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<p>AO JUÍZO DA PRESIDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL</p><p>Partido Político YYY, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº00.001.002/0001-01, inscrição no TSE sob o n°0123456, endereço eletrônico partidoyyy.brasil@gmail.com, com sede em Guará I,QI 5- Guará, Brasília/DF, representado por seu diretório nacional, vem, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, para fins dos arts. 319 e 320 do CPC, com fundamento no art. 102, I, a, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, propor a presente</p><p>AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO LIMINAR</p><p>em face dos Arts. 1º, 2º da Lei estadual nº XX, elaborada pelo Governador e pela Assembleia Legislativa do Estado Ômega, pelos motivos e fundamentos a seguir expostos.</p><p>I - DA LEGITIMIDADE ATIVA</p><p>A Associação Nacional dos Geólogos, legitimada ativa na presente ADI, atende ao exposto constitucional do art. 103, IX, da CRFB/88, c/c o art. 1º da Lei nº 9.868/99, sendo entidade de classe de âmbito nacional.</p><p>A pertinência temática é exigida aos legitimados especiais como as entidades de classe de âmbito nacional e, no caso a Associação Nacional dos Geólogos, ela é comprovada por meio do vínculo entre o objeto da ação, a Emenda à Constituição Estadual nº 5/2018 atinge a situação da categoria, com o risco de desemprego dos seus associados, isso em razão dos severos requisitos estabelecidos para a exploração dos diamantes.</p><p>II - DOS FATOS</p><p>O Estado Alfa, com o declarado objetivo de uniformizar a atividade e zelar pela qualidade do serviço de transporte coletivo municipal, de modo a proteger os interesses do consumidor, promulgou a Lei nº XX, que entrará em vigor dentro de 30 (trinta) dias.</p><p>De acordo com o Art. 1º desse diploma normativo, o serviço de transporte coletivo municipal prestado em cada Município situado no território do Estado deverá atender ao extenso rol de especificações previstas nos incisos desse preceito, que variavam desde o tamanho e o conforto dos veículos até o número mínimo de linhas e de veículos em circulação nos finais de semana. O Art. 2º dispôs sobre as normas gerais para a licitação do serviço, que poderiam ser suplementadas pelos Municípios, de modo a atender às peculiaridades locais. Por fim, o Art. 3º determinou que o Art. 1º da Lei nº XX deveria ser imediatamente aplicado aos contratos de concessão em curso, realizando-se as adaptações que se fizessem necessárias na prestação do serviço.</p><p>O Partido Político Beta, com representação na Câmara dos Deputados e que defende fortemente o liberalismo econômico, fez severas críticas à Lei estadual nº XX, pois, ao seu ver, além de ser flagrantemente inconstitucional, a sua implementação poderia levar à ruína econômica das sociedades empresárias que se dedicam à exploração dessa atividade, que teriam seus custos potencializados e seriam obrigadas a paralisar o seu funcionamento. Com isso, o efeito seria contrário àquele preconizado pelos idealizadores da lei, pois o usuário do serviço, ao invés de ser beneficiado, seria severamente prejudicado.</p><p>II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS</p><p>II. I. DO CABIMENTO</p><p>Sendo os arts. 1º, 2º e 3º da Lei estadual nº XX dissonante da Constituição da Republica é cabível a presente ação, conforme previsto no Art. 102, inciso I, alínea a, da CRFB/88.</p><p>II.II DO FORO COMPETENTE</p><p>O Supremo Tribunal Federal, é órgão jurisdicional competente para processar e julgar a referida ação, conforme o Art. 102, inciso I, alínea a, da CRFB/88 c/c. o Art. 1º da Lei nº 9.868/99. Dessa forma, a presente ADI está sendo endereçada ao Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal.</p><p>II.IV DO MÉRITO</p><p>Os arts. 1º, 2º e 3º da Lei estadual nº XX é dissonante da Constituição da Republica pelos seguinte motivos:</p><p>O Art. 1º da Lei estadual nº XX viola o Art. 30, inciso I ou inciso V, da CRFB/88 , que confere competência aos Municípios para legislar sobre assuntos de interesse local ou para organizar e prestar os serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo</p><p>Por sua vez, o Art. 2º da Lei estadual nº XX viola o Art. 22, inciso XXVII, da CRFB/88, que confere competência privativa à União para legislar sobre normas gerais de licitações.</p><p>Já o Art. 3º da Lei estadual nº XX viola o Art. 30, inciso V, da CRFB/88, que confere competência aos Municípios para organizar e prestar por meio de concessão os serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo.</p><p>Dessa forma, os vícios dos arts. 1º, 2º e 3º da Lei estadual nº XX configuram inconstitucionalidade formal</p><p>Além disso, o Art. 3º da Lei estadual nº XX viola o Art. 5º, inciso XXXVI, da CRFB/88, segundo o qual a lei não prejudicará o ato jurídico perfeito.</p><p>Este último vício do Art. 3º da Lei estadual nº XX configura inconstitucionalidade material.</p><p>III - DA TUTELA DE URGÊNCIA</p><p>A possibilidade de concessão de medida cautelar em sede de ADI se encontra no art. 10 da Lei nº 9.868/99 e possui natureza cautelar.</p><p>O fumus boni iuris foi demonstrado fundamentos de mérito acima, os quais evidenciam a patente inconstitucionalidade.</p><p>O periculum in mora está configurado com a presença de risco na demora, pois a aplicação da Lei estadual nº XX pode inviabilizar a continuidade das sociedades empresárias que se dedicam à exploração dessa atividade, já que os seus custos serão potencializados, o que prejudicará o usuário do serviço.</p><p>IV - DOS PEDIDOS</p><p>Em face do exposto, o Partido requer:</p><p>a) a concessão da medida cautelar para suspender a eficácia da Lei estadual nº XX, nos termos do art. 10 da Lei nº 9.868/99;</p><p>b) ao final, a procedência do pedido para que seja declarada a inconstitucionalidade da Lei estadual nº XX;</p><p>c) que sejam solicitadas informações ao Governador e à Assembleia Legislativa do Estado Alfa, nos termos do art. 6º da Lei nº 9.868/99;</p><p>d) a citação do Advogado-Geral da União, nos termos do art. 8º da Lei nº 9.868/99;</p><p>e) a oitiva do Procurador-Geral da República, nos termos do art. 8º da Lei nº 9.868/99;</p><p>f) a juntada dos documentos em anexo, nos termos do art. 3º, § único, da Lei nº 9.868/99.</p><p>V - DO VALOR DA CAUSA</p><p>Valor da causa de acordo com o art. 292 do CPC/15.</p><p>Nestes termos,</p><p>Pede deferimento.</p><p>Local... e data...</p><p>Advogado...</p><p>OAB nº...</p>