anulada.</p><p>LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL</p><p>Os limites da jurisdição nacional podem ser divididos em jurisdição concorrente e exclusiva. Em ambas, os juízes brasileiros atuam, mas no primeiro caso, se o juiz estrangeiro julgar a lide, admite-se a utilização da sentença estrangeira no Brasil. No segundo caso, a sentença estrangeira será ineficaz.</p><p>· Jurisdição concorrente</p><p>Refere-se às matérias em que se admite atuação tanto da jurisdição civil brasileira (regra) como da jurisdição civil internacional (exceção). Isso significa que o processo pode correr tanto no Brasil como no exterior, mas sendo a jurisdição internacional excepcional, para a sentença ter validade no território brasileiro, ela deve ser homologada pelo STJ.</p><p>As normas que regulam a jurisdição internacional concorrente estão dispostas nos artigos 24 e 25 do CPC, e dizem o que segue:</p><p>Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.</p><p>Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.</p><p>Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.</p><p>§ 1º Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo.</p><p>§ 2º Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1º a 4º (mesmo procedimento da alegação de incompetência absoluta ou relativa).</p><p>Explicação:</p><p>Conforme a leitura dos artigos acima colacionados, podem surgir situações nas quais um mesmo processo seja simultaneamente proposto perante a jurisdição brasileira e a estrangeira. Nesses casos, ambos os processos podem tramitar regularmente até a decisão final, sem que seja configurada litispendência, mas será aplicada a sentença que transitar em julgado primeiro.</p><p>Isso significa que, se o processo que tramita no Brasil transita em julgado, o procedimento de homologação é extinto sem julgamento de mérito por configurar litispendência (apenas após o trânsito em julgado de um dos processos). No caso da sentença estrangeira, sendo ela homologada pelo STJ, o processo em trâmite no Brasil também é extinto sem julgamento de mérito, pelas mesmas razões.</p><p>Exceções:</p><p>Há duas exceções à regra explicada acima:</p><p>1. Tratado internacional ou acordo bilateral: se entre o país estrangeiro e o Brasil houver um tratado internacional ou acordo bilateral, atribuindo regras de prevenção da competência para algum dos países, a competência passa a ser exclusiva, de acordo com os termos do acordo, não podendo tramitar ambas as ações ao mesmo tempo.</p><p>2. Eleição de foro: se as partes elegeram um país para exercer a jurisdição sobre possíveis conflitos, desde que alegue a cláusula de eleição, a competência deixa de ser concorrente e passa a prevalecer o que foi definido pelas partes.</p><p>· Jurisdição Exclusiva</p><p>Refere-se a matérias que, por estarem ligadas à soberania nacional, admitem exclusivamente atuação da jurisdição civil brasileira. Nem mesmo a homologação da sentença ou a cláusula de eleição de foro farão a sentença estrangeira produzir efeitos no Brasil.</p><p>Hipóteses de Jurisdição Exclusiva</p><p>Dispositivos legais:</p><p>As hipóteses de jurisdição exclusiva estão dispostas no artigo 23 do CPC, e são as que seguem:</p><p>Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, COM EXCLUSÃO DE QUALQUER OUTRA:</p><p>I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;</p><p>II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, AINDA QUE o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;</p><p>III – em</p><p>divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, AINDA QUE o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.</p><p>Explicação:</p><p>· Ações relativas a imóveis situados no Brasil: no caso de bens imóveis aqui situados, a competência será sempre brasileira.</p><p>· Inventário e de partilha de bens situados no Brasil, mesmo que o falecido seja estrangeiro ou residisse fora do Brasil: em uma sucessão, independentemente da nacionalidade ou residência do falecido, o processo de inventário e partilha dos bens móveis ou imóveis situados no Brasil, aqui deve correr.</p><p>· Partilha de bens para divórcio ou dissolução de união estável quando envolver bens (móveis ou imóveis) situados no Brasil, mesmo que o titular dos bens seja estrangeiro ou tenha domicílio fora do Brasil: mesma regra da sucessão.</p><p>Obs.: Sucessão de bens estrangeiros:</p><p>O inciso XXI, do art. 5º da CF, que estabelece que “a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do ‘de cujus’”. A regra prevista na Constituição é de direito material, portanto, não altera a jurisdição brasileira, uma vez que o magistrado brasileiro será sempre competente para julgar essa demanda, mas ele poderá aplicar a lei brasileira ou a lei estrangeira, dependendo de qual for mais favorável para os filhos e cônjuge do falecido.</p><p>COOPERAÇÃO INTERNACIONAL</p><p>A cooperação jurídica internacional - uma das maiores novidades do Novo CPC - é instrumento jurídico através do qual um Estado pede ao outro que execute decisão sua ou profira decisão própria sobre litígio que tem lugar em seu território.</p><p>Os pedidos de cooperação jurídica internacional, quando têm por objeto atos que não exijam juízo de deliberação pelo STJ (ainda que levem impropriamente o nome de "carta rogatória"), são revolvidos pelo próprio Ministério da Justiça, sem exequatur do STJ.</p><p>Observações importantes:</p><p>· A cooperação jurídica internacional prestada a Estados estrangeiros poderá ser executada através de procedimentos administrativos ou judiciais.</p><p>· Os pedidos de cooperação jurídica internacional serão executados pelos seguintes meios:</p><p>→Na cooperação jurídica internacional o controle deve ser realizado pelo Ministério da Justiça.</p><p>O Novo CPC esclarece, ainda, que a cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira</p><p>PROCESSO</p><p>A prestação jurisdicional para ser posta à disposição da parte subordina-se ao estabelecimento válido da relação processual, que só será efetivo quando se observarem certos requisitos formais e materiais, que recebem, doutrinariamente, a denominação pressupostos processuais.</p><p>Os pressupostos são aquelas exigências legais sem cujo atendimento o processo, como relação jurídica, não se estabelece ou não se desenvolve validamente. E, em consequência, não atinge a sentença que deveria apreciar o mérito da causa. São, em suma, requisitos jurídicos para a validade da relação processual. São, pois, requisitos de validade do processo.</p><p>Doutrinariamente, os pressupostos processuais costumam ser classificados em:</p><p>(a)pressupostos de existência (ou mais adequadamente, pressupostos de constituição válida), que são os requisitos para que a relação processual se constitua validamente; e</p><p>(b)pressupostos de desenvolvimento, que são aqueles a ser atendidos, depois que o processo se estabeleceu regularmente, a fim de que possa ter curso também regular, até a sentença de mérito ou a providência jurisdicional definitiva.100</p><p>Os pressupostos de existência válida ou de desenvolvimento regular do processo são, por outro lado, subjetivos e objetivos.</p><p>Os subjetivos relacionam-se com os sujeitos do processo: juiz e partes. Compreendem:</p><p>(a)a competência do juiz para a causa;</p><p>(b)a capacidade civil das partes;</p><p>(c)sua representação por advogado.</p><p>Além de competente, isto é, de estar investido na função jurisdicional necessária ao julgamento da causa, não deve haver contra o juiz nenhum fato que o torne impedido ou suspeito (CPC, arts. 144 e 148) (ver adiante os itens 301 e 302).</p><p>Os objetivos relacionam-se com a forma procedimental e com a ausência de fatos que impeçam a regular constituição do processo, segundo a sistemática do direito processual civil. Compreendem:</p><p>(a)a demanda do autor e a citação do réu, porque nenhum processo pode ser instaurado sem a provocação da parte interessada (CPC/2015, art. 2º); de modo que, na demanda, se tem um pressuposto causal necessário;101 e porque a citação do réu é ato essencial à validade do processo (CPC/2015, art. 239);102</p><p>(b)a observância da forma processual adequada à pretensão (CPC/2015, arts. 16 e 318);</p><p>(c)a existência nos autos do instrumento de mandato conferido a advogado (CPC/2015, art. 103);103</p><p>(d)a inexistência de litispendência, coisa julgada, convenção de arbitragem, ou de inépcia da petição inicial (CPC/2015, arts. 485, V e VII, e 330, I);</p><p>(e)a inexistência de qualquer das nulidades previstas na legislação processual (CPC/2015, arts. 276 a 283).</p><p>→ Prestação jurisdicional e tutela jurisdicional</p><p>Importante é a distinção entre tutela jurisdicional e prestação jurisdicional. A primeira implica essencialmente a efetiva proteção e satisfação do direito. A segunda consiste mais propriamente no serviço judiciário, que se instrumentaliza por meio do processo para a solução da lide.</p><p>COMPETENCIA (Arts. 42 - 69 cpc)</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Quando se fala em competencia se fala em divisão do trabalho judiciario. Ou seja, cada tribunal ira trabalhar dentro do das limitações legais. Ira existir uma carta maior, uma lei fundamental que faça essa distribuição, sendo a constituição.</p><p>Para saber da competencia, é preciso relbrar o poder judiciário. Sendo esse dividido em executivo: administrativa e executiva, llegislativo: criar leis, e judiciario: função de julgar, solucionar conflitos. Cada poder terá sua funcao tipica, inerente aquele poder e tambem as atipicas.</p><p>Cada juiz e tribunal terá as suas competencias ou atribuições.</p><p>· STF</p><p>· STJ</p><p>· TSE</p><p>· TST</p><p>· TRT</p><p>· TJ</p><p>· TRF</p><p>· TJM</p><p>· STM</p><p>CONCEITO DE COMPETÊNCIA</p><p>De acordo com a doutrina processual, a competência sao os limites dentro dos quais cada juizo pode de forma legítima exercer a função jurisdicional. Em outras palavras, a competência confere a legitimidade do orgão jurisdicional para atuar em um processo, devendo ser compreendida como sua específica aptidão para o exercício da função jurisdicional naquele processo especifico, que perante ele tem instaurado.</p><p>Ainda, na esfera doutrinária, pode-se dizer qie a competência é uma parcela da jurisdição, dada a cada juiz, ou seja, é a parte da jurisdição atribuída na area geográfica e o setor do direito que vai atuar, podendo assim, emitir suas decisões. A competencia é a medida da jurisdicao, sendo ela a divisao do trabalho jurisdicional.</p><p>Insistindo no conceito de competencia, pode-se dizer ainda que a competência é a demarcação dos limites em que cada juizo pode atuar, nao se tratando de quantidade mas de limites legais em que cada orgao pode exercer de forma legitima a função jurisdicional.</p><p>PRINCÍPIOS</p><p>Para a competenxia existem 3 principiow importantes.</p><p>1. Principio do juiz natural. Cada tribunal irá atuar na sua competência. Art. 5 inciso 53 e 37</p><p>2. Competencia sobre a competencia. O magistrado pela atribuicao legal de sua competencia pode afirmar se ele é competente ou não.</p><p>3. Principio da perpetuação da competência. No momento em que se provoca o judiciario aquele juiz que toma conhecimento primordial da causa, logo, aquele juiz, em regra, sera quem vai julgar. Ou seja, o juiz que inicia o processo, sera ele quem irá julgar e terminar. Ou seja, perpetua a competência a partir da petição inicial protocolada.</p><p>DISPOSITIVOS INTRODUTÓRIOS</p><p>Art. 42 - 44 cpc</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>· .</p><p>· .</p><p>· .</p>