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<p>RELATÓRIO DE PRÁTICA 01</p><p>Nome e matrícula</p><p>Maura Jussara de Almeida</p><p>Matricula: 01432014</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS: Citologia Clínica</p><p>DADOS DO(A) ALUNO(A):</p><p>NOME: Maura Jussara de Almeida MATRÍCULA: 01432014</p><p>CURSO: Farmácia POLO: Palmas</p><p>PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Caio Maia</p><p>TEMA DE AULA: COLETA GINECOLÓGICA E ELEMENTOS CELULARES</p><p>RELATÓRIO:</p><p>1. COLETA DO MATERIAL CÉRVICO-VAGINAL</p><p>A. Qual é o procedimento correto para a coleta do material cérvico-vaginal e quais</p><p>são os instrumentos utilizados?</p><p>1. Preparação do Ambiente:</p><p>o Assegure-se de que o ambiente esteja limpo e bem iluminado.</p><p>o Prepare todos os materiais e instrumentos necessários.</p><p>o Peça à paciente que se coloque na posição ginecológica (deitada com</p><p>as pernas afastadas e os pés apoiados em estribos).</p><p>2. Higienização das Mãos:</p><p>o Lave bem as mãos e use luvas estéreis para evitar contaminação.</p><p>3. Inspeção da Região:</p><p>o Examine externamente a área genital para verificar se há sinais de</p><p>infecção ou outras anormalidades.</p><p>4. Introdução do Espéculo:</p><p>o Utilize um espéculo, que é um instrumento metálico ou plástico usado</p><p>para dilatar a vagina e permitir a visualização do colo do útero.</p><p>o Lubrifique o espéculo com um gel lubrificante à base de água, se</p><p>necessário, para facilitar a inserção.</p><p>o Insira o espéculo cuidadosamente na vagina, ajustando-o para obter</p><p>uma boa visualização do colo do útero.</p><p>5. Coleta da Amostra:</p><p>o Utilize uma espátula de Ayre (também chamada de espátula de</p><p>Cervical) para coletar células da superfície do colo do útero. A espátula</p><p>é geralmente feita de madeira ou plástico e tem uma extremidade em</p><p>forma de "lâmina" para raspar as células.</p><p>o Além da espátula, pode-se usar uma escova cérvico-vaginal (ou</p><p>escova de Pap) para coletar células da região endocervical (canal do</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>colo do útero). A escova é girada suavemente para garantir a coleta de</p><p>células suficientes.</p><p>6. Preparação da Amostra:</p><p>o Coloque a amostra coletada na lâmina de vidro ou no frasco de</p><p>preservação (se o exame for em meio líquido). Se usar um frasco de</p><p>preservação, agite-o conforme as instruções do fabricante para garantir</p><p>que as células estejam bem misturadas.</p><p>7. Remoção do Espéculo:</p><p>o Retire o espéculo cuidadosamente, mantendo a posição para evitar</p><p>desconforto à paciente.</p><p>8. Após a Coleta:</p><p>o Descarte os instrumentos e luvas de maneira adequada.</p><p>o Informe a paciente sobre os cuidados pós-coleta e os próximos passos.</p><p>Instrumentos Utilizados</p><p> Espéculo: Pode ser metálico ou plástico e é utilizado para dilatar a vagina e</p><p>visualizar o colo do útero.</p><p> Espátula de Ayre: Usada para raspar células da superfície do colo do útero.</p><p> Escova Cérvico-Vaginal: Usada para coletar células do canal endocervical.</p><p> Lâmina de Vidro ou Frasco de Preservação: Para colocar a amostra</p><p>coletada e enviar para análise.</p><p>A técnica pode variar ligeiramente dependendo do protocolo do local de atendimento</p><p>e das diretrizes específicas do exame.</p><p>B. Quais são os critérios de qualidade para a amostra de material cérvico-vaginal</p><p>coletada e como isso pode influenciar o diagnóstico final?</p><p>1. Adequada Quantidade de Células:</p><p>o Critério: A amostra deve conter um número suficiente de células do</p><p>colo do útero para realizar uma análise precisa. Isso inclui células da</p><p>superfície do colo (exocervicais) e do canal endocervical</p><p>(endocervicais).</p><p>o Impacto no Diagnóstico: Amostras com poucas células podem levar</p><p>a resultados insatisfatórios ou a uma falsificação de negativos,</p><p>resultando na necessidade de uma nova coleta.</p><p>2. Adequada Representatividade da Amostra:</p><p>o Critério: A amostra deve representar bem a área a ser examinada,</p><p>capturando células de diferentes regiões do colo do útero.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>o Impacto no Diagnóstico: Uma amostra que não representa bem a</p><p>área pode perder anomalias ou alterações celulares importantes,</p><p>prejudicando a detecção de condições como displasia ou câncer.</p><p>3. Preservação Adequada:</p><p>o Critério: Se a amostra for colocada em um frasco de preservação, ele</p><p>deve estar bem fechado e o líquido preservador deve estar na</p><p>quantidade e qualidade recomendadas.</p><p>o Impacto no Diagnóstico: A preservação inadequada pode levar à</p><p>deterioração das células, comprometendo a análise microscópica e</p><p>podendo resultar em diagnósticos imprecisos.</p><p>4. Correto Processamento da Amostra:</p><p>o Critério: A amostra deve ser processada e fixada corretamente,</p><p>especialmente se estiver em lâmina de vidro. O método de fixação e a</p><p>rapidez no processamento são cruciais.</p><p>o Impacto no Diagnóstico: O processamento inadequado pode levar à</p><p>degradação ou distorção das células, dificultando a identificação de</p><p>alterações patológicas.</p><p>5. Ausência de Contaminação:</p><p>o Critério: A amostra deve estar livre de contaminantes, como fluidos</p><p>vaginais, sangue ou secreções que não pertencem ao colo do útero.</p><p>o Impacto no Diagnóstico: Contaminação pode interferir na</p><p>interpretação dos resultados, levando a falsas leituras ou a</p><p>necessidade de repetição do exame.</p><p>6. Técnica de Coleta Adequada:</p><p>o Critério: A coleta deve ser realizada com a técnica correta, usando os</p><p>instrumentos apropriados e garantindo que as células sejam coletadas</p><p>de todas as áreas relevantes.</p><p>o Impacto no Diagnóstico: Técnicas inadequadas podem resultar em</p><p>uma amostra insuficiente ou mal representada, afetando a capacidade</p><p>de detectar alterações celulares ou patológicas.</p><p>Influência no Diagnóstico Final</p><p> Precisão do Diagnóstico: Uma amostra de alta qualidade facilita a</p><p>identificação precisa de condições como infecções, alterações celulares</p><p>benignas ou malignas, e câncer cervical.</p><p> Falsos Negativos e Positivos: Amostras de baixa qualidade podem</p><p>aumentar o risco de resultados falso-negativos (não detectar uma condição</p><p>presente) ou falso-positivos (indicar uma condição inexistente), levando a</p><p>diagnósticos errôneos e tratamento inadequado.</p><p> Necessidade de Repetição: Amostras inadequadas podem necessitar de</p><p>repetição do exame, o que pode atrasar o diagnóstico e tratamento e causar</p><p>desconforto adicional à paciente.</p><p>Garantir a alta qualidade da amostra é essencial para a precisão do diagnóstico e</p><p>para o manejo eficaz da saúde da paciente. É importante que os profissionais de</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>saúde sigam rigorosamente os protocolos de coleta e processamento para minimizar</p><p>erros e maximizar a confiabilidade dos resultados.</p><p>C. Descreva as características visuais observadas em cada uma das regiões</p><p>anatômicas do colo uterino durante o exame.</p><p>Durante o exame ginecológico do colo uterino, é possível observar diferentes</p><p>características visuais em várias regiões do colo do útero. A inspeção visual é uma</p><p>parte crucial do exame e ajuda na identificação de alterações patológicas. Aqui está</p><p>uma descrição das características visuais observadas em cada uma das regiões</p><p>anatômicas do colo uterino:</p><p>1. Região Exocervical (Superfície Externa do Colo do Útero)</p><p> Epitélio Escamoso: A superfície externa do colo do útero, visível através do</p><p>espéculo, é revestida por epitélio escamoso estratificado. Normalmente, esta</p><p>área tem uma cor rosada e uma textura relativamente lisa.</p><p> Aspecto Normal: O epitélio escamoso tem uma aparência uniforme, sem</p><p>lesões ou irregularidades visíveis. A superfície pode ter pequenas glândulas</p><p>(nódulos de Naboth) que são normais e não indicam patologia.</p><p> Alterações Patológicas:</p><p>o Ectopia (Cervicite): Pode aparecer como áreas vermelhas ou</p><p>inflamatórias, com uma superfície irregular ou ulcerada.</p><p>o Lesões Precoces ou Cancerígenas:</p><p>Áreas brancas (leucoplasia),</p><p>vermelhas (ectopia), ou úlceras podem ser observadas, indicando</p><p>alterações potencialmente malignas.</p><p>2. Região Endocervical (Canal Endocervical)</p><p> Epitélio Cilíndrico Simples: O canal endocervical é revestido por epitélio</p><p>cilíndrico simples. Normalmente, a área interna do canal é mais lisa e pode</p><p>ser mais rosada ou avermelhada em comparação com a superfície externa.</p><p> Aspecto Normal: O epitélio cilíndrico é uniforme, com mucosa rosa pálido e</p><p>sem alterações visíveis.</p><p> Alterações Patológicas:</p><p>o Ectropião (Ectopia Endocervical): A mucosa endocervical pode se</p><p>estender para fora do canal, aparecendo vermelha e inflamada.</p><p>o Lesões: Presença de massas, como pólipos endocervicais ou áreas de</p><p>sangramento, pode ser observada, indicando possíveis anomalias ou</p><p>infecções.</p><p>3. Orifício Cervical Externo (External Os)</p><p> Aspecto Normal: O orifício cervical externo, onde o colo do útero se abre</p><p>para a vagina, geralmente tem uma aparência pequena e arredondada em</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>mulheres que nunca tiveram filhos (nullíparas) ou mais elíptica em mulheres</p><p>que tiveram filhos (multíparas).</p><p> Alterações Patológicas:</p><p>o Ectropião: A mucosa do canal pode ser visível no orifício cervical</p><p>externo, apresentando uma aparência vermelha e inflamada.</p><p>o Lesões e Ulceras: Presença de lesões, úlceras ou sangramentos ao</p><p>redor do orifício podem indicar patologia significativa, como infecção ou</p><p>câncer.</p><p>4. Zona de Transformação</p><p> Localização: A zona de transformação é a área onde o epitélio escamoso se</p><p>encontra com o epitélio cilíndrico, e é uma área crítica para a detecção de</p><p>alterações celulares.</p><p> Aspecto Normal: Pode parecer uma linha ou área de transição entre os dois</p><p>tipos de epitélio, sem alterações significativas.</p><p> Alterações Patológicas:</p><p>o Lesões Precoces: Mudanças na coloração, presença de áreas</p><p>brancas ou vermelhas, ou irregularidades podem indicar displasia ou</p><p>outras alterações celulares precoces.</p><p>Conclusão</p><p>Durante o exame ginecológico, é fundamental observar essas regiões com atenção</p><p>para identificar quaisquer alterações que possam indicar condições patológicas.</p><p>Cada região do colo do útero tem características normais e patológicas distintas que</p><p>ajudam a diagnosticar condições como inflamações, lesões benignas, e câncer</p><p>cervical. A correta interpretação dessas características é essencial para um</p><p>diagnóstico preciso e para o planejamento de um tratamento adequado.</p><p>D. Descreva as técnicas de fixação e coloração do material cérvico-vaginal para</p><p>análise microscópica.</p><p>A fixação e coloração do material cérvico-vaginal são etapas críticas para a</p><p>análise microscópica, ajudando a preservar e destacar as células para uma</p><p>avaliação precisa. Aqui estão as principais técnicas utilizadas:</p><p>1. Fixação do Material</p><p>A fixação é um processo essencial para preservar as células e tecidos na condição</p><p>em que foram coletados. Existem duas técnicas principais de fixação para amostras</p><p>de material cérvico-vaginal:</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Fixação com Spray (Fixação em Lâmina)</p><p> Método: Após a coleta das células com uma espátula de Ayre ou uma escova</p><p>cérvico-vaginal, a amostra é espalhada uniformemente sobre uma lâmina de</p><p>vidro. Em seguida, um fixador em spray (geralmente à base de álcool) é</p><p>aplicado sobre a lâmina.</p><p> Objetivo: O fixador rapidamente preserva as células e evita que elas se</p><p>degradem antes da análise.</p><p> Vantagens: Método rápido e fácil de realizar no consultório. É ideal para</p><p>análises imediatas e pode ser usado para técnicas de coloração</p><p>convencionais.</p><p>Fixação em Frasco (Método de Preservação Líquida)</p><p> Método: A amostra coletada é colocada em um frasco contendo um líquido</p><p>preservador (como solução de etanol, formalina ou um meio específico para</p><p>preservação celular). A amostra é misturada no líquido para garantir a</p><p>preservação uniforme das células.</p><p> Objetivo: Preservar as células para uma análise posterior, mantendo a</p><p>integridade da amostra por um período mais longo.</p><p> Vantagens: Ideal para análise em laboratório, onde as amostras podem ser</p><p>armazenadas e processadas posteriormente. Permite uma maior flexibilidade</p><p>e precisão na preparação da amostra.</p><p>2. Coloração do Material</p><p>A coloração é crucial para visualizar e distinguir diferentes tipos de células e</p><p>estruturas durante a análise microscópica. As técnicas de coloração mais comuns</p><p>incluem:</p><p>Coloração de Papanicolau (Pap)</p><p> Método: A coloração de Papanicolau é uma técnica de coloração múltipla</p><p>que usa uma série de corantes para destacar diferentes partes das células. A</p><p>amostra é fixada, depois corada em três etapas principais:</p><p>o Corante Azul (Hematoxilina): Destaca os núcleos das células, que</p><p>ficam azul-escuro.</p><p>o Corante Laranja (Eosin): Destaca o citoplasma das células, que fica</p><p>em tons de rosa ou laranja.</p><p>o Corante Verde (Tingimento de Papanicolau): Usado em alguns</p><p>protocolos para evidenciar mais detalhes, especialmente nas células</p><p>epiteliais.</p><p> Objetivo: A coloração de Papanicolau permite a visualização clara das</p><p>células e suas alterações, facilitando a detecção de anomalias como displasia</p><p>e câncer cervical.</p><p> Vantagens: Técnica amplamente usada e confiável para a detecção de</p><p>alterações celulares e patológicas.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Coloração de Giemsa</p><p> Método: Esta técnica usa um corante específico para destacar diferentes</p><p>componentes celulares, como núcleos, citoplasma e grânulos citoplasmáticos.</p><p>O método envolve a imersão da lâmina em uma solução de corante e</p><p>lavagem para remover o excesso.</p><p> Objetivo: A coloração de Giemsa fornece uma visão detalhada das células e</p><p>é útil para a identificação de células inflamatórias e patológicas.</p><p> Vantagens: Útil para análises detalhadas e avaliação de condições</p><p>inflamatórias e infecciosas.</p><p>Resumo</p><p> Fixação:</p><p>o Spray: Método rápido e prático, ideal para análise imediata.</p><p>o Frasco Líquido: Preserva a amostra para análise posterior, permitindo</p><p>armazenamento e processamento flexível.</p><p> Coloração:</p><p>o Papanicolau (Pap): Técnica padrão para avaliação de células</p><p>epiteliais e detecção de alterações patológicas.</p><p>o Giemsa: Proporciona uma visualização detalhada e é útil para</p><p>identificar inflamações e infecções.</p><p>Essas técnicas garantem que as amostras cérvico-vaginais sejam preparadas</p><p>adequadamente para análise microscópica, permitindo a detecção precisa de</p><p>alterações celulares e patológicas.</p><p>2. ELEMENTOS CELULARES</p><p>A. Quais são as principais características morfológicas das células que compõem o</p><p>epitélio escamoso e o epitélio glandular do colo uterino?</p><p>As características morfológicas das células que compõem o epitélio</p><p>escamoso e o epitélio glandular do colo uterino são fundamentais para a avaliação</p><p>de amostras em exames como o Papanicolau. Cada tipo de epitélio tem</p><p>características distintas que ajudam a identificar e distinguir entre as diferentes</p><p>regiões do colo do útero e a detectar alterações patológicas. Aqui está uma</p><p>descrição das principais características morfológicas de cada tipo de epitélio:</p><p>1. Epitélio Escamoso</p><p>O epitélio escamoso é o revestimento externo do colo do útero e é dividido em duas</p><p>principais subcategorias: epitélio escamoso estratificado não queratinizado (presente</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>na superfície externa) e epitélio escamoso queratinizado (mais comum em outras</p><p>áreas, como a pele, mas não no colo uterino).</p><p>Epitélio Escamoso Estratificado Não Queratinizado</p><p> Forma e Tamanho das Células: Células geralmente planas e largas, com</p><p>formato semelhante ao de uma escama. As células mais próximas da</p><p>superfície tendem a ser mais planas e as mais profundas são mais cuboidais</p><p>ou colunare.</p><p> Núcleo: O núcleo é grande, redondo, e central na célula. À medida que as</p><p>células se aproximam da superfície, o núcleo pode se tornar mais pálido e</p><p>menos evidente.</p><p> Citoplasma: O citoplasma é abundantemente claro e pode mostrar alguma</p><p>granularidade. Nas células mais superficiais, o citoplasma pode parecer</p><p>menos volumoso devido à perda de água e desintegração.</p><p> Organização: As células são organizadas em várias camadas, com as</p><p>camadas mais profundas sendo mais cuboidais e as camadas superficiais</p><p>mais planas.</p><p> Aspecto Normal: Superfície lisa e uniforme, sem lesões ou irregularidades</p><p>visíveis.</p><p>Características Patológicas Possíveis:</p><p> Displasia: Alterações na forma e tamanho das células, núcleos aumentados</p><p>e hipercrômicos, e perda da uniformidade das camadas.</p><p> Carcinoma: Presença de células anômalas com núcleos irregulares, aumento</p><p>da mitose, e invasão do tecido subjacente.</p><p>2. Epitélio Glandular</p><p>O epitélio glandular é encontrado no canal endocervical e é responsável pela</p><p>secreção de muco.</p><p>Epitélio Glandular (Epitélio Cilíndrico Simples)</p><p> Forma e Tamanho das Células: Células colunar ou cilíndricas, mais</p><p>alongadas e estreitas em comparação com as células escamosas. Elas</p><p>possuem uma forma mais uniforme e são dispostas em uma única camada.</p><p> Núcleo: O núcleo é geralmente alongado e está localizado na parte basal da</p><p>célula, perto da membrana basal. O núcleo é menos volumoso em</p><p>comparação com as células escamosas.</p><p> Citoplasma: O citoplasma é mais volumoso e pode ser mais basofílico</p><p>(corado em azul) devido à presença de grânulos secretórios e organelas.</p><p> Organização: As células estão organizadas em uma única camada, formando</p><p>um revestimento uniforme ao longo do canal endocervical.</p><p> Aspecto Normal: Superfície uniforme e regularmente distribuída ao longo do</p><p>canal, com um aspecto colunar contínuo.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Características Patológicas Possíveis:</p><p> Ectropião: A mucosa glandular pode aparecer no exocérvix, resultando em</p><p>uma aparência vermelha e inflamada.</p><p> Metaplasia: Alterações no tipo de epitélio, onde células glandulares podem</p><p>se transformar em células escamosas.</p><p> Lesões e Pólipos: Presença de formações anormais como pólipos ou áreas</p><p>de crescimento desordenado.</p><p>Resumo das Características</p><p> Epitélio Escamoso:</p><p>o Forma: Células planas e largas.</p><p>o Núcleo: Grande, redondo, central.</p><p>o Citoplasma: Abundante e claro.</p><p>o Organização: Camadas estratificadas.</p><p> Epitélio Glandular:</p><p>o Forma: Células colunar ou cilíndrica.</p><p>o Núcleo: Alongado, basal.</p><p>o Citoplasma: Volumoso, basofílico.</p><p>o Organização: Camada única.</p><p>A identificação e interpretação dessas características são essenciais para a</p><p>detecção de condições normais e patológicas do colo do útero, auxiliando no</p><p>diagnóstico preciso e no manejo clínico adequado.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>B. Adicione fotos das células do epitélio escamoso e glandular observadas durante o</p><p>exame, destacando suas características distintivas.</p><p>Epitélio Escamoso</p><p>1. Forma das Células: As células são geralmente achatadas e têm uma forma</p><p>de escama ou placa. Na visualização, elas podem parecer mais largas do que</p><p>altas.</p><p>2. Camadas: O epitélio escamoso pode ser simples (uma única camada) ou</p><p>estratificado (várias camadas). No epitélio escamoso estratificado, as</p><p>camadas mais superficiais são planas e as camadas mais profundas são mais</p><p>cuboides ou colunares.</p><p>3. Núcleos: Os núcleos das células escamosas são geralmente achatados e</p><p>localizados centralmente. Em camadas mais superficiais, o núcleo pode</p><p>parecer mais denso ou até ausente devido à desintegração celular.</p><p>4. Localização: O epitélio escamoso estratificado é encontrado em áreas</p><p>sujeitas a abrasão, como a pele (epiderme), o esôfago e a cavidade bucal. O</p><p>epitélio escamoso simples é encontrado em locais onde o transporte de</p><p>substâncias é importante, como nos alvéolos pulmonares e nos glomérulos</p><p>renais.</p><p>Epitélio Glandular</p><p>1. Forma das Células: As células do epitélio glandular podem variar em forma,</p><p>podendo ser cúbicas, colunares ou até mesmo de formas mais complexas</p><p>dependendo da glândula.</p><p>2. Arranjo: As células podem estar organizadas em estruturas tubulares,</p><p>alveolares (saculares) ou em forma de cordões.</p><p>3. Núcleos: Os núcleos são geralmente redondos ou ovais e estão localizados</p><p>centralmente ou de forma uniformemente distribuída nas células.</p><p>4. Função: As glândulas secretoras (exócrinas e endócrinas) são formadas por</p><p>esse tipo de epitélio. As glândulas exócrinas liberam suas secreções para</p><p>superfícies epiteliais externas ou internas (por exemplo, glândulas salivares e</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>sudoríparas), enquanto as endócrinas liberam hormônios diretamente na</p><p>corrente sanguínea (por exemplo, glândulas tireoide e adrenal).</p><p>5. Características Adicionais: Muitas vezes, as glândulas exócrinas possuem</p><p>ductos que conduzem suas secreções para a superfície. As glândulas</p><p>endócrinas, por outro lado, não possuem ductos e liberam suas secreções</p><p>diretamente na corrente sanguínea.</p><p>Se você tiver acesso a um microscópio ou a imagens de tecidos, essas</p><p>características podem ajudá-lo a identificar e distinguir entre os tipos de epitélio. Se</p><p>precisar de mais detalhes ou de uma descrição mais específica, sinta-se à vontade</p><p>para perguntar!</p><p>C. Quais são os estágios maturativos das células escamosas do colo uterino e como</p><p>cada estágio pode ser identificado microscopicamente?</p><p>Os estágios maturativos das células escamosas do colo uterino refletem a</p><p>progressão das células desde a camada basal até a superfície, onde elas são</p><p>eventualmente descartadas. A identificação desses estágios é crucial para avaliar a</p><p>saúde cervical e detectar possíveis anomalias. Aqui está uma descrição detalhada</p><p>dos estágios maturativos das células escamosas e como cada um pode ser</p><p>identificado microscopicamente:</p><p>1. Células Basocelulares (ou Basais)</p><p>Características:</p><p> Forma: Células pequenas e cuboidais.</p><p> Núcleo: Grande, redondo e central. O núcleo ocupa a maior parte do volume</p><p>celular.</p><p> Citoplasma: Relativamente escasso, o citoplasma é escasso e basofílico</p><p>(corado em azul).</p><p> Organização: Localizadas na camada mais profunda do epitélio, aderidas à</p><p>membrana basal.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Identificação Microscópica:</p><p> As células basocelulares são observadas na camada mais inferior do epitélio.</p><p>Elas têm um núcleo grande e um citoplasma pequeno. O padrão basofílico</p><p>intenso do citoplasma é visível em colorações como o Papanicolau.</p><p>2. Células Parabasocelulares</p><p>Características:</p><p> Forma: Células ligeiramente maiores e mais alongadas do que as</p><p>basocelulares.</p><p> Núcleo: Grande, redondo ou ovalado, e ainda central, mas começando a</p><p>apresentar uma relação núcleo/citoplasma mais equilibrada.</p><p> Citoplasma: Um pouco mais abundante e menos basofílico, começando a</p><p>adquirir uma tonalidade mais rosa.</p><p>Identificação Microscópica:</p><p> Localizadas logo acima das células basocelulares, as células</p><p>parabasocelulares têm núcleos grandes e um citoplasma mais visível, com</p><p>uma coloração menos basofílica e mais rósea em comparado às células</p><p>basocelulares.</p><p>3. Células Intermediárias</p><p>Características:</p><p> Forma: Células maiores e mais alongadas em comparação com as células</p><p>basocelulares e parabasocelulares.</p><p> Núcleo: Menor e mais periférico, com uma relação núcleo/citoplasma mais</p><p>equilibrada.</p><p> Citoplasma: Mais abundante, menos basofílico e começa a se tornar mais</p><p>rosa ou cor de laranja.</p><p>Identificação Microscópica:</p><p> As células intermediárias estão localizadas entre as camadas mais profundas</p><p>e superficiais do epitélio. Elas possuem um citoplasma mais</p><p>volumoso e uma</p><p>coloração mais rósea, com núcleos que não são tão proeminentes quanto nas</p><p>células basocelulares e parabasocelulares.</p><p>4. Células Superficiais</p><p>Características:</p><p> Forma: Células largas e achatadas, com bordas irregulares.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p> Núcleo: Pequeno ou ausente. O núcleo é menos proeminente e pode estar</p><p>degenerado ou ausente.</p><p> Citoplasma: Abundante e corado de rosa ou laranja, com uma aparência</p><p>mais fina e homogênea.</p><p>Identificação Microscópica:</p><p> As células superficiais são as mais próximas da superfície do colo do útero e</p><p>são facilmente identificáveis por sua forma achatada e citoplasma abundante.</p><p>O núcleo pode estar ausente ou muito pequeno, e o citoplasma é claramente</p><p>visível e corado de rosa.</p><p>Resumo dos Estágios Maturativos</p><p>1. Células Basocelulares: Pequenas, cuboidais, núcleos grandes e centrais,</p><p>citoplasma escasso e basofílico.</p><p>2. Células Parabasocelulares: Ligeiramente maiores e alongadas, núcleos</p><p>grandes e centrais, citoplasma mais visível e menos basofílico.</p><p>3. Células Intermediárias: Células maiores e mais alongadas, núcleos menores</p><p>e periféricos, citoplasma abundante e cor rosa.</p><p>4. Células Superficiais: Células largas e achatadas, núcleos pequenos ou</p><p>ausentes, citoplasma abundante e cor rosa ou laranja.</p><p>Importância na Análise</p><p> Diagnóstico: A avaliação dos estágios maturativos das células escamosas é</p><p>importante para detectar alterações patológicas. A presença de células</p><p>anômalas, como células escamosas displásicas ou atípicas, pode indicar</p><p>condições patológicas como displasia ou câncer cervical.</p><p> Monitoramento: A análise das células escamosas ajuda no monitoramento</p><p>da saúde cervical e na detecção precoce de alterações que possam exigir</p><p>investigação adicional ou tratamento.</p><p>Estas características e sua identificação são essenciais para uma interpretação</p><p>precisa dos resultados do exame Papanicolau e para a gestão da saúde cervical das</p><p>pacientes.</p><p>D. Quais são os elementos não-epiteliais que podem ser encontrados no colo uterino</p><p>e qual é sua relevância clínica?</p><p>No colo uterino, além das células epiteliais, podem ser encontrados diversos</p><p>elementos não-epiteliais. Esses elementos podem fornecer informações importantes</p><p>sobre o estado de saúde do colo uterino e ajudar no diagnóstico de várias</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>condições. Aqui estão os principais elementos não-epiteliais que podem ser</p><p>encontrados no colo uterino e sua relevância clínica:</p><p>1. Leucócitos</p><p>Características:</p><p> Tipo: Geralmente neutrófilos, mas também podem incluir linfócitos e</p><p>macrófagos.</p><p> Aparência: Células com núcleos segmentados (neutrófilos) ou núcleos</p><p>redondos e grandes (linfócitos). O citoplasma dos neutrófilos é granular,</p><p>enquanto o dos linfócitos é escasso e não granular.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Infecções: A presença de leucócitos pode indicar uma infecção aguda ou</p><p>crônica, como vaginite ou cervicite.</p><p> Inflamação: Pode sugerir uma resposta inflamatória ou uma condição</p><p>inflamatória crônica.</p><p>2. Eritrócitos (Glóbulos Vermelhos)</p><p>Características:</p><p> Tipo: Células sem núcleo, com uma forma arredondada e coloração vermelha</p><p>em preparações coradas.</p><p> Aparência: Presença de glóbulos vermelhos pode ser detectada</p><p>principalmente em amostras com sangue contaminante.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Sangramento: A presença de eritrócitos pode indicar sangramento, que pode</p><p>ser devido a uma lesão, trauma ou distúrbio vascular.</p><p> Lesões: Pode ser um sinal de uma lesão na região cervical ou de uma</p><p>condição que causa sangramento.</p><p>3. Células Inflamatórias</p><p>Características:</p><p> Tipo: Pode incluir células de inflamação crônica, como células plasmáticas.</p><p> Aparência: Células com núcleo grande e citoplasma abundante, evidenciado</p><p>por corantes específicos.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Inflamação Crônica: Presença de células inflamatórias crônicas pode sugerir</p><p>condições como cervicite crônica ou infecções persistentes.</p><p>4. Bactérias e Fungos</p><p>Características:</p><p> Tipo: Patógenos como Trichomonas vaginalis, Candida albicans, ou</p><p>Gardnerella vaginalis podem ser identificados por técnicas especiais de</p><p>coloração e exame microscópico.</p><p> Aparência: Pode variar dependendo do patógeno. Por exemplo, Trichomonas</p><p>é uma protozoário móvel, enquanto Candida aparece como leveduras.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Infecções: A presença de bactérias ou fungos indica infecções infecciosas,</p><p>como vaginose bacteriana, candidíase ou tricomoníase.</p><p> Tratamento: Identificar o patógeno pode guiar o tratamento adequado e</p><p>melhorar os resultados clínicos.</p><p>5. Células Endometriais</p><p>Características:</p><p> Tipo: Células do revestimento interno do útero, que podem aparecer na</p><p>amostra durante o ciclo menstrual.</p><p> Aparência: Células com núcleos grandes e citoplasma abundante,</p><p>geralmente semelhantes às células glandulares endocervicais.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Menstruação: A presença de células endometriais é normal durante o ciclo</p><p>menstrual, mas sua presença fora do período menstrual pode indicar uma</p><p>condição endometrial anômala.</p><p>6. Células Tumorais</p><p>Características:</p><p> Tipo: Células atípicas ou malignas que podem ter núcleos grandes,</p><p>irregulares, e citoplasma abundante.</p><p> Aparência: Células com características anormais, como polimorfismo</p><p>nuclear, aumento da relação núcleo/citoplasma e padrões de crescimento</p><p>desordenados.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 01</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Câncer Cervical: A presença de células tumorais pode indicar câncer cervical</p><p>ou outras neoplasias. A identificação precoce é crucial para o tratamento e</p><p>manejo adequados.</p><p>Resumo</p><p> Leucócitos: Indicadores de inflamação ou infecção.</p><p> Eritrócitos: Indicam sangramento ou trauma.</p><p> Células Inflamatórias: Sugestivas de inflamação crônica.</p><p> Bactérias e Fungos: Indicam infecções infecciosas.</p><p> Células Endometriais: Normal durante a menstruação; presença fora do</p><p>período menstrual pode ser anômala.</p><p> Células Tumorais: Indicadores de câncer cervical ou outras neoplasias.</p><p>Esses elementos não-epiteliais ajudam a construir um quadro clínico abrangente e</p><p>são essenciais para a detecção e diagnóstico de condições patológicas do colo do</p><p>útero. A avaliação desses elementos permite um diagnóstico preciso e um</p><p>planejamento de tratamento adequado</p><p>RELATÓRIO DE PRÁTICA 02</p><p>Nome e matrícula</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS: Citologia Clínica</p><p>DADOS DO(A) ALUNO(A):</p><p>NOME: Maura Jussara de Almeida MATRÍCULA: 01432014</p><p>CURSO: Farmácia POLO: 01432014</p><p>PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Caio Maia</p><p>TEMA DE AULA: CITOLOGIA INFLAMATÓRIA E ALTERAÇÕES PRÉ NEOPLASICAS E</p><p>NEOPLASICAS</p><p>RELATÓRIO:</p><p>1. CITOLOGIA INFLAMATÓRIA</p><p>A. Descreva quais são os principais micro-organismos que podem causar infecções</p><p>no colo uterino, como eles são identificados microscopicamente.</p><p>Infecções no colo uterino podem ser causadas por uma variedade de micro-</p><p>organismos, cada um com características distintas que podem ser identificadas</p><p>microscopicamente. Aqui estão os principais micro-organismos responsáveis por</p><p>infecções cervicais e suas características microscópicas:</p><p>1. Trichomonas vaginalis</p><p>Descrição:</p><p> Tipo: Protozoário</p><p> Aparência: Microscópico e móvel, com um formato de gota ou ovalado.</p><p>Possui flagelos que permitem a movimentação ativa.</p><p> Microscopia:</p><p>o Identificação: Utiliza-se a coloração de Giemsa ou Wright para</p><p>visualizar o protozoário. Trichomonas aparece como um organismo</p><p>móvel com um corpo</p><p>oval e flagelos longos que se movem de forma</p><p>característica.</p><p>o Técnica: Pode ser visualizado em preparações a fresco ou em</p><p>amostras coradas.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Infecção: Tricomoníase, uma infecção sexualmente transmissível (IST) que</p><p>pode causar vaginite, cervicite, e sintomas como secreção vaginal abundante</p><p>e irritação.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>2. Candida albicans</p><p>Descrição:</p><p> Tipo: Fungos (levedura)</p><p> Aparência: Microscópico, geralmente em formas de levedura redonda ou</p><p>oval, e pode formar hifas filamentosas em alguns casos.</p><p> Microscopia:</p><p>o Identificação: Células de levedura aparecem como organismos</p><p>arredondados ou ovais em preparações coradas com o método de</p><p>Gram ou em uma preparação de KOH (hidróxido de potássio). As hifas</p><p>e pseudohifas também podem ser visíveis em preparações coradas.</p><p>o Técnica: O exame a fresco com solução de KOH pode revelar</p><p>leveduras e hifas. A coloração de Gram pode ajudar na visualização</p><p>das células de levedura e filamentos.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Infecção: Candidíase vaginal, que pode causar coceira, secreção espessa e</p><p>branca e inflamação. É uma infecção fúngica comum que pode ocorrer por</p><p>desequilíbrio da flora vaginal.</p><p>3. Gardnerella vaginalis</p><p>Descrição:</p><p> Tipo: Bactéria (bacilo gram-negativo)</p><p> Aparência: Microscópico, aparece como bastonetes curtos e finos.</p><p> Microscopia:</p><p>o Identificação: Normalmente, é detectada em preparações coradas</p><p>com Gram, onde aparece como bastonetes gram-negativos. A</p><p>coloração de Gram mostra a sua presença como bacilos curtos e finos.</p><p>o Técnica: A identificação definitiva pode requerer culturas</p><p>microbiológicas e testes adicionais.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Infecção: Vaginose bacteriana, caracterizada por uma alteração na flora</p><p>vaginal, resultando em secreção vaginal anormal com odor.</p><p>4. Chlamydia trachomatis</p><p>Descrição:</p><p> Tipo: Bactéria intracelular (cocoide gram-negativo)</p><p> Aparência: Microscópico, apresenta corpos elementares e corpos reticulados</p><p>dentro das células epiteliais.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p> Microscopia:</p><p>o Identificação: A visualização direta de Chlamydia é difícil com</p><p>métodos convencionais. Técnicas especiais como imunofluorescência</p><p>ou coloração de Giemsa podem ser usadas para identificar corpos</p><p>elementares. Também é frequentemente detectada por técnicas de</p><p>amplificação de ácido nucleico (NAATs) em laboratório.</p><p>o Técnica: A coloração de Giemsa pode mostrar corpos elementares</p><p>intraceculares, e a amplificação de ácidos nucleicos é o padrão-ouro</p><p>para diagnóstico.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Infecção: Clamídia, uma infecção sexualmente transmissível que pode</p><p>causar cervicite, uretrite, e outras complicações pélvicas.</p><p>5. Neisseria gonorrhoeae</p><p>Descrição:</p><p> Tipo: Bactéria (cocoide gram-negativo)</p><p> Aparência: Microscópico, aparece como diplococos gram-negativos em</p><p>pares.</p><p> Microscopia:</p><p>o Identificação: Detectável por coloração de Gram, onde aparece como</p><p>diplococos gram-negativos. A visualização é geralmente feita com</p><p>métodos de coloração como Gram e é confirmada por culturas e testes</p><p>moleculares.</p><p>o Técnica: Coloração de Gram mostra diplococos em pares e pode ser</p><p>confirmada com cultura bacteriana.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Infecção: Gonorreia, uma infecção sexualmente transmissível que pode</p><p>causar cervicite, uretrite, e, se não tratada, pode levar a complicações como</p><p>doença inflamatória pélvica.</p><p>6. Herpes Simplex Virus (HSV)</p><p>Descrição:</p><p> Tipo: Vírus</p><p> Aparência: Microscópico, provoca alterações celulares como células</p><p>multinucleadas e inclusão intranuclear.</p><p> Microscopia:</p><p>o Identificação: Pode ser visualizado por técnicas especiais como a</p><p>coloração de Giemsa, que pode revelar células gigantes</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>multinucleadas e inclusões intranucleares. Testes de PCR (reação em</p><p>cadeia da polimerase) são frequentemente usados para confirmação.</p><p>o Técnica: A coloração de Giemsa e outras técnicas de coloração</p><p>podem mostrar células alteradas, mas a PCR é mais sensível e</p><p>específica.</p><p>Relevância Clínica:</p><p> Infecção: Herpes genital, uma infecção viral que pode causar úlceras genitais</p><p>dolorosas e é transmitida sexualmente.</p><p>Resumo</p><p> Trichomonas vaginalis: Protozoário móvel, identificado por flagelos e</p><p>mobilidade em preparações coradas.</p><p> Candida albicans: Levedura com possíveis hifas, identificada por colorações</p><p>especiais e preparação de KOH.</p><p> Gardnerella vaginalis: Bacilo gram-negativo, identificado por coloração de</p><p>Gram.</p><p> Chlamydia trachomatis: Bactéria intracelular, identificada por técnicas de</p><p>imunofluorescência ou NAATs.</p><p> Neisseria gonorrhoeae: Diplococo gram-negativo, identificado por coloração</p><p>de Gram.</p><p> Herpes Simplex Virus (HSV): Vírus, identificado por alterações celulares</p><p>específicas e técnicas de PCR.</p><p>A identificação correta desses micro-organismos é crucial para o diagnóstico e</p><p>tratamento adequado das infecções cervicais, melhorando a saúde e bem-estar das</p><p>pacientes.</p><p>B. Adicione fotos dos micro-organismos identificados, destacando suas</p><p>características distintivas.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Como eu não posso adicionar fotos diretamente, vou descrever alguns micro-</p><p>organismos comuns e suas características distintivas que você pode procurar em</p><p>imagens ou em uma análise microscópica. Aqui estão alguns exemplos:</p><p>1. Bactérias</p><p>Cocos:</p><p> Forma: Esférica.</p><p> Exemplos: Streptococcus (cocos em cadeias), Staphylococcus (cocos em</p><p>cachos).</p><p> Características Adicionais: Algumas bactérias podem formar colônias em</p><p>padrões distintos, como cachos ou cadeias.</p><p>Bacilos:</p><p> Forma: Cilíndrica ou bastonete.</p><p> Exemplos: Escherichia coli, Bacillus anthracis.</p><p> Características Adicionais: Podem aparecer como bastonetes simples ou</p><p>formar cadeias ou agrupamentos.</p><p>Espirilos:</p><p> Forma: Espiralada ou helicoidal.</p><p> Exemplos: Spirochaeta.</p><p> Características Adicionais: Possuem uma forma enrolada, o que pode fazer</p><p>com que pareçam um "s" ou uma mola.</p><p>2. Protozoários</p><p>Amebas:</p><p> Forma: Irregular, com pseudópodes.</p><p> Exemplos: Amoeba proteus.</p><p> Características Adicionais: Mudam de forma continuamente devido ao fluxo</p><p>citoplasmático.</p><p>Flagelados:</p><p> Forma: Geralmente oval ou elíptica com flagelos longos.</p><p> Exemplos: Trypanosoma brucei (causador da doença do sono).</p><p> Características Adicionais: Possuem um ou mais flagelos que se estendem</p><p>para fora do corpo celular e ajudam na locomoção.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Ciliados:</p><p> Forma: Geralmente oval ou cilíndrica, coberta por cílios.</p><p> Exemplos: Paramecium caudatum.</p><p> Características Adicionais: A superfície do corpo é coberta por cílios que</p><p>ajudam na locomoção e na alimentação.</p><p>3. Fungos</p><p>Leveduras:</p><p> Forma: Geralmente esférica ou oval.</p><p> Exemplos: Saccharomyces cerevisiae (fermento de padeiro).</p><p> Características Adicionais: Muitas vezes, aparecem como células</p><p>individuais ou em cadeias curtas.</p><p>Bolores:</p><p> Forma: Filamentosos, com micélio ramificado.</p><p> Exemplos: Aspergillus, Penicillium.</p><p> Características Adicionais: Formam colônias que podem ter cores distintas</p><p>e uma textura aveludada ou peluda.</p><p>4. Algas</p><p>Clorófitas (Algas Verdes):</p><p> Forma: Variada, de esférica a filamentosa.</p><p> Exemplos: Chlorella, Spirogyra.</p><p> Características Adicionais: Contêm clorofila e podem aparecer em verde</p><p>devido à pigmentação.</p><p>Diatomeias:</p><p> Forma: Geralmente unicelular com forma de caixa ou "pancake".</p><p> Exemplos: Navicula, Asterionella.</p><p> Características Adicionais: Possuem uma parede celular silicosa que pode</p><p>apresentar padrões ornamentais.</p><p>Dinoflagelados:</p><p> Forma: Geralmente oval ou esférica, com dois</p><p>flagelos.</p><p> Exemplos: Gonyaulax, Alexandrium.</p><p> Características Adicionais: Possuem dois flagelos, um envolto em uma</p><p>"cauda" que ajuda na locomoção e outro livre.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Essas descrições podem ajudar a identificar micro-organismos em imagens</p><p>microscópicas. Para mais informações, você pode procurar imagens específicas de</p><p>cada tipo de micro-organismo em bancos de dados científicos ou livros de</p><p>microbiologia. Se precisar de mais detalhes ou ajuda com algo específico, é só me</p><p>avisar!</p><p>C. Qual é a importância clínica de identificar corretamente os micro-organismos que</p><p>podem causar infestações e infecções no colo uterino?</p><p>Identificar corretamente os micro-organismos que causam infecções no colo</p><p>uterino é crucial por várias razões clínicas:</p><p>1. Tratamento Adequado:</p><p> Antibióticos Específicos: A escolha do tratamento depende do</p><p>agente causador da infecção. Por exemplo, infecções causadas por</p><p>Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae requerem antibióticos</p><p>específicos, enquanto infecções fúngicas por Candida podem ser</p><p>tratadas com antifúngicos. O tratamento inadequado ou não</p><p>direcionado pode resultar em persistência da infecção e complicações</p><p>adicionais.</p><p> Tratamentos Especiais: Infecções virais como a causada pelo HPV</p><p>podem necessitar de abordagens específicas para monitoramento e</p><p>tratamento, incluindo vacinas e procedimentos para tratar lesões</p><p>cervicais.</p><p>2. Prevenção de Complicações:</p><p> Complicações Agudas: Infecções não tratadas ou mal tratadas</p><p>podem levar a complicações como doença inflamatória pélvica (DIP),</p><p>que pode afetar a fertilidade e causar dor crônica.</p><p> Prevenção de Câncer: O HPV está associado ao desenvolvimento de</p><p>câncer cervical. Identificar cepas de alto risco e monitorar as lesões</p><p>pode ajudar na prevenção e na detecção precoce de câncer cervical.</p><p>3. Controle da Transmissão:</p><p> Educação e Prevenção: Identificar corretamente o patógeno permite</p><p>aconselhar os pacientes sobre práticas de prevenção e o manejo</p><p>adequado para evitar a transmissão para parceiros sexuais.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p> Rastreamento de Contatos: Para infecções como a gonorreia e a</p><p>clamídia, é importante identificar e tratar parceiros sexuais para evitar</p><p>reinfecção e disseminação da doença.</p><p>4. Diagnóstico Diferencial:</p><p> Distinção entre Causas: Muitos sintomas de infecção cervical podem</p><p>ser semelhantes (por exemplo, secreção vaginal anormal, dor,</p><p>sangramento), mas as causas podem ser diferentes. Identificar</p><p>corretamente o micro-organismo ajuda a diferenciar entre infecções</p><p>bacterianas, virais, fúngicas e protozoárias.</p><p>5. Monitoramento da Eficácia do Tratamento:</p><p> Resistência a Medicamentos: Em casos de tratamento de infecções</p><p>crônicas ou recorrentes, identificar o micro-organismo é importante</p><p>para monitorar a eficácia do tratamento e detectar possíveis</p><p>resistências a medicamentos.</p><p>6. Impacto na Saúde Pública:</p><p> Prevenção de Epidemias: Identificar e controlar infecções pode</p><p>prevenir surtos e epidemias de doenças sexualmente transmissíveis,</p><p>contribuindo para a saúde pública geral.</p><p>Portanto, uma identificação precisa e o manejo adequado das infecções cervicais</p><p>são essenciais para a saúde reprodutiva da mulher, a prevenção de complicações</p><p>graves e a proteção da saúde pública.</p><p>D. Descreva os micro-organismos observados durante os exames e como eles</p><p>afetam o tecido cervical.</p><p>Durante os exames para diagnóstico de infecções cervicais, diferentes micro-</p><p>organismos podem ser observados, e cada um afeta o tecido cervical de maneiras</p><p>distintas.</p><p>1. Bactérias</p><p>Chlamydia trachomatis</p><p> Observação: No exame microscópico, Chlamydia trachomatis pode ser</p><p>identificada por técnicas de coloração especial, como a coloração de Giemsa,</p><p>ou por métodos moleculares como PCR. No exame de Papanicolau (Pap),</p><p>pode-se observar alterações celulares associadas a infecções por Chlamydia.</p><p> Efeito no Tecido Cervical: Causa inflamação e pode levar a cervicite</p><p>(inflamação do colo do útero). Se não tratada, pode resultar em doença</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>inflamatória pélvica (DIP), o que pode comprometer a fertilidade e causar dor</p><p>crônica.</p><p>Neisseria gonorrhoeae</p><p> Observação: No exame microscópico, Neisseria gonorrhoeae aparece como</p><p>diplococos gram-negativos, geralmente visualizados na coloração de Gram. O</p><p>diagnóstico definitivo é feito com cultura ou PCR.</p><p> Efeito no Tecido Cervical: Causa cervicite gonocócica, resultando em</p><p>inflamação, secreção purulenta e dor. A infecção pode se espalhar para o</p><p>útero e trompas, causando DIP e complicações na fertilidade.</p><p>Mycoplasma genitalium e Ureaplasma urealyticum</p><p> Observação: Estes micro-organismos não possuem parede celular, o que</p><p>dificulta a visualização por coloração de Gram. São identificados por métodos</p><p>moleculares como PCR.</p><p> Efeito no Tecido Cervical: Podem causar cervicite e sintomas semelhantes</p><p>aos causados por Chlamydia e Neisseria, mas o papel clínico exato e a</p><p>frequência de infecções por esses patógenos são menos compreendidos.</p><p>2. Vírus</p><p>Papilomavírus Humano (HPV)</p><p> Observação: Alterações celulares associadas ao HPV, como lesões precoces</p><p>e displasia, são identificadas através de exames citológicos como o</p><p>Papanicolau (Pap). Para diagnóstico direto, são utilizados testes de DNA ou</p><p>RNA.</p><p> Efeito no Tecido Cervical: O HPV pode causar verrugas genitais e</p><p>alterações celulares que precedem o câncer cervical. Infecções persistentes</p><p>com tipos de alto risco podem levar a displasia cervical e câncer cervical</p><p>invasivo se não forem tratadas adequadamente.</p><p>3. Leveduras</p><p>Candida albicans</p><p> Observação: No exame microscópico de secreções vaginais, Candida</p><p>aparece como leveduras redondas com brotos ou hifas, especialmente</p><p>quando coradas com corantes específicos como Azul de Lactofenol ou</p><p>coloração de Gram.</p><p> Efeito no Tecido Cervical: Pode causar cervicite fúngica, resultando em</p><p>inflamação e sintomas como prurido, secreção espessa e dor. Embora</p><p>geralmente não cause complicações graves, a infecção pode ser</p><p>desconfortável e persistente.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>4. Protozoários</p><p>Trichomonas vaginalis</p><p> Observação: No exame microscópico de secreções vaginais, Trichomonas</p><p>vaginalis pode ser identificado como um protozoário flagelado, móvel e de</p><p>formato oval.</p><p> Efeito no Tecido Cervical: Causa tricomoníase, que pode resultar em</p><p>cervicite, inflamação e secreção amarelada ou esverdeada. A infecção pode</p><p>causar desconforto e aumentar a vulnerabilidade a outras infecções</p><p>sexualmente transmissíveis.</p><p>Conclusão</p><p>Cada tipo de micro-organismo causa diferentes tipos de inflamação e alterações no</p><p>tecido cervical. A identificação precisa desses agentes patogênicos é essencial para</p><p>proporcionar o tratamento adequado e prevenir complicações graves, como</p><p>infertilidade, dor crônica e câncer cervical.</p><p>2. ALTERAÇÕES PRÉ NEOPLASICAS E NEOPLASICAS</p><p>A. Descreva as características morfológicas das alterações pré-malignas observadas</p><p>no colo uterino.</p><p>As alterações pré-malignas no colo uterino, frequentemente associadas à</p><p>infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), são identificadas através de exames</p><p>citológicos e histopatológicos. Essas alterações indicam mudanças celulares que</p><p>podem preceder o câncer cervical.</p><p>1. Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC)</p><p>A Neoplasia Intraepitelial Cervical é classificada em três graus, dependendo da</p><p>gravidade das alterações celulares:</p><p>NIC I (Lesão Intraepitelial Cervical de Grau 1)</p><p> Características Morfológicas:</p><p> Células: Alterações mínimas, com apenas uma parte inferior do epitélio</p><p>mostrando anormalidades.</p><p> Núcleos:</p><p>Levemente aumentados e hipercromáticos (mais escuros que</p><p>o normal), com algumas anormalidades na forma.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p> Citosplasma: Normal ou com algumas alterações sutis.</p><p> Distribuição: Alterações restritas à camada basal e parabasal do</p><p>epitélio.</p><p>NIC II (Lesão Intraepitelial Cervical de Grau 2)</p><p> Características Morfológicas:</p><p> Células: Alterações mais evidentes em uma parte significativa do</p><p>epitélio.</p><p> Núcleos: Mais aumentados e hipercromáticos do que em NIC I, com</p><p>formas irregulares e, possivelmente, uma distribuição mais profunda no</p><p>epitélio.</p><p> Citosplasma: Pode mostrar alterações como a redução ou</p><p>irregularidade.</p><p> Distribuição: Atinge até metade da espessura do epitélio.</p><p>NIC III (Lesão Intraepitelial Cervical de Grau 3)</p><p> Características Morfológicas:</p><p> Células: Alterações extensas, afetando a maior parte do epitélio.</p><p> Núcleos: Muito aumentados e hipercromáticos, com formas irregulares</p><p>e evidências de mitoses anormais (divisão celular).</p><p> Citosplasma: Pode estar muito reduzido ou irregular.</p><p> Distribuição: Atinge toda a espessura do epitélio, podendo até invadir</p><p>o estroma subjacente.</p><p>2. Alterações Citológicas no Exame de Papanicolau</p><p>No exame citológico (Papanicolau), as seguintes alterações podem ser observadas:</p><p> Células Atípicas: Células com núcleos grandes, irregulares, hipercromáticos</p><p>e com uma relação núcleo-citoplasma aumentada.</p><p> Células de Koilocitos: Indicativas de infecção por HPV, essas células têm</p><p>núcleos grandes, esparsos e citoplasma com halo claro ao redor, e podem</p><p>mostrar alterações características como vacúolos ou halos citoplasmáticos.</p><p> Presença de Mitoses Anormais: Indicativas de atividade celular</p><p>desregulada.</p><p>3. Características Histopatológicas</p><p> Padrão Arquitetural: Alterações na organização das células epiteliais, com</p><p>formação de papilas ou protrusões, e a presença de áreas de</p><p>desorganização.</p><p> Invasão do Epitélio: Em casos avançados, pode haver invasão dos tecidos</p><p>mais profundos, mas ainda não é considerado câncer invasivo.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Conclusão</p><p>As alterações pré-malignas no colo uterino refletem mudanças significativas nas</p><p>células epiteliais, frequentemente devido à infecção por HPV. Identificar essas</p><p>alterações é crucial para a detecção precoce e o tratamento adequado para prevenir</p><p>a progressão para câncer cervical. A combinação de exames citológicos,</p><p>histopatológicos e, em alguns casos, testes moleculares, permite uma avaliação</p><p>precisa e um manejo adequado das alterações cervicais</p><p>B. Descreva as características morfológicas celulares das neoplasias malignas</p><p>observadas no epitélio escamoso e glandular do colo uterino.</p><p>As neoplasias malignas no colo uterino podem ocorrer tanto no epitélio</p><p>escamoso quanto no glandular, e suas características morfológicas celulares</p><p>variam dependendo do tipo e grau de malignidade. Abaixo estão descritas as</p><p>características morfológicas das neoplasias malignas observadas nesses</p><p>epitélios.</p><p>1. Neoplasia Maligna do Epitélio Escamoso</p><p>Carcinoma Escamoso Invasivo</p><p>O carcinoma escamoso invasivo é o tipo mais comum de câncer cervical e apresenta</p><p>as seguintes características morfológicas:</p><p> Células:</p><p> Núcleos: Aumentados, hipercromáticos (muito escuros), com formas</p><p>irregulares e contornos não definidos. Há uma relação núcleo-</p><p>citoplasma aumentada.</p><p> Citoplasma: Geralmente escasso e irregular, podendo mostrar</p><p>queratinização (formação de camadas de queratina) em alguns casos,</p><p>especialmente em carcinomas escamosos bem diferenciados.</p><p> Mitoses: Presença frequente de mitoses anormais (divisão celular) e</p><p>mitoses multipolares.</p><p> Padrão Arquitetural:</p><p> Invasão: As células cancerosas invadem o estroma subjacente,</p><p>formando massas desorganizadas e infiltrantes. A arquitetura normal</p><p>do epitélio é perdida.</p><p> Formação de Papilas e Nidos: Células malignas podem formar</p><p>estruturas papiliformes ou nidos em padrões desorganizados, que</p><p>podem variar em tamanho e forma.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p> Necrose:</p><p> Área de Necrose: Pode haver áreas de necrose dentro do tumor</p><p>devido ao crescimento rápido e à falta de suprimento sanguíneo</p><p>adequado.</p><p>2. Neoplasia Maligna do Epitélio Glandular</p><p>Adenocarcinoma Cervical</p><p>O adenocarcinoma cervical surge a partir das células glandulares do colo uterino e</p><p>tem características morfológicas distintas:</p><p> Células:</p><p> Núcleos: Aumentados, hipercromáticos, frequentemente com formas</p><p>irregulares e contornos mal definidos. A relação núcleo-citoplasma é</p><p>geralmente aumentada.</p><p> Citoplasma: Mais abundante em comparação com o carcinoma</p><p>escamoso, frequentemente mostrando características de secreção</p><p>glandular ou formação de muco, dependendo do tipo de</p><p>adenocarcinoma.</p><p> Mitoses: Presença frequente de mitoses anormais, muitas vezes com</p><p>mitoses multipolares.</p><p> Padrão Arquitetural:</p><p> Formação de Glândulas: Células malignas formam glândulas ou</p><p>estruturas tubulares desorganizadas no estroma. A arquitetura</p><p>glandular normal é desorganizada e pode ser preenchida com</p><p>secreções mucosas ou seromas.</p><p> Invasão: A invasão do estroma subjacente é comum, com crescimento</p><p>infiltrativo e destruição dos tecidos adjacentes.</p><p> Necrose:</p><p> Área de Necrose: Também pode ocorrer necrose em</p><p>adenocarcinomas, especialmente em áreas onde o tumor cresce</p><p>rapidamente e o suprimento sanguíneo não é adequado.</p><p>Conclusão</p><p>As características morfológicas das neoplasias malignas no colo uterino variam</p><p>conforme o tipo de câncer e o tipo de epitélio afetado. O carcinoma escamoso</p><p>invasivo é caracterizado por células escamosas desorganizadas, com invasão do</p><p>estroma e formações de papilas ou nidos, enquanto o adenocarcinoma apresenta</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>células glandulares desorganizadas, formação de glândulas irregulares e</p><p>características de secreção mucosa. A identificação e a compreensão</p><p>C. Descreva os efeitos celulares causados pelo HPV no tecido cervical.</p><p>O Papilomavírus Humano (HPV) causa uma série de efeitos celulares no</p><p>tecido cervical, que podem variar dependendo do tipo de HPV e do estágio da</p><p>infecção. Esses efeitos são cruciais para a compreensão das alterações</p><p>patológicas que podem preceder o câncer cervical. Aqui estão os principais</p><p>efeitos celulares causados pelo HPV no tecido cervical:</p><p>1. Alterações Citológicas</p><p>Células Koilocíticas</p><p> Descrição: As células koilocíticas são características de infecções por HPV.</p><p>Elas apresentam alterações notáveis no citoplasma e no núcleo.</p><p> Características:</p><p> Núcleo: Aumento, hipercromasia (cores mais escuras), com contornos</p><p>irregulares e uma aparência de "cavitação" ou halo claro ao redor do</p><p>núcleo.</p><p> Citoplasma: Presença de vacúolos claros ao redor do núcleo,</p><p>resultando em um halo visível. O citoplasma pode estar aumentado ou</p><p>irregular.</p><p> Efeito: Estas alterações são causadas pela replicação viral no citoplasma das</p><p>células epiteliais, o que leva a uma distorção e expansão do núcleo.</p><p>Atipia Nuclear</p><p> Descrição: Alterações no núcleo das células, incluindo aumento do tamanho</p><p>nuclear e formas irregulares.</p><p> Características:</p><p> Núcleo: Maior e mais escuro, com cromatina desorganizada.</p><p> Citosplasma: Pode estar normal ou irregular.</p><p> Efeito: Resulta da expressão dos genes virais que alteram a regulação do</p><p>ciclo celular e a função nuclear.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>2. Alterações Histológicas</p><p>Lesões Intraepiteliais Cervicais (NIC)</p><p> NIC I (Grau 1)</p><p> Descrição: Alterações celulares limitadas à parte inferior do epitélio.</p><p> Características: Células</p><p>com leve aumento do núcleo e alterações</p><p>iniciais na arquitetura do epitélio. Alterações celulares geralmente são</p><p>restritas à camada basal e parabasal.</p><p> NIC II (Grau 2)</p><p> Descrição: Alterações celulares mais evidentes em até metade da</p><p>espessura do epitélio.</p><p> Características: Aumento significativo no tamanho e hipercromasia</p><p>dos núcleos, mais mitoses atípicas, e perda de diferenciação normal.</p><p> NIC III (Grau 3)</p><p> Descrição: Alterações que afetam toda a espessura do epitélio, mas</p><p>ainda não invasivas.</p><p> Características: Extensa hipercromasia e aumento do tamanho</p><p>nuclear, perda de organização arquitetural do epitélio, e presença de</p><p>mitoses anormais.</p><p>Adenocarcinoma In Situ</p><p> Descrição: Alterações malignas dentro das glândulas cervicais, resultando de</p><p>infecções persistentes por tipos de HPV de alto risco.</p><p> Características: Formação de glândulas desorganizadas e atípicas com</p><p>células malignas infiltrando o estroma.</p><p>3. Alterações Moleculares</p><p>Expressão de Proteínas Virais</p><p> Proteínas E6 e E7:</p><p> E6: Interage com a proteína p53, um supressor de tumor, levando à</p><p>sua degradação e permitindo que células com danos no DNA</p><p>continuem a se dividir.</p><p> E7: Interage com a proteína Rb (retinoblastoma), desregulando o ciclo</p><p>celular e promovendo a progressão da célula através do ciclo celular</p><p>sem controle adequado.</p><p>Regulação do Ciclo Celular</p><p> Efeito: As proteínas virais E6 e E7 interferem com os mecanismos</p><p>regulatórios normais do ciclo celular, levando a uma proliferação celular</p><p>descontrolada e à progressão para lesões precoces e câncer.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>4. Necrose e Apoptose</p><p>Inibição da Apoptose</p><p> Descrição: HPV pode inibir mecanismos normais de apoptose (morte celular</p><p>programada), permitindo que células com danos acumulados continuem a</p><p>sobreviver e se dividir.</p><p> Efeito: A inibição da apoptose contribui para a persistência de células</p><p>alteradas e potencialmente cancerosas.</p><p>Conclusão</p><p>O HPV causa uma série de efeitos celulares no tecido cervical, desde alterações</p><p>citológicas iniciais como as células koilocíticas até alterações mais graves</p><p>associadas a lesões intraepiteliais e câncer cervical. A infecção persistente com</p><p>tipos de HPV de alto risco pode levar a alterações moleculares que promovem a</p><p>proliferação descontrolada e a progressão para neoplasias malignas. A</p><p>compreensão desses efeitos é crucial para o diagnóstico, tratamento e prevenção do</p><p>câncer cervical.</p><p>D. Adicione fotos das alterações pré-malignas observadas no colo uterino,</p><p>destacando suas características morfológicas.</p><p>RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS</p><p>ENSINO DIGITAL</p><p>RELATÓRIO 02</p><p>DATA:</p><p>17/08/2024</p><p>Referencias:</p><p>Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Rastreio,</p><p>diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero. Disponível em:</p><p>https://mulherconsciente.com.br/cancer-colo-de-utero/tudo-sobre-cancer-de-colo-</p><p>de-utero/; Acessado em 01/09/2024.</p><p>Almeida CMC, Souza AN, Bezerra RS et al. Principais fatores de risco</p><p>associados ao desenvolvimento do câncer de colo do útero, com ênfase para o</p><p>Papilomavírus humano (HPV): um estudo de revisão. Research, Society and</p><p>Development. 2021;Acessado em 02/09/2024.</p><p>International Agency for Research on Cancer. Histopatologia do colo uterino –</p><p>atlas digital. Disponível em: https://screening.iarc.fr/atlasclassiftnm.php?lang=4.</p><p>Acesso em: 02/09/2024.</p><p>https://mulherconsciente.com.br/cancer-colo-de-utero/tudo-sobre-cancer-de-colo-de-utero/</p><p>https://screening.iarc.fr/atlasclassiftnm.php?lang=4</p>