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<p>Esquistossomose Mansônica</p><p>Schistosoma mansoni Ocorre na África, Antilhas (ilhas</p><p>A. Central) e América da Sul</p><p>Infecção é denominada esquistossomose</p><p>mansônica ou intestinal, pela localização</p><p>dos parasitos nas vênulas do plexo</p><p>hemorroidário superior e os ramos mais</p><p>finos das veias mesentéricas</p><p>(mesentérica inferior). SISTEMA PORTA.</p><p>- No Brasil, a doença é conhecida popularmente por xistossomose,</p><p>doença-dos-caramujos, moléstia de Pirajá da Silva (Bahia 1907-1908),</p><p>barriga d‘água. Manson - Sambon (Europa) Lutz (ciclo – Brasil)</p><p>- Gênero Biomphalaria (moluscos de água doce) - hospedeiros</p><p>intermediários do Schistosoma mansoni.</p><p>MORFOLOGIA – o estudo da morfologia deste parasita deve ser feito</p><p>observando suas fases evolutivas</p><p>Macho Mede 1 cm, cor esbranquiçada, corpo dividido em 2 porções</p><p>Fêmea Mede 1,5 cm, cor mais escura (sg semi digerido), corpo dividido em</p><p>2 porções anterior e corpo</p><p>Ovo Mede 150 X 60 μm, oval e apresenta lateralmente um espículo</p><p>voltado para trás. MADURO - miracídio</p><p>Miracídio Cilíndrico e ciliado</p><p>Esporocisto – tipo formado à partir da penetração miracídio no molusco</p><p>Cercária mede 500 μm, possuem 2 ventosas oral e ventral, corpo e</p><p>cauda bifurcada (vivem cerca de 8 a 12 horas ou um pouco mais)</p><p>Esquistossômulo Forma intermediária entre a cercária e forma adulta</p><p>ADULTOS</p><p>ventosas</p><p>Ovo</p><p>Miracídio (larva)</p><p>Cercária (larva)</p><p>TRANSMISSÃO</p><p>• Através da penetração ativa das cercárias na pele e</p><p>mucosas</p><p>Áreas mais atingidas pés e pernas</p><p>Locais de maior transmissão valas de irrigação,</p><p>açudes, pequenos córregos etc</p><p>CICLO BIOLÓGICO (heteroxênico)</p><p>HABITAT: vermes adultos vivem no sistema porta</p><p>vida média – 5 anos (pode ser maior)</p><p>Esporocistos → cercárias</p><p>Se os esquistossômulos</p><p>não forem destruídos na pele</p><p>ganham circulação - sistema</p><p>porta – vermes adultos</p><p>Miracídio → esporocisto</p><p>40-60 dias depois infecção - ovos</p><p>PATOGENIA</p><p>As alterações patológicas no hospedeiro definitivo são decorrentes:</p><p>• Ação mecânica resultante da migração dos parasitas pelos tecidos</p><p>• Reação do organismo ao parasita</p><p>• Secreção e excreção de substâncias antigênicas pelo parasita</p><p>FASE AGUDA</p><p>- Alterações cutâneas – local penetração cercária</p><p>- Alterações gerais – febre, linfadenopatia e urticária.</p><p>FASE CRÔNICA (dilatação veias, hipertensão portal e alterações</p><p>hemodinâmicas)</p><p>- Fibrose periportal – hipertensão sistema porta</p><p>- Ascite (acúmulo líquido – cav. abdominal) e</p><p>Hepatoesplenomegalia, Edema perif.</p><p>(alterações hemodinâmicas)</p><p>- Forma cadiopulmonar</p><p>- Formação granulomas em torno ovos parasita (como ovo vai outro lugar???)</p><p>Formação de granuloma, no fígado humano, em torno de ovo</p><p>de Schistosoma mansoni. Coloração: hematoxilina e eosina.</p><p>DIAGNÓSTICO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA</p><p>- Aspectos epidemiológicos – distribuição geográfica</p><p>- Clínico</p><p>- Laboratorial (parasitológico e não parasitológico)</p><p>• Parasitológico – pesquisa - encontro de ovos do parasita nas fezes ou</p><p>tecidos</p><p>Exame de fezes</p><p>Hoffman ou Lutz (sedimentação espontânea) e centrifugação</p><p>Kato-Katz (quantitativo - concentração por tamização)</p><p>Biópsia ou raspagem da mucosa retal</p><p>Kato-Katz</p><p>Hoffman</p><p>cerca 42 mg fezes 1/23 ou 1/24 de 1 grama</p><p>• Não parasitológicos</p><p>- Intradermo-reação (hipersensibilidade tipo I – Ag verme</p><p>adulto) – 15 a 20 minutos – pápula - Não tem sido utilizada</p><p>na prática</p><p>- Testes sorológicos – pesquisa Acs</p><p>Hemaglutinação indireta</p><p>IFI</p><p>ELISA (anticorpos ou antígenos)</p><p>- Moleculares: PCR – controle cura, pacientes com baixa</p><p>carga parasitária</p><p>(uso limitado)</p><p>FIM</p>