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<p>Direitos Humanos</p><p>Prof. Adriano Braun</p><p>adriano.braun@univag.edu.br</p><p>2023/1</p><p>Fundamento</p><p>dos Direitos</p><p>Humanos</p><p> Jusnaturalismo</p><p>❑ Teológico</p><p>❑ Racionalista</p><p> Juspositivismo</p><p>Jusnaturalismo</p><p>❑ “O traço marcante da corrente jusnaturalista</p><p>(de origem religiosa ou contratualista) de</p><p>direitos humanos é o seu cunho metafísico, pois</p><p>se funda na existência de um direito</p><p>preexistente ao direito produzido pelo homem,</p><p>oriundo de Deus (escola de direito natural de</p><p>razão divina) ou da natureza inerente do ser</p><p>humano (escola de direito natural moderno).</p><p>Consequentemente, o ser humano é titular de</p><p>direitos que devem ser assegurados pelo Estado</p><p>em virtude tão somente de sua condição</p><p>humana, mesmo em sobreposição às leis</p><p>estatais.” (RAMOS, 2018, p. 91)</p><p>Sófocles – Antígona, séc. V a.c.</p><p>❑ "Sim, porque não foi Júpiter que a promulgou; e a</p><p>Justiça, a deusa que habita com as divindades</p><p>subterrâneas jamais estabeleceu tal decreto</p><p>entre os humanos; nem eu creio que teu edito</p><p>tenha força bastante para conferir a um mortal o</p><p>poder de infringir as leis divinas, que nunca foram</p><p>escritas, mas são irrevogáveis; não existem a</p><p>partir de ontem, ou de hoje; são eternas, sim! E</p><p>ninguém sabe desde quando vigoram! Tais</p><p>decretos, eu, que não temo o poder de homem</p><p>algum, posso violar sem que por isso me venham</p><p>punir os deuses!”</p><p>“[…] os direitos do homem, por mais</p><p>fundamentais que sejam, são direitos</p><p>históricos, ou seja, nascidos em certas</p><p>circunstâncias, caracterizadas por</p><p>lutas em defesa de novas liberdades</p><p>contra velhos poderes, e nascidos de</p><p>modo gradual, não todos de uma vez</p><p>nem de uma vez por todas.” (BOBBIO,</p><p>1992, p. 5)</p><p>Juspositivismo</p><p>❑ “Para a Escola Positivista, o fundamento dos</p><p>direitos humanos consiste na existência da norma</p><p>posta, cujo pressuposto de validade está em sua</p><p>edição conforme as regras estabelecidas na</p><p>Constituição. Assim, os direitos humanos</p><p>justificam-se graças a sua validade formal e sua</p><p>previsão no ordenamento posto. O universalismo</p><p>proposto pela corrente jusnaturalista e retratado</p><p>na ideia de que todos os indivíduos possuem</p><p>direitos inerentes foi sacrificado, sendo a ideia de</p><p>‘direitos inerentes’ substituída pela ideia dos</p><p>‘direitos reconhecidos e positivados pelo Estado’.”</p><p>(RAMOS, 2018, p. 94-95)</p><p>“O risco aos direitos humanos</p><p>gerado pela adoção do positivismo</p><p>nacionalista é visível, no caso de as</p><p>normas locais (inclusive as</p><p>constitucionais) não protegerem ou</p><p>reconhecerem determinado direito</p><p>ou categoria de direitos humanos. O</p><p>exemplo nazista mostra a</p><p>insuficiência da fundamentação</p><p>positivista nacionalista dos direitos</p><p>humanos.” (RAMOS, 2018, p. 95)</p><p>“A barbárie do totalitarismo nazista gerou a</p><p>ruptura do paradigma da proteção nacional</p><p>dos direitos humanos, cuja insuficiência</p><p>levou à negação do valor do ser humano</p><p>como fonte essencial do Direito. Para o</p><p>nazismo, a titularidade de direitos</p><p>dependia da origem racial ariana. Os</p><p>demais indivíduos não mereciam a proteção</p><p>do Estado. Os direitos humanos, então, não</p><p>eram universais nem ofertados a todos.”</p><p>(RAMOS, 2018, p. 101)</p><p> “Esse legado nazista de exclusão exigiu a reconstrução</p><p>dos direitos humanos após a Segunda Guerra Mundial,</p><p>sob uma ótica diferenciada: a ótica da proteção</p><p>universal, garantida, subsidiariamente e na falha do</p><p>Estado, pelo próprio Direito Internacional dos Direitos</p><p>Humanos. Ficou evidente para os Estados que</p><p>organizaram uma nova sociedade internacional ao</p><p>redor da ONU […] que a proteção dos direitos humanos</p><p>não pode ser tida como parte do domínio reservado de</p><p>um Estado, pois as falhas na proteção local tinham</p><p>possibilitado o terror nazista. A soberania dos Estados</p><p>foi, lentamente, sendo reconfigurada, aceitando-se</p><p>que a proteção de direitos humanos era um tema</p><p>internacional e não meramente um tema da jurisdição</p><p>local.” (RAMOS, 2018, p. 101)</p><p>MAZZUOLI propõe que “Os direitos humanos</p><p>têm por fundamento intrínseco o valor-fonte</p><p>do Direito que se atribui a cada pessoa</p><p>humana pelo simples fato de sua existência. É</p><p>dizer, tais direitos retiram o seu suporte de</p><p>validade da dignidade da qual toda e qualquer</p><p>pessoa é titular, em consonância com o que</p><p>estabelece o art. 1.º da Declaração Universal</p><p>dos Direitos Humanos de 1948: ‘Todas as</p><p>pessoas nascem livres e iguais em dignidade e</p><p>direitos. São dotadas de razão e consciência e</p><p>devem agir em relação umas às outras com</p><p>espírito de fraternidade’.” (2018, p. 35)</p><p>A seu turno, BOBBIO, acerca das</p><p>teorias concernentes à fundamentação</p><p>dos Direitos Humanos, afirma que “O</p><p>problema fundamental em relação aos</p><p>direitos do homem, hoje, não é tanto</p><p>o de justificá-los, mas o de protegê-</p><p>los. Trata-se de um problema não</p><p>filosófico, mas político.” (1992, p. 24)</p><p>Questões</p><p> (PROCURADOR DO ESTADO DO CEARÁ – 2008) A</p><p>teoria jusnaturalista fundamenta os direitos humanos</p><p>em uma ordem superior universal, imutável e</p><p>inderrogável. Segundo essa teoria, os direitos</p><p>humanos não são criações dos legisladores, tribunais</p><p>ou juristas e, consequentemente, não podem</p><p>desaparecer da consciência dos homens.</p><p> (MPT – 2004) No plano histórico, as primeiras</p><p>Declarações de Direitos Humanos proclamaram a</p><p>necessidade de um Estado de índole positivista,</p><p>democrática e intervencionista, objetivando a</p><p>garantia das liberdades fundamentais.</p><p> (DEFENSOR PÚBLICO – SÃO PAULO – 2007 - ADAPTADA) A respeito da relação entre</p><p>jusnaturalismo e juspositivismo, especificamente no que concerne aos Direitos</p><p>Humanos, analise as assertivas seguintes e indique a alternativa correta.</p><p>I – Na perspectiva do Jusnaturalismo, só se pode admitir a formulação de novos direitos</p><p>humanos por parlamentos legitimamente eleitos, mormente em razão da necessidade de</p><p>que os direitos humanos correspondam às demandas sociais articuladas ao longo da</p><p>história;</p><p>II – Segundo a corrente moderada do Juspositivismo, é recomendável a positivação dos</p><p>direitos humanos, sem, contudo, desconsiderar de todo a possibilidade de sua</p><p>fundamentação no Direito Natural, sobretudo a fim de se viabilizar o paulatino</p><p>reconhecimento de novos direitos naturais;</p><p>III – É absolutamente irrelevante o reconhecimento dos Direitos humanos pela legislação</p><p>interna dos países, sobretudo em virtude de sua inerência à pessoa humana;</p><p>IV – Não obstante as controvérsias relativas ao fundamento de obrigatoriedade dos Direitos</p><p>Humanos, verifica-se que embora os direitos humanos tenham sido historicamente</p><p>fundados no Direito Natural, em termos práticos, sua exigibilidade depende de previsão</p><p>expressa no ordenamento jurídico.</p><p>A) São erradas todas as assertivas;</p><p>B) São corretas todas as assertivas;</p><p>C) São corretas apenas as assertivas I e II;</p><p>d) É correta apenas a assertiva IV.</p><p> (CESPE - ADAPTADA) - A respeito dos marcos históricos,</p><p>fundamentos e princípios dos direitos humanos, assinale a</p><p>opção CORRETA.</p><p>a) Segundo a doutrina contemporânea, direitos humanos e direitos</p><p>fundamentais são indistinguíveis; por isso, ambas as terminologias</p><p>são intercambiáveis no ordenamento jurídico.</p><p>c) Os direitos humanos estão dispostos em um rol taxativo, que foi</p><p>internalizado pelo ordenamento jurídico brasileiro com a</p><p>promulgação da Constituição Federal de 1988.</p><p>d) No Brasil, os direitos políticos são considerados direitos</p><p>humanos e seu exercício pelos cidadãos se esgota no direito de</p><p>votar e de ser votado.</p><p>e) A dignidade da pessoa humana, princípio basilar da Constituição</p><p>Federal de 1988, consiste no fundamento dos direitos humanos.</p><p>f) Em razão do princípio da imutabilidade, os direitos humanos</p><p>reconhecidos na Revolução Francesa permanecem os mesmos</p><p>ainda na atualidade.</p><p>Teoria</p><p>geracional dos</p><p>Direitos</p><p>Humanos</p><p>Karel Vasak – 1979</p><p>“Liberdade, igualdade e</p><p>fraternidade”</p><p>Historicidade e progressividade</p><p>dos direitos inerentes à</p><p>dignidade humana</p><p>1ª Geração</p><p>❑Liberdade;</p><p>❑Direitos civis e políticos;</p><p>❑Direitos negativos (direitos de</p><p>resistência);</p><p>❑Estado Liberal;</p><p>❑Teoria econômica de fundo: liberalismo</p><p>– Adam Smith: A riqueza das nações,</p><p>1776;</p><p>❑Concebem o ser humano abstrata e</p><p>isoladamente: o homem do mercado...</p><p>2ª Geração</p><p>❑Igualdade (material);</p><p>❑Direitos econômicos, sociais e culturais;</p><p>❑Direitos positivos (natureza prestacional);</p><p>❑Estado Social;</p><p>❑Teoria econômica de fundo: keynesianismo –</p><p>John Maynard Keynes: Teoria geral do</p><p>emprego, do juro e da moeda, 1936;</p><p>❑Concebem o ser humano mais</p><p>concretamente, cuja dignidade depende de</p><p>condições objetivas (saúde, educação,</p><p>moradia, etc.)</p><p>3ª Geração</p><p>❑Fraternidade (solidariedade);</p><p>❑Estado nacional no contexto da Globalização;</p><p>❑Direitos difusos;</p><p>❑Direitos ao desenvolvimento, à paz, ao meio</p><p>ambiente, à comunicação e à propriedade</p><p>sobre o patrimônio comum da humanidade;</p><p>❑Há, em tais direitos, uma forte carga de</p><p>humanismo e universalidade;</p><p>❑Destinam-se à proteção do gênero humano.</p><p>4ª Geração</p><p>❑Globalização cidadã X Globalização neoliberal.</p><p>❑“[…] resultante da globalização dos direitos</p><p>humanos, correspondendo aos direitos de</p><p>participação democrática (democracia direta),</p><p>direito ao pluralismo, bioética e limites à</p><p>manipulação genética, fundados na defesa da</p><p>dignidade da pessoa humana contra intervenções</p><p>abusivas de particulares ou do Estado. Bonavides</p><p>agrega ainda uma quinta geração, que seria</p><p>composta pelo direito à paz em toda a</p><p>humanidade (anteriormente classificado por</p><p>Vasak como sendo de terceira geração).”</p><p>(RAMOS, 2019, p. 79)</p><p>“Embora as exigências de direitos possam</p><p>estar dispostas cronologicamente em</p><p>diversas fases ou gerações, suas espécies</p><p>são sempre — com relação aos poderes</p><p>constituídos — apenas duas: ou impedir os</p><p>malefícios de tais poderes ou obter seus</p><p>benefícios. Nos direitos de terceira e de</p><p>quarta geração, podem existir direitos</p><p>tanto de uma quanto de outra espécie.”</p><p>(BOBBIO, 1992, p. 6)</p><p>STF – ADI 1.856/1998 (Rel. Celso de Mello)</p><p> “Vale refletir […] neste ponto, até mesmo em face de justa</p><p>preocupação revelada pelos povos e pela comunidade</p><p>internacional em tema de direitos humanos, que estes, em seu</p><p>processo de afirmação e consolidação, comportam diversos níveis</p><p>de compreensão e abordagem, que permitem distingui-los em</p><p>ordens, dimensões ou fases sucessivas resultantes de sua</p><p>evolução histórica. […] A preocupação com o meio ambiente —</p><p>que hoje transcende o plano das presentes gerações, para</p><p>também atuar em favor das gerações futuras […] — tem</p><p>constituído, por isso mesmo, objeto de regulações normativas e</p><p>de proclamações jurídicas, que, ultrapassando a província</p><p>meramente doméstica do direito nacional de cada Estado</p><p>soberano, projetam-se no plano das declarações internacionais,</p><p>que refletem, em sua expressão concreta, o compromisso das</p><p>Nações com o indeclinável respeito a esse direito fundamental</p><p>que assiste a toda a humanidade.”</p><p>Críticas à teoria geracional</p><p> RAMOS assevera que uma recepção acrítica</p><p>desta teoria pode, erroneamente, induzir ao</p><p>“[…] caráter de substituição de uma geração</p><p>por outra. Se os direitos humanos representam</p><p>um conjunto mínimo de direitos necessário a</p><p>uma vida única, consequentemente, uma</p><p>geração não sucede a outra, mas com ela</p><p>interage, estando em constante e dinâmica</p><p>relação.” (2019, p. 80)</p><p>❑Ex: direito de propriedade x direito ao meio</p><p>ambiente ecologicamente equilibrado</p><p> “Em segundo lugar, a enumeração das</p><p>gerações pode dar a ideia de antiguidade ou</p><p>posteridade de um rol de direitos em relação a</p><p>outros: os direitos de primeira geração teriam</p><p>sido reconhecidos antes dos direitos de</p><p>segunda geração e assim sucessivamente, o</p><p>que efetivamente não ocorreu.” (RAMOS,</p><p>2019, p. 80)</p><p>❑Verifica-se, nesta linha de raciocínio, que a OIT</p><p>foi fundada em 1919, ou seja, antes mesmo da</p><p>proclamação da DUDH, em 1948</p><p> Tem-se, ainda, o risco de que a teoria</p><p>geracional conduza a uma visão fragmentada e</p><p>fragmentária dos Direitos Humanos, em radical</p><p>oposição à indivisibilidade ínsita ao conjunto</p><p>de direitos que realizam a dignidade da pessoa</p><p>humana.</p><p> Além disso, nota-se que a teoria geracional</p><p>tem se prestado a justificar uma diferenciação</p><p>do regime de implementação de uma geração</p><p>em face da outra, de modo a tornar alguns</p><p>direitos mais exigíveis e realizáveis do que</p><p>outros. (RAMOS, 2019, p. 81)</p><p>Algumas destas dificuldades, segundo Paulo</p><p>Bonavides, seriam superadas mediante uma</p><p>compreensão dimensional dos Direitos</p><p>Humanos, a fim de se evidenciar,</p><p>sobretudo, a interdependência dos direitos</p><p>que o substanciam, além de seu caráter</p><p>histórico e inexaurível. Daí a utilização da</p><p>expressão dimensões dos Direitos Humanos</p><p>ao invés de gerações.</p><p>Não obstante o peso e a pertinência das</p><p>críticas que lhe são destinadas, a teoria</p><p>geracional desempenha uma importante</p><p>função pedagógica, traduzindo-se, nas</p><p>palavras de Carlos Weis (apud MAZZUOLI,</p><p>2018, p. 63): “[…] nada além do que uma</p><p>tentativa de tornar mais palatável a noção</p><p>da historicidade dos direitos humanos, isto é,</p><p>de explicar de forma sintética que o</p><p>surgimento daqueles obedeceu às injunções</p><p>histórico-políticas, cujas características</p><p>marcaram os direitos nascidos naquele</p><p>momento”.</p><p>Classificação dos Direitos</p><p>Humanos segundo suas funções</p><p>❑ Na mesma linha do que assevera o prof. Norberto</p><p>Bobbio, RAMOS propõe que “[…] os direitos</p><p>humanos podem ser classificados como: direitos</p><p>de defesa, direitos a prestações e direitos a</p><p>procedimento e instituições.” (2019, p. 82)</p><p>❑ “Os direitos de defesa consistem no conjunto de</p><p>prerrogativas do indivíduo voltado para defender</p><p>determinadas posições subjetivas contra a</p><p>intervenção do Poder Público ou mesmo outro</p><p>particular”. (RAMOS, 2019, p. 82)</p><p>❑ “Por sua vez, os direitos à prestação são</p><p>aqueles que exigem uma obrigação estatal de</p><p>ação, para assegurar a efetividade dos direitos</p><p>humanos.” Tais prestações podem ser de</p><p>natureza material ou jurídica. (RAMOS, 2019, p.</p><p>83-84)</p><p>❑ Por fim, consectários dos direitos de natureza</p><p>prestacional, tem-se os “[…] direitos a</p><p>procedimentos e organizações, que são aqueles</p><p>que têm como função exigir do Estado que</p><p>estruture órgãos e corpo institucional apto, por</p><p>sua competência e atribuição, a oferecer bens</p><p>ou serviços indispensáveis à efetivação dos</p><p>direitos humanos.” (RAMOS, 2019, 84)</p><p>Eficácia dos Direitos Humanos</p><p> Eficácia vertical: oponibilidade do direitos</p><p>humanos em face do Estado;</p><p> Eficácia horizontal: oponibilidade dos direitos</p><p>humanos em relação aos particulares, no âmbito</p><p>de relações privadas;</p><p> Eficácia diagonal: oponibilidade dos direitos</p><p>humanos nas relações de trabalho, entre</p><p>empregado e empregador;</p><p> Eficácia vertical com repercussão lateral:</p><p>oponibilidade dos direitos humanos nas relações</p><p>particulares viabilizada mediante prestação</p><p>jurisdicional;</p><p>Eficácia horizontal dos Direitos Humanos</p><p> “Aponta-se como leading case de eficácia</p><p>horizontal o famoso ‘caso Luth’, julgado pelo</p><p>Tribunal Constitucional alemão em 1958”.</p><p>(BARRETO, 2019, p. 53)</p><p>❑ Eric Luth vs. Veit Harlan – Direito à liberdade de</p><p>expressão</p><p> Tem-se, ainda, emblemático caso Lebach,</p><p>também julgado pelo Tribunal Constitucional</p><p>alemão, no ano de 1973, em que ponderou-se o</p><p>conflito entre o direito à liberdade de expressão</p><p>(especificamente a liberdade de imprensa) e o</p><p>direito à ressocialização.</p><p>Eficácia horizontal dos Direitos Humanos</p><p>(fundamentais) na jurisprudência do STF</p><p>“Recurso Extraordinário 201.819 – Rio de janeiro (2005 – Rel.:</p><p>Min. Gilmar Mendes)</p><p>Ementa: SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. UNIÃO</p><p>BRASILEIRA DE COMPOSITORES. EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM</p><p>GARANTIA DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. EFICÁCIA</p><p>DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS.</p><p>RECURSO DESPROVIDO. I. EFICÁCIA DOS DIREITOS</p><p>FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS. As violações a direitos</p><p>fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações</p><p>entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações</p><p>travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado.</p><p>Assim, os direitos fundamentais assegurados pela Constituição</p><p>vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando</p><p>direcionados também à proteção dos particulares em</p><p>face dos</p><p>poderes privados.”</p><p>Universalismo</p><p>x</p><p>Relativismo</p><p> “O debate entre os universalistas e os</p><p>relativistas culturais retoma o velho dilema</p><p>sobre o alcance das normas de direitos</p><p>humanos: podem elas ter um sentido universal</p><p>ou são culturalmente relativas? Essa disputa</p><p>alcança novo vigor em face do movimento</p><p>internacional dos direitos humanos, na medida</p><p>em que tal movimento flexibiliza as noções de</p><p>soberania nacional e jurisdição doméstica, ao</p><p>consagrar um parâmetro internacional mínimo,</p><p>relativo à proteção dos direitos humanos, aos</p><p>quais os Estados devem se conformar.”</p><p>(PIOVEZAN, 2011, p. 207)</p><p>“Para os relativistas, a noção de direito</p><p>está estritamente relacionada ao sistema</p><p>político, econômico, cultural social e moral</p><p>vigente em determinada sociedade. Sob</p><p>esse prisma, cada cultura possui seu</p><p>próprio discurso acerca dos direitos</p><p>fundamentais, que está relacionado às</p><p>específicas circunstâncias culturais e</p><p>históricas de cada sociedade.” (PIOVEZAN,</p><p>2011, p. 207</p><p> Hans Kelsen, na sua obra O que é Justiça? (2001, p. 7)</p><p>preconiza que: “A resposta à pergunta sobre a hierarquia</p><p>de valores — como vida e liberdade, liberdade e</p><p>igualdade, liberdade e segurança, verdade e justiça,</p><p>apego à verdade e compaixão, indivíduo e nação — será</p><p>necessariamente diversa, dependendo da pessoa a quem a</p><p>pergunta se dirige: se a um cristão praticante, que</p><p>considera a salvação de sua alma, ou seja, seu destino</p><p>após a morte, mais importante que os bens terrenos; ou a</p><p>um materialista, que não acredita na imortalidade da</p><p>alma. A resposta não poderá ser a mesma, se dada sob</p><p>convicção de que a liberdade é o valor maior, quer dizer,</p><p>do ponto de vista do liberalismo; ou se dada sob o</p><p>pressuposto de que a segurança econômica é o objetivo</p><p>final de uma ordem social, quer dizer, do ponto de vista</p><p>do socialismo. A resposta terá sempre o caráter de um</p><p>juízo subjetivo e, portanto, relativo.”</p><p> “[…] para os universalistas o fundamento dos</p><p>direitos humanos é a dignidade humana,</p><p>como valor intrínseco à própria condição</p><p>humana. […] Em face disso, ainda que a</p><p>prerrogativa de exercer a própria cultura</p><p>seja um direito fundamental (inclusive</p><p>previsto no Declaração Universal), nenhuma</p><p>concessão é feita às ‘peculiaridades</p><p>culturais’ quando houver risco de violação a</p><p>direitos humanos fundamentais.” (PIOVEZAN,</p><p>2011, p. 209)</p><p>“Na ótica relativista há o primado do</p><p>coletivismo. Isto é, o ponto de partida é</p><p>a coletividade, e o indivíduo é percebido</p><p>como parte integrante da sociedade. […]</p><p>diversamente, na ótica universalista, há</p><p>o primado do individualismo. O ponto de</p><p>partida é o indivíduo, sua liberdade e</p><p>autonomia, para que, então, se avance</p><p>na percepção dos grupos e das</p><p>coletividades.” (PIOVEZAN, 2011, p. 208)</p><p>Arrogante etnocentrismo imperialista</p><p>versus renitente tradicionalismo</p><p>infenso à proteção dos direitos</p><p>humanos</p><p>Ponto nevrálgico do embate: soberania</p><p>estatal</p><p> “Note-se que os instrumentos internacionais</p><p>de direitos humanos são claramente</p><p>universalistas, uma vez que buscam assegurar</p><p>a proteção universal dos direitos e liberdades</p><p>fundamentais. Daí a adoção de expressões</p><p>como ‘todas as pessoas’ (ex: ‘todas as pessoas</p><p>têm direito à vida e à liberdade’ — art. 2º da</p><p>Declaração), ‘ninguém’ (ex: ‘ninguém poderá</p><p>ser submetido a tortura’ — art. 5º da</p><p>Declaração), dentre outras.” (PIOVEZAN 2011,</p><p>p. 209)</p><p> A Declaração de Viena, adotada em 25 de junho</p><p>de 1993, estabeleceu no § 5º: “Todos os direitos</p><p>humanos são universais, indivisíveis,</p><p>interdependentes e inter-relacionados. A</p><p>comunidade internacional deve tratar os direitos</p><p>humanos globalmente, de maneira justa e</p><p>equânime, com os mesmo parâmetros e com a</p><p>mesma ênfase. As particularidades nacionais e</p><p>regionais e bases históricas, culturais e religiosas</p><p>devem ser consideradas, mas é obrigação dos</p><p>Estados, independentemente de seu sistema</p><p>político, econômico e cultural, promover e</p><p>proteger todos os direitos humanos e liberdades</p><p>fundamentais.”</p><p> A respeito deste dispositivo, José Augusto Lindgren</p><p>Alves afirma que a Declaração de Viena “Conseguiu,</p><p>sim um trunfo conceitual, com repercussões</p><p>normativas extraordinárias, que independe da</p><p>Assembleia Geral da ONU: a reafirmação da</p><p>universalidade dos direitos humanos acima de</p><p>quaisquer particularismos. Se recordarmos que a</p><p>Declaração Universal, de 1948, foi adotada por voto,</p><p>com abstenções, num foro então composto por apenas</p><p>56 países, e levarmos em conta que a Declaração de</p><p>Viena é consensual, envolvendo 171 Estados, a maioria</p><p>dos quais era colônia no final dos anos 40,</p><p>entenderemos que foi em Viena, em 1993, que se</p><p>logrou conferir caráter efetivamente universal àquele</p><p>primeiro grande documento internacional definidor dos</p><p>direitos humanos.” (apud PIOVEZAN, 2011, p. 211)</p><p> Por sua vez, Jack Donnelly, propõe: “Eu acredito</p><p>que nós podemos, justificadamente, insistir em</p><p>alguma forma de um fraco relativismo cultural —</p><p>que é, por sua vez, um razoavelmente forte</p><p>universalismo. É preciso permitir, em grau</p><p>limitado, variações culturais no modo e na</p><p>interpretação de direitos humanos, mas é</p><p>necessário insistir na sua universalidade moral e</p><p>fundamental. Os direitos humanos são, para usar</p><p>uma apropriada frase paradoxal, relativamente</p><p>universais.” (apud PIOVEZAN, 2011, p. 212)</p><p> Joaquín Herrera Flores, a seu turno, sustenta a</p><p>necessidade um diálogo intercultural para a</p><p>construção de um universalismo de confluência.</p><p>“Com efeito, o problema que temos diante</p><p>de nós não é filosófico, mas jurídico e, num</p><p>sentido mais amplo, político. Não se trata</p><p>de saber quais e quantos são esses direitos,</p><p>qual é a sua natureza e seu fundamento, se</p><p>são direitos naturais ou históricos,</p><p>absolutos ou relativos, mas sim qual é o</p><p>modo mais seguro para garanti-los, para</p><p>impedir que, apesar das solenes</p><p>declarações, eles sejam continuamente</p><p>violados.” (BOBBIO, 1992, p. 25)</p><p>Questões</p><p> (PC-MG - 2008 - PC-MG - Delegado de Polícia)</p><p>Encontramos na doutrina dos Direitos Humanos a afirmação</p><p>de que, para compreender a evolução dos direitos</p><p>individuais no contexto da evolução constitucional, é</p><p>preciso retomar alguns aspectos da evolução dos tipos de</p><p>Estado.</p><p>Analise as seguintes afirmativas e assinale a que NÃO</p><p>corrobora o enunciado acima.</p><p>A) A primeira fase do Estado Liberal caracteriza-se pela vitória</p><p>da proposta econômica liberal, aparecendo teoricamente os</p><p>direitos individuais como grupo de direitos que se</p><p>fundamentam na propriedade privada, principalmente na</p><p>propriedade privada dos meios de produção.</p><p>B) As mudanças sociais ocorridas no início do século XX</p><p>visavam armar os indivíduos de meios de resistência contra</p><p>o Estado. Desse modo, a proteção dos direitos e liberdades</p><p>fundamentais torna-se o núcleo essencial do sistema</p><p>político da democracia constitucional.</p><p>C) As constituições socialistas consagraram uma economia</p><p>socialista, garantindo a propriedade coletiva e estatal e</p><p>abolindo a propriedade privada dos meios de produção,</p><p>dando uma clara ênfase aos direitos econômicos e sociais e</p><p>uma proposital limitação aos direitos individuais.</p><p>D) A implementação efetiva dos direitos sociais e</p><p>econômicos em boa parte da Europa Ocidental no pós-</p><p>guerra, como saúde e educação públicas, trouxe consigo o</p><p>germe da nova fase democrática do Estado Social e da</p><p>superação da visão liberal dos grupos de direitos</p><p>fundamentais.</p><p> (MPT – 2012 – ADAPTADA) Direitos de</p><p>primeira geração são direitos que</p><p>resultaram da influência do Socialismo,</p><p>voltados ao bem-estar social, como o</p><p>direito ao trabalho à saúde e à educação.</p><p> (Justiça Militar – 2016 – ADAPTADA) Os</p><p>direitos de terceira dimensão são direitos</p><p>transindividuais que extrapolam os</p><p>interesses do indivíduo, focados na</p><p>proteção do gênero humano. Evidencia-se,</p><p>nesse contexto, a ideia de humanismo e</p><p>universalidade.</p><p>Analise a assertiva seguinte e indique se é</p><p>VERDADEIRA ou FALSA: Não obstante a</p><p>flagrante controvérsia doutrinária a</p><p>respeito do tema da evolução histórica dos</p><p>direitos</p><p>humanos, pode-se afirmar que o</p><p>surgimento de novos direitos superam e</p><p>substituem os anteriores, tal como se deu</p><p>em relação aos direitos de 2ª geração em</p><p>face dos Direitos Civis e Políticos. Aliás, é</p><p>justamente este o motivo pelo qual o termo</p><p>gerações dos direitos humanos segue sendo</p><p>aceito por praticamente todos os</p><p>doutrinadores.</p><p> Acerca dos Direitos Humanos de 3ª Geração, analise as assertivas</p><p>seguintes e assinale a alternativa INCORRETA:</p><p>A) Esta Geração de Direitos Humanos concerne à Fraternidade, também</p><p>denominada Solidariedade, ou seja, corresponde ao terceiro elemento</p><p>do lema da Revolução Francesa.</p><p>B) O conjunto dos direitos abrangidos pela 3ª Geração dos Direitos</p><p>Humanos surge na segunda metade do século XX, em virtude das</p><p>transformações sociais e desafios impostos pela mundialização do</p><p>capitalismo e o aperfeiçoamento das telecomunicações.</p><p>C) São exemplos dos Direitos Humanos de 3ª Geração: proteção do meio</p><p>ambiente, acesso ao patrimônio cultural, direito ao desenvolvimento,</p><p>etc.</p><p>D) Em termos jurídicos, pode-se dizer que, especificamente no</p><p>contexto dos países subdesenvolvidos, os Direitos Humanos de 3ª</p><p>Geração são menos importantes para a proteção da dignidade da</p><p>pessoa humana, uma vez que nestes países nem mesmo os Direitos</p><p>Humanos de 1ª e 2ª Gerações foram concretizados, tornando-se</p><p>dispensável a proteção dos Direitos Humanos de 3ª Geração até que os</p><p>de 1ª e 2ª sejam efetivados.</p><p>(Defensor Público – Acre – 2012 –</p><p>ADAPTADA) A Constituição mexicana</p><p>de 1917 e a Constituição de Weimar</p><p>de 1919 são marcos da afirmação dos</p><p>direitos humanos de segunda</p><p>geração.</p><p>(MPT – 2004) O princípio da</p><p>igualdade constitui o principal</p><p>fundamento dos Direitos Humanos de</p><p>primeira geração.</p><p> (Defensor Público – ES – 2009) Os direitos de</p><p>primeira geração ou dimensão (direitos civis e</p><p>políticos) — que compreendem as liberdades</p><p>clássicas, negativas ou formais — realçam o</p><p>princípio da igualdade; os direitos de segunda</p><p>geração (direitos econômicos, sociais e</p><p>culturais) — que se identificam as liberdades</p><p>positivas, reais ou concretas — acentuam o</p><p>princípio da liberdade; os direitos de terceira</p><p>geração — que materializam poderes de</p><p>titularidade coletiva atribuídos genericamente</p><p>a todas as formações sociais — consagram o</p><p>princípio da solidariedade.</p><p> (Defensor Público – Acre – 2012 –</p><p>ADAPATADA) O expresso reconhecimento</p><p>do princípio da universalidade dos direitos</p><p>humanos pela declaração de Viena de</p><p>1993 pôs termo ao debate sobre</p><p>multiculturalismo e o relativismo cultural.</p><p> (Analista Jurídico – MP/SP – ADAPTADA)</p><p>As Declaração Americana (1776) e</p><p>Francesa (1789) são documentos</p><p>relacionados aos direitos humanos de</p><p>segunda geração ou dimensão.</p><p> (MPT – 2012 – ADAPTADA) Direitos de primeira</p><p>geração são direitos que resultaram da influência do</p><p>socialismo, voltados ao bem-estar social, como o</p><p>direito ao trabalho, à saúde, e à educação.</p><p> (MPT – 2012 – ADAPTADA) Os direitos sociais</p><p>destinam-se a proporcionar aos indivíduos a</p><p>participação no bem-estar social, apresentando uma</p><p>dimensão positiva, que enseja o dever do Estado de</p><p>propiciar estes direitos, não apenas de abster-se de</p><p>intervir.</p><p> (ESAF – ATRFB – 2012 – ADAPTADA) Enquanto os</p><p>direitos de primeira geração realçam o princípio da</p><p>igualdade, os direitos de segunda geração acentuam</p><p>o princípio da liberdade.</p><p>Grato e</p><p>até mais!</p><p>Slide 1</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3</p><p>Slide 4</p><p>Slide 5</p><p>Slide 6</p><p>Slide 7</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>Slide 10</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Slide 13</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15</p><p>Slide 16</p><p>Slide 17</p><p>Slide 18</p><p>Slide 19</p><p>Slide 20</p><p>Slide 21</p><p>Slide 22</p><p>Slide 23</p><p>Slide 24</p><p>Slide 25</p><p>Slide 26</p><p>Slide 27</p><p>Slide 28</p><p>Slide 29</p><p>Slide 30</p><p>Slide 31</p><p>Slide 32</p><p>Slide 33</p><p>Slide 34</p><p>Slide 35</p><p>Slide 36</p><p>Slide 37</p><p>Slide 38</p><p>Slide 39</p><p>Slide 40</p><p>Slide 41</p><p>Slide 42</p><p>Slide 43</p><p>Slide 44</p><p>Slide 45</p><p>Slide 46</p><p>Slide 47</p><p>Slide 48</p><p>Slide 49</p><p>Slide 50</p><p>Slide 51</p><p>Slide 52</p><p>Slide 53</p><p>Slide 54</p><p>Slide 55</p><p>Slide 56</p>

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