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<p>1Conteúdo</p><p>ESGOTO</p><p>SANITÁRIO</p><p>COLETA</p><p>TRANSPORTE</p><p>TRATAMENTO</p><p>E REÚSO AGRÍCOLA</p><p>2 Conteúdo</p><p>3Conteúdo</p><p>ESGOTO</p><p>SANITÁRIO</p><p>COLETA</p><p>TRANSPORTE</p><p>TRATAMENTO</p><p>E REÚSO AGRÍCOLA</p><p>2.ª edição revista, atualizada e ampliada</p><p>Coordenação: ARIOVALDO NUVOLARI</p><p>Coautores: ALEXANDRE MARTINELLI</p><p>ARIOVALDO NUVOLARI</p><p>DIRCEU D’ALKMIN TELLES</p><p>JOSÉ TARCÍSIO RIBEIRO</p><p>NELSON JUNZO MIYASHITA</p><p>ROBERTA BAPTISTA RODRIGUES</p><p>ROBERTO DE ARAUJO</p><p>FATEC - SP</p><p>CEETEPS</p><p>Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4º andar</p><p>04531-012 – São Paulo – SP – Brasil</p><p>Tel 55 11 3078-5366</p><p>contato@blucher.com.br</p><p>www.blucher.com.br</p><p>Segundo Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed.</p><p>do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa,</p><p>Academia Brasileira de Letras, março de 2009.</p><p>É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer</p><p>meios, sem autorização escrita da Editora.</p><p>Todos os direitos reservados pela Editora Edgard Blücher Ltda.</p><p>FICHA CATALOGRÁFICA</p><p>Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reúso</p><p>agrícola / coordenação Ariovaldo Nuvolari – 2ª ed. rev.</p><p>atualizada e ampl. – São Paulo: Blucher, 2011.</p><p>Vários autores</p><p>Bibliografia.</p><p>ISBN 978-85-212-0568-5</p><p>1. Engenharia sanitária 2. Esgotos sanitários</p><p>I. Nuvolari, Ariovaldo.</p><p>10.11549 CDD-628.3</p><p>Índices para catálogo sistemático:</p><p>1. Esgotos sanitários: Engenharia sanitária 628.3</p><p>Esgoto Sanitário – coleta, transporte,</p><p>tratamento e reúso agrícola</p><p>© 2011 Alexandre Martinelli</p><p>Ariovaldo Nuvolari</p><p>Dirceu D’Alkmin Telles</p><p>José Tarcísio Ribeiro</p><p>Nelson Junzo Miyashita</p><p>Roberta Baptista Rodrigues</p><p>Roberto de Araujo</p><p>1ª reimpressão – 2012</p><p>Editora Edgard Blücher Ltda.</p><p>5Conteúdo</p><p>AUTORES</p><p>ALEXANDRE MARTINELLI</p><p>Biólogo (UNESP), Mestre em Biologia Celular e Molecular (UNESP), ex-</p><p>professor da graduação e professor da pós-graduação (FATEC-SP), ex-</p><p>funcionário do DAIA-SMA-SP. Atualmente atua em consultoria ambiental.</p><p>E-mail: am.martinelli@gmail.com</p><p>ARIOVALDO NUVOLARI</p><p>Tecnólogo (FATEC-SP), doutor em Saneamento (FEC-UNICAMP), pro-</p><p>fessor da graduação e da pós-graduação (FATEC-SP), com atuação em</p><p>engenharia civil em empresas mistas e privadas: THEMAG Engenharia</p><p>Ltda., Paulo Abib Engenharia S/A., SEMASA e PETROBRAS.</p><p>E-mail: nuvolari@fatecsp.br</p><p>DIRCEU D’ALKMIN TELLES</p><p>Engenheiro civil (POLI-USP), doutor em Engenharia Hidráulica (POLI-</p><p>USP), ex-professor da graduação e professor da pós-graduação (FATEC-</p><p>SP), professor convidado da pós-graduação (POLI-USP). Foi presidente</p><p>da ABID, Diretor da FATEC-SP, membro da ABNT, com maior vivência em</p><p>Recursos Hídricos no DAEE-SP, tendo prestado consultoria para diversas</p><p>empresas.</p><p>E-mail: dirceu.telles@fatgestao.org.br</p><p>JOSÉ TARCÍSIO RIBEIRO (in memorian)</p><p>Tecnólogo (FATEC-SP), mestre em saneamento (FEC-UNICAMP), foi</p><p>professor da graduação e da pós-graduação (FATEC-SP), com maior</p><p>vivência em obras de saneamento na SABESP.</p><p>NELSON JUNZO MIYASHITA</p><p>Engenheiro civil (POLI-USP) e de Segurança do Trabalho (MACKENZIE),</p><p>ex-professor (FATEC-SP), com maior vivência em gerenciamento de pro-</p><p>jetos (THEMAG Engenharia).</p><p>E-mail: nelson.junzo@gmail.com</p><p>ROBERTA BAPTISTA RODRIGUES</p><p>Tecnóloga (FATEC-SP), doutora em Recursos Hídricos (POLI-USP), di-</p><p>retora da empresa RB Recursos Hídricos.</p><p>E-mail: roberta@rbrecursoshidricos.com</p><p>ROBERTO DE ARAUJO (in memorian)</p><p>Engenheiro civil (Mackenzie), mestre em Saneamento (POLI-USP),</p><p>especialista em Saúde Pública (FSP-USP), foi professor da graduação</p><p>(FATEC-SP), membro da ABNT, com maior vivência em projetos na área</p><p>de saneamento (SABESP).</p><p>6 Conteúdo</p><p>7Conteúdo</p><p>PREFÁCIO</p><p>DA 2ª EDIÇÃO</p><p>Decorridos 7 anos da publicação da 1ª edição deste livro, os seus autores</p><p>verificaram a necessidade de atualização. Durante os trabalhos, infelizmente,</p><p>também foram detectadas algumas incorreções, devidamente corrigidas nesta</p><p>2ª edição. Aproveitou-se a oportunidade para incluir os assuntos mais recen-</p><p>tes, relacionados, principalmente, às novas técnicas de tratamento de esgoto</p><p>surgidas nos últimos anos.</p><p>As principais mudanças em relação à 1ª edição ocorreram nos seguintes</p><p>capítulos:</p><p>• Proêmio: correções, atualizações e inclusões de dados mais recentes;</p><p>• Capítulo 1: inclusão de uma tabela de conversão de unidades;</p><p>• Capítulo 5: o item 5.1 foi totalmente reescrito;</p><p>• Capítulo 7: foram feitas correções, atualizações, principalmente relacio-</p><p>nadas com a substituição da Resolução CONAMA 20/1986 pela Resolução</p><p>CONAMA 357/2005;</p><p>• Capítulo 8: foi totalmente reescrito;</p><p>• Capítulo 9: foram feitas correções, atualizações e inclusão do item 9.10</p><p>– Outras técnicas de tratamento mais recentes;</p><p>• Capítulo 11: correções e atualizações;</p><p>• Referências bibliográficas: inclusões.</p><p>Os autores agradecem à Editora Blucher pela pronta acolhida da proposta</p><p>desta 2ª edição, e a coordenação agradece o empenho dos autores na exe-</p><p>cução do trabalho.</p><p>Prof. Dr. ARIOVALDO NUVOLARI</p><p>Coordenador</p><p>8 Conteúdo</p><p>9Conteúdo</p><p>PREFÁCIO</p><p>DA 1ª EDIÇÃO</p><p>Este livro Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reúso agrí-</p><p>cola é publicado em momento oportuno: o governo e a sociedade brasileira</p><p>estão empenhados em melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Tal objetivo</p><p>requer empenho e competência; daí a conveniência desta publicação, que, entre</p><p>outros assuntos, aborda a despoluição de rios, lagos, praias e bacias.</p><p>Os técnicos que trabalham na área de esgoto estarão bem assessorados</p><p>com esta obra. Seus autores, um grupo de profissionais de alto nível técnico</p><p>e intelectual, envolvidos em atividades da área educacional, demonstram seu</p><p>interesse e sua desenvoltura na abordagem de tema tão atual.</p><p>São seus autores Dr. Dirceu D’Alkmin Telles, Mestre Roberto de Araujo,</p><p>Dr. Ariovaldo Nuvolari, Mestre José Tarcísio Ribeiro, Mestre Roberta Baptista</p><p>Rodrigues e Eng. Nelson Junzo Miyashita, professores do Departamento de</p><p>Hidráulica da Faculdade de Tecnologia de São Paulo, que tive a honra de chefiar</p><p>por muitos anos; foram meus alunos ou na Escola Politécnica da USP ou da</p><p>FATEC-SP. Conheço-os suficientemente bem para poder afirmar que conciliam</p><p>uma formação teórica profunda com uma vivência prática intensa.</p><p>Tais elementos acentuam as qualidades desta obra, elaborada com tanto</p><p>esmero.</p><p>Há uma ausência, o Prof. Roberto de Araujo. Ele faleceu em 5 de maio de</p><p>2000. Esteja onde estiver, há de estar feliz com a realização de um sonho.</p><p>O autor deste prefácio está gratificado ao compartilhar da publicação deste</p><p>excelente livro, que, sem dúvida, auxiliará na resolução de problemas do meio</p><p>ambiente, sobretudo na área de saneamento, elaborado por seus discípulos e</p><p>companheiros nesta árdua tarefa da construção de um mundo melhor.</p><p>KOKEI UEHARA</p><p>Professor Emérito da EPUSP</p><p>Professor Emérito da FATEC-SP</p><p>10 Conteúdo</p><p>11Conteúdo</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>A FATEC-SP, Faculdade de Tecnologia de São Paulo, uma das unidades de</p><p>ensino superior do CEETEPS, Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula</p><p>Souza, vem há mais de trinta anos formando profissionais competentes por meio</p><p>de seus cursos concebidos e desenvolvidos para atender os segmentos atuais</p><p>e emergentes da atividade industrial e do setor de serviços, tendo em vista a</p><p>constante evolução tecnológica. Seu ensino é compromissado com o sistema</p><p>produtivo, seus currículos são flexíveis, compostos por disciplinas básicas,</p><p>humanísticas, de apoio tecnológico e de formação específica em cada área de</p><p>atuação do tecnólogo, graduado, em seus dez cursos. A aprendizagem se faz por</p><p>meio de projetos práticos, estudos de casos e em laboratórios específicos que</p><p>reproduzem as condições do ambiente profissional, fornecendo condições ao</p><p>futuro tecnológo de participar, de forma inovadora, dos trabalhos de sua área.</p><p>Esta proposta exige um corpo docente formado por especialistas em suas</p><p>áreas de conhecimento e por professores integralmente dedicados ao desen-</p><p>volvimento do ensino e da investigação científica. Grande parte dos docentes</p><p>da nossa instituição alia à experiência prática da aplicação da tecnologia a</p><p>vivência acadêmica e a pesquisa.</p><p>Um grupo de especialistas em recursos hídricos</p><p>e em saneamento ambiental,</p><p>professores de nossos cursos de graduação e de pós-graduação, com prática</p><p>profissional em atividades públicas e privadas, reuniu seus conhecimentos e</p><p>experiências para produzir este livro. Ele foi concebido e desenvolvido de forma</p><p>global, com aberturas de espaços para a inclusão das vivências dos autores de</p><p>cada um de seus capítulos. Assim sendo, espera atender à demanda de estudan-</p><p>tes de graduação e de pós-graduação, de consultores, projetistas, construtores</p><p>e operadores de obras e serviços de coleta, de transporte e de tratamento de</p><p>esgotos sanitários, bem como de reúso agrícola.</p><p>Sugestões e colaborações serão bem-vindas. Os autores e a FATEC-SP</p><p>agradecem as colaborações do CEETEPS, Centro Estadual de Educação Tec-</p><p>nológica Paula Souza e da FAT, Fundação de Apoio à Tecnologia que tornaram</p><p>possível a edição desta publicação.</p><p>Prof. Dr. Dirceu D’Alkmin Telles</p><p>Diretor da FATEC-SP</p><p>12 Conteúdo</p><p>13Conteúdo</p><p>CONTEÚDO</p><p>0 Proêmio — Um pouco de história. ........................................................ 17</p><p>1 As grandezas e suas unidades. ................................................................ 29</p><p>1.1 Sistema métrico decimal ............................................................ 29</p><p>1.2 Sistema internacional de unidades (SI) ..................................... 30</p><p>1.3 Grandezas e unidades do escoamento ....................................... 30</p><p>1.4 Prefixos SI ................................................................................... 30</p><p>2 O esgoto sanitário. .................................................................................. 37</p><p>2.1 Origem e destino......................................................................... 37</p><p>2.2 Contribuições indevidas para as redes de esgotos .................... 38</p><p>2.3 Características físicas do esgoto ................................................ 43</p><p>2.4 Escoamento livre ........................................................................ 47</p><p>3 O sistema de esgoto sanitário. ............................................................... 59</p><p>3.1 Sistema Separador Absoluto ...................................................... 59</p><p>3.2 Finalidades do sistema ............................................................... 60</p><p>3.3 Estudo de concepção do sistema ............................................... 61</p><p>3.4 Partes do sistema........................................................................ 61</p><p>4 As unidades do sistema. .......................................................................... 65</p><p>4.1 Rede coletora .............................................................................. 65</p><p>4.2 Interceptor e emissário .............................................................. 79</p><p>4.3 Sifão invertido ............................................................................. 87</p><p>4.4 Estação elevatória de esgoto ...................................................... 94</p><p>5 A preparação para execução das obras. .............................................. 107</p><p>5.1 AIA — Avaliação de Impacto Ambiental .................................. 107</p><p>5.2 Providências preliminares para execução da obra .................. 112</p><p>5.3 Instalação do canteiro de serviços ........................................... 118</p><p>5.4 Gestão da obra .......................................................................... 124</p><p>5.5 A contratação de obras e serviços ............................................ 153</p><p>6 A construção das redes de esgoto sanitário. ....................................... 165</p><p>6.1 Locação da vala ......................................................................... 165</p><p>6.2 Remoção do pavimento ............................................................ 166</p><p>6.3 Escavação convencional de vala (a céu aberto) ...................... 166</p><p>6.4 Escavações especiais ................................................................ 168</p><p>6.5 Escoramento das paredes laterais da vala ............................... 174</p><p>6.6 Drenagem e rebaixamento de lençol freático .......................... 178</p><p>6.7 Tipos de base de assentamento de tubulação ......................... 180</p><p>6.8 Regularização do fundo da vala e controle da declividade ...... 181</p><p>6.9 Tipos de materiais e respectivas juntas para esgoto sanitário 182</p><p>6.10 Execução de serviços complementares ................................... 185</p><p>6.11 Reaterro e compactação da vala .............................................. 186</p><p>6.12 Repavimentação........................................................................ 187</p><p>6.13 Limpeza final ............................................................................. 187</p><p>14 Conteúdo</p><p>7 O lançamento in natura e seus impactos. ........................................... 189</p><p>7.1 Composição química e biológica do esgoto sanitário .............. 189</p><p>7.2 Microrganismos e sua importância ambiental.......................... 192</p><p>7.3 Oxigênio dissolvido na água e sua importância ambiental ...... 197</p><p>7.4 Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO................................ 199</p><p>7.5 Demanda Química de Oxigênio – DQO .................................... 201</p><p>7.6 Resíduos sólidos nas águas e sua importância ambiental........ 202</p><p>7.7 O nitrogênio e sua importância ambiental ............................... 203</p><p>7.8 O fósforo e sua importância ambiental .................................... 207</p><p>7.9 O enxofre e sua importância ambiental ................................... 207</p><p>7.10 O gás natural e sua importância ambiental .............................. 208</p><p>7.11 A alcalinidade das águas e sua importância ambiental............ 209</p><p>7.12 Óleos e graxas e sua importância ambiental ............................ 210</p><p>7.13 Cloretos e sua importância ambiental ...................................... 210</p><p>7.14 Os metais e sua importância ambiental ................................... 210</p><p>7.15 Os fenóis e sua importância ambiental .................................... 213</p><p>7.16 Leis, regulamentações e normas .............................................. 214</p><p>8 Comportamento dos poluentes orgânicos em corpos d’água</p><p>superficiais e sistema ALOCSERVER. ................................................... 225</p><p>8.1 Degradação aeróbia em rios e córregos ................................... 225</p><p>8.2 O modelo QUAL2E ................................................................... 234</p><p>8.3 Modelo de balanço de vazão de diminuição – RM1.................. 235</p><p>8.4 Modelo de balanço de cargas – RM2 ........................................ 237</p><p>8.5 AlocServer – Sistema de planejamento e gestão de</p><p>recursos hídricos e bacias hidrográficas .................................. 240</p><p>9 As diversas opções de tratamento do esgoto sanitário. ...................... 255</p><p>9.1 Como e quando se deve tratar o esgoto sanitário .................... 255</p><p>9.2 O que se pode fazer nos casos mais simples ............................ 256</p><p>9.3 O sistema de lodos ativados ..................................................... 264</p><p>9.4 Tratamento e disposição final da fase sólida (lodos</p><p>primários e secundários) .......................................................... 335</p><p>9.5 Lagoas aeradas .......................................................................... 377</p><p>9.6 Lagoas de estabilização ............................................................ 381</p><p>9.7 Filtros biológicos ...................................................................... 398</p><p>9.8 Tratamento de esgoto por escoamento superficial</p><p>no solo — método da rampa .................................................... 400</p><p>9.9 Reator anaeróbio de fluxo ascendente (UASB,</p><p>RAFA, DAFA)............................................................................ 401</p><p>9.10 Outras técnicas de tratamento mais recentes ......................... 403</p><p>9.11 Tabelas-resumo de áreas de ocupação ..................................... 427</p><p>10 Desinfecção de efluentes das ETEs. ...................................................... 431</p><p>10.1 Introdução.................................................................................</p><p>431</p><p>10.2 Necessidade de desinfecção das águas residuárias ................. 432</p><p>10.3 Desinfecção com cloro.............................................................. 437</p><p>10.4 Desinfecção com ozônio ........................................................... 449</p><p>10.5 Desinfecção com dióxido de cloro (ClO</p><p>2</p><p>) ................................ 467</p><p>10.6 Permanganato de potássio ....................................................... 479</p><p>10.7 Cloraminas ................................................................................ 484</p><p>10.8 Ozônio/peróxido de hidrogênio (peroxona) ............................ 492</p><p>10.9 Radiação ultravioleta ................................................................ 497</p><p>15Conteúdo</p><p>11 Aspectos da utililização de corpos d’água que recebem</p><p>esgoto sanitário na irrigação de culturas agrícolas. ............................ 507</p><p>11.1 Introdução................................................................................. 507</p><p>11.2 Agricultura irrigada: métodos e características ....................... 512</p><p>11.3 A qualidade da água e a agricultura ......................................... 518</p><p>11.4 Utilização na agricultura irrigada ............................................. 523</p><p>12 Controle de odores em sistemas de esgoto sanitário. ......................... 529</p><p>12.1 Introdução................................................................................. 529</p><p>12.2 Causa dos odores ...................................................................... 530</p><p>12.3 Efeito dos odores ...................................................................... 530</p><p>12.4 Diretrizes para avaliação dos odores........................................ 530</p><p>12.5 Classificação dos odores ........................................................... 531</p><p>12.6 Concentração e caracterização dos odores .............................. 532</p><p>12.7 Medição dos odores .................................................................. 534</p><p>12.8 Controle dos odores.................................................................. 535</p><p>12.9 Tratamento de gases odoríferos ............................................... 537</p><p>12.10 Oxidação química de compostos odoríferos ............................ 539</p><p>Referências bibliográficas..................................................................... 549</p><p>16 Conteúdo</p><p>17Um pouco de história</p><p>Proêmio UM POUCO DE</p><p>HISTÓRIA</p><p>Ariovaldo Nuvolari</p><p>Proêmio</p><p>Já nos tempos mais remotos, desde que os homens começaram a se assentar</p><p>em cidades, a coleta das águas servidas, que hoje chamamos de esgoto sanitário,</p><p>passava a ser uma preocupação daquelas civilizações. Em 3750 a.C., eram cons-</p><p>truídas galerias de esgotos em Nipur (Índia) e na Babilônia. Em 3100 a.C. já se</p><p>tem notícia do emprego de manilhas cerâmicas para essa finalidade (Azevedo</p><p>Netto, 1984). Na Roma Imperial, eram feitas ligações diretas das casas até os</p><p>canais. Porém, por se tratar de uma iniciativa individual de cada morador, nem</p><p>todas as casas apresentavam essas benfeitorias (Metcalf e Eddy, 1977).</p><p>Na Idade Média, não se tem notícia de grandes realizações, no que diz</p><p>respeito ao saneamento e em especial aos esgotos. Esse aparente desleixo e o</p><p>desconhecimento da microbiologia até meados do século XIX certamente fo-</p><p>ram as causas das grandes epidemias ocorridas na Europa, no período entre os</p><p>séculos XIII e XIX, coincidindo com o caótico crescimento de algumas cidades</p><p>(Sawyer e McCarty, 1978).</p><p>A história registra, entre os anos de 1345 e 1349, uma terrível pandemia</p><p>de peste bubônica na Europa, com 43 milhões de vítimas fatais, numa época</p><p>em que a população mundial não chegava aos 400 milhões. Sabe-se hoje que a</p><p>peste bubônica é transmitida por pulgas infectadas por ratos, o que demons-</p><p>tra que a limpeza não era exatamente um atributo daquelas populações. Um</p><p>outro exemplo é o crescimento populacional em algumas cidades inglesas no</p><p>século XIX (Tab. PR-1) e as ocorrências trágicas de epidemias nesse período</p><p>(Tab. PR-2).</p><p>18 Um pouco de história</p><p>A correlação entre o crescimento populacional e o</p><p>recrudescimento dos problemas com a saúde pública</p><p>hoje fica fácil de perceber, quando se apresentam os</p><p>números desse crescimento.</p><p>Pela Tab. PR-3, pode-se perceber que população</p><p>mundial demorou cerca de 10.000 anos para atingir a</p><p>cifra de 1 bilhão de habitantes. Percebe-se ainda que o</p><p>crescimento populacional acentua-se nos séculos XIX e</p><p>XX, nos quais, em apenas 80 anos (1850-1930), a cifra de</p><p>1 bilhão foi duplicada. Hoje, estima-se um crescimento</p><p>mundial em torno de 43 milhões de pessoas ao ano, o</p><p>que determina um acréscimo de 1 bilhão de pessoas em</p><p>apenas 23 anos. O fato considerado mais grave é que a</p><p>maior percentagem de crescimento se dá nos países “em</p><p>desenvolvimento”, justamente aqueles em que a infraes-</p><p>trutura urbana é geralmente deficiente e, portanto, mais</p><p>sujeitos à degradação ambiental e a problemas de saúde</p><p>pública (EMBRAPA, 1996).</p><p>Em Londres (Inglaterra), somente a partir de 1815</p><p>os esgotos começaram a ser lançados em galerias de</p><p>águas pluviais; em Hamburgo (Alemanha), a partir de</p><p>1842, e em Paris (França), a partir de 1880 (Metcalf e</p><p>Eddy, 1977), originando o chamado sistema unitário.</p><p>A Inglaterra certamente foi um dos países europeus</p><p>mais castigados por epidemias. As causas dos surtos</p><p>epidêmicos naquele país hoje parecem bem evidentes,</p><p>podendo-se citar:</p><p>• tendosidooberçodaRevoluçãoIndustrial,aIngla-</p><p>terra sofreu intensa migração populacional do campo</p><p>em direção às cidades;</p><p>• as cidades ainda não contavam com a necessária</p><p>infraestrutura urbana para atender a esse novo con-</p><p>tingente populacional;</p><p>• nos rios ingleses, de curta extensão, contavam-se</p><p>diversas cidades ao longo de seus cursos, não apre-</p><p>sentando, portanto, condições naturais propícias à</p><p>autodepuração;</p><p>• nãosomenteosinglesesmasomundodesconheciam</p><p>a microbiologia e a relação entre certas doenças e a</p><p>qualidade das águas.</p><p>Certamente, também pelos motivos apontados, a</p><p>Inglaterra foi o primeiro país a iniciar pesquisas e adotar</p><p>as necessárias medidas saneadoras (Tab. PR-4).</p><p>Concomitantemente, em 1872 na França, Jean Louis</p><p>Mouras descobre as vantagens de se acumular o lodo</p><p>dos esgotos em um tanque, antes de lançá-lo numa fos-</p><p>sa absorvente; surge o tanque séptico (Andrade Neto,</p><p>1997).</p><p>Com o grande crescimento das cidades em todo o</p><p>mundo, ocorrido a partir do final do século XIX e início</p><p>do século XX, outros países seguiram o exemplo inglês</p><p>e começaram a se preocupar com o tratamento de seus</p><p>TABELA PR-2 Algumas epidemias registradas na Europa</p><p>do século XIX</p><p>Ano Ocorrência</p><p>1826 Terrível pandemia de cólera em toda a Europa</p><p>1831</p><p>Epidemia de cólera na Inglaterra com 50.000</p><p>vítimas fatais</p><p>1848</p><p>Epidemia de cólera na Inglaterra com 25.000</p><p>vítimas fatais</p><p>Fonte: Metcalf e Eddy (1977)</p><p>TABELA PR-3 Evolução da população mundial</p><p>Ano</p><p>Países</p><p>desenvolvidos</p><p>(em bilhões)</p><p>Países em</p><p>desenvolvimento</p><p>(em bilhões)</p><p>Total</p><p>(em bilhões)</p><p>8000 a.C. - - 0,005</p><p>1 d.C. - - 0,2</p><p>1650 d.C. - - 0,5</p><p>1850 d.C. - - 1,0</p><p>1930 d.C. - - 2,0</p><p>1950 d.C. 0,8 1,6 2,4</p><p>1960 d.C. 0,9 2,0 2,9</p><p>1970 d.C. 1,0 2,6 3,6</p><p>1980 d.C. 1,2 4,0 5,2</p><p>1990 d.C. 1,2 4,2 5,4</p><p>2000 d.C. 1,2 4,8 6,0</p><p>Provisões futuras</p><p>2010 d.C. 1,3 5,9 7,2</p><p>2025 d.C. 1,4 7,0 8,4</p><p>Fontes: Adaptado de Reichardt (1985) e EMBRAPA (1996)</p><p>TABELA PR-1 Crescimento populacional em cidades</p><p>inglesas no século XIX</p><p>Cidades</p><p>inglesas</p><p>População (1.000 hab.) Crescimento</p><p>(%)</p><p>ano de 1801 ano de 1841</p><p>Manchester 35 353 909</p><p>Birminghan 23 181 687</p><p>Leeds 53 152 187</p><p>Sheffield 46 111 141</p><p>Fonte: Huberman (1976)</p><p>19Um pouco de história</p><p>TABELA PR-5 Primeiras estações de tratamento de esgotos</p><p>Ano</p><p>Inglaterra Estados Unidos</p><p>E.T.E</p><p>Vazão</p><p>(m3/dia)</p><p>E.T.E</p><p>Vazão</p><p>(m3/dia)</p><p>1914 Salford 303</p><p>1915 Davyhulme 378</p><p>1916 Worcester</p><p>Sheffield</p><p>7.570</p><p>3.028</p><p>San Marcos - Texas</p><p>Milwaukee - Wiscosin</p><p>Cleveland - Ohio</p><p>454</p><p>7.570</p><p>3.787</p><p>1917 Withington</p><p>Stanford</p><p>946</p><p>378</p><p>Houston North - Texas 20.817</p><p>1918 Houston South</p><p>- Texas 18.925</p><p>1920 Tunstall</p><p>Sheffield</p><p>3.104</p><p>1.340</p><p>1921 Davyhulme</p><p>Bury</p><p>2.509</p><p>1.363</p><p>1922 Desplaines - Illinois</p><p>Calumet - Indiana</p><p>20.817</p><p>5.677</p><p>1925 Milwaukee - Wiscosin</p><p>Indianápolis - Indiana</p><p>170.325</p><p>189.250</p><p>1927 Chicago North - Illinois 662.375</p><p>Fonte: Jordão e Pessoa (1995)</p><p>esgotos. Em 1887, por exemplo, foi construída a Estação</p><p>Experimental Lawrence, em Massachusetts, nos EUA</p><p>(Metcalf e Eddy, 1977).</p><p>O sistema separador absoluto,</p><p>caracterizado pela construção de</p><p>canalizações exclusivas para os</p><p>esgotos, foi concebido em 1879 e</p><p>implantado pela primeira vez na ci-</p><p>dade de Memphis no Tenessee, EUA</p><p>(Azevedo Netto, 1973).</p><p>Pode-se afirmar que, a partir des-</p><p>sas primeiras experiências, os países</p><p>mais desenvolvidos, em especial</p><p>a Inglaterra, a maioria dos outros</p><p>países europeus, os EUA, o Canadá,</p><p>a extinta União Soviética e mais re-</p><p>centemente o Japão, começaram a</p><p>tratar os esgotos de suas cidades. Na</p><p>Tab. PR-5 são listadas as primeiras</p><p>ETEs construídas.</p><p>Nas cidades brasileiras, salvo</p><p>alguns casos isolados, somente a</p><p>partir da década de 1970 começou</p><p>a ocorrer um maior avanço na área</p><p>do saneamento. No entanto, já em</p><p>1933, o engenheiro J. P. de Jesus</p><p>Netto, funcionário da Repartição</p><p>de Águas e Esgotos de São Paulo,</p><p>apresentou um estudo no qual de-</p><p>monstrava a intensa degradação das</p><p>águas do Rio Tietê, tendo utilizado</p><p>TABELA PR-4 Pesquisas e medidas saneadoras na</p><p>Inglaterra dos séculos XIX e XX</p><p>Ano Ocorrência</p><p>1822 Primeiro levantamento das condições sanitárias do</p><p>Rio Tâmisa.</p><p>1848 Editadas as primeiras leis de saneamento e saúde</p><p>pública.</p><p>1854 John Snow prova cientificamente a relação entre</p><p>certas doenças e a qualidade das águas.</p><p>1857 Criado o Conselho de Proteção das Águas do Rio</p><p>Tâmisa.</p><p>1865 Primeiros experimentos sobre microbiologia de</p><p>degradação de lodos.</p><p>1882 Início das investigações sobre os fundamentos</p><p>biológicos que deram origem ao processo de lodos</p><p>ativados para o tratamento de esgotos.</p><p>1914 Ardern e Lockett apresentam o processo de lodos</p><p>ativados para tratamento de esgotos.</p><p>Fonte: Metcalf e Eddy (1977)</p><p>a estiagem ocorrida naquele ano para alertar sobre o</p><p>“perigo de infecção aos ribeirinhos entre São Paulo e</p><p>Pirapora, numa extensão de 73 quilômetros, pelo leito</p><p>do rio” (Pegoraro, s/d). Deve-se ressaltar que, nessa</p><p>época, o Rio Tietê fazia parte do lazer do paulistano,</p><p>sendo palco de competições de remo, com vários clubes</p><p>situados nas suas margens.</p><p>O trecho estudado por Jesus Neto (Tab. PR-6) foi de</p><p>Guarulhos (km 0 do estudo) até Itu (km 155). Pode-se</p><p>verificar que, já naquela época, o Rio Tietê apresentava-</p><p>-se, nas épocas de estiagem, praticamente sem nenhum</p><p>oxigênio dissolvido, desde a sua confluência com o Rio</p><p>Pinheiros até a Represa de Santana do Parnaíba, numa</p><p>extensão de aproximadamente 33 quilômetros. A partir</p><p>da Represa de Santana do Parnaíba e após a confluên-</p><p>cia com o Rio Juqueri, os dados mostram uma franca</p><p>recuperação dos níveis de O.D. até Itu. Pelos dados</p><p>apresentados na Tab. PR-7, em 1933 a cidade de São</p><p>Paulo estaria com cerca de 900 mil habitantes.</p><p>Nas décadas de 1950 a 1970, foi possível acompanhar</p><p>o que ocorria na periferia das grandes cidades paulis-</p><p>tas. Enquanto a densidade demográfica era baixa, com</p><p>terrenos grandes (600 a 1.000 m2) e casas distantes</p><p>umas das outras, não existiam redes públicas de abas-</p><p>tecimento de água potável e nem de coleta de esgotos.</p><p>Os moradores desses bairros abasteciam-se de água</p><p>extraída de poços rasos e depositavam seus esgotos em</p><p>20 Um pouco de história</p><p>fossas negras, construídas dentro dos limites de seus</p><p>próprios terrenos. Com o crescimento demográfico, os</p><p>lotes diminuíram de tamanho (passando a ter 500, 250</p><p>e até 125 m2). Com a distância entre os poços e fossas</p><p>bem menor, o esquema anterior tornou-se perigoso, em</p><p>termos de saúde pública. Aumentava a probabilidade</p><p>de contaminação das águas dos poços pelos esgotos</p><p>depositados nas fossas. A opção dos órgãos públicos res-</p><p>ponsáveis foi a distribuição de água potável à população,</p><p>de início quase sempre desacompanhada da coleta dos</p><p>esgotos, estes ainda continuando a ser depositados nas</p><p>fossas. Mesmo nos locais onde já havia rede de coleta de</p><p>esgotos, na maioria das vezes, estas despejavam no corpo</p><p>d’água mais próximo, sem nenhum tipo de tratamento,</p><p>o que decretou a degradação dos rios e córregos da Re-</p><p>gião Metropolitana de São Paulo, dificultando a coleta</p><p>de água para abastecimento, nessa região de nascentes</p><p>e, portanto, pequenas vazões fluviais.</p><p>Na Tab. PR-7, é apresentado o crescimento popula-</p><p>cional da cidade de São Paulo e de sua Região Metropo-</p><p>litana, que abrange mais 38 municípios vizinhos. Pode-</p><p>-se perceber que, apesar do crescimento populacional</p><p>ser considerado crítico nas décadas de 1960 e 1970, já</p><p>no final do século XIX, São Paulo apresentara taxa de</p><p>crescimento populacional bem superior.</p><p>Na Tab. PR-8 são apresentados alguns dados publi-</p><p>cados pela Cetesb referentes aos seus pontos de coleta</p><p>e análise no Rio Tietê, abrangendo o trecho que vai da</p><p>nascente até a Barragem de Barra Bonita. Para os pos-</p><p>tos antigos, as médias foram calculadas para o período</p><p>de 1986 a 2005, e para os mais novos, a partir do ano</p><p>de instalação (Paganini, 2008). Para fins comparativos,</p><p>foram apresentados os dados de julho de 1992, ano em</p><p>que ainda não haviam sido iniciadas as obras do projeto</p><p>Tietê, bem como os valores medidos em julho de 2008</p><p>(obras em andamento). Por ser o mês de julho consi-</p><p>derado pouco chuvoso (ou de baixas vazões), teorica-</p><p>mente os valores deveriam apresentar-se mais críticos</p><p>do que a média, o que nem sempre acontece, pois as</p><p>variáveis são muitas (vazão, carga orgânica lançada</p><p>etc). Pode-se observar que a partir da nascente até a</p><p>captação do Semae, o rio Tietê apresenta condições</p><p>aceitáveis de qualidade da água (baixos valores de DBO</p><p>e de Coliformes, além de níveis razoáveis de OD). Ao</p><p>adentrar a RMSP, a partir do posto situado a jusante</p><p>da ETE de Suzano, as condições vão se tornando mais</p><p>críticas, não atendendo aos padrões de qualidade para</p><p>as respectivas classes. Os valores de DBO nesse tre-</p><p>cho do rio podem ser considerados como sendo de um</p><p>esgoto a céu aberto. O rio volta novamente a se recu-</p><p>perar a partir do posto TIBT02500, situado a 568 km</p><p>da nascente. Ressalte-se ainda que, apesar de ter sido</p><p>executado um recente aprofundamento da calha do rio,</p><p>na RMSP, teoricamente aumentando as velocidades de</p><p>escoamento, além de ampliada a capacidade de trata-</p><p>mento das ETEs situadas na RMSP (antes tratava-se</p><p>cerca de 5,0 m3/s e atualmente elas têm capacidade</p><p>instalada de 18,0 m3/s), não houve grandes avanços</p><p>em relação à melhoria da qualidade das águas do rio</p><p>Tietê, o que mostra que há ainda muito a ser feito para</p><p>se conseguir tal objetivo.</p><p>Hoje, apesar de várias cidades brasileiras já conta-</p><p>rem com Estações de Tratamento de Esgoto, a grande</p><p>maioria nem coleta e nem trata seus esgotos. Fatalmente</p><p>terão que fazê-lo, sob pena de ficarem sem mananciais</p><p>de água apropriada para abastecimento público, e</p><p>amargarem sérios problemas de saúde pública. Na Tab.</p><p>PR-9, apresenta-se um breve histórico do saneamento</p><p>no Brasil, com maior ênfase para a Região Metropolitana</p><p>de São Paulo.</p><p>Quanto à Região Metropolitana de São Paulo, a</p><p>SABESP propôs, em 1991, um plano (ver Tab. PR-10),</p><p>TABELA PR-6 Dados sobre o Rio Tietê, entre Guarulhos e Itu — estiagem de 1933</p><p>Local</p><p>Curso</p><p>aprox. (km)</p><p>% do teor de esgoto bruto</p><p>O. D.</p><p>(mg/L)</p><p>ObservaçõesColiformes</p><p>germes</p><p>(Agar 37º-24 h)</p><p>Guarulhos 0,0 0,12 0,0016 7,3</p><p>O teor de</p><p>saturação de OD,</p><p>para água limpa,</p><p>na altitude média</p><p>de 720 m e à</p><p>temperatura de</p><p>20 °C é cerca de</p><p>8,4 mg/L.</p><p>Instituto Disciplinar 13,0 0,25 0,003 7,0</p><p>Ponte Grande 21,6 0,90 0,40 5,8</p><p>Casa Verde 26,0 8,20 0,8 3,5</p><p>Confl. Rio Pinheiros 43,0 10,00 0,87 0,2</p><p>Santana do Parnaíba 72,0 16,50 0,06 0,0</p><p>Pirapora 94,0 0,05 0,016 6,5</p><p>Itu 155,0 — — 9,4</p><p>Fonte: Adaptado do Boletim do Instituto de Engenharia n. 97 (1993) apud Pegoraro (s/d)</p><p>21Um pouco</p><p>de história</p><p>para o denominado “Programa de Despoluição do Rio</p><p>Tietê”, que iniciado em 1992, foi paralisado no final de</p><p>1994, por falta de recursos.</p><p>Esse programa previa a divisão da RMSP em duas</p><p>grandes áreas (vide Fig. PR-1). Uma área central den-</p><p>samente urbanizada, que engloba as bacias vertentes</p><p>aos Rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí, e algumas</p><p>sub-bacias vertentes aos Reservatórios Guarapiranga</p><p>e Billings, para a qual foram previstas 5 ETEs: Barueri,</p><p>Suzano, ABC, Parque Novo Mundo e São Miguel Pau-</p><p>lista, prevendo-se tratar, ao final do plano, 52,4 m3/s.</p><p>As áreas periféricas, de menor grau de urbanização</p><p>seriam servidas por sistemas isolados (SABESP, 1993;</p><p>Rev. Engenharia, 1998). O Programa de Despoluição do</p><p>Rio Tietê foi retomado em 1995 e uma das suas maiores</p><p>dificuldades de implantação não foi propriamente a</p><p>construção das ETEs previstas, e, sim, das redes, dos</p><p>coletores-troncos e dos interceptores para a coleta e</p><p>transporte do esgoto até elas. O plano teve de ser re-</p><p>formulado em 1995, em função das citadas paralisações</p><p>nas obras. Ao final de 1998, novamente, as obras do</p><p>Programa de Despoluição do Rio Tietê foram parali-</p><p>sadas. É preocupante essa descontinuidade dos pro-</p><p>gramas de saneamento, muito comum em nosso País,</p><p>sempre à mercê de injunções político-econômicas. A</p><p>principal consequência da descontinuidade é sempre a</p><p>crescente defasagem entre o crescimento populacional</p><p>das cidades e a necessária infraestrutura urbana para</p><p>atendimento dessas populações, além do desperdício de</p><p>dinheiro com a eventual perda de serviços realizados,</p><p>problemas contratuais com empreiteiras, necessidade</p><p>de novos planejamentos etc.</p><p>TABELA PR-7 Crescimento populacional na cidade de São Paulo e Região Metropolitana</p><p>ANO</p><p>Cidade de São Paulo Região Metropolitana de São Paulo</p><p>População</p><p>(mil habitantes)</p><p>Crescimento</p><p>no período (%)</p><p>População</p><p>(mil habitantes)</p><p>Crescimento</p><p>no período (%)</p><p>1886 45 - - -</p><p>1900 240 433,3 (em 14 anos) - -</p><p>1910 314 30,8 - -</p><p>1920 579 84,4 - -</p><p>1930 888 53,4 - -</p><p>1940 1.326 49,3 1.568 -</p><p>1950 2.199 65,8 2.663 69,7</p><p>1960 3.709 40,7 4.739 80,0</p><p>1970 5.886 58,6 8.140 71,8</p><p>1980 8.475 44,0 12.589 54,7</p><p>1990 9.611 13,4 - -</p><p>1996 9.809 2,1 (em 6 anos) 16.500 31,0 (em 16 anos)</p><p>2008 - - 19.697 19,4 (em 12 anos)</p><p>2009 11.038 12,5 (em 13 anos) - -</p><p>Fonte: Adas (1980) e IBGE (1996 e 2009), Fundação SEADE (2009)</p><p>As previsões apresentadas na Tab. PR-10, não se</p><p>confirmaram. Segundo dados divulgados pela SABESP</p><p>(2007), a situação naquele ano ainda era a seguinte:</p><p>• ETEBarueri:comcapacidadeinstaladade9,5m3/s,</p><p>em processo de ampliação para 12,5 m3/s, com vazão</p><p>média efetivamente tratada de 7,76 m3/s (durante o</p><p>ano de 2007) e produção de lodo de 220 ton/dia.</p><p>• ETESuzano:comcapacidadeinstaladade1,5m3/s,</p><p>com vazão média efetivamente tratada de 0,70 m3/s</p><p>(durante o ano de 2007) e produção de lodo de 40</p><p>ton/dia.</p><p>• ETE São Miguel: com capacidade instalada de</p><p>1,5 m3/s, com vazão média efetivamente tratada de</p><p>0,65 m3/s (durante o ano de 2007) e produção de lodo</p><p>de 50 ton/dia.</p><p>• ETEParqueNovoMundo:comcapacidadeinstalada</p><p>de 2,5 m3/s, com vazão média efetivamente tratada</p><p>de 2,14 m3/s (durante o ano de 2007) e produção de</p><p>lodo de 100 ton/dia.</p><p>• ETEABC:comcapacidadeinstaladade3,0m3/s, com</p><p>vazão média efetivamente tratada de 1,55 m3/s (duran-</p><p>te o ano de 2007) e produção de lodo de 70 ton/dia.</p><p>Conforme se pode observar pelos dados apresenta-</p><p>dos, a capacidade instalada total, nas 5 ETEs, no ano de</p><p>2007 era de 18,0 m3/s. No início de 2010, em termos de</p><p>capacidade instalada, a situação ainda era a mesma. Já a</p><p>vazão média total efetivamente tratada em 2007, segundo</p><p>os dados acima apresentados, foi de 12,8 m3/s, com uma</p><p>22</p><p>U</p><p>m</p><p>p</p><p>o</p><p>u</p><p>co</p><p>d</p><p>e h</p><p>istó</p><p>ria</p><p>TABELA PR-8 Níveis de coliformes termotolerantes (fecais), OD e DBO medidos pela CETESB, no rio Tietê</p><p>Nome atual</p><p>do posto de</p><p>medição</p><p>Distância</p><p>da nascente</p><p>(km)</p><p>Localização do posto de medição</p><p>Coliformes Termotolerantes</p><p>(em UFC/100 mL)</p><p>OD – Oxigênio Dissolvido</p><p>(em mg/L)</p><p>DBO – Demanda Bioquímica de</p><p>Oxigênio (em mg/L)</p><p>Média</p><p>(OBS. 1)</p><p>Jul/1992</p><p>(OBS. 2)</p><p>Jul/2008</p><p>Média</p><p>(OBS. 1)</p><p>Jul/1992</p><p>(OBS. 2)</p><p>Jul/2008</p><p>Média</p><p>(OBS. 1)</p><p>Jul/1992</p><p>(OBS. 2)</p><p>Jul/2008</p><p>TIET02050 0</p><p>Ponte na rodovia SP-88 (Mogi das Cruzes-</p><p>Salesópolis), próximo da nascente, com dados do</p><p>antigo posto TE-1010</p><p>5,5 × 102 3,3 × 101 2,6 × 101 4,7 2,4 7,2 4 2,0</p><p>esgotos da</p><p>cidade de Santos, SP.</p><p>1907 Saturnino de Brito inicia as obras de saneamento em Santos, SP.</p><p>1911 Brado de alerta sobre a crescente poluição do Rio Tietê, a jusante de São Paulo, pelo fiscal de rios da capital, Sr. José J. Freitas.</p><p>1912 Introdução do sistema separador absoluto na cidade de São Paulo.</p><p>1913</p><p>Proposto o aproveitamento das águas do Rio Tietê, para abastecer São Paulo (Roberto Hottinger, Geraldo H. Paula Souza e Robert</p><p>Mange).</p><p>1913 Primeiro estudo sobre a poluição do Rio Tietê a jusante de São Paulo – tese de Geraldo H. Paula Souza.</p><p>1923 Realizado o 1.º Congresso Brasileiro de Higiene.</p><p>1928</p><p>Proposto o plano da RAE para os esgotos da cidade de São Paulo. Já previa a construção da ETE de Vila Leopoldina, tendo sido</p><p>construído o antigo emissário do Tietê (entre a Elevatória de Ponte Pequena e Vila Leopoldina).</p><p>1933 Realizado levantamento sanitário do Rio Tietê a jusante de São Paulo.</p><p>1936 Criada a Revista DAE. Hoje DAE/SABESP.</p><p>1938 Inaugurada a ETE Ipiranga – São Paulo, a 1.ª da cidade. Hoje funciona como ETE-escola para os funcionários da SABESP.</p><p>1940</p><p>Decreto 10.890, de 10/01/40, cria a Comissão de Investigação da Poluição das Águas em São Paulo (1.ª legislação específica no</p><p>Brasil).</p><p>1945 Proposta a criação da OMS – Organização Mundial de Saúde, por iniciativa do brasileiro Geraldo H. Paula Souza.</p><p>1948 Fundada a AIDIS – Associação Interamericana de Engenharia Sanitária.</p><p>1953 Criado o Conselho Estadual de Controle de Poluição das Águas – Lei Estadual Paulista n. 2.182 de 23/07/53.</p><p>1954 Criado o Departamento de Água e Esgotos da cidade de São Paulo – DAE-SP.</p><p>1955 Plano Greeley-Hansen para os esgotos da RMSP.</p><p>1958 Estabelecidos os padrões de potabilidade das águas (ABNT).</p><p>1959 Início de operação da ETE Leopoldina – São Paulo (tratamento primário).</p><p>1963 Estabelecidos os padrões internacionais para água potável (da OMS).</p><p>1966 Fundação da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária.</p><p>1967 Propostos os planos HIBRACE e Hazen-Sawyer para os esgotos da RMSP.</p><p>1968</p><p>Estabelecido o Plano Nacional de Saneamento, sendo criadas a COMASP – Companhia Metropolitana de Águas de São Paulo e a</p><p>FESB, atual CETESB.</p><p>1970 Criada a SANESP – Cia Metropolitana de Saneamento de São Paulo.</p><p>24 Um pouco de história</p><p>TABELA PR-10 Estimativa de vazões tratadas (em m3/s) e de produção de lodo</p><p>(em t/dia de sólidos secos), nas ETEs da R.M.S.P.</p><p>ETE</p><p>Previsões para os anos de</p><p>1994 1997 2000 2005</p><p>vazões lodo vazões lodo vazões lodo vazões lodo</p><p>Barueri 9,5 141 14,3 212 24,0 316 28,5 422</p><p>ABC 3,0 63 4,5 68 6,0 125 8,5 129</p><p>Pq. Novo Mundo 2,5 62 5,0 125 7,5 187 7,5 187</p><p>São Miguel 1,5 31 3,0 63 4,5 94 6,0 125</p><p>Suzano 1,5 22 1,5 22 1,5 22 1,9 28</p><p>Totais 18,0 319 28,3 490 43,5 744 52,4 891</p><p>Fonte: SABESP (1993)</p><p>1972 Início de operação da ETE Pinheiros, em São Paulo (tratamento em nível primário). Hoje desativada.</p><p>1973 Criadas as Companhias Estaduais de Saneamento. Em São Paulo, a SABESP. No Paraná, a SANEPAR… e assim por diante.</p><p>1973 Proposto o plano “Solução Integrada para os esgotos da RMSP”.</p><p>1974 Recuperação/ampliação da ETE Leopoldina, São Paulo (tratamento em nível primário). Hoje desativada.</p><p>1980 Proposto o plano SANEGRAN para os esgotos da RMSP.</p><p>1981 Inaugurada a ETE Suzano, São Paulo (tratamento secundário).</p><p>1986 Resolução CONAMA n. 001/86 – estabelece diretrizes para elaboração de EIA-RIMA no Brasil.</p><p>1988 Inaugurada a ETE Barueri, São Paulo (tratamento secundário).</p><p>1990 Revisados os padrões de potabilidade das águas de abastecimento – Portaria n. 36 do Ministério da Saúde.</p><p>1991</p><p>Lançado o Programa de Despoluição do Rio Tietê, SP, na RMSP, com previsão de implantação/ampliação de 5 ETEs: Suzano e Barueri</p><p>(já estavam em operação); ABC, São Miguel e Parque Novo Mundo.</p><p>1992</p><p>Dos 583 municípios paulistas (até então existentes), apenas 302 eram conveniados com a SABESP. Os demais (281) possuiam</p><p>serviços autônomos de água e esgoto.</p><p>1998</p><p>Inauguradas as Estações de Tratamento de Esgotos: ABC, São Miguel Paulista e Parque Novo Mundo, todas com tratamento em nível</p><p>secundário e integrantes do Programa de Despoluição do Rio Tietê, na cidade de São Paulo.</p><p>2000</p><p>Revisados os padrões de potabilidade das águas de abastecimento – Portaria n. 1469 do Ministério da Saúde, editada em 29 de</p><p>dezembro de 2000.</p><p>2004</p><p>Novamente revisados os padrões de potabilidade das águas de abastecimento, através da Portaria n. 518/2004, do Ministério da</p><p>Saúde, em substituição à Portaria 1469/2000.</p><p>2005</p><p>Editada a Resolução CONAMA 357/2005, que estabelece a classificação dos corpos d’água e as diretrizes ambientais para o seu</p><p>enquadramento. Substituiu a Resolução CONAMA 20/1986.</p><p>2005</p><p>Aprovada a lei estadual paulista n. 12.183/2005 que dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos no Estado de São</p><p>Paulo.</p><p>Fontes: Azevedo Neto (1973, 1984); Botafogo (1998) e dados coletados pelos autores</p><p>média total de lodo produzido de 480 t/dia. Assim, pode-se</p><p>constatar que muito ainda tem de ser feito para atingir o</p><p>objetivo de se tratar todo o esgoto produzido na RMSP (a</p><p>vazão atualmente estimada está em cerca de 40 m3/s). Já</p><p>se pode perceber que esse trabalho é lento, e enquanto</p><p>isso não se concretiza, face aos resultados das análises</p><p>apresentadas na Tab. PR-8, a melhoria da qualidade das</p><p>águas do Rio Tietê, no trecho que este corta a RMSP, só</p><p>seria possível com ações diretas no próprio rio. Talvez se</p><p>pudesse estudar a instalação de aeradores por difusão,</p><p>seguidos de sistemas de flotação em vários trechos do rio,</p><p>visando à remoção do excesso de carga orgânica que ainda</p><p>25Um pouco de história</p><p>é nele lançada. O lodo resultante poderia ser lançado nos</p><p>interceptores que levam às ETEs existentes.</p><p>Os inconvenientes citados tornam-se evidentes</p><p>quando são analisados os dados apresentados nas Tabs.</p><p>PR-11 e PR-12. Na Tab. PR-11, pode-se constatar, a partir</p><p>de 1940, uma crescente tendência de concentração da</p><p>população brasileira nas áreas urbanas. Para uma média</p><p>mundial em torno de 40%, a média brasileira já era de</p><p>75,6% (dados do censo de 1991). No entanto, em alguns</p><p>estados essas percentagens estão bastante acima da</p><p>média: São Paulo (92,8%), Rio de Janeiro (95,2%) e o</p><p>Distrito Federal (94,7%). Percebe-se também que todos</p><p>os estados brasileiros apresentam população urbana</p><p>maior do que a rural, com uma única exceção: o Estado</p><p>do Maranhão, que apresenta apenas 40% da população</p><p>vivendo em áreas urbanas.</p><p>Conforme se viu anteriormente, o censo realizado</p><p>pelo IBGE, em 1991 apontava que a população urbana</p><p>no nosso País já era de 75,6%. Em termos mundiais, se-</p><p>gundo estimativas feitas por especialistas e divulgadas</p><p>nos principais jornais do País, em maio de 2007, a po-</p><p>pulação urbana mundial teria ultrapassado a população</p><p>Figura PR-1 Localização das Estações de Tratamento de Esgotos na Região Metropolitana de São Paulo. Fonte: Revista Engenharia,</p><p>1998.</p><p>Rodovia</p><p>Castelo Branco</p><p>Barueri</p><p>Jandira</p><p>Itapevi R</p><p>io</p><p>C</p><p>ot</p><p>ia Estação</p><p>de tratamento</p><p>de Barueri</p><p>R</p><p>io</p><p>P</p><p>in</p><p>h</p><p>e</p><p>ir</p><p>o</p><p>s</p><p>Rio Tietê</p><p>Interceptores</p><p>Rodovia</p><p>Anhanguera</p><p>Rodovia</p><p>Bandeirantes</p><p>Rodovia</p><p>Pres. Dutra</p><p>Rodovia</p><p>Airton Sena</p><p>Arujá</p><p>Guarulhos</p><p>Estação de</p><p>tratamento</p><p>Parque</p><p>Novo Mundo</p><p>Estação de</p><p>tratamento</p><p>São Miguel</p><p>Parque</p><p>ecológico</p><p>Tietê</p><p>Estação de</p><p>tratamento</p><p>Suzano</p><p>Ferraz de</p><p>Vasconcelos</p><p>Cotia</p><p>Taboão da Serra</p><p>S.B. do Campo</p><p>Embu</p><p>Estação</p><p>de tratamento</p><p>ABC</p><p>Represa</p><p>Guarapiranga</p><p>Rio</p><p>Tamanduateí</p><p>Represa</p><p>Billings</p><p>Rodovia</p><p>Regis Bittencourt</p><p>Rodovia</p><p>Anchieta</p><p>Rodovia</p><p>Imigrantes</p><p>Diadema</p><p>Córrego</p><p>Meninos</p><p>Sto. André</p><p>Mauá</p><p>Mogi das</p><p>Cruzes</p><p>Rodovia</p><p>Mogi-Bertioga</p><p>Rio</p><p>Jundiaí</p><p>Represa</p><p>Tabaçupeba</p><p>rural. O censo realizado pelo IBGE no ano 2000 mostrou</p><p>que a população urbana brasileira já era de 81,2 % do total</p><p>e as projeções da ONU, para o Brasil de 2005, indicavam</p><p>uma população urbana de 84,2 % do total, o que mostra</p><p>que realmente no nosso País ainda há uma tendência de</p><p>crescimento da</p><p>população urbana em detrimento da rural.</p><p>O problema da concentração da população nas áreas</p><p>urbanas deve merecer um estudo de planejamento do</p><p>governo federal, com incentivos a projetos agroindus-</p><p>TABELA PR-11 Distribuição total das populações urbana</p><p>e rural no Brasil</p><p>Ano População urbana</p><p>(% do total)</p><p>População rural</p><p>(% do total)</p><p>1940 31,6 68,4</p><p>1950 36,8 63,2</p><p>1960 46,5 53,5</p><p>1970 56,1 43,9</p><p>1980 68,4 31,6</p><p>1991 75,6 24,4</p><p>Fonte: EMBRAPA (1996)</p><p>26 Um pouco de história</p><p>TABELA PR-12 População urbana e rural nos estados brasileiros</p><p>Estado População urbana</p><p>(n. de habitantes)</p><p>População rural</p><p>(n. de habitantes)</p><p>População total</p><p>(n. de habitantes)</p><p>População urbana</p><p>(% do total)</p><p>Acre 258.520 159.198 417.718 61,9</p><p>Alagoas 1.482.033 1.032.067 2.514.100 57,0</p><p>Amapá 234.131 55.266 289.397 80,9</p><p>Amazonas 1.502.754 600.489 2.103.243 71,3</p><p>Bahia 7.016.770 4.851.221 11.867.991 59,1</p><p>Ceará 4.162.007 2.204.640 6.366.647 65,4</p><p>Distrito Federal 1.515.889 85.205 1.601.094 94,7</p><p>Espírito Santo 1.924.588 676.030 2.600.618 74,0</p><p>Goiás 3.247.676 771.227 4.018.903 80,8</p><p>Maranhão 1.972.421 2.957.832 4.930.253 40,0</p><p>Mato Grosso 1.485.110 542.121 2.027.231 73,3</p><p>Mato Grosso do Sul 1.414.447 365.926 1.780.373 79,4</p><p>Minas Gerais 11.786.893 3.956.259 15.743.152 74,9</p><p>Pará 2.596.388 2.353.672 4.950.060 52,4</p><p>Paraíba 2.052.066 1.149.048 3.201.114 64,1</p><p>Paraná 6.197.953 2.250.760 8.448.713 73,4</p><p>Pernambuco 5.051.654 2.076.201 7.127.855 70,9</p><p>Piauí 1.367.184 1.214.953 2.582.137 52,9</p><p>Rio de Janeiro 12.199.641 608.065 12.807.706 95,2</p><p>Rio Grande do Norte 1.669.267 746.300 2.415.567 69,1</p><p>Rio Grande do Sul 6.996.542 2.142.128 9.138.670 76,6</p><p>Rondônia 659.327 473.365 1.132.692 58,2</p><p>Roraima 140.818 76.765 217.583 64,7</p><p>Santa Catarina 3.208.537 1.333.457 4.541.994 70,6</p><p>São Paulo 29.314.861 2.274.064 31.588.925 92,8</p><p>Sergipe 1.002.877 488.999 1.491.876 58,9</p><p>Tocantins 530.636 389.227 919.863 57,7</p><p>Brasil total 110.990.990 35.834.485 146.825.475 75,6</p><p>Fonte: IBGE, Censo de 1991 (apud IBGE, 1992).</p><p>triais planejados e integrados, incentivando o aumento</p><p>nos assentamentos agrários para reverter essa migra-</p><p>ção, visando fixar a população rural no campo e, com</p><p>isso, minimizar os problemas sociais nas cidades. Esses</p><p>indivíduos vêm para as cidades sem nenhum preparo</p><p>ou profissão e acabam tendo que viver em condições</p><p>lamentáveis.</p><p>27Um pouco de história</p><p>Foto PR-3 Estação de tratamento de esgotos do ABC.</p><p>Cortesia da SABESP.</p><p>Foto PR-4 Estação de tratamento de esgotos de São Miguel</p><p>Paulista. Cortesia da SABESP.</p><p>Foto PR-2 Estação de tratamento de esgotos de Barueri.</p><p>Cortesia da SABESP.</p><p>Foto PR-1 RMSP — Foto de satélite. Fonte: Revista</p><p>Engenharia (1998).</p><p>28 Um pouco de história</p><p>29</p><p>11 AS GRANDEZAS E</p><p>SUAS UNIDADES</p><p>Roberto de Araujo</p><p>1.1 Sistema Métrico Decimal</p><p>Instituído na França desde 1795, o sistema métrico tornou-se obrigatório</p><p>naquele país, a partir de 1840, e no Brasil desde junho de 1862. Em 1889, na</p><p>1.ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, reunindo os países signatários da Con-</p><p>venção do Metro, adotaram-se as unidades do sistema métrico a serem usadas</p><p>mundialmente na medida de grandezas físicas. O objetivo era estabelecer uma</p><p>linguagem única, a mais universal, a mais completa e, ao mesmo tempo, a mais</p><p>simples para a expressão quantitativa das diversas grandezas. Essas unidades</p><p>pioneiras eram o metro, para comprimento; o grama, para massas (ou peso);</p><p>e o segundo, para tempo. Os países de língua inglesa, liderados pela Inglaterra,</p><p>opuseram-se a esse sistema, pois estavam interessados na universalização do</p><p>sistema imperial britânico, cuja unidade de comprimento é a jarda, subdividida</p><p>em 3 pés de 12 polegadas (1 jarda = 0,9144 m), e a unidade de peso é a libra</p><p>(453,6 g).</p><p>Inicialmente, o metro foi definido como a fração 1/40.000.000 do compri-</p><p>mento de um meridiano terrestre (0,025 × 10–6), e tal padrão foi materializado</p><p>em uma barra de platina, com certa porcentagem de irídio, na qual dois traços</p><p>determinavam essa distância. Posteriormente essa barra, da qual havia cópias</p><p>nos diversos países, passou a definir a unidade, referindo-a à medida entre os</p><p>traços na temperatura de 0°.</p><p>O mesmo ocorreu em relação à unidade de massa, o grama, inicialmente</p><p>definido como a massa de um centímetro cúbico de água à temperatura de 4 °C,</p><p>cujo padrão materializado foi um múltiplo da unidade escolhida, o quilograma</p><p>(103 g), representado por um bloco de platina e irídio, que igualmente passou</p><p>a definir a unidade de massa (um cilindro com cerca de 39 mm de diâmetro e</p><p>altura).</p><p>30 As grandezas e suas unidades</p><p>Também o segundo – inicialmente definido como a</p><p>fração 1/86.400 do dia solar médio – veio a ser redefinido</p><p>de forma mais exata, referindo essa unidade a períodos</p><p>de radiação do átomo do césio 133.</p><p>Outras unidades originalmente definidas foram o are</p><p>(100 m2), para áreas; o estere (1 m3) e o litro (1 dm3)</p><p>para volumes.</p><p>1.2 Sistema Internacional de Unidades</p><p>(SI)</p><p>Em 1948, a 9.ª Conferência Geral incumbiu o Comitê</p><p>Internacional de Pesos e Medidas de estudar e propor</p><p>o estabelecimento de uma regulamentação completa</p><p>das unidades de medida, por um sistema prático de</p><p>unidades que pudesse ser adotado por todos os países</p><p>signatários.</p><p>Após intensos estudos, consultas e pesquisas nos</p><p>meios científicos, técnicos e pedagógicos de todos os paí-</p><p>ses, foi possível propor a primeira versão de tal sistema,</p><p>aprovada na 11.ª Conferência Geral de 1960. Desde então</p><p>foi denominado Sistema Internacional de Unidades, ou</p><p>simplesmente SI, oficializado no Brasil em 1962.</p><p>Para exemplificar a complexidade dos estudos,</p><p>visando à precisão e maior exatidão das unidades, são</p><p>dadas a seguir as modificações verificadas na definição</p><p>da unidade de comprimento, o metro:</p><p>• 11.ªCGPMde1950–“Ometroéocomprimentoigual</p><p>a 1.650.763,73 comprimentos de onda, no vácuo,</p><p>da radiação correspondente à transmissão entre os</p><p>níveis 2p10 e 5d5 do átomo de criptônio 86”.</p><p>Posteriormente, com as determinações mais exatas</p><p>da velocidade da luz, tornou-se mais simples abando-</p><p>nar essa definição baseada numa radiação específica,</p><p>adotando-se a seguinte definição, atualmente vigente:</p><p>• 17.ªCGPMde1983– “Ometroéocomprimentodo</p><p>percurso da luz, no vácuo, no tempo de 1/299.792.458</p><p>de segundo.” Equivale dizer que a velocidade da luz é</p><p>299.792.458 m/s.</p><p>Como se vê, na medida em que a ciência evolui, a</p><p>necessidade de máxima precisão e a definição de novas</p><p>áreas de estudo e aplicações tecnológicas conduzem</p><p>ao aperfeiçoamento na arte de medir, que resultam em</p><p>mudanças nos conceitos vigentes e que certamente não</p><p>são definitivos.</p><p>Esse sistema, pelo qual são definidas as unidades</p><p>de base, a partir das quais são definidas todas as outras</p><p>unidades derivadas e admite ainda unidades suplemen-</p><p>tares, escapa um pouco do rigor científico, mas beneficia</p><p>demais o sentido prático, tanto nas relações internacio-</p><p>TABELA 1.1 Unidades de base SI</p><p>Grandeza Unidade Símbolo</p><p>Comprimento metro m</p><p>Massa quilograma kg</p><p>Tempo segundo s</p><p>Intensidade de corrente</p><p>elétrica</p><p>ampère A</p><p>Temperatura</p><p>termodinâmica</p><p>kelvin K</p><p>Intensidade luminosa candela cd</p><p>Quantidade de matéria mol mol</p><p>TABELA 1.2 Unidades suplementares SI</p><p>Grandeza Unidade Símbolo</p><p>Ângulo plano radiano rad</p><p>Ângulo sólido esteradiano sr</p><p>nais como no ensino e também no trabalho científico.</p><p>As unidades de base SI são apresentadas na Tab.1.1, e</p><p>as unidades suplementares na Tab.1.2.</p><p>1.3 Grandezas e unidades do</p><p>escoamento</p><p>Além das unidades de base e suplementares vistas</p><p>anteriormente, as grandezas físicas ligadas ao escoamen-</p><p>to de líquidos são expressas pelas unidades derivadas</p><p>apresentadas na Tab.1.3.</p><p>Na prática da tecnologia, são utilizadas outras uni-</p><p>dades que não são do SI, sendo as mais comuns apre-</p><p>sentadas na Tab. 1.4.</p><p>1.4 Prefixos SI</p><p>As unidades SI (de base e derivadas com nome espe-</p><p>cífico) devem ter seus múltiplos e submúltiplos expres-</p><p>sos com o uso dos prefixos da Tab. 1.5, com exceção da</p><p>unidade de massa (quilograma), em que os prefixos</p><p>são</p><p>aplicados à palavra grama.</p><p>Apesar do acordo existente entre os países, para se</p><p>utilizar apenas das unidades do Sistema Internacional</p><p>(SI), ainda hoje são encontradas outras unidades não</p><p>pertencentes ao SI, em livros e artigos científicos es-</p><p>trangeiros. Por esse motivo, incluiu-se a Tab. 1.6 que</p><p>estabelece a relação entre as diversas unidades, em</p><p>especial aquelas mais utilizadas na área em questão.</p><p>31Prefixos SI</p><p>TABELA 1.3 Unidades derivadas SI (usadas no escoamento de líquidos)</p><p>Grandeza Unidade SI Símbolo</p><p>Expressão em</p><p>unidades de base</p><p>Expressão em outras</p><p>unidades SI</p><p>Superfície metro quadrado m2 m2 -</p><p>Volume metro cúbico m3 m3 -</p><p>Velocidade - m/s m · s–1 -</p><p>Aceleração - m/s2 m · s–2 -</p><p>Força, peso newton N kg · m · s–2 -</p><p>Pressão, tensão pascal Pa kg · m–1 · s–2 N/m2</p><p>Energia, trabalho joule J kg · m2 · s–2 N · m</p><p>Potência watt W kg · m2 · s–3 J/s</p><p>Tensão elétrica volt V kg · m2 · s–3 · A–1 W/A</p><p>Vazão - m3/s m3 · s–1</p><p>Viscosidade cinemática - m2/s m2 · s–1 -</p><p>Viscosidade dinâmica - Pa · s kg · m–1 . s–1 -</p><p>Momento - N · m kg · m2 · s–2 -</p><p>Tensão superficial - N/m kg · s–2 Pa · m</p><p>Massa específica - kg/m3 kg · m–3 -</p><p>Volume específico - m3/kg m3 · kg–1 -</p><p>Peso específico - N/m3 kg · m–2 · s–2 -</p><p>Nota: As unidades que têm nome de pessoas se escrevem com iniciais minúsculas, e seus símbolos, com maiúsculas.</p><p>TABELA 1.4 Unidades em uso com o Sistema Internacional</p><p>Grandeza Nome Símbolo</p><p>Expressão em unidades</p><p>de base</p><p>Expressão em outras</p><p>unidades SI</p><p>Tempo minuto min 60 s -</p><p>Tempo hora h 3.600 s 60 min</p><p>Tempo dia d 86.400 s 24 h</p><p>Comprimento milha marítima - 1.852 m -</p><p>Velocidade nó - 0,514 m · s–1 1,852 km/h</p><p>Superfície are a 102 m2 1 dam2</p><p>Superfície hectare ha 104 m2 1 hm2</p><p>Pressão atmosfera atm 101.325 kg · m–1 s–2 (≅ 105 Pa) 1 atm = 1 kg*/cm2</p><p>Pressão metros de coluna d’água mca, mH2O 9.806,65 kg · m · s–1 (≅ 104 Pa) 1 atm = 10,33 mca</p><p>Pressão mm de mercúrio mmHg 133,322 kg · m–1 · s–2 (≅ 133 Pa) 1 atm = 760 mmHg</p><p>Força, peso quilograma-força kgf, kg* 9,80665 kg · m · s–2 9,80665 N</p><p>Potência cavalo-vapor cv 735,5 kg · m2 · s–3 735,5 W = 0,986 HP</p><p>32 As grandezas e suas unidades</p><p>TABELA 1.5 Prefixos SI</p><p>Fator Prefixo Símbolo Fator Prefixo Símbolo</p><p>1024 yotta Y 10–1 deci d</p><p>1021 zetta Z 10–2 centi c</p><p>1018 exa E 10–3 mili m</p><p>1015 peta P 10–6 micro µ</p><p>1012 tera T 10–9 nano n</p><p>109 giga G 10–12 pico p</p><p>106 mega M 10–15 femto f</p><p>103 quilo k 10–18 atto a</p><p>102 hecto h 10–21 zepto z</p><p>101 deca da 10–24 yocto y</p><p>Nota: 40% desses prefixos SI já se incorporaram à linguagem comum no Brasil (de 10–6 a 106), ao passo que os outros 60% têm seu uso restrito às</p><p>linguagens técnica e científica. Na linguagem comum, é usual a utilização do prefixo “quilo”, para indicar a unidade de peso “quilograma-força”,</p><p>popularmente usada em lugar do “newton” (1 kgf ≅ 10N).</p><p>TABELA 1.4 Unidades em uso com o Sistema Internacional (Continuação)</p><p>Grandeza Nome Símbolo</p><p>Expressão em unidades</p><p>de base</p><p>Expressão em outras</p><p>unidades SI</p><p>Potência horse power HP 745 kg · m2 · s–3 745 W</p><p>Temperatura grau Celsius ºC 0º C = 273,15 K -</p><p>Ângulo plano grau º (p/180) rad -</p><p>Ângulo plano minuto ‘ (p/10.800) rad (1/60)º</p><p>Ângulo plano segundo “ (p/648.000) rad (1/60)’ = (1/3.600)º</p><p>Volume litro l, L* 10–3 · m3 1 dm3</p><p>Vazão - m3/s m3 · s–1 103 l/s ou 103 L/s</p><p>Massa tonelada t 103 kg -</p><p>Veloc. angular rotação por minuto rpm p/30 rad · s–1 -</p><p>* O símbolo L para litro é permitido quando os meios impressores não permitam a distinção entre a letra l e a unidade 1</p><p>33</p><p>TABELA 1.6 Conversão de unidades</p><p>Unidade Símbolo Multiplicar por Para obter Símbolo</p><p>atmosfera atm 76 centímetros de mercúrio cm Hg</p><p>atmosfera atm 101 quilopascais kPa</p><p>atmosfera atm 1,0332 quilogramas-força por centímetro quadrado kgf/cm2</p><p>atmosfera atm 10,33 metros de coluna d’água mca</p><p>atmosfera atm 29,92 polegadas de mercúrio in Hg</p><p>atmosfera atm 33,90 pés de água ft H2O</p><p>atmosfera atm 14,7 libras-força por polegada quadrada lbf/in2</p><p>centímetro cm 0,03281 pés ft</p><p>centímetro cm 0,3937 polegadas in</p><p>centímetro cm 0,01 metros m</p><p>centímetro cm 0,01094 jardas yd</p><p>centímetro cúbico cm3 3,531 x 10–5 pés cúbicos ft3</p><p>centímetro cúbico cm3 0,06102 polegadas cúbicas in3</p><p>centímetro cúbico cm3 10–6 metros cúbicos m3</p><p>centímetro cúbico cm3 1,308 x 10–6 jardas cúbicas yd3</p><p>centímetro cúbico cm3 2,642 x 10–4 galões gl</p><p>centímetro cúbico cm3 10–3 litros L</p><p>centímetro quadrado cm2 1,076 x 10–3 pés quadrados ft2</p><p>centímetro quadrado cm2 0,1550 polegadas quadradas in2</p><p>centímetro quadrado cm2 10–4 metros quadrados m2</p><p>centímetro quadrado cm2 1,196 x 10–4 jardas quadradas yd2</p><p>centímetro de mercúrio cm Hg 0,01316 atmosferas atm</p><p>centímetro de mercúrio cm Hg 0,4461 pés de água ft H2O</p><p>centímetro de mercúrio cm Hg 0,0136 quilogramas-força por centímetro quadrado kgf/cm2</p><p>centímetro de mercúrio cm Hg 27,85 libras por pés quadrados lb/ft2</p><p>centímetro de mercúrio cm Hg 0,1934 libras por polegada quadrada lb/in2</p><p>centímetro por segundo cm/s 1,969 pés por minuto ft/min</p><p>centímetro por segundo cm/s 0,03281 pés por segundo ft/s</p><p>centímetro por segundo cm/s 0,036 quilômetros por hora km/h</p><p>centímetro por segundo cm/s 0,01 metros por segundo m/s</p><p>dia d 24 horas h</p><p>dia d 1.440 minutos min</p><p>dia d 86.400 segundos s</p><p>galão gl 3,785 litros L</p><p>galão gl 3,785 x 10–3 metros cúbicos m3</p><p>grama g 10–3 quilogramas kg</p><p>grama g 103 miligramas mg</p><p>grama-força gf 0,03527 onças oz</p><p>grama-força gf 0,03215 onças-troy Oz troy</p><p>grama-força gf 0,07093 poundals pdl</p><p>grama-força gf 2,205 x 10–3 libras-força lbf</p><p>34 As grandezas e suas unidades</p><p>TAB. 1.6 Conversão de unidades (Continuação)</p><p>Unidade Símbolo Multiplicar por Para obter Símbolo</p><p>grama-força p/centímetro cúbico gf/cm3 62,43 libras-força por pés cúbicos lbf/ft3</p><p>grama-força p/centímetro cúbico gf/cm3 0,03613 libras-força por polegadas cúbicas lbf/in3</p><p>grau (ângulo) º 60 minutos ‘</p><p>grau (ângulo) º 0,01745 radianos rd</p><p>grau (ângulo) º 3.600 segundos “</p><p>hectare ha 10.000 metros quadrados m2</p><p>hectare ha 2,471 acres A (*)</p><p>hectare ha 1,076 x 105 pés quadrados ft2</p><p>jarda yd 0,9144 metros m</p><p>jarda yd 3 pés ft</p><p>jarda yd 36 polegadas in</p><p>jarda yd 5,682 x 10–4 milhas mi</p><p>jarda cúbica yd3 0,7646 metros cúbicos m3</p><p>jarda cúbica yd3 202 galões gl</p><p>jarda cúbica yd3 764,6 litros L</p><p>jarda cúbica por minuto yd3/min 0,45 pés cúbicos por segundo ft3/s</p><p>jarda cúbica por minuto yd3/min 3,367 galões por segundo gl/s</p><p>jarda cúbica por minuto yd3/min 12,74 litros por segundo L/s</p><p>libra-força lbf 453,6 gramas-força gf</p><p>libra-força lbf 16 onças oz</p><p>libra troy lb troy 0,8229 libras-força lbf</p><p>libra-força por pé cúbico lbf/ft3 16,02 quilogramas-força por metro cúbico kgf/m3</p><p>libra-força por pé quadrado lbf/ft2 4,882 quilogramas-força por metro quadrado kgf/m2</p><p>litro L 10–3 metros cúbicos m3</p><p>litro L 0,2642 galões gl</p><p>litro L 0,03531 pés cúbicos ft3</p><p>litro por segundo L/s 0,2642 galões por segundo gl/s</p><p>metro m 3,281 pés ft</p><p>metro m 39,37 polegadas in</p><p>metro m 1,094 jardas yd</p><p>metro cúbico m3 103 litros L</p><p>metro cúbico m3 35,31 pés cúbicos ft3</p><p>metro cúbico m3 1,308 jardas cúbicas yd3</p><p>metro cúbico m3 264,2 galões gl</p><p>metro quadrado m2 10,76 pés quadrados ft2</p><p>metro quadrado m2 1550 polegadas quadradas in2</p><p>metro quadrado m2 1,196 jardas quadradas yd2</p><p>metro quadrado m2 10–4 hectares ha</p><p>metro por segundo m/s 3,281 pés por segundo ft/s</p><p>metro por segundo m/s 3,6 quilômetros por hora km/h</p><p>metro por segundo m/s 2,237 milhas por hora mi/h</p><p>milha mi 1.609 metros m</p><p>milha mi 5.280 pés ft</p><p>milha náutica mi (naut) 1.852 metros m</p><p>milha por hora mi/h 1,609 quilômetros por hora km/h</p><p>milha por hora mi/h 1,467 pés por segundo ft/s</p><p>milha por hora mi/h 0,8684 nós nó</p><p>35</p><p>TABELA 1.6 – Conversão de unidades (continuação)</p><p>Unidade Símbolo Multiplicar por Para obter Símbolo</p><p>milha por hora mi/h 0,447 metros por segundo m/s</p><p>nó = 1 milha náutica por hora nó 1,852 quilômetros por hora km/h</p><p>nó nó 1,15 milhas por hora mi/h</p><p>nó nó 0,51444 metros por segundo m/s</p><p>onça oz 28,35 gramas força gf</p><p>onça oz 0,0625 libras-força lbf</p><p>onça troy oz (troy) 31,10 gramas-força gf</p><p>onça troy oz (troy) 0,08333 libras-força troy lbf (troy)</p><p>pé ft 0,3048 metros m</p><p>pé ft 1/3 jardas yd</p><p>pé ft 12 polegadas in</p><p>pé de água ft H2O 0,02950 atmosferas atm</p><p>pé de água ft H2O 0,8826 polegadas de mercúrio in Hg</p><p>pé de água ft H2O 0,3048 metros de coluna d’água mca</p><p>pé cúbico ft3 0,02832 metros cúbicos m3</p><p>pé cúbico ft3 28,32 litros L</p><p>pé cúbico ft3 7,481 galões gl</p><p>pé por segundo ft/s 0,3048 metros por segundo m/s</p><p>pé por segundo ft/s 1,097 quilômetros por hora km/h</p><p>polegada in 0,0254 metros m</p><p>polegada in 0,08333 pés ft</p><p>polegada in 0,02778 jardas yd</p><p>polegada de água in H2O 0,0254 metros de coluna d’água mca</p><p>poundals pdl 14,10 gramas-força gf</p><p>quilograma-força kgf 70,93 poundals pdl</p><p>quilograma-força kgf 2,205 libras-força lbf</p><p>quilograma-força por cm2 kgf/cm2 0,3417 libras-força por polegada quadrada lbf/in2</p><p>quilograma-força por m3 kgf/m3 0,06243 libras-força por pé cúbico lbf/ft3</p><p>quilômetros por hora km/h 0,2778 metros por segundo m/s</p><p>quilômetros por hora km/h 0,9113 pés por segundo ft/s</p><p>quilômetros por hora km/h 0,6214 milhas por hora mi/h</p><p>radiano rd 57,3 graus º</p><p>radiano por segundo rd/s 9,549 rotações por minuto RPM</p><p>tonelada-força inglesa tf (ingl) 1.016 quilogramas-força kgf</p><p>tonelada-força métrica tf 1.000 quilogramas-força kgf</p><p>(*) O símbolo (A) usado aqui para acres só é usado na Inglaterra, pois tradicionalmente é também o símbolo usado para amperes.</p><p>Fonte: Adaptado de HUDSON (1973).</p><p>esgoto sanitário 0</p><p>esgoto sanitário 00</p><p>esgoto sanitário 01</p><p>esgoto sanitário 02</p><p>esgoto sanitário 03</p><p>esgoto sanitário 04</p><p>esgoto sanitário 05</p><p>esgoto sanitário 06</p><p>esgoto sanitário 07</p><p>esgoto sanitário 08</p><p>esgoto sanitário 09</p><p>esgoto sanitario 10</p><p>esgoto sanitario 11</p><p>esgoto sanitario12</p><p>esgotos ref. bibliog</p>